Sebrae - Estamos aí

Depois de advogada, vereador gaúcho também é condenado por discriminar nordestinos

Por Isabel Cesse

O final de 2024 foi marcado por condenações de pessoas que manifestaram, de formas diversas, preconceitos contra nordestinos. Depois da Justiça de Minas Gerais ter condenado uma advogada por danos morais coletivos, na última semana a vez foi da 5ª Vara Federal de Caxias do Sul (RS), que condenou o vereador reeleito Sandro Fantinel.

Falatinel foi condenado pelo juiz Julio Cesar Souza dos Santos, magistrado da Vara, por propagar, em 2023, “discurso de ódio” contra as pessoas nascidas e que vivem no Nordeste. E terá de cumprir pena de três anos de reclusão, perda do cargo público e pagar R$ 50 mil de indenização, pelo crime de “induzir e incitar a discriminação e o preconceito de procedência nacional contra nordestinos”. O caso ainda pode ser alvo de recursos.

De acordo com denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o vereador teria provocado “humilhação, constrangimento e vergonha ao povo nordestino, ao proferir discurso na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, durante sessão ordinária, com transmissão ao vivo pela TV Câmara e internet.

O reú teria sugerido contratar argentinos, em detrimento daqueles a quem referiu-se como “aquela gente lá de cima”, além de afirmar, especificamente em relação aos baianos, que a “única cultura que eles têm é viver na praia tocando tambor”.

A defesa argumentou que houve excesso de acusação e que o réu se dirigiu a seus eleitores agricultores, produtores e empresas agrícolas, para agradá-los, sem a intenção de ofender. E que já admitiu publicamente ter cometido um erro.

O juiz afastou a tese de imunidade parlamentar, explicando que já consta em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que a imunidade prevista na Constituição Federal se limita à circunscrição do município – mas nesse caso, as declarações tiveram grande repercussão nacional.

Além disso, o magistrado enfatizou que as afirmações não tinham nenhuma relação com projeto de lei ou função parlamentar, tendo sido “lançadas na forma de discurso avulso, eivado de conteúdo discriminatório”. “Tais declarações desbordam até mesmo do regular direito à liberdade de expressão e se configuram em discurso de ódio”, esclareceu o magistrado.

Jaboatão dos Guararapes - IPTU 2025

Caro Magno,

A propósito da postagem sobre a eleição da nova mesa diretora da Câmara de Arcoverde, esclareço que tenho por conduta na vida pública nunca me reger por atitudes não republicanas. Sempre pautei minha vida pelo respeito, a ética e a transparência.

Sendo assim, nunca agimos por revanchismo e temos pelo prefeito Zeca Cavalcanti admiração pelo seu trabalho, e a certeza de que ele, de volta ao poder municipal, vai transformar a realidade de Arcoverde, que sofreu tanto nos últimos anos. Não adianta pregar o contrário, pois o povo de nossa cidade sabe da fidelidade de Célia.

Se houve algum derrotado na escolha da presidência da Câmara de Arcoverde seria a articulação do Governo, que nunca nos procurou, mesmo sabendo que tínhamos o desejo de disputar a presidência da Casa. O prefeito, pelo contrário, sempre respeitou a autonomia dos poderes e sabe que a eleição da Mesa Diretora é um ato independente dos que fazem a Câmara municipal. Abrimos mão de nosso desejo em prol do bem comum e da governabilidade da gestão Zeca.

Jamais seria derrotada, pois nosso nome não estava em disputa e a vitória do vereador Luciano Pacheco é fruto do diálogo franco, verdadeiro e que tem como objetivos fortalecer o governo Zeca e aprovar as pautas de interesse da gestão que vai mudar a história de Arcoverde.

Outra retificação: em caso de empate, eu não seria escolhida presidente por ser a decana, mas sim Luciano Pacheco, que foi o candidato e como tal, por ser detentor de sete mandatos, número acima do nobre vereador Rodrigo Roa, seria o escolhido. Eu tenho mais mandatos, mas estava na chapa como primeira-secretária e não como candidata a presidente.

Seguirei firme, mesmo enfrentando os desafios que a saúde me coloca, com fé em Deus e trabalhando para que Arcoverde possa voltar ao tempo bom, com mais saúde, empregos, educação de qualidade e oportunidades para nosso povo. Somos todos governo. A hora agora é de trabalho! Arcoverde precisa recuperar o tempo perdido.

Célia Galindo – vereadora de Arcoverde pelo Podemos

Conheça Petrolina

Por Everardo Maciel*

Como a história não é linear, nem homogênea, creio que sempre teremos a coexistência de bons e maus momentos, submetidos, por sua vez, a juízos de valor que variam em razão da percepção e das convicções do analista. 

Creio, também, que para a superação de maus momentos é indispensável, ao menos, entender a realidade – “respeito aos fatos”, como disse o pensador Raymond Aron – e formular adequadamente o problema.

Quando da queda da França, Winston Churchill iniciou seu discurso à Nação com sete palavras sinceras, comoventes e firmes: “As notícias da França são muito ruins”.

As notícias do Brasil não têm essa dramaticidade, mas não são nada boas: pressões no câmbio, inflação mostrando suas garras, relação dívida pública/PIB em trajetória crescente, elevada taxa de juros, muitas incertezas e tensões no contexto internacional. 

Mais grave é que não há clareza quanto à compreensão dos fatos, nem disposição para formular adequadamente os problemas.

Como disse em artigo anterior, há pouca convicção quanto à relevância do equilíbrio fiscal. Ao contrário, em um quadro adverso há uma insaciável propensão para aumento do despesismo, desde o “auxílio natalino” concedido em um tribunal de justiça à voracidade no “pagamento” de emendas parlamentares. 

Surpreendi-me quando li na PEC nº 45/2024 dispositivo para dar um freio nas “indenizações” que ultrapassam o teto constitucional de remuneração. A tramitação da matéria no Congresso, todavia, frustrou minha surpresa. 

Não conseguindo remover essas “indenizações”, a nova redação, por via oblíqua, findou por sancioná-las. Sequer se falou das verbas de representação parlamentar e da participação (bem) remunerada em conselhos de estatais.

Para os que já estão preocupados com o desequilíbrio fiscal, convém lembrar que a renegociação das dívidas dos Estados e o financiamento dos fundos criados para lograr aprovação da reforma tributária vão demandar, nos próximos 15 anos, recursos que ultrapassam R$ 1,5 trilhão.

Os problemas da reforma tributária, concebida para resolver problemas que poderiam ser solucionados de forma mais simples e menos custosa, ainda não começaram. 

O desarrazoado aumento do já extenso texto tributário constitucional e a introdução de controversos princípios é terreno fértil para intermináveis contendas judiciais nesta república dos processos. 

A batalha entre os entes federativos para reivindicar nacos daqueles fundos será memorável. 

Vamos, entretanto, brindar a esperança de bons momentos. Feliz ano novo.

*Everardo Maciel é consultor tributário, professor e conferencista. Ex-secretário da Receita Federal no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Ipojuca No Grau

Por Ângelo Castelo Branco

A não inclusão do retrato de Paulo Guedes na Galeria dos ex-ministros da Economia, conforme notas veiculadas nas redes sociais, resgata memórias de um período conturbado da história política brasileira, remetendo ao episódio em que o regime militar retirou o retrato de Miguel Arraes da Galeria dos ex-governadores do Palácio do Campo das Princesas, em Pernambuco.

Ambos os casos destacam a complexa relação entre política e memória histórica, em que divergências ideológicas frequentemente resultam em ações que buscam apagar ou reconfigurar legados.

Coube a Marco Maciel, governador durante a transição para a redemocratização, corrigir essa injustiça e reafirmar a importância do reconhecimento histórico, independentemente de discordâncias políticas. Ele determinou a reposição do retrato de Arraes no lugar que lhe era devido. Essa atitude reflete um compromisso com a preservação da história como um registro plural e imparcial.

A exclusão do retrato de Paulo Guedes, que ocupou a pasta da Economia durante o governo Jair Bolsonaro, suscita reflexões similares. A história recente do Brasil tem demonstrado a necessidade de conciliar memória e crítica.

Governantes como Marco Maciel deram exemplo de como a reconciliação histórica pode ser um instrumento de maturidade política. Negar ou ocultar figuras públicas, ainda que polêmicas, apenas enfraquece a percepção da pluralidade democrática e abre precedentes para que a história seja constantemente reescrita ao sabor de interesses momentâneos.

Portanto, o episódio atual exige reflexão sobre o papel das instituições na preservação da memória nacional. A inclusão ou exclusão de personagens na iconografia oficial deve transcender paixões políticas e se ancorar na valorização da história como patrimônio comum, que deve ser preservado para o entendimento das gerações futuras.

Caruaru - Prefeitura na porta

Numa jogada maestral, mas movida pelo revanchismo, ato de pura vingança, a vereadora Célia Galindo (Podemos), decana da Câmara de Arcoverde, impôs, ontem, uma surpreendente derrota ao prefeito Zeca Cavalcanti, do seu mesmo partido. De última hora, na eleição da mesa diretora da Câmara, registrou uma chapa com o vereador Luciano Pacheco (MDB) candidato a presidente e derrotou Rodrigo Roa (Podemos), candidato do prefeito, por 6 a 4.

E com um fato inédito: o próprio Roa votou em Pacheco. Mas seu voto se deu para não permitir que Célia viesse a ser escolhida presidente. Em tempo: o voto de Roa nele próprio acabaria num empate. Pelo regimento, Célia, por ser a mais longeva parlamentar do município, seria aclamada presidente.

Célia articulou a chapa dissidente para se vingar de Zeca por não ter sido escolhida a candidata da sua base à presidência da Casa. Mulher e decana, 40 anos de atividade parlamentar, ela gostaria de receber o apoio do prefeito para comandar a Casa no seu primeiro biênio – 2025-2026. Mas não conseguiu.

Quando Célia anunciou Luciano candidato, Zeca estava no plenário da Casa, na cerimônia da sua posse. E claro, ao lado do seu vice Siqueirinha, que havia articulado a candidatura de Rodrigo Roa, ficou com a cara no chão, literalmente.

Camaragibe Cidade do Trabalho

Folha de Pernambucano

A eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Vereadores do Recife já deixou evidente que vai haver um maior debate ideológico entre as bancadas de direita e esquerda na Casa.

Dois vereadores do Partido Liberal (PL) e dois do Novo não votaram na candidata eleita para a 2ª Secretaria de Casa, a vereadora Cida Pedrosa (PCdoB). Já na eleição para a 3ª Secretaria, foi um grupo de vereadores de esquerda que deixou de votar no candidato Fred Ferreira (PL).

Em entrevista, Cida Pedrosa afirmou que esperava a votação em razão da posição ideológica dos parlamentares de oposição.

“Estou tranquila e até honrada. Todos os que não votaram em mim são de extrema-direita. Eu sou uma mulher de esquerda”, pontuou a vereadora.

Já o vereador Fred Ferreira chegou a votar na vereadora Cida Pedrosa (PCdoB), em concordância com a indicação feita para a composição da Comissão Executiva. Ao comentar sobre a votação do grupo de vereadores de esquerda, o parlamentar declarou que discorda do posicionamento, embora aceite. Ele garantiu que a ação não vai interferir na atuação como 3º secretário.

“Esse é momento de a gente cuidar da Casa. Não tem direita, esquerda, oposição ou situação. Infelizmente, a esquerda tomou esse posicionamento, mas a gente vai ter um bom convívio. Não vou levar isso para a briga”, enfatizou.

Belo Jardim - Construção do CAEE

O governo Lula inicia 2025 com a missão de aprovar projetos prioritários nas áreas econômica, social e de segurança pública, com o objetivo de fortalecer a avaliação da gestão petista e pavimentar o caminho para as eleições presidenciais de 2026. As informações são do portal Estadão.

O Planalto, contudo, enfrentará um Congresso fragmentado, no qual a obtenção de apoio para matérias de interesse do Executivo será ainda mais desafiadora, especialmente em um ano pré-eleitoral, intensificando a necessidade de articulação política e de medidas como a reforma ministerial – considerada indispensável para ampliar a base aliada e assegurar respaldo às pautas governistas.

Em 2023 e 2024, com muito custo, o governo conseguiu avanços importantes no Congresso, incluindo a aprovação do novo marco fiscal, que estabelece regras para o controle de gastos públicos, e a reforma tributária, voltada para simplificar o sistema de impostos. O professor de ciência política do Insper, Leandro Consentino, ressalta que esses avanços foram conquistados por meio de intensas negociações e concessões, incluindo a liberação de emendas parlamentares às vésperas de votações cruciais para o governo. Como mostrou o Estadão, o governo desembolsou, por exemplo, R$ 7,1 bilhões em emendas em apenas dois dias para tentar destravar o pacote de corte de gastos no Congresso Nacional.

Consentino avalia que essas vitórias, embora significativas, revelam uma governabilidade frágil, exigindo do Planalto articulação política até os momentos finais de cada votação.

“Esse processo de negociação pauta a pauta, sem o suporte de uma base sólida e confiável no Legislativo, revelou a fragilidade da articulação política do governo, que em diversas ocasiões precisou ceder a pressões de aliados para garantir os votos necessários”, explica. Como exemplo, o professor cita o pacote fiscal, aprovado pelo Congresso, mas que enfrentou forte resistência e acabou sendo desidratado pela oposição.

No próximo ano, o professor de ciência política analisa que o governo enfrentará um cenário ainda mais desafiador, marcado por um Congresso fragmentado e uma polarização crescente às vésperas das eleições presidenciais de 2026. O professor destaca que, com parlamentares focados em suas bases eleitorais, a aprovação de projetos prioritários será mais difícil, sobretudo diante de interesses conflitantes e da resistência de uma oposição fortalecida.

“Por isso, a reforma ministerial é considerada inevitável, com o objetivo de abrir espaço para partidos do Centrão ou aliados, garantindo que o governo consiga, ao menos, aprovar suas pautas – algo crucial para 2026″, pontua, lembrando que os favoritos para assumir as duas Casas, Hugo Motta (Republicanos-PB), na Câmara, e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), no Senado, não figuram entre os aliados de primeira hora do governo, o que adiciona uma camada extra de complexidade às articulações políticas.

Projetos econômicos e sociais devem prevalecer

Para o professor de ciência política do IDP, Vinicius Alves, entre as prioridades do governo para o próximo ano estarão temas nas áreas social, de segurança pública e econômica, como a reforma do Imposto de Renda (IR), que prevê a ampliação da isenção para quem ganha até R$ 5 mil — um projeto que ficou para 2025. Alves explica que esses projetos têm o potencial de melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, ao gerar impacto positivo nos indicadores econômicos e sociais, criando condições favoráveis para a reeleição de Lula.

“Entendo que, entre as prioridades do governo para o próximo ano estarão temas relacionados à economia e políticas sociais, com o objetivo de melhorar os indicadores econômicos e reduzir a pobreza”, explica, destacando que o grande desafio será equilibrar condições fiscais menos onerosas para as faixas de renda mais baixa, a oferta de políticas sociais ampliadas e o controle das contas públicas.

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), atual vice-líder do governo no Congresso e futuro líder da base governista na Câmara em 2025, também aposta na aprovação de projetos econômicos como estratégia para melhorar a avaliação do governo.

“O presidente falou que é hora de consolidar o governo. A economia é muito importante. Acho que vai continuar sendo a principal questão do governo aqui. A questão do governo aqui é dar tranquilidade, consolidar os números, os resultados do governo. Terá uma turma nova que vai estar na ‘frequência’. Vejo, com bons olhos, também esse novo momento no Parlamento”, disse.

Na mesma linha, o vice-líder do governo na Câmara, deputado Rogério Correia (PT-MG), destaca a importância das matérias econômicas e sociais, afirmando que 2025 será um “ano de entrega” para o governo, considerado essencial para as pretensões da sigla em 2026. O parlamentar menciona o projeto de lei que propõe a alteração das regras para a aposentadoria de militares, com o objetivo de equilibrar as contas públicas, além da proposta de redução da renúncia fiscal, que busca diminuir os benefícios tributários concedidos a determinados setores da economia, aumentando a arrecadação e possibilitando a destinação de mais recursos para áreas prioritárias, como saúde, educação e programas sociais.

“Agora, precisamos de alguns programas para acertar a economia, que promovam a divisão de renda — uma marca que o PT busca estabelecer e que o governo do presidente Lula tem como compromisso”, resume.

O também vice-líder do governo na Câmara, Rubens Pereira Júnior (PT-MA), concorda com os temas prioritários, mas ressalta que pautas de costume não terão tanto espaço na Casa, especialmente em ano pré-eleitoral. “Menos assuntos polêmicos, com a proximidade da eleição”, afirma.

No Senado, a expectativa é semelhante à da Câmara. A senadora Teresa Leitão (PT-PE) destaca que a base governista na Casa dará prioridade tanto aos projetos econômicos quanto aos sociais, incluindo o Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece diretrizes para o desenvolvimento da educação no Brasil.

Além das pautas sociais e econômicas, Vinicius Alves pontua que os temas de segurança pública, em especial a possibilidade de avanços nos esforços de coordenação liderados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública no enfrentamento ao crime organizado, podem se tornar arenas de disputa entre governo e oposição no próximo ano, com potencial de impactar diretamente a aprovação do governo.

“Considero que o termômetro decisivo será o patamar de aprovação ou rejeição do presidente Lula, que está diretamente ligado ao desempenho e à avaliação de sua gestão. A percepção e avaliação sobre o governo passa pela aprovação desses projetos em 2025. Por isso, garantir a aprovação é crucial, mesmo em um cenário de dificuldades no Congresso”, conclui.

A novela dos servidores do Estado cedidos ao Recife está longe do fim

Por Larissa Rodrigues – repórter do blog

A governadora Raquel Lyra (PSDB) cedeu apenas cinco servidores estaduais para a Prefeitura do Recife, em 2025. Na lista enviada pela equipe do prefeito reeleito, João Campos (PSB), constavam dez nomes e o pedido para que o Estado renovasse suas cessões no novo ano (clique aqui e confira o pedido de João Campos). Mas Raquel abriu mão apenas dos funcionários integrantes do primeiro escalão no time socialista, como o secretário de Educação da capital, Fred Amâncio (clique aqui e confira a resposta da governadora ao prefeito do Recife).

Nenhum secretário executivo foi liberado. Todos terão que retornar às suas funções na gestão estadual. À esta jornalista, uma fonte palaciana confidenciou que o motivo principal foi o curto tempo que a governadora teve para analisar os pedidos. A lista com os dez nomes chegou ao Palácio do Campo das Princesas às 15h17 do dia 30 de dezembro de 2024.

Algumas dúvidas ficaram com relação às solicitações em cima da hora: por que foram enviadas quase no apagar das luzes de 2024, quando já se sabia há meses que os prazos encerravam no dia 31 de dezembro? Por que somente dez nomes foram enviados pela Prefeitura do Recife com pedidos de renovações, se há outras dezenas de servidores cedidos ao município?

Esses demais que ficaram de fora da lista não são importantes para a gestão, ou seria uma estratégia de João Campos para que parte da sua equipe retorne ao Estado? Com qual objetivo parte da equipe de João Campos passará a compor a gestão de Raquel Lyra? Observar ou já assumir um espaço que, pensam os socialistas, será ocupado se João vencer a disputa contra a tucana em 2026?

Será que João confiou no apoio da opinião pública à sua causa e no desgaste da governadora Raquel Lyra, nessa pendenga com os servidores que tem marcado a relação entre o Recife e o Governo do Estado há mais de ano? Por confiar que a governadora só teria a perder perante a sociedade, não cedendo os servidores, João teria minimizado a burocracia do prazo?

Mas é uma questão prática entre poderes. O prazo encerrava dia 31 de dezembro. O pedido foi feito no dia 30, no meio da tarde. Resta saber se o prefeito vai enviar nova lista com outros pedidos, com os nomes que foram negados e também com os que não estão na lista desses dez. Resta saber, também, como a governadora Raquel Lyra vai acomodar esse pessoal que passou anos ao lado de João.

Os cinco nomes cedidos – Foram cedidos pela governadora Raquel Lyra os seguintes servidores: Alexandre Rebêlo Távora (secretário de Ordem Pública e Segurança); Bernardo Juarez D’Almeida (presidente da Emprel); Fred Amâncio (Educação); Maíra Fisher (Administração); e Pâmela Alves (Assistência Social e Combate à Fome). Com exceção de Bernardo Juarez D’Almeida, todos os outros nomes haviam sido anunciados para compor o secretariado a partir de 2025 antes mesmo de a prefeitura pedir as renovações de cessões ao Estado. João Campos divulgou os nomes e funções no seu Instagram e também mandou por e-mail para a imprensa. O prefeito ainda não disse se Bernardo D’Almeida continua presidente da Emprel.

Os primeiros nomes anunciados – Fred Amâncio, da Educação, foi o primeiro secretário anunciado pelo prefeito, no dia 22 de dezembro de 2024. No mesmo dia, João Campos divulgou Pâmela Alves para a pasta de Assistência Social e Combate à Fome. Já Alexandre Rebêlo teve o nome divulgado para Ordem Pública e Segurança no dia 24, assim como Maíra Fisher, anunciada por João para a pasta de Administração na véspera de Natal. Enquanto João anunciava tudo no Instagram, o Palácio se perguntava quando chegariam os pedidos de cessão desses nomes e a governadora Raquel Lyra ainda aguardava para analisar se seria possível liberar.

Os nomes não liberados – Na correria do último dia antes de o prazo das cessões terminar, a governadora decidiu não liberar para o Recife os seguintes nomes: Artur Leonardo Gueiros Barbosa (secretário executivo de Orçamento e Captação de Recursos); Bruno Alves Carneiro (secretário executivo de Gestão de Pessoas); Bruno César Souza Pereira (diretor executivo do Tesouro); Ednaldo Alves de Moura Júnior (secretário executivo de Gestão de Rede); e Severino José de Andrade Júnior (secretário executivo de Planejamento e Coordenação).

Nomes que não estão na lista – Entre os funcionários do Estado cedidos ao Recife e que não tiveram suas renovações de cessão pedidas à governadora, está o secretário executivo de Transformação Digital, Felipe Cadena, que é originário da Secretaria da Fazenda de Pernambuco (Sefaz). Também não consta entre os dez nomes enviados ao Palácio o do coronel Cássio Sinomar, secretário executivo de Defesa Civil do Recife e com larga experiência situações de crise nos morros com as chuvas. Ele é do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco.

Câmara do Recife – Além do prefeito João Campos e do seu vice, Victor Marques (PCdoB), tomaram posse, ontem, na Câmara do Recife, os 37 vereadores da capital. Como já era esperado, o vereador Romerinho Jatobá (PSB) foi reconduzido à Presidência da Casa, com 36 votos. Ele está no quarto mandato e recebeu a maior votação entre os pares nas eleições de 2024. Foram 20.264 votos. O primeiro-secretário eleito para o biênio foi o vereador Eriberto Rafael (PSB), também com 36 votos.

CURTAS

AGRADECIMENTOS – No discurso que fez na Câmara, o prefeito João Campos agradeceu a várias pessoas pela ajuda em sua caminhada. Uma delas foi o ex-prefeito Geraldo Júlio, sempre lembrado por João em vários eventos. “Vejo aqui muitos amigos, mas tem um que que herdei do meu pai e eu faço questão de ressaltar. Ele nos permitiu ver um Recife mais preparado e mais sintonizado com o futuro. Geraldo Júlio, você é amigo que, tenho certeza, sempre poderei contar”, afirmou João Campos.

ISABELLA DE ROLDÃO E TÁBATA AMARAL – A ex-vice-prefeita e agora secretária do Trabalho e Qualificação Profissional, Isabella de Roldão (PDT), também foi lembrada. “Quero agradecer a todo o time aguerrido que está aqui, junto com Isabella, que esteve ao meu lado nestes últimos quatro anos”, destacou Campos. Como não poderia deixar de ser, o prefeito também citou a namorada, a deputada federal Tábata Amaral (PSB). “Minha gratidão também a Tábata, companheira de vida, de caminhada e de corrida. A distância que nos separa fica pequena diante do amor e do afeto que nos une”.

DONA RENATA – Já sobre a mãe, dona Renata, João Campos enfatizou: “uma mulher de fibra, corajosa e de uma sabedoria alimentada por uma sensibilidade única, que faz do exemplo uma inspiração. Meu grande exemplo de correção e decência. A pessoa mais justa que conheço. Sua fé é nossa força motriz para jamais perdermos a esperança no futuro”.

Perguntar não ofende: O que levou a equipe do prefeito João Campos a mandar o pedido de renovação de cessão dos servidores somente no dia 30, com o prazo encerrando no dia 31?

O vereador Eduardo Batista (Avante) foi eleito presidente da Câmara Municipal de Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, e vai assumir a gestão do município temporariamente até que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) organize uma eleição suplementar na cidade, ainda sem data para acontecer. Ele recebeu 13 votos dos 17 possíveis, sendo os outros quatro votos nulos.

O candidato mais votado nas eleições de 2024 foi o prefeito Eduardo Honório Carneiro (União Brasil), mas a Justiça Eleitoral entendeu que ele estava disputando a segunda reeleição consecutiva, o que é proibido por lei.

“Precisamos estar vigilantes e de mãos dadas, colocando os interesses do povo de Goiana acima de tudo, de qualquer questão de ordem política ou pessoal. Por isso, conclamo a todos neste momento para que façamos a construção de uma grande união por nossa cidade para que o momento que está por vir seja de mais conquistas e realizações para o povo goianense”, declarou Eduardo Batista em seu discurso de posse.

Com uma população estimada de 85.160 habitantes, segundo o IBGE, Goiana tem 17 vereadores, que tomaram posse na noite desta quarta-feira (1º). O presidente da Câmara foi eleito logo após a posse e vai ficar temporariamente responsável por administrar a prefeitura.

Eduardo Batista tem 65 anos, é casado e tem ensino médio completo. Nascido em Goiana, disputou cinco vezes as eleições para vereador na cidade, sendo eleito duas vezes, em 2020 e 2024. Batista já ocupou o cargo de presidente da Câmara entre 2021 e 2024.

O prefeito de São Luís, Eduardo Braide, foi empossado para seu segundo mandato, nesta quarta-feira (1), no auditório da FIEMA.

Braide não acompanhou a posse dos vereadores e a eleição da Mesa Diretora, chegando somente após ser anunciado pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor.

Em seu discurso, o prefeito relembrou as dificuldades enfrentadas em seu primeiro período, especialmente em relação à pandemia de coronavírus. Braide pediu, ainda, a união entre Legislativo e Executivo pelo bem da população.

Por fim, o prefeito enumerou uma série de obras que pretende entregar ao longo de 2025 em São Luís. Destaque para o Elevado da Forquilha e os novos Mercado Central e Socorrão II, que definiu como maior hospital de urgência e emergência do Maranhão, em fala estadualizada, no ano que antecede as eleições de 2026.

Do portal Marrapá.

Por Cláudio Soares*

Romero Augusto Vilar Dantas Neto (PSB) foi eleito presidente da Câmara de Vereadores de São José do Egito para o biênio 2025/2026. A nova Mesa-Diretora será composta por José Roberto da Silva Bernardes como vice-presidente, Fernanda Delamares Nunes de Araújo Jucá como 1ª secretária e Damião Gomes Leite como 2º secretário. A eleição, realizada na noite de hoje, foi decidida por uma margem apertada de 7 votos a 6.

Romero Dantas, filho da ex-vereadora Ana Maria e do ex-vereador Romerinho Dantas, além de neto do ex-vice-prefeito Romero Dantas, conseguiu consolidar seu apoio entre os colegas vereadores. O grupo da situação, que elegeu apenas cinco vereadores, fez tentativas intensas para emplacar um candidato à presidência, mas não obteve êxito. A eleição de Romero Dantas representa uma nova fase na liderança da Câmara, prometendo novos desafios e oportunidades para o desenvolvimento da cidade.

*Advogado e jornalista

Por falta de quórum durante a cerimônia de posse do novo prefeito de Camaragibe, Diego Cabral (Republicanos), a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Vereadores não ocorreu. Com a vacância do cargo, a presidência da Casa Legislativa foi assumida, interinamente, pelo vereador Geraldo Alves (MDB), da base de apoio do novo prefeito.

Topázio Neto (PSD) foi empossado nesta quarta-feira, 1º de janeiro, para o segundo mandato à frente da prefeitura de Florianópolis, segunda cidade mais populosa de Santa Catarina com 537 mil habitantes. Aos 62 anos, o político foi reeleito em outubro com 58,49% dos votos.

O político liderou as pesquisas de intenção de voto em toda a campanha eleitoral e recebeu 161.839 votos no pleito. A vice-prefeita eleita é Maryanne Mattos (PL), que já foi vereadora na Capital.

A cerimônia aconteceu na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Antes da posse, Topázio Neto falou à NSC TV que conta com a parceria do governo estadual para lidar com os desafios do próximo mandato, que incluem sobretudo as áreas da mobilidade, saúde, sustentabilidade e educação.

“Na área da saúde, eu tenho um compromisso muito forte com a região do Norte da Ilha na construção de outro hospital. Nós, ainda nesse primeiro semestre, queremos iniciar as obras dessa construção”, afirmou em entrevista.

Do g1 Santa Catarina.

Léo Moraes (Podemos) tomou posse nesta quarta-feira (1º) como prefeito de Porto Velho. A cerimônia aconteceu no Complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Além do prefeito, foram empossados os 23 vereadores eleitos e anunciados oficialmente os secretários que vão assumir a nova gestão.

O prefeito eleito disse que o trabalho será intenso e deve superar os desafios que a cidade enfrenta, como a precariedade nos serviços públicos e as deficiências estruturais.

“Porto Velho ainda enfrenta gargalos históricos. A saúde está na UTI e nossa infraestrutura precisa de atenção imediata. Precisamos sair da situação de uma cidade com asfalto em cima de asfalto e falta de medicamentos nos postos de saúde”, disse o prefeito.

Léo também destacou que, enquanto outras capitais discutem temas como transformação digital e inteligência artificial, Porto Velho ainda se vê debatendo problemas básicos.

“Enquanto outras cidades avançam em inovação, nós estamos aqui discutindo o básico. Isso é inadmissível e vamos trabalhar para mudar essa realidade”, afirmou.
Além disso, o prefeito também falou sobre a escolha dos nomes para as secretarias municipais. Segundo ele, os novos secretários foram escolhidos com base em critérios como capacidade técnica, comprometimento e conhecimento da realidade local.

“O amor pelas pessoas e pela nossa cidade é essencial. O pertencimento a Porto Velho é fundamental para que possamos trabalhar juntos e fazer a diferença”, destacou Léo.

O prefeito também ressaltou que a arte de governar é delegar e cobrar resultados. Léo afirmou que, apesar dos desafios, a cidade precisa avançar rapidamente para sair da posição de pior qualidade de vida entre as capitais do Brasil.

Após fazer o juramento e assinar o livro de posse – assim como a vice-prefeita, Magna dos Anjos (Podemos) –, Léo fez seu primeiro discurso como prefeito. O prefeito reafirmou seu compromisso com a saúde pública.

“Quando me perguntam o que nós iremos fazer de imediato, nós vamos fazer primeiro a nossa gente sobreviver diante do caos instalado na saúde. Primeiro sobreviver”, ressaltou.

Do g1 Rondônia.

O prefeito eleito de Toritama, Sérgio Colin (MDB), tomou posse, hoje, em solenidade na Câmara Municipal. Na cerimônia, também foram empossados o vice-prefeito Gil Custódio (PP) e os 13 vereadores do município. “É uma honra imensa suceder o maior prefeito da história de Toritama. Iremos dar continuidade no caminho das conquistas em nossa cidade, seguindo com o compromisso e dedicação da gestão de Edilson Tavares. O legado deixado é imenso, e iremos nos doar e trabalhar nesta missão nos próximos anos”, destacou Colin.

Após a solenidade de posse na Câmara, Sérgio Colin e sua comitiva foram para o prédio da Prefeitura de Toritama, onde Edilson Tavares (MDB) passou, de forma simbólica, a chave do Centro Administrativo, que passa a ser conduzido pelo novo prefeito neste mandato que vai até o dia 31 de dezembro de 2028.

O prefeito reeleito Dr. Furlan (MDB), o vice- prefeito Mário Neto (PODE), e os 23 vereadores eleitos foram empossados na tarde desta quarta-feira (1º), na sede da Câmara Municipal de Macapá (CMM), na área central da capital.

Essa é a 2ª vez que o Dr. Furlan ocupa o cargo. Ele foi reeleito com 85,08% dos votos (204.291 votos, ao todo), enquanto o vice, Mário Neto, ocupa pela 1ª vez um cargo político.

Em entrevista ao g1, Dr. Furlan destacou que a principal meta da gestão para os próximos quatro anos é “manter o ritmo de trabalho”.

“A expectativa é conseguir manter o mesmo ritmo de trabalho, fazendo as entregas que a população se acostumou dessa gestão que se caracterizou por enfrentar os problemas da cidade de Macapá. Nós temos o desafio de manter o ritmo de trabalho”, afirmou o prefeito.

Já o vice, Mário Neto, informou que ele e Dr. Furlan vão buscar estar próximo à população resolvendo os problemas de forma dinâmica.

“Teremos muito trabalho por toda nossa cidade, não cessaremos em nenhum momento. Isso tem tido um resultado muito positivo para todos nós, que é trabalhar de domingo a domingo, estar próximo da população, ouvir a população e resolver o problema de uma forma bem mais ágil e bem mais dinâmica” disse Mário Neto.

A cerimônia teve a participação de políticos, integrantes de órgãos de controle, convidados e a imprensa. Já a abertura da solenidade foi realizada pela vereadora eleita, Pastora Léia Pelaes (PDT), em razão dela ser a candidata com mais idade entre os eleitos.

Em seguida, os 23 vereadores eleitos se apresentaram à mesa diretora da Câmara, e entregaram a declaração de bens e o diploma expedido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amapá. Os empossados também fizeram a leitura do juramento constitucional.

O prefeito e o vice-prefeito também entregaram a declaração de bens e o diploma expedido pelo TRE e realizaram a leitura do juramento constitucional.

Do g1 Amapá.

Adriane Lopes (PP) e Camilla Nascimento (Avante) tomaram posse, nesta quarta-feira (1º), como prefeita e vice-prefeita de Campo Grande. A gestora é a primeira mulher eleita prefeita da capital sul-mato-grossense. Também tomaram posse os 29 vereadores eleitos pelo município para a legislatura 2025-2028.

No primeiro discurso após ser empossada, Adriane falou da importância da força feminina na política e celebrou o fato de ter uma vice-prefeita mulher. Ela ressaltou a parceria com a senadora Tereza Cristina (PP) para a vitória nas urnas.

“Pela primeira vez em 125 anos, uma mulher eleita pelo voto popular tendo uma mulher como vice. […] Este feito não é nosso, ele pertence a cada mulher que já ouviu que não era capaz, que deveria se conformar com menos. Nós mostramos que com respeito, com propostas, a gente também pode avançar e fazer gestão com responsabilidade”.

Adriane Lopes teve 222.699 votos, enquanto a adversária, Rose Modesto (União), 210.112 votos. Outros 11.704 eleitores votaram em branco, e 16.871 anularam. Houve, ainda, 184.812 abstenções, o que representa 28,60% do total.

A prefeita eleita também falou que irá aproximar a gestão pública dos bairros da cidade. Além de ressaltar a importância da harmonia entre os poderes, especialmente com a Câmara Municipal para transformar a vida da população

“A política não deve ser palco de vaidades ou divisões, mas um espaço de diálogo e construção. Vamos intensificar o diálogo com a população nos próximos anos, aproximando a gestão pública das realidades de cada bairro e região da nossa cidade. Não basta ouvir, é preciso agir com planejamento e eficiência para atender os anseios dos campo grandenses”.

Entre as promessas feitas, a gestora disse que irá modernizar o transporte público, concluir obras inacabadas e governar para o povo. “Nós pretendemos iniciar com a modernização do transporte público, o que fomos muito cobrados na campanha. Queremos fazer obras de pavimentação e drenagem, dando um ponto final em todas as obras paradas, que foi uma proposta que fizemos na campanha para iniciar 2025 com a obra do Belas Artes”.

Adriane Lopes tem 48 anos, é casada e declara ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tem ensino superior completo, ocupação de prefeita e patrimônio de R$ 670.436,24.

Do g1 Mato Grosso do Sul.