Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog
A cada dia que passa, tem ficado mais evidente o tratamento de comadre dado pelo Governo Raquel Lyra (PSDB) a aliados políticos de primeira hora. É o caso da cidade de Vicência, na Mata Norte, administrada por Guilherme Nunes, conhecido popularmente por Guiga, que em seu segundo mandato, prepara o terreno para passar o bastão para o seu vice, Eder Walter, já oficializado pré-candidato à prefeitura pelo PSDB.
Por lá, dentro do Pernambuco sem Fome, lei instituída em dezembro do ano passado pela gestão da tucana, que visa combater a fome e a insegurança alimentar no Estado, pelo programa Bom Prato, instalou em Vicência, não uma, mas duas cozinhas comunitárias.
Leia maisMas, de acordo com anúncio recente do próprio prefeito, Vicência se prepara para inaugurar a terceira. Ou seja, será que o projeto de matar a fome do povo só é prioridade quando as cidades em que as cozinhas comunitárias são instaladas são geridas por aliados da governadora
“Aproximadamente 500 pessoas são atendidas diariamente nas nossas duas Cozinhas Comunitárias e estamos em busca de uma terceira para aprimorar mais ainda o serviço, diminuindo a insegurança alimentar e melhorando os índices do município”, afirmou o prefeito, em suas redes, há dois dias.
Chama atenção, porém, que em Vicência há uma população de 26 mil moradores, o que, na prática, não teria outro motivo se não ser impulsionar as entregas no município visando tão somente atrair eleitores para o projeto de continuidade da atual gestão. Até porque, segundo pesquisas recentes, o pré-candidato oficial do prefeito tem amargado uma grande desvantagem em relação ao pré-candidato da oposição, o empresário Neto de Dija (PSB).
A interpretação tem como base o fato de que na mesma região, cidades como Buenos Aires, Aliança, Nazaré da Mata e Orobó, que têm praticamente os mesmos índices de pessoas vivendo em situação de pobreza, critério para participar do Bom Prato, estão a ver navios até o momento.
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