A corporação finalizou o relatório final sobre a situação e incluiu a descoberta de uma nova joia, levada aos EUA para ser comercializada. Além de Bolsonaro, foram indiciados o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o pai dele, Mauro Cesar Cid, os advogados Frederick Wassef e Fabio Wajngarten, entre outros. As informações são do jornal Correio Braziliense.
Em maio, a PF enviou uma comitiva aos Estados Unidos. Os policiais brasileiros atuaram em conjunto com o FBI em solo norte-americano e visitaram uma loja de penhor onde as joias teriam sido vendidas. A investigação aponta que os envolvidos sabiam da ilegalidade ao levar o material para o país da América do Norte e tentaram ocultar provas para dificultar o trabalho das autoridades. O objetivo seria vender para custear permanência no país.
Leia maisPublicamente, Jair Bolsonaro nega irregularidades. A defesa dele informou que vai se manifestar quando tiver acesso ao relatório da investigação. Os advogados já solicitaram acesso ao material que foi entregue pela PF. Investigadores acreditam que as provas são robustas, incluem informações sobre viagens aos Estados Unidos, tentativa de entrar no país com as joias sem que as pedras preciosas fossem declaradas na alfândega, assim como registros da venda dos itens em joalherias dos Estados Unidos, a devolução de parte do acervo após determinação do Tribunal de Contas da União e até mesmo uma foto tirada por Mauro Cesar Cid em que o próprio militar aparece refletido no espelho da caixa usada para armazenar as joias.
Entre os itens levados ao exterior está um relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico que foram recebidos por Bolsonaro durante uma viagem oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019. O relógio foi vendido por R$ 300 mil na Precision Watches, joalheria localizada na Pensilvânia, nos Estados Unidos. O objeto foi levado ao exterior em uma comitiva oficial de Bolsonaro.
As investigações apontam que as articulações em torno dos materiais começaram em junho de 2022, quando Bolsonaro ainda era presidente e se organizava para tentar a reeleição. No relatório final, a PF não solicita a decretação de prisão preventiva ou temporária de nenhum dos investigados. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que foi citada durante as investigações, não aparece como indiciada. Ela não tinha cargo público no período em que os fatos ocorreram.
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