Rentabilidade dos carros usados bate recorde
O ticket médio de venda dos carros usados no Brasil atingiu o valor de R$ 81.908,00, o maior registrado desde julho de 2022 (R$ 82.041), de acordo com os dados do Estudo Megadealer de Performance de Veículos Usados powered by Auto Avaliar (PVU). O levantamento mostra bom momento positivo vivido pelo mercado. E mais: o giro do estoque recuou para 35 dias, o menor desde dezembro de 2023, e a margem bruta praticamente se manteve, atualmente em 10,8%. “O que estamos presenciando é uma dinâmica aquecida de mercado, apresentando rápido giro de estoque, manutenção da boa margem média bruta e ticket médio crescente”, avalia Fábio Braga, gerente da MegaDealer. Para se ter uma ideia, em junho do ano passado o giro do estoque era de 48 dias e a margem bruta de 10,6%.
Segundo os dados da Anfavea, no mês de junho quase 1 milhão de carros e comerciais leves usados (958 mil precisamente) foram comercializados, 11% acima do mesmo mês do ano anterior, e 9% acima de maio de 2024. A mesma tendência positiva foi sentida na plataforma Auto Avaliar, que registrou recorde mensal de veículos avaliados. Ao todo, foram realizadas 217.532 avaliações, contra 206.862 em maio. O retorno sobre o investimento (ROI) das concessionárias ficou em 78%, crescimento de 0,4 ponto percentual em relação a maio. O número também é o maior do ano. O destaque ficou com a Hyundai (116%), seguida pela Honda (96%)e Nissan (90%).
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Tragédia ambiental – Fábio Braga ressalta que os números de junho seriam ainda mais positivos se não fossem os efeitos da tragédia ambiental do Rio Grande do Sul. “Com exceção ao mercado gaúcho, é possível perceber um aumento gradual da convicção dos brasileiros em apostar nos veículos usados de maior valor”, afirma, ao lembrar que é preciso prestar atenção ao comportamento do mercado no Sul diante da substituição de estoques de usados perdidos nas inundações, gerando reposição oriunda de outros estados. “O impacto da disponibilidade de estoque de novos, devido à quebra de produção das fábricas afetadas pela falta de peças por questões logísticas, são temas relevantes para os próximos meses”, completa. Entre as redes de concessionárias que tiveram a maior taxa de conversão (avaliação versus captação), seis marcas se destacaram, ficando acima da média de 18%: Citroën (22%), Fiat e Chevrolet (21%), Jeep (20%), Hyundai e Nissan (19%). Já a Caoa Chery (7%), Toyota (11%) e Ford (12%) apresentaram as menores taxas de conversão.
Yaris na liderança – O Toyota Yaris Hatch reassumiu a liderança de carro com maior rentabilidade de junho, depois de ficar em segundo lugar em maio, atrás do Fiat Cronos. No mês passado, o modelo registrou preço médio de R$ 85 mil, margem de 11,3% e giro médio de 28 dias. O segundo lugar no ranking ficou com o Hyundai Creta, que registrou preço médio: R$106 mil, margem de 10,3% e giro médio de 30 dias. A terceira ocupação no ranking ficou com o Nissan Kicks: preço médio de R$ 96 mil, margem de 10,3% e giro médio de 30 dias. O Fiat Cronos, destaque em rentabilidade durante maio, caiu da primeira para a quarta posição em junho. A amostra do estudo engloba 2.707 concessionárias de 23 diferentes marcas conectadas na plataforma Auto Avaliar. Com presença em sete países, a Auto Avaliar atende, atualmente, 4.200 concessionárias e mais de 38.000 lojas independentes e realiza US$ 1,4 bilhão de vendas anualmente.
Combustível: tudo fica mais caro – A mais recente análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de abastecimento, revelou que todos os combustíveis registraram aumento nos postos de abastecimento do Nordeste na primeira quinzena de julho. O preço médio do litro do etanol fechou o período a R$ 4,68, com aumento de 0,86% ante o consolidado de junho. Já o diesel comum e o S-10 foram, ambos, encontrados a R$ 6,21, após aumentos de 3,33% e de 2,14%, respectivamente. O preço da gasolina também subiu na região. Com o aumento de 0,97%, o litro do combustível foi encontrado, em média, a R$ 6,22. “O aumento identificado em Sergipe para o diesel comum (9,56%), na Bahia para o diesel S-10 (3,80%) e no Maranhão para a gasolina (2,33%) foram os maiores de todo o país”, destaca Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil.
De cada 10 elétricos, nove são chineses – Os brasileiros compraram no primeiro semestre deste ano 31,1 mil veículos leves totalmente elétricos. Destes, quase 27 mil pertencem a quatro marcas de origem chinesa — BYD, GWM, JAC e, por meio de parceria com o Grupo Caoa, a Chery. Outros 2,1 mil são da Volvo, integrante do Grupo Geely, também chinês. Em suma: segundo levantamento do portal AutoIndústria a partir de dados da Fenabrave, mais de 29,1 mil veículos, ou 93% de todos os elétricos vendidos no período, ou foram montados na China ou têm capital chinês em sua origem. Só os modelos da BYD responderam por 22,4 mil licenciamentos, 72% do total, enquanto a GMW, com 3,7 mil, por 11,8%. A marca “não-chinesa” que mais vendeu elétricos no Brasil de janeiro a junho foi a Renault, que negociou 613 unidades, seguida da BMW, com 467 veículos, Peugeot, 345 licenciamentos, e Ford, 161.
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BYD King faz até 44,2 km/litro – E por falar em elétricos, mais um feito da chinesa BYD no mercado brasileiro: segundo o Inmetro divulgou na semana passada, o sedã BYD King chega a fazer até 44,2 km/litro quando está usando a combinação do motor a combustão com o elétrico. A autonomia no modo elétrico, na versão mais cara, chega a 80km, segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). A versão GS, com o motor 1.5 e baterias de 18,3 kWh, faz 44,2 km/litro na cidade e 36,7 km/litro na estrada. Considerando somente o motor a combustão, o sedã registrou 16,8 km/litro e 14,7 km/litro, respectivamente. A versão GL, de entrada e que usa baterias de 8,3 kWh, o Inmetro aponta para um rendimento de 43,3 km/litro no ciclo urbano e 32,7 km/litro no ciclo rodoviário.
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Blazer elétrica terá autonomia de 481 km – A Chevrolet acaba de divulgar mais detalhes sobre a versão elétrica do SUV Blazer. O modelo terá baterias de 102 kWh e vai garantir autonomia de 481 km, já no padrão do Inmetro. Com isso, será o segundo carro elétrico com tanto alcance – atrás somente do BMW iX xDrive 50, que roda 528 km com uma carga. Isso será possível, segundo a General Motors, em função da configuração de baterias – a mais completa disponível para o modelo, composta por 12 módulos com capacidade total de 102 kWh. Para o Chevrolet Blazer EV, a velocidade de recarga é de até 22 kW (AC) e 190 kW (DC). Essa velocidade de recarga é 3,5 vezes maior quando comparada a veículos elétricos de gerações anteriores. A versão que será vendida aos brasileiros é a RS – de design esportivo, com rodas de 21 polegadas, faróis e lanternas com assinatura de LED e interior escurecido. O motor elétrico gera 347cv e tem tração nas rodas traseiras.
A chinesa da Stellantis – E para ainda ficar no assunto dos elétricos, uma novidade importante: a gigante Stellantis também vai usar uma marca chinesa para entrar no mercado brasileiro. É a Leapmotor. Até o vice-presidente já foi nomeado: é o executivo Fernando Varela, vice-presidente da Região Andina & América Central da Stellantis. Segundo ele, a Leapmotor oferece uma linha de veículos elétricos inovadores e de alta qualidade, que se encaixam perfeitamente na crescente demanda por soluções de mobilidade sustentável na América Latina”.
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O Mercedes-AMG de 680cv – A marca alemã acaba de anunciar a chegada ao Brasil do Mercedes-AMG C63 S E Performance, um sedã de luxo que usa um motor 2.0 híbrido plug-in de 680cv e vai de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos. O preço? Simplesmente R$ 906.900. Só o motor a combustão entrega 476 cv de potência e 55,5 kgfm no torque. Ele, por sinal, usa tecnologia derivada dos carros de Fórmula 1 para melhorar a resposta desde a marcha lenta, reduzindo o turbo lag, e é assistido eletricamente. No eixo traseiro, um motor elétrico que entrega 95cv continuos, mas vai até 204 cv e 32,6 kgfm (entregue durante 10 s). O Mercedes-AMG C63 S E Performance tem câmbio automático de nove marchas e a velocidade máxima é limitada a 280 km/h.
Limite de pontuação da CNH – Para alguns parlamentares, é preciso mudar as regras de trânsito sempre – nem que seja para pior. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), por exemplo, quer dobrar o limite de pontuação da CNH de 40 para 80 pontos anuais. A atual lei, do artigo 262 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), já aumentou o limite de 20 para 40 pontos, em 2021. Mas a deputada quer reduzir ainda mais as suspensões de CNH para motoristas que atingirem o novo limite, exceto ao cometer uma infração gravíssima, quando o limite de 40 cai para 30. Ao cometer duas infrações gravíssimas, o limite cai para 20. Zambelli afirma, em sua justificativa, que essa mudança é devido ao excesso de números de radares de velocidade nos grandes centros urbanos, fazendo que muitos motoristas e profissionais percam suas devidas CNH.
O pão, o álcool e o bafômetro – Você sabia que se comer duas fatias do pão Visconti, por exemplo, pode ser pego pelos bafômetros? Pois, é: a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) realizou um estudo curioso, que mostra que 10 populares marcas de pão de forma contêm teor alcoólico suficiente para afetar testes etílicos. A Visconti, por sinal, liderou com 3,37% de teor alcoólico. O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) também fez testes comprovando essa possibilidade. A legislação brasileira permite até 0,04% de álcool no sangue quando estiver dirigindo, e o pão pode facilmente ultrapassar esse limite. Por exemplo, duas fatias de algumas marcas analisadas contêm aproximadamente 0,44 gramas de álcool. Esse fenômeno é resultado do processo de fermentação, onde os açúcares da massa se transformam em etanol. Mas, ao contrário do álcool da cerveja, que pode ficar no corpo por até 12 horas, o encontrado no pão não dura mais do que 3 a 5 minutos no organismo.
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Transporte escolar e avaliação dos itens da suspensão – A manutenção regular dos veículos é crucial para evitar paradas inesperadas no trânsito e prevenir acidentes. Por isso, os motoristas de veículos de passeio devem dedicar atenção especial e realizar inspeções periódicas. Já os condutores de veículos de transporte, como vans escolares, que são responsáveis pelo transporte diário de estudantes para as escolas, devem ter cuidados redobrados. Além dos possíveis transtornos de viagem e acidentes, a falta de manutenção adequada pode afetar o desempenho dos alunos, causando atrasos na chegada ou até mesmo ausências nas atividades escolares. Para evitar problemas durante o transporte escolar, Nakata fez uma pequena cartilha recomendando alguns cuidados de manutenção (atenção, gestores municipais). É essencial, por exemplo, verificar preventivamente todo o sistema de suspensão do veículo a cada 10 mil km ou, sempre que o carro mostrar sinais de desgaste, em qualquer momento.
Sinais de problemas na suspensão – “Forte ruído pode apontar desgaste das buchas, folga na bieleta, pivôs e terminais folgados e coxins danificados; assim como instabilidade na direção pode indicar amortecedor desgastado”, comenta Leandro Leite, coordenador de assistência técnica e garantia da Nakata. Outros indícios de comprometimento do sistema de suspensão são pneus com desgaste escamados, motivado por amortecedor danificado; falta de estabilidade em curvas; vazamento de óleo no amortecedor; perda de contato do pneu com o solo ao passar por irregularidades; perda de altura do veículo por molas arriadas. “Caso as molas quebrem, pode afetar os pneus e comprometer a segurança do condutor e dos passageiros, além de danificarem outras peças da suspensão”, adverte.
Itens que devem ser revisados – Segundo Leite, todos os componentes do sistema de suspensão devem ser avaliados: amortecedores, molas, buchas, bandeja, barra estabilizadora, bieleta e kit completo do amortecedor – batente, coifa e coxim. Além da manutenção preventiva, o coordenador de assistência da Nakata lembra, ainda, que, além das revisões preventivas e previstas pelo fabricante, condutores de veículos de transporte escolar devem realizar semestralmente, conforme trata o art. 136 do Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503, de 1997), inspeção para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança do veículo.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
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