De bigu com a modernidade

Nordeste tem a gasolina mais cara do país …

Segundo o último levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), referente à primeira quinzena de julho, o preço médio do litro da gasolina vendida no Nordeste foi de R$ 7,10 – o mais caro do país no período. Mesmo com um recuo de 7,92% no valor em relação a junho.

Já o etanol na região, encontrado a R$ 6, também apresentou a média mais alta de todo o território nacional – ainda que com uma redução de 3,54%. Já o diesel comum e o S-10 fecharam o período a R$ 7,87 e R$ 7,94, respectivamente, com altas de 4,78% e 4,53%. “Quando analisamos os destaques nacionais, o Piauí continua na liderança como o estado com a gasolina mais cara de todo o Brasil, vendida a R$ 7,41”, destaca Douglas Pina, diretor-geral de Mainstream da Divisão de Frota e Mobilidade da Edenred Brasil.

… e o Brasil tem a 52ª mais cara do mundo – Uma pesquisa feita anualmente pela companhia internacional de dados Numbeo, e divulgada no Brasil pela plataforma de descontos Cuponation, mostra que, nesta semana, o Brasil ocupa a 52ª colocação no ranking do litro da gasolina mais cara do mundo. Em geral, a população precisa desembolsar R$ 6,78 a cada 1 litro.

Esse mesmo estudo, em janeiro do ano passado, apontava que o Brasil aparecia no ranking dos 100 países com o litro de gasolina mais barata do mundo, ocupando à época a 71ª posição da lista, ao cobrar R$ 4,45 pelo combustível. Isso comprova que o preço do litro subiu em média 52,35% durante um período de 1 ano e seis meses.

Cem países participam deste último levantamento, com o território de Hong Kong, por mais um ano, no topo do ranking, com os cidadãos pagando em média R$ 14,52 por litro.

Finlândia e Alemanha são as nações que ocupam o segundo e terceiro lugares do estudo, cobrando R$ 12,17 e R$ 11,98, respectivamente. Filtrando esse ranking para países da América Latina, o Brasil possui o segundo litro de gasolina mais caro da região, ficando atrás somente do Uruguai, que cobra R$ 9,47.

Chevrolet Silverado vem Brasil – A Chevrolet está preparando uma grande ofensiva no segmento de picapes. A estratégia é oferecer a mais completa linha de produtos do mercado brasileiro. Além da Nova Montana, que está em fase final de desenvolvimento, e da consagrada S10, a marca está preparando outra novidade: a Silverado. A expectativa é que a picape mais icônica da Chevrolet no mundo seja lançada por aqui até o fim do ano que vem, quando todos os detalhes sobre equipamento, acabamento e motorização serão revelados.

Impulsionadas pelo agronegócio e novas tendências de mercado, as picapes vêm registrando aumento na participação de mercado, principalmente as de maior porte. Atualmente, o segmento como um todo representa aproximadamente 17% das vendas, ante 11% há dez anos. Montana, S10 e Silverado são produtos complementares, com tamanhos e propostas específicas. Com o trio, a Chevrolet terá a partir do ano que vem representantes com volume nas três mais importantes categorias de picape.

Linha 2023 do Fiat Argo – O hatch da marca italiana foi, em 2021, o carro de passageiros mais vendido da Fiat (quase 85 mil unidades). Agora, acaba de alcançar a marca de 400 mil produzidas no Polo Automotivo de Betim (MG) desde que foi lançado, em 2017. Esta semana, chegou às lojas a linha 2023, com apenas leves mudanças no seu design.

O modelo ganha novo para-choque e grades frontais agora unificam os faróis – o que deixou a frente mais bonita. Toda a linha vem com novas rodas de liga-leve e calotas. Por dentro, um novo volante, bem mais elegante. A versão ‘aventureira’ Trekking também vem com novidades: para-choque diferenciado, novos desenhos dos adesivos em preto e detalhes em laranja mais presentes tanto no capô (com comprimento mais longo) quanto na lateral.

Série especial do Mini – A marca inglesa, que pertence à alemã BMW, lançou um mimo de apenas 30 exemplares do Mini Cooper S E. Ele tem pintura, acabamentos e interior exclusivos – e propulsão 100% elétricas. O modelo já está em pré-venda nas concessionárias da marca e será entregue na segunda quinzena de agosto. O visual (na cor da carroceria no tom verde) é marcado pelo acabamento nos faróis, lanternas, grade, maçanetas e na tampa de carregamento e faixas no capô e na soleira. O Mini vem da fábrica de Oxford, no Reino Unido, e tem transmissão automática e motor capaz de entregar 184cv de potência e 27kgfm de torque instantâneo. O preço? R$ 294 mil, incluindo três anos de serviços e três de garantia e carregador rápido Mini Wallbox.

Fiat 500 completa 65 anos – O charmoso modelo, projetado por Dante Giacosa, foi lançado em 4 de julho de 1957. Dele, foram vendidas quatro milhões de unidades só com a versão original – e mais de dois milhões depois do seu novo lançamento, em 2007. Pioneiro em sua essência, o modelo coleciona inovações, como ter sido o primeiro automóvel a oferecer sete airbags de série e a contar com a família de motores TwinAir de dois cilindros. Hoje, ele está à venda no Brasil em versão 100% elétrica – mas com autonomia de até 320 quilômetros. O “Cinquecento”, ou “Quinhentos”, o piccolo (pequeno) modelo é vendido em mais de 100 países e acumula mais de 40 prêmios em seu currículo. Em 2017, quando completou 60 anos, virou obra de arte definitivamente e entrou para o acervo permanente do MoMA (The Museum of Modern Art), em Nova York.

Jimny Sierra, série especial – A linha de veículos Suzuki Jimny Sierra acaba de ganhar mais um integrante: a série especial 4Sport. Limitada a apenas 100 unidades, o modelo traz equipamentos e detalhes para reforçar seu apelo para o uso em todos os tipos de terrenos. Baseado na versão 4You, de transmissão automática, custa a partir de R$ 182 mil. Caro? Sim, mas para quem ama o off-road…

Por exemplo: ele ganhou um snorkel, que amplia sua capacidade de transposição de terrenos alagados para 600mm. E ainda é legal para situação de tráfego em uma estrada com grande quantidade de poeira, uma vez que, por ter suas entradas de ar colocadas na parte lateral superior do equipamento, evita que a poeira do carro da frente entre diretamente no sistema de admissão de ar.

O estilo aventureiro é reforçado pelos pneus especiais Pirelli Scorpion MTR 215/75 R15, que permitem bom desempenho e controle em todos os tipos de terreno. E, também, pelo rockslider pintado em preto fosco, acessório que serve para proteger a carroceria contra amassados provenientes de pedras e barrancos, situação bastante comum em trilhas. 

Para os praticantes do off road, o veículo também conta com quatro ganchos táticos – dois dianteiros e dois traseiros (pintados em cor azul exclusivamente para esta série). Esses ganchos são essenciais para os trabalhos de reboque, importantes durante uma aventura fora de estrada. O estilo exclusivo fica por conta do teto pintado em preto, mesma cor usada em outros diversos detalhes da carroceria como nos frisos das portas, no skidplate e nas rodas de aro 15” feitas em liga leve.

A série é equipada com um funcional bagageiro fixado no teto, que amplia consideravelmente a capacidade de carga do veículo. Por dentro, poucos e relevantes atributos: bancos com o nome da série “4Sport” bordado em azul abaixo do encosto de cabeça, além de costura e detalhes no mesmo tom. E no revestimento do volante.

Mais um especial: o BMW X1 Outdoor – E por falar em versões diferenciadas, customizadas e outros tantos mais, a BMW trouxe outra, produzida em Araquari, em Santa Catarina: o BMW X1 Outdoor, limitada a 192 unidades e ao singelo preço de R$ 331 mil. Ela é, digamos assim, mais atrativa visualmente: capas de retrovisor em fibra de carbono, suporte de bicicleta no rack de teto e outras ‘atrações’: conjunto de tapetes de borracha, por exemplo. A base é X1 sDrive20i X-Line Plus. A versão leva sem custo extra o Service Inclusive Plus, por três ou 40.000km.

Motos BMW: 90 mil brasileiras – A marca alemã BMW Motorrad, com sede em Manaus (AM), acaba de bater a casa das 90 mil unidades de motocicletas produzidas em solo brasileiro. A BMW R 1250 GS Triple Black, concebida para todas as condições de uso, simboliza essa conquista para a marca. A planta própria do BMW Group em Manaus, fundada em 2016, é a única fora da Alemanha a produzir, de forma exclusiva, motocicletas BMW Motorrad. São oito modelos em seu portfólio: G 310 GS, G 310 R, F 750 GS, F 850 GS, F 850 GS Adventure, S 1000 RR, R 1250 GS e R 1250 GS Adventure.

Pensão para vítimas de motoristas bêbados – Na semana passada, o jogador do Bragantino Renan foi preso (e logo solto mediante fiança) por atropelar e matar um motociclista. Renan confessou ter tomado gin em festa. Em maio, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) apresentou um projeto de lei para estabelecer o pagamento de pensão alimentícia às vítimas de crime de trânsito provocado por condutor sob influência de álcool.

Se aprovado, o projeto vai alterar o Código de Trânsito Brasileiro, adicionando um dispositivo no artigo que trata da penalidade de multa reparatória. De acordo com o texto, o pagamento de pensão alimentícia mensal pode se estender à família. Caberá ao juiz responsável por cada caso determinar o valor das pensões, mas isso não isentará o motorista que causou o acidente às outras obrigações de reparação referentes aos danos sofridos pela vítima e sua família.

Nissan lança assinatura de veículos – Assinar carros garante, por exemplo, a tranquilidade de não se preocupar com pagamento de impostos, revisões, seguro e depreciação. Como todas as principais montadoras do país, a Nissan acaba de lançar o seu: o Nissan Move, o all inclusive, que possibilita ‘ter’ qualquer modelo e versão zero quilômetro vendido pela empresa no país. A contratação é simples, toda online. Qualquer cliente, pessoa física ou jurídica, já pode fazer sua assinatura nos sites Nissan Move ou da Nissan. É possível também assinar diretamente em uma concessionária da Nissan. Em uma primeira fase, o serviço estará disponível em nove cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Joinville, Goiânia, Vitória, Macaé e Salvador. A oferta será ampliada em breve para mais lugares – como Brasília.

O Nissan Move vai oferecer a linha inteira de modelos da marca vendida no mercado brasileiro: Novo Kicks, Nova Frontier, Novo Versa e o 100% elétrico LEAF. Todos em todas as versões. Os planos são flexíveis e podem combinar tempo de assinatura com quilometragem, o que aumenta a variedade de opções de valores.

Nissan Move

  • IPVA
  • Seguro
  • Revisões
  • Assistência 24 horas Nissan Way Assistance
  • Previsibilidade de gastos
  • Contratação 100% online ou na rede de concessionárias
  • Planos flexíveis (por quilômetros rodados ou por meses)
  • Possibilidade de antecipação de parcelas com desconto
  • Atendimento de Pós-Venda na Rede Nissan em todo o país (190 pontos)

Desde 2019, com a ajuda de seus funcionários, que tiveram a oportunidade de experimentar primeiro as soluções do serviço de assinatura, a Nissan busca aperfeiçoar sistemas, formas de atendimento e identificar as necessidades dos usuários no dia a dia.

Esse programa “inclui tudo”: basta assinar e sair dirigindo sem se preocupar com burocracias, com a vantagem de escolher veículos sempre novos todos os anos. A assinatura inclui ainda a assistência 24 horas e o suporte de uma rede de concessionárias com 190 pontos em todos os estados e Distrito Federal.

Os planos disponíveis permitem a personalização, com opções para diferentes tipos de clientes – e bolsos. Para alugar um Nissan Versa Sense CVT por 24 meses com até 1 mil quilômetros rodados por mês, por exemplo, as parcelas serão de R$ 2.409, enquanto um Kicks Advance, também com câmbio CVT custará R$ 2.889 mensais por 36 meses de contrato e também 1 mil quilômetros percorridos no mês.

Furgão elétrico da JAC Motors – A JAC Motors apresentou, na última sexta-feira (29), no mercado nacional, seu 10º modelo totalmente livre de emissões. O furgão E-JV 5.5 se destina a entregas urbanas, especialmente no transporte de compras feitas online, em que o operador retira a encomenda do centro de distribuição e leva diretamente à residência do comprador. As primeiras entregas do JAC E-JV 5.5 estão programadas para novembro, mas as vendas começam agora. Preço: R$ 314.900.

Autonomia? 300 km. Segundo a JAC, o custo operacional é sete vezes inferior ao dos modelos tradicionais de furgões movidos a diesel. O E-JV 5.5 é bem equipado. Possui air bag duplo, ar-condicionado, trio elétrico, direção assistida, luzes de neblina, auto hold e, como destaque, kit multimídia com tela de 10,25 pol e espelhamento de celular, entre outros itens de série.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Assinatura de veículos e outros análises

O mercado de automóveis tem passado por vários perrengues. Aí, o consumidor se vira e vai atrás de novidades como o serviço de assinatura – que já representa 8% de todos os carros alugados no Brasil. É um serviço mais vantajoso em relação à compra de um automóvel? Bem, já comentamos sobre isso aqui na coluna. Um carro não custa apenas o valor total. Por trás dessas cifras, existe o gasto com manutenção, seguro, documentação e revisões. Além disso, há outro custo invisível: o tempo para gerir a emissão e atualização de IPVA, a cotação, contratação e renovação de seguro e as idas e vindas a oficinas e concessionárias em caso de reparos ou revisões. “O consumidor enxerga o veículo como um objeto de mobilidade e, para isso, busca junto com a assinatura um alto nível de serviço que garanta sua comodidade, tranquilidade e segurança”, afirma André Campos, CEO e um dos fundadores da empresa For You Fleet, locadora de veículos por assinatura. Fique, então, atento.

Elétrico é 10 vezes mais eficiente – Existem diferentes maneiras de medir o impacto do uso de um automóvel em relação ao aquecimento global. Para especialistas, a melhor maneira de calcular a emissão de um automóvel é somando os gases que o veículo emite pelo escapamento mais o impacto que a produção do seu combustível provoca no meio ambiente. É a famosa equação “do poço à roda”.

Interessante observar que um mesmo modelo de carro pode apresentar resultados diferentes dependendo do mercado. Esta oscilação ocorre devido a variações, entre elas, a da matriz energética daquele país. No Brasil, por exemplo, a gasolina conta com até 27% de etanol em sua composição e existem carros que podem rodar apenas com o combustível vegetal. Outro fato é que 84% da energia elétrica vem de fontes renováveis, como a hídrica, a solar e a eólica. Tudo isso cria perspectivas diferentes para cada tecnologia de propulsão.

Aqui, o carro elétrico vira uma opção ainda mais sustentável. Mais que o carro híbrido e mais que o flex (por exemplo: gasolina 100%, flex 79%, híbrido flex 57% e elétricos 10%). A conta leva em consideração a média de eficiência energética dos automóveis comercializados no país e participantes do programa de etiquetagem veicular do Inmetro, tendo os resultados comparados com um carro puramente a gasolina.

Os cálculos foram feitos de acordo com uma metodologia inovadora elaborada pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), que aplica a intensidade de carbono da matriz energética local.

“Dentro do conceito do poço à roda, tanto um veículo flex quanto um híbrido trazem ganhos ambientais importantes em relação a um movido puramente a gasolina. Já um carro elétrico é cerca de 10 vezes mais eficiente, em média, até porque é o único que consegue conciliar a eficiência do motor elétrico com a matriz energética predominantemente limpa do Brasil. Tudo isso porque o EV roda em tempo integral no modo zero emissão – nem escapamento tem”, explica Luiz Gustavo Moraes, gerente de regulamentações da GM América do Sul.

O segmento dos carros 100% elétricos é o que mais cresce no mundo. Representaram mais de 7% das vendas de automóveis e comerciais leves em 2021. Políticas voltadas à redução de emissões, maior conhecimento dos benefícios dos carros zero emissão e o aumento no preço dos combustíveis são fatores que contribuem para o maior interesse global pelos EVs, assim como a maior oferta de modelos e a redução da diferença de preço em relação aos demais tipos de automóveis.

A tendência é que a venda de veículos elétricos e eletrificados continue a crescer também no Brasil. Estudo do BCG divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prevê que dois terços dos veículos vendidos no país serão eletrificados até 2035, caso as empresas sigam por aqui tendências globais.

Blazer elétrica é revelada – A Chevrolet acaba de mostrar o SUV Blazer EV, modelo para seguir a meta de oferecer veículos zero emissão da marca e ingressar em um segmento de crescimento global: o dos SUVs elétricos premium. O Blazer EV tem estreia prevista para meados do próximo ano nos Estados Unidos. Logo depois, será lançado em outros mercados importantes, como o brasileiro. O mais novo SUV elétrico da Chevrolet se destaca pelo visual esportivo e tecnologias inovadoras de bateria e propulsão. O carro vai ser ofertado em múltiplas configurações de acabamento e desempenho, incluindo uma com mais 530 quilômetros de autonomia. Terá variáveis com tração dianteira, traseira ou integral (AWD). Entre as versões disponíveis, estarão as mais emblemáticas da Chevrolet, como a RS, focada em design, e a SS, que agrega mais performance. Será a primeira vez que a marca terá um veículo elétrico com esse diferencial. O Blazer EV fará parte de uma nova geração de veículos elétricos que inclui o SUV Equinox EV e a picape Silverado EV, cada qual em um estágio diferente de desenvolvimento. Atualmente, a Chevrolet comercializa globalmente modelos como o Bolt EV e o Bolt EUV.

Fiat Fastback – A Stellantis, como no lançamento do Pulse, vem soltando aos poucos os detalhes do novo SUV da Fiat: o Fastback. A imagem divulgada foca novamente no design externo, mostrando a silhueta alongada, com capô maior e traseira levemente levantada próxima ao porta-malas. O modelo é cria do Design Center South America.

Frontier S com motor 2.3 biturbo – A Nissan acaba de pôr nas concessionárias a versão de entrada da sua consagrada picape. A S, primeira na escadinha da SE e XE, já ano/modelo 2023, custa R$ 238.290 e traz as mudanças visuais das demais. E um 2.3 diesel biturbo, igual às parceiras, mas com 163cv (contra os 190cv) e torque de 43,3kgfm (e 45,9 kgfm) e câmbio manual de 6 marchas. Com tração 4×4, claro. O pacote de conforto e segurança é relativamente bom: 6 airbags, bloqueio de diferencial mecânico, controles de descida, de tração e estabilidade e auxílio de partida em rampa. A capacidade de carga chega aos 1.054 litros (1.043kg).

Civic Type R – A japonesa Honda revelou, enfim, a nova geração do Civic Type R – previsto para chegar ao Brasil no ano que vem. A versão usa, segundo a marca, o motor turbo 2.0, com transmissão manual de 6 velocidades, e deve ser a mais potente e rápida vendida no Brasil. Na verdade, os japoneses o festejam como o carro com tração dianteira mais veloz em todo mundo – testado em Nürburgring e Suzuka.

Preço da gasolina cai – Na primeira quinzena de julho, o preço médio da gasolina sofreu grande retração em comparação com o mês de junho. Isso é fruto da redução do ICMS e do PIS/Cofins? Bem, o valor médio da gasolina no país fechou o mês em R$ 6,641, segundo levantamento exclusivo feito pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas. “Como esperado, a redução do ICMS e do PIS/Cofins resultou neste recuo. Em alguns estados, a queda na bomba superou um dígito, como em Goiás, onde o preço médio caiu em média R$ 1,351”, explica Marcelo Braga, gerente de Produtos e Frotas da ValeCard. Obtidos por meio do registro das transações realizadas entre os dias 1º e 13 de julho com o cartão de abastecimento da ValeCard em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados, os dados mostram que os estados brasileiros que registraram as maiores quedas foram Goiás (-18,17%), DF (-17,78%), RJ (-16,63%), PR (-15,77%) e MG (-14,47%). Nenhum estado apresentou altas nos preços, mas as quedas mais tímidas ficaram com AM (-4,90%), MA (-3,88%) e RR (-2,55%).

Recife e seus pilotos – Você gosta de história, de carros antigos, de fotografia? Fique ligado: o Palácio do Comércio vai receber uma exposição sobre a história do automobilismo no Recife, com imagens de diversos circuitos urbanos que aconteciam na cidade entre os anos de 1950 e 1990. Além de fotos, também serão expostos troféus, macacões e vários outros objetos relacionados ao automobilismo recifense. A exposição será promovida pelo piloto Ricardo Bandeira de Melo, que faz parte da terceira geração de pilotos da sua família, em parceria com a Associação Comercial de Pernambuco. Ricardo, entusiasta do automobilismo, trará seu carro de corrida da Paraíba exclusivamente para compor a exposição. Vale reforçar: ele mostrará troféus do acervo de sua família e de vários outros pilotos que fizeram história nas pistas da cidade. A mostra abre no dia 28 de julho, às 17h, no Palacete da Associação Comercial de Pernambuco.

Triumph TE-1: o protótipo – A marca inglesa fabricante de motos Triumph anunciou a conclusão do projeto de desenvolvimento elétrico TE-1, com a apresentação dos resultados finais dos testes de protótipo que superam os objetivos do projeto e demonstram o sucesso da iniciativa.

Autonomia de 161 km – O protótipo superou a autonomia real das motocicletas elétricas equivalentes disponíveis hoje no mundo, com um alcance de 161 km.

Potência – O protótipo TE-1 oferece um incrível padrão de aceleração, levando apenas 3,6 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h.

Carregamento – É de 20 minutos (0-80%), mais rápido do que as motocicletas elétricas equivalentes de hoje.

Peso-potência – Com 220 kg, é 25% mais leve do que motocicletas elétricas comparáveis disponíveis.

Shineray Jef 159s – A montadora chinesa com sede em Pernambuco confirmou a nova Jef 150s, uma alternativa para disputar mercado com as Honda CG 160, Yamaha Factor 150 e Haojue DK 150 etc. Ela tem motor monocilíndrico de 10,3cv 1,4 kgf.m de torque. O foca ao contrário, no chamado visual e linha esportivos (rodas de liga leve e setas em LED).

Setor valoriza menos – O segmento de motocicletas manteve a tendência de alta dos primeiros cinco meses de 2022. No entanto, junho registrou uma variação menor no aumento dos preços novas, seminovas e usadas, de acordo com o Monitor de Variação de Preços da KBB Brasil. Segundo o levantamento, as 0km tiveram 1,37% de aumento médio, enquanto as seminovas (até 3 anos de uso) valorizaram 1,41%. Já as usadas (de 4 a 10 anos) registraram alta de 1,41%, em média. No entanto, o aumento médio mensal se manteve em 1,02% para as 0km, 1,41% para seminovas e 2,32% para usadas. No caso das motos 0km, o MVP observou que os modelos 2023 valorizaram 1,31% ante o 1,22% apontado em maio.

Sistema de suspensão – Se preparando para voltar de carro das férias, com mulher, menino, cachorro e papagaio? Fique atento aos sinais que amortecedores, molas, coxins, pivôs e buchas dão na viagem (ou antes, claro, o que é melhor). O sistema de suspensão, quando comprometido, pode levar à perda de estabilidade – e com isso, acidentes – e ao desconforto. Por isso, Nakata montou um pequeno guia de dicas.

Os amortecedores são os protagonistas da suspensão. E podem acelerar o desgaste de outras peças do sistema, como os pneus.

Vazamentos de fluido, ruídos ao passar por buracos, balanço em excesso nas frenagens e arrancadas e perda de estabilidade em curvas podem indicar sinais de comprometimento dos amortecedores.

Para ajudar a absorver os impactos sofridos pela suspensão, há as molas. Ferrugem, trincas, batidas entre elos, desnível ou arriamento da carroceria apontam problemas nestas peças, comprometendo o comportamento do veículo.

Vibrações e ruídos sentidos na carroceria podem indicar danos no coxim do amortecedor, bucha de bandeja ou barra estabilizadora.

Já um pivô quebrado pode desmontar a suspensão. Por isso, é importante avaliar suas condições e observar se não está com folga excessiva. É bom analisar também o estado da coifa de proteção.

Bieletas com folga ou dano nas coifas devem ser substituídas, pois são fonte geradoras de ruído no automóvel.

Qualquer componente do sistema de suspensão que apresenta folga vai ocasionar alteração nas condições da geometria da direção, comprometendo a dirigibilidade e desgastando prematuramente os pneus.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Renegade Trailhawk 4×4: mesmo flex, é bem valente

A Jeep garantiu no primeiro semestre de 2022 a liderança do mercado de SUVs no Brasil, com 20,7% de participação entre os utilitários esportivos – e 65.617 carros vendidos. Isso é resultado de uma marca consolidada, rede de concessionárias ampla e de um portfólio caprichado de produtos – com lançamentos recentes. Este colunista avaliou a versão topo-de-linha do novo Jeep Renegade, apresentado neste semestre: a Trailhawk, com motor 1.3 flex e tração 4×4.

A iniciativa de deixar o conjunto tracionado num veículo flex foi boa? Mesmo com a gasolina a esse preço? Bem, parece ser essa mesmo a primeira e mais relevante questão a ser respondida. Afinal, o carro ficou melhor, mais seguro e com mais tecnologia. Mas, não esqueçamos, o consumidor brasileiro leva muito em consideração o gasto com combustível – mesmo comprando carros como o Renegade Trailhawk, que custa R$ 170.655 (com a cor Orange Punk’n inclusa).

Antes de continuar, vale relembrar: o motor turbo 270 (em referência ao torque de 27,5kgfm) 1.3 já foi usado em vários modelos das marcas do grupo Stellantis. No Renegade, agora, equipa todas as versões. Ele produz até 185cv de potência – nesta, com câmbio automático de 9 marchas.

No caso das versões 4×4 (a outra é a S, mais urbana, e com o mesmo preço), elas ficaram mais pesadas: só o peso extra da tração nas quatro rodas é equivalente a dois passageiros adultos de 85kg cada um).

É importante lembrar que o pesado 1.8 flex, de 139cv e apenas 19,3kgfm, foi descartado de vez. Agora, o problema: o sucessor, muito mais eficiente, consome combustível como jovens nas noites de sextas-feiras.

Por exemplo: o Renegade flex 4×4 faz 9,1 km/l na cidade e 10,8 km/l na estrada, segundo os dados oficiais. No diesel eram, respectivamente, 9,6 e 11,4 km/l, enquanto o 1.8 flex chegava aos 10 e 12,2 km/l. Mas, podem acreditar, ele é melhor.

Velocidade de largada? O Trailhawk faz de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos, com gasolina. Claro, é mais pesado do que o Longitude 4×2 – que ainda será testado pela coluna De bigu com a modernidade (8,9 segundos, segundo a marca).

É um carro muito legal de se guiar, sem qualquer sofrimento nas acelerações e retomadas.

Não foi feito nada que se compare a uma prova de rally de brincadeira, mas é possível ver que há Trailhawk. Enfim, é um carro para o off-road, sim: tem, por exemplo, ângulos de entrada de 30º e de 32º de saída e bons recursos. São cinco modos de condução, que ajustam o motor, câmbio e bloqueio de diferencial traseiro em automático, esportivo, neve, pisos escorregadios, areia e lama e pedra.

Sem falar das funções 4WD Low, com relações mais curtas do câmbio, 4WD Lock, que bloqueia o diferencial traseiro, e o controle de descida, que mantém automaticamente a velocidade do veículo mesmo em descidas íngremes.

A atenção especial para os aventureiros de verdade vem nos protetores de cárter, do tanque de combustível e da transmissão – garantindo mais segurança nos desafios. E, claro, gancho de reboque traseiro. Na versão testada, a Jeep a enviou com o teto solar elétrico panorâmico (opcional).

Segurança

O pacote é muito bom nesta versão: o de auxílio à condução, então, é semelhante a alguns irmãos Jeep maiores. Tem frenagem automática de emergência, alertas de ponto cego e de tráfego cruzado traseiro, assistente de permanência em faixa, alerta e assistente de estacionamento. São sete airbags, vale lembrar.

De ruim, ele tem

O porta-malas é pequeno: 314 litros. Para aventureiros, é pouco espaço, convenhamos. E o preço de transportador de carga expansível, no teto, de 500 litros, é bem salgado: R$ 18.711,25, no site da Mopar, empresa da própria marca. O flexível, por sua vez, custa R$ R$ 2.687,19 – mas só suporta 317 litros. O de 480 litros tem preço sugerido de R$ 4.875,14. O bagageiro tubular, por sua vez, custa R$ 2.177,98.

Kia Sportage agora é híbrido – A marca coreana finalmente anunciou os preços e pôs nas concessionárias brasileiras as duas versões do novo Kia Sportage. Uma custa R$ 220 mil e outra, a EX Prestige, R$ 255 mil. Mas se o cliente quiser uma pintura metálica ou perolizada terá que desembolsar mais R$ 2,8 mil.  O Sportage, é o segundo híbrido do modelo da Kia no Brasil com esse motor – 1.6, turbo, a gasolina e bateria de 48 volts, capaz de gerar 180cv, com torque de 27kgfm e transmissão automática de 7 velocidades e dupla embreagem. Esta última, por sinal, tem um bom pacote de conforto e segurança.

O ar-condicionado é digital com dual zone e sensível ao toque. Os bancos dianteiros têm revestimento em couro natural e detalhes em camurça, ventilação e o do passageiro também tem ajustes elétricos. Há também carregador de celular por indução e paletas para trocas de marchas atrás do volante e display integrado curvo com duas telas de 12.3” cada – uma para o painel digital e outra para o sistema multimídia, que tem conectividade Apple CarPlay e Android Auto. O assistente para prevenção de colisão frontal inclui conversão em cruzamentos; câmeras de visão 360°; monitor de ponto cego com visualização no painel digital de instrumentos; piloto automático adaptativo etc.

Gladiator chega em 4 de agosto – A Stellanis, dona da marca Jeep, marcou a data do lançamento da picape Gladiator (que ela classifica como a “mais capaz do mundo”) no Brasil. Será no dia 4 de agosto. Não há preço definido. Nos Estados Unidos, ela custa em torno dos US$ 55 mil. A promessa é de muita tecnologia e versatilidade – e, claro, os atributos tradicionais da marca para enfrentar desafios. “Ela chegará para redefinir o conceito off-road no universo das picapes no Brasil”, diz o comunicado da Jeep.

R$ 199,50 para 630km de autonomia?

O portal InsideEvs, especializado na cobertura de veículos elétricos, fez um estudo sobre o custo de abastecimento de alguns modelos (também plug-ins) no primeiro eletroposto da Shell Recharge inaugurado em São Paulo, no mês passado. Ele tem carregadores com potências de 50 kW e 150 kW alimentados por fonte de energia renovável, com carregamento em até 35 minutos. O valor da recarga é de R$ 1,90 / kWh. Abastecer um Renault Kwid E-Tech 27 kWh custa R$ 51,30 para a recarga total (e autonomia de 265km). O Volvo XC40 Recharge de 75 kWh exige R$ 142,50 para 420km (já pensou de ir Triunfo ao Recife gastando só isso?). O mais caro foi o BMW iX xDrive50 de 150kWh: R$ 199,50 para 630km de autonomia.

Ônibus sustentáveis no Ceará – A TEVX Higer assinou memorando de intenções com o governo do Ceará para instalar uma fábrica no polo de Pecém, a primeira da marca na América Latina, para produzir ônibus elétricos. O plano é começar a produção em dois anos. Antes disso, deve investir na importação de veículos e gerar empregos com o treinamento e formação de profissionais especializados em veículos elétricos. A TEVX Higer surge da junção entre a TEVX Motors e a Higer Bus, fabricante chinesa que atua em mais de 100 cidades pelo mundo, com ônibus elétricos, elétricos com semicondutores e veículos a hidrogênio.

Elétricos: BMW cresce – A marca alemã tem conseguido sucesso no processo de eletrificação dos seus carros: somente no Brasil, as vendas de elétricos e híbridos plug-in dobraram em junho, ante o mesmo mês de 2021. No semestre, cresceu 42%. Em todo o mundo, foram 75,9 mil carros elétricos.

Moto BMW K 1600 Bagger: pagas R$ 326.500? – O visual mudou e ficou mais esportivo, mas as linhas elegantes e futuristas continuam lá na nova BMW K 1600 Bagger – e que já está em pré-venda no Brasil. Importada de Berlim, na Alemanha, terá preços de carros de luxo: de R$ 306.500, passando por R$ 313.500 e chegando aos R$ 326.500. Basta procurar uma concessionária da marca e esperar até setembro.

A moto de silhueta sóbria é propícia para viagens de longas distâncias e a propulsão de carro potente: o motor da K 1600 Bagger é de seis cilindros em linha de 1.649 cm³, 4 tempos, 24 válvulas com duplo comando e é capaz de entregar 160cv de potência 17,5kgmf de torque.

O conjunto agrega, ainda, câmbio de seis marchas e transmissão por eixo cardã. A lista de equipamentos de série também é bem ampla: freios assistidos por ABS Pro, controle de tração dinâmico, ajuste eletrônico de suspensão, manoplas e banco aquecidos, farol xenon, lanterna e luzes indicadoras de direção em LED, controle eletrônico de velocidade e por aí vai.

Também tem computador de bordo, modos de pilotagem, rádio, preparação para GPS e para-brisa com ajuste elétrico.

Outro destaque desta cruiser são os recursos tecnológicos semelhantes aos encontrados em automóveis premium: farol direcional, assistente de partida em ladeira, controle de pressão dos pneus, partida sem chave (keyless), luzes adicionais em LED, interface Bluetooth, sistema de alarme antifurto e marcha à ré.

Moto e carro: proporção de 1 para 1 – O preço da gasolina, instável e controlado artificialmente, e o desemprego rondando a porta de 11 milhões de brasileiros, têm feito o mercado de motocicletas crescer. O principal fator é a procura da moto para o trabalho, sobretudo no setor de entregas. Resultado: no primeiro semestre, foram emplacadas 636.698 motos – ou 23% acima do registrado no mesmo período do ano passado. Já a venda de carros despencou 26% no primeiro semestre de 2022, com 683.173 emplacamentos. Isso significa 1 automóvel para cada 1 moto vendida.

Em 2019, no primeiro semestre, longe da pandemia de Covid-19, os fabricantes despacharam 530.152 unidades; em 2020, apenas 350.290; em 2021, melhorou e as vendas subiram para 517.326; agora, já chegaram a 636.698. Obviamente, as motos populares – principalmente as da Honda, se sobressaem. E há, claro, mais novos usuários, essencialmente da scooters, segmento que registrou um crescimento de 27%.

De qualquer forma, o Brasil vai ter que se adequar a essa nova realidade: nesse mesmo período (primeiro semestre de 2022) foram emplacados 683.173 carros. Isso significa 1 automóvel para cada 1 moto vendida. Estamos (motociclistas, governos, sociedade) preparados?

Consórcio – Um terço (32,4%) das novas cotas comercializadas no setor de consórcios no ano passado foram para a compra ou troca de uma moto nova ou usada, segundo o Anuário 2022 da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (Abac).

O segmento de motocicletas foi o que contemplou mais pessoas e bateu recordes, garantindo poder de compra a quase 600 mil consorciados. A Bahia representou 10,6% das vendas do consórcio de motos, seguida por São Paulo, com 10,3%. A região Nordeste lidera os principais indicadores: 845.188 (35,8%) participantes ativos, 443.833 (39,5%) cotas vendidas e 238.819 (39,8%) pessoas contempladas.

Bem, a entrada em um grupo de consórcio para motos, como da Eutbem, fintech de consórcio 100% digital, é a realização de sonho de muitas pessoas, mas exige organização e planejamento financeiro do consorciado. Em 2021 foram disponibilizados R$8,8 bilhões em créditos, representando 13,4% do total de valores concedidos pelo setor.

E por falar nisso, o setor de motos aparece em segundo lugar no total de participantes ativos, com 2,36 milhões de pessoas, ou 28,2% do total. O potencial de vendas de motos no Brasil por meio do consórcio foi de 51,9% no ano passado, considerando o número total de emplacamentos dos veículos de duas rodas, segundo dados da Fenabrave, a Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos.

Financiamento – Em junho, o financiamento de motos registrou um crescimento de 12,8% quando comparado com o mesmo período do ano passado, segundo a B3. Fernando Weigert, diretor da Alias Tecnologia, fornecedora de soluções tecnológicas para empresas, diz que o número reflete o Brasil de agora: combustíveis caros, com aumentos constantes etc.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Renato Ferraz

Usados e muito valorizados

A Mobiauto selecionou os 40 automóveis de passeio e comerciais leves mais vendidos do Brasil e verificou que eles registraram uma valorização média de 7,13%, comparando os preços de quando foram adquiridos (como 0km e no primeiro semestre de 2021) com o atual valor de mercado, já em uma condição de seminovo, na média de janeiro a junho de 2022. “Essa é uma distorção que tem havido no mercado de seminovos. Com a falta de modelos básicos, pois o foco é produzir carros de maior valor agregado em razão da falta de componentes, as montadoras reajustaram bem acima da inflação os preços de seus carros mais baratos”, diz Sant Clair Castro Jr., consultor automotivo e CEO da Mobiauto. “Isso foi uma estratégia para desincentivar a compra. Os aumentos dos novos acabaram puxando a cotação dos seminovos”, explica.

Resultado: quem adquiriu um Fiat Mobi 0km, na média das várias versões, em 2021, pagou R$ 47.255. Em 2022, esse mesmo carro, já seminovo, portanto, custa R$ 57.068. Isso dá uma valorização de 20,77% para o compacto. “Mas pode passar de 28%, dependendo da versão! É curioso comprar um carro 0km, usá-lo por um ano e ver seu patrimônio aumentar em quase 30%!”, exclama o consultor.

Dos 40 carros e comerciais leves mais vendidos do país, apenas três modelos anotaram desvalorização: Chevrolet Spin, Renault Sandero e VW Gol. “Mesmo assim, os percentuais são mínimos, quando sabemos que, em condições normais, o carro 0km deprecia de 15% a 20% após um ano de uso”, acrescenta Castro Jr.

Mergulhados nessa imensa base de dados, os analistas trouxeram um levantamento interessantíssimo, que coroou, por sua vez, o equilíbrio entre os modelos de automóveis e das marcas mais valorizadas.

Dos dez que ganharam as maiores altas de preços, tivemos um compacto (Fiat Mobi), três SUVs (VW Nivus, Chevrolet Tracker e Hyundai Creta), três hatches (Fiat Argo, Chevrolet Onix e Hyundai HB20) e três picapes (Fiat Strada, Toyota Hilux e Ford Ranger).

A Mobiauto, conhecida marketplace de carros usados do país, selecionou 136 versões desses campeões de vendas para aprimorar a leitura da real situação do mercado de seminovos do país. “Nem tudo pode ser visto como ‘média’. Destaco o comportamento do Jeep Renegade Longitude. Quando é movido a diesel, ele valoriza 13,2%. Se for a opção flex, ele deprecia 7,39%”, destaca Sant Clair Castro Jr.

A pesquisa efetuada pela Mobiauto dá outro esclarecimento importante. Se há um equilíbrio sólido entre os tipos de carrocerias e as marcas posicionadas nas primeiras colocações, o ranking de versões estampa outro cenário. O destaque é todo para a Hyundai, que encaixa 4 versões entre os dez mais valorizados do país, com Fiat, Chevrolet e Toyota ingressando no ranking com dois modelos/versões cada uma.

As linhas clássicas da R 18 – A BMW Motorrad acaba de anunciar que vai trazer até o fim de 2022 a esperada R 18, moto de linhas clássicas, totalmente customizável, que faz sucesso em todo o mundo. O modelo é equipado com o motor boxer mais potente da história da BMW: ele tem 1.800 cilindradas, dois cilindros, quatro válvulas, bloco e transmissão feitos de alumínio e um moderno sistema de arrefecimento a ar e óleo. Isso significa que chega aos 91cv, com um torque máximo de 15,8kgfm já a partir dos 3.000rpm. A transmissão é automática de seis velocidades. Não foram divulgadas informações sobre versões, preços e equipamentos de série.

Z900, edição de aniversário – A Kawasaki continua comemorando os 50 anos de lançamento mundial da ‘Linha Z’. Agora, acaba de apresentar no Brasil a novíssima ‘Z900 Edição de Aniversário’. Com o já consagrado estilo Sugomi, a supernaked quadriciclíndrica de 948 cm³ recebeu melhorias importantes como sistema de iluminação totalmente em LED, painel de controle digital de última geração e, principalmente, um design que homenageia as antigas ‘Z’ dos anos 80. Com rodas, tanque e carenagens em vermelho, o modelo reverencia a lendária Z1100GP, que trazia, na época, esta cor como assinatura da Kawasaki. Preço? R$ 61.640. Quem levar uma das 200 unidades ganha box comemorativo contendo um livro com a história da ‘Linha Z’ e um chaveiro.

Eterno charme, novos nomes – As motocicletas clássicas da família Bonneville, da Triumph, ganham, a partir do segundo semestre deste ano, já como linha 2023, novas nomenclaturas e algumas novas opções de cores. As mudanças ocorrem nos modelos Street Twin, que passa a se chamar Speed Twin 900, e Street Scrambler, cujo novo nome é Scrambler 900. 

O Porsche de Paul Walker – O ator de Velozes e Furiosos, que morreu em um acidente em 2013 exatamente a bordo de um Porsche Carrera GT, tinha um raro 911, ano 1973. Agora, ele será leiloado – tem até atestado de autenticidade – por pelo menos US$ 1 milhão. O Carrera 911 será leiloado durante a Monterey Car Week, na Califórnia (EUA) entre 12 e 21 de agosto. Aliás, esse exemplar faz parte da pequena leva de apenas 1.590 unidades produzidas. Walker, como se sabe, era apaixonado por carros e tinha uma vasta coleção.

Novo Honda HR-V – Os executivos da marca japonesa no Brasil confirmam a chegada do novo SUV compacto para o mês que vem – pelo menos as versões equipadas com motor aspirado 1.5 de 126cv e torque de apenas 15,8kgfm (as turbinadas, depois). De qualquer forma, vários detalhes já foram mostrados. Mudam, por exemplo, a grade frontal e seus filetes horizontais – com diferenciação para as opções turbinadas e sua grade em formato colmeia. Ele tem como concorrentes o Jeep Renegade, o Hyundai Creta, o Volkswagen T-Cross e o Nissan Kicks. Os preços não foram divulgados, mas o aspirado ficará por, no mínimo, R$ 150 mil. O melhor de tudo, porém, é que o pacote de tecnologias de segurança e assistência ao condutor é item de série em todas as versões.

Venda de usados – O comércio de veículos seminovos e usados continua instável e com quedas até relevantes em alguns estados. Segundo dados da Fenauto, a federação dos revendedores multimarcas, a média diária de vendas em junho foi positiva, de 2,5% sobre maio, mas o acumulado no primeiro semestre foi negativo (-18,2%). No Nordeste, a queda foi de 15,8%. O Piauí teve o pior desempenho (-31,1%).

Venda de SUVs – Dados da Fenabrave, a federação dos revendedores de veículos, mostram que, no primeiro semestre deste ano, os SUVs chegaram a 46% de participação no mercado de carros novos. Desbancam, assim, os hatches compactos – antes populares, hoje caros -, que têm 32% de preferência.

BYD supera a Tesla – A chinesa BYD segue batendo recorde, se tornando popular e fazendo história: ela acaba de se tornar a maior vendedora global de carros elétricos. No primeiro semestre deste ano, foram 641 mil unidades comercializadas – alta de 315% em comparação ao mesmo período de 2021. Desta forma, a BYD superou a Tesla, até então primeira colocada no segmento (que só vendeu 564 mil carros).

A Tesla – cujas ações despencaram 35% neste ano na Nasdaq e teve que demitir funcionários – é do polêmico e conservador (moralmente) empresário norte-americano Elon Musk. Apesar disso, e da perda da liderança global em veículos eletrificados, o valor de mercado da companhia passa dos US$ 700 bilhões.

A BYD chegou ao Brasil apenas em 2015 para fabricar ônibus 100% elétricos, em Campinas (SP). Daí foi se expandindo. E há um mês trouxe o sedã de luxo elétrico Han EV, um dos responsáveis pelo bom desempenho mundial da marcam, com 25.439 unidades vendidas.

Ele tem dois motores elétricos que desenvolvem 494cv de potência e 69kgfm de torque, fazendo de 0 a 100km/h em apenas 3,9 segundos. Cada unidade das 50 do primeiro lote importado ao Brasil (e já esgotado) foi vendido a R$ 540 mil.

Outro modelo que se destacou foi outro veículo de passeio disponível pela BYD no Brasil, o Tan EV, um SUV de sete lugares 100% elétrico.

O jogo nesse patamar é pesado. O megainvestidor Warren Buffett, por exemplo, tem participação na BYD e impôs até um estilo: integrar o uso da energia solar fotovoltaica com os veículos elétricos, fabricando tudo, da bateria, aos módulos e, claro, aos carros.

 “Queremos mostrar que é possível termos um futuro de baixo carbono com muitos empregos verdes na nova indústria sustentável”, destaca Adalberto Maluf, diretor de Marketing e Sustentabilidade da BYD Brasil.

Seis curiosidades carros elétricos – A popularização dos carros elétricos no Brasil aumenta devagar, devido a seu alto custo para o consumidor final. Mesmo assim, enquanto as vendas de carros a combustão caíram 22% no primeiro quadrimestre do ano, em comparação com 2021, as dos elétricos subiram 78%, o que representa um total de 13 mil unidades vendidas no período. Ao redor do mundo, esse avanço ocorre em ritmos mais acelerados: no início do mês, a União Europeia aprovou um projeto que proíbe a venda de motores a combustão a partir de 2035.

A confiança e o interesse por esse tipo de veículo saltam ano após ano: nos resultados da pesquisa EY Mobility Consumer Index (MCI) deste ano, pela primeira vez, mais da metade (52%) dos entrevistados, que pretendem comprar um carro, disseram que vão escolher um modelo híbrido ou elétrico. O percentual representa um aumento de 11% em relação a 2021 e de 22% se comparado com 2020.

O engenheiro e especialista do centro de pesquisa, tecnologia e inovação Lactec, Carlos Gabriel Bianchin, explica para os leitores da coluna funcionamento e tendências para a área da eletromobilidade

1 – Os veículos elétricos requerem menos manutenção?

Segundo as montadoras, um carro elétrico tem 20% das peças de um veículo a combustão, o que significa que sim, o seu custo de manutenção é significativamente menor. Ela consiste, basicamente, em processos de calibração e inspeção dos sistemas elétricos, que não conta com elementos como filtro de óleo, velas de ignição e óleo no motor.

2 – Quanto tempo demora para recarregar a bateria?

O sistema de fabricação das baterias é diferente entre os vários fabricantes. Por  isso, é difícil dizer um tempo para recarga da bateria. Depende da capacidade dela, do estado de carga atual, da potência do eletroposto e também da potência do carregador interno ou externo. Existem modelos mais recentes, desenvolvidos para recarregarem 80% da capacidade total da bateria no tempo de cinco minutos. Enquanto isso, há outros que podem levar três, quatro ou até mesmo dez horas.

3 – A bateria pode ser reutilizada quando não serve mais para o carro?

Em tese, sim. Porque mesmo uma bateria que não está mais com capacidade de carga total para um carro pode suprir de forma satisfatória a demanda energética de uma casa, que é bem menor. No entanto, ainda não existe uma metodologia que permita esse reuso de forma mais simplificada, para ser aplicado pelos consumidores. O Lactec, por exemplo, está envolvido em projetos que buscam desenvolver essa possibilidade.

4 – É possível fazer um carro elétrico autônomo, que se recarrega com placas solares?

As placas solares têm um índice de eficiência energética muito baixo para isso. Elas convertem, em média, 15% da energia solar que recebem. Para abastecer um carro, teria que ser uma placa muito grande. Mas elas podem ser usadas em veículos elétricos para alimentar algum acessório, alarme, iluminação ou mesmo uma bateria reserva.

5 – Se o Brasil inteiro passasse a usar veículos elétricos, faltaria energia?

Se o país trocasse toda a sua frota para elétrica, o seu consumo elétrico aumentaria em 6%, segundo estudos. Considerando que, a cada ano, o consumo de energia no Brasil aumenta em cerca de 5%, não seria algo muito severo. Já a respeito do preço, como o salto seria pequeno, estima-se que não haveria um aumento muito grande de demanda e nem pressão sobre os preços da energia.

6 – O veículo pode ser recarregado na chuva?

Sim. Os eletropostos e a maneira como eles foram projetados permitem que sejam utilizados na chuva e que fiquem expostos ao tempo. Na Europa, por exemplo, é muito comum que os eletropostos fiquem nos acostamentos, sem nenhum tipo de cobertura. A eletricidade só flui quando o conector está perfeitamente encaixado e o veículo autorizou a recarga (handshaking de comunicação). Então, não há o perigo de levar choque.