De bigu com a modernidade

Nissan Versa: espaço e conforto para ser Uber Black

Já virou lugar-comum dizer que o sedã Nissan Versa é o melhor carro para transporte de aplicativos. Para o cliente, pelo espaço e pelo acabamento sóbrio e bem cuidado – tem mais refinamento do que a geração anterior – para os padrões do segmento; para o motorista, principalmente, em razão de seu consumo comedido de combustíveis e confiabilidade oferecida pelo conjunto mecânico. Mas a Uber, maior empresa do setor, comete uma injustiça com o Versa: não o permite ser usado na categoria Black, apenas na Comfort. A empresa, claro, como é privada e livre de para definir suas regras, pode adotar o que quiser. No entanto, a versão Exclusive (topo de linha) do tradicional sedã da marca japonesa mereceria, sim, estar na lista – mesmo que os R$ 130 mil sejam, digamos assim, um valor elevado para o uso profissional. Este colunista testou o modelo importado do México por uma semana e constatou as razões.

Por exemplo: a versão Exclusive tem um bom pacote de equipamentos e itens de segurança ativa e passiva. Destaque para o sistema de visão 360° inteligente, o detector de objetos em movimento, o monitoramento de ponto cego e os alertas de atenção do motorista e de tráfego cruzado traseiro. Estão disponíveis também nesta versão seis airbags, controles eletrônicos de velocidade e de partida em rampa, assistente de frenagem de emergência e até alerta de objetos esquecidos no banco traseiro. Internamente também foram adotadas algumas mudanças – algumas bem perceptíveis, como os novos acabamentos e tecido ou couro e o confortável apoio de braços entre os bancos dianteiros. O ar condicionado é bem eficiente – mas aí entra uma falha para quem deveria ser adotado pelo Uber Black: faltam saídas de ar para os ocupantes do banco traseiro (embora, e isso não é comum no segmento dos compactos, tenha saída USB do tipo C). Para o motorista desse ‘aplicativo’, há um carregador sem fios, mas aí vem outro problema: o espalhamento com Android e IOS exige um cabo. 

Motor – O modelo mantém o motor 1.6 aspirado – o que ainda é um atraso na era dos turbinados, espalhados por todos os segmentos. Mas, pelo menos, a Nissan já anunciou, conforme divulgado nesta coluna, que vai fabricar motores turbo em Resende, no interior do Rio, principalmente para o Kicks. Quem sabe não é uma mudança geral de estratégia? Mas, por enquanto, o condutor te m que conviver com os até 113cv com 15,3kgfm de torque. O câmbio é do tipo CVT. É aquele sistema que parece muito bem ajustado ao conjunto, produzindo força sem trancos e sem exigir altas rotações, mas que não empolga em saídas rápidas e retomadas. Por outro lado, mesmo esse fenômeno – rotação baixa, pouco torque disponível – faz os olhos dos motoristas de aplicativos (olhem eles de novo!) brilharem: dados do Inmetro mostram que o consumo de combustível do Versa está entre os melhores do seu segmento. São, por exemplo, 11,5 km/l na cidade e 14,7 km/l na estrada – com gasolina, claro. Em lugares com topografia plana, que dispensa rotações mais altas, o consumo pode ser bem melhor. O modelo não foi usado em estradas, e por grandes distâncias, mas em alguns momentos o painel chegou a marcar consumo instantâneo de 17,8 km/litro – com gasolina.

E mais

√ O Nissan Versa é confortável exatamente pelo tamanho: são quase 4,50 m de comprimento, sendo 2,62 m de entre-eixos – e isso garante um bom espaço interno, principalmente no banco traseiro (e ainda mais se o banco da frente estiver à frente). 

Essas medidas todas garantem um porta-malas caprichado, com 482 litros de capacidade – e o bom acesso é garantido por uma ampla área de abertura.

Para quem o usa com frequência (como os motoristas… de aplicativos), um mimo: o banco dianteiro tem uma tecnologia chamada Zero Gravity, que o torna mais agradável e confortável. 

A direção é elétrica, com regulagem de altura e profundidade da coluna de direção. 

A versão Exclusive tem os bancos e a parte central do painel em dois tons, combinando cinza escuro com branco ou azul. 

GM ainda não garante elétrico nacional – A montadora norte-americana General Motors, prestes a completar 99 anos de Brasil, anunciou na quarta-feira (24) um investimento de R$ 7 bilhões no país até 2028. O aporte, segundo a marca, faz parte de uma fase inicial do novo ciclo de investimento que, acreditam, será o período de maior transformação da marca no Brasil. Esse valor será destinado especialmente para promover a renovação do portfólio de veículos, o desenvolvimento de tecnologias inovadoras, a evolução das operações e a criação de novos negócios. Os dirigentes da empresa, que fizeram o anúncio direto ao presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, não garantiram, porém, que nesse tempo saia algum modelo 100% elétrico exclusivamente nacional (desenvolvido e produzido numa das suas quatro fábricas). 

O enfático discurso anterior de que não fabricaria híbridos – pulando de motores a combustão diretamente para a produção de 100% elétricos – foi amenizado. “Acreditamos que o mercado deva ser testado, se haverá transição e onde ela será mais lenta ou não”, comentou o presidente da General Motors International, Shilpan Amin. O pacote de investimentos chega num momento em que a GM brasileira chegou a passar maus momentos, tendo que demitir em três fábricas – depois transformando a ação em um plano voluntário, no final do ano passado. Até boatos sobre o fechamento de unidades e até sobre a saída da companhia do Brasil foram ventilados, agora veementemente negados: “O Brasil é importantíssimo para nossos negócios, sendo pólo exportador para a América do Sul e centro de desenvolvimento de engenharia”, disse Chamorro. 

Novo Spin no BBB até março – O Novo Spin, crossover (ou minivan) de sete lugares de maior sucesso do mercado nacional, vai estrear no Brasil ainda no primeiro trimestre de 2024, dentro do reality show Big Brother Brasil, da TV Globo. A General Motors promete que ele dará um salto evolutivo com inovações de design, conteúdo e performance. “O Spin sempre se destacou por atributos como o amplo espaço interno e a relação custo-benefício”, diz Paula Saiani, diretora de Marketing de Produto da GM América do Sul. “Agora, mexemos inclusive na parte estrutural do Novo Spin, mas mantendo virtudes como a versatilidade”, diz a executiva. 

O modelo continuará sendo oferecido em versões de sete lugares e de cinco lugares – que se diferencia pelo maior porta-malas entre os veículos de passeio de produção nacional. Nas projeções oficiais do novo Spin recém-divulgadas vê-se uma parte dianteira completamente nova, com faróis Full LED e um capô mais elevado – uma tendência entre os SUVs. Seguindo este mesmo princípio, o Novo Spin fica ligeiramente mais alto, devido a ajustes na suspensão. Há mudanças ainda na calibração do conjunto propulsor e da direção, que proporcionam uma dinâmica veicular e uma performance mais refinada ao produto, com ganhos relevantes também em eficiência energética.

Pulse: 100 mil emplacamentos – O SUV Pulse, o primeiro da Fiat totalmente desenvolvido no Brasil, chegou à marca de 100 mil unidades emplacadas. O modelo ajudou a Fiat a fazer sucesso nesse segmento, a ponto de, no ano passado, garantir a terceira posição, com 11% de participação (ou  86 mil unidades vendidas). E o Pulse traz outro pioneirismo: ser responsável pela estreia do motor turbo flex T200, um 1.0 de 130 cavalos e 20,4kgfm de torque, e da transmissão automática do tipo CVT. Hoje, são seis configurações em cinco versões distintas – e a partir dos R$ 103 mil, embora a versão topo de linha (Abarth) chegue aos R$ 150 mil. 

Golf, 50 anos: o que vem aí? – O Golf celebra seu quinquagésimo aniversário em 2024 e a Volkswagen, para celebrar a data, acaba de apresentar a versão aprimorada de seu carro mais vendido. Na Europa, os clientes poderão encomendar o novo modelo dentro de algumas semanas. Ele impressiona pela nova central multimídia de última geração, com conceito de operação mais intuitivo, além do design exterior mais marcante na dianteira e traseira. Agora, as opções híbridas plug-in alcançam autonomia de, aproximadamente, 100 quilômetros apenas com motor elétrico. E, pela primeira vez, a grade dianteira de um Golf recebe o logotipo iluminado da Volkswagen. Não há informações sobre a chegada dele ao Brasil. 

Harley-Davidson: novidades para este ano – A fabricante norte-americana Harley-Davidson apresentou durante a semana suas principais novidades para a linha 2024, tendo como destaque as renovadas Street Glide e Road Glide – que tiveram design bastante alterado e, com isso, melhoria na aerodinâmica. As duas levam motor de 1.923 cm³, aprimorado com um novo sistema de refrigeração. Com isso, reduz-se o calor emitido pelo motor e eleva-se a potência de 102 cv para 106 cv, agora com torque de 17,9 kgfm. De lançamento, a Road Glide ST CVO – uma versão caprichada da empresa de costumização da marca, que comemora o 25º aniversário. Este seria o modelo de alto desempenho mais rápido, veloz e sofisticado já produzido pela Harley-Davidson. Um assento solo profundo e um riser de seis polegadas combinado com um guidão especial colocam o piloto em uma posição agressiva e ereta, com estilo custom californiano. 

Transporte escolar: o seu está regular? – Início do ano letivo exige que pais, mães e responsáveis gastem dias com as pendências para resolver antes que as crianças e adolescentes retornem às aulas. Além do material escolar e o uniforme, o transporte escolar costuma ser uma das causas de grande preocupação nessa época do ano. A Federação Nacional da Inspeção Veicular (Fenive) alerta que os veículos que fazem esse serviço precisam, obrigatoriamente, comprovar que estão adequados para poder operar. Além disso, as informações sobre a regularidade desses veículos devem ser públicas e acessíveis a todos os usuários. De acordo com a legislação brasileira, somente podem realizar o transporte escolar no Brasil os veículos que passaram por inspeções veiculares semestrais, comprovando que estão com todos os documentos e dispositivos de segurança regulares, evitando riscos aos estudantes.

Padronização – O engenheiro mecânico Daniel Bassoli, diretor executivo da Fenive, critica a falta de padronização entre os órgãos de trânsito estaduais com relação aos serviços habilitados para fazer essa avaliação. Segundo ele, em algumas unidades da federação, a inspeção veicular só pode ser realizada em organismos credenciados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que são as estruturas preparadas e qualificadas para isso. “No entanto, em boa parte do país não há rigor algum sobre o serviço ou o profissional responsável pela inspeção dos veículos de transporte escolar. Assim, qualquer pessoa pode validar. Isso dá brecha para que a segurança das crianças seja colocada em segundo plano ou sujeita a interesses comerciais”, alfineta.

Transparência – Bassoli pontua, ainda, a dificuldade que as famílias dos estudantes encontram para saber se os veículos contratados estão em conformidade com as exigências da legislação. É preciso que os Detrans facilitem a transparência desses dados – como a placa do veículo ou o nome completo do motorista. “Muitos municípios do Brasil sequer fazem a inspeção veicular. Para agravar esse cenário, há um problema de rastreabilidade em muitos lugares e os familiares não têm acesso às credenciais do transportador para saber se ele está regular, de fato. Muitas vezes, o usuário conta somente com uma autorização em papel, afixada no interior do veículo, o que não é garantia de que realmente o veículo está regular”, enfatiza.

Legislação – O serviço de transporte escolar no Brasil está regulamentado no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O diretor da Fenive destaca que, além disso, ônibus, micro-ônibus e vans que transportam estudantes precisam cumprir todos os requisitos exigidos na NBR 14.040 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que é a norma brasileira para inspeção veicular. Para ampliar a segurança e o rigor sobre o transporte escolar, em 2023 a ABNT publicou a norma NBR 17075, que complementa a NBR 14040. A nova regra estabelece os itens e acessórios veiculares que precisam estar adequados aos padrões de segurança para a execução do serviço, além dos procedimentos para inspeção, seus equipamentos e recursos necessários.

Estatísticas – “Os acidentes com o transporte escolar no Brasil são pouco divulgados. Quase sempre são computados nas estatísticas gerais dos acidentes de trânsito. É urgente fazer a padronização desses serviços no país para evitar mais vítimas entre os estudantes”, reforça o engenheiro. Não existem estatísticas oficiais do número de estudantes da rede privada brasileira que utiliza o transporte escolar, uma vez que as informações são descentralizadas. Mas os dados do Programa Caminho da Escola, do Ministério da Educação (MEC), mostram que existem cerca de 8,5 milhões de estudantes matriculados na educação básica da rede pública que dependem do transporte escolar fornecido pelo poder público – a maior parte deles (7,4 milhões) de ônibus ou micro-ônibus, mas também de barco e até de bicicleta.

Dicas na hora de contratar – Confira os dados do motorista. O condutor do veículo deve ter mais de 21 anos, carteira de habilitação para dirigir veículos na categoria D, ter passado por curso de Formação de Condutor de Transporte Escolar e possuir matrícula específica no Detran para realizar o transporte escolar;

– Ônibus, micro-ônibus e vans devem apresentar autorização especial do Detran para realizar o transporte de escolares. Essa autorização deve estar fixada na parte interna do veículo, em local visível.

– Verificar se a autorização afixada no veículo é autêntica e recente. Os veículos devem passar por inspeção a cada semestre.

– Os veículos que fazem o transporte escolar devem, obrigatoriamente, apresentar a inspeção veicular em dia, em cumprimento às exigências estaduais, municipais e federais 

– Monitore o serviço diariamente e esteja atento ao comportamento do seu filho, faça perguntas e preste atenção aos relatos que ele apresenta. 

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Chevrolet fará 6 lançamentos este ano

A General Motors (GM) acaba de anunciar um cronograma com seis lançamentos – inéditos ou apenas renovações – da marca Chevrolet no Brasil para este ano. Todos deverão aparecer, de alguma forma, no programa BBB, da Globo. Um desses seis, porém, ainda é uma incógnita. Bem, o primeiro modelo a ganhar reestilização, ainda no primeiro trimestre, é a minivan Spin. Além de mudanças no design externo, vai adotar alguns componentes do Tracker, como bancos dianteiros e volante, e novo quadro de instrumentos digital. O motor 1.8 aspirado de 111cv de potência e 17,7 kgfm de torque será mantido. 

Em seguida, virá outro facelift: o da popular S10. A picape vai ficar semelhante à norte-americana Colorado, que inspira faróis (de LED), grade, para-choque e capô. Como sempre acontece, o SUV grande Trailblazer também passará por mudanças visuais semelhantes. Em relação aos modelos elétricos, a Chevrolet trará primeiro o Equinox EV, SUV médio preparado do zero sobre uma nova plataforma. Ele deverá ter motorização capaz de gerar 288cv e 48kgfm de torque, com tração integral.  Outro SUV, a Blazer elétrica, terá dois motores que, somados, produzirão 565cv de potência e 89,5 kgfm de torque.

Mitsubishi L200: configuração para o trabalho – A Mitsubishi acaba de lançar uma versão da L200 Triton dedicada exclusivamente ao trabalho. As duas versões, GL e GLS AT, que estão disponíveis sob encomenda, têm chassi-cabina implementada na própria fábrica, com uma caçamba confeccionada em aço para cargas secas. Com 1,63 m de comprimento e 1,67 m de largura, tem capacidade de carga idêntica a da caçamba convencional do modelo: 1 tonelada. A nova configuração é resultado de parceria entre a Mitsubishi e a Facchini, tradicional fabricante de implementos rodoviários.

Duster ganha duas versões – A Renault decidiu ampliar a oferta do SUV Duster em duas novas versões e em quatro opções de acabamento: Intense Plus 1.6 manual, Intense Plus 1.6 CVT, Iconic Plus 1.6 CVT e Iconic Plus 1.3 TCe CVT. Os preços variam de R$ 122.290 a R$ 153.890. O modelo também ganhou uma pequena reestilização visual e mais itens de série, principalmente na segurança – com a oferta de seis airbags. A grade dianteira agora tem acabamento em preto brilhante e todo o conjunto de faróis e lanternas passa a ser de LED. Internamente, itens de conveniência e conforto, como um novo console elevado para substituir o descanso de braço convencional e duas entradas USB adicionais na traseira. A depender da versão, as opções se diferenciam por rodas de liga, pintura de retrovisores e das barras de teto, além de conveniências com sensores de chuva e carregamento por indução.

SQ8 Sportback e-tron chega ao Brasil – A Audi brasileira anunciou o lançamento do Audi SQ8 Sportback e-tron no país. O modelo vem para ampliar a família Q8 e-tron, que estreou por aqui em agosto com maior capacidade de armazenamento elétrico, nova nomenclatura e identidade visual renovada. O veículo representa a variante esportiva do Audi Q8 e-tron e está disponível a partir de dezembro na rede de 42 concessionárias autorizadas da marca por R$ 834.990 (venda direta). O modelo será o primeiro da série de lançamentos neste ano em celebração ao seu aniversário de 30 anos no Brasil. Equipado com três motores elétricos – dois traseiros e um dianteiro – o novo Audi SQ8 Sportback e-tron oferece 503 cavalos de potência e 97,3kgfm de torque. Isso garante um 0 a 100 km/h em apenas 4,5 segundos, atingindo a velocidade máxima de 210 km/h. O utilitário esportivo ganhou uma nova bateria de alta tensão com célula química avançada, tendo a sua capacidade elevada em 20% em relação à bateria anterior, indo de 95 kWh para 114 kWh. A capacidade de carregamento aumentou +20 kW, para 170 kW, fornecendo uma recarga elétrica de 10% a 80% em apenas 31 minutos. A autonomia do modelo é de 296 quilômetros, segundo o Inmetro. 

Produção de motos cresceu 11% em 2023 – As fábricas de motocicletas instaladas em Manaus (PIM) produziram no ano passado 1,57 milhão de unidades, registrando um volume 11,3% superior ao de 2022. Foi o melhor resultado desde 2014 e superou a projeção da Abraciclo para o ano de 1,56 milhão. Marcos Bento, presidente Abraciclo, que representa os fabricantes, disse que o resultado foi surpreendente, em razão da maior seca da história na região amazônica. “Fabricantes chegaram a interromper a produção devido ao desabastecimento provocado pelas dificuldades logísticas”, comentou ele. No varejo, as vendas de 2023 somaram 1,58 milhão de motocicletas – alta de 16,2% em relação ao mesmo período de 2022, quando os emplacamentos chegaram a 1,36 milhão. Do total, a região Sudeste absorveu a maior parte, 590,3 mil unidades, uma participação de 37,3%. O Nordeste ficou com 31,1% ou 492,5 mil motos, seguido pelo Norte (13,1%), Centro-Oeste (9,7%) e Sul (8,8%). No varejo, a entidade espera fechar 2024 com 1,7 milhão de emplacamentos, alta de 7,5%. 

Cores automotivas: branco é a rainha – O último relatório de cores da Basf mostra que a tendência de escolha tem passado por alguma uma transformação. As cores acromáticas, que sempre foram a base da cor automotiva, mudaram. Embora o branco mantenha sua posição como a cor mais popular para veículos leves, houve redução significativa em sua participação de mercado por conta do aumento da popularidade da cor preta. Já as escolhas dos consumidores variam em todo o globo. Em alguns locais, a preferência por tons claros de prata em vez de cinzas mais escuros aumentou. Em outras regiões, a mudança é para os tons mais escuros. Enquanto isso, cores cromáticas permaneceram relativamente estáveis. A participação total no mercado, incluindo os tons azuis, vermelho, marrom, bege, por exemplo, permaneceu inalterada. A América do Sul, historicamente uma região muito conservadora em relação às cores, teve grande parcela de cores acromáticas em 2023. Pelo menos 86% dos veículos novos saíram brancas, pretas, prateadas ou cinzas – sendo essa a maior proporção entre todas as regiões. A proporção de prata também é maior na América do Sul. Com essa fatia de mercado, cada vez mais montadoras estão optando por pigmentos de efeito para fazer com que as cores acromáticas se destaquem. Mais veículos foram entregues com pigmentos de efeito, em comparação com 2022.

Gasolina inicia 2024 mais barata – De acordo com a mais recente análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, o valor médio nacional do litro da gasolina fechou a primeira quinzena do ano a R$ 5,77, com queda de 0,35%, ante dezembro. “E fatores externos, como o aumento do consumo do etanol e a queda no preço do petróleo, podem contribuir para que o preço do combustível recue um pouco mais nos próximos dias”, analisa Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil. Todas as regiões registraram redução no valor do litro da gasolina, com destaque para o Norte, que teve a mais expressiva, em relação ao mês anterior, de 1,27%. Já a média mais baixa foi identificada nas bombas de abastecimento do Sudeste, por R$ 5,67. O Amazonas concentrou o recuo mais expressivo para a gasolina, de 5,49%, que fechou a R$ 6,03. Ainda assim, a gasolina mais barata foi comercializada no Distrito Federal, a R$ 5,54. Apenas dois estados apresentaram alta no preço do combustível, com destaque para o Pernambuco, onde o litro fechou a R$ 5,71, com aumento de 2,88%. O etanol também ficou mais barato para os motoristas brasileiros e a média nacional fechou os primeiros dias de janeiro a R$ 3,61, recuo de 2,43%. Entre os estados, Alagoas registrou a redução mais significativa para o etanol de 4,11%, vendido à média de R$ 4,20. 

Carros usados: SUVs bons de negócio – Os SUVs lideraram o ranking dos melhores negócios em seminovos do mês de dezembro, segundo o Estudo Megadealer de Performance Veículos Usados da Auto Avaliar, que analisou a base de dados de vendas realizadas por meio da plataforma, que com 2.492 concessionárias, de 23 marcas, cadastradas em todo o Brasil. Na primeira posição, destaca-se o Honda HR-V, com um preço médio de venda de R$ 130.355, margem bruta de 9,8% e prazo médio de venda de 28 dias. Em segundo lugar, está o Hyundai Creta, que registrou preço médio de venda de R$ 105.750, margem bruta de 9,2% e giro de estoque de 26 dias. A terceira posição ficou com o Caoa Chery Tiggo 5x. Seu ticket médio foi de R$ 98.915, margem de 9,7% e giro de 29 dias. O estudo destacou ainda que o último mês do ano de 2023 foi marcado pela aceleração das vendas de veículos usados, com um giro de estoque recorde anual de 35 dias (período de compra e venda). O número ficou bem abaixo do registrado no mesmo intervalo de 2022 (43 dias) e do mês de novembro (40 dias). O ticket médio atingiu R$ 79.257, pouco acima de novembro (R$ 79.230) e de dezembro de 2022 (R$ 78.796). 

Eletrificados: mercado mundial deve crescer 10% – Os fabricantes de veículos elétricos e híbridos em todo o mundo devem vender este ano perto das 12 milhões de unidades, com alta de 10% sobre 2023. A receita gerada será da ordem de US$ 623 bilhões. Mesmo sendo esses modelos, vale frisar, mais caros do que os a combustão, com preço médio na faixa de US$ 52,8 mil. A China responderá por 57% do total de vendas de veículos elétricos em 2024.

Férias e manutenção: tudo a ver – Levantamento inédito da Webmotors, maior portal de negócios e soluções para o segmento automotivo, mostra que 65% dos brasileiros sempre realizam manutenção antes de colocar o carro na estrada, enquanto 26% costumam recorrer a essa prática periodicamente. Os dados do Webmotors Autoinsights revelam também que 74% dos usuários da plataforma optam por viajar de carro nas férias de verão. Para 85% dos entrevistados, o check-up geral do veículo é o serviço mais importante a ser feito antes da viagem de férias, seguido de reparos automotivos (40%) e troca de óleo (34%). Entre os participantes da pesquisa, 67% afirmam que seriam motivados a agendar um serviço se tivessem em troca o benefício do desconto. Como curiosidade, o levantamento ainda aponta que 82% reconhecem o termo “revisão”, mas apenas 18% estão familiarizados com a palavra “check-up”. 

Professor pode usar transporte escolar? – Se depender da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, sim. Ela acaba de aprovar projeto que autoriza os professores da rede pública a utilizar assentos vagos nos veículos de transporte escolar em estados e municípios e no Distrito Federal. A proposta aprovada altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Além disso, revoga a Lei do Passe Livre Estudantil, que concedeu o benefício aos alunos, mas deixou de fora os professores no transporte escolar. O projeto foi analisado em caráter conclusivo e deverá seguir para sanção presidencial.

Viagem com o pet: o que fazer – Com as férias de verão, o número de famílias que planejam viagens cresce e, além da preparação e escolha do melhor destino, muitas pessoas têm buscado preferencialmente por locais que aceitem a presença de pets. Mas, ao escolher o carro para a viagem, é preciso garantir que a experiência seja segura e agradável. Pensando nisso, Luca Cafici, CEO da InstaCarro, destaca 10 dicas de como levar seu melhor amigo com tranquilidade para viagens em família.

1 – Planejamento antecipado – Verificar se o destino é pet-friendly, com acomodações, restaurantes e atrações que aceitam animais de estimação, é a primeira dica indispensável – bem como a verificação de que as vacinas e os cuidados veterinários estejam em dia. 

2 – Identificação – Além da diversão, a segurança do seu pet também deve ser priorizada. Portanto, coloque uma plaquinha de identificação, contendo informações de contato atualizadas, caso ele se perca. 

3 – Kit de viagem – Monte um kit com os itens essenciais do seu companheiro de viagem, incluindo comida, água, brinquedos, cobertor, medicamentos e utensílios de higiene. 

4 – Segurança no carro – A utilização de cintos de segurança ou caixas de transporte específicas para pets também é imprescindível. Evite também que o animal fique solto no carro, pois isso pode ser perigoso tanto para ele quanto para os ocupantes.

5 – Paradas frequentes – Planeje paradas regulares para que seu pet possa fazer exercícios, beber água e fazer suas necessidades. Lembre-se também de nunca deixar o animal sozinho no carro, principalmente em dias quentes.

6 – Treinamento prévio – Se o pet não está acostumado a viagens de carro, faça pequenos trajetos antes da viagem principal para acostumá-lo. 

7 – Cuidados com a alimentação – Mantenha a rotina de alimentação do seu pet. Evite alimentá-lo antes da viagem para evitar enjoos. 

8 – Respeite limites de temperatura – Evite viajar em horários de muito calor e, se necessário, use protetores solares e mantenha o carro bem ventilado.

9 – Documentação – Leve os documentos do pet, incluindo carteira de vacinação e atestado de saúde emitido pelo veterinário.

10 – Atenção à ansiedade – Se o seu pet é propenso à ansiedade, considere o uso de brinquedos interativos e mantenha um ambiente tranquilo durante a viagem.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico

Carros e trânsito: o que muda em 2024 

Desde o dia 1º de janeiro de 2024, todos os veículos leves fabricados no Brasil ou importados deverão aderir às novas normas de segurança estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito, o Contran. Elas obrigam, por exemplo, todos os modelos a terem controle de estabilidade (ESC), luzes diurnas de condução (DRL), luzes repetidoras laterais (no retrovisor ou para-lama), alerta do não afivelamento dos cintos de segurança e aviso de frenagem de emergência (ESS). Essas medidas, na verdade, vêm tarde: deveriam ter sido adotadas em 2022, mas o lobby das montadoras venceu. Vale lembrar que os modelos ainda em estoque da produção de 2023 não estão sujeitos a essa obrigatoriedade. O Controle de Estabilidade (ESC) é a iniciativa mais importante. Ele monitora constantemente a velocidade de cada roda, a direção do volante e outros parâmetros e, quando detecta a iminência de derrapagem ou perda de controle, intervém automaticamente, ajustando individualmente os freios em cada roda e, em alguns casos, reduzindo a potência do motor. A intervenção rápida e precisa do ESC ajuda a manter o veículo em trajetória ‘normal’, evitando derrapagens e acidentes. 

As Luzes Diurnas de Condução (DRL), por sua vez, trata-se de um sistema de iluminação que fica na parte de frente do veículo, projetado para ficarem ligados automaticamente quando o motor está em funcionamento e desativam-se quando as luzes de farol são ligadas. O propósito principal do DRL é tornar os veículos mais visíveis para outros motoristas (não precisam ser em LEDs). As Luzes Repetidoras Laterais, as chamadas luzes de seta ou pisca-pisca, são instaladas nos lados externos dos veículos, geralmente nos retrovisores, e servem para indicar a intenção de mudança de direção do veículo. Já o Alerta do Uso do Cinto de Segurança emite avisos sonoros e/ou visuais para alertar os ocupantes quando não estão utilizando os cintos de segurança enquanto o veículo está em movimento. O Alerta de Frenagem de Emergência (ESS) age quando detecta uma uma pisada forte no freio: nesse caso, ele aciona automaticamente as luzes do pisca-alerta, avisando os motoristas atrás sobre a parada repentina do veículo e reduzindo o risco de colisões traseiras.

Preços de carros em queda – Os valores médios de carros 0km, seminovos e usados terminaram o ano de 2023 em queda, segundo a última edição do Monitor de Variação de Preços – MVP da KBB Brasil, a maior empresa de precificação de veículos do mundo. De acordo com o estudo, os preços médios dos automóveis 0km de ano/modelo 2024 caíram -0,10% após registrarem uma discreta alta de 0,56% em novembro. Os carros de ano/modelo 2023 mantiveram a tendência de queda no último mês do ano passado: -0,29%.

O Honda City Hatch foi o modelo zero quilômetro que apontou a maior tendência de alta no preço médio em dezembro (2,12%), enquanto o Volkswagen Virtus teve a queda mais relevante de preços entre os carros novos (-1,22%). Entretanto, o mesmo Virtus foi o modelo que apresentou a maior variação de preços entre os carros seminovos (até 3 anos de uso) em dezembro de 2023: 3,24%, em média. O segmento de seminovos também manteve os preços em queda em dezembro, com os veículos ano/modelo 2022 se destacando com uma variação média de -0,68%

Os caminhões mais vendidos em 2023 – O Volvo FH 540 foi, pelo quinto ano seguido, vale ressaltar, o caminhão mais vendido no Brasil no ano passado. Dados da Fenabrave mostram que ele somou 7,2 mil unidades emplacadas, chegando aos 7% das vendas totais de caminhões (104,1 mil). O vice-líder do mercado foi o Volkswagen Delivery 11.180. O DAF  XF 530 foi, por sua vez, o terceiro mais vendido. 

ModeloUnidades
Volvo FH 5407.200
VW Delivery 11.1804.518
DAF XF 5304.136
Volvo FH 4603.783
DAF XF 4803.210
Scania R4602.851
Scania R4502.328
Mercedes-Benz Atego 17192.022
Volvo VM 2901.917
10ºVW 24.2801.847

Venda financiada de veículos – O comércio financiado de carro em 2023 somou 5,9 milhões de unidades, entre novos e usados, de acordo com dados da B3. O número, que inclui autos leves, motos e pesados em todo o país, representa um crescimento de 10% na comparação com 2022. No segmento de autos leves, a alta foi de 7,6% no ano. Na categoria de veículos pesados, houve um recuo de 0,2%. As motos registraram o maior crescimento, com 20,9% unidades financiadas a mais do que no ano anterior.

Comércio de eletrificados – O mercado de veículos leves eletrificados seguirá em forte crescimento no Brasil, com as vendas podendo passar de 150 mil unidades em 2024, prevê a Associação Brasileira de Veículos Elétricos, a ABVE. O presidente da entidade, Ricardo Bastos, projeta um aumento de 60% nos emplacamentos deste ano sobre os já excelentes números de 2023 – que chegaram a 93.927 unidades, batendo todos os recordes e superando as previsões mais otimistas. “O veículo elétrico já caiu no gosto do consumidor brasileiro, e essa tendência se confirma ano após ano”, disse Bastos. “Continuaremos a crescer em 2024”, reforça. Em sua avaliação, o mercado de eletrificados seguirá num ritmo intenso mesmo com o aumento do Imposto de Importação de veículos elétricos e híbridos anunciado pelo governo federal a partir de janeiro.

E no Nordeste? – As vendas de veículos leves eletrificados (elétricos e híbridos) cresceram em todas as regiões. Apenas quatro estados tiveram aumento de emplacamentos inferior a 50% em relação a 2022. Todas as regiões cresceram acima de 50% sobre o ano anterior. O Sudeste continuou liderando o crescimento das vendas (+101%), mas o Nordeste também teve desempenho expressivo (+91%), seguido pelo Sul (+82%), Centro-Oeste (+73%) e Norte (+67%). Em oito estados os emplacamentos aumentaram mais de 100%. Os destaques foram Espírito Santo (+169%), Distrito Federal (+161%) e Alagoas (+146%), seguidos por Ceará (+113%), Sergipe (+107%), São Paulo (+105%), Rio Grande do Norte (+103%) e Santa Catarina (+101%). O crescimento de 91% no Nordeste, com 11.788 emplacamentos em 2023 (contra 6.175 em 2022), indica que a eletromobilidade deixa de ser um fenômeno dos estados do Sudeste e começa a se espalhar por todo o país. A evolução das vendas de eletrificados no Nordeste foi puxada pelo forte aumento em cidades como Maceió (+192%), Fortaleza + (173%) e Recife (+134%). Outras cidades também se destacaram em 2023, com crescimento na faixa de 200%. Exemplos: Campinas (+247%), Vitória (+195%), Maceió (+192,2%) e Brasília (+192,1%).

Chevrolet confirma seis lançamentos – A montadora General Motors, patrocinadora do reality Big Brother Brasil, vai aproveitar o programa para revelar alguns dos novos modelos ao público. A primeira estreia será o Novo Spin, referência do segmento de sete lugares no país e que ganhará evoluções de design, conteúdo e performance. Além do Novo Spin, que chega às lojas até o fim do primeiro trimestre, outros lançamentos terão suas revelações antecipadas no programa, que vai ao ar de 8 de janeiro a 16 de abril. Detalhes a respeito das demais estreias da Chevrolet serão divulgados ao longo desse período.

Gasto com carro é a segunda maior despesa familiar – Para avaliar o peso dos veículos dentro do orçamento familiar, a Serasa realizou a segunda edição da pesquisa “A relação do brasileiro com o automóvel”. Produzido em parceria com o Instituto Opinion Box, o estudo constatou que somente os gastos com a alimentação (69%) superam o impacto dos veículos no bolso do motorista e das famílias.Segundo a pesquisa, que ouviu 2.023 pessoas em dezembro, 67% dos lares brasileiros têm os custos com o automóvel entre os três maiores gastos anuais. Os custos com os veículos ficam atrás apenas da alimentação (69%) e figuram à frente das despesas com as contas básicas, como água, luz e gás (62%).

Entre as funções mais usuais do automóvel para os brasileiros estão as compras e tarefas diárias (77%), passeios em fins de semana (76%) e locomoção para trabalho ou local de estudo (64%). Em relação à primeira edição, chama atenção o crescimento de 7 pontos percentuais no uso do carro para viagens de turismo (49%). Entretanto, a organização financeira relacionada aos custos do carro ainda aparece como uma questão de conflito aos motoristas: 31% admitem gastar mais com o veículo do que o planejado inicialmente. E pelo menos 92% já sofreram com algum custo inesperado relacionado ao uso do automóvel, sendo que 62% têm uma reserva de emergência – entre as despesas emergenciais mais comuns são relacionadas à troca ou conserto de pneu (51%), consertos mecânicos (48%) e revisão por quilometragem (35%).

“Estabelecer um acompanhamento de gastos e manter uma reserva de emergência são hábitos essenciais para lidar com contratempos”, avisa Ana Carolina Ribeiro, coordenadora da Serasa. “Uma dica é anotar todos os custos fixos, definindo um orçamento específico para o carro ao longo do ano, e guardar uma parte para os imprevistos. Além de economizar para planos futuros, ainda é possível ter mais tranquilidade para cobrir gastos emergenciais”. Cobrado anualmente, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) corresponde ao valor que deve ser pago por todos os proprietários de veículos. Mesmo sendo uma despesa tradicional do período, o estudo revela que 11% dos proprietários ainda não haviam se planejado, em dezembro, para pagar o IPVA 2024.  

Agentes de trânsito e armas – A Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que permite porte de armas para agentes de trânsito. Para tanto, incluiu a categoria nas carreiras do sistema de segurança pública, especificamente na segurança viária. A autoria do deputado Nicoletti (União Brasil- RR) é defendida pelo relator na Comissão de Administração, o deputado federal André Figueiredo (PDT). Para ele, “nada mais justo” que os agentes também tenham “direito ao uso de armas”.

ChatGPT em carros? – Pois é. O fenômeno da Inteligência Artificial (IA) acaba de chegar aos automóveis. A Volkswagen acaba de anunciar que o ChatGPT será adicionado ao sistema de voz de seus modelos. No início, para se ter o robô o proprietário deve atualizar o sistema, mas só a partir do segundo trimestre na Europa e Estados Unidos. Além de controlar as funções de entretenimento do carro, o chatbot responderá a perguntas de qualquer natureza. No futuro, ele poderá ‘conversar’ com os motoristas e interagir ainda mais e de outras maneiras. Primeiro, a tecnologia será oferecida para os modelos elétricos ID 3, 4, 5 e 7,  SUV Tiguan, Passat e a próxima geração do Golf.

5 sinais de problemas nas bobinas de ignição – O mau desempenho desses componentes pode resultar em falhas no motor ou até mesmo na impossibilidade de seu funcionamento adequado. Por isso, a Niterra, multinacional japonesa detentora das marcas NGK e NTK, destaca cinco indicadores de possíveis problemas nas bobinas de ignição. Confira: 

1 – Dificuldade da partida no motor;

2 – Falhas na aceleração e marcha lenta irregular;

3 – Aumento de consumo de combustível e emissão de gases poluentes;

4- Danos ao catalisador;

5 – Contaminação do óleo lubrificante. 

“Esses sinais têm o potencial de prejudicar a durabilidade dos componentes do motor, uma vez que o combustível não queimado é liberado no sistema de escapamento, no qual está o catalisador. Esse componente opera em temperaturas acima de 300 graus, o que eleva a probabilidade de inflamação do combustível não queimado e, consequentemente, gera danos”, explica Hiromori Mori, consultor de assistência técnica da Niterra. 

“A presença de combustível não queimado representa uma ameaça à integridade do óleo lubrificante por conta de uma contaminação que pode comprometer significativamente a durabilidade do motor”, acrescenta Mori.

Por que aparecem os sinais – Os fatores mencionados acima podem aparecer por uma série de razões, tais como:

  • O desgaste nas velas de ignição aumenta a tensão de centelhamento, colocando pressão adicional sobre as bobinas;
  • Temperaturas elevadas no motor podem reduzir sua vida útil;
  • Falhas no alternador têm o potencial de elevar a tensão de alimentação, resultando em danos às bobinas;
  • Alterações no carregamento causadas por problemas no módulo de injeção ou danos no chicote elétrico podem prejudicar as bobinas;
  • A lavagem inadequada do motor com produtos químicos incorretos pode levar à oxidação das bobinas. 

“As bobinas de ignição não possuem uma durabilidade definida pelas montadoras – ela depende das condições de manutenção do veículo”, diz Mori.

Correção dos problemas – A rápida identificação e correção desses problemas é essencial para garantir o pleno funcionamento do sistema de ignição. Um aspecto que contribui para essa performance é que o motorista esteja ciente do momento ideal para efetuar a sua manutenção. Recomenda-se realizar uma inspeção no sistema a cada 10 mil quilômetros ou, no mínimo, anualmente. “A abordagem mais eficaz para esse momento consiste em executar um teste funcional, no qual um mecânico avalia a tensão de disparo da bobina e o formato da onda do sinal. Também é possível conduzir uma inspeção visual, identificando problemas como oxidação e trincas”, afirma Mori. “Ressalto ainda a importância de avaliar o funcionamento do motor, especialmente durante acelerações com carga, quando é necessária uma maior tensão.”

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico

Os carros que mais se desvalorizaram em 2023

Com mais de 120 mil emplacamentos, a Fiat Strada foi a líder de vendas no Brasil em 2023 entre os automóveis e os comerciais leves. No entanto, a picape compacta teve um dos maiores percentuais de desvalorização no decorrer do último ano entre os modelos mais vendidos no país, de acordo com o levantamento da KBB Brasil, empresa especializada em precificação de veículos. O estudo mostra que o preço médio da Fiat Strada registrou queda de 16,06% em 2023. Em janeiro do ano passado, a picape zero quilômetro custava, em média, R$ 119.652, enquanto o preço de revenda do mesmo modelo seminovo caiu para R$ 100.434, em dezembro. Outro modelo que vendeu bem em 2023, ficando na terceira posição do ranking com 102 mil emplacamentos, o Chevrolet Onix teve índice de depreciação muito parecido com o da Fiat Strada: 16,07%. O preço médio do hatchback, que era de R$ 96.906 em janeiro (novo), caiu para R$ 81.332 em dezembro (seminovo).

O Chevrolet Tracker foi o único modelo a superar a desvalorização da Fiat Strada e do Chevrolet. O preço médio do segundo SUV mais vendido de 2023 despencou dos R$ 134.382 cobrados em janeiro, quando era zero quilômetro, para R$ 108.730 em dezembro, como seminovo. Queda de 19,08%.O Volkswagen Polo, por sua vez, registrou a menor queda nos preços entre os modelos mais vendidos. O hatch, que foi o segundo colocado no ranking geral e o líder entre os veículos de passeio, teve depreciação média de apenas 1,50%. O preço médio do Volkswagen Polo zero quilômetro, que era de R$ 92.190 em janeiro, caiu para R$ 90.788 em dezembro, como seminovo.

ModeloPreço médio 0km jan/23 (R$)Preço médio seminovo dez/23 (R$)Desvalorização média (em %)
Chevrolet Tracker134.382108.73019,08%
Chevrolet Onix96.90681.33216,07%
Fiat Strada119.652100.43416,06%
Onix Plus104.49389.62714,22%
Fiat Mobi70.69361.25213,35%
VW T-Cross151.095131.87312,72%
Hyundai Creta146.333129.16011,70%
Fiat Argo86.58376.75111,35%
Hyundai HB2096.70185.93611,10%
VW Polo92.19090.7881,50%

PVA: fonte inesgotável de recursos – O ano começou e chegou a hora de pensar nos impostos, como o IPVA. A estimativa é que cerca de 40 milhões de proprietários de veículos, em todo território nacional, já começam 2024 com esta obrigatoriedade. Razões não faltam. No caso dos automóveis, o montante cobrado varia de 2% a 4% do valor venal, dependendo da unidade federativa onde está registrado. Esse montante é calculado com base na tabela Fipe. Quem, por exemplo, mora em São Paulo, onde a alíquota é de 4%, e tem carro avaliado em R$ 100 mil, deverá pagar R$ 4 mil ao governo estadual. Uma grana pesada, que dói no bolso. E a pergunta que todo contribuinte se faz, nessas horas, é: para onde vai essa dinheirama?  Quando o Imposto de Propriedade Veicular Automotores foi criado, em 1975, o objetivo era viabilizar a construção e manutenção de estradas e rodovias no Brasil. Mas o tempo passou, as leis mudaram e, hoje em dia, na prática, governadores e prefeitos usam essa arrecadação para suprir as mais variadas demandas dessas esferas governamentais. Trata-se, aliás, de umas das maiores fontes de receita das administrações estaduais. “Em São Paulo, onde está presente quase metade da frota nacional, o IPVA gerou uma arrecadação de mais de R$ 20 bilhões no ano passado – um recorde. Mas que serviu, principalmente, para compensar a perda de arrecadação de outro imposto (no caso, o ICMS) e foi essencial para manter as contas do governo no positivo, sobretudo”, explica André Brunetta, cofundador do aplicativo Zul+, uma das maiores plataformas de serviços automotivos do país, e diretor de Inovação e Digital da Estapar.

E como aliviar esse peso? Nesse contexto, outra pergunta que todo ano corre à mente do contribuinte quando sente o peso dessa ‘boletada’ é justamente essa. “Por ser um imposto de valor elevado, é natural que as pessoas tentem estudar formas de reduzir esse impacto financeiro, seja por meio das isenções previstas em lei, seja por meio de descontos e outras facilidades de pagamento. E esse é um aspecto importante que as pessoas também devem observar, já que pode fazer grande diferença no orçamento doméstico”. Por isso, procure saber se, no seu estado, há benefícios para PCD’s, que dá isenção da taxa a veículos de pessoas com deficiência não condutoras, ou de propriedade do seu representante legal. Esse direito também às vezes se estende a carros com mais de 20 anos de fabricação, condutores de táxi, mototáxi, além de ônibus e micro-ônibus – desde que utilizados no transporte urbano, em fretamento contínuo ou em transportes escolares.

Quanto aos descontos e facilidades, o cofundador do Zul+ destaca que, hoje em dia, há um número bem maior de possibilidades para tentar, ao menos, aliviar essa dor – como pagar o IPVA com desconto à vista ou parcelar em até 12 parcelas no cartão de crédito ou mesmo unificar o saldo do IPVA, do licenciamento e de eventuais multas, parcelando tudo ou quitando na hora, com valor menor. Enfim, se dá para fugir dele, vamos pelo menos tentar aliviar seu impacto. 

Código de trânsito: veja o que muda em 2024 – Em 2023, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou 137 projetos de lei, 22 medidas provisórias, 25 projetos de decreto legislativo, 8 projetos de resolução, 8 projetos de lei complementar e 3 propostas de emenda à Constituição (PECs). Mas, em relação à legislação do trânsito, a principal iniciativa foi a votação da Medida Provisória 1153/22, que promoveu várias mudanças no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) em temas como exigência de exame toxicológico de motoristas profissionais, competência para aplicação de multas e descanso de caminhoneiros. O texto foi aprovado na forma do substitutivo do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que também trata dos termos da contratação de seguro de cargas, e foi transformado na Lei 14.599/23.

Com isso, órgãos municipais de trânsito passaram a ter competência privativa de fiscalização e aplicação de multas nas principais infrações, como aquelas envolvendo estacionamento ou paradas irregulares, excesso de velocidade, veículo com excesso de peso ou da capacidade de tração e recolhimento de veículo acidentado ou abandonado.

Confira um levantamento de detalhes feito pela Agência Câmara de Notícias

Exame toxicológico – Estados e Distrito Federal têm a responsabilidade de fiscalizar e multar infrações relacionadas a não realização de exame toxicológico, a falta de registro do veículo, a falta de baixa de veículo irrecuperável, a cadastro desatualizado e a falsa declaração de domicílio, por exemplo.

Quanto ao seguro de cargas, sua contratação passou a caber aos transportadores, ainda que pessoas físicas ou cooperativas. O seguro de perdas por acidentes e o contra roubo e assemelhados ficou vinculado a Planos de Gerenciamento de Riscos (PGR) estabelecidos de comum acordo entre o transportador e sua seguradora.

Sobre a exigência do exame toxicológico de condutores com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C, D e E, a lei definiu novas sanções por sua não realização, como multa maior se o exame não tiver sido realizado e o motorista for flagrado com essa irregularidade uma segunda vez.

Formação de condutores – Outra aprovação referente ao tema foi a do Projeto de Lei 3965/21, do deputado José Guimarães (PT-CE), que destina parte dos recursos arrecadados com multas de trânsito à formação de condutores de baixa renda. A proposta está em análise no Senado e determina que o custeio da habilitação englobará as taxas e demais despesas relativas ao processo de formação e à concessão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Segundo o texto relatado pelo deputado Alencar Santana (PT-SP), para ter acesso à CNH subsidiada dessa forma, o condutor deve estar incluído no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Atualmente, o Código de Trânsito Brasileiro prevê a aplicação dos recursos das multas para as seguintes finalidades, exclusivamente: sinalização; engenharia de tráfego; engenharia de campo; policiamento; fiscalização; renovação de frota circulante; e educação de trânsito.

Xiaomi celular? Não, carro mesmo – A fabricante chinesa de celulares, Xiaomi, vai também fabricar carros elétricos. No finalzinho do ano passado, apresentou o seu sedã SU7, com duas versões. Uma delas, com motor traseiro, tem 298cv e chega dos 0km/h aos 100 km/h em 5,3 segundos. Já a opção mais potente usa dois motores – sendo um em cada eixo, com tração integral –  e chega aos 673 cv de potência, com 0km/h a 100 km/h em apenas 2,8 segundos. A autonomia divulgada é de 668 km com uma carga na versão com tração traseira e 800 km com dois motores. 

Hilux e SW4: 2 milhões produzidos – A Toyota Argentina anunciou neste início de ano que a fábrica de Zárate (a principal da marca no país) acaba de alcançar 2 milhões de exemplares fabricados dos modelos Hilux e SW4. Desse total, 1.679.096 unidades são da picape, tornando-a o modelo mais produzido na história da indústria automotiva argentina, e 320.904 são do SUV SW4. Pelo menos 80% da produção de Hilux e do SW4 são para exportação, principalmente para o Brasil. 

Diesel: preço do S-10 cai 1,94% no Nordeste – Dados do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, apontaram que, no fechamento de dezembro, o preço médio do litro do diesel comum fechou a R$ 5,94 na região Nordeste, com redução de 2,14%, ante a primeira quinzena do mês. Já o preço do diesel S-10 recuou 1,94% e foi comercializado a R$ 6,06. O preço médio da gasolina caiu 0,17% e fechou a R$ 5,85. Após redução de 0,47%, o etanol fechou o ano a R$ 4,26.  “Estados do Nordeste se destacaram com as reduções mais expressivas do país, como é o caso do Sergipe, onde o preço do litro do diesel comum reduziu 7,57%, o do etanol 4,54% e o da gasolina 5,24%. Já o Pernambuco apresentou a redução mais expressiva de todo o território nacional para o diesel S-10, além de registrar a menor média para a gasolina”, diz Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil. 

Bandeja de suspensão quebrada: o que fazer? – Esta é uma das peças mais importantes de qualquer veículo. Afinal, suas funcionalidades garantem a segurança, o conforto e a estabilidade. É ela, por exemplo, que mantém o alinhamento das rodas do automóvel. Por isso, esse componente deve ser inspecionado periodicamente para evitar que problemas mais sérios venham comprometer a dirigibilidade e ocasionar acidentes sérios. Neste post, produzido pelo pessoal da Nakata Automotiva, será abordado um pouco mais dos possíveis problemas nessa peça e sobre como o mecânico deve agir em caso de manutenção. 

O que pode causar a quebra ? – As duas principais ocorrências que comprometem a integridade da bandeja são uma peça amassada ou trincada. Um sinal comum de que ela está danificada é a ocorrência de ruídos quando o motorista circula por ruas em más condições, com buracos ou desalinhamento da direção. Em alguns casos, o pneu chega a arrastar.

Nesses casos, é provável que ela esteja trincada, amassada, com buchas ou pivôs gastos. Isso é perigoso, já que essa peça é muito solicitada no controle das forças laterais nas curvas, nas lombadas e também em arrancadas e freadas.

A bandeja de suspensão pode sofrer desgaste com o tempo de uso. Porém, a quebra, se ocorrer, será devido a algum impacto para o qual ela não está dimensionada para suportar. É comum ver veículos subindo em calçada em velocidade e com o freio travado. Nessa condição, ao tocar a guia a bandeja sofrerá um impacto muito forte e pode empenar ou até mesmo trincar.

Por que fazer a troca da bandeja de suspensão quebrada? – Por se tratar de um componente de segurança do veículo, ao apresentar qualquer sinal de desgaste ou empeno a bandeja deve ser substituída, pois além do inconveniente barulho, a bandeja interfere na direção e no desgaste dos pneus.

Manutenção de motos – Se apresentar alguma trinca o veículo deve ser rebocado até a oficina, devido ao risco que se desprenda, o que faz com que o motorista possa perder a dirigibilidade.

Como é feita a troca de bandeja de suspensão? – O mecânico deve realizar, antes de tudo, uma verificação nos componentes. Caso o cliente também relate barulhos, será preciso trocar somente alguns – embora, na maioria das vezes, realize a substituição da bandeja completa. Neste último caso, é preciso ter disponível, além das ferramentas universais, algumas ferramentas especiais como sacadores, alavanca e torquímetro.

Do lado certo – Também é preciso ter absoluta certeza de que a peça nova é adequada para aquele modelo. Alguns veículos exigem tanto a bandeja quanto o pivô do lado certo. Por isso, é muito importante verificar no catálogo do fabricante da peça se aquela é realmente a peça adequada para o modelo e o lado. Após o término da instalação da bandeja nova, é fundamental fazer o alinhamento da direção e, por último, um teste de rodagem para ter certeza que o cliente vai receber o veículo em perfeitas condições.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Trânsito: Recife, a sétima cidade onde mais se conduz pior 

A Gambling.com, líder em serviços de marketing digital para a indústria de jogos online, realizou uma pesquisa para descobrir quais são as cidades onde se dirige pior em todo o Brasil. O estudo consultou mais de 2 mil brasileiros de diferentes estados do país sobre sua opinião sobre quem eles acreditam ser os piores condutores de todo o Brasil. De acordo com os entrevistados, São Paulo, com 24,0%, é a cidade onde se conduz pior, seguida por Manaus e Rio de Janeiro, ambas com 11,2% das preferências. Na quarta posição está Campinas, com 10,5% dos votos. No quinto e sexto lugares, estão empatadas com o mesmo percentual de preferências Maceió e Curitiba (10,1%). Na sétima posição, com 9,3% dos votos, aparece Recife, seguida por Belo Horizonte, com 8,9%. Fecham o top 10 das cidades que conduzem pior, segundo os próprios brasileiros, Fortaleza, com 7,8% dos votos, e Salvador, com 7,0%.

Mais acidentes – A opinião dos próprios brasileiros sobre como seus vizinhos de outras cidades dirigem não tem muita relação com os dados reais da média de acidentes por habitante, de acordo com os dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

Os fatores que contribuem para a alta taxa de acidentes de trânsito nessas cidades incluem:

⇒ A alta densidade populacional e tráfego

⇒ A falta de infraestrutura viária adequada

⇒ O excesso de velocidade

⇒ A condução sob os efeitos do álcool e das drogas

⇒ O não cumprimento das normas de trânsito

A primeira cidade brasileira na lista é São Paulo, com uma taxa de acidentes de 16,4 por 10.000 habitantes. Lembrando: é o lugar mais populoso do Brasil e da América Latina, com 12 milhões de habitantes. A cidade possui uma alta densidade populacional e tráfego, o que contribui para a elevada taxa de acidentes de trânsito. A segunda na lista é o Rio de Janeiro, com uma taxa de acidentes de 16,2 por 10.000 habitantes. Lembrando: é o segundo lugar mais populoso do Brasil, com 6 milhões de habitantes. A cidade também apresenta alta densidade populacional e tráfego, contribuindo para a elevada taxa de acidentes de trânsito.

Belo Horizonte é a terceira cidade com mais acidentes por habitante (16,1), seguida por Curitiba com 15,9 acidentes por 10.000 habitantes ao ano. Na quinta posição está Fortaleza, com 15,8 acidentes por cada 10.000 residentes. Em seguida, vem Salvador, com 15,7, e Brasília, com 15,6.  Na oitava posição encontra-se Recife, com 15,5 acidentes por 10.000 cidadãos dessa cidade. Porto Alegre, com 15,4, e Manaus, com 15,3, fecham a lista das Top 10 cidades brasileiras com mais acidentes por 10.000 habitantes durante 2022.

Os SUVs mais valorizados de 2023 – A KBB Brasil, maior empresa de precificação de veículos do mundo, fez um levantamento para mostrar quais foram os SUVs que mais valorizaram em 2023. O estudo mostra que o Range Rover SV MHEV 2023 apresentou a maior alta no seu preço médio no decorrer do ano: 8,8%. O utilitário esportivo de luxo, que custava R$ 1.154.847 em janeiro, quando era 0km, em dezembro passou a valer R$ 1.256.604, como seminovo. Curiosamente, o Caoa Chery Tiggo 2, que saiu de linha em 2022, mas seguiu com unidades zero quilômetro no começo de 2023, apresentou valorização de 2,2%. O preço médio do modelo, que em janeiro era R$ 76.705, subiu para R$ 78.444, em dezembro. Na contramão dos SUVs mais valorizados, o Mitsubishi Outlander HPE 2.0 de 7 lugares, ano/modelo 2022, se destacou de maneira negativa com a maior depreciação da categoria. O modelo saiu de linha em 2022, mas chegou a ter unidades 0km sendo vendidas pelo preço médio de R$ 233.325 em janeiro. Em dezembro, o SUV passou a valer R$ 153.416 como seminovo (queda de -34,2%). O Hyundai Tucson GLS 1.6 turbo 2022, por sua vez, custava R$ 200.980 quando 0km e, agora, vale R$ 134.220, ou -33,2%.

As cinco picapes mais econômicas – O Inmetro, conforme mostrou nesta coluna no domingo anterior, divulgou dados de consumo de combustível de vários veículos comercializados em 2023 no Brasil. Agora, mostramos quais foram as cinco picapes anotadas como as mais econômicas do mercado. A líder da lista é, por sinal, a única híbrida: a Ford Maverick, que por ter este tipo de motorização obtém melhor desempenho na cidade do que na estrada. A lista do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular também inclui o Fiat Strada, carro mais vendido do país nos últimos anos. 

Ford Maverick

Versão Híbrida Lariat
Consumo cidade – 15,7 km/l (gasolina)
Consumo estrada – 13,6 km/l (gasolina)

Fiat Strada
Versão Freedom cabine simples
Consumo cidade – 8,9 km/l (etanol)
Consumo estrada – 10,4 km/l (etanol)
Consumo cidade – 12,9 km/l (gasolina)
Consumo estrada – 14,7 km/l (gasolina)

Chevrolet Montana

Versão Turbo

Consumo cidade – 8,3 km/l (etanol)
Consumo estrada – 9,6 km/l (etanol)

Consumo cidade – 12 km/l (gasolina)
Consumo estrada – 13,6 km/l (gasolina)

Volkswagen Saveiro

Versão Trendline SC
Consumo cidade – 8,1 km/l (etanol)
Consumo estrada – 9 km/l (etanol)

Consumo cidade – 11,7 km/l (gasolina)
Consumo estrada – 12,8 km/l (gasolina)

Renault Oroch

Versão Intense

Consumo cidade – 7,4 km/l (etanol)
Consumo estrada – 8,0 km/l (etanol)

Consumo cidade – 11,3 km/l (gasolina)
Consumo estrada – 11,4 km/l (gasolina)

Jaecoo confirma o Omoda 5 – A Omoda Jaecoo confirmou o lançamento do Omoda 5 no mercado brasileiro em 2024. O modelo, que marcará a estreia da empresa no país, terá uma versão topo de linha equipada com motorização 100% elétrica e outras duas versões híbridas-leve. A empresa revelou o design exterior e interior do Omoda 5 proposto para o mercado, tanto da versão elétrica quanto com motorização híbrida-leve. As primeiras unidades importadas fazem parte do plano da Omoda Jaecoo em realizar testes e avaliações com consumidores e parceiros, como concessionários e jornalistas, a fim de assegurar que o produto final terá a aprovação do público local. Por isso, alguns acabamentos e materiais poderão ser adaptados após as clínicas. Após este processo, serão importadas as unidades para homologação, ainda no início de 2024. Diferente de outros mercados, no Brasil, o Omoda 5 será um único produto com diferentes motorizações. A versão topo de linha, 100% elétrica, chega ao mercado brasileiro primeiro. Na sequência, a motorização híbrida-leve será lançada em duas diferentes versões. Além do design futurista, o Omoda 5 oferece alta segurança. Prova disto é a nota máxima de cinco estrelas que o veículo recebeu em testes do Euro Ncap, um dos programas de avaliações de automóveis mais exigentes do mundo.

O esquisito carro elétrico russo – A Rússia, mesmo em guerra com a Ucrânia e abalada financeiramente, também quer entrar no rol de fabricantes de elétricos. E o primeiro modelo que vazou para o mundo é um estranho protótipo, o Amber, desenvolvido por professores e alunos da Escola Politécnica de Moscou. Ninguém explicou, por exemplo, a razão da aparência, o formato da carroceria, os ganchos de reboque etc. O jornal World News Today, em artigo republicado pelo site Inside EVs, diz que ele, apesar de ser construído inteiramente na Rússia, tem vários componentes vindos da China – como baterias e motores elétricos.

Haval H6 brasileiro – O site Motor1 anunciou esta semana algumas mudanças nos planos da Great Wall Motors (GWM) no Brasil. Embora inicialmente focada na produção da picape Poer, o sucesso dos SUVs Haval H6 híbridos levou a GWM a priorizar a produção nacional do Haval H6. Com maquinário em transporte e contratações em andamento, a produção deve começar em maio de 2024. Além disso, há esforços para transformar os H6 híbridos a gasolina em modelos híbridos flex, em parceria com a Bosch.

Alterações na moto? Veja o que dá multa – Em uma abordagem de agentes de trânsito durante uma blitz, motociclistas podem enfrentar multas significativas devido à alterações em suas motos. Com o aumento da fiscalização e as mudanças recorrentes nas regulamentações, esse tema sempre permanece em alta entre os motociclistas. O assessor de assuntos econômicos do Sindipostos-CE, Antônio José Costa, explica as principais implicações dessas modificações e como os motociclistas podem evitar penalidades. Segundo ele, algumas alterações comuns não causam problemas aos motoristas, por estarem dentro dos parâmetros aceitos das normas de trânsito. No entanto, escapes esportivos, modificações no sistema de iluminação e remoção de itens de segurança podem ser ilegais, caso estejam fora das especificações. Tais modificações, apesar de populares entre os entusiastas de motocicletas, infringem normas de trânsito, resultando em multas e até mesmo na apreensão do veículo. Durante a blitz, os agentes de trânsito estão atentos a essas modificações para garantir a segurança viária e o cumprimento das leis. ”Além das penalidades financeiras, as alterações inadequadas ainda podem comprometer a segurança dele e de terceiros”, explica. 

Para evitar surpresas desagradáveis, os motociclistas são aconselhados a verificar regularmente se suas motos estão em conformidade com as regulamentações locais. “Ao realizar qualquer alteração, mesmo que simples, é obrigatório que o motorista solicite uma documentação de autorização do Detran, onde posteriormente é realizada uma vistoria seguida de registro da mudança nos documentos Certificado de Registro de Veículo (CRV) ou Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV)”, destaca o especialista. Em um cenário de intensificação da fiscalização, a conscientização dos motociclistas sobre as implicações legais dessas alterações é crucial. “É preciso pensar duas vezes antes de modificar a moto, pois pode evitar multas e contribuir para a segurança no trânsito”, pontua. 

O que afeta mais o motor: grandes distâncias ou frequentes frenagens? – Fim de ano é época das tradicionais viagens para visitar parentes ou amigos, curtir praias ou montanhas etc. Com isso, as longas distâncias superam o anda-e-para das cidades. Mas, afinal, o que é mais prejudicial para o motor de um carro? Um longo percurso em pleno funcionamento do veículo ou o acelerar-e-frear de um engarrafamento? Segundo Denilson Barbosa, técnico em lubrificantes da YPF Brasil, o modo de condução pode até ajudar na performance de um motor, mas sua durabilidade e condições estão mais atreladas ao calendário de manutenção do veículo. “A utilização do carro em estradas, em teoria, pode sim oferecer condições mais suaves de condução, fazendo com que o carro trabalhe melhor, atingindo uma temperatura ideal de funcionamento. Mas na prática, isso deve sempre estar atrelado à questão de manutenção do veículo, que precisa ser feita de maneira correta e sempre e seguindo o manual do proprietário”, comenta. 

O efeito anda-e-para no motor – O constante ciclo de anda-e-para pode ser uma forma de desgaste para o motor, prejudicando-o principalmente quando forçado a trabalhar em elevadas temperaturas, além de diminuir a eficiência dos combustíveis e causar acúmulos de sujeira em várias partes. Essa consequência pode ser piorada caso não seja utilizado um óleo lubrificante correto e que atenda às especificações descritas no manual do veículo.

“Existem diferenças entre a lubrificação de um veículo conduzido em estrada e outro no trânsito. No anda-e-para, o motor trabalha em constante marcha lenta, o que influencia diretamente no fluxo do óleo, consequentemente em sua lubrificação. Já na estrada, o veículo tende a fluir melhor, potencializando o fluxo de óleo lubrificante e consequentemente sua lubrificação será melhorada. É válido lembrar que a qualidade do óleo lubrificante é fundamental para um bom desempenho do motor, juntamente com as condições de manutenção em dia”, afirma.

O tipo de óleo e sua troca necessária – Os óleos sintéticos tendem a ter intervalos de trocas maiores, devido sua proteção, isso em relação há um óleo mineral por exemplo, todavia, seguir as recomendações dispostas no manual podem potencializar a utilização do veículo. Nesse sentido, a YPF Brasil conta com a linha Elaion Auro, com uma gama de produtos para a lubrificação ideal do motor. O período de troca de óleo está atrelado a quilometragem e ao tempo desde a última troca realizada e não pela forma de condução, no entanto, em condições severas de utilização, compreendendo somente a  utilização em engarrafamentos, por exemplo, pode ser recomendado a troca do lubrificante, diferente de um veículo conduzido em estradas. “Carros que rodam na estrada tendem a ter desgastes menores em algumas peças como freio e embreagens, por exemplo. Já carros que rodam em trânsito ou engarrafamentos tendem a ter, além de desgastes maiores nessas peças, um intervalo de troca de óleo e filtros maiores, devido a utilização em  condições severas de condução”, diz ele.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Os veículos mais econômicos de cada categoria

Com o aumento dos preços dos combustíveis e a crescente conscientização ambiental, a economia de combustível se tornou um fator determinante na escolha de um veículo. A busca por carros que ofereçam desempenho eficiente e menor consumo de combustível é uma tendência em ascensão no mercado automobilístico brasileiro. Por isso, a Instacarro, plataforma de compra e venda de carros usados no Brasil, fez para a coluna um ranking dos cinco veículos mais econômicos em três categorias populares: hatch, sedã e SUV.

5 hatches mais econômicos

  • Fiat Mobi: com motorização 1.0 de 75 cv e 9,9 kgfm de torque, tem consumo com gasolina de 13,5 km/l (cidade) e 15 km/l (estrada) e com etanol de 9,6 km/l (cidade) e 10,4 km/l (estrada);
  • Chevrolet Onix: com motorização 1.0 de 80 cv e 9,8 kgfm de torque, tem consumo com gasolina de 13,3 km/l (cidade) e 16,6 km/l (estrada) e com de 9,4 km/l (cidade) e 11,6 km/l (estrada);
  • VW Polo TSI Manual: com motorização 1.0 turbo de 116 cv e 16,8 kgfm de torque, tem consumo com gasolina de 14 km/l (cidade) e 15,4 km/l (estrada) e com etanol de 9,6 km/l (cidade) e 11,5 km/l (estrada);
  • Peugeot 208: com motorização 1.0 de 82 cv e 10,6 kgfm de torque, tem consumo com gasolina de 14,7 km/l (cidade) e 16,3 km/l (estrada) e com etanol: 10,4 km/l (cidade) e 11,3 km/l (estrada);
  • Renault Kwid: com motorização de 1.0 de 71 cv e 10 kgfm de torque, tem consumo com gasolina de 15,3 km/l (cidade) e 15,7 km/l (estrada) e com etanol: 10,8 km/l (cidade) e 11 km/l (estrada)

5 sedãs mais econômicos

  • Fiat Cronos: com motorização 1.0 aspirada de até 75 cv e 10,7 kgfm de torque, tem consumo com gasolina de 14 km/l (cidade) e 16,1 km/l (estrada) e com consumo com etanol de 9,9 km/l (cidade) e 11,4 km/l (estrada);
  • Chevrolet Onix Plus: com motorização 1.0 três cilindros de 82 cv e 10,6 kgfm de torque, tem consumo com gasolina de 13,6 km/l (cidade) e 17,5 km/l (estrada) e consumo com etanol de 9,5 km/l (cidade) e 12,4 km/l (estrada);
  • Toyota Camry Hybrid: com motorização 2.5 a gasolina de 178 cv e 22,5 kgfm de torque + três motores elétricos de 120 cv, tem consumo com gasolina de 17,4 km/l (cidade) e 15,3 km/l (estrada);
  • Toyota Corolla Hybrid: com motorização 1.8 flex de até 101 cv e 18,9 kgfm de torque + motor elétrico de 72 cv, tem consumo com gasolina de 17,9 km/l (cidade) e 15,4 km/l (estrada) e consumo com etanol 11,8 km/l (cidade) e 10,5 km/l (estrada);
  • Honda Civic Híbrido: com motorização 2.0 aspirado a gasolina + dois elétricos (143 cv ou 184 cv), tem consumo com gasolina de 18,3 km/l (cidade) e 15,9 km/l (estrada) 

5 SUV’s mais econômicos:

  • Fiat Pulse 1.0 turbo: com motorização 1.0 turbo flex de até 130 cv e 20,4 kgfm de torque, tem consumo de gasolina de 12,1 km/l (cidade) e 14,4 km/l (estrada) e com etanol de 8,4 km/l (cidade) e 10,2 km/l (estrada);
  • Honda HR-V: com motorização 1.5 flex de até 126 cv e 15,8 kgfm de torque, tem consumo de gasolina de 12,7 km/l (cidade) e 13,9 km/l (estrada) e consumo com etanol de 8,8 km/l (cidade) e 9,8 km/l (estrada);
  • Fiat Pulse 1.3: com motorização 1.3 flex de até 107 cv e 13,7 kgfm de torque, tem consumo com gasolina de 12,8 km/l (cidade) e 14 km/l (estrada) e com etanol de 8,9 km/l (cidade) e 10,6 km/l (estrada);
  • KIA Stonic Hybrid: com motorização 1.0 turbo de 118 cv e 17,1 kgfm de torque + sistema híbrido de 48V (120 cv e 20,4 kgfm), tem consumo de gasolina de 13,7 km/l (cidade) e 13,8 km/l (estrada);
  • Toyota Corolla Cross XRV Hybrid: com motorização 1.8 flex de até 101 cv e 18,9 kgfm de torque + motor elétrico de 72 cv, tem consumo de gasolina de 17,8 km/l (cidade) e 14,7 km/l (estrada) e com etanol de 11,8 km/l (cidade) e 9,7 km/l (estrada).

Ao escolher um veículo com economia de combustível, os consumidores brasileiros não apenas economizam dinheiro a longo prazo, mas também contribuem para a redução das emissões de carbono e para a promoção de um transporte mais sustentável. “Levar em fator em conta significa que estamos apoiando a transição para um futuro mais limpo e eficiente no setor automotivo brasileiro” comenta Luca Cafici, CEO da InstaCarro

Seguro sobe para homem e cai para mulher – A Minuto Seguros, uma das principais corretoras do país, constatou que em novembro foi registrado um aumento de 39,7% nos valores das apólices de carros para o perfil masculino. Já o perfil feminino apresentou uma queda de 4,8%. O ranking abrange 11 capitais brasileiras e é elaborado de acordo com a lista divulgada pela Fenabrave, a federação dos distribuidores de veículos. Entre os destaques do mês, estão:

  1. A localidade com os menores preços médios para o perfil masculino, dentre os 10 modelos analisados, foi Florianópolis, onde o valor é R$  2.484,22 (+16,1%). Para o perfil feminino, a capital foi Porto Alegre, onde o custo é de R$  1.784,88 (-24,1%).
     
  2. O Rio de Janeiro obteve os maiores preços médios no perfil masculino, chegando a R$ 9.838,22 (+39,6%). Enquanto isso, Salvador registrou os maiores preços no perfil feminino, atingindo R$ 3.063,33 (+3,05%).
     
  3. A média geral para todos os modelos e capitais é de R$ 5.199,92 (+39,7%) para o perfil masculino, e R$ 2.264,53 (-4,8%) para o perfil feminino.

Entre as variações mais expressivas dos valores para os modelos mais vendidos, nas capitais analisadas, estão:

  1. O Novo Polo Comfortline fica pelo terceiro mês consecutivo em primeiro na lista dos mais vendidos, registrando um aumento considerável no perfil masculino e uma queda no feminino. No masculino, o modelo atinge o valor médio do seguro de R$ 4.806,98 (+46,3%). Já no feminino, o preço médio é de R$ 1.856,25 (-10%).

    A maior variação do modelo para os homens ocorre em Goiânia, alcançando R$ 7.381,75 (+172,6%), enquanto para as mulheres ocorre em Recife, alcançando R$ 1.430,00 (-33,1%).
     
  2. O Kwid Intense subiu de oitavo para sétimo veículo mais vendido na lista e registra o maior aumento na média dos valores para o perfil masculino (+55,4%), enquanto sofre uma queda no perfil feminino (-8,5%). A maior variação no masculino se dá em Vitória, onde chegou a R$ 6.458,78 (+186%), e no feminino ocorre em Recife, chegando a R$ 1.455,14 (-31,7%).

    A média dos valores é R$ 4.890,62 (masculino) e R$ 2.005,70 (feminino).
     
  3. O Novo Tracker, que cai de sétimo para oitavo na lista, registra um aumento no perfil masculino, atingindo o valor de R$  4.633,92 (+15,2%), enquanto apresenta a maior queda do feminino, chegando a R$  2.212,41 (-21,5%) na média.

    A maior variação para o perfil masculino é em Salvador, onde chega a R$  9.739,22 (+90,5%). No feminino, a maior variação se dá no Rio de Janeiro, onde o valor é de R$ 2.285,63 (-42,8%).

“Diferente dos meses anteriores, notamos que as apólices para o perfil masculino sofreram um aumento expressivo. É possível entender como uma regulação do mercado, já que estamos vindo de um ano com quedas mensais consecutivas em ambos os perfis”, explica Márcia Camacho, diretora de operações da Minuto Seguros.

54% dos motoristas querem um SUV – Pesquisa da Webmotors, portal de negócios e soluções para o segmento, mostra que 74% dos respondentes que adquiriram um automóvel usado  consideram o carro como uma necessidade em sua rotina. Já 56% dos entrevistados que escolheram comprar um veículo zero quilômetro consideram como fatores fundamentais a comodidade, segurança, autonomia e liberdade. Realizado pelo Webmotors Autoinsights, o estudo visa entender as preferências dos brasileiros em relação a veículos novos e usados. Os dados também revelam quais os atributos que mais chamam a atenção no momento de adquirir um automóvel. De modo geral, o preço acessível está em primeiro lugar como fator decisivo na hora da escolha, à frente do conforto (2°) e do baixo consumo de combustível (3°). Já especificamente entre aqueles que compraram um carro 0km (21%), o conforto é o mais importante, seguido por preço (2º) e tecnologia (3°). 

Em relação à preferência por carroceria, entre os que já possuem um carro, 36% são donos de um modelo hatch e 48% almejam trocar seu veículo por um SUV. Desses, 54% querem um zero quilômetro e 48% um seminovo dessa categoria. Dos respondentes da pesquisa, 79% têm automóvel e, desses, a maioria possui um veículo usado (70%). Para 46% dos entrevistados, o intervalo de tempo em que pretendem realizar a troca do carro é de até um ano. Entre as motivações para a compra, 38% destacam a necessidade de ter outro automóvel, além da comodidade (19%) e da realização de um sonho (15%). O levantamento foi realizado com cerca de 2 mil usuários da plataforma – a maioria homens (92%) com idade entre 46 a 55 anos (29%).

SUVs elétricos – Outro estudo inédito da Webmotors mostra que a busca por veículos SUVs elétricos usados na plataforma cresceu 204% de janeiro a novembro de 2023 na comparação com os mesmos meses do ano passado. O levantamento indica também um aumento de 184% na procura por modelos novos dessa categoria. No ranking geral dos elétricos novos e usados mais pesquisados pelos usuários da Webmotors de janeiro a novembro de 2023, o BYD Yuan Plus desponta em primeiro lugar entre os SUVs elétricos 0km, enquanto o Audi e-tron lidera a lista dos modelos eletrificados usados.

Alternativas ao financiamento automotivo – A inadimplência dos financiamentos de veículos é a maior desde fevereiro de 2015, chegando a 5,4% dos contratos com atrasos no pagamento há pelo menos 90 dias, de acordo com o Banco Central. Já segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), atualmente 63,8% dos carros estão sendo comprados à vista, número que estava na casa dos 40% em 2021. Alinhada a essas mudanças estão os juros de financiamentos, que podem chegar a 57% ao ano em algumas instituições, de acordo com o Banco Central. Em paralelo, a taxa Selic saltou de 2% em 2020 para os atuais 12,25%.

Em 2023, pelo menos duas alternativas aos financiamentos ganharam destaque para os consumidores. De um lado, os aluguéis e assinaturas se tornaram opções para quem precisa de um carro para o dia a dia – onde o usuário pode escolher entre um aluguel por horas, dias ou semanas, além de uma assinatura mensal, trimestral ou anual. Do outro lado, os consórcios se destacam como uma opção de compra planejada e sem juros com prazo de até 100 meses. Um levantamento recente da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla) mostra que esse serviço cresceu mais de 16% neste ano, saltando de 91 mil veículos em dezembro de 2021 para mais de 106 mil neste ano. Já uma projeção do BTG aponta que o Carsharing deve chegar a 402 mil veículos no Brasil até 2032. 

De acordo com Luiz Bonini, Chief Growth Officer da Turbi, empresa de aluguéis e assinaturas de carros 100% digital, além de fugir das taxas de financiamento, algumas outras vantagens também estão atraindo os consumidores para essa nova tendência. “Quando se assina um carro, não precisa se preocupar com licenciamento, IPVA, depreciação, renovação de seguro. Além disso, o modelo de assinatura oferece uma solução completa, incluindo assistência 24 horas, manutenção, seguro, carro reserva, e a gestão da documentação e IPVA”, explica o executivo. Quanto aos consórcios, a modalidade já existe no Brasil há mais de 60 anos e atingiu números recordes de adesão em 2023, ultrapassando os 10 milhões de consorciados. De acordo com dados da Associação Brasileira de Administradores de Consórcios (Abac), 43,6% desse montante possui um consórcio automotivo.

De acordo com Eduardo Rocha, CEO do Klub, única fintech autorizada pelo Banco Central a operar com consórcios no país, além de evitar a taxa de juros, o consórcio é muito inclusivo, pois tem um elevado índice de aprovação. “Também não se perde dinheiro com a inflação, já que existe uma correção anual no valor dos planos para garantir o poder de compra”, diz ele. Outro ponto relevante é a contribuição da modalidade com o planejamento financeiro. Na adesão de um plano, os clientes podem escolher o valor do crédito e o número de mensalidades que desejam, o que facilita a gestão financeira.

De acordo com a Abac, os consórcios cresceram cerca de 10% em 2023, sendo 44% da base de clientes formada por jovens entre 18 e 29 anos. 

Verão e ar-condicionado: o que revisar? – Com a temporada mais charmosa do ano em pleno vapor (e calor), como garantir que o sistema de ar-condicionado esteja em perfeitas condições? A revisão cuidadosa desses componentes críticos não apenas assegura viagens mais confortáveis, mas também contribui para a segurança nas estradas. Para tornar a viagem dos consumidores mais segura e confortável, a InstaCarro, plataforma de compra e venda de veículos seminovos, destacou alguns pontos fundamentais a serem verificados antes de embarcar em suas aventuras de verão:

1 – Filtro de ar: certifique-se de que o filtro de ar do sistema de ar-condicionado esteja limpo e em boas condições. Um filtro sujo pode reduzir a eficiência do ar-condicionado, resultando em um fluxo de ar inadequado e comprometendo a qualidade do ar interno.

2 – Níveis de refrigeração: verifique os níveis de refrigerante do ar-condicionado. Níveis baixos podem sobrecarregar o sistema, reduzindo sua eficácia. Um técnico qualificado pode avaliar e recarregar o refrigerante, se necessário. 

3 – Correias e polias: assegure-se de que as correias e polias associadas ao sistema de ar-condicionado estejam em boas condições. Correias desgastadas ou polias danificadas podem levar a um funcionamento inadequado do sistema.

4 – Compressor do ar-condicionado: o compressor é o coração do sistema de ar-condicionado. Certifique-se de que ele esteja funcionando corretamente para garantir a circulação adequada do refrigerante e, consequentemente, o ar fresco no interior do veículo.

5 – Inspeção visual: realize uma inspeção visual do sistema de ar-condicionado em busca de vazamentos, conexões soltas ou outros problemas aparentes. Corrigir pequenos problemas antes de se tornarem grandes pode economizar tempo e dinheiro no longo prazo. 

6 – Verificação geral do sistema elétrico: um sistema elétrico saudável é crucial para o funcionamento eficiente do ar-condicionado. Certifique-se de que todas as conexões elétricas estejam seguras e que não haja problemas elétricos que possam afetar o desempenho do sistema.

“Ao realizar essas verificações antes de sair para as viagens de verão, os consumidores não apenas garantem um ambiente mais agradável no interior do veículo, mas também promovem a segurança e confiabilidade do mesmo”, comenta Luca Cafici, CEO da InstaCarro.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico

HB20 Platinum Plus: nome chique, segurança boa e preço alto

Dizem as más línguas que jovens preferem um aerofólio inútil ou calotas incrementadas a um par de airbags extras. Por isso, os modelos voltados a eles são cheios de frufrus, quase tunados, customizados em excesso. Pois bem: a Hyundai resolveu lançar a versão topo de linha do seu mais popular modelo, o hatch HB20, com bons diferenciais de segurança. Tem detalhes chamativos também, mas o foco são itens de condução semiautônoma? Vai dar certo? Mesmo por R$ 122 mil (neste caso, com pintura metálica)? Mesmo que seja para um jovem de classe média universitário que vai ter seu primeiro carro? A ver, principalmente pela revitalização visual pela qual passou no ano passado e abandonou suas linhas feiosas, principalmente os faróis traseiros – agora integrados, cruzando de ponta a ponta. Atualmente, ele chama a atenção nas ruas pela discrição, boas opções de cores e nova grade e para-choque. Vamos, enfim, à principal justificativa para se elogiar a versão Platinum Plus, testada por este colunista: o pacote de segurança, que começa com o sistema SmartSense – que vem, por exemplo, como assistente de centralização e de permanência em faixa. Ele mantém o carro na própria faixa e até fazendo pequenas curvas. 

Também tem alerta de ponto cego ativo e assistente de tráfego cruzado traseiro, que avisa da presença de outro veículo em caso de marcha à ré. Mas a Platinum Plus também alerta de presença nos bancos traseiros, detector de fadiga (pare para um cafezinho!), monitoramento de pressão dos pneus e alertas de frenagem com detecção de pedestres e de saída – que avisam automaticamente se algum objeto ou veículo está se aproximando quando se abre a porta (pode não parecer, mas é muito útil). E mais: são seis airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, piloto automático , câmera de ré, sensores crepuscular e de estacionamento e faróis projetor com DRL e lanternas em LED. Pena que o freio traseiro seja a tambor. Falta, também, sensor de estacionamento dianteiro.

Interior – A vida a bordo no dia a dia é muito boa. O acabamento não é de luxo, mas é de couro de qualidade em parte dos bancos e das portas – além do volante, manopla do câmbio e apoio de braço central. O conjunto de painel e central multimídia é 100% digital, bem funcional, por sinal. Claro que como o público-alvo é jovem, mais um acerto: a conectividade sem fio com smartphone via Android Auto e Apple CarPlay e três portas USB. A chave é do tipo sensorial, com partida remota e os retrovisores com rebatimento elétrico.

Potência e torque – O motor do HB20 Platinum Plus é o mesmo de toda a linha, o 1.0 turbo –  que gera 120 cavalos e 17,5kgfm de torque. O câmbio automático de seis velocidades  e direção elétrica deixam a condução suave. E outro ‘mimo’ para a juventude: as borboletas para trocas de marchas manuais, situadas atrás do volante. Como se sabe, e é bom sempre relembrar, o consumo depende muito do comportamento do motorista – e provavelmente o desta versão topo de linha não o tem como principal preocupação. No caso deste teste, a média entre cidade e estrada ficou na faixa dos 12 a 13, dependendo das arrancadas (propositais ou não, apenas para sentir o motor) e ultrapassagens. 

O HB20 não é produzido ou vendido pela Caoa Hyundai, mas pelo próprio grupo sulcoreano, que tem fábrica em Piracicaba, no interior de São Paulo, e é um dos modelos de maior sucesso nos últimos anos. 

⇒ O hatch cresceu na última revitalização: foram 75mm no comprimento, por exemplo. O porta-malas, de 300 litros, é suficiente para o dia a dia de jovens solteiros ou com apenas um filho

BMW iX2 chega em 2024 –  Apenas algumas semanas se passaram desde que as primeiras fotos do novo BMW X2 correram o mundo. Agora, o modelo está saindo da linha de produção na fábrica do BMW Group em Regensburg, na Alemanha. A partir de agora, diferentes variantes de motorizações serão fabricadas de forma flexível em Regensburg numa única linha de produção: desde modelos com motores de combustão interna, passando por híbridos plug-in, até veículos totalmente elétricos. Até 1.000 modelos BMW Série 1, BMW X1 e BMW X2 saem diariamente da linha de produção na fábrica do Grupo BMW em Regensburg, destinados ao mercado global. Além do X2, o iX2, sua versão 100% elétrica, também é produzida na planta alemã. Os dois modelos já estão confirmados para desembarcarem no Brasil em 2024 e terão novas informações divulgadas em breve.

Crash-test: Pulse só ganha 2 estrelas – O Latin NCAP divulgou o resultado do teste de segurança do carro Fiat Pulse. E ele só recebeu duas (das 5 possíveis) 2 estrelas que a organização dá. Segundo o Latin NCAP, o Pulse apresentou problemas na proteção para crianças e no teste de colisão lateral por conta do formato do airbag – que ofereceria uma proteção limitada. A Stellantis, dona da Fiat, reagiu contestando o resultado – e com um argumento significativo: o modelo testado está desatualizado em relação ao que está em produção hoje. Já no teste de colisão frontal, o laboratório de segurança avaliou que o resultado foi acima da média, mostrando uma boa proteção para cabeça e pescoço. 

Série especial do Kia Niro: R$ 222.790 – A marca coreana lançou no Brasil uma série limitada (apenas 100 unidades) do Kia Niro: a Rio Open Limited Edition, que custa R$ 222.790 (preço promocional, segundo a empresa). Ele tem mais itens de conforto e design do que a versão topo de linha, a SX Prestige. Por exemplo: bancos dianteiros com ventilação e banco do motorista com memória de posição, ajustes dos retrovisores externos, modo de condução e ar-condicionado. O modelo também traz novo painel digital de instrumentos panorâmico e programável LCD de 10,25”, tapetes exclusivos e emblemas (interno e externo) personalizados Rio Open Limited Edition, com identificação da unidade limitada de 1 a 100 no console central. 

Carro a prazo – E os brasileiros não param de recorrer a empréstimos para comprar veículos: as vendas financiadas somaram em setembro 538 mil unidades, entre novos e usados, de acordo com dados da B3. O número representa um crescimento de 17,8% na comparação com o mesmo período de 2022 e de 0,8% em relação a outubro de 2023.  No segmento de autos leves, a alta foi de 18,2% ante novembro do ano passado. Comparado com outubro, o crescimento foi de 3,3%. “Em novembro tivemos a melhor média por dia útil desde dezembro de 2022, com 26,9 mil veículos financiados”, comenta Gustavo de Oliveira Ferro, gerente de Planejamento e Inteligência de Mercado na B3. No acumulado do ano, as vendas financiadas de veículos somaram 5,3 milhões de unidades. O número representa alta de 9,1% em relação ao mesmo período de 2022, o que equivale a cerca de 451 mil unidades a mais.

Diesel S-10 fica 1,28% mais barato – Dados do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL) identificaram que, após o último reajuste no preço médio do diesel vendido às distribuidoras, válido desde o dia 8 de dezembro, o litro do tipo comum foi comercializado a R$ 6,01 no dia 11 de dezembro e ficou 1,80% mais barato para os motoristas, quando comparado ao dia 7 de dezembro, data anterior à redução. Já o tipo S-10 fechou o dia 11 a R$ 6,18, com redução de 1,28%. O IPTL da Edenred Ticket Log consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, trazendo uma média precisa.

Gasolina consumiu 11% da renda dos nordestinos – Encher o tanque de gasolina no terceiro trimestre de 2023 consumiu, em média, 6,6% da renda das famílias brasileiras. Já na região Nordeste, a média foi de 11%. Os dados são do Indicador de Poder de Compra de Combustíveis, calculado pela Fipe com base em dados da PNAD Contínua (IBGE) e divulgado no Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade. O indicador representa a proporção da renda domiciliar mensal que seria necessária para custear o abastecimento de um tanque de 55 litros com gasolina comum no trimestre de referência. O resultado representa ligeiro aumento em relação à média do trimestre anterior, que marcou 6,5% da renda das famílias brasileiras. Já no primeiro semestre, o número era 5,9%, totalizando um aumento de 0,8% no acumulado do ano.  O estudo evidencia as diferenças regionais relevantes no peso dos combustíveis no bolso dos brasileiros. De acordo com o levantamento, é maior no Nordeste (11%), região representada por Maranhão (12,1%), Alagoas (11,9%) e Bahia (11,4%). Os três lideram o ranking de estados com o percentual da renda domiciliar necessário para arcar com o custo de um tanque de gasolina.

Chega a Shineray Rio 125 EFI – A marca indiana acaba de apresentar a nova Rio 125 EFI, o quarto modelo dela equipado com injeção eletrônica. É mais uma concorrente para o segmento de baixa cilindrada. Ela custa R$ 10.490, sem frete, e tem design mais urbano e moderno, com bons recursos tecnológicos – como luzes diurnas e faróis em LED, painel digital e entrada USB. O motor monocilíndrico refrigerado a ar vem com câmbio de 4 marchas, com velocidade máxima de 79 km/h. 

Capacete possui prazo de validade? – Todo mundo com o mínimo de bom senso, sabe: o uso do capacete é fundamental para motociclistas. Afinal, ele pode evitar em 40% o risco de morte e em até 70% as chances de ferimentos graves na cabeça, em casos de acidentes, segundo estudos da Organização Mundial da Saúde. No entanto, ainda há dúvidas se esse equipamento possui uma data de validade. Antônio José Costa, assessor de assuntos econômicos do Sindipostos Ceará, diz que os capacetes não possuem um prazo de validade, mas é necessário ficar atento a questões que comprometem a vida útil determinada. “Os fabricantes recomendam a substituição do capacete em média de três a cinco anos, mesmo que não tenha sofrido nenhum impacto”, afirma Antônio José. Isso se deve ao fato de que o material do capacete, especialmente a parte interna de espuma, pode sofrer degradação ao longo do tempo, comprometendo sua capacidade de absorver impactos.

Além do tempo de uso, a exposição a condições adversas, como luz solar intensa e temperaturas extremas, também pode acelerar o envelhecimento do capacete. “Recomenda-se armazenar o capacete em local fresco e protegido da luz direta do sol quando não estiver em uso”, aconselha. Em caso de queda ou colisão, é essencial substituir o capacete, independentemente do tempo de uso. “Mesmo que o capacete não apresente danos visíveis, ele pode ter sofrido danos estruturais internos após um impacto, tornando-se menos eficaz em um acidente subsequente”, alerta. 

Pneus e calor: segurança na estrada – Há algumas sacadas essenciais para lidar com as altas temperaturas nas estradas levantadas pela Dunlop Pneus. A empresa reforça, por exemplo, a importância de uma manutenção adequada dos pneus para garantir viagens seguras e tranquilas durante a temporada quente, uma vez que são componentes de extrema importância para o desempenho e performance do veículo. Confira: 

Verifique a pressão regularmente: aumentos de temperatura podem influenciar a pressão dos pneus. Certifique-se de verificar e ajustar a pressão de acordo com as recomendações do fabricante do veículo, para garantir conforto, estabilidade, tranquilidade para transportar pessoas e bagagens e conduzir com uma aderência adequada à estrada. Pneus com baixa pressão de ar aquecem rapidamente e podem se danificar, exigindo sua imediata substituição. O excesso de pressão, por outro lado, torna o pneu muito rígido e num impacto, pode romper-se facilmente. Vale sempre o bom senso e a observância do que define o fabricante do seu carro. É importante que esta verificação da pressão dos pneus seja realizada sempre com os pneus frios, ou seja, o ideal é verificar logo pela manhã no local mais próximo a sua residência que possua equipamento disponível.

Atente-se ao estado de desgaste e danos: altas temperaturas podem afetar a durabilidade dos pneus. O calor acelera o desgaste e torna os pneus mais suscetíveis a danos por impacto e a cortes, tornando a inspeção visual uma prática essencial para identificar qualquer problema potencial. Aproveite as paradas para observar se não há pedras e outros objetos cortantes incrustados nos sulcos, que podem provocar cortes que rompem o pneu. Remova tudo para garantir a durabilidade do produto.

Confira o sistema de arrefecimento do veículo: checar o nível de líquido de arrefecimento é crucial durante os meses mais quentes do ano. Isso porque ele tem a função de resfriar o motor, mantendo-o em uma temperatura entre 90ºC a 100ºC – faixa considerada ideal.

“Durante o verão, é crucial manter os pneus em boas condições para garantir viagens seguras e sem problemas. Recomendamos fortemente a verificação regular da pressão e condição dos pneus, além de manter a manutenção do veículo em dia para enfrentar as altas temperaturas com tranquilidade”, comenta Hugo Terazaki, gerente técnico de engenharia pós-venda.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico

Os brasileiros e o amor por seus carros 

Levantamento realizado pela Bain & Company a partir da ferramenta NPS Prism, principal plataforma de avaliação da experiência dos clientes da consultoria, mostra que as marcas de automóveis mais bem avaliadas no Brasil e México têm NPS, em média, 23 pontos acima dos líderes em EUA, Canadá e China. No Brasil, um em cada dez proprietários de automóveis afirma que sua satisfação e motivação para recomendar suas marcas de veículos são essencialmente de natureza emocional. Esses sentimentos permeiam suas declarações, que incluem menções ao veículo como “objeto dos sonhos”, investimento de uma vida inteira e símbolo de status, além de expressarem uma identificação com marca e fabricante. A confiança depositada nas marcas automotivas também se destaca como um tema mais recorrente entre os promotores de veículos no Brasil e no México na comparação com os demais países do estudo.

Independentemente do país de origem, os proprietários de veículos em todas as regiões pesquisadas convergem na valorização dos atributos de custo-benefício e segurança como os mais relevantes. No entanto, embora os latino-americanos tenham uma conexão mais emocional com seus automóveis, é interessante notar que as características funcionais, como segurança, custo-benefício, estrutura e performance, também superam a valorização observada em outros países.

A indicação da sustentabilidade como um critério a ser considerado na escolha de veículos tem crescido, mas ainda não é um dos pontos principais para os consumidores. Uma tendência que a pesquisa NPS Prism identificou em todos os países avaliados é que os proprietários de veículos de luxo demonstram uma sensibilidade maior em relação às questões de  sustentabilidade quando comparados aos donos de veículos de massa.

No Brasil, porém, a diferença entre a importância atribuída à sustentabilidade por proprietários de veículos de luxo e os de massa é a maior de todos os países e alcança 17 pontos percentuais. “Essa discrepância reforça uma necessidade de conscientização maior dos consumidores, mas reflete também a necessidade de políticas de incentivo que permitam que veículos sustentáveis sejam acessíveis a todos os públicos. Assim, cada vez mais consumidores brasileiros poderão aliar sua paixão por automóveis a uma postura mais amigável com o meio ambiente”, pondera Carlos Libera, sócio da Bain & Company. 

Fiat revela a picape Titano – Em anúncio feito em Milão (Itália) a marca pertencente ao grupo Stellantis revelou imagem da picape Titano e confirmou que agora vai entrar no segmento das picapes médias para enfrentar Nissan Frontier, Toyota Hilux, Chevrolet S10 e outras feras do mercado brasileiro. A chegada será no ano que vem. A Titano se baseia na Peugeot Landtrek, que nunca chegou a aparecer no Brasil, tendo vários detalhes compartilhados. A nota da Fiat diz que ela irá focar em “design, tecnologia e capacidade off-road no Brasil” e anuncia seu lançamento também para a Argélia – onde se destaca a “eficiência de combustível e força”. Lá, ela terá motor 1.9 turbodiesel de 150cv e 35,7 kgfm.

Corolla Cross com motor 2.0 flex – A Toyota anunciou essa semana que, atendendo a pedidos dos consumidores, o SUV Corolla terá uma nova versão, mas não será híbrida: a Corolla Cross XRX 2.0. Agora esta é a sexta configuração disponível para o SUV, que terá todos os equipamentos Cross XRX Hybrid e custa R$ 190.290 e já está disponível para compra nas lojas da marca. Ela leva bancos de couro com ajuste elétrico de altura para o motorista, painel de instrumentos com tela TFT de 7″, central multimídia de 9″, conectividade com Android Auto e Apple CarPlay, volante com regulagem de altura e profundidade, ar-condicionado de duas zonas e teto-solar. Toyota lança nova versão XRX a combustão para o Corolla Cross

Defender P400e: 30 km/l – A Land Rover acaba de anunciar no Brasil algumas novidades para o decano Defender. O modelo Defender P400e, com conjunto híbrido plug-in a gasolina, agora combina o motor 2.0 turbo a gasolina de 300cv com propulsor elétrico de 104 cv, além de uma bateria de 19,2 kWh. O conjunto entrega 404 cv de potência total e promete alcance elétrico de 51 km . Com isso, a autonomia chega a 760 km. O modelo também ficou mais econômico e é capaz de alcançar até 30,3 km/l. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 5,6 segundos e velocidade máxima de 191 km/h. Preço? R$ 760.250.

BYD bate Ford, Ram e Peugeot – A marca chinesa que acaba de assumir a fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia, vendeu 3.622 unidades em novembro, ocupando a 12ª posição no ranking das brasileiro, superando a Ram (3.441 mil), a Peugeot (3.396) e a Ford (2.800). Isso levando-se em conta os elétricos e híbridos, conforme balanço da Fenabrave. O compacto BYD Dolphin, por exemplo, foi o carro elétrico mais vendido em novembro, com 1.694 emplacamentos, conforme dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico.

No total, a marca chinesa licenciou 2.099 elétricos em novembro, o que lhe garantiu a liderança no referido segmento pelo quarto mês consecutivo. 

Elétrico supera diesel na Europa – O portal Motor1 mostrou que as vendas de carros elétricos na Europa continuam em ritmo acelerado. Em outubro, o crescimento foi de 36,3% na comparação anual, atingindo 121.808 unidades. Por outro lado, os carros a diesel tiveram uma queda de 13,2% no mesmo período, sendo ultrapassados pela primeira vez na história pelos veículos elétricos a bateria. De acordo com a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis, no acumulado de janeiro a outubro foram 1,23 milhão de carros elétricos vendidos na Europa, um aumento de 53,1% em comparação com o mesmo período do ano passado. Os modelos a diesel chegaram perto, com 1,22 milhão de unidades. Os elétricos já têm 14,2% de participação de mercado, contra 12% dos modelos a diesel.

Dez meses, 1,3 milhão de motos produzidas – A produção das fabricantes de motocicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) acumulou 1.323.004 unidades até outubro, resultado que representa evolução de 10,4% sobre idêntico período do ano passado (1.198.889). Os dados foram divulgados pela Abraciclo, a associação do setor. Eles indicam que os fabricantes deverão fechar o ano com o crescimento de 10% projetado em janeiro, apesar das dificuldades geradas pela seca de Manaus, que tem dificultado a chegada de peças nas fábricas. “A indústria opera dentro do que foi planejado e a demanda do mercado continua em alta”, afirma o presidente da Abraciclo, Marcos Bento, lembrando que a meta é chegar a 1,56 milhão de motos produzidas em 2023. A produção em outubro chegou a 131.331 motocicletas, retração de 4,4% na comparação com o mesmo mês de 2022 (137.346 unidades) e de 6,4% sobre setembro (140.251 motocicletas). Esse recuo é atribuído pela Abraciclo ao menor número de dias úteis em outubro. Por causa da seca, alguns fabricantes decidiram antecipar as férias de final de ano para este mês de novembro, caso da Yamaha e Kawasaki. 

Nissan: 600 mil veículos em Resende –  A Nissan celebrou este mês a produção de 600 mil veículos no Complexo Industrial de Resende, no Rio. O marco acontece no momento em que a unidade fabril entra em uma nova fase, com o recente anúncio do investimento de R$ 2,8 bilhões para a produção de dois novos SUVs (um deles, o novo Kicks) e um motor turbo. A unidade número 600 mil foi um Nissan Kicks Exclusive CVT. Desde junho de 2017, quando a fábrica da Nissan no Brasil deu início à produção do modelo, cerca de 324 mil unidades do crossover saíram da sua linha de montagem.  Em abril de 2014, produziu também os modelos Nissan March, Nissan Versa e Versa V-Drive. 

NE: recuo nos preços de combustíveis – A região Nordeste registrou, em novembro, queda nos preços médios dos litros do diesel comum, diesel S-10 e do etanol. Foi o que revelou a última análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, trazendo uma média precisa. As reduções foram de 0,64%, 0,63% e 0,23%, respectivamente, e os valores médios de comercialização foram de R$ 6,22, R$ 6,30 e R$ 3,58 para esses combustíveis. Já a gasolina encerrou o mês a R$ 5,89 na região, mantendo-se estável em relação à primeira quinzena de novembro. Destaque para o estado do Rio Grande do Norte, que liderou o ranking nacional com o preço médio mais baixo para o combustível, a R$ 5,62. Ademais, o estado alcançou a maior redução de preço no período, registrando uma queda significativa de 1,06%.

Incentivo ao ciclismo – O governo federal finalmente sancionou a Lei nº 14.729,  que define o uso de bicicletas como meio de transporte e estimula a participação popular no processo de implantação de infraestruturas destinadas à circulação de bicicletas. A ideia é ampliar o uso de novos meios de transporte com o envolvimento da sociedade civil nos processos, no âmbito do Programa Bicicleta Brasil (PBB). E mais: os municípios que tenham intenção de ampliar o seu perímetro urbano devem elaborar projeto específico que contenha planejamento integrado de transporte urbano inclusive por meio de veículos não motorizados. O objetivo é melhorar a mobilidade.

Radares deverão ter painel eletrônico – Está tramitando na Câmara dos Deputados um projeto de lei para mudar a regra sobre medidor de velocidade de veículos para fins de comprovação de infração de trânsito. De autoria do deputado Luiz Fernando Faria (PSD/MG), ele determina que todos os radares tenham painel eletrônico (display) que mostre ao condutor a velocidade registrada. Isso conferiria mais transparência aos atos de fiscalização praticados pelos órgãos de trânsito. Segundo o parlamentar, estando o medidor de velocidade mais visível, é mais provável que o condutor, ainda que desatento, atenha-se ao limite de velocidade estabelecido para a via. “Queremos, em última instância, que o veículo transite abaixo da velocidade máxima. Não compete para o bem comum instalar equipamento para simplesmente aplicar a multa assim como permitir que o veículo continue transitando em velocidade inadequada em razão da desatenção do condutor”, justifica.

Dicas para comprar seu primeiro carro – Em um mercado automotivo cada vez mais diversificado e competitivo, a decisão de comprar um carro pode ser desafiadora. Por isso, é preciso tomar cuidado nesta hora para escolher o veículo ideal e sem cair em ciladas, principalmente se é a sua primeira compra de um automóvel. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022, no Brasil, 36,9 milhões de lares possuem automóvel. E ainda de acordo com uma pesquisa realizada pela OLX, plataforma de compra e venda online de veículos no Brasil, os jovens da Geração Z, com idade de 18 a 28 anos, são cautelosos e não tratam a compra do primeiro carro como prioridade absoluta. Mas, em contrapartida, até julho de 2023 foram registrados 121.398 carros e comerciais leves emplacados no país. Em suma: a procura por um veículo, seja o primeiro ou não, ainda é crescente. Para orientar os consumidores nessa importante tarefa da compra do primeiro veículo, a assessoria de assuntos econômicos do Sindipostos Ceará destaca algumas dicas fundamentais que podem fazer a diferença na escolha do modelo e na hora da compra.

  1. Estabeleça um orçamento realista – Antes de iniciar a busca por um carro, é essencial definir quanto se vai (ou se pode) gastar. Considere não apenas o valor de compra, mas também os custos de manutenção, seguro e combustível. Isso ajuda a evitar surpresas financeiras desagradáveis no futuro.
  2. Pesquise e compare modelos – Com uma variedade impressionante no mercado, dedicar tempo à pesquisa é crucial. Compare características como consumo de combustível, espaço interno, tecnologia embarcada e, é claro, o histórico de confiabilidade da marca.
  3. Novo ou usado? – Avalie suas necessidades. A decisão entre um carro novo e um usado depende das preferências individuais e das necessidades do comprador. Carros novos geralmente oferecem as últimas tecnologias, enquanto modelos usados podem proporcionar uma economia significativa. Avalie cuidadosamente suas prioridades.
  4. Condições de financiamento – Ao considerar essas opções, esteja atento às taxas de juros, prazos e condições gerais. Negociar com diferentes instituições financeiras pode resultar em condições mais favoráveis, proporcionando economia a longo prazo.
  5. Test-drive é fundamental – Nada substitui a experiência prática de um test-drive. Antes de fechar negócio, reserve um tempo para dirigir o carro desejado. Avalie o conforto, a dirigibilidade e verifique se atende às suas expectativas.
  6. Verifique a reputação do vendedor – Seja ao comprar de uma concessionária ou de um vendedor particular, fique de olho. Avaliações online, recomendações de amigos e pesquisas sobre histórico de vendas.
  7. Documentação em ordem – Certifique-se de que toda a documentação relacionada à compra esteja em ordem. Isso inclui o histórico do veículo, comprovantes de manutenção e documentos de transferência de propriedade.

Em resumo, comprar um carro exige planejamento e pesquisa. Mas com alguns cuidados, e seguindo certas dicas, os futuros compradores podem estar melhor preparados para tomar uma decisão informada na busca pelo carro dos sonhos, garantindo uma experiência de compra mais tranquila, satisfatória e que a compra do veículo seja, não apenas um sonho realizado, mas também um investimento consciente.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico

VW Saveiro Trendline: picape inova e fica mais confortável 

As picapinhas de cabines simples, geralmente vendidas a frotistas, locadoras e, principalmente, pequenos empreendedores – de açougues a funerárias -, raramente ofertam itens de comodidades e até de segurança (neste último quesito, costumam ser apenas os dois airbags e os freios ABS obrigatórios por lei). Mas uma versão da nova Saveiro, a de cabine simples, consegue dar algum conforto a quem passa o dia dentro dela levando e trazendo mercadorias nas grandes e médias cidades: a Trendline, testada pela coluna. De série, ela tem ar-condicionado com filtro de poeira e pólen, assistente para partida em subidas, direção hidráulica, chave tipo canivete, freios a disco nas quatro rodas, sensor de estacionamento traseiro e vidros e travas elétricas. Por fora, de diferente das demais, só faixas afixadas laterais.  Mas como o que vale é conforto e comodidade e, se der, alguma beleza, a Volkswagen, em compensação, abriu dois pacotes de opções que tornaram a Trendline uma boa opção para o dia a dia. Por exemplo: um deles oferece retrovisores com ajustes elétricos, brake-light, portas com acabamento de tecido, computador de bordo e alarme. O de interatividade acrescenta central multimídia de 7 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay, alto-falantes e volante multifuncional. 

Isso, claro, vai lhe custar mais R$ 5,3 mil. Além disso, há outro que acrescenta rodas de liga-leve de 15 polegadas, faróis de neblina, capota marítima, ganchos deslizantes na caçamba, câmera de ré e volante com ajustes de altura e profundidade. O preço-base da Trendline é R$ 101.490. Mas essa customização vai elevar o preço dela, claro. Vejamos: pela cor cinza oliver, o cliente que desembolsar R$ 1.650; ao acrescentar os dois pacotes (interatividade ou o que leva câmera de ré, por exemplo), no final fica em R$ 110.575. Vale? Vale. Há estudos mostrando que esses profissionais passam até 12 horas circulando, estressados, só com pequenas interrupções de paradas para descarga. Que tal oferecer mais conforto – como um volante multifuncional com comando de sistema de som – e ganhar mais produtividade e até segurança?

A Saveiro é a segunda picape mais vendida. Em outubro, emplacou 4.214 unidades – bem abaixo do Fiat Strada, com 11.874 e até versões ‘premium’ de até R$ 130 mil, como a Ranch e a Ultra, mas bem melhor que a Chevrolet Montana, na quinta posição, com  2.924.

Isso já é resultado da atualização recente – embora daquelas pontuais, que duram três anos e serve, como a Volks já se manifestou, para dar um ar ainda mais robusto à picapinha labuteira. O capô (que ficou mais alto) e grade frontal ganharam friso cromado. Também teve leves reestilizações nos faróis, no para-choque, no desenho das rodas e até na tampa.

O motor continua 1.6 16V de 116 cv e 16,1kgfm com o câmbio manual de cinco marchas. A Volks já havia dito que não traria mesmo a transmissão manual em função ‘dos elevados custos’ de adaptação a tecnologia – e a assim a Fiat Strada, com opções mais luxuosas, motor turbo e câmbio automático, reina no segmento. Mesmo com esse conjunto, a Saveiro cabine simples testada faz de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos, alcançando 181 km/h de velocidade máxima. O desempenho das versões com cabine dupla, segundo os engenheiros da marca, são um pouco mais lentos. Os dados de consumo seguem a mesma linha, com as CS gastando menos: 11,5km/l, com gasolina, na cidade, e 12,9km/l, na estrada. 

Novo Citroën Aircross: a partir de R$ 110 mil – A francesa Citroën, do grupo Stellantis, apresentou o renovado C3 Aircross, SUV compacto produzido em Porto Real, no interior do Rio de Janeiro – e com mais de 75% de seus componentes sendo fabricados na região. A grande novidade é a configuração para transportar sete pessoas e, assim, concorrer com o Spin, da Chevrolet (mas só no ano que vem). Dos R$ 110 mil para as vendas online, os preços podem ir (somente a de cinco lugares) a R$ 130 mil. 

Outro detalhe importante: todas as versões vêm com o motor 1.0 turboflex de até 130 cv, de 20,4kgfm e acoplado a uma transmissão automática CVT de sete velocidades. Ele já é usado nos Fiat Pulse e Fastback e no Peugeot 208. O modelo tem painel digital customizável de 7 polegadas, multimídia de 10 polegadas, controle de velocidade e saída de ar no teto (extra) com ajustes para os ocupantes dos bancos de trás.

Aliás, como de esperar, esta ganha uma dupla de bancos individuais no porta-malas, com um inédito sistema de remoção dos bancos – que pesam, cada, 8 kg. Com isso, o estepe se muda para baixo do carro. Por isso, seu compartimento de bagagem pode comportar até 493 litros – o maior porta-malas entre todos os rivais diretos. E esse espaço pode crescer ainda mais de acordo com a necessidade: com os bancos da segunda fileira rebatidos são mais de 1.000 litros de volume útil dentro da cabine.

Confira versões e preços (5 lugares)

  • Feel turbo 200 AT: R$ 110 mil
  • Feel Pack turbo 200 AT: R$ 120 mil
  • Shine turbo 200 AT: R$ 130 mil

O modelo inclui as três primeiras revisões grátis, valores reduzidos para a cesta de peças, seguro e ampla gama de acessórios. A Citroën é a 11ª marca do Brasil, com 1,5% de participação, e quer chegar a 4%.

Ford mostra a Ranger Raptor – Ela é desenvolvida pela Performance, divisão esportiva da marca americana, e chega, ainda em pré-venda, para ser a picape mais rápida do mercado brasileiro, fazendo de 0 a 100km/h em 5,8 segundos. Preço? A partir dos R$ 448,6 mil.  O motor é 3.0 V6 biturbo com potência de 397cv e torque de 59,45kgfm.

A Raptor é maior do que as demais versões da recém-renovada Ranger –  tem 10mm a mais no comprimento, por exemplo, com 5.360mm e 193mm na largura, com 2.208mm. Mas o entre-eixos é o mesmo, de 3.270mm.

Outros itens que fazem da nova picape mais chamativa para os fãs do off-road são o chassi redesenhado, a nova suspensão com amortecedores de competição Fox e as rodas e pneus especiais. Sua capacidade de imersão de 850 mm também é a maior da categoria. O modelo foi desenvolvido, aliás, como um projeto de engenharia independente.

Ela é equipada com transmissão automática de dez velocidades com calibração exclusiva, paddle shifter e modo manual, sete modos de condução, quatro modos de escapamento, diferencial dianteiro e traseiro blocante e ganchos de reboque e protetores inferiores. Conta também com painel digital de 12,4”, navegador off-road, iluminação 360°, multimídia SYNC 4 com tela de 12,4” e som da B&O.

Kombi elétrica por assinatura – Em lote limitado de 70 unidades, que comemora as sete décadas da Volkswagen do Brasil, a Kombi elétrica já está disponível no país, mas exclusivamente para assinantes do Sign & Drive, com franquia de rodagem de até 3.100 km por mês, a mais extensa do mercado. Preço? A partir de R$ 12.990. Os contratos têm a duração de 12, 24, 36 ou 48 meses, que incluem os serviços de manutenção, seguro, documentação, logística de entrega, assistência 24 horas, gestão de multas e serviço de rastreador. Além disso, clientes poderão optar por alugar ou comprar um wallbox de 7,4kW em condição exclusiva. Cheia de tecnologia, ela oferece faróis com tecnologia LED Matrix, lanternas traseiras 100% em LED, interior “vegano” feitos com materiais recicláveis, bancos com função massagem, câmera 360°, sistemas de condução e de estacionamento semi-autônomos etc. O ID Buzz, seu nome oficial, chega ao Brasil dez anos depois do fim da produção da saudosa Kombi.

GLC, SUV ou cupê: faça sua encomenda – Se você tiver uma grana extra, acima dos R$ 530 mil, já pode fazer sua reserva nas concessionárias Mercedes-Benz das novas versões do GLC, tanto o SUV quanto o cupê. Eles têm motorização eletrificada e desembarcam no Brasil em breve, ainda este ano. O 300 4Matic SUV custa R$ 531.900, mas o 300 4Matic cupê ainda não tem preço. Os dois modelos são equipados com motor de 258cv, que usa a tecnologia híbrida leve (um gerador de partida integrado e um sistema elétrico de bordo de 48 volts). Tanto o SUV como o cupê têm câmbio automático de 9 velocidades e sistema de tração integral.

Os lançamento globais da BMW – A BMW Motorrad revelou mundialmente a nova geração de suas motocicletas (roadster e cruisers) BMW R 12 nineT e R 12. Com motor boxer, as novidades mantêm o característico design que une linhas tradicionais com tecnologia e um conceito modular. Com dois cilindros, o motor boxer se une a uma transmissão por eixo, como já é marca registrada das motocicletas BMW. O propulsor refrigerado a ar/óleo com capacidade de 1.170 cm3 fornece 109 cv a 7.000 rpm na R 12 nineT e 95 cv a 6.500 rpm na R 12.  Como parte do redesenho completo do chassi, os novos modelos R 12 também apresentam uma nova caixa de ar, agora totalmente integrada sob o assento. Não há informações sobre preço ou chegada ao Brasil.

Dezembro e o exame toxicológico periódico – A data de vencimento da entrega de exames toxicológicos para condutores com a CNH nas categorias C, D e E está a menos de um mês perto do fim. Por isso, os motoristas devem se apressar para evitar a infração gravíssima, com perda de 7 pontos na carteira de motorista e multa no valor de R$1.467,35. “Os exames toxicológicos devem ser feitos nos laboratórios credenciados pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), a partir de amostras de cabelo, pelos ou unhas, para verificação do consumo de substâncias psicoativas. Os resultados levam, no máximo, 72 horas após a chegada da amostra no laboratório e são totalmente confidenciais”, garante o head da Chromatox, Jean Haratsaris. Como alerta, a Senatran enviará notificação eletrônica aos condutores comunicando o vencimento do prazo para a realização do exame com 30 dias de antecedência, além das penalidades decorrentes da sua não realização. Vale destacar que a CNH só será emitida ou renovada após a apresentação de um exame com resultado negativo. O motorista que tiver resultado positivo está impedido de obter ou renovar a sua habilitação até a apresentação de resultado negativo em novo exame. 

“À medida que nos aproximamos do prazo, é importante que os caminhoneiros e outros motoristas das respectivas categorias façam os exames para garantir a conformidade com as normas regulatórias em vigor. O toxicológico detecta o consumo de diversos tipos de substâncias psicoativas como maconha, cocaína, crack, anfetaminas, metanfetaminas, opióides, entre outras substâncias”, completa Jean Haratsaris.

Já a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) informa que todos os motoristas profissionais C, D e E só poderão ser multados a partir de 28 de janeiro de 2024. Isso porque o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê que se configura infração gravíssima “deixar de realizar (…) após 30 dias do vencimento do prazo estabelecido”, que é de 28 de dezembro de 2023. A Senatran ressalta que não existe a possibilidade de qualquer tipo de multa automática. Pela legislação brasileira, a punição só ocorre após transcorrer todo o processo administrativo. É preciso primeiro ser lavrado auto de infração de trânsito, com expedição de notificação de autuação, direto à defesa e notificação de penalidade. 

Preço da gasolina abaixo de R$ 6 – A análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustíveis, revelou que o preço médio do litro da gasolina chega ao final de novembro a R$ 5,83, mesmo valor identificado na primeira quinzena do mês. Em relação a outubro, houve uma redução de 1,69% no custo. O litro mais econômico foi encontrado nos postos de abastecimento do Sul e do Sudeste, marcando R$ 5,73. Essa discrepância torna a gasolina aproximadamente 10% mais acessível no Sudeste e Sul em comparação com o Norte. O Rio Grande do Norte comercializou o combustível a R$ 5,62, liderando o ranking do preço médio mais baixo do país e alcançando a maior redução de preço no período, que foi de 1,06%. Em contrapartida, o estado de Goiás registrou o maior aumento em relação à primeira quinzena, com uma elevação de 0,71%, chegando a R$ 5,69.

Carros por assinatura: oferta dobra em três anos – O setor de locação está festejando o crescimento da modalidade carro por assinatura, a que mais cresce: foram 160 mil veículos em outubro. Para se ter uma ideia, no acumulado de 2020 eram 80 mil deles registrados. A Abla, associação das locadoras, diz que a demanda por carros por assinatura vem num crescimento contínuo desde que surgiu no Brasil no final da década passada. De 2021 para 2022 cresceu 11%, para 90 mil veículos. A alta foi de 18,1% no período seguinte, chegando a 110 mil veículos no ano passado. Em 2023, a expansão é de 31,2%.

Volks e o seu certificado de clássicos – Você tem Gol ou Fusca bem antigo? Então, fique ligado: o Certificado de Veículos Clássicos da empresa, nascido na Alemanha, agora está disponível também no Brasil. O documento reconhece características de produção de modelos clássicos fabricados no país e funciona como uma espécie de ‘certidão de nascimento’. Ele fornece, por exemplo, informações originais de produção coletadas a partir da base de dados da marca no Brasil desde o período inicial da operação nacional, nos anos 1950. A VW Collection emite o documento para modelos nacionais que tenham pelo menos 20 anos. A marca diz que o interesse de colecionadores do mundo inteiro pelos veículos clássicos brasileiros, como Kombi, Fusca, Brasília, SP2 e Gol, foi fator fundamental para oferecer o serviço. Quer mais informações? Vá ao site específico da marca.

Cuidados para lubrificar sua bicicleta – Esse blog fala de carros, mas também de mobilidade. Daí, algumas dicas para quem usa bicicleta – principalmente em relação à manutenção adequada, importante para obter um desempenho suave e prolongar a vida útil de seus componentes. Com ajuda da Motul, multinacional francesa especializada em lubrificantes e fluidos, listamos quatro cuidados fundamentais para alcançar a lubrificação ideal das magrelas:

1- Realize uma verificação recorrente da lubrificação: é essencial monitorar regularmente o estado de lubrificação da bicicleta. Por isso, uma fiscalização constante contribui para a preservação dos componentes e a prevenção de problemas de desempenho;

2- Faça a limpeza antes da lubrificação: tão importante quanto aplicar o lubrificante de corrente é garantir que ela esteja limpa antes da aplicação do produto. A limpeza adequada antes da lubrificação é crucial para assegurar que o lubrificante cumpra a sua função adequadamente. A lubrificação incorreta ou a falta dela pode acelerar o desgaste das peças e causar mau funcionamento;

3- Preste atenção às ferramentas utilizadas na limpeza: a fim de prevenir desgastes desnecessários, é necessário evitar o uso de escovas com cerdas metálicas, que podem danificar o conjunto. Em vez disso, ferramentas de limpeza adequadas que não comprometam a integridade dos componentes são a melhor opção;

4- Escolha o produto adequado para o tipo de uso e as condições climáticas: antes de aplicar o lubrificante, é preciso identificar as condições em que a bicicleta será utilizada e qual produto se encaixa melhor em cada modelo. “A lubrificação da transmissão é imprescindível, já que o conjunto se trata de um sistema primordial para a bicicleta”, afirma Caio da Luz de Freitas, engenheiro de Aplicações da Motul. “Quando a transmissão está corretamente lubrificada, ela reduz a resistência ao pedalar e o desgaste das coroas, do cassete e das polias do câmbio traseiro”, complementa.

Para bicicletas – Há linhas de produtos desenvolvidos para atender às necessidades específicas de bicicletas elétricas ou convencionais. Esses itens estão organizados em quatro categorias distintas:

  • Limpeza: produtos para limpar sujeira do quadro com ou sem água;
  • Desengraxe: para limpeza efetiva dos conjuntos de freio e corrente;
  • Lubrificação: para lubrificar e proteger a corrente e outros mecanismos;
  • Prevenção: para prevenir furos pequenos e médios de pneus sem câmara.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico

Peugeot 208 Style: hatch ganha, enfim, um motor potente 

Numa avaliação feita do Peugeot 208 há três anos, esta coluna lembrava que o compositor Renato Russo pregava que ninguém deveria criar expectativas, e sobre qualquer coisa: elas causam lágrimas. No caso dos fãs do então 208, as ‘lágrimas’ foram de alegria. Nunca um 208 esteve tão bonito, tão tecnológico, tão gostoso de dirigir. Mas também houve lágrimas de tristezas por conta do motor, que destoava do conjunto. O tão diferente modelo vinha com um 1.6 aspirado que gerava 118cv – e com aceleração oficial de 0 a 100 km/h em 12,5 segundos. E com apenas 15,5kgfm de torque. Convenhamos, é pouco para um carro destinado aos que gostam – e entendem – de carros. Principalmente jovens que podem desembolsar até R$ 111.940 (incluindo uma cor metálica como a azul, por exemplo)

Com a correção de estratégia, agora, sim, tem-se um pequeno ‘esportivo’, digamos assim. A beleza continua lá nos seus faróis simulando um dente de tigre, a boa sensação de pilotar num cockpit que parece uma navezinha continua apaixonante, o cuidado no acabamento idem e, enfim, um bom motor. Bem, o turbo 1.0 o deixou como o carro mais potente ao fazer até 130 cavalos, superando até mesmo outros turbinados do mercado, como Chevrolet Onix (116 cv) e Volkswagen Polo (116 cv). Aliás, é a versão ‘esportiva’ da família, que ficaria no mercado até o começo de 2024 – embora já há quem diga que não sairá. Enfim, resolvida as pendengas do marketing, comercial, financeiro etc, o carro tem vendido bem – apesar ainda do receio de alguns consumidores com as marcas franceses e do preço por volta dos R$ 110 mil  desta versão  – superando em outubro Citroën C3 e Toyota Yaris – e perdendo para os populares (abaixo de patamar) Volkswagen Polo e Chevrolet Onix. 

O Peugeot 208 anda bem. É leve, com uma relação peso/potência de apenas 8,9 kg/cv, e bem ágil. Em vias planas, e circulando em horários fora do rush, o 208 é extremamente prazeroso na condução. Uma acelerada mais ousada, para uma ultrapassagem ou retomada, faz lembrar (novamente) do motor sadio e valente. Em suma, o 1.0 turbo deu ao 208 mais disposição em rotações mais baixas, essencialmente nas vias urbanas, onde o jovem vai usá-la na maior parte do seu tempo. Internamente, é bem isolado acusticamente, tornando a vida no trânsito bem agradável.

O cluster em três dimensões se une ao volante pequenino e de base achatada para garantir um prazer bem diferente, que deixa o motorista como aquele menino que se senta pela primeira vez na posição do motorista, como ressaltei na reportagem anterior. Some-se a isso o painel de instrumentos elevado e a série de teclas vintage que dão acesso às principais funções do carro. Por isso, vale reforçar: não há dúvidas que o 208 é o hatch mais bonito do país. Faz o pedestre virar a cabeça. Os faróis são em LED, com uma luz diurna (DRL) belíssima. E há detalhes visuais interessantes, como a soleira de alumínio escovado, friso lateral. Antes que me esqueça: os bancos dianteiros são realmente envolventes.

O acabamento poderia ser melhor? Na versão Style, teto e colunas são em preto, imitação em fibra de carbono e os bancos em couro e alcantara com costuras azuis – também nas portas. Com a posição baixa do volante, há uma ‘atração’ para se pôr o banco na linha da coluna A – embora muitas vezes, dependendo da altura do condutor, não seja recomendado por razões de segurança. O teto de vidro panorâmico (que não se abre) é um outro bom equipamento. Passa a impressão de carro mais luxuoso – ou mesmo esportivo. A tela multimídia é tátil de 10,3 de polegadas, compatível com Android e Apple. A conexão é sem fio. Há duas portas USB na dianteira e uma tomada de 12 volts. Assim, quem vai no banco traseiro se aperta (se for, vale lembrar: o 208 é um carro de ‘solteiros’ jovens). Como é um carro urbano, certamente o comprador não leva em conta o tamanho do porta-malas: são 285 litros de capacidade. Como falha, digamos assim, os comandos recuados dos vidros na porta do motorista  E a leitura do conta-giros é invertida, no sentido anti-horário – e isso deixa a leitura confusa. 

SW4 ganha nova versão, a SRX Platinum – O SUV, líder no segmento, passa a ter detalhes de exterior refinados, antes presentes apenas na topo de linha Diamond. Ela, seja a de 5 ou de 7 lugares, substitui a SRX e traz novos para-choques, grade e rodas redesenhadas . O modelo é produzido na planta industrial da Toyota em Zárate, na Argentina, desde 2005, e apresenta essas novidades para atender pedidos dos clientes Toyota. As primeiras unidades começam a chegar às concessionárias Toyota a partir do final deste mês. A novidade está disponível tanto para compra quanto para aluguel, por meio da Kinto e seus serviços de aluguel e compartilhamento por horas, dias, semanas ou até um mês, e pelo One Fleet, focado em gestão de frotas corporativas. O SW4 SRX Platinum traz tela sensível ao toque de 9″ com conectividade Android Auto e Apple CarPlay combinado com sistema de áudio JBL premium com alto-falantes, dois tweeters e um subwoofer; ar-condicionado digital dual-zone; sistema de visão 360°, alerta de ponto cego e alerta de tráfego cruzado traseiro etc. O motor é diesel 2.8L 16V, capaz de gerar 204 cv de potência e torque de 50,9 kgfm, acoplado a uma transmissão automática sequencial de seis velocidades com paddle shift e tração 4×4. O preço de venda sugerido é de R$ 379.990 para a versão de 5 lugares e de R$ 386.290 para a de 7 lugares. 

Carro próprio: status ou despesa? – Ser dono de um carro vale a pena? Um veículo demanda gastos consideráveis, como documentação, emplacamento, depreciação, manutenção, seguros etc. A realidade é que o brasileiro desembolsa aproximadamente R$ 2 mil por mês para manter o carro próprio, considerando um veículo popular. A estimativa é da doutora em Ciências Contábeis e professora da Escola de Negócios da Universidade Positivo (UP) Carline Rakowski Savariz, que analisou os custos mensais do modelo Renault Kwid, considerado um dos mais acessíveis no mercado, atualmente. “Os valores utilizados estão considerando o cenário nacional e as informações coletadas referem-se aos carros modelo 2022. No entanto, a comparação com a desvalorização do carro foi feita com base nos carros do ano de 2023”, explica ela. O gasto semanal com gasolina (em litros) foi calculado a partir do uso médio por uma família em uma semana, utilizando o valor médio nacional fornecido pela Petrobras como referência. Por fim, a desvalorização anual foi calculada comparando os valores fornecidos pela tabela FIPE nos anos de 2022 e 2023. “Considerando, ainda, revisão anual, IPVA, financiamento, seguro e lavagem, o valor médio de custo mensal foi de R$ 2.266,50”, reforça ela. 

Corroborando ainda mais o entendimento de que adquirir um carro é custoso, um estudo inédito sobre a relação do brasileiro com o automóvel, realizado pela Serasa em parceria com o instituto Opinion Box, em dezembro de 2022, revelou que os custos que envolvem a aquisição e manutenção de um carro estão entre os três maiores gastos anuais em 63% dos lares brasileiros. E 40% dos brasileiros consideram complexo realizar contas sobre os custos para manter o automóvel. Além disso, 1 em cada 10 proprietários considera se desfazer do veículo nos próximos 12 meses para amenizar os impactos no orçamento.

Mas os cálculos não bastam: o carro é, hoje, um bem de necessidade e uso para muitos brasileiros. Uma pesquisa promovida pelo Data OLX Autos destaca que o carro é o meio de transporte mais utilizado pelos brasileiros, enquanto aplicativos de transporte são usados esporadicamente. Para suprir a demanda, está em voga um novo modelo de locação mais prático, menos burocrático e que dispensa as despesas de manutenção e compra do carro.

Os veículos por assinatura são uma modalidade em expansão no Brasil. De acordo com dados recentes da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), o mercado de carros por assinatura cresceu 16,4% em 2022. Em comparação com o ano anterior, que contava com cerca de 91 mil veículos assinados, o número subiu para 106 mil automóveis. 

“Como uma espécie de streaming, você assina o modelo por tempo determinado, sem se preocupar com revisões, seguro, documentação, tributos, manutenção, financiamento e possíveis desafios na hora de revender o automóvel”, explica a gerente comercial do V1 Assinatura, Caroline Milanez. Essa modalidade de serviço oferece conveniência e flexibilidade para aqueles que buscam por um zero-quilômetro, sem ter que lidar com os custos e preocupações associados à compra convencional. 

Mais sangue, menos pontos –  Um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados quer eliminar pontos da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de condutores que doam sangue. A iniciativa de Gilson Daniel (Podemos-ES) tem como objetivo incentivar a doação de sangue e, ao mesmo tempo, garantir que os bancos de sangue do país estejam sempre bem abastecidos. Será que funciona? O PL muda o Código de Trânsito Brasileiro e estabelece que os doadores de sangue terão o direito de eliminar 10 pontos computados em sua CNH, dentro do prazo de um ano, desde que não tenham cometido infrações gravíssimas. Segundo o texto da proposta, os estoques de sangue nos bancos de sangue em todo o país estão em níveis baixos, o que representa uma ameaça para a saúde da população, uma vez que qualquer pessoa, independentemente de qualquer distinção, pode necessitar de uma transfusão de sangue.

Como evitar golpes em serviços automotivos – Além de se preocupar com a manutenção do veículo, é crucial estar atento para evitar golpes e armadilhas – que podem custar caro e até comprometer a segurança do automóvel. A crescente complexidade dos modelos mais modernos torna ainda mais importante estar informado e tomar medidas preventivas. Também é de extrema relevância conhecer a empresa ou o profissional que está prestando o serviço para não ter surpresas desagradáveis ao retirar o veículo. 
No cenário da manutenção automotiva, as promoções podem ser uma maneira de atrair o cliente, que se baseia em sua emoção, que procura economia em produtos e serviços. É essencial prestar muita atenção nessas ofertas para evitar possíveis golpes ou enganos. Para não ser enganado durante serviços de manutenção veicular, é importante estar atento a essas 10 dicas:

  1. Pesquise antes de escolher uma oficina ou um profissional – Procure recomendações de amigos ou familiares, e o mundo on-line está aberto para pesquisas sobre o ‘histórico’ das empresas e profissionais. Certifique-se de que a oficina ou centro automotivo tenha uma boa reputação e seja de confiança.
     
  2. Atente-se às letras pequenas – Antes de se empolgar com uma promoção, leia cuidadosamente os termos e condições. Esteja ciente de quaisquer restrições ou condições que possam limitar a aplicabilidade da promoção.
     
  3. Cuidado com “pacotes” excessivos – Algumas promoções podem incluir serviços ou produtos adicionais que muitas vezes você pode não precisar. Avalie se esses ‘extras’ são realmente benéficos para você antes de concordar com a oferta.
     
  4. Desconfie de preços muito baixos – Valores baixos demais podem ser indicativos de serviços de baixa qualidade ou a utilização de peças não originais. Compare os preços em outros lugares para ter uma ideia justa do custo.
     
  5. Não tome decisões sob pressão – Evite oficinas que pressionam você a tomar decisões rápidas. Tire um tempo para considerar suas opções e buscar segundas opiniões, se necessário.
     
  6. Peça um orçamento detalhado – Antes de concordar com qualquer serviço, solicite um orçamento detalhado por escrito. Certifique-se de que inclua todas as peças, mão de obra e quaisquer taxas adicionais.
     
  7. Conheça seus direitos – Esteja ciente dos seus direitos como consumidor em relação a garantias e serviços prestados. Familiarize-se com as políticas de devolução e reembolso da oficina.
     
  8. Evite trocas desnecessárias – Antes de concordar com a substituição de peças, confira as antigas. Desconfie de estabelecimentos e profissionais que insistem na troca de componentes sem uma explicação clara.
     
  9. Acompanhe a execução dos serviços – Estabelecimentos e profissionais que permitem o acompanhamento da execução dos serviços certamente inspiram mais confiança, pois é possível ver o que está sendo feito no veículo.
     
  10. Mantenha registros dos serviços já realizados – Mantenha um registro detalhado de todos os serviços realizados no veículo. Isso pode ser útil para futuras referências e garantias.

Segundo o Gerente Comercial da DPaschoal, Leandro Vanni, cresce a quantidade de denúncias de empresas e profissionais que acabam lesando os clientes que procuram por um serviço de manutenção automotiva. “Por isso é de extrema importância, antes de escolher onde levar o veículo, ‘fazer a lição de casa’. É preciso pedir recomendações e verificar avaliações online para garantir que a oficina tenha uma reputação sólida”, afirma Vanni.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico