De bigu com a modernidade

Eletrificação será liderada por aplicativos

As empresas de transporte por aplicativo e os seus motoristas parceiros devem ser um dos principais líderes para a adoção de carros elétricos, segundo estudo inédito da McKinsey sobre o futuro da mobilidade sustentável no Brasil. Os dados mostram que, até 2040, pelo menos 85% da frota de veículos por aplicativo deve ser elétrica, número quatro vezes superior ao estimado para os carros de uso pessoal (21%). Os dados corroboram a visão da 99, empresa de tecnologia voltada à mobilidade urbana e conveniência, ao liderar a Aliança pela Mobilidade Sustentável, que reúne 11 empresas com o objetivo de impulsionar a infraestrutura para veículos sustentáveis no Brasil.

A expectativa é de que em 2040 as receitas com veículos elétricos atinjam US$ 65 bilhões. São esperados 11 milhões de automóveis eletrificados em circulação no Brasil – representando 20% de toda a frota. Segundo a pesquisa da McKinsey, os veículos elétricos têm sintonia com o modelo de negócio do transporte por aplicativo por duas razões: a alta rodagem e previsibilidade das áreas de deslocamento; e a utilização do veículo majoritariamente nos centros urbanos, permitindo a otimização do uso em relação aos pontos de recarga.

Fomentar a expansão das estações de carregamento está entre as metas da Aliança pela Mobilidade Sustentável, que quer ajudar a criar 10 mil pontos públicos de carregamento em todo o Brasil até 2025. A McKinsey prevê que o país tenha 12 mil pontos de recarga nos próximos três anos. “Os dados do estudo mostram que estamos no caminho certo. Sabemos que o futuro da mobilidade elétrica depende de uma união de esforços de diferentes players do mercado e é esse trabalho que estamos realizando com a Aliança”, comenta Thiago Hipólito, diretor de Inovação da 99 e Líder do DriverLAB, um centro especialmente focado em novas soluções para condutores.

A pesquisa da McKinsey revela ainda que, para quem faz uso intenso do carro, como é o caso dos motoristas de aplicativo, o Custo Total de Propriedade (TCO) do veículo elétrico deve se tornar equivalente ao do automóvel à combustão muito antes daqueles que utilizam o carro para fins pessoais.

Considerando os veículos de entrada, por exemplo, com valores abaixo de R$ 200 mil, essa equivalência deve ocorrer já em 2023 para quem roda mais de 150 quilômetros por dia. Para aqueles que dirigem cerca de 30 quilômetros por dia, a equiparidade deve ser atingida somente em 2030.

“Hoje a economia que o motorista de aplicativo tem com o uso do carro elétrico chega a 80% em relação ao modelo por combustão, quando analisamos os custos com combustível e manutenção”, avalia Thiago Hipolito. “Mas sabemos, no entanto, que esse automóvel ainda tem um valor de aquisição muito alto para o motorista”. Por isso, foi fundada a Aliança. Junto com montadoras, empresas de locação e instituições financeiras, ela vai pensar soluções para tornar o acesso aos veículos elétricos mais fácil, além de promover a infraestrutura necessária para que nossos parceiros rodem em suas viagens.

Entre as ações da Aliança em prol da democratização do veículo elétrico está a parceria entre a 99 e a Movida para disponibilizar 50 carros elétricos para serem alugados por motoristas parceiros da plataforma em São Paulo. Com a opção de locação facilitada mais a redução com o custo de combustível, a economia do condutor pode chegar a mais de 25% ao mês se comparado com um modelo tradicional. Além disso, a iniciativa visa reduzir a emissão de CO2 gerada diariamente pelo trânsito paulistano, promovendo melhoria na qualidade do ar e na saúde.

Ram Yellowstone Edition – A marca Ram, do grupo Stellantis, acaba de lançar uma edição especial da picape grande 3500. Chamada de Yellowstone Edition, e limitada a apenas 100 unidades, ela homenageia a série de televisão homônima e traz apenas uma combinação de cores, com acabamento diferenciado – como pintura em dois tons (na cor preta e com marrom nos para-choques, para-lamas e na parte inferior da carroceria). Há, também, a logo da série na porta da caçamba e portas dianteiras – e um adesivo do “Y” amarelo alusivo ao Yellowstone Dutton Ranch, de John Dutton, interpretado por Kevin Costner. Ela é resultado de uma parceria entre a Ram e a Paramount+ apenas para o Brasil e custa R$ 555 mil. A base é a Limited Longhorn. Vale lembrar: o conjunto mecânico tem motor 6.7 turbodiesel com 377cv e torque de 117,3kgfm e câmbio automático de seis marchas.

Jetta GLI e Taos: mais segurança – E mais um carro brasileiro ganha assistências semiautônomas. Desta vez, o Jetta GLI da linha 2023. O sedã, que tem motor 2.0 TSI de 231cv de potência e 35,7 kgfm de torque, ganhou o pacote, agora com nove itens de série. Além do controle de cruzeiro adaptativo e frenagem autônoma de emergência, passa a ter assistente de mudança de faixa, de condução ativo (mantém o carro na faixa de rodagem), assistente traseiro de saída (detecta outros veículos cruzando a traseira e emite alertas), detector de ponto cego e detector de pedestres + frenagem autônoma. Preço: R$ 221.380. A linha 2023 do SUV médio Taos também ganhou alguns equipamentos: o ar-condicionado agora é digital (em todas as versões) e, na topo de linha, duas assistências extras à condução. Preços? De R$ 180 mil a R$ 209 mil (Highline). Na versão Comfortline, o pacote de segurança – com controle de cruzeiro adaptativo, detector de pedestres e frenagem autônoma de emergência – é opcional e custa R$ 5.650.

Série ‘especial’ do HB20 – A Hyundai anunciou uma versão diferenciada, digamos assim, do HB20 tanto do sedã quanto do hatch (acima da Limited para a opção com câmbio manual e da Comfort com câmbio automático). Ela vem em quatro configurações (com motor 1.0 aspirado e câmbio manual ou 1.0 turbo automático de 6 marchas) e não há muito de relevante em relação às demais, ao não ser faróis em LED, painel de instrumentos digital e interativo e chave presencial. Ou partida remota do motor pela chave e abertura do porta-malas por aproximação nas mais caras. Os preços variam de R$ 87 mil a R$ 112 mil.

Vem aí o novo furgão Ducato – A Fiat confirmou que o novo Ducato chega ao Brasil no primeiro semestre do ano que vem. O utilitário da marca pertencente ao grupo Stellantis terá mudanças no design e novas versões. A Fiat é líder há mais de dez anos nesse segmento. O modelo atual custa a partir dos R$ 188 mil e usa motor 2.3 turbodiesel de 130cv e 32,6 kgfm de torque.

Dia do mecânico: quer bombas nas redes? – O próximo dia 20 é dedicado àquele ou àquela que sempre resolve as broncas do nosso carro (ou moto, lancha, bicicleta…). Bem, o mecânico entende de tudo isso, mas será que domina a arte de vender, de se mostrar – algo tão necessário para sua vida profissional no mundo digital? A Nakata, fabricante de autopeças de reposição, acaba de lançar o e-book Oficina legal está na rede social – que mostra diversas formas de o profissional interagir com consumidores nas redes sociais. O livreto dá dicas para atrair e fidelizar clientes para o negócio, por exemplo. Oferece ferramentas para incrementar os resultados financeiros da oficina – apresentando o antes e o depois do conserto, usando textos, imagens e vídeos, numa oportunidade para se sobressair perante seus concorrentes. São 37 páginas de dicas para ganhar visibilidade com as postagens e, claro, a confiança dos consumidores. Mande um zap para o 61.9.9217-0533 e enviaremos um exemplar.

Gasolina: alta no Piauí e em Pernambuco – O preço do litro da gasolina nos postos no Brasil apresentou, na primeira quinzena de dezembro, redução de 0,81% em comparação com novembro – com valor médio de R$ 5,207. Enquanto o Distrito Federal fechou o período em R$ 4,969, com o litro da gasolina 4,62% abaixo da média nacional. Os dados são do tradicional levantamento feito pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas, com base em transações realizadas entre os dias 1º e 14 de dezembro em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados em todos os estados do Brasil.

A leve redução na quinzena vem após o primeiro aumento mensal, registrado em novembro, após quatro meses de quedas. Entre junho e setembro a Petrobras reduziu quatro vezes seguidas o valor da gasolina para as distribuidoras. Além disso, o ciclo de queda dos preços dos combustíveis foi alimentado pela limitação do ICMS sobre esses produtos nos estados, instituída pela Lei Complementar 194/22, de 24 de junho.

Os dados da primeira quinzena de dezembro mostram que os estados brasileiros que registraram alta da gasolina foram Piauí (5,76%), Pernambuco (1,56%) e Maranhão (0,68%). Por outro lado, os estados que registraram maior queda foram Bahia (-3,81%) e Sergipe (-2,38%), além do Distrito Federal (-4,70%)

Financiamento de carros e motos – As vendas financiadas de veículos em novembro somaram 457 mil unidades, entre novos e usados, de acordo com dados da B3. O número, que inclui autos leves, motos e pesados em todo o país, representa um aumento de 2,5% na comparação com novembro de 2021. Foi o maior patamar do ano em termos de média de financiamentos por dia útil pelo segundo mês consecutivo. Em novembro deste ano, foram financiados 22,9 mil veículos por dia. O segmento de motos foi o único que registrou alta, oscilando 0,1% no número de financiamentos em relação a outubro, com 103 mil unidades, e crescendo 11,4% na comparação com novembro de 2021.

Motos: 5 dicas para conservar a sua – Além das revisões periódicas, certos cuidados diários são necessários para aumentar a vida útil dos componentes e preservar o bom desempenho de uma moto, garantindo segurança, desempenho e boa aparência para o veículo de duas rodas. Por isso, a Motul, multinacional especializada em lubrificantes e fluidos de alta tecnologia, elenca cinco cuidados para manter a motocicleta sempre nova, com aspecto conservado e segura para pilotagem. Confira, abaixo, as recomendações da empresa:

Cheque os pneus – É importante ficar atento à existência de rachaduras, pregos ou qualquer material pontiagudo que esteja alojado nos pneus. Caso a moto não seja utilizada com frequência, vale conferir se os pneus não estão ressecados antes de dar a partida. Além desses pontos de atenção, o estado de degradação também merece cautela, pois pneus carecas podem prejudicar a segurança do motociclista, principalmente em pistas molhadas. “Uma calibragem maior do que a indicada pelo fabricante faz com que o pneu se desgaste mais no centro. Em contrapartida, uma calibragem mais baixa leva o pneu a se desgastar nas bordas. Os pneus possuem marcações de desgaste (TWI) e, se os sulcos já estiverem muito baixos, precisam ser trocados imediatamente porque são eles que garantem a aderência em piso molhado. Lembrando que a calibragem deve ser feita com os pneus sempre frios”, afirma Rafael Recio, gerente de Produto e Suporte Técnico da Motul Brasil.

➠ Tenha cuidado com os cabos – Eles pedem um cuidado redobrado porque estão envolvidos em sistemas importantes da moto. A indicação é que eles sejam lubrificados a cada 10 mil quilômetros – ou como indicado no manual do proprietário. “Para os cabos a Motul recomenda o uso do EZ Lube, que lubrifica o componente e ajuda a protegê-lo da corrosão”, explica Recio. O especialista lembra que é importante observar se existe algum dano aos cabos, principalmente em motocicletas que enfrentam condições adversas, como trilhas.

Fique atento à corrente – Ela faz parte do sistema de transmissão da moto que transfere a força do motor para as rodas. Para ter um funcionamento adequado é preciso que todos os itens envolvidos – como a regulagem e a tensão – estejam em harmonia. Outro ponto é em relação à limpeza e lubrificação do item: o contato com a sujeira proveniente do pavimento, seja ele asfalto ou terra, pode ressecar e danificar o conjunto, o que torna indispensável a boa limpeza e lubrificação semanalmente. O Motul C1 Chain Clean é ideal para limpeza de todos os tipos de corrente (com ou sem retentor).

➠ Limpe a moto – A atenção com a estética é essencial para manter a moto com o visual de nova. Para garantir isso é pertinente evitar lavadoras de alta pressão, pois a força da água pode arranhar a motocicleta e danificar algumas peças. O melhor método para cuidar dos componentes da moto é utilizar panos, baldes e produtos específicos.

➠ Faça inspeção – O costume de inspecionar a moto em busca de irregularidades é a melhor forma de mantê-la sempre em suas melhores condições. Muitos cenários podem ser prevenidos em casa, mas, se não cuidados, podem acarretar em problemas maiores e mais custosos. Vale sempre conferir com frequência o nível do óleo do motor e respeitar o intervalo de troca. O uso da moto em condições severas – como praticado por pessoas que realizam entregas – aumenta a necessidade de manutenção periódica e revisão do veículo, que são fundamentais para a segurança dos motoristas e também dos componentes. “O aconselhado é que a revisão da moto seja feita de acordo com o plano de manutenção determinado pelo fabricante, cuja frequência de serviços necessários pode variar de acordo com o modelo e tipo de uso”, aponta Recio.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Picapes: saiba o que vem por aí em 2023

Nunca se vendeu tantas picapes no Brasil, embora elas estejam presentes no dia a dia há décadas, sempre com vocação rural ou para transporte urbano de cargas. Agora, elas viraram bichos urbanos. Há 10 anos, vendia-se 10 ou 11 a cada 100 carros. Agora, são 17. O carro mais vendido do país é uma picape (a Fiat Strada).

E o que 2023 promete? O grupo Stellantis anunciou que a Fiat – que tem uma história de 20 anos nesse setor específico de picapes – vai lançar um modelo médio no segundo semestre. Ele vai se juntar à Strada e à Fiat Toro, que estreou o chamado conceito de Sport Utility Pick-up (SUP.

Vai concorrer no segmento de D-picapes (média) com Toyota Hilux, Chevrolet S-10, Nissan Frontier etc. Ela está em fase final de desenvolvimento nos centros técnicos de Engenharia da Stellantis no Polo Automotivo em Betim (MG). Com a nova picape, a Fiat cobre quase todo o segmento de caçambas (em que a marca já vendeu mais de 2,1 milhões de unidades).

As picapes médias representam quase 40% de todo o segmento. A picape era, originalmente, uma Peugeot – também do grupo Stellantis. Foi revelada no México há dois anos como Landtrek (com motor 1.9 turbodiesel de 150 cv e 35,6 kgfm de torque ou 2.4 turbo a gasolina de 210 cv e 32,6 kgfm.

A marca norte-americana confirmou até os preços da nova Montana (divulgados por esta coluna no domingo passado). A pré-venda já está aberta e as primeiras unidades serão entregues em fevereiro. A versão LTZ sai por R$ 134.490; a Premier, por R$ 140.490. O motor é um 1.2 turbo de três cilindros, de 133 cv e 21,4 kgfm de torque.

Para combater a Ram 1500, do segmento das grandes picapes e também do grupo Stellantis, vêm por aí a Ford F-150 – que nem chegou e já está sendo reestilizada lá fora – e a Chevrolet Silverado, que virá dos Estados Unidos, onde é líder de vendas da marca.  A Silverado está prevista para outubro do ano que vem, com o bruto motor V8, mas a gasolina.

Ainda sobre a Chevrolet, outra novidade: a S10 (que já tem a oferta de cinco configurações no Brasil) vai ganhar mais uma versão. Com isso, a Chevrolet terá representantes com volumes nas três mais importantes categorias de picapes.

Spin menos poluente – O monovolume Spin, da Chevrolet, ganhou atualizações no conjunto mecânico para se adequar às novas leis ambientais. O modelo – que há 10 anos domina esse segmento de sete lugares – já havia adotado medidas para as versões automáticas e agora normaliza para as que têm câmbio manual de 6 marchas.

Tudo passa pelo motor – um 1.8 flex com até 111 cv e 17,7 kgfm -, transmissão e distribuição de combustível. A GM garante que significa uma redução média da emissão média de gases em até 43%. Agora, a linha tem oito configurações – sendo que duas delas foram lançadas recentemente: a LT automática com sete assentos, para atender principalmente quem trabalha com o transporte de passageiros, e o retorno da versão intermediária LTZ em configuração de cinco lugares. Os preços começam em R$ 100,5 mil e vão até R$ 131.490 (versão Activ com 7 lugares).

208 e 2008 ganham série especial – A marca francesa Peugeot, pertencente ao gigante Stellantis, começou a vender uma série especial chamada Roadtrip do hatch 208 e do SUV compacto 2008. O primeiro, baseado na configuração Active (com motor 1.6 e câmbio automático 6 marchas) custa R$ 100 mil. Ele terá painel de instrumentos digital (i-Cockpit 3D), teto panorâmico, carregador de smartphones por indução, câmera de ré e revestimento interno mesclando couro, tecido e Alcantara. Já o 2008 Roadtrip, que tem como base a versão Style (motor 1.6 com câmbio automático), é vendido por R$ 107 mil.

SUVs: Jeep líder em 2022 – Os últimos dados de novembro sobre a produção, venda e emplacamentos de veículos mostram que a Jeep, com sede em Goiana (PE), manteve a liderança entre os SUVs com 20,7% de participação de mercado. Foram 13.311 unidades vendidas. A marca foi líder do segmento mais importante do mercado em todos os meses de 2022, algo inédito. No acumulado do ano, a Jeep já conta com 123.773 unidades comercializadas e 20% de participação entre os SUVs no país.

Quebra-molas e buracos: fonte de energia? – A BMW está prestes a desenvolver uma tecnologia fenomenal: para aumentar a autonomia dos carros elétricos, ela quer recarregar as baterias usando um sistema de superalternador gerada pelos movimentos da suspensão. Quer dizer: quanto mais buracos e quebra-molas, mais energia. A BMW poderia usar Pernambuco como laboratório. A BR-232 deve ser a maior rodovia com pista dupla em linha reta da América Latina com mais quebra-molas.

Uma estrada de acesso a Triunfo (via Flores), no interior do estado, tem tantas crateras que carregaria qualquer BMW em 20 minutos. Reclamações à parte, o troço funciona assim: hoje, as montadoras usam freios regenerativos, que produzem energia toda vez que são acionados. Agora, o portal CarBuzz encontrou registros de patente de um novo sistema de suspensão que usa o movimento vertical das rodas ao passar por buracos ou quebra-molas.

CNH falsificada: multa vai quintuplicar- A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que aumenta as multas para quem falsificar ou adulterar carteira de habilitação (CNH) ou documento de veículo (CRLV). A iniciativa vale também para quem informar endereço falso para registro, licenciamento ou habilitação. O Projeto de Lei 1664/19, do deputado Lincoln Portela (PL-MG), altera o Código de Trânsito Brasileiro e estabelece que as multas – de natureza gravíssima e no valor de R$ 293,47 – sejam multiplicadas por cinco (R$ 1.467,35) no caso de falsificação de documento e por três (R$ 880,41) em razão de falsa declaração de domicílio. Segundo a Agência Câmara, o relator na comissão, o deputado Bosco Costa (PL-SE), disse fazer sentido aumentar as punições administrativas, já que as condutas descritas podem ser enquadradas como crimes. “A multa atual tem baixo poder de desestimular a prática das infrações. Além disso, são condutas que afetam o bem-estar de toda a sociedade em questões relacionadas à segurança do trânsito, proteção de bens patrimoniais e arrecadação tributária”, disse Costa.

Vai ter DPVAT? –  Lembra do DPVAT, aquele seguro obrigatório para os donos de veículos que foi cobrado até 2020? Pois bem: como era um poço de escândalos, ele foi suspenso em 2021 e em 2022. E no ano que vem, será cobrado novamente? Logo agora, com mudança de governo? Ninguém sabe. A Superintendência de Seguros Privados (Susep) informou oficialmente ao Portal de Trânsito que, até o momento, não há decisão. Mas ressaltou que a tendência é a de que não haja cobrança. O DPVAT foi criado em 1974 para amparar as vítimas de acidentes de trânsito, independentemente do responsável. Ele oferece coberturas para três naturezas de sinistros: por morte, invalidez permanente assim como reembolso de despesas médicas. O dinheiro arrecadado é partilhado entre (45%) Ministério da Saúde, como forma de custear o atendimento médico-hospitalar dessas vítimas, educação (5%) para prevenção e restante (50%) para o pagamento das indenizações.

Mais uma BMW brasileira – A fábrica do BMW Motorrad em Manaus já começou a produzir a F 900 R, motocicleta roadster que estreia no portfólio da fábrica em duas versões: Sport e Sport+. O modelo faz parte das estratégias dos investimentos de R$ 50 milhões na fábrica manauara anunciados em outubro e é o primeiro dos sete lançamentos previstos até 2025. Desenvolvida do zero, a nova BMW F 900 R, cuja chegada à rede de concessionários deve ocorrer em janeiro, conta com um motor de dois cilindros de 895cm3 de cilindrada, que rende 85cv de potência e torque de 8,8kgmf. Outros destaques são os itens de série, como ajustes de pré-carga, de retorno do amortecedor traseiro, de manetes de freio e de embreagem, bem como freios BMW ABS.

A motocicleta tem design esportivo, usa um nova granulação para diversos componentes de acabamento (resistentes ao desgaste e o assento padrão vem dois materiais, costura decorativa e bordado com um “F 900”. As duas versões dispõem de computador de bordo, conector USB, tecnologia LED no farol dianteiro, nos indicadores de direção e na lanterna traseira e um painel TFT colorido de 6,5 polegadas personalizável (o piloto seleciona as informações mais importantes para exibição), além de dois modos de pilotagem: rain (chuva) e road (estrada). É possível a conexão com o smartphone do cliente via Bluetooth, para navegação, com utilização do app BMW Motorrad Connected. O usuário também pode fazer ligações e reproduzir música, por meio de um capacete com sistema de comunicação BMW. 

Viagem de fim ano: 5 dicas importantes – É de praxe: chegou o período de descanso, festas, hora de visitar parentes e você pega o carro para viajar. Por isso, vale relembrar alguns cuidados até meio óbvios – elencados aqui pelos especialistas do aplicativo Zul+. Confira:

1- Planeje – Se possível, escolha um horário em que o fluxo de veículos seja menor para fazer a viagem. Com um grande número de carros nas rodovias, mais congestionamentos e, consequentemente, mais estresse. Antes de sair de casa, verifique em aplicativos de navegação qual o trajeto ideal para chegar ao seu destino. Os apps sugerem as melhores opções de acordo com o trânsito naquele momento.

2- Check-up – Fazer a revisão do veículo é fundamental para uma viagem segura. Verifique a condição dos freios e dos pneus (inclusive do estepe, macaco e chave de roda), o funcionamento dos faróis e luzes de freio e os níveis de óleo e da água do radiador. E não esqueça das palhetas do limpador de para-brisa, que ressecam com o tempo e assim prejudicam a visibilidade na chuva, comum nessa época do ano.

3 – Documentação – É importante checar se a papelada do veículo está regularizada e se tributos como IPVA e multas estão quitados. Dirigir sem a regularização do licenciamento pode acarretar em infração e até na apreensão do carro. E se tem uma hora que ninguém quer essa “dor de cabeça” é durante as férias.

4- Segurança – Mais do que uma exigência da legislação de trânsito, o uso correto do cinto de segurança é fundamental para garantir a tranquilidade de todos os ocupantes do veículo. Segundo dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), em caso de acidentes, o equipamento evita o risco de lesões em até 70% e o de mortes em 40%.

5 Crianças – Elas devem ser acomodadas nos equipamentos de segurança adequados. Altura, peso, idade e data de validade são fatores a serem avaliados no momento da compra e utilização desses equipamentos. Todos eles devem passar por inspeção do Inmetro.

  • Bebê conforto: crianças de 0 a 1 ano ou com peso inferior a 13 quilos;
  • Cadeirinha: de 1 a 4 anos ou até 18 quilos;
  • Assento de elevação: crianças de 4 a 7 anos e meio ou com até 1,45m de altura e 36kg;
  • Banco traseiro com cinto: entre 7 e meio e 10 anos e quem já atingiu 1,45m.

6- Pedágios – Ganhar tempo durante as viagens e chegar logo ao destino é o sonho de quem viaja. Afinal, assim sobra mais tempo para a diversão e o descanso. Uma saída para driblar o trânsito nas estradas é instalar tags de pedágio.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Compra de carros: entenda o consumidor

A Webmotors, portal de negócios e soluções para o segmento automotivo, fez uma pesquisa interessante para identificar tendências e hábitos de consumo no mercado de veículos novos e seminovos no Brasil. O levantamento mapeia a jornada do consumidor e os impactos da classe social e do gênero entre os compradores de carros nos últimos anos. Diante da pergunta “essa foi a compra do seu primeiro carro?”, 61% dos entrevistados afirmaram que “sim”, enquanto 39% responderam que “não”. Entre pessoas com rendimento entre quatro e dez salários mínimos, as taxas percentuais mudam para 85% (sim) e 15% (não), respectivamente. Já para os consumidores com renda entre dez e 20 salários mínimos, a variação fica entre 60% (sim) e 40% (não) e, entre aqueles que possuem rendimento acima de 20 salários mínimos, os números somam 45% (sim) e 55% (não). “Os resultados da pesquisa mostram a renda como um diferencial para o ingresso dos consumidores no mercado automotivo, sinalizando a importância do financiamento e do consórcio”, observa Cris Rother, CMO da Webmotors.

Tempo para troca – Sobre o tempo previsto para a troca de carro, pouco mais de um terço dos entrevistados pretende realizar a mudança “em mais de três anos” (36%). Por outro lado, 30% dos respondentes preferem fazer isso “em até dois anos” e 17% “em até um ano”. Quando o assunto é o bolso do consumidor, 50% de quem têm renda entre quatro e dez salários mínimos declaram ter a intenção de realizar a substituição do veículo comprado “em até dois anos” – a maior taxa de troca no menor prazo, na comparação com o detectado entre os demais estratos sociais. Para os consumidores com renda acima de 20 salários mínimos, a previsão de troca também é maior no período “de até dois anos”, mas somente para 38% dos entrevistados. Já para aqueles com rendimento entre dez e 20 salários mínimos, a maior concentração de previsão de troca fica “em mais de três anos” (55%).

Mulheres – Há uma significativa diferença no comportamento entre homens e mulheres. “De acordo com o estudo, o público feminino que pretende mudar de carro em até um ano é 10% maior do que o masculino. Já o total de homens que desejam trocar de veículo em até três anos é 10% maior em relação às mulheres”, compara Rother. “Esses números contrariam o senso comum de que os homens são consumidores mais assíduos de carros do que as mulheres”, conclui Rother. Quando questionados sobre as motivações para comprar o seu primeiro carro, os entrevistados apontaram, sobretudo, a “necessidade” (30%), a “realização de um sonho” (22%) e a “comodidade” (18%).

No recorte por estrato social, esses números mudam consideravelmente. Entre as pessoas com rendimento entre quatro e dez salários mínimos, “realização de um sonho” é o motivo principal para 30% dos entrevistados. Para quem tem renda entre dez e 20 salários mínimos, a “necessidade” aparece como a maior razão da compra (39%).

Já na opinião de consumidores com renda acima de 20 salários mínimos, há um empate triplo entre “necessidade”, “realização de um sonho” e “liberdade” – as três opções foram apontadas, igualmente, por 23% dos entrevistados dessa camada social. Ainda segundo a “Jornada do Consumidor”, a opção de pagamento à vista na primeira compra é a mais praticada entre as pessoas ouvidas (39%), seguida da escolha de consórcio (19%) e do financiamento com entrada em dinheiro (17%).

Meio digital – No que se refere à busca de informações para tomada de decisão sobre a compra, a internet situa-se no topo das opções dos consumidores (71%), independentemente da classe social ou do gênero. Familiares (53%) e amigos (51%) são, respectivamente, a segunda e a terceira opções mais utilizadas. “A força do meio digital tende a aumentar cada vez mais, seja na pesquisa, no test-drive virtual e até mesmo na operação de pagamento”, estima Rother.

Montana: de R$ 134,5 mil a R$ 140,5 mil – A nova Chevrolet Montana enfim chegou – ou não: a pré-venda começou na última quinta-feira (1º), na verdade, mas as primeiras unidades só serão entregues em fevereiro. Mas, pelo menos, já tem preços. A versão LTZ sai por R$ 134.490; a Premier, por R$ 140.490. O motor é um 1.2 turbo de três cilindros, de 133 cv e 21,4 kgfm de torque. A empresa diz que há uma calibração específica para a picape, com faixa de rotação mais baixa para reduzir ruídos na cabine e as emissões de poluentes. A Montana faz, oficialmente, 11,1 km/litro e 13,3 km/litros com gasolina. Com etanol, 7,7 km/litro e 9,3 km/litro. A picape tem 4,72 metros de comprimento, com uma caçamba para 874 litros. No pacote de equipamentos de série, seis airbags de série, controles de estabilidade e tração, sistema de som JBL com quatro alto-falantes e subwoofer, rodas de liga leve de 17 polegadas, alerta de ponto cego etc.

Carros com interior vegano – É sério: as marcas BMW e Mini terão interiores veganos em seus carros a partir do ano que vem. Isso significa que não serão usados quaisquer material proveniente de origem animal em seus revestimentos. A redução das emissões de CO2 ao longo de todo o ciclo de vida de um veículo é o objetivo central do BMW Group no caminho para a neutralidade climática, que deve ser alcançada até 2050. A seleção de materiais tem um papel fundamental a desempenhar para atingir esse objetivo. A substituição de matérias-primas de origem animal contribui significativamente para o aumento da sustentabilidade na produção de veículos. A medida também tem como objetivo diminuir em até 85% a emissão de CO2 na atmosfera. O BMW Group ressalta, ainda, que a demanda por interiores 100% livres de materiais de origem animal tem crescido em todo mundo, especialmente na China, Estados Unidos e Europa. A troca dos materiais não irá afetar em nada a qualidade e requinte, tradicionais nos interiores dos carros do BMW Group. O uso de materiais ecologicamente corretos no interior já faz parte de alguns veículos, como no BMW i3 e no BMW iX, e se estenderá para o restante dos modelos.

A Volvo Cars foi a primeira a anunciar que seus novos carros elétricos seriam livres de couro de origem animal. Pelo menos 25% do material utilizado em novos carros Volvo já são compostos por conteúdos reciclados e naturais.

Combustíveis: preços voltam a subir – O preço do litro da gasolina nos postos no Brasil apresentou, em novembro, aumento de 1,78% em comparação com o mês anterior, com valor médio de R$ 5,250, segundo levantamento da ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas. Entre os meses de junho e setembro a Petrobras reduziu quatro vezes seguidas o valor da gasolina para as distribuidoras. Além disso, o ciclo de queda dos preços dos combustíveis foi alimentado pela limitação do ICMS sobre esses produtos nos estados, instituída pela Lei Complementar 194/22, de 24 de junho. Apenas cinco estados apresentaram queda: Amazonas (-2,28%), Amapá (-0,67%), Espírito Santo (-0,37%), Roraima (-0,03%) e Paraíba (-0,02%). Por outro lado, os estados que registraram maior aumento foram Paraná (7,38%), Goiás (5,40%) e Santa Catarina (4,29%). Considerados os preços médios praticados nos estados, o maior valor foi registrado no Acre, a R$ 6,151; já o menor valor médio foi de R$ 5,004, no Rio Grande do Sul. Entre as capitais, o valor médio do combustível em novembro foi de R$ 5,181, o que representa um aumento de 1,56% em relação ao mês anterior. Campo Grande (R$ 4,888), Porto Alegre (R$ 4,921) e João Pessoa (R$ 4,948) foram as capitais com os preços mais baixos no mês. Já os maiores valores médios foram encontrados em Boa Vista (R$ 6,117), Belém (R$ 5,636) e Salvador (R$ 5,603).

Recall Fiat – A marca italiana está convocando donos de Fastback, Pulse e Toro para um recall na bomba de alta pressão. Os veículos envolvidos são fabricados em 2022 e de motores tanto 1.0 quanto 1.3 turbo. Motivo: há possibilidade de quebra do parafuso de fixação da bomba de alta pressão, que faz parte do sistema de injeção direta. Em casos extremos pode ocorrer o vazamento do combustível e gerar um incêndio. Os donos devem agendar o recall na própria concessionária. Para checar mais detalhes, basta entrar no site da Fiat. Pela mesma razão, a Jeep também está convocando donos do Renegade, Compass e Commander equipados com o 1.3 turbo flex T270.

Óleo do motor da moto: quando trocar?

O óleo é uma peça vital de qualquer máquina. Ele é responsável, entre outras coisas, por reduzir o atrito e, assim, evitar o desgaste das peças. Descuidar da troca de óleo, usar um produto inferior ou incorreto tem resultado certo e complicado: consertos muito caros, tempo perdido e redução da vida útil do motor. Ele é o componente mais importante para que o motor funcione bem durante um longo período, mas que, muitas vezes, não recebe a importância devida. Por isso, a dúvida sobre o intervalo ideal para realizar a troca do óleo de motor é recorrente e a resposta correta para essa pergunta é muito simples: é preciso obedecer às recomendações do fabricante, seja por tempo ou pela quilometragem rodada. E é fundamental utilizar o óleo com as especificações recomendadas no manual. Se a resposta para essa dúvida é tão simples, por que ela é tão comum entre os proprietários?

Recomendações – Primeiramente, é fundamental usar um óleo que se encaixe nas especificações da fabricante da moto e para o seu modelo específico. Lembrando que essas informações sempre estarão no manual do proprietário. Caso não o tenha, consulte uma oficina de confiança ou uma concessionária. Fique atento a alguns pontos importantes:

Grau de viscosidade: 10W30, 10W40, 15W50, 20W50 – Em alguns casos, pode existir mais de uma opção de viscosidade indicado, consequentemente, mais opções para escolha. Utilize apenas a viscosidade recomendada pelo fabricante.

Mineral, semissintético ou sintético? – Neste caso, vale a mesma regra dos tópicos anteriores: nunca escolha uma tecnologia abaixo da recomendada. Caso o fabricante exija um óleo mineral, fique tranquilo para utilizar esse ou fazer um upgrade para um semissintético ou sintético. Um bom exemplo desse upgrade é o nosso Motul 5000 4T 20W50, com a tecnologia HC-Tech, um semissintético API SL e JASO MA2 ideal para motos de baixa e média cilindrada que pedem óleo 20W50. A tecnologia está em constante evolução, dessa forma, é possível escolher o melhor para cada caso e para cada tipo de uso. Sempre há uma especificação, com o tipo de moto e com a condição de uso (off-road, rodoviário, urbano ou pista).

Outra recomendação importante que aparece em todos os manuais é checar com frequência o nível de óleo. Cada fabricante recomenda um intervalo para essas checagens, como, por exemplo, toda vez antes de pilotar. Para usos menos intensos e com a manutenção da moto em dia, checar uma vez por semana é o suficiente. Nunca rode com nível de óleo baixo ou alto demais e sempre cheque o nível dele com a moto nivelada em piso plano para evitar uma medição enganosa.

Tempo ou quilometragem? – Todo o manual do proprietário indica um prazo por tempo ou por quilometragem para a troca do óleo e ela deve ser feita assim que algum dos dois casos acontecer, sempre. Ou seja, mesmo que tenha rodado pouco, é necessário trocar o óleo caso chegue o vencimento por tempo. Pois, mesmo que a moto não tenha rodado muito, o óleo se degrada e perde as suas características. Isso ocorre mesmo que ele esteja parado no cárter, por conta da contaminação que ocorre pelo combustível, fuligem, ácidos e outras alterações geradas na combustão durante o funcionamento do motor. Esses contaminantes aceleram a degradação, mesmo que o óleo esteja sem uso. Além disso, o contato com o ar e a umidade presentes dentro do cárter, ajudam a acelerar sua oxidação e degradação. Quanto mais contaminantes, mais rápido o óleo perde suas características e não consegue mais exercer as funções necessárias no motor, como proteger contra corrosão e o desgaste, além de poder causar um aumento no consumo de combustível. Durante o uso, o óleo sofrerá com outros fatores, como a variação de temperatura de trabalho, mais contaminação e grande esforço mecânico, que ocasionarão diversos fenômenos de degradação do óleo.

Altas temperaturas – Fazem com que tudo aconteça mais rápido para o óleo, como aceleração de todas as consequências, e é uma das responsáveis para a formação de borra e verniz, prejudiciais a toda lubrificação.

Cisalhamento – Enquanto faz seu trabalho, o óleo sofre com os esforços entre as peças em movimento do motor, anéis, pistões, camisas, virabrequim, engrenagens do câmbio e cames do comando no cabeçote, já que as moléculas se quebram e não exercem mais sua função.

Contaminação – Um filtro de ar mal instalado, obstruído por poeira ou combustível adulterado, contribui com a entrada de contaminantes no motor e que podem atingir o óleo. Esses contaminantes aceleram o envelhecimento e atuam como um abrasivo, aumentando o desgaste do motor. Quanto mais tempo o óleo trabalha, mais o óleo se contamina, mais ele é cisalhado e mais borra é formada. Chega-se a um ponto em que ele não possui mais a capacidade de lubrificar e desempenhar o seu papel. Portanto, precisa ser trocado. Vale lembrar que apenas completar com óleo novo, não é o ideal, pois, dessa forma, os contaminantes continuarão acumulados. Também é importante ressaltar que nos casos que houver filtro externo, este deve ser substituído a cada troca de óleo. Os filtros internos devem ser limpos conforme a recomendação do fabricante.

Intervalos – Afinal, por que cada moto possui um intervalo de troca diferente? Existem variações que vão desde 3.000 km ou 6 meses, até 12.000km ou um ano. Essa diferença se dá por conta do projeto da moto e da especificação do lubrificante. Em geral, por conta da sua tecnologia envolvida e o seu desempenho, um óleo sintético tende a ser recomendado para conseguir intervalos de troca mais longos, pois ele suporta temperaturas de trabalho mais altas, mais esforços mecânicos e níveis de contaminação mais altos. Quantidades maiores de óleo no cárter também ajudam. Se há mais óleo, a contaminação nesse cárter estará mais diluída se comparado à mesma quantidade de contaminação em um cárter pequeno que comporta menos óleo.

Por último e não menos importante, o intervalo deve ser observado de acordo com a condição de uso da motocicleta. Em geral, existe um plano de manutenção para uso normal e outro para uso urbano, sendo que para uso severo é normal que o intervalo seja reduzido pela metade. (Por Rafael Recia Nakazato, engenheiro de Aplicações da Motul)

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

A linha 2023 da Hilux e da SW4

A Toyota Hilux ganhou uma versão chamada Conquest para completar o portfólio da picape média mais vendida do país. Ela foca clientes que buscam um visual off-road mais imponente. Já a SW4 GR-Sport, principal novidade do SUV para essa linha, recebeu 20 cavalos a mais de potência, elevando o prazer de condução, com mais esportividade e performance.

Desde janeiro deste ano, a Hilux emplacou quase 34 mil unidades, reafirmando a liderança no segmento de picapes médias por meio de sua durabilidade, qualidade e confiabilidade junto aos consumidores.

No portfólio da Hilux, a Conquest é mais uma opção. A nova versão ganhou visual mais agressivo, graças ao para-choque dianteiro com desenho exclusivo, nova grade frontal, molduras nas caixas de roda, retrovisores e maçanetas na cor preta, rodas de liga leve de 18 polegadas com desenho inédito, faróis de LED com máscara negra bem como santantônio com a identificação “Conquest” e separador de carga na caçamba exclusivos, que aumentam a praticidade, acomodando cargas dos mais variados tamanhos, facilitando o cotidiano dos usuários.

Já no interior, a nova versão Conquest é equipada com luz ambiente nas portas e novo acabamento em preto, o que proporciona ao motorista e aos ocupantes um ambiente mais moderno e exclusivo. A partir da versão SR, todas as versões da Hilux 2023 ainda contam com sistema de ar-condicionado de duas zonas automático e digital. A central trabalha com controles individuais na parte dianteira e traseira, garantindo ainda mais conforto e comodidade aos passageiros.

Motor e transmissão – A Hilux 2023 traz o turbodiesel 2.8L 16V, que gera 204 cv de potência e torque de 42,8 kgfm a 3.400 rpm nas versões com transmissão manual e 50,9 kgfm a 2.800 rpm nas versões com transmissão automática. Segundo o Inmetro, os modelos equipados com transmissão automática apresentam consumo de 10,1 km/l no percurso urbano e de 11,3 km/l no percurso rodoviário. Já na versão GR-Sport, a Hilux é equipada com o mesmo motor turbodiesel 2.8L 16V, 4 cilindros em linha, mas com uma configuração do motor de turbocompressor de geometria variável (TGV) e intercooler (1GD) que entrega 224 cv de potência e 55,0 kgfm de torque. Todo esse conjunto de força é acoplado a uma caixa transmissão automática de seis velocidades sequencial.

Segurança – Desde a versão de cabine simples, destinada ao trabalho, a Hilux 2023 já vem dotada com – além de outros itens mais regular no mercado, assistência de subida (HAC), controle eletrônico de estabilidade, controle eletrônico de tração e luz de frenagem emergencial automática. A partir das versões SRX, SRX Limited, Conquest e GR-Sport ainda adicionam o sistema Toyota Safety Sense, que dispõe de sistema de pré-colisão frontal e de mudança de faixa, por exemplo.

Versões e preços

GR-SportR$ 354.790 
ConquestR$ 339.190 
SRX LimitedR$ 337.990 
SRXR$ 325.490 
SRVR$ 290.690 
SRR$ 273.090 
STD Power PackR$ 244.390 
Cabine SimplesR$ 228.490 
ChassiR$ 220.690 

Linha SW4 – Tem como novidade a atualização da versão GR-Sport, que ganhou 20 cv, com o turbocompressor de geometria variável (TGV) e o intercooler (1GD), assim como na picape Hilux. Por dentro, algumas renovações: detalhes escurecidos, iluminação ambiente, com LEDs nos apoios para os pés, console central, painel e portas.

Além disso, todas as versões incorporam o sistema de monitor de visão 360º, que vai agregado no modo de exibição do display, como suporte ao motorista na identificação de movimentos ao redor de todo o veículo. O SUV, na linha 2023 vem, de série, com ar-condicionado automático digital de duas zonas.

O propulsor que equipa o SUV é diesel 2.8L 16V, gera 204 cv de potência e torque de 50,9 kgfm a 2.800 rpm, e está sempre acoplado a uma transmissão automática sequencial de seis velocidades. A GR-Sport tem motor mais potente, de224 cv de potência e 55,0 kgfm de torque.

Segurança

Todas as versões do Toyota SW4 são dotadas do sistema Toyota Safety Sense. Com isso, o modelo é equipado com:

➨Sistema de pré-colisão frontal

➨Sistema de aviso de mudança de faixa

➨Controle adaptativo de cruzeiro

➨Controle de estabilidade

➨Controle de tração

➨Controle de tração ativo

➨Assistência de descida)

➨Assistência de partida

➨Controle de oscilação de reboque

➨ABS com freio eletrônico – distribuição de força

➨Assistência à frenagem de emergência

➨Luzes de freio de emergência

➨Âncoras Isofix® (x2) com amarração superior (x2)

➨Todas as versões ainda contam com cintos de segurança de três pontos para todos os bancos, com pré-tensionador e limitador de força para o condutor e passageiro dianteiro. Além de sete airbags, sendo dois frontais, dois laterais, dois de cortina e um de joelho para o motorista.

SW4

Preços e versões

VersãoPreço R$ 
GR-SportR$ 437.890 
DiamondR$ 423.890 
SRX 7 lugaresR$ 384.690 
SRX 5 lugaresR$ 378.190

Peugeot e-2008: SUV elétrico por R$ 260 mil – A Peugeot acaba de pôr nas revendas o SUV elétrico, o e-2008. É o terceiro por aqui: antes, haviam chegados o Hatch e-208 e o furgão e-Expert. Vai custar R$ 260 mil e terá o mesmo conjunto junto propulsor do e-208: são 136cv de potência (100 kW) e 26,5 kgfm de torque.

Com seu torque imediato, é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos – embora com aceleração final limitada a 150 km/h, como forma de preservar a carga das baterias, que garantem autonomia de 345km. No entanto, em relação ao conjunto de baterias, é necessário o consumidor ter um carregador especial: na tomada doméstica, carregá-lo leva 25 horas (veja quadro).

A configuração única é a GT. Ela é recheada de equipamentos de conforto e segurança. Faróis full-LED com iluminação diurna, painel de instrumentos digital, central multimídia de 10” com Android Auto e Apple CarPlay, seis airbags, controles de estabilidade e tração, câmera de ré, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, controle de cruzeiro adaptativo, sensor de ponto cego, frenagem automática de emergência e por aí vai.

Arrizo 6 híbrido já está à venda – A versão Pro Hybrid do sedã da Caoa Chery chegou às concessionárias da marca por, no mínimo, R$ 160 mil. Ele vem da China e usa uma tecnologia leve, de 48V – o que, na verdade, é apenas gerador/motor que substitui o alternador convencional. A energia é armazenada na bateria de 48V que auxilia no aumento do torque e potência gerados pelo motor a combustão – e que proporciona 10cv e 4,1kgfm para esta versão. O modelo desenvolve 160cv de potência e 25,5kgfm de torque combinados.

HAN: sedã 100% elétrico na pista – O BYD HAN EV faz história no Brasil. Entre os dias 18 e 20 de novembro, tornou-se o primeiro veículo elétrico a participar de uma competição oficial da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA). O modelo esteve entre os 55 carros que participaram da primeira edição do Friends Internacional Hill Climb, em Santa Catarina. O evento consistiu na subida da Serra do Rio do Rastro, reunindo veículos que se desafiam na velocidade e nas curvas de uma das estradas mais espetaculares do mundo. O modelo da BYD foi destaque na prova. Superou carros das mais diversas categorias, terminando na 13ª colocação geral.

Durante o evento, a bateria Blade do modelo dirigido pelo experiente piloto Cacá Clauset precisou ser recarregada em apenas duas oportunidades. “Recarreguei a bateria com um carregador portátil de 7kv/h na tomada do hotel. Gastei aproximadamente 20% de bateria em cada subida. No sábado, cheguei no hotel com 60% e no domingo, cheguei ao final da subida com 81%”, comentou o piloto. Ainda segundo o piloto, o desempenho do veículo chamou muita atenção. “Acelerar um carro elétrico é algo que é até difícil explicar em palavras. Ainda mais um que tem 494 cavalos e torque instantâneo. Mesmo competindo com carros de mais de 1.000 cavalos, nenhum era mais rápido que ele [HAN EV] na largada. Os zero a cem em menos de quatro segundos deixaram o público que estava assistindo de boca aberta. Acho que ninguém ali tinha vivido essa experiência visual. Um carro sem fazer barulho sumindo de suas vistas em um piscar de olhos”, acrescentou.

Motos de motocross: há novidades – A KTM, uma das maiores fabricantes de motocicletas esportivas off-road e street de alto desempenho da Europa, começou a vender no Brasil as motocicletas de motocross. Desenvolvida especialmente para pilotos radicais, digamos assim, a linha de motocross ficou mais moderna e projetada para o holeshot, a linha MX 2023 passou por grandes mudanças comparado com sua versão anterior. Os modelos utilizam as tecnologias inovadoras quickshifter, controle de tração, controle de largada, com opções de mapeamento aprimoradas. Apresenta motores com partida elétrica, injetáveis menores, mais compactos e levemente rotacionados. Todos os pontos de contato do piloto foram aperfeiçoados para permitir movimentos mais rápidos, fáceis e naturais, com melhor aderência e controle, mesmo em situações extremas. A novidade é a KTM 250 SX-F, agora nacional, que chega com preço sugerido de R$ 65 mil. 

Motos BMW: sete modelos até 2025 – Aos seis anos de existência, a fábrica de motocicletas do BMW Group em Manaus receberá um investimento de R$ 50 milhões entre 2022 e 2025, para incremento em todas as áreas produtivas — qualidade, produção, logística e expedição. O investimento na planta, responsável pela produção de modelos Motorrad, também prevê aumento de 25% na capacidade produtiva, 20% na mão de obra direta e 50% na área útil da planta. Parte do investimento também será destinada à produção de sete novos modelos até 2025.  “O investimento de R$ 50 milhões na planta Manaus ratifica a nossa aposta acertada no Brasil, onde montamos a primeira fábrica da BMW Motorrad dedicada à produção de motocicletas fora da Alemanha”, diz Jefferson Dias, diretor-geral da planta de Manaus.

“O mercado brasileiro é o sexto maior para a BMW Motorrad no mundo. E a fábrica de Manaus é responsável por 99% do volume da marca no Brasil”, diz Julian Mallea, CEO da BMW Motorrad Brasil. “Até 2025, sete novos modelos serão produzidos localmente, sendo quatro totalmente novos. Um deles será lançado esse ano ainda.”

Com o investimento, a capacidade de produção vai subir de 15 mil para 19 mil motos por ano, num aumento de 25% na unidade fabril, que hoje produz oito modelos.

Moto esportiva exige cuidado especial – A Motul, multinacional especializada em lubrificantes e fluidos de alta tecnologia, recomenda cinco cuidados essenciais com motos de alta cilindrada – aquelas utilizadas para práticas esportivas ou viagens de longa distância, que enfrentam condições extremas de alta rotação e velocidade, além de elevada temperatura de trabalho, longos trajetos e grande exigência mecânica.

Confira: 

  • Faça a manutenção em dia – Qualquer veículo exige manutenção periódica em dia. E o condutor deve se atentar aos componentes fundamentais para o bom desempenho de uma moto, como sistemas de transmissão, conjunto de freios, suspensões (dianteira e traseira) e sistema de arrefecimento. Os pequenos cuidados de limpeza e lubrificação periódica também são importantes e podem garantir que a corrente e outras peças atendam a vida útil esperada, bem como facilitar a identificação de reparos necessários. O manual do proprietário é a melhor referência quanto aos intervalos corretos de manutenção.
  • Utilize os produtos adequados e siga as instruções dos fabricantes – Motos de alta performance precisam de confiabilidade para entregar desempenho e controle. Ao usar os produtos adequados e seguir as instruções dos fabricantes, é possível evitar, mesmo em condições severas, a perda de rendimento da motocicleta durante todo o intervalo de troca.
  • Opte pelos aditivos – O uso de aditivos, como os adicionados ao óleo usado imediatamente antes da troca, pode contribuir para melhorar e equalizar a compressão dos cilindros, assim como aumentar a economia de combustível, reduzir o consumo de óleo, intensificar o desempenho do motor e restringir suas emissões.
  • Prefira combustível de qualidade – O uso de combustível de qualidade contribui para a extração do melhor desempenho das motos de alta cilindrada. Cuidados periódicos, como a utilização de aditivos específicos, podem auxiliar na economia de combustível e na redução das emissões de gases, além de restaurar o desempenho do motor e sua confiabilidade, melhorar o conforto de condução, facilitar a partida a frio e evitar a corrosão.
  • Faça a troca de óleo – O período de troca é determinado pela montadora e consta no manual do proprietário. Esse intervalo de troca se dá diante da quilometragem rodada ou do fator tempo, o que ocorrer primeiro. Em relação à quilometragem, a troca tem relação direta com o tipo de pilotagem da moto. A substituição do óleo usado depende de como a moto de alta cilindrada é utilizada. Em cenários como estradas ou cidades ou em competições, o desempenho e a utilização são distintos. No manual, sempre existem planos distintos de manutenção para cada condição de pilotagem e uso, com intervalos de troca específicos para cada situação.
  • Intervalo – Em relação a esse intervalo, alguns fabricantes de motocicletas determinam um prazo de seis meses ou um ano para a troca, ainda que o veículo não tenha atingido a quilometragem determinada. Caso o intervalo para troca de óleo seja estendido, é possível que a lubrificação da moto não ofereça mais a proteção esperada, acarretando na perda de propriedades que podem trazer riscos à pilotagem e danos às peças da moto.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Celular ao volante: multa dobrada? – A senadora Maria do Carmo Alves (PP-SE) apresentou um projeto de lei (PL 2699/2022) para dobrar o valor da multa para quem for pego usando o telefone celular ao volante. Essa prática irresponsável já é a terceira maior causa de mortes no trânsito no Brasil, ficando atrás apenas do excesso de velocidade e da embriaguez ao volante.

O Código de Trânsito Brasileiro diz que o motorista deve estar atento durante todo o tempo em que estiver conduzindo um veículo, tendo os cuidados necessários para manter a sua segurança e a de todos. O uso do celular ao dirigir não é previsto como crime de trânsito, mas é classificado como uma infração administrativa gravíssima, que prevê a pena de multa no valor de R$ 293,47.

Além disso, essa infração soma sete pontos no registro da Carteira Nacional de Habilitação do motorista. Segundo a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, quase mil brasileiros são flagrados por dia usando o aparelho enquanto dirigem. E  mesmo que o veículo esteja parado durante o sinal vermelho o motorista é proibido por lei de utilizar o telefone celular. O projeto de lei apresentado pela senadora Maria do Carmo pretende dobrar o valor da multa por uso do celular ao volante. Ela acredita que isso vai gerar melhorias significativas para o trânsito brasileiro.

O uso do celular já é a terceira causa de morte no trânsito. “Acredito que o agravamento da pena tende a  diminuir o uso do celular ao volante e, consequentemente, o número de acidentes nas ruas e nas estradas brasileiras”, disse a senadora à Agência Senado.

Os riscos de se envolver em sinistros de trânsito aumentam em até 400% quando o motorista manuseia mensagens de texto e sobem mais 23 vezes quando as mensagens são digitadas. Essa infração é particularmente muito perigosa e é uma das mais cometidas hoje em dia. 

Nova Montana em pré-venda – O leitor Maciel Bezerra, de Triunfo (PE), cobra mais informações sobre a nova Montana. Pois bem: a partir de dezembro o consumidor pode fazer uma pré-reserva da picape. Basta entrar no site da montadora (onde foi posta até uma foto da traseira) e fazer um cadastro. A Chevrolet trata o veículo como superpicape, com destaque para a caçamba -um dos princípios que nortearam o projeto da Nova Montana. Ela terá  um sistema especial de vedação da cobertura da área de carga – o que permite ao consumidor usá-la como um porta-malas gigante. A General Motors também promete inovar nas dimensões, com uma relação entre altura, largura e comprimento que permite acomodar vários itens.

JAC só terá elétricos – A marca chinesa administrada no Brasil pelo empresário Sérgio Habib vai, 10 anos depois de presença no Brasil, abandonar a venda de carros a combustão por aqui. Vai se concentrar somente em modelos elétricos. Em 2019, já prometia ‘pelo menos’ quatro modelos 100% elétricos. A partir de agora, é a primeira e única a abrir mão daqueles movidos por motores a combustão.  “A mobilidade elétrica não era somente um argumento de marketing da JAC Motors e que estávamos levando a sério esse novo business”, explica Habib, presidente do grupo. Hoje, a empresa tem 15 veículos no Brasil: 4 automóveis de passeio, 1 picape, 4 vans e 6 caminhões. 

Representando somente 0,3% do mercado total de carros de passeio no país, os automóveis 100% elétricos foram responsáveis por 5.850 unidades emplacadas de janeiro a outubro deste ano. Vice-líder nas vendas de carros de passeio 100% elétricos, a JAC Motors emplacou 792 unidades nos primeiros dez meses do ano. Já entre os caminhões, a JAC Motors é líder disparada desse mercado de veículos 100% elétricos. “Conquistamos essa liderança praticamente com dois produtos, que são o iEV1200T com 7,5 e 8,5 ton de PBT. Mas nossa família de caminhões 100% elétricos passa a atuar, agora, em segmentos novos, o que nos garante ótimas perspectivas para 2023”, comenta Habib, referindo-se à linha de modelos agora composta por versões com PBT de 7,5 ton, 8,5 ton, 9,5 ton, 12,5 ton, 18,0 ton e 26,0 ton, todos 100% elétricos.

Eletropostos nas rodovias – Em boa parte do país, circular de uma cidade a outra, mesmo que sejam relativamente próximas, com trechos de 300km – média da autonomia dos modelos elétricos à venda -, ainda é muito difícil. Na região Sul do país, foi necessário o envolvimento de quatro empresas – a Zletric, a Nissan, a Movida e a rede de postos SIM – para garantir que os moradores locais donos de veículos elétricos possam viajar sem sustos. 

Os postos de recarga interligam os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. São dez pontos com carregadores rápidos e semirrápidos em locais estratégicos. Todos estão localizados em postos da Rede SIM – e isso garante conveniência e segurança, sempre com uma distância de até 200 km entre eles. O investimento do projeto Rota Sul é 100% privado, com investimentos de R$ 2,4 milhões.

Os motoristas do Distrito Federal, por sua vez, ainda têm poucos pontos – e a largada veio no ano passado, com pontos no restaurante Jerivá, na BR-060: são dois em cada sentido Brasília-Goiânia, abertos permanentemente, com capacidade para atender até três carros simultaneamente. 

No Sudeste, outra iniciativa conta com a Volvo Cars – que criou corredores elétricos por 3,2 mil quilômetros ligando São Paulo a Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Uberlândia (MG), Baixada Santista e litoral norte do estado de São Paulo. Cada um dos pontos pode recarregar dois veículos simultaneamente.

Em relação ao Nordeste, uma iniciativa importante foi tomada pela Neoenergia, concessionária dona da maioria das empresas estaduais do segmento. Ela criou o primeiro corredor de mobilidade elétrica do Nordeste, com mais de 1000 km de extensão, conectando seis capitais da região: Salvador (BA), Aracaju (SE), Maceió (AL), Recife (PE), João Pessoa (PB) e Natal (RN).

Multistrada V2S chega ao Brasil – Modelo da Ducati ganha mais ergonomia, redução de peso (- 5kg), atualizações do motor e uma série de upgrades. E vem na versão completa: rodas raiadas, malas laterais, quickshift, pacote eletrônico completo e 937cm3 de cc – com potência de 113cv. A Multistrada V2S recebeu também atualizações importantes em relação ao modelo Multistrada 950, como altura do assento mais baixa, novos espelhos retrovisores, rabeta e assento, design da tampa do motor e esquema de cores. O motor é uma evolução do Testastretta 11°, que disponibiliza 10kgmf de torque máximo. Robusto, tem longos intervalos de manutenção, com as mudanças de óleo a cada 15.000km e a verificação da folga das válvulas a cada 30.000 km. A Multistrada V2S está equipada de série com um pacote de eletrônica de vanguarda, que inclui ABS, garantindo elevado grau de segurança na frenagem, mesmo em curva, e o Vehicle Hold Control, que torna fácil a partida em terrenos com muita inclinação. O pacote opcional leva uma suspensão eletrônica especial, faróis full-LED equipados com função que otimiza a iluminação da estrada baseada na inclinação da moto e tela de alta resolução TFT colorido de 5” com uma interface intuitiva e retroiluminação dos comandos. O preço? R$ 97 mil. 

Motos: dicas para economizar – As motocicletas, às vezes nem é preciso reforçar, são uma excelente opção tanto para transporte individual quanto para uso profissional – e principalmente nos grandes centros urbanos. Por isso, aí, sim, vale lembrar, que a correta manutenção delas garante economia e segurança ao usuário. Os cuidados vão desde uma simples calibragem de pneus, que afeta o consumo de combustível e segurança, até a inspeção das velas e itens de manutenção preconizados pelo fabricante. Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da NGK do Brasil, multinacional japonesa especialista em sistemas de ignição, destaca cinco dicas de revisão na moto para ajudar o motociclista a identificar pequenas falhas no funcionamento, manter a segurança e economizar combustível:

  1. Substituir as velas conforme a recomendação do fabricante da motocicleta – O adiamento da troca pode forçar o sistema de ignição e provocar aumento no consumo de combustível, bem como danos em outros componentes;
  2. Evitar jatos de água sob alta pressão no sistema de ignição – Ela é condutora de eletricidade e pode gerar falhas e oxidação em seus componentes;
  3. Evitar o uso de produtos químicos agressivos que agridem o metal e as borrachas durante a lavagem da motocicleta – Isso pode levar a uma degradação das borrachas, além de oxidação manchas nos metais e falhas no sistema de ignição;
  4. Ao inspecionar ou trocar as velas de ignição, observar o aspecto da queima e presença de uma fuligem negra – Essa situação indica uma mistura rica de ar / combustível, sendo necessário revisar o sistema de alimentação;
  5. Aplicar a vela correta para sua motocicleta: Faça uma pesquisa rápida para encontrar o produto correto para sua motocicleta. E lembre que a vela deve ser instalada com o torque de aperto especificado pelo fabricante.

“Os motociclistas profissionais devem ter um cuidado ainda mais rigoroso, uma vez que utilizam a motocicleta em condições mais severas como o uso diário da motocicleta e as altas distâncias percorridas em um único dia”, alerta Mori. “Nesses casos, o consumo de combustível elevado, uma eventual falha do equipamento e a falta de manutenção constante impactam diretamente no custo e na rentabilidade da moto e podem, inclusive, gerar danos físicos ao motociclista. 

É importante lembrar também, segundo o especialista da NGK, que os pneus das motos interferem diretamente no consumo de combustível e segurança. Um cuidado que vale ser ressaltado diz respeito ao desenho da banda de rodagem – parte da borracha do pneu que está em contato direto com o solo. “Há pneus específicos para cada motocicleta – no caso de modelos esportivos, por exemplo, a borracha é mais macia. Além disso, alguns desenhos da banda de rodagem podem consumir mais combustível do que outros”, compara Mori. 

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Toyota Hilux SRX: a queridinha dos picapeiros

As três melhores opções da linha de picapes Toyota Hilux são a GR-S (com jeito e cara de esportiva), a recém-lançada SRX Limited e a SRX ‘normal’, digamos assim. Este colunista testou por uma semana a mais vendida do trio, a SRX – que perdeu o posto de topo-de-linha, embora continue bem completa. A versão, obviamente, é cara (R$ 325,6 mil) para os padrões brasileiros, mas não foge ao que a concorrência exige. Mesmo assim é a queridinha dos picapeiros urbanos ou rurais, trabalhadores ou playboys, desde 2015. Somando todas as versões, a Hilux tem sido a mais vendida do segmento das picapes médias.

E para manter o posto, no finalzinho do ano passado ganhou algumas alterações no visual.

Agora tem partes do acabamento em cromado – incluindo a grande grade frontal de boca larga. E partes em preto, cor também adotada no interior. Com isso, subjetivismo à parte, a versão com a cor vinho se tornou a mais vistosa sem ser brega – embora esse fator de compra (a beleza) talvez devesse ser o menos usado.

Mas três detalhes dessas mudanças são, obviamente, mais relevantes. Que valem destacados logo de cara:

  1. A força – A recalibragem do motor a diesel, que agora entrega mais potência e torque: o 2.8 gera 204 cavalos – um aumento de 15% em relação à versão anterior. Perde apenas para os 224cv da irmã GR-S. O torque é de 50,9kgfm, logo aos 2.800rpm – e transmissão automática sequencial de seis velocidades.
  2. A segurança – Os sistemas de auxílio à condução vêm se popularizando. E, embora a Toyota tenha demorado, trouxe para esta versão um conjunto mais completo do adotado em outros modelos. São vários itens, como frenagem autônoma de emergência com detecção de pedestres e ciclistas. Os demais são conhecidos: controle de estabilidade e tração, assistentes de reboque, subida e descida, de pré-colisão com alerta sonora, de alerta de mudança de faixa e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro.
  3. A condução – O motor renovado não deixou a popular picape apenas mais potente. Deixou-a mais segura. Isso em função da maior capacidade de reação nas saídas, retomadas e ultrapassagens. E com bons números de consumo: pelos dados do Inmetro, o modelo faz 10,1km/l no percurso urbano e 11,3km/l no rodoviário (diesel).

Versões e preços:

GR-S:

R$ 354.790

SRX Limited:

R$ 337.990

SRX A/T (a testada):

R$ 325.490

A interessante novidade tecnológica da versão testada é a câmera 360º, espelhada na central multimídia. Não é algo novo, mas ainda causa curiosidade. É como se um drone estivesse filmando a picape do alto, mas na verdade é a junção de câmeras laterais, frontal e traseiras. Isso ajuda bastante nas manobras.

Na cabine, o conservadorismo das marcas japonesas aparece em vários detalhes. Talvez também por isso os materiais usados no acabamento sejam de boa qualidade.

Os bancos, por exemplo, são bem confortáveis. Aliás, o do motorista tem ventilação e ajustes elétricos. O ar-condicionado é automático e digital com dutos de ventilação para os passageiros da traseira. Vale destacar o pacote de entretenimento: o sistema de áudio é da famosa JBL, com seis alto-falantes. A central multimídia de 8’’ tem conexão Android Auto e Apple CarPlay com fio, TV Digital e GPS.

O ambiente é espaçoso para quatro adultos. A posição de dirigir, bem alta por sinal, faz o motorista ter a sensação de que dirige uma picape maior. Por falar nisso, o sistema de direção é hidráulico: com isso, ela fica pesada nas manobras.

Os engenheiros da marca dizem que adotaram uma nova válvula no sistema para regular melhor o fluido. Mas parece ser imperceptível para quem não é fã da marca e do modelo. Bem, talvez seja mesmo o pouco costume deste condutor, mas creio que já esteja na hora dos fabricantes evoluírem neste quesito.

Adeus, Gol – A Volkswagen do Brasil acaba de anunciar o substituto do tradicional modelo de entrada da marca. Foram 42 anos de história, marcando gerações de brasileiros. Rei morto, rei posto: para seu lugar, chega o Polo Track. A pré-venda já começou e tem uma condição especial: por R$ 80 mil, o comprador leva um exemplar com o pacote opcional: rádio com Bluetooth, volante multifuncional, computador de bordo, entradas USB e antena de teto. Na versão básica, ele já traz quatro airbags, controle de estabilidade, assistente de partida em rampas, bloqueio eletrônico de diferencial, vidros dianteiros elétricos, ar-condicionado, direção elétrica e travas elétricas. As rodas são de 15’’.

O Polo Track será produzido em Taubaté (SP), na mesma linha de montagem do Gol – que ganhará uma versão chamada Gol Last Edition, numerada e limitada a 1 mil unidades. O visual da versão não difere tanto assim das demais. Tipo: traseira sem luzes em LEDs e outros penduricalhos, como acabamento preto no entorno da placa. Internamente, então, nada muda: rádio com Bluetooth, tela monocromática etc.

O 208 elétrico da Peugeot – A marca francesa controlada pela Stellantis acaba de lançar o e-2008, agora só em versão elétrica. Ele custará R$ 260 mil. O SUV usa o mesmo conjunto do e-208, com 136cv de potência (100 kW) e 26,5kgfm de torque – suficientes para fazer de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos, embora velocidade máxima seja limitada a 150 km/h para preservar a carga das baterias. Ele chega às concessionárias em versão única, a GT, e é bem equipado. Tem central multimídia de 10” com Android Auto e Apple CarPlay, ar-condicionado digital, seis airbags, controles de estabilidade e tração, controle de cruzeiro adaptativo, frenagem automática de emergência, teto solar panorâmico e por aí vai. Quanto ao carregamento, é melhor levar junto um carregador ultrarrápido, em que se chega a 80% da carga em 30 minutos ou 50 minutos (num de 22kW, necessita-se de 6 horas). Numa tomada comum de 220V leva-se um dia para se chegar a 80%. Lembrando: a compra e instalação de um de 22kW custa em torno dos R$ 7 mil. A autonomia estimada do e-2008 é de 345 km.

Chega ao Brasil o BMW i4 – O plano de eletrificação do BMW Group Brasil está acelerado. Depois do lançamento do i3, iX, iX3 e Mini Cooper S E, chegou a vez do BMW i4. Assim, a marca cumpre a promessa feita ainda em 2021 de ter cinco carros elétricos à venda este ano. O BMW i4 chega ao Brasil em duas versões, com até 590 quilômetros de autonomia (eDrive40) e 544cv de potência (M50). Visualmente, o BMW i4 mescla um pouco do Série 3 com as linhas do Série 4 e do esportivo M3. O modelo quer atender todos os tipos de clientes. A eDrive40 é primeira mais focada em autonomia, com 340cv de potência (250kW). Com esse conjunto, acelera de 0 a 100km/h em 5,7 segundos e tem bateria de 80,7kWh, que proporcionam até 590 quilômetros de autonomia. Já versão M50 tem como foco os clientes que procuram um desempenho mais esportivo. São 544cv (400kW) de potência e 795Nm de torque imediato. Com esse conjunto, a versão M50 acelera de 0 a 100km/h em apenas 3,9 segundos, mesmo tempo do BMW M3. A bateria tem os mesmos 80,7kWh de capacidade da versão eDrive40, mas por conta do desempenho mais esportivo e dois motores elétricos, rende até 510 quilômetros de autonomia.

Point S no Recife – Primeiro grupo de oficinas com presença em 49 países, o Point S chega ao Brasil – mais precisamente no Recife. Será inaugurado no próximo dia 22, na Abdias de Carvalho, 1233, no Prado. Na capital pernambucana, a operação servirá de modelo para expandir pelos próximos cinco anos uma rede de franquias composta por 200 unidades de oficinas em todo o Brasil. A missão de conduzir a expansão da Point S no país é do consórcio formado por dois gigantes do segmento automotivo brasileiro – a pernambucana ADTSA, e a Orletti, do Espírito Santo, que criaram a ATO. Ainda neste ano de 2022, além do Recife, mais dois pontos de vendas da marca serão inaugurados, um em São Paulo e outro em Vitória, no Espírito Santo.

Elétricos e a estrutura em shoppings – O Brasil tem 620 shoppings ativos no país, com 397 milhões de visitantes por mês, para um total de 1.018.210 vagas de estacionamento. Mas, para Ricardo David, sócio-diretor da Elev, empresa que apresenta soluções para o ecossistema de mobilidade elétrica, é cada vez mais importante a organização dos pontos de recarga públicos e semipúblicos. Para os mais de 100 mil proprietários de carros elétricos ou híbridos no país, ainda é preocupante a falta de estrutura para estas vagas específicas.

Uma das maiores administradoras do país, a Multiplan passou a disponibilizar mais espaços dedicados ao carregamento de veículos elétricos. Atualmente, são 100 eletropostos, distribuídos em 19 shoppings de administração própria: sendo 28 em São Paulo e região metropolitana, 26 postos nos shoppings do Rio de Janeiro, 13 em Belo Horizonte, 12 em Porto Alegre, 12 em Curitiba e 7 em Brasília.

No geral, o Brasil tem 1,3 mil eletropostos públicos (parques, ruas e praças) e semipúblicos (shoppings e supermercados) para recarga de veículos elétricos. Até o final de 2022, o número deverá atingir 3 mil. Segundo dados da Elev, São Paulo é a campeã do país no setor, com 445 eletropostos, seguidos por Rio de Janeiro com 120 postos e Brasília com 90 postos.

“Não conseguimos aferir quantos pontos privados de carregamento país: sejam em domicílios ou em conjuntos residenciais. Mas números baixos, certamente, se comparamos com outros mercados. É necessário mais investimento na infraestrutura, para que, desta forma, tenhamos mais desenvolvimento no segmento no Brasil”, afirmou Ricardo David.

Além do alto investimento no veículo elétrico, os brasileiros precisarão investir uma boa dose de resiliência para conseguir estacionar e carregar seus veículos nos grandes shoppings do país neste final de ano. Vale ressaltar que um carro elétrico demora uma média de 40 minutos de espera em um eletroposto, para carregar.  Hoje, a tecnologia mais rápida é o Supercharge da Tesla, que gasta 20 minutos. 

Para facilitar ainda mais a vida dos proprietários de carros elétricos ou híbridos, empresas especializadas na gestão de eletropostos, como a Elev, criaram um APP onde o motorista tem acesso de forma prática e intuitiva a localização de eletropostos cadastrados em sua cidade com mapas ilustrativos. E ainda tem acesso a chat direto com os administradores, agendamento de recarga e atualizações sobre novos cadastros de postos de forma simples e didática. É suficiente?

Carro elétrico, pneu especial – Os pneus têm uma participação importante no conjunto do projeto do veículo, influenciando todo o seu comportamento e performance. E é exatamente por isso que eles devem ser produzidos “sob medida” para cada projeto e arquitetura veicular. Os carros elétricos trazem uma série de demandas diferentes dos veículos tradicionais com motor a combustão, o que resulta em uma série de alterações nos projetos dos pneus. Apesar de a estrutura básica ser a mesma em termos de componentes – como talões, camada estanque, banda de rodagem e ombros – os materiais utilizados, o design e as capacidades de carga foram revistos.

Por exemplo: foram desenvolvidos compostos mais resistentes e desenhos de banda de rodagem mais sofisticados, além de reforços estruturais, para que o peso adicional dos veículos elétricos pudesse ser absorvido pelos pneus e que sua vida útil não fosse afetada de forma significativa por um desgaste prematuro. Nos veículos elétricos os pneus precisam ser capazes de trabalhar sob altos valores de torque e potência, tendo ainda assim que entregar aderência, absorção de impactos e baixos níveis de resistência ao rolamento para assegurar uma maior autonomia.

“Todas essas demandas são “antagônicas” para o pneu, já que pneus de baixa resistência ao rolamento geralmente são mais leves e com menos massa, o que é ruim para a emissão sonora. Encontrar o balanço perfeito entre todas essas necessidades, não renunciando a nenhuma delas, é o que deixa este projeto muito desafiador”, explica Rafael Astolfi, gerente de assistência técnica da Continental Pneus.         

Outro obstáculo a ser superado está relacionado ao conforto do motorista, pois os pneus são grandes contribuidores nas emissões sonoras graças à sua “ressonância de cavidade”, onde o ruído é causado pelo ar que preenche o espaço entre a parede do pneu e a própria roda. Esse ar vibra quando o pneu está se movendo em contato com o solo e pode ser ouvido dentro do carro.

E o que pode acontecer caso um motorista opte por usar um pneu normal em um carro elétrico? “Eles provavelmente se desgastarão mais rápido em razão do peso extra. E essa decisão pode impactar na aderência de frenagem em razão do alto torque dos elétricos e na autonomia do veículo, sem mencionar o desconforto auditivo. Não é sem razão que há um pneu desenvolvido sob medida para cada veículo”, alerta Rafael Astolfi.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Honda vai lançar quatro novos modelos

A montadora japonesa Honda anunciou que, no ano que vem, fará quatro lançamentos. Dois modelos já são conhecidos no mercado brasileiro: o Civic e o CR-V. Eles chegarão em nova geração e com a exclusiva tecnologia híbrida e:HEV. Além deles, a Honda também lançará dois modelos inéditos no Brasil: o esportivo Civic Type R e o SUV médio ZR-V. Recentemente, a marca havia lançado o New City, sedã e hatch, e o New HR-V, com suas duas opções de motorização (aspirada e turbo).

Civic Híbrido – A 11ª geração do modelo será lançada logo no início de 2023, em janeiro. Importado da Tailândia, o Civic exibe um design novo – e, garantem os engenheiros, terá porte, mecânica e lista de equipamentos de patamar superior. E um pacote ‘superior’ de tecnologias de segurança e conectividade. Ele virá em versão única, híbrida. O motor a combustão recebeu melhorias técnicas que lhe garantiu uma melhor eficiência térmica, com índice de 41%, reforçando a preocupação da marca com a questão ambiental. E finalmente trará as tecnologias de segurança e assistência ao condutor.

Civic Type R – E o ano também promete para os fãs de carros esportivos, com a vinda do primeiro Civic Type R ao Brasil. Vale lembrar: ele é dono do recorde de tempo de volta (2min23s12) em carros com tração dianteira no autódromo de Suzuka. Chega ainda no primeiro semestre, com carroceria hatchback, importado do Japão.

ZR-V – O SUV inédito ZR-V foi desenvolvido com base na 11ª geração do Civic e tem porte entre o New HR-V e o CR-V. Importado do México, o modelo tem chegada prevista para o segundo semestre de 2023.

CR-V – O modelo topo de linha entre os SUVs da Honda também será renovado. Chega no segundo semestre. Terá linhas inéditas e motorização híbrida e:HEV. Assim, a marca irá cumprir seu compromisso de trazer três modelos híbridos ao Brasil até 2023.

Tiggo 8 ganha mais equipamentos – A Caoa Chery acaba de mostrar o novo Tiggo 8 TXS Max Drive – um conjunto de sistemas eletrônicos inteligentes de segurança e assistência ao motorista. Ele ganhou também novidades no estilo, externo e interno. O Max Drive usa uma câmera multifuncional, uma espécie de radar para dar assistência de condução, prevenindo acidentes e aumentando o conforto de dirigir. Por exemplo: o piloto automático integrado e adaptativo vem até com assistente de congestionamento. Isso significa que o veículo pode manter a distância do carro à frente, acelerando ou freando, inclusive até a parada total, e retornar o movimento automaticamente em situações de tráfego intenso, comum nas grandes cidades. E ainda mantém o veículo dentro da faixa de rolamento. Outra inovação é a frenagem automática de emergência, capaz de reconhecer não apenas a parada brusca de veículos à frente como também outras situações críticas envolvendo pedestres e ciclistas, reduzindo, assim, o risco de atropelamentos.

E também oferece o controle inteligente de farol alto, que evita o ofuscamento de quem vem em sentido contrário, e o alerta de colisão de tráfego cruzado traseiro, extremamente útil em saídas de estacionamento transversal de ré. E ainda alerta de saída de faixa, assistência de permanência em faixa, assistente de mudança de faixa, monitoramento de ponto cego, alerta de distância frontal e alerta de colisão frontal. Preço: R$ 215 mil.

Fastback: 10 mil unidades – A Fiat conquistou a liderança em outubro na venda de novos, com 22,1% de participação de mercado. A marca encerrou o mês com 37.427 veículos emplacados. Além disso, garantiu três modelos entre os 10 mais vendidos do país: Strada (8.046 unidades), Mobi (6.741 unidades) e Argo (6.628 unidades). Outro destaque do décimo mês do ano foi o desempenho do Fastback. O SUV coupé da Fiat surpreendeu de novo e alcançou 10 mil unidades comercializadas em menos de sete semanas após o seu lançamento.

Europa: fim dos carros a combustão – Países integrantes da União Europeia vão banir do bloco os automóveis movidos a diesel e a gasolina até 2035, a partir do que foi acordado entre nações e montadoras na COP26. A medida prevê o banimento de automóveis movidos a diesel e gasolina e pode ser uma grande oportunidade de mercado para automóveis elétricos e a biocombustíveis. Segundo Ricardo David, sócio-diretor da Elev, empresa que apresenta soluções para o setor da mobilidade elétrica, o mundo só tende a ganhar com a nova mudança. “Estamos acompanhando uma transformação no segmento da mobilidade urbana e a União Europeia está dando um grande passo no caminho para o futuro”, afirma o executivo.

Segundo as informações divulgadas pela Reuters, os países da União Europeia, o Parlamento Europeu e a Comissão Europeia acordaram que os montadoras precisam eliminar 100% das emissões de CO2 até o ano de 2035, algo que torna impossível vender novos automóveis movidos a combustíveis fósseis nos 27 países que compõe o bloco.

“O Brasil precisa observar o cenário como uma grande oportunidade já a partir do ano que vem, preparando-se para se tornar uma potência no setor, principalmente porque nosso país tem as condições de produzir as baterias para essa demanda que alcançará outro patamar em 2035”, afirma o executivo.

Ainda segundo as informações da Reuters, o novo acordo também inclui um corte de 55% de emissões de CO2 para novos automóveis vendidos em 2030, em comparação com os níveis de 2021. Algo que é muito superior ao objetivo anterior, de 37,5% de redução até o final do mesmo período.

A pressão legislativa é um dos fatores que está fazendo as montadoras buscarem alternativas, como a eletrificação total dos seus modelos. Algo visto no Brasil, recentemente, com a Caoa Cherry e que está acontecendo com empresas como a Volkswagen. A medida faz parte de um pacote de propostas sustentáveis que estão sendo apresentadas no bloco e segue proposições estabelecidas na COP26 que, no total, teve cerca de 200 países acordando na mudança de práticas em prol da sustentabilidade e contra as mudanças climáticas.

“Vamos lembrar sempre da COP26 como um passo inicial para as mudanças que nós estamos acompanhando neste momento, mas o Brasil ainda precisa se adaptar e buscar não ficar para trás nessa corrida”, declara Ricardo David.

Em setembro deste ano, o volume mensal de emplacamentos de carros híbridos e elétricos bateu mais um recorde. Segundo dados da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), tivemos um total de 6,4 mil emplacamentos no mês, o maior desde 2012. A alta foi de 50,4% em relação ao mês anterior. Nos primeiros nove meses do ano, o total de carros elétricos e híbridos emplacados no Brasil já somam 34,2 mil unidades. Porém os resultados ainda estão longe de alcançarem os países que pertencem à União Europeia.

Carros voadores – Em outubro de 2022, tivemos o primeiro voo com um automóvel voador da história. Trata-se do X2, da empresa chinesa XPeng AeroHT. O veículo realizou testes e fez o seu primeiro voo público nos Emirados Árabes Unidos, surpreendendo o mundo. O X2 é um veículo 100% elétrico, que tem similaridades aos tão conhecidos drones. “É incrível observarmos como os carros elétricos estão dominando a tecnologia de transporte urbano em todos os segmentos. O primeiro carro voador a realizar um teste público é um elétrico e há motivos claros para isso, como o investimento massivo da China no segmento”, explica Ricardo.

Rolls-Royce e seu primeiro elétrico – Em 1900, o cofundador da Rolls-Royce, Charles Rolls, profetizou um futuro elétrico para os automóveis reconhecendo a alternativa limpa e silenciosa ao motor de combustão interna – desde que houvesse infraestrutura suficiente para apoiá-lo. O torque instantâneo e o funcionamento silencioso definiram as características da Rolls-Royce. Hoje, a Rolls-Royce Motor Cars cumpre essa profecia com o primeiro Rolls-Royce totalmente elétrico, o Spectre. O Spectre marca o início da eletrificação completa da Rolls-Royce Motor Cars. Até 2030, todo o portfólio da marca será totalmente elétrico. Ao revelar o Spectre, a Rolls-Royce abre um novo precedente na criação de uma classe de automóveis totalmente original, o Ultra-Luxury Electric Super Coupé.

As palhetas da grade Pantheon agora são mais suaves e mais niveladas, projetadas para ajudar a direcionar o ar ao redor da frente do carro. A grade é suavemente iluminada, com 22 LEDs iluminando a parte traseira jateada de cada palheta. A característica mais chamativa do design é o estilo Coupé da Spectre. As proporções exigiram que os designers utilizassem rodas de 23 polegadas no modelo. Por dentro, o modelo está disponível com Starlight Doors, que incorporam 5.876 ‘estrelas’ suavemente iluminadas no teto.

O Spectre é construído sobre uma nova arquitetura de estrutura de alumínio altamente flexível, adaptada para modelos elétricos. As sofisticadas seções de alumínio e a integração da bateria na estrutura do automóvel permitem que ele seja 30% mais rígido do que qualquer Rolls-Royce anterior. Dados preliminares mostram que o Spectre terá um alcance estimado de até 416 quilômetros e torque acima dos 90,0kgfm de torque no seu motor, que rende 577cv. Posicionado entre o Cullinam e o Phantom, o Rolls-Royce Spectre custará a partir de US$ 413.500 (R$ 2,1 milhões). As primeiras unidades de clientes serão entregues no último trimestre de 2023.

Novo 2008 elétrico chega dia 8 – A francesa Peugeot, pertencente ao grupo Stellantis, acaba de confirmar a ampliação do portfólio elétrico da marca no país, com o novo e-2008. Ele chega em 8 de novembro. O slogan é no mínimo curioso: “Mais que elétrico, eletromagnético”.  O e-2008 mantém o estilo visual bem característico da marca e as presas do seu leão-símbolo nas luzes DRLs. Inclusive, no geral, sem diferenciar tanto assim dos modelos elétricos ou a combustão – e isso vale para o caçula e-208. O novo SUV terá provavelmente baterias com capacidades para gerar até 136 cv de potência e 26,5 kgfm de torque. A autonomia gira em torno dos 300 km.

Volvo EX90 chega dia 9 – E o novo SUV totalmente elétrico da marca sueca Volvo, o EX90, será revelado neste dia 9 de novembro. Este é o primeiro de uma nova geração de veículos totalmente elétricos e definidos por software. Graças a uma combinação única de computação e software, o Volvo EX90 introduz tecnologias inteligentes de segurança, como um sistema de compreensão de motoristas para ajudar a progredir em direção à visão de que ninguém deve ser morto ou gravemente ferido em um novo carro Volvo. O Volvo EX90 também trará um novo nível de conectividade, projetado para se tornar mais seguro e mais adaptado ao motorista ao longo do tempo.

Mitsubishi mostra SUV compacto – O XFC, ainda como conceito, já tem produção confirmada para 2023, mas apenas em alguns mercados da Ásia (o Brasil está fora das pretensões de mercado para a japonesa). O modelo tem design bonito e promete amplo espaço para bagagens, sistemas de segurança avançados e uma dirigibilidade simples e prática em qualquer ambiente.

Gasolina no Nordeste: segunda mais cara – O último levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL) mostra que a região Nordeste fechou outubro com o preço do litro da gasolina 0,56% mais barato, se comparado a setembro. Porém, o preço médio de R$ 5,31 ainda é o segundo mais caro do Brasil, atrás apenas do Norte. O litro do etanol na região foi comercializado a R$ 4,18, com redução de 9,42%. Já o diesel comum e o S-10 fecharam o mês a R$ 6,98 e R$ 7,06, com recuo de 1,17% e 0,88%, respectivamente, em relação ao mês anterior.

Caminhões S-Way – A Iveco acaba de lançar no Brasil a linha de caminhões S-Way, a partir da produção de Sete Lagoas (MG), com investimentos de R$ 1 bilhão para aumento da capacidade produtiva e contratação de 1,4 mil funcionários. O modelo, com 15 porta-trecos espalhados pela cabine, tem até um leito com espuma especial e cinto de segurança ancorado no assento para facilitar o uso. O pacote de segurança, dependendo da configuração, inclui controle de estabilidade, frenagem autônoma de emergência com detecção de pedestres e ciclistas, assistente de manutenção de faixa de rolagem, faróis de LED, luz diurna de LED e até o controle de cruzeiro. E (de novo dependendo da versão) o S-Way pode ter chave presencial com partida por botão, ar-condicionado digital e painel de instrumentos de 7 polegadas e a multimídia – e com conectividade via Android Auto e Apple Car Play. O câmbio é automatizado de 12 velocidades e o motor, o Cursor 13, é um 12.9 já dentro das regras do Proconve P8. A Iveco promete 15% de redução de combustível para o modelo que passou por mais de 450 testes e rodou mais de 2,5 milhões de quilômetros durante o desenvolvimento.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Onix Plus Premier: números explicam sobre ele

O popular Chevrolet Onix acaba de chegar a uma marca histórica: 500 mil unidades produzidas em Gravataí, no Rio Grande do Sul. É o veículo de passeio líder em emplacamento na América do Sul e também o carro mais vendido da Chevrolet no mundo (exceto picapes) – em 10 anos de mercado. Mas, dos dez carros mais vendidos no primeiro semestre deste ano, só um foi sedã: exatamente o Onix Plus, com 26.941. Somente em setembro, o simpático modelo foi para 7.781 garagens de brasileiros. Foi a mesma quantidade da soma das vendas do Volkswagen Voyage e do Toyota Corolla: 3.360.

Apesar das análises pessimistas, de que a existência dos sedãs estaria ameaçada, o segmento sobrevive. No geral, o nono mês do ano trouxe dados bem positivos para ele: foram 25,8 mil emplacamentos, com uma elevação de pouco mais de 33% sobre igual período de 2021. Este colunista testou a versão Premier do Onix Plus, o queridinho da turma – que supera também em vendas o Fiat Cronos, o Hyundai HB20S, o Nissan Versa e por aí vai. O Onix vem ganhando boas atualizações tecnológicas. A versão topo de linha, a Premier, tem itens importantes de segurança. Vale a pena tê-lo? Por um preço sugerido de R$ 113.230?

Consumo – Dados do Inmetro mostram que o gasto médio de combustível (neste caso, gasolina) é de 12km/l nas vias urbanas. E de até 15,7km/l em estradas. Como o veículo só foi avaliado em vias urbanas, com muitos trechos sem semáforos e quase nenhuma ladeira, o consumo se manteve numa média muito boa, com até 16km/l registrados. Não é à toa, portanto, que o modelo seja tão benquisto por motoristas de aplicativos. Não foi avaliado o consumo com etanol, que muito raramente compensa financeiramente. Segundo o Inmetro, com etanol os números chegam a 8,6km/l e 10,9km/l (cidade e estrada, respectivamente).

Agilidade – O conjunto de propulsão do Onix Plus Premier testado se mostrou muito bom: o câmbio automático de seis marchas é suave e certeiro nas trocas e a versão é bem ágil. Lembremos do conjunto: motor 1.0 de três cilindros, recentemente calibrado por determinações legais do governo, e torque de 16,8kgfm de torque) gera 116cv de potência. Por isso, nem adianta reclamar do atraso por uma resposta mais ‘bruta‘ nas acelerações.

Quanto ao visual, ele continua um fator potencial para a compra – embora a linha 2023 tenha pouco mudado: ganhou novas rodas de liga-leve de 16’’, com acabamento diamantado e frisos cromados nas portas, por exemplo. Mas é o menos relevante.

Nele, relevantes – embora esse fator, infelizmente, seja subjetivo para o consumidor brasileiro – são a conectividade 4G Wi-Fi a bordo e, principalmente, o pacote de segurança ofertado. A versão pode até ter assistente de estacionamento, aquele que faz as manobras de forma automática, bastando ao motorista controlar os freios e o acelerador. O sistema de alerta de ponto cego, ótimo na vida urbana, é um dos equipamentos importantes (e agora vale para todas as versões). São seis airbags disponíveis. Além do controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa e freios com sistema ABS e distribuição eletrônica de frenagem. A direção, elétrica, é bem leve. Há outros itens convenientes, principalmente para profissionais como motoristas de aplicativos: indicador de nível de vida de óleo, sistema de monitoramento de pressão dos pneus, carregador wireless e até entrada USB dupla para o banco traseiro (apenas carregamento).

Curiosidades – O Onix é atualmente o veículo de passeio mais emplacado da região e é também o carro mais vendido da Chevrolet globalmente, excluindo as picapes e SUVs da marca. Um exemplar na cor branca, equipado com motor turbo e transmissão automática, representa o marco produtivo histórico e foi destinado aleatoriamente à rede de concessionárias para venda. Somando todas as gerações e versões do Onix desde 2012, o maior volume de produção concentra-se na fábrica em Gravataí, com mais de 2,2 milhões de unidades, ou 80% do volume global acumulado.

Lexus ES300h e UX250h – Os modelos da marca de luxo da Toyota chegam à linha 2023 mais modernos e equipados – e a preços de até R$ 357 mil. Ambos combinam motores a combustão com elétricos: o ES300h sai em versão única Luxury, agora com mais um item no pacote de segurança ativa (o farol alto adaptativo) e novo desenho de rodas. Internamente, o modelo traz o novo sistema de infotainment em tela sensível ao toque de 12,3 polegadas com espelhamento para Android Auto e Apple CarPlay. O ES 300h é equipado com um motor a combustão 2.5 de ciclo Atkinson, combinado com um propulsor elétrico mais compacto e potente, que geram 211 cavalos de potência. O crossover compacto UX 250h vem nas versões Dynamic e Luxury com preços a partir de R$ 271 mil. Lançado no Brasil em 2019, chega à linha 2023 com mais personalidade e modernidade, com itens de luxo exclusivos. Com design marcante e inconfundível, o UX 250h 2023 conta com ganhou novo painel com acabamento mais refinado em couro e nova central multimídia sensível ao toque com uma leve inclinação, facilitando ainda mais a visualização do motorista. O crossover combina um propulsor a gasolina 2.0 com um motor elétrico. Ambos entregam 184 cavalos de potência.

New HR-V: mais versões à venda – A Honda já pôs nas concessionárias mais duas opções do SUV: a Advance e a Touring têm o inédito motor 1.5 turboflex, totalmente de alumínio, com injeção direta de combustível. Segundo os engenheiros, eficiência é alta e prioriza a performance. Ele oferece 177cv de potência e 24,5kgfm de torque. O modelo também traz – como novidade – o myHonda Connect, plataforma de conectividade da marca. Mas o importante mesmo é o pacote de tecnologias de segurança e assistência ao condutor – algo que a Honda demorou, mas que agora passa a ser item de série em todas as versões.

Veja o preços

EX Honda Sensing: R$ 142.500

EXL Honda Sensing: R$149.900

Advance: R$ 176.800

Touring: R$ 184.500

Jeep Commander: 30 mil unidades – Modelo desenvolvido e produzido no Brasil, no Polo Automotivo de Goiana, em Pernambuco, acaba de registrar a importante marca de 30 mil unidades. Ele é líder dos chamados D-SUVs (os grandes) com 33,5% do segmento e tem apenas um ano no mercado brasileiro. O volume de emplacamentos foi de 2 mil unidades em agosto e setembro – e olhe que os preços vão de R$ 235 mil a R$ 315 mil.

Novo Volvo EX90: quase um computador – O próximo SUV totalmente elétrico da marca sueca Volvo terá uma grande tela central para dar acesso rápido à navegação, mídia e telefone – e ainda garantir controles e outras ações comuns. A imagem do interior do veículo foi divulgada esta semana. No geral, o sistema funciona assim: dependendo se você está estacionado ou dirigindo, ou em um telefonema, uma barra vai sugerir as ações que fazem mais sentido para a situação específica em que você está. Para informações mais focadas em condução, como velocidade atual e informações de alcance, há uma segunda tela menor logo atrás do volante. É também aqui que o carro contextualiza a mudança de um modo para outro, certificando-se de saber o que esperar do carro – e o que o carro espera de você. “É tudo sobre fornecer-lhe as informações certas na hora certa”, conta Thomas Stovicek, chefe de UX da Volvo Cars. “Queremos que a experiência de condução seja focada, simples e segura. Como o carro também entende seu entorno e você melhor do que nunca, podemos criar uma situação ainda mais segura reduzindo a confusão do modo, a distração e a sobrecarga de informações”.

RN: gasolina 6,47% – O valor do litro da gasolina no Brasil caiu, em outubro, 0,67% em comparação com o mês anterior, com valor médio de R$ 5,158. Porém, alguns estados registraram alta, sendo a maior delas no Rio Grande do Norte (6,47%). No Distrito Federal, o preço ficou em R$ 5,120 – ou 1,26% maior que o registrado em setembro, segundo levantamento da ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas. Entre junho e setembro deste ano, a Petrobras reduziu quatro vezes seguidas o valor, para as distribuidoras, da gasolina – e três de diesel. Além disso, o ciclo de queda dos preços dos combustíveis foi alimentado pela limitação do ICMS sobre esses produtos nos estados, instituída pela Lei Complementar 194/22, de 24 de junho. Os dados de outubro mostram que os estados brasileiros que registraram as maiores quedas foram Paraíba (-2,95%), Acre (-2,57%) e Pará (-2,38%). Os outros que apresentaram aumento foram Sergipe (1,56%) e Bahia (1,27%). Considerados os preços médios praticados nos estados, o maior valor foi registrado em Roraima, a R$ 6,113; já o menor valor médio foi de R$ 4,860, no Rio Grande do Sul.

Nova Panigale V4 R: 240cv de potência – A Ducati anuncia que a supermoto Panigale V4 R estará à venda no Brasil só a partir de encomendas – e cada uma numerada com plaqueta. Não há preço definido por aqui, mas nos Estados Unidos será cobrado US$ 45 mil (cerca de R$ 240 mil). Ela gera até 240cv em configuração de pista, com limitador a 16.500rpm, e adota soluções técnicas anteriormente reservadas para MotoGP e Superbike, como bielas e pistões de titânio “perfurados”. Juntamente com o motor, foi desenvolvido um óleo de desempenho, derivado das formulações utilizadas nas corridas, que contribui para atingir o pico de potência máxima.

Já pensou em alugar um caminhão? Pois bem: a Scania anunciou esta semana a criação de uma nova empresa apenas para atuar no ramo de aluguel de caminhões no Brasil. As primeiras entregas serão a partir de fevereiro de 2023, sendo contemplados os futuros caminhões da nova linha P8/Euro 6, a nova gama Super, incluindo os veículos movidos a gás natural e/ou biometano. A iniciativa da Scania vai oferecer, além do produto corretamente especificado para a necessidade do cliente e suas tecnologias, gestão inteligente com solução de serviços e apoio de serviços financeiros da marca. No pacote, poderão contar com conectividade, programas de manutenção, Scania FIT (que permite monitorar os caminhões e entender qual a melhor maneira de otimizar a performance daquela operação) e assistência técnica 24 horas.

Volks lança nova família Constellation – Os novos modelos Volkswagen Constellation 27.260 6×4, 31.320 6×4, 32.380 6×4 e 33.480 6×4 Tractor acabar de estreiar no mercado. Ganham nova identidade visual: adesivos laterais e frontais e as luzes de posição em LED, luzes de condução diurna (DRL, na sigla em inglês) integrado ao farol e lanternas em LED. O para-choque metálico, antes disponível apenas para a versão Tractor, agora se estende para as versões 31.320 6×4 e 32.380 6×4 com proteção nos faróis e o VW 27.260 ganha o para-choque metálico curto. O novo pacote Off-Road está disponível para os modelos acima de 31 toneladas e é composto pelo volante multifuncional, banco com novo revestimento e cinto integrado, rádio com bluetooth, ar-condicionado e trio elétrico de série. Além disso, estão equipados com a nova transmissão automatizada V-Tronic de 12 marchas e com funções exclusivas para a operação para as versões 32.380 e 33.480: off-road, que proporciona trocas de marchas rápidas de acordo com a velocidade, estabilidade e mais tração; e a rock-free, que auxilia a saída de atolamentos e buracos.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Carros velhinhos: os que mais se valorizaram

No curso natural de variação de preços de carros seminovos e usados, sabe-se que, em tese, os modelos mais antigos sempre apontam uma depreciação menor. Em suma: os carros mais velhos perdem menos valor. Com a alta dos 0km desde o início da pandemia, em que a consequência imediata foi a valorização nas cotações dos usados, essa lógica, de certa forma, se manteve. Hoje, você pode verificar não quem perdeu mais preço, mas aquele que mais ganhou.

Por isso, a Mobiauto fez um curioso levantamento, que mostra o ano-modelo 2003 (carros fabricados em 2002) como o campeão de valorização. Tomando-se como base a imensa lista de anúncios da plataforma do site, com centenas de milhares de modelos à venda, a equipe de Estatísticas apurou que, dos carros 2001 a 2022, adotando-se o recorte de “preços médios de junho a agosto de 2021” versus o mesmo período de 2022, a média geral de valorização foi de 9,87%.

“Quando você apura a média dos anúncios de carros ano-modelo 2003, por exemplo, o valor atual é de R$ 19.428,79. E isso corresponde a um crescimento de 16,65% de um ano para cá, o que torna esses carros com 19 anos de uso como os campeões da valorização”, explica Sant Clair Castro Jr., consultor automotivo e CEO da Mobiauto – um dos três maiores marketplaces de carros usados do país.

Os técnicos da empresa também apuraram outro dado interessante. Recentemente, o Sindipeças divulgou que a idade média da frota nacional é de 10 anos (carros 2012). “De acordo com nossa pesquisa, os modelos 2012 tiveram um reajuste de 9,77%, percentual muito próximo à média geral de 9,87% de toda a pesquisa. Isso significa que estamos sintonizados com todos os estratos do mercado de usados, servindo, de fato, como uma grande fonte de tendências de alterações no comportamento de preços de carros de todos os anos”, reforça Castro Jr.

Valorização média de motos sobe – No Monitor de Variação de Preços da KBB Brasil, empresa especializada em pesquisa de preços de veículos novos e usados, os valores cobrados pelas motocicletas 0km tiveram aumento médio de 1,67% em setembro ante o 0,56% apontado em agosto. Os modelos seminovos (até 3 anos de uso) valorizaram 1,93% (alta de 0,4%) e as usadas (de 4 a 10 anos) registraram alta de 2,21%, em média. No entanto, o aumento médio mensal se manteve em 1,02% para as 0km, 1,41% para seminovas e 2,32% para usadas.

As mais buscadas – Estudo da Webmotors, portal de negócios e soluções para o segmento, mostra quais as motos novas e usadas mais buscadas na plataforma em setembro. A Honda lidera o ranking de usadas mais pesquisadas com os modelos Cb 600f Hornet e PCX, respectivamente nos primeiro e terceiro lugares. A segunda posição agora é ocupada pelo modelo G 310 GS, da BMW, que ganhou quatro posições em setembro, conforme o levantamento do Webmotors Autoinsights. Com relação aos modelos 0k, a Yamaha é a marca mais buscada na plataforma, com os modelos XTZ 250 Lander e Fazer FZ25 ABS nas primeira e terceira posições, respectivamente. A CG 160 Fan, da Honda, se firma pelo terceiro mês consecutivo na segunda colocação.

Investimentos da BMW Motorrad – A marca da BMW para o segmento comercial de motocicletas de alto desempenho está otimista. Tanto que anunciaram um investimento no Brasil de R$ 50 milhões na fábrica de Manaus (AM) – por sinal, a primeira da empresa fora da Alemanha. O investimento (até 2025) será na produção e logística, principalmente, para, assim, aumentar 25% a capacidade produtiva. A capacidade de produção, assim, será aumentada de 15 mil unidades/ano para 19 mil unidades/ano.

Cai preço do seguro – Boa notícia: o custo do seguro dos carros mais vendidos no Brasil em setembro teve queda tanto para o perfil masculino (-6,4%), quanto para o perfil feminino (-7,9%), segundo levantamento da Minuto Seguros. O Kwid Intense, por exemplo, apresentou a maior queda do mês no perfil masculino, mas não tanto no perfil feminino. A variação mais expressiva para o perfil masculino ocorre em Recife, onde o modelo atingiu o valor de R$ 3.233,87 (-40,1%), enquanto a maior variação para o perfil feminino se dá em Goiânia, onde chegou a R$ 3.668,44 (-12,7%). Em média, a proteção do modelo para clientes de perfil masculino é R$ 3.885,47 (-22,1%). e, feminino, R$ 3.221,90 (-2,9%). O Novo HB20 Sense apresenta variações moderadas, a maior delas em Recife, para os dois perfis. Na capital pernambucana, o veículo atinge o valor de R$ 4.086,27 (-10,2%) no perfil masculino e R$ 3.644,65 (-10,6%) no feminino. Quanto às médias dos valores do seguro para o veículo, os preços estão listados abaixo: masculino: R$ 3.661,77 (-3,1%) e feminino: R$ 3.350,55 (-1,4%). A cidade com os menores preços médios dentre os dez modelos analisados é Brasília, onde o valor é de R$ 3.557,41 (-2,1%) para o perfil masculino e R$ 2.750,74 (-1,5%) para o perfil feminino.

Hilux SRX Limited por R$ 337.990 – A Toyota apresentou aos consumidores brasileiros, na última quinta-feira (20), a nova versão da picape Hilux, que é líder do segmento das médias: a SRX Limited, já à venda nas concessionárias da marca por R$ 337.990. Ele herda as mesmas características da configuração topo de linha SRX. O design mantém os faróis dianteiros, grade e para-choques da irmã mais chique. Internamente, o conjunto de áudio foi totalmente integrado ao painel de instrumentos. Mas o grande diferencial, segundo engenheiros da empresa japonesa, está na inclusão de itens de conforto e vários acessórios

Retrovisor externo – Além dos itens já conhecidos de sua versão base (SRX), como o indicador de direção e o rebatimento elétrico acionado por meio de um botão, a Limited possui o rebatimento automático após o travamento e destravamento do veículo via alarme, trazendo ainda mais conforto e praticidade.

Capota rígida – Do tipo esteira manual com trava, que facilita o manuseio para abertura e fechamento. Prática, transforma o compartimento traseiro em porta-malas, garantindo segurança no transporte de cargas.

Tampa traseira – Na nova versão, o compartimento recebe assistência de abertura e fechamento e trava elétrica, acionada remotamente. A adição desses itens facilita a utilização da carga no dia a dia, tornando o manuseio mais prático e suave.

Motor e transmissão – Traz o motor diesel 2.8L 16V, que gera 204cv de potência e torque de 50,9 kgfm a 2800 rpm e é acoplado a uma transmissão automática sequencial de seis velocidades. Pelos dados do Inmetro, o modelo apresenta dados de 10,1km/l no percurso urbano e 11,3km/l no rodoviário.

Segurança – O pacote incorpora o sistema de monitor de visão 360º, que vai agregado no modo de exibição do display como suporte ao motorista na identificação de movimentos ao redor de todo o veículo. Para tanto, combina uma câmera frontal, uma em cada lateral e uma traseira, totalizando quatro dispositivos para abranger todos os ângulos do veículo. O sistema atua como um auxiliar de visibilidade das áreas de pontos cego, com imagens nítidas e linhas de suporte na tela que ajudam a delimitar a distância entre obstáculos.

A nova versão também conta com o sistema de segurança ativa, o Toyota Safety Sense, que detecta pedestres e ciclistas, por meio do sistema de pré-colisão frontal. E ainda tem controle de cruzeiro adaptativo e sistema de alerta de mudança de faixa com condução assistida. É importante observar que esses sistemas são projetados para auxiliar o motorista e não para substituí-lo.

Preços

Com a chegada da versão SRX Limited, os preços da linha Hilux ficam assim:

Novo BMW Série 3 – E a linha 2023 do Série 3, o sedã premium mais vendido do país, começa a ser vendido em três versões: 320i GP, Sport GP e M Sport. Preço? A partir de R$307.950. Produzido em Araquari, no interior de Santa Catarina, ele ganha painel do BMW iX (com cockpit profissional e uma tela curvada) e fica ainda mais conectado. Externamente, detalhe para a dianteira, cujos faróis e duplo rim característico da marca foram redesenhados. Os para-choques também ganharam novos desenhos. Mas o que chama atenção é o interior. O BMW Live Cockpit Professional tem duas telas, com 12,3” (painel de instrumentos) e 14,9” (multimídia), que exibem as informações de maneira atraente e intuitiva.

Sobre a conectividade, o Série 3 oferece serviços como chamada de emergência inteligente, aviso de manutenção por telemetria, navegação com informação de trânsito em tempo real, Concierge 24h, portais de notícias e clima e aplicativos. E há serviços remotos que podem ser acionados a partir do app My BMW, como trancar e destrancar as portas, buzinar, localizar o veículo e enviar destinos direto ao sistema de navegação. Ainda é possível utilizar aplicativos de smartphones com a preparação para Apple CarPlay e Android Auto. O motor não muda: é turbo 2.0 e 184cv e 30,0kgfm de torque. A tração, como segue a tradição de ser traseira e o câmbio é automático de oito marchas.

Nordeste: gasolina está a R$ 5,22 – O último levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL) apontou que o litro da gasolina na região Nordeste fechou a primeira quinzena de outubro a R$ 5,22 – valor 2,40% mais barato que o registrado em setembro. Já o etanol apresentou queda de 9,75% e fechou o período a R$ 4,17 na região. O diesel comum foi comercializado a R$ 6,87 e o S-10, a R$ 6,91, com recuo de 2,80% e 2,92%, respectivamente, no comparativo com o mês anterior. Alagoas foi o estado que apresentou a maior redução do país para o preço do etanol, de 15,75%, se comparado a setembro. Já o Rio Grande do Norte registrou o maior aumento no preço da gasolina, que passou de R$ 5,17 para R$ 5,35.

Elétricos: o quanto o preço vai cair?  O segmento dos veículos elétricos é o que mais cresce atualmente no mundo. Apenas no primeiro semestre de 2022 houve um incremento de 75% no volume global de vendas, comparado com o mesmo período do ano passado. A maior oferta de modelos, grandes investimentos em infraestrutura de recarga e leis de emissões mais rígidas são alguns dos fatores.

Outra razão importante é que a diferença de preço dos EVs em relação aos carros tradicionais a combustão também vem caindo, muito por conta da redução dos custos das baterias que alimentam os elétricos. Estudos de mercado apontam que o custo médio do kwh das baterias caiu quase pela metade nos últimos cinco anos e deve reduzir mais 30% até meados da década, com o desenvolvimento de novos compostos químicos e a produção em maior escala.

A GM projeta que a nova geração de baterias, com a tecnologia Ultium, tenha um custo 40% inferior à da linha de produtos concebida anteriormente. A empresa já trabalha numa composição ainda mais avançada, que permitirá que seus EVs tenham um custo total de propriedade compatível com automóveis a combustão, considerando porte e equipamentos semelhantes. A expectativa é que isso ocorra já a partir da segunda metade desta década, incluindo modelos compactos, pensados também para a América do Sul.

A longevidade das baterias e os planos extensos de garantia também estão trazendo tranquilidade para os consumidores e confiabilidade para o mercado de carros usados, que tem demonstrado a mesma receptividade dos veículos mais sofisticados, assim como acontece com o segmento de financiamento e de seguros.

Outra característica dessas baterias de nova geração é a maior densidade energética. Mais eficientes, elas são capazes de armazenar uma quantidade maior de energia sem que seja necessário ampliar seu tamanho.

Um exemplo pode ser visto nos futuros elétricos da Chevrolet anunciados para o mercado brasileiro, como o Blazer EV que já faz parte da geração de elétricos da GM equipada com a tecnologia Ultium. O SUV premium tem autonomia estimada de 530 km com carga máxima, mais do que suficiente para viagens interestaduais, como de São Paulo ao Rio de Janeiro. No meio do caminho é possível fazer uma recarga ultrarrápida em eletropostos. Aí bastam 10 minutos para somar 130 km de autonomia. Tudo com performance de um verdadeiro esportivo, já que os 564 cv de potência do modelo são capazes de levá-lo da imobilidade aos 100 km/h em apenas 4 segundos.

Verdade ou mentira? – Além da viabilidade em relação ao custo e autonomia, ainda existem muitos mitos em relação aos carros elétricos, que estão sendo esclarecidos através de campanhas educativas e por uma quantidade crescente de depoimentos por parte dos consumidores de suas experiências com os EVs, os únicos realmente zero emissão.

“Uma dúvida que consumidores têm é se um carro elétrico pode dar choque quando passa por uma enchente, o que não acontece, já que esses automóveis contam com tecnologias de proteção e isolamento, capazes de cortar a energia caso detectem uma situação de risco”, lembra Luiz Gustavo Moraes, gerente de regulamentações da GM América do Sul.

Outra: a ausência de ruído do motor dos EVs seria um ponto negativo para aqueles motoristas mais apaixonados por automóveis. Seria?

“Na verdade, os veículos elétricos chegam a ser 10 vezes mais silenciosos que um a combustão, que os tornam mais confortáveis para os condutores, pois podem apreciar melhor uma música e conversar sem precisar aumentar o tom da voz. São também melhores para todos ao redor, devido ao fato de contribuírem para a redução da poluição sonora nas cidades”, completa Moraes.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Picape seminovas: da maior à menor valorização

A Mobiauto, start-up do segmento automotivo, fez uma pesquisa em sua base de dados nesta semana para verificar o comportamento de preços das picapes de médio/grande porte do Brasil. A equipe de Estatísticas da Mobiauto encontrou um resultado curioso: dos sete modelos verificados no levantamento (Chevrolet S10, Fiat Toro, Ford Ranger, Mitsubishi L200, Nissan Frontier, Toyota Hilux e VW Amarok), cinco deles colocaram versões entre as dez mais valorizadas e as dez mais depreciadas do país. As exceções foram a Amarok e a Ranger. Em suma: comprar uma picape seminova (2020 e 2021) no mercado brasileiro pode significar um mau ou um bom negócio – vai depender da versão escolhida.

“Esse tipo de minúcia só aparece quando você possui um banco de dados gigantesco para apurar as ofertas e as demandas, mas principalmente quando você utiliza a inteligência de um time de Estatística para interpretar o comportamento do mercado. Estou muito orgulhoso do nosso time. Imagine o que essa pesquisa vai ajudar a orientar os donos de picapes”, revelou Sant Clair Castro Jr, consultor automotivo e CEO da Mobiauto.

A Mobiauto, recém-incorporada ao Banco Pan, utilizou sua base de dados para pesquisar as unidades seminovas (modelo 2020 e modelo 2021) dessas picapes, apanhando as cotações médias de versões a diesel e flex apuradas entre junho e agosto de 2021 versus o mesmo período deste ano. Na média geral, as caminhonetes valorizaram 3,47% em um ano.

O mais curioso após a aferição das variações de preços foi, de fato, a presença de algumas versões de S10, Toro, L200, Frontier e Hilux entre as mais valorizadas e as que mais perderam cotações. E isso nem está relacionado diretamente ao combustível. A S10 a gasolina tem uma versão, a 2.8 CTDI LT 4WD cabine dupla, modelo 2021, que foi a quinta picape que mais valorizou no país, com alta de 9,37% em um ano. Em compensação, a 2.5 Ecotec LTZ 4WD cabine dupla 2020 anotou o quinto pior resultado de toda a pesquisa, com queda de 2,35%.

“Se entrarmos no detalhe do comportamento de preços de cada picape que mais valorizou, e as que mais perderam preços, vamos encontrar vários motivos: algumas versões tiveram vendas acentuadas para frotistas, que acabaram despejando grandes volumes de seminovas de uma só vez – e isso reduziu os preços”, avalia Sant Clair Castro Jr.

Para explicar as altas, ele diz que a falta de modelos 0km acentuou a valorização de outras versões, o que explica os percentuais mais elásticos. “O fato é: o comprador precisa consultar nossa tabela e apurar caso a caso as versões que são os melhores negócios”, diz o CEO da Mobiauto.

De uma forma geral, apanhando a média de valorização de todas as versões, a Toyota Hilux 2020 flex sagrou-se vencedora: 10,69% de alta no último ano. Mitsubishi L200 Triton a diesel e Chevrolet S10 flex, ambas 2021, aparecem em seguida, praticamente empatadas: 8,60% e 8,59%, respectivamente. Veja todos os dados na tabela em anexo.

Selo de valor de revenda – Com um índice de 9,8% de valorização, depois de um ano de uso, o Fiat Strada foi o veículo melhor avaliado na 9ª edição do Selo Maior Valor de Revenda – Autos, da Agência Autoinforme, em parceria com a Textofinal de Comunicação, que este ano contou com 18 categorias e o campeão geral. Com exceção de um modelo, todos os demais vencedores obtiveram índices positivos, apesar da realidade adversa do mercado interno brasileiro por conta da falta de veículos 0 km, provocada por desabastecimento de insumos (semicondutores, em especial) e, na outra ponta, a valorização de veículos seminovos, devido à elevada demanda.

“No ano passado, registramos que, dos 126 modelos pesquisados, 101 anotaram índices de valorização e apenas 25 obtiveram índices de depreciação. Este ano, com 119 modelos analisados, 78 obtiveram índices positivos e 41 negativos. À época, já afirmávamos que se tratava de um período muito atípico do mercado secundário de veículos seminovos”, explica Joel Leite, idealizador da certificação.

Dezoito modelos foram contemplados pelo Selo Maior Valor de Revenda – Autos 2022 em suas categorias:

Veículo de entrada: Fiat Mobi (valorização de 8,6%), Hatch compacto: Chevrolet Onix (valorização de 7,4%), Hatch médio: Chevrolet Cruze Sport (valorização de 3,6%); Elétrico acima de R$ 300 mil: Audi e-Tron (valorização de 0,4%); Híbrido até R$ 500 mil: Toyota Corolla Hybrid (valorização de 4,4%); Híbrido acima de R$ 500 mil: Volvo XC90 (valorização de 1,7%); Minivan: Chevrolet Spin (valorização de 4,1%); Picape pequena: Fiat Strada (valorização de 9,8%); Picape compacta: Renault Duster Oroch (valorização de 4,9%); Picape média: Chevrolet S10 (valorização de 9,6%); Sedã de entrada: Hyundai HB20B (valorização de 5,2%); Sedã compacto: Volkswagen Virtus (valorização de 6,7%); Sedã médio: Toyota Corolla (valorização de 6,7%); SUV de entrada: Volkswagen Nivus (valorização de 6%); SUV compacto: CAOA Chery Tiggo 5X (valorização de 4,7%); SUV médio: Porsche Macan (valorização de 9,%); SUV grande: Jeep Commander (valorização de 6,1%). Elétrico de até R$ 300 mil: Renault Zoe (depreciação de 0,20%).

HB20 Copa do Mundo – Como parceira da Fifa e patrocinadora da Copa do Mundo do Qatar 2022, a Hyundai lançou uma edição especial do HB20 (hatch e sedã). São quatro versões (com motor 1.0 aspirado e câmbio manual ou turbo com câmbio automático) baseadas na Confort. Para diferenciar, claro, alguns penduricalhos: faróis com projetores e luzes diurnas em LED, rodas de liga-leve pintadas de cinza, retrovisores em cinza e emblemas do torneio nos para-lamas dianteiros. Para o hatch, a oferta de spoiler traseiro. Ah, e o comprador vai ganhar uma bola de futebol.

Peças usadas, mas de fábrica – A Stellantis, dona de marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, lançou um programa no mínimo curioso, como descontos de até 40% na venda de peças remanufaturadas (ou, para ser mais claro, usadas). São 100 delas, como alternador, caixa de direção, câmbio automático, motor de arranque e turbocompressor. A Stellantis criou até uma empresa de economia circular chamada SUSTAINera para cuidar disso. A ideia é que, com ela e o reaproveitamento dessas peças, seja reduzido pela metade o uso de energia na produção e em até 80% a quantidade de materiais. Obviamente, será diminuída a emissão de carbono na natureza.

A estratégia 4R

• Remanufaturar – Peças usadas, gastas ou defeituosas são completamente desmontadas, limpas e remanufaturadas de acordo com as especificações originais. Quase 12 mil peças abrangendo 40 linhas de produtos, incluindo baterias de veículos elétricos, estão disponíveis.

• Reparar – As peças gastas são reparadas e reinstaladas nos veículos dos clientes. Em 21 locais ao redor do mundo, e-repair centers trabalham com baterias de veículos elétricos.

• Reutilizar – Aproximadamente 4,5 milhões de peças multimarcas em estoque, ainda em bom estado, são recuperadas de veículos em fim de vida e vendidas em 155 países por meio da plataforma de e-commerce B-Parts.

• Reciclar – Resíduos de produção e veículos em fim de vida são reinseridos no processo de fabricação. Em apenas seis meses, a unidade de negócios coletou 1 milhão de peças recicladas.

A garantia é de 12 meses para as peças usadas que forem compradas e instaladas nas concessionárias. Se o consumidor preferir comprar e instalar em seu mecânico de confiança, é de três meses.

Atenção, Paraíba: etanol vale a pena – Levantamento realizado pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas, mostra que na primeira quinzena do mês de outubro o etanol teve aumento de 0,87% no valor do litro, comparado ao mês anterior. O preço nacional médio foi de R$ 3,492. Mesmo com o aumento no valor, o etanol é uma opção vantajosa para abastecer nos estados do Mato Grosso (R$ 3,302), Goiás (R$ 3,388) e Paraíba (R$ 3,440). Isso se dá quando o preço dele está menor que 70% do valor do litro da gasolina (o cálculo desconsidera fatores como autonomias individuais de cada veículo). Dessa maneira, quem abastece nesses estados, pode escolher o etanol como a opção mais econômica. 

A defasagem do diesel – O Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) lança, nesta semana, seu painel com informes diários que contarão com análises das dinâmicas macroeconômicas, políticas e setoriais que impactam os preços dos combustíveis. Nesta primeira edição do documento, a consultoria avalia que o litro da gasolina e do diesel no Brasil segue com defasagem, respectivamente, de 6,72% e 12,40% no comparativo de preços com o mercado internacional. Neste momento, se o sistema de paridade global (PPI) fosse seguido, poderia ser anunciado um aumento de R$ 0,237 para a gasolina e R$ 0,69 para o diesel no país. O GLP continua com valores 36,67% acima dos praticados no exterior e poderíamos ter uma redução de R$ 1,01 em território brasileiro.

Este cenário pode ser explicado pela desaceleração econômica mais acentuada apontada nesta semana pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), reduzindo em 0,2% as projeções de crescimento global em 2023, o que afetou os contratos futuros de petróleo. O andamento de negócios no segmento de diesel foram mais resilientes e demonstraram recuperação.

iX40 elétrico: R$ 17 mil por mês – O charmoso e luxuoso BMW iX40 custa no Brasil exatamente R$ 667.950. Bem, mas agora você alugá-lo por meio de assinatura R$ 16.990 por mês – com direito a seguro, revisão etc. (nesse caso, no pacote de 48 meses e 1.000 km de franquia/mês). O xDrive40 está na lista de assinatura da Osten GO e tem dois motores de 326 cv e 63 kgfm de torque e autonomia de 425km com uma carga.

Manutenção: é melhor prevenir

Fazer a revisão do veículo é essencial para prevenir problemas, como acidentes e custos desnecessários – e mais altos. Mas como, quando, razões etc ? A LeasePlan, que atua há mais de 50 anos no mercado, fez uma pequena cartilha

Cuidados diários – É fundamental estar atento a alguns sistemas que precisam de cuidados quase diários. É o caso dos pneus, que precisam estar calibrados de acordo com o que é indicado pelo fabricante – e devem ser verificados constantemente. Além disso, também é importante checar o nível do óleo – até mesmo para evitar a fundição do motor. Setas, faróis e luzes de freio e de ré também devem ser olhados frequentemente, para evitar multas e, claro, acidentes!

O que checar?

➠Motor;

➠Embreagem;

➠Freios;

➠Câmbio;

➠Suspensão;

➠Fios;

➠Cabos elétricos;

➠Bateria;

➠Pneus,

➠Ar-condicionado;

➠Sistema de arrefecimento;

➠Filtro de ar;

➠Filtro de combustível;

➠Velas;

➠Iluminação (faróis e lanternas);

➠Radiador;

➠Sistema elétrico em geral (arranque, fusíveis etc.).

Qual a hora?

Leve em consideração o manual do veículo e a quilometragem rodada. De acordo com o modelo do veículo, a própria fabricante vai estipular qual é o tempo certo para fazer a manutenção preventiva. Geralmente, a revisão deve ser feita a partir dos 10 mil km rodados – ou em pelo menos 1 ano de uso.

Mas também é informado no manual do veículo que, dependendo do uso do próprio, a revisão pode ser feita até mesmo antes. É o caso de carros que rodam por estradas de terra, que precisam fazer a manutenção preventiva antes mesmo destes 1 ano ou 10 mil km rodados.

Mas se você for viajar, atenção! Antes de pegar estrada e fazer uma viagem longa, é muito importante fazer uma revisão para evitar imprevistos. Essa manutenção é fundamental para garantir a segurança do motorista e dos passageiros.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.