Furto em poço da Compesa compromete abastecimento de bairros da Zona Norte do Recife

Um dia após duas unidades operacionais da Compesa, localizadas no município de Sairé, Agreste pernambucano, serem alvos de ações criminosas, um poço que integra a Bateria de Poços da Guabiraba, Recife, também teve equipamentos e componentes elétricos furtados ontem (14).

O poço que foi alvo de vandalismo produz 15 litros de água por segundo e, sem este equipamento, fica comprometido o abastecimento, havendo ocorrência de falta de água ou queda de pressão em Nova Descoberta, Alto do Mandu, Alto Santa Isabel, Guabiraba, Córrego do Jenipapo, Brejo da Guabiraba e Brejo de Beberibe, áreas localizadas na Zona Norte do Recife. Os técnicos da Compesa estão adotando as providências para a reposição do material subtraído para a retomada da operação do poço na próxima terça-feira (17).

A bateria de poços da Guabiraba, situada no bairro de mesmo nome, atende localidades onde historicamente há uma dificuldade maior de distribuição devido à posição geográfica da região e ao crescimento acentuado da região. Com o novo ato de vandalismo contra o patrimônio público, foram afetadas 10 mil pessoas.

As iniciativas de furto de equipamentos e materiais de unidades operacionais penalizam ainda mais a população que já convive com situações de rodízio na distribuição. A Compesa explica que, além do abastecimento, existe o custo financeiro, recursos que poderiam ser aplicados na melhoria operacional das unidades.

A Compesa informa, ainda, que, apesar das medidas de segurança já adotadas, os criminosos continuam com suas investidas.  Por isso, a Companhia, além de solicitar o apoio das autoridades policiais, vai intensificar as estratégias de segurança a fim de evitar os furtos.

A alta da hashtag “#BISnuncamais” nas redes sociais colocou em evidência uma disputa de mercado que partiu para o campo político, após a contratação do influenciador Felipe Neto para ser garoto-propaganda da marca de chocolate Bis.

Felipe Neto é um crítico do antigo governo de Jair Bolsonaro (PL) e fez campanha pelo presidente Lula (PT) nas eleições de 2022. As informações são da CNN.

A campanha feita pelos simpatizantes e aliados do ex-presidente Bolsonaro pede que os seguidores deixem de consumir os produtos feitos pela Lacta, que produz o Bis e é controlada pela multinacional Mondelez. Alguns usuários das redes sociais chegam a sugerir que seja comprado o KitKat, fabricado pela concorrente Nestlé.

O Bis é uma das patrocinadoras da CCXP 2023, uma convenção voltada ao mundo geek, que acontece em novembro e a primeira aparição de Felipe Neto foi em um podcast patrocinado pela marca. Depois, ele mesmo publicou nas redes sociais o resultado da parceria. Aliados do presidente Lula, por outro lado, passaram a incentivar o consumo do Bis.

Algo em comum entre a empresa e o influenciador é o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, o Conselhão do governo Lula. Felipe Neto e Liel Miranda, presidente da Mondelez Brasil, integram o comitê que, segundo a Secretaria de Relações Institucionais, discute políticas públicas e propõe medidas que estimulem o crescimento econômico, o desenvolvimento e a equidade social.

A Mondelez informou, em nota, que a contratação de influenciadores está relacionada unicamente à relevância deles na internet, sem qualquer vínculo ou apoio político, e diz respeitar a diferença de opiniões. À CNN, a Nestlé disse que não se posicionará neste caso. A CNN busca contato com Felipe Neto.

O Ministério Público Eleitoral defendeu, neste domingo (15), que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja declarado inelegível, por abuso de poder político e econômico, além de conduta proibida a agentes públicos nas eleições.

O MP Eleitoral apresentou as chamadas alegações finais em três ações de investigação contra o político do PL e seu então candidato a vice, general Braga Netto. As alegações finais são a última etapa de tramitação antes do julgamento no plenário da Corte Eleitoral. O documento é assinado pelo vice-procurador-geral eleitoral (PGE) Paulo Gustavo Gonet Branco. As informações são do G1.

O caso se refere à disputa presidencial do ano passado. Nos processos, o TSE apura as condutas dos dois nos atos de 7 de setembro de 2022, quando foi comemorado o Bicentenário da Independência, em eventos em Brasília (DF) e no Rio de Janeiro (RJ). As ações sustentam que houve uso eleitoral dos eventos para a promoção da candidatura do ex-presidente.

“O primeiro investigado (Bolsonaro) preenche todos os pressupostos para a aplicação da pena de inelegibilidade em decorrência do juízo de procedência que os pedidos formulados nas iniciais merecem”, afirmou.

Para Gonet Branco, no entanto, não há provas de participação de Braga Netto nas irregularidades – por isso, o caso contra ele deve ser arquivado.

“Não há prova da participação do candidato a Vice-Presidente Walter Braga Neto nos fatos narrados, nem da sua anuência a eles. O investigado, por isso, não pode sofrer a pena da inelegibilidade pelo abuso de poder político”, pontuou.

Para o vice-PGE, houve a apropriação da estrutura do Estado para uso que não atende ao interesse público. “No caso, observa-se uma apropriação de segmentos da estrutura administrativa do Estado com desvirtuamento de atos oficiais comemorativos de data de singular relevância simbólica no calendário cívico”, ressaltou.

“A interferência desses atos sobre a lisura do pleito é inequívoca, com favorecimento da candidatura dos investigados, em detrimento dos seus concorrentes. O próprio modo de conduzir a captação do evento cívico pela campanha é, em si, suficientemente vexativo e apto para assinalar o elemento em exame da gravidade”, completou.

Além da sanção de inelegibilidade, o MP Eleitoral defendeu a aplicação de multa por conduta proibida, ainda a ser calculada.

Defesa

A defesa da chapa que concorreu à reeleição no ano passado sustentou que a ação deve ser arquivada, “diante da ausência de provas da prática de qualquer ato abusivo ou de conduta vedada aos agentes públicos”.

“Não houve qualquer ilegalidade nas manifestações públicas do 7 de setembro (cirurgicamente separadas e delimitadas dos atos oficiais). Não houve, muito menos, qualquer exploração eleitoral, efetiva e continuada, das imagens ou da força política geradas pelas manifestações, de forma que são totalmente improcedentes as imputações de abuso de poder ou uso indevido dos meios de comunicação”, pontuou.

“Em nenhum momento, os Investigados utilizaram dessas estruturas para realizarem discursos, tampouco para pedir votos”, concluiu.

Inelegibilidade

A decisão sobre o caso será tomada pelo plenário do TSE, em julgamento com data ainda a ser marcada. Os posicionamentos da defesa e do MP Eleitoral não vinculam, ou seja, não obrigam que os ministros sigam na mesma linha.

Se os ministros concluírem que não houve irregularidades, o caso é arquivado. Se concluírem que as ações procedem, podem condenar Bolsonaro e Braga Netto, ou apenas um deles, à inelegibilidade.

O ex-presidente já foi considerado inelegível por 8 anos em outro processo. Uma eventual inelegibilidade em outras ações não se soma à primeira punição.

Mas, se for aplicada, será mais uma sanção que a defesa terá de tentar derrubar em recursos, para garantir que Bolsonaro volte às urnas. São possíveis recursos tanto no próprio TSE quanto no STF.

Do UOL

Num esforço para garantir uma resposta internacional à crise no Oriente Médio, o Itamaraty negocia uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que consiga atender tanto aos interesses de Israel, das potências Ocidentais, dos russos, chineses e palestinos.

Numa das versões, obtidas pelo UOL, a proposta condena os “ataques terroristas do Hamas” e pede a libertação dos reféns israelenses, num sinal claro por parte do Brasil para evitar um veto dos EUA. Mas o texto também faz um apelo para que o governo de Benjamin Netanyahu abandone seu ultimato para que os palestinos deixem o norte da Faixa da Gaza.

O texto pede, acima de tudo, a criação de um “cessar-fogo humanitário” e o acesso às agências da ONU às populações mais necessitadas.

A avaliação do Brasil é de que o governo americano não aceitaria um texto sem que uma referência explícita de condenação ao Hamas seja incluída. Mas a questão seria como acomodar os interesses americanos e israelenses e, ao mesmo tempo, incluir no texto cobranças contra o governo de Tel Aviv. Sem isso, seriam os russos e chineses quem se recusariam a aceitar um texto.

O Brasil preside o Conselho de Segurança no mês de outubro e vê a oportunidade como um espaço para conseguir um protagonismo no debate sobre a guerra. Inicialmente, um texto apresentado pelo Kremlin foi circulado entre os governos. Mas a proposta não fazia referências ao Hamas. O processo, assim, passou para as mãos do Itamaraty, que proliferou consultas e reuniões ao longo do fim de semana.

Não se descarta que a votação possa ocorrer na segunda-feira. Mas a esperança de diplomatas é de que, antes, haja espaço para calibrar as referências aos dois campos, tanto sobre o Hamas como Israel.

A missão brasileira é das mais complicadas. Segundo diplomatas, nenhuma resolução é aprovada no Conselho de Segurança da ONU sobre a questão palestina desde 2016.

Esses são os principais trechos de uma das versões do rascunho da resolução que circulou no fim de semana entre governos:

  • Condena firmemente toda violência e hostilidades dirigidas contra civis e todos os atos de terrorismo;
  • Rejeita e condena inequivocamente os hediondos ataques terroristas do Hamas que ocorreram em Israel a partir de 7 de outubro de 2023 e a tomada de reféns civis;
  • Solicita a libertação imediata e incondicional de todos os reféns civis, exigindo sua segurança, bem-estar e tratamento digno em conformidade com o direito internacional;
  • Insta o fim de todas as medidas que resultem na privação de objetos indispensáveis à sobrevivência dos civis, incluindo eletricidade, água, combustível, alimentos e suprimentos médicos;
  • Solicita que as autoridades israelenses revoguem imediatamente a ordem de evacuação de civis e funcionários da ONU de todas as áreas de Gaza ao norte de Wadi Gaza e de realocação no sul de Gaza;
  • Solicita um cessar-fogo humanitário para permitir o acesso humanitário total, rápido, seguro e sem obstáculos para as agências humanitárias das Nações Unidas e seus parceiros de implementação, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e outras organizações humanitárias imparciais, e incentiva o estabelecimento de corredores humanitários e outras iniciativas para a entrega de ajuda humanitária aos civis:
  • Salienta a importância de um mecanismo humanitário de redução de conflito para proteger as instalações da ONU e todos os locais humanitários, e para garantir a movimentação de comboios de ajuda;
  • Enfatiza a importância de evitar o alastramento na região e, nesse sentido, pede a todas as partes que exerçam o máximo de contenção e a todos aqueles que têm influência sobre elas que trabalhem para atingir esse objetivo.

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, minimizou neste sábado (14) a inadimplência de países como a Venezuela. As principais dívidas somam US$ 1,12 bilhão (R$ 5,69 bilhões na cotação atual), segundo dados divulgados pela instituição até 30 de junho deste ano.

Mercadante afirmou que não há motivos para “nhenhenhem” quando questionado sobre calotes dados na instituição pública de fomento e no país. Ele participou do 1° Fórum Internacional da Esfera Brasil, em Paris. Após o evento, Mercadante concedeu entrevista e disse que as dívidas pendentes são “irrelevantes”. As informações são do Estado de Minas.

“O relevante é olhar para frente, de como é que nós vamos construir o crescimento das exportações e o desenvolvimento do Brasil. Vocês [jornalistas] ficam com esse ‘nhenhenhem’, que é uma coisa absolutamente irrelevante para o BNDES”, afirmou.

Três países devem juntos mais de R$ 5 bilhões ao Brasil. A Venezuela soma US$ 739 milhões (R$ 3,76 bilhões), enquanto Cuba, US$ 261 milhões (R$ 1,33 bilhão), e Moçambique, US$ 122 milhões (R$ 620,7 milhões). O BNDES financiou a chamada exportação de serviços aos países durante gestões petistas passadas.

Nessa modalidade, entram obras realizadas por empresas brasileiras, e o FGE (Fundo Garantidor de Exportações), com recursos do Tesouro, cobre eventuais inadimplências.

Segundo dados do BNDES, até junho deste ano, o FGE já ressarciu a instituição em US$ 1,09 bilhão na soma dos três países citados. O porto de Mariel, em Cuba, e parte do metrô de Caracas, por exemplo, foram financiados dessa forma.

“Exportação de serviços no BNDES nunca foi mais do que 1,3% do desembolso. Então é irrelevante. E é altamente rentável, historicamente, para o BNDES, inclusive para o Brasil. O Fundo Garantidor, o FGE da União, tem um superávit hoje de R$ 7,5 bilhões”, afirmou Mercadante.

Segundo o presidente do BNDES, “eventuais inadimplências” não quebram o Brasil. “O país atrasa o pagamento, sempre recupera, em algum momento volta a pagar. E o BNDES é um banco público, é um banco paciente, que vai continuar cobrando e esperar que tudo seja pago”, disse.

Questionado sobre se o Brasil vai estimular novos projetos no exterior, ele afirmou que não há previsão de iniciativas semelhantes. 

Mercadante destacou o que considera pontos positivos do banco público neste primeiro ano da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Afirmou que o BNDES aumentou em 40% as aprovações de financiamento e duplicou o apoio às exportações de produtos industrializados em relação a 2022. 

“É isso que conta, gerar emprego e investimento, aprimorar e melhorar as práticas do banco, que é um banco extremamente rigoroso e competente. A inadimplência no BNDES é 0,01%. Me apresente algum banco no mundo que seja mais transparente que o BNDES, que seja mais rigoroso com os seus critérios”, disse.

Petroleiros aposentados anunciaram, nesta sexta-feira (13), o fim da greve de fome que mantinham há 18 dias na Venezuela, após chegarem a um acordo para a compensação de aposentadorias “dignas” com autoridades da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA). 

“Companheiros, hoje suspendemos a greve […] já que, no dia de hoje, na Assembleia Nacional, chegamos a um acordo entre as partes”, anunciou Julio Blanco, porta-voz dos grevistas, em vídeo difundido à imprensa após seu encontro com representantes da petrolífera estatal e uma comissão do Parlamento. As informações são da AFP.

Blanco e seus três companheiros começaram a greve de fome em 25 de setembro, junto com outros cinco ex-funcionários que abandonaram o movimento com o passar dos dias. Foi a segunda medida desse tipo realizada no mesmo mês.

Os aposentados reivindicam os dividendos de um fundo de pensão ao qual destinaram 3% de seus rendimentos mensais durante décadas, e aos quais não tiveram acesso em meio ao colapso da companhia, afundada em diversos casos de corrupção.

Mais de 37.000 pensionistas da Petróleos de Venezuela estão nesta situação e, segundo explicam, cada um deveria receber 660 dólares (cerca de 3.300 reais) por mês derivados dos juros do fundo de pensão para o qual contribuíram, mas só recebem 180 (R$ 910).

Com base em suas denúncias, a petrolífera tem uma dívida com eles que chega a 2,7 bilhões de dólares (R$ 13,6 bilhões), mais 1,76 bilhão (R$ 8,9 bilhões) em conceito de juros.

Em cidades como Maracaibo, no estado de Zulia (noroeste), berço da indústria petrolífera, ex-funcionários se reuniram nas sedes administrativas da PDVSA em “solidariedade” com seus companheiros em greve de fome.

“Embora eu não esteja de acordo com a greve de fome por seu risco para a vida, apoiamos os companheiros porque é uma luta de muitos anos de nós, os aposentados”, disse à AFP Douglas Pereira, um dos manifestantes em Maracaibo. 

Em 18 de outubro está previsto um novo encontro entre os funcionários aposentados e representantes da PDVSA no Parlamento para abordar as vias de pagamento da dívida, assistência médica e outros benefícios como a entrega de cestas de alimentos.

A Assembleia Nacional, mediante a comissão de assuntos sociais, vai atuar como “mediadora” entre os aposentados e a PDVSA, ressaltou Pereira.

Nesta segunda (16), famílias de pessoas com deficiência, autismo e doenças raras realizam uma mobilização pacífica em frente ao Palácio do Campo das Princesas, no bairro de São José, centro do Recife. A concentração acontece a partir das 9h, e tem como objetivo cobrar do Governo de Pernambuco as promessas realizadas, que ainda não foram concretizadas em prol desse público. 

Da sede do governo do Estado, seguirão em caminhada até o Ministério Público de Pernambuco. A expectativa é que cerca de 200 famílias de todo o Estado participem da ação. De acordo com a ONG Amar –  Aliança de Mães e Famílias Raras – é necessário a construção de um centro de referência multidisciplinar. As informações são da CBN.

No dia 17 de novembro, o Mirante do Paço, um novo espaço de eventos localizado no antigo Arcádia do Paço Alfândega, na área central do Recife, abre suas portas com show premium do cantor José Augusto. Quem for assistir ao show terá, além da vista privilegiada da capital pernambucana, uma área ampla e moderna, instalações voltadas ao conforto, além de um terraço panorâmico.

Os ingressos podem ser adquiridos, de forma física, nas unidades da Casa do Pará, Trois Barbearia e nos balcões do Ingresso Prime dos shoppings Recife, Rio Mar, Tacaruna, Caruaru Shopping e Shopping Vitória. Os tickets também estão sendo vendidos de forma online no site Evenyx.

A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro respondeu a um post do ex-apresentador da Jovem Pan, Tiago Pavinatto, associando a morte da influenciadora Karol Eller, 36 anos, ao processo de reorientação sexual ao qual ela se submeteu. Eller era lésbica e apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Michele escreveu que a causa da morte de Eller foi a depressão decorrente de uma “vida de abusos”. O comentário da ex-primeira dama foi favoritado por Pavinatto e teve mais de 12.000 curtidas. As informações são do Poder360.

Em seu perfil no Instagram, Pavinatto afirmou que a causa da morte da influenciadora foi sua ingressão no processo de reorientação sexual e que as pessoas responsáveis por incentivar Eller a se submeter a isso tiveram um papel crucial no evento subsequente.

O ex-apresentador disse que não existe comprovação científica de que a reorientação sexual seja possível ou que traga qualquer benefício. Ele também declarou que a fé cristã deve apoiar a essência de todos que busquem a religião e não promover danos psicológicos a seus adeptos.

“É na condição de homossexual convicto e, ao mesmo tempo, entusiasta do cristianismo e profundo conhecedor do bem que a obra cristã legou à humanidade que devo dizer: o suicídio de Karol Eller decorreu do seu ingresso em processo de reorientação sexual”, disse o ex-apresentador.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes defendeu o papel da Corte e disse que muitos políticos não estariam onde estão hoje se não fosse o enfrentamento da Operação Lava Jato pelo STF, incluindo o presidente Lula.

“Muitos dos personagens que hoje estão aqui, de todos os quadrantes políticos, só estão porque o Supremo enfrentou a Lava Jato. Eles não estariam aqui. Inclusive o presidente da República, por isso é preciso compreender o papel que o Tribunal desempenhou”, disse Mendes, durante a participação no evento Esfera Internacional Paris. As informações são da CNN.

O decano do STF disse que poderíamos estar “contando uma história de derrocada, mas estamos contando história de vitória do Judiciário e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)”, referindo-se aos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro.

Ele acrescentou que não se deve esquecer do papel do STF durante os ataques golpistas. “É fundamental aquela frase que eu disse do [escritor checo] Milan Kundera: ‘A luta contra o poder, ou contra o poder absoluto, ou abusivo também envolve uma luta da memória contra o esquecimento’. E a gente passa borracha muito rapidamente nesses fatos”, disse Mendes.

As declarações foram dadas a jornalistas depois de o ministro ter participado do painel “Agenda Brasil”, junto ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU).

Depois de um começo de mandato segurando propostas que limitavam o poder do STF, nas últimas semanas, Pacheco passou a defender esse tipo de pauta, como o projeto que limita o mandato de ministros do STF.

Durante o painel, Pacheco negou que haja enfrentamento entre o Congresso e o STF, mas disse que nenhum Poder tem o monopólio da razão e que é “preciso ousar mudar”.

“Não há de nossa parte, quero afirmar aqui na presença do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, e do decano ministro Gilmar Mendes, que não há absolutamente de nossa parte nenhuma perspectiva de retaliação ou de enfrentamento ou de guerra com o Supremo Tribunal Federal”, disse Pacheco.

Mendes concordou que Pacheco sempre esteve ao lado do STF. “O presidente Pacheco foi muito solidário com o Supremo e com o TSE naqueles tempos difíceis e acho que isso precisa ser reconhecido”, disse.

Mas em seguida, Mendes afirmou que o STF não é a instância que deve ser criticada e que o primeiro foco de qualquer reforma sempre é o Supremo, sendo que há outros temas a serem discutidos, como o semipresidencialismo e as emendas parlamentares.

Em linha com o discurso feito um dia antes pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, o decano defendeu que a Corte tem protagonismo no Brasil porque é chamada a se pronunciar sobre diversos temas, devido à facilidade com que ações chegam ao Supremo.

Gilmar Mendes rebate críticas do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy sobre Barroso

No primeiro dia do evento Esfera Paris, o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, que participou de um dos painéis, afirmou que o presidente do STF fez um discurso com orientação política e, diante do tom da fala, disse que Barroso estaria pronto para ser presidente do Brasil.

Questionado sobre as falas de Sarkozy e sobre o fato de juízes da Suprema Corte na França terem papel mais discreto do que no Brasil, Mendes rebateu as críticas. “Cada país com as suas peculiaridades. Nós temos a nossa cultura constitucional. E a rigor não significa que a nossa cultura constitucional seja ruim. Porque a gente tem muito esse complexo de vira-lata, não é?”, afirmou.