‘Minuta do golpe’, Musk e Moraes: o que esperar dos discursos no ato pró-Bolsonaro no Rio

Do Estadão

Com o avanço das investigações da Polícia Federal (PF) sobre uma tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou nova manifestação para este domingo (21), na Praia de Copacabana, no Rio. Como na edição anterior, em São Paulo, o evento busca reunir milhares de apoiadores para uma demonstração de apoio popular ao ex-mandatário, que é suspeito de envolvimento na trama golpista que culminou nos ataques de 8 de Janeiro.

O ato na Avenida Paulista, em fevereiro, foi marcado por um pedido de anistia de Bolsonaro para os presos do 8 de Janeiro e pela grande presença de bandeiras de Israel após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparar as ações militares israelenses ao Holocausto. Desta vez, a manifestação é impulsionada pela campanha disseminada pelo bilionário Elon Musk contra o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o ministro Alexandre de Moraes.

O pastor Silas Malafaia, que participa da organização do ato, não esconde que o movimento deste domingo pretende capitalizar a discussão criada por Musk, que acusa Moraes de promover censura nas redes sociais. Em 2022, o bilionário comprou o Twitter (agora X) por US$ 44 bilhões. De lá para cá, a plataforma não só mudou de nome, como também alterou os seus termos de uso, dificultando o trabalho da Justiça brasileira.

Para Musk e aliados de Bolsonaro, as decisões de Moraes no âmbito do inquérito das milícias digitais têm atropelado os princípios do devido processo legal, restringindo a liberdade de expressão por meio da remoção de perfis em redes sociais. Para especialista ouvido pelo Estadão, o ministro do Supremo atravessou o limite em nome da democracia e por achar que as redes são risco.

“(Vamos repercutir) o que o Elon Musk denunciou e que, com todo o respeito, já venho fazendo faz dois anos, inclusive chamando o (ministro) Alexandre de Moraes de ‘ditador da toga’”, afirmou Malafaia, neste sábado (20), sobre os discursos do ato. Ele acrescentou que a minuta do golpe, documento encontrado pela PF que, em resumo, previa uma intervenção no Poder Judiciário para impedir a posse do presidente Lula, também será tema do evento.

Investigações policiais apontam que Bolsonaro não apenas tinha conhecimento da minuta, como também teria dado sugestões para a redação final do decreto de teor golpista. A estratégia dos bolsonaristas é dizer que a minuta golpista trata-se da “maior fake news da história do Brasil”. “Nós vamos destroçar essa conversa fiada”, disse o pastor sobre os apontamentos da polícia.

No ato de fevereiro, Bolsonaro buscou minimizar a existência do documento. “Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração. Nada disso foi feito no Brasil. Por que continuam me acusando de golpe? Porque tem uma minuta de decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Deixo claro que estado de sítio começa com presidente convocando conselho da República. Isso foi feito? Não”, disse.

A manifestação bolsonarista deste domingo está prevista para começar às 10 horas. Ao todo, é esperada a presença de 60 parlamentares e pelo menos três governadores, incluindo o chefe do Executivo paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A previsão é a de que no máximo dez pessoas discursem, contando com Jair e Michelle Bolsonaro, Malafaia e os congressistas Magno Malta, Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer.

A ex-primeira-dama Michelle, que em São Paulo falou ao público por 15 minutos, deve repetir o discurso e o tom religioso das declarações, ao lado do marido. Em um vídeo publicado na última sexta-feira (12) em seu perfil no Instagram, Michelle convidou para o ato no Rio dizendo que eles vão “mostrar para o mundo” que estão “posicionados em Deus”.

O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, já está no Rio de Janeiro para participar do ato bolsonarista que será realizado amanhã, a partir das 10h, em Copacabana. Enquanto não chega o momento da manifestação, o ex-ministro, que também é sanfoneiro, tem animado nos bastidores tocando para os seus colegas.

Confira

A Direita se mostra cada vez mais unida e mobilizada. Para confirmar isso, está programado para amanhã, em Copacabana, no Rio de Janeiro, um ato com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL)  diz que,  motivados  pelo espírito de luta pela democracia, deputados estaduais, deputados federais, governadores e presidentes do Partido Liberal nos estados confirmaram presença na mobilização de amanhã.

A comitiva pernambucana inclui o ex ministro do Turismo e Cultura e pré-candidato a prefeito do Recife, Gilson Machado, o presidente do PL em Pernambuco, Anderson Ferreira, os deputados federais Coronel Meira, Fernando Rodolfo, André Ferreira, Pastor Eurico; os deputados estaduais Coronel Alberto Feitosa, Joel da Harpa e Abimael Santos.

“Isso mostra a nossa união nos propósitos do presidente Bolsonaro e nossa integral solidariedade a toda injustiça pela qual ele está passando”, reforçou Feitosa.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) vão monitorar o ato que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) irá promover neste domingo (21), em Copacabana, no Rio de Janeiro. Mas, diferentemente da expectativa que havia sido criada para o primeiro desses eventos, realizado na Avenida Paulista em fevereiro, os ministros não acreditam que ele se deterá em atacar a Corte ou em reprisar com muita insistência os episódios do 8 de janeiro do ano passado.

Como da outra vez, porém, deve assinalar a ameaça de que o País “está próximo de se tornar uma ditadura” e que os brasileiros de bem necessitam tomar as ruas em defesa da democracia. Também como fez no comício da Avenida Paulista, Bolsonaro está pedindo aos seus seguidores que não levem faixas e cartazes com ataques aos ministros do Supremo. As informações são do Estadão.

O pastor Silas Malafaia, um dos organizadores da manifestação, postou no X (antigo twitter) um vídeo de Bolsonaro em que o ex-presidente reafirma que será um ato pacífico em defesa da democracia, sem cartazes e sem faixas. “Vamos lá, fazer essa manifestação que, novamente, servirá para uma fotografia para o mundo e para nós discutirmos aí, realmente, o nosso Estado Democrático de Direito”, afirmou na gravação.

Desde o governo do ex-capitão, a orla de Copacabana se tornou território bolsonarista. Ali, Bolsonaro fez praticamente todos os seus atos públicos e chegou a tentar transferir a parada militar de 7 de Setembro da Avenida Getúlio Vargas – onde acontece tradicionalmente todos os anos – para a praia. No fim não deu certo e o Rio ficou sem o desfile.

Embora não vá deixar de lado a defesa em causa própria sobre a suposta tentativa de golpe frustrada e nem os pedidos de anistia para os vândalos que invadiram as sedes dos Três Poderes, Bolsonaro vai destacar as críticas do empresário Elon Musk ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Musk acusa Moraes de censurar publicações e defendeu o impeachment do ministro, prometendo que publicaria em breve ordens de Moraes que, segundo ele, violam as leis brasileiras. Em outra bravata disse que descumpriria as ordens judiciais brasileiras.

Por fim, Musk conseguiu um relatório produzido por uma comissão parlamentar nos Estados Unidos, intitulado “O ataque contra a liberdade de expressão no exterior e o silêncio da administração Biden: o caso do Brasil”. A comissão é presidida pelo republicano Jim Jordan, muito ligado ao ex-presidente Donald Trump.

Em nota divulgada nesta quinta, a assessoria de imprensa do STF afirmou que os documentos reproduzidos no relatório da comissão parlamentar norte-americana não se tratam “das decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas sim dos ofícios enviados às plataformas para cumprimento da decisão”.

Portanto, se imagina que Bolsonaro usará o tema e o confronto entre Musk e Moraes para animar seus apoiadores e repetir o questionamento de por que o ministro defende a censura, tentando tirar do ar publicações que considera inapropriadas.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), confirmou nesta sexta-feira (19) sua presença no ato marcado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na praia de Copacabana. Ele indicou que usará o evento para criticar a ação da Procuradoria Regional Eleitoral que pede a cassação de seu mandato.

Os dois processos contra Castro e mais 12 aliados estão na fase final de tramitação no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). A Procuradoria o acusa de abuso de poder político e econômico em sua campanha de reeleição ao governo do estado, em 2022.

Já no Rio de Janeiro, onde será realizado um grande ato bolsonarista em Copacabana, o ex-presidente Jair Bolsonaro, vestido com a camisa do Santa Cruz, gravou um vídeo na manhã de hoje para convidar a população para participar do movimento que será realizado amanhã, a partir das 10h.

Rodeado de jovens da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), que realizavam um luau na Barra da Tijuca, o ex-presidente demonstrou bom humor e aproveitou a ocasião para o convite, registrado em vídeo. “Amanhã, todo mundo em Copacabana”, disse Bolsonaro.

Confira

Cerca de 300 membros de comissões da OAB-RJ pediram renúncia coletiva, esta semana, depois da exoneração do então presidente da Comissão de Direitos Humanos, Ítalo Pires Aguiar. Ele queria pedir a reabertura dos inquéritos da Delegacia de Homicídios presididos pelos delegados Rivaldo Barbosa e Giniton Lages, envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco.

Ítalo Aguiar afirmou que uma das razões apontadas pelo presidente da OAB, Luciano Bandeira, foi o constrangimento causado pelo anúncio desse pedido de reabertura, mas, de acordo com o advogado, diversas exonerações aconteceram depois da sua saída, com a justificativa de que não estavam alinhados à candidatura oficial para sucessão de Bandeira, nas eleições de novembro. As informações são do portal CBN.

“Tem feito exonerações sucessivas e a exaustão de pessoas que não estão comprometidas com a candidata que ele aponta como sua sucessora. Então, na verdade, quem está adiantando o processo eleitoral é o próprio presidente, que fez um grande expurgo nos últimos dias de quem ele acredita que não está contando com ele a pré-candidatura que ele apoia”, explica.

A sucessora do presidente da OAB seria Ana Tereza Basílio, atual vice-presidente da Ordem. De acordo com o secretário-geral da OAB, Álvaro Quintão, que renunciou após a exoneração de Ítalo Aguiar, a candidata se apresenta como defensora do campo conservador da advocacia. Por isso, a reabertura do caso Marielle poderia entrar em conflito com a candidatura.

“A vice-presidente que está se lançando candidata, ela se associou à Associação de Juristas Conservadoras, que é ligado ao Flávio Bolsonaro, ao Ives Gandra, que fizeram aquele parecer, dizendo que o artigo 142 da Constituição permitiu uma intervenção militar. Essa semana, por exemplo, ela estava num evento com duas chapas que concorreram, nas últimas eleições, ligadas ao bolsonarismo. Isso, de fato, vem acontecendo. Hoje, eu posso dizer, sem dúvida alguma, que ela está caminhando junto com esse posicionamento. Se isso foi exatamente o motivo que levou o presidente a tomar essa decisão, eu não posso afirmar”, diz.

Além do ato de renúncia coletiva, os integrantes da Comissão de Direitos Humanos pretendem criar uma comissão popular de Direitos Humanos. Ítalo Aguiar disse que o objetivo é continuar com uma atuação forte e se colocar à disposição para manter o trabalho que era feito na OAB.

“Nessa oportunidade, vai ser anunciado que nos organizaremos a partir de uma comissão popular que possa continuar acompanhando e interferindo na agenda de direitos humanos. O Rio de Janeiro é um caos, em termos de violação de direitos humanos. Vai ser um momento solene de anúncio público e, a partir de então, vamos nos organizar”, destaca.

O mototaxista que ajudou Erika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, a colocar o idoso Paulo Roberto Braga, de 68 anos, no carro do motorista de aplicativo disse, em depoimento, que ele estava vivo na hora que foi colocado no veículo para ir até a agência bancária no calçadão de Bangu, na Zona Oeste do Rio, na tarde de terça-feira. As informações são do portal G1.

No depoimento, feito na tarde de ontem, o mototaxista disse que foi chamado por Erika para ir até sua casa e ajudar a colocar Paulo Roberto no carro, e que percebeu que ele ainda respirava e tinha força nas mãos. Isso teria acontecido, segundo ele, por volta das 12h20. Ele afirma que, quando entrou na casa, viu Paulo Roberto deitado na cama. O motorista de aplicativo que levou Erika e Paulo, também disse, em depoimento, que quando foi retirado do carro por Erika, ao chegar no shopping próximo a agência bancária, Paulo segurou na maçaneta do carro.

Após chegar na agência bancária, funcionários do banco suspeitaram da atitude de Érika de Souza Vieira Nunes e acionaram o Samu e, posteriormente, a polícia. Erika foi conduzida à delegacia para prestar esclarecimentos à tarde e, à noite, foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver.

A gerente do banco onde foram feitas as imagens de celular de Érika falando com as atendentes enquanto estava com o idoso também prestou depoimento. Ela disse que viu uma mulher acompanhada de um idoso na cadeira de rodas, que aparentava estar muito debilitado, e que foi entender do que se tratava.

A gerente também disse que, ao perceber que o idoso não estava bem, pediu a Érika que o tio dela assinasse um papel antes de pegar o dinheiro e percebeu que, durante todo o processo, Paulo Roberto não respondia, e tinha aspecto pálido. Diante da situação, o Samu foi chamado.

O médico do Samu chamado para o banco afirmou que, ao fazer a reanimação cardiorrespiratória, verificou que Paulo Roberto estava morto, e que o corpo já apresentava manchas que normalmente aparecem só depois de duas horas de um óbito.

Em áudios enviados em grupos de WhatsApp, funcionários do banco afirmam que desde o momento em que Érika e Paulo Roberto entraram na agência, já havia a percepção de que alguma coisa estava errada. “Eu abri a porta, para sair. A menina dos serviços gerais falou assim: ‘parece que o homem tá morto!’. Eu falei assim: ‘quem, gente?’. Aí ela: ‘Ali!’. E apontou. E a mulher tentando levantar a cabeça dele, pegando na mão dele, pegando para ele assinar, só que ele nem se mexia”, relatou uma testemunha.

O Globo

Após rejeitar uma aliança com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e perder toda a sua bancada de vereadores na Câmara Municipal, o PSDB agora recalcula a rota em busca de um rumo para o partido na eleição municipal de São Paulo, cidade que tem o maior colégio eleitoral do país e é berço político da legenda. As alternativas sobre a mesa envolvem os nomes de Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena (PSB), Kim Kataguiri (União Brasil) e Andrea Matarazzo (PSD), que deixou a sigla em 2016.

Nos últimos dias, a filiação de Datena passou a ser uma das opções estudadas. O apresentador se filiou ao PSB em dezembro do ano passado, com a expectativa de ser indicado como vice na chapa da deputada federal Tabata Amaral, pré-candidata do PSB. 

A aliança com o PSDB tornou-se a principal prioridade de Tabata na pré-campanha. No entanto, além da disputa por Datena, outros dois fatores contribuem para afastar a deputada dos tucanos. O mais significativo é o veto da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), a uma composição com o PSB. Ela considera que seria como se aliar ao “inimigo”, já que o PSB é o partido do prefeito do Recife, João Campos, adversário de Lyra no estado e namorado de Tabata. Além disso, há o cenário de um possível segundo turno entre Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes, no qual Tabata provavelmente apoiaria o líder dos sem-teto. Alguns tucanos consideram “contraditório” o partido apoiar o mesmo candidato que o PT na capital paulista, onde as duas legendas sempre foram rivais.

Diante de tantas incertezas, alguns membros do PSDB ainda mantêm a expectativa de que José Aníbal, presidente do diretório municipal, possa ser o candidato do partido na eleição. Por outro lado, aliados de Nunes também esperam que o PSDB apoie sua reeleição. Segundo o entendimento do entorno do prefeito, cabe à federação PSDB-Cidadania, liderada pelo prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), dar a palavra final sobre o posicionamento da sigla na eleição municipal.

Por Cláudio Soares*

É precipitação julgar o rapaz. É necessário estabelecer uma análise das perícias. Outra, se ele não estava alcoolizado e pegando rachas em via pública, e não tinha a intenção de matar aquela vítima, a tipificação é crime culposo e não doloso.

Em relação ele ter se evadido do local, pode ter sido para evitar a chegada de parentes da vítima e evitar agressões. Nesses casos, o condutor do veículo que bate ou atropela não tem obrigação de ficar no local para oferecer socorros. Ele pode agir por socorros estando fora da localidade. Mais uma, a polícia já estava no local quando ele foi embora com sua mãe. Tem gente julgando o porsche e não as circunstâncias envolvidas.

Parece haver uma série de nuances e circunstâncias a considerar neste caso específico. A análise do acidente envolve múltiplos aspectos legais e éticos, incluindo a determinação da culpa, a presença ou ausência de álcool, a ação do condutor após o acidente e a presença da polícia.

É fundamental examinar todas as informações disponíveis e considerar os diferentes pontos de vista antes de tirar conclusões precipitadas. Cada detalhe pode ter um impacto significativo na interpretação do evento e na justiça a ser aplicada.

Como já havia polícia no local, eu entendo que não qualifica a omissão de socorro, é importante você ver as imagens do acidente para ter a certeza que a causa foi o absurdo excesso de velocidade da porsche. Como ele se evadiu do local, perdeu-se a oportunidade de verificar se estava ou não alcoolizado, o que seria o grande agravante desse caso.

Culpado ele é, mas com a saída do local do acidente ele não deve ser condenado da acusação de crime doloso, o que ocorreria se estivesse sido comprovado que estava alcoolizado.

É vital examinar todas as evidências, incluindo imagens do acidente, para entender completamente a situação. A presença da polícia no local pode influenciar a interpretação dos eventos.

A saída do condutor do local do acidente pode complicar a determinação da culpa, especialmente se não houver evidências claras de intenção de fugir. No entanto, a investigação sobre o possível envolvimento de álcool é fundamental para uma avaliação justa e precisa do caso.

*Advogado e jornalista

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), afirmou ter sido “um erro” escolher o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido) para comandar a Secretaria Especial de Ação Comunitária, em outubro passado. O parlamentar foi preso no último domingo (24), sob suspeita de ter mandado matar a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).

“Foi um erro da minha parte colocar no governo uma pessoa que tinha suspeita no caso”, resumiu Paes, durante evento neste sábado (30). “Posso aqui ter todas as desculpas do mundo, foram seis anos [de investigação] e todo mundo já tinha sido acusado de tudo, mas errei. O mais importante quando se erra é consertar o erro.” As informações são da Carta Capital.

Esta é a primeira vez que o prefeito se manifesta publicamente sobre a prisão de Brazão. O deputado, seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil fluminense Rivaldo Barbosa são acusados de encomendar a morte de Marielle ao ex-policial militar Ronnie Lessa.

A indicação de Chiquinho aconteceu em meio às negociações de Paes com o Republicanos por apoio nas eleições deste ano. “A gente entende que os quadros que tínhamos do Republicanos aqui não eram adequados. Queremos alianças, mas as alianças têm que ter um limite”, disse o prefeito.

Dois dias depois da prisão dos irmãos Brazão, Paes exonerou ao menos seis aliados do parlamentar que continuavam na gestão municipal. Entre os alvos da canetada está o ex-deputado Ricardo Abrãao, sobrinho do bicheiro Anísio Abrão David – ele havia substituído Chiquinho no comando da pasta.