PSDB oficializa Datena como candidato à Prefeitura de SP em evento tumultuado

O apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB) foi oficializado, pela primeira vez em sua vida, como o candidato. Depois de sucessivas desistências, o jornalista é apresentado como candidato à Prefeitura de São Paulo durante convenção realizada ontem, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O evento começou marcado por bate-boca e tumulto na entrada do prédio por parte da militância do partido, e confirmou o ex-senador José Aníbal (PSDB) para compor a vice da chapa. A oficialização do jornalista acontece em meio a desacordos internos na sigla envolvendo um grupo favorável à reeleição do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).

“Parece que nasci para este dia. Meus anos de vida me prepararam para hoje“, anunciou Datena, ao reforçar sua candidatura. “A força do partido está aqui dentro (no auditório da convenção). Lá fora (manifestantes) são canalhas financiados todo mundo sabe por quem. Quem deu dinheiro para carro de som do povo lá fora? Esse prefeito ‘pés de barro’, não posso afirmar, mas será investigado. Financiou esses camisas pretas aí de fora”, acusou o agora candidato sobre os participantes da manifestação contrária à sua candidatura. E acrescentou: “Aceitamos o voto do bolsonarista que não vai votar no Nunes porque sabe quem ele é. Aceitamos o voto do lulista que não votará no Boulos porque sabe quem ele é.”

A campanha de Nunes disse que as declarações do jornalista “serão avaliadas pelos advogados da pré-campanha do prefeito para a tomada de possíveis medidas jurídicas”.

No evento, Datena reforçou que a polarização apenas interessa à Lula e Bolsonaro, e voltou a chamar seus adversários Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) de “marionetes” de seus padrinhos políticos. Visivelmente incomodado com tumultos e manifestações que ocorreram antes da convenção do lado de fora do prédio, o jornalista, batendo na mesa, ressaltou: “Não somos extremistas. Aqui nesse lugar não tem covarde.”

O ex-senador e, agora, candidato à vice-prefeito pela ‘chapa puro-sangue’, José Aníbal, reforçou que Datena é candidato “popular”, alfinetando os outros concorrentes do pleito. “Nenhum dos candidatos que estão aí têm a expressão popular que ele tem”.

Manifestantes da ala que apoia a reeleição de Nunes no PSDB foram barrados de entrar na convenção pela própria organização da legenda.

Com informações do Estadão.

O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (1965-2014) foi homenageado, na noite da sexta-feira (26), com o título in memoriam de cidadão paulistano. A solenidade ocorreu na Câmara Municipal de São Paulo e teve a presença de autoridades e familiares do político, entre eles, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), e o deputado federal Pedro Campos (PSB).

Proposta pelo vereador Eliseu Gabriel (PSB), a honraria reconhece os relevantes serviços prestados por Eduardo Campos à população paulistana, sobretudo no período em que teve atuação nacional como ministro da Ciência e Tecnologia. “Propus esse título quando Eduardo ainda era vivo e, pouco depois, houve o acidente. Muita gente dizia que seria o presidente do Brasil. Se não fosse naquela eleição, seria na seguinte. E, realmente, o Brasil estaria muito melhor com ele”, expressou o autor da proposição.

Em seu discurso, o prefeito João Campos agradeceu a homenagem ao pai e destacou que seu legado continua a inspirar gestores públicos como ele. “A gente sabe que Eduardo teve a capacidade de fazer muito em tudo aquilo que se dedicou nas diversas esferas do poder público, como governador de Pernambuco, deputado federal, ministro, deputado estadual e candidato à Presidência da República. Ele se preocupou em fazer a coisa pública funcionar de maneira adequada, sobretudo, para quem menos tem. Então, ver o que ele enxergava como sonho lá atrás sendo realizado no Brasil é motivo de muita alegria”, declarou.

Já o deputado Pedro Campos lembrou que São Paulo é uma cidade que abraça pessoas de todo o país, inclusive brasileiros do Nordeste, que, ao longo de décadas, se deslocaram até a região em busca de uma vida melhor. Destacou, a partir disso, conquistas de seu pai que, por meio de sua atuação nacional, tiveram reflexo em todo o país, como a criação da Olimpíada Brasileira de Matemática. “Hoje a gente celebra mais um nordestino acolhido pelos braços de São Paulo. Um nordestino que, como tantos outros, teve a oportunidade de vir aqui em busca do sonho de transformar o Brasil em um lugar melhor”, discursou.

Além de João e Pedro Campos, marcaram presença Eduarda e Miguel, também filhos de Eduardo, e Renata Campos, viúva do homenageado. 

O ato também foi prestigiado por autoridades como o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte e ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), o deputado federal Jonas Donizette (PSB-SP) e o deputado estadual Caio França (PSB-SP), além de membros do PSB de várias partes do Brasil.

A Federação PSDB e Cidadania se reuniu na manhã desta sexta-feira e homologou a candidatura a prefeito de São Paulo do apresentador de TV José Luiz Datena. A executiva nacional se antecipou à convenção partidária tucana, marcada para amanhã, para blindar Datena da ala da sigla favorável ao apoio ao prefeito Ricardo Nunes (MDB), que disputará a reeleição.

Na noite de quinta-feira, o grupo resistente ao nome do apresentador lançou a pré-candidatura de Fernando Alfredo, ex-presidente municipal do PSDB. O objetivo era forçar a realização de uma votação entre os pré-candidatos a prefeito na convenção.

A decisão da federação nesta sexta esvazia a convenção, que terá caráter meramente festivo. Também está prevista a indicação do vice de Datena, segundo Marconi Perillo, presidente nacional da sigla. O evento está mantido e será realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

“Todos os votos foram favoráveis. Nenhum voto contra”, disse o ex-senador José Aníbal, presidente do diretório do PSDB na cidade de São Paulo. Na reunião, além da candidatura do jornalista, foi aprovada a chapa de candidatos que concorrerão aos cargos de vereador pelas siglas da federação.

Após a deliberação, Fernando Alfredo, líder da ala que se opõe à candidatura de Datena, disse que já entrou com recurso na Justiça Eleitoral pedindo a suspensão da convenção de sábado e a nulidade de todo o processo que resultou na escolha de candidatura própria pelo partido.

“A Federação não tem a prerrogativa de homologar a candidatura quando há uma candidatura convocada. Eles não podem homologar uma candidatura sem ter prévias, debate com a militância, programa de governo sendo discutido. Não tem nada”, afirmou. Ainda segundo Alfredo, a reunião seria irregular porque nem todos os integrantes da federação foram convidados.

Com informações do Estadão.

A deputada federal Tabata Amaral oficializa sua candidatura a prefeita de São Paulo pelo PSB neste sábado (27) com incertezas sobre a vaga de vice na chapa, que segue prometida para o PSDB, partido que prevê para o mesmo dia a convenção que pode confirmar a candidatura de José Luiz Datena.

A convenção do PSB —que contará com a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, entusiasta de Tabata— deve postergar a indicação de vice, dando poderes à direção executiva municipal do partido para decidir o companheiro de chapa. As candidaturas devem ser registradas até 15 de agosto.

Como nenhuma aliança com outra legenda foi firmada, a solução mais provável é optar por um quadro do PSB, o que resultará em chapa do tipo puro-sangue. É possível que o nome seja anunciado já neste sábado, mas o mais provável é que a decisão seja empurrada para os próximos dias.

A principal expectativa de Tabata e seu entorno é que uma mudança de rota no PSDB, que poderia ocorrer a partir de uma eventual desistência de Datena, leve os tucanos a optarem por uma coligação com ela, como se previa antes. O apresentador já ensaiou concorrer quatro vezes e sempre recuou.

Datena migrou do PSB para o PSDB em abril, numa operação avalizada pela pré-candidata, no intuito de ser oferecido como vice. Tabata considerou que os tucanos descumpriram o acordo ao lançarem o jornalista candidato a prefeito e chegou a usar, em conversas privadas, o termo traição.

O grupo da deputada acredita que acabou o clima para uma composição com Datena, mas mantém o interesse numa parceria com o PSDB, o que poderia render a ela alguns segundos a mais de tempo na propaganda gratuita de TV e rádio e a musculatura de um partido que já administrou a capital.

As reviravoltas envolvendo Datena desde a entrevista à Folha nesta semana na qual se comparou ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que desistiu de tentar a reeleição, reforçaram a impressão no PSB de que o jornalista sairá da disputa. Ele, contudo, insiste em dizer que irá até o fim.

Obstáculos à parte, Tabata quer fazer da convenção, na quadra da escola de samba Rosas de Ouro, na zona norte, uma demonstração festiva de que sua candidatura é viável e competitiva.

“Um ano atrás, as pessoas se questionavam se eu seria vice, diziam que o partido não iria bancar a candidatura, que eu não iria até o fim, e eu cheguei aqui firme e forte, disputando o terceiro lugar em empate técnico, com [patamar de] 10% de intenção de votos”, diz ela, que marcou 7% no principal cenário testado pelo Datafolha no início deste mês.

“Não existe absolutamente nenhuma indefinição ou dúvida em relação ao nosso projeto. Temos apoio integral do partido, que fez a escolha de priorizar a nossa candidatura”, segue. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e outros dirigentes e mandatários participarão do ato neste sábado.

Com informações da Folha de São Paulo.

Caciques do PSDB passaram a tentar convencer o deputado federal Aécio Neves a concorrer ao governo de Minas Gerais em 2026.

O principal argumento é que esse seria o melhor caminho para Aécio realizar o sonho que ainda mantém vivo de concorrer novamente à Presidência. A leitura dos tucanos é de que ele poderia voltar a ser competitivo quando a polarização política arrefecer.

Para isso, porém, membros do PSDB têm insistido que ele volte a passar mais tempo em Minas Gerais, onde fica sua base.

Aécio tem recebido os apelos em silêncio e, por ora, não dá sinais de que vá topar a empreitada. O deputado foi eleito governador de Minas em 2002 e reeleito em 2006. Em 2010, elegeu-se senador e, em 2014, ficou em segundo lugar na disputa pela Presidência com Dilma Rousseff, com 48% dos votos.

Da Coluna de Bela Megale para o Jornal O Globo.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), incluiu no Plano de Recuperação Fiscal do Estado uma exceção às regras do regime, para garantir um aumento salarial de 300% para si mesmo, para o vice-governador e para os secretários de Estado. A movimentação antecedeu a pressão mais recente de Zema para que a Assembleia Legislativa vote a adesão do estado ao regime de recuperação fiscal, sob resistência de deputados estaduais da oposição e até de sua base. A pauta é considerada impopular pelos parlamentares, já que prevê congelamento de salários de servidores.

O reajuste de 300%, sancionado por Zema no ano passado, levou os vencimentos mensais do governador de R$ 10,5 mil para R$ 37,5 mil. O aumento foi judicializado por uma confederação de servidores, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou analisar a ação, em dezembro, por entender que o caso não cabia à Corte. À época, Zema argumentou que o reajuste do próprio salário era necessário para corrigir o teto remuneratório da administração estadual, permitindo que outras categorias também fossem beneficiadas.

Em julho de 2022, o Tesouro Nacional habilitou o governo de Minas a negociar sua adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. O regime busca equacionar a dívida do estado com a União, mediante uma série de regras. Durante sua vigência, o estado fica proibido de reajustar salários acima da inflação, além de prever privatizações na tentativa de dar alívio às contas.

Ao longo de sua gestão, Zema obteve liminares para postergar o pagamento integral da dívida, alegando o risco de impacto severo nas contas públicas e que a Assembleia Legislativa vinha se recusando a votar a recuperação fiscal.

Em outubro do ano passado, meses depois de autorizar o aumento salarial de 300%, Zema enviou ao Tesouro Nacional uma nova versão de seu plano de recuperação fiscal, prevendo uma exceção para o reajuste de seus próprios vencimentos. Segundo a secretaria estadual de Fazenda de Minas, tratou-se de uma orientação do Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal (CSRRF), órgão que conta com representantes do estado e da União.

“Por orientação do próprio Conselho de Supervisão, o reajuste indicado foi devidamente ressalvado no Plano de Recuperação revisado. Dessa forma, não coloca em risco a permanência nem a homologação da adesão ao RRF (Regime de Recuperação Fiscal)”, diz a nota.

O Ministério da Fazenda disse que o plano enviado pelo governo de Minas no ano passado ainda está sob análise do Tesouro Nacional, devido a alguns ajustes solicitados pelo governo federal. Mesmo sem que a adesão formal tenha ocorrido, o estado vem usufruindo de benefícios associados ao regime, como a suspensão de pagamento da dívida.

Embora os reajustes salariais acima da inflação violem as regras, a pasta observou que a lei federal, de 2017, que regula o regime de recuperação fiscal permite exceções, desde que exista “elevação de receita ou de queda de despesa nos mesmos valores do ato violador”.

“O ente atualmente recebe benefícios como se estivesse no RRF por meio de liminar do Supremo Tribunal Federal. Eventuais violações ocorridas após data adesão serão analisadas pelo CSRRF quando chegar o pleito de homologação do PRF (Plano de Recuperação Fiscal)”, afirmou o ministério em nota.

O reajuste salarial de Zema à margem das regras do regime de recuperação fiscal ampliou o desgaste do governador na Assembleia Legislativa. Deputados da base e da oposição consideraram que a tentativa do governo Zema de votar o projeto do regime, na semana passada, expôs os parlamentares a desgaste em ano eleitoral.

Do Jornal O Globo.

O prefeito e atual pré-candidato à reeleição, Eduardo Paes (PSD), lidera com larga distância de seus adversários a disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro, segundo pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira.

Ele possui 49% das intenções de voto estimuladas em cenário com todos os pré-candidatos, ante 13% do segundo colocado, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL). Em seguida, aparece Tarcísio Motta (PSOL) com 7%. São 4% os indecisos, e 15% os que disseram votar em branco ou nulo.

A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

A empresa de pesquisa e consultoria entrevistou presencialmente 1.104 eleitores de 16 anos ou mais na capital fluminense entre os dias 19 e 22 de julho. O levantamento foi encomendado pela Rádio Tupi e protocolado na Justiça Eleitoral sob o número RJ-03444/2024.

São números estáveis em relação à rodada anterior, realizada em junho e que continha apenas o cenário com menos postulantes. Nela, Paes tinha 51%, Ramagem tinha 11% e Tarcísio Motta, 8%. Isso significa que todos apenas oscilaram positivamente, dentro da margem de erro.

No levantamento espontâneo (quando não são apresentados os nomes dos candidatos), entretanto, ainda há uma grande quantidade de pessoas que se dizem indecisas, apesar da queda em relação a junho. Paes registra 22%, contra 12% antes, enquanto Ramagem tem 5% —eram 3% anteriormente. Os indecisos, nesse questão, são 70%, ante 81% no mês passado.

Com informações da Folha de São Paulo.

Pré-candidato a prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena (PSDB) não descartou abrir mão da corrida eleitoral na capital paulista, caso o partido não lhe dê respaldo suficiente para continuar. A princípio, a candidatura será oficializada em convenção neste sábado, mas o apresentador citou a possibilidade e usou até o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que desistiu de concorrer a reeleição neste final de semana, para justificar mais um possível abandono em entrevista à Folha de S. Paulo. No mesmo dia em que a matéria foi publicada, Datena cancelou uma agenda prevista para esta terça-feira.

“Até eu desconfio. Se continuar essa sacanagem de que o partido está conversando com outras pessoas para colocar dentro do partido sem me avisar, eu não vou ser candidato. Se o Biden pode desistir a qualquer momento, por que eu não posso? Desde o começo, falei: se me sacanearam, eu desisto mesmo”, afirmou Datena ao ser questionado sobre a desconfiança do eleitorado se ele de fato seguirá na disputa.

Apesar de garantir que tem com a confiança da executiva nacional, e citar os nomes do presidente da legenda Marconi Perillo, e de caciques como Aécio Neves e José Aníbal, o jornalista afirma que levou “tiros” de dentro da sigla por correligionários que preferiram apoiar o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).

“Boa parte do partido debandou para o Ricardo Nunes. Dinheiro e cargo. Há alguns dias trocaram a federação [PSDB-Cidadania] inteira de São Paulo. Fiquei sabendo depois. Mesmo assim, continuaram essas críticas idiotas, que só podem vir do intestino do partido” disse em outro trecho.

Datena ainda teceu críticas ao atual prefeito, a quem se refere como uma “marionete” do ex-presidente Jair Bolsonaro e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e ao deputado federal Guilherme Boulos(PSOL), que para ele seria o “fantoche” do presidente Lula. Na sequência, voltou a afirmar que não é possível continuar com a polarização.

Com uma trajetória política marcada por idas e vindas, em flertes com quadros de diferentes ideologias e siglas, Datena ainda não levou uma campanha até o fim em nenhum pleito. Antes, ele desistiu duas vezes de concorrer a uma vaga no Senado, e se absteve em outras duas oportunidades de tentar se eleger como prefeito e vice-prefeito em São Paulo — quando tinha melhores números nas pesquisas.

Do Jornal O Globo.

Fora do período autorizado para fazer campanha eleitoral, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou em carreata a um ato político em Itaguaí, município vizinho à Zona Oeste do Rio. Bolsonaro chegou à cidade na caçamba de uma picape, acenando a apoiadores ao lado do pré-candidato do partido à prefeitura, o ex-deputado Alexandre Valle.

A legislação eleitoral proíbe pedidos explícitos de voto antes do início oficial da campanha, marcado neste ano para o dia 16 de agosto. A carreata do ex-presidente se estendeu por algumas centenas de metros pela avenida Octavio Cabral, onde fica a sede recém-inaugurada do partido. A movimentação teve direito a música e fumaça verde e amarela.

Em eventos anteriores no Rio, Bolsonaro havia frisado que não estava fazendo “comício”, devido à preocupação de que os atos políticos sejam enquadrados pela Justiça Eleitoral como campanha antecipada.

Ao discursar em um carro de som, na frente da sede do PL, Bolsonaro fez alusões genéricas à campanha municipal e se concentrou em criticar o governo Lula (PT) e a sugerir que é um perseguido político, estratégias que já vem adotando em outras aparições públicas.

O ex-presidente também aproveitou o ato político em Itaguaí para declarar sua torcida por Donald Trump, a quem chamou de “maior líder mundial que existe”, na eleição presidencial dos Estados Unidos. Bolsonaro afirmou a seus apoiadores que, com uma eventual volta de Trump à presidência americana, “tudo vai começar a mudar no mundo”.

Em rápido discurso, o pré-candidato do PL em Itaguaí, Alexandre Valle, agradeceu a presença de Bolsonaro e disse que será “um soldado” do ex-presidente em 2026, para não deixar a cidade ser “palco do Partido das Trevas”, em alusão ao PT.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que tem organizado a agenda do pai no Rio, sugeriu em seu discurso que o ex-presidente tentará concorrer novamente ao Palácio do Planalto, embora esteja inelegível até 2030. Em sua fala, Flávio pediu uma “urna eletrônica auditável” em 2026, ensaiando uma alusão ao voto impresso, bandeira usada por bolsonaristas para sugerir – sem provas – que teria ocorrido fraude eleitoral na vitória de Lula.

Do Jornal O Globo.

Tabata Amaral (PSB) afirmou que mantém o convite para que o PSDB ocupe a vaga de vice na chapa em que ela deve concorrer para a prefeitura de São Paulo. A deputada federal respondeu a falas do apresentador José Luiz Datena (PSDB), que disse nesta semana que não a traiu ao se lançar pré-candidato e que quem o convenceu a ir para o partido tucano foi a deputada.

“Vi a fala do Datena e achei engraçado. Ele é bem grandinho para ser colocado no colo de alguém. Firmamos um acordo com o PSDB, de que indicariam um vice no nosso projeto. A gente mantém a nossa palavra. O PSDB tem até o dia 27 para tomar uma decisão. Estamos aguardando, cientes de que o nosso projeto não depende disso”, disse Tabata, durante sabatina realizada pelo UOL e pelo jornal Folha de S.Paulo nesta sexta-feira.

“A Tabata falar que eu a traí é uma mentira deslavada. Eu amo a Tabata, ela representa uma bela de uma política (…). Mas ela quem propôs eu sair para o PSDB (…), se o PSDB me fez um convite para ser prefeito, o problema é entre ela e o PSDB, não sou traidor de ninguém”, tinha afirmado o apresentador na última terça-feira.

Com informações do Jornal O Globo.