PGR pede arquivamento de inquérito contra Renan Calheiros e Romero Jucá

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu, ontem, que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquive inquérito que apura se o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) receberam R$ 5 milhões de suposta propina em troca de aprovar no Congresso leis que beneficiassem a Novonor, a antiga Odebrecht.

O inquérito foi aberto em 2017 a partir de delações premiadas de ex-diretores da empresa. Os colaboradores afirmaram que a empresa fez os pagamentos porque queria alcançar benefícios fiscais que favoreceriam subsidiárias no exterior. As informações são do portal G1.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, os elementos reunidos na investigação não são suficientes para o oferecimento de denúncia contra os políticos e não há novas linhas de investigação para serem exploradas. “A investigação não logrou êxito em comprovar concretamente a solicitação ou recebimento de vantagem indevida pelo parlamentar Renan Calheiros, no montante de cinco milhões de reais em espécie, consoante relatado unilateralmente pelos colaboradores”, afirmou.

Gonet citou que o ministro Dias Toffoli, do STF, anulou as provas do acordo de leniência, espécie de delação de empresas, e também dos dois sistemas que seriam usados pela então Odebrecht para registrar os pagamentos de propinas para políticos. Portanto, esses dados não podem ser usados.

“As oitivas de colaboradores expõem a história e a dinâmica de funcionamento do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, para que as ilicitudes praticadas por pessoas vinculadas ao mencionado grupo pudessem ser realizadas. Porém, apesar de esclarecerem esta estrutura ilícita e sua utilização para lavagem de dinheiro e pagamento de vantagens indevidas, não contribuem para a confirmação e a elucidação dos relatos e informações relativas aos supostos pagamentos de vantagens indevidas aos agentes políticos investigados”.

O governo está cumprindo o cronograma de pagamento de emendas parlamentares e já pagou R$ 8 bilhões, segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Ele também disse que até 30 de junho todos os pagamentos serão realizados, o que, segundo ele, está dentro do cronograma.

“O cronograma é maior, mais amplo, mais vantajoso e com mais recursos do que estava na proposta que foi indicada no final do ano passado. Os parlamentares têm indicações e queremos executar esses recursos para transformá-los em obras, em mais ações de saúde e de educação”, disse em entrevista ao Mais, da GloboNews. “O presidente Lula diz que se o dinheiro está no orçamento ele tem que ser executado”.

A relação com o presidente da Câmara, Arthur Lira, é avaliada como boa, de acordo com o ministro, que afirmou que os problemas – Lira chegou a chamar Padilha de “incompetente” – foram superadas.

“Nós aprovamos metade dos projetos que precisam ser aprovados, ou na Câmara ou no Senado. Aprovamos com o time do governo, mantendo o diálogo com o presidente da Câmara e com os líderes” disse. “Você tem o líder da Câmara que está permanentemente ali, de segunda a segunda, conversando, seja com o presidente da Câmara ou com os líderes. Nós recebemos aqui no Palácio do Planalto os líderes e vice-líderes. O objetivo é manter o diálogo permanente, inclusive com a oposição”.

Sobre a relação com o Congresso, Padilha disse que o governo Lula considera tanto Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, quanto Lira, presidente da Câmara, como aliados. “O governo considera, tanto o presidente Pacheco como o presidente da Câmara, aliados. Aliados em uma agenda política, aliados na construção de uma agenda e aliados em rechaçar o que ocorreu no dia 8/1″, afirmou. Segundo o ministro, há uma “interlocução permanente” e que ele “mantém diálogo com os dois”.

Na última terça-feira, o deputado federal Lula da Fonte, tornou-se titular da Comissão Mista de Orçamento (CMO), a mais importante do Congresso Nacional, composta por deputados e senadores. A comissão será presidida pelo seu amigo e aliado de longa data, o deputado federal Júlio Arcoverde (PP).

O colegiado é responsável por fazer uma análise minuciosa do Orçamento e da Lei de Diretrizes Orçamentárias, bem como da Lei Orçamentária Anual. Um dos esforços do grupo é tornar mais democrático o acesso aos recursos públicos, fazendo com que cheguem naqueles que mais precisam, viabilizando o estabelecimento de políticas públicas.

Lula da Fonte irá trabalhar para que Pernambuco possa fortalecer os pilares de investimentos em áreas importantes. Júlio Arcoverde esteve presente em Recife recentemente, ao lado de comitiva de deputados, que homologaram a presidência de Lula da Fonte no PP do Recife. Ao lado de Júlio e do deputado AJ Albuquerque (PP/CE), Lula da Fonte foi indicado como titular na Comissão Mista de Orçamento pelo Partido Progressistas.

Depois do “puxão de orelhas” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ministros do governo passaram a gastar mais tempo ainda em negociações com o Congresso. As informações são do blog do Valdo Cruz.

Se Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Fernando Haddad (Fazenda) já dedicavam boa parte do tempo às negociações de interesse do presidente, nesta semana, eles se mexeram mais ainda entre jantares e reuniões de gabinetes com presidentes do Senado e Câmara, e líderes e vice-líderes.

O esforço concentrado da equipe de Lula, que andava reclamando que alguns ministros gastam mais tempo com outros afazeres do que os do governo, surtiu efeito. A Câmara aprovou o novo Perse, incentivos para o setor de eventos, no modelo proposto por Haddad. O governo também conseguiu adiar a sessão do Congresso Nacional para analisar vetos presidenciais, e foi feito um acerto sobre o veto às emendas de comissão.

No fim do dia, prevaleceu o desejo do governo sobre a sessão do Congresso Nacional, enquanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tentava garantir a votação dos vetos ainda ontem. A decisão final, porém, foi do presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sob o argumento que a Câmara fechou os acordos com o governo, mas no Senado ainda havia dúvidas.

A principal batalha do momento entre deputados e governo é o cronograma de liberação de emendas parlamentares. Arthur Lira defendia votar os vetos ainda na quarta para derrubar principalmente os relacionados às emendas. O presidente da Câmara quer forçar o governo a liberar os valores até o fim deste semestre, visando as eleições municipais. O governo é contra e conseguiu adiar a sessão do Congresso, ganhando tempo para negociar com a base aliada.

No mesmo dia, o ministro Fernando Haddad entregou pessoalmente o primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária, que trata da criação do IBS e CBS, além do imposto seletivo. Em entrevista, Haddad, depois de entregar projeto a Arthur Lira e antes de encaminhá-lo a Rodrigo Pacheco, disse que a proposta terá um impacto de elevar o PIB entre 10% e 20%.

Disse ainda que, segundo Lira, a votação na Câmara deve estar concluída ainda neste primeiro semestre. Mas nem bem o projeto chegou, e já há disputa pela relatoria das propostas.

O governo defende um relator. Na Câmara há uma defesa de dois relatores. Um do projeto entregue na quarta. Outro do projeto que vai regulamentar o comitê gestor e a distribuição da arrecadação.

O governo quer manter o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que já relatou a reforma na votação da PEC. Arthur Lira quer contemplar mais aliados na busca de comandar o processo de sua sucessão.

O secretário Especial da Reforma Tributária, Bernard Appy, disse que a alíquota média do IVA dual será de 26,5%, com a mais baixa sendo de 25,7% e a mais alta de 27,3%. No caso da cesta básica, só os itens com isenção de PIS e Confins vão cair de 1,7 mil para 268.

Deputados de diferentes partidos conseguiram assinaturas para pedir regime de urgência de um projeto que regulamenta o transporte de animais em voos comerciais. O requerimento terá de ser votado em plenário.

A medida é uma reação ao caso do cachorro morto numa viagem da Gol de São Paulo para o Mato Grosso. A empresa disse que, por um “erro operacional”, o animal foi enviado para o Ceará e, na volta para Guarulhos, foi “surpreendida” pela morte do cão. As informações são do portal Estadão.

O projeto que regulamenta o transporte de animais foi apresentado pelo ex-deputado Paulo Bengtson (PTB-PA) em 2020, mas nunca foi analisado. O pedido de urgência foi articulado pelo deputado Marangoni (União-SP) e protocolado nesta quarta-feira, 24.

Atualmente, não há legislação específica sobre o transporte de animais, que é tratado por meio de portarias ou atos administrativos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, confirmou, há pouco, em Brasília, durante audiência em seu gabinete, sua presença na festa dos 18 anos do blog, marcada para o dia 23 de maio, a partir das 20 horas, no Mirante do Paço, no Recife Antigo.

Informei a ministra que tudo está sendo organizado para ficar marcado como um dos maiores eventos institucionais do ano na área da comunicação. Disse que, para alegrar o ambiente, a grande atração será a Super Oara, do meu amigo Beto, hoje comandada pelo seu filho Elaque, artista de mão cheia.

No palco, subirão muitos artistas de renome para dar uma canjinha e homenagear o blog, entre eles Alcymar Monteiro, o rei do forró autêntico. Para trazer frevo, nosso ritmo mais efervescente, dois astros: André Rio e Almir Rouche. Também irão soltar a voz Josildo Sá, Irah Caldeira, João Lacerda, Daniel Bueno, Novinho da Paraíba, Cristina Amaral, Fabiana, a Pimentinha do Nordeste, e Walquiria Mendes.

Será uma festa de adesão!

O Congresso decidiu adiar sessão para analisar vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) às propostas aprovadas pelo Legislativo.

A informação foi dada hoje por líderes após reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Mais cedo, Lira afirmou que a Casa estava “pronta” para analisar os vetos do presidente. No entanto, aguardava uma decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que preside o Congresso.

Do G1

Preso desde 24 de março como um dos supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), o deputado Chiquinho Brazão (sem partido) discursou, hoje, na sessão do Conselho de Ética da Câmara – colegiado que analisa sua possível cassação.

No pronunciamento, feito por videoconferência, Brazão disse que é inocente e vai provar. E que espera “retratação” de que hoje o acusa pela morte da vereadora, em 2018. “O que posso falar em minha defesa é que sou inocente e que vou provar, né? E sei que não há muito o que dizer, porque, pela grande relevância desse crime, sei como a Câmara está nesse momento, está se passando, com todos os deputados que aí estão”, disse Brazão.

“Mas, ao final de tudo isso, eu provando – e provarei a minha inocência –, que pudessem, aqueles que já ouvi em outros momentos, se retratar futuramente em relação à minha família. Meus filhos, meus netos, meus irmãos, todos, com certeza, estão sofrendo muito devido à opinião popular. E a palavra de um deputado, o alcance é muito grande. Vou me resumir a dizer para vocês que sou inocente e provarei a minha inocência. E que compreendo o momento que vocês estão passando, com uma grande mídia forçando em cima”, continuou.

Chiquinho Brazão foi autorizado a falar porque, na sessão desta quarta do Conselho de Ética, o colegiado teve de sortear um novo possível relator. O rito prevê que, em processos que pedem a cassação do mandato, três membros do Conselho de Ética são sorteados – e o presidente escolhe o relator a partir dessa lista.

Desde que o caso Brazão começou a tramitar, sete nomes já foram sorteados. Os três primeiros recusaram a relatoria: Bruno Ganem (PODE-SP); Ricardo Ayres (Republicanos-TO); e Gabriel Mota (Republicanos-RR). Um novo sorteio foi feito, e ficaram definidos os nomes de Jack Rocha (PT-ES), Rosângela Reis (PL-MG) e Joseildo Ramos (PT-BA).

Rosângela também recusou e, nesta quarta, foi substituída na lista por Jorge Solla (PT-BA). O presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto Jr (União-BA), ainda não escolheu o relator de fato.

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Um dos grandes articuladores junto aos deputados federais para a aprovação da renovação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), o deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL), comemorou, ontem, em Brasília, durante um jantar realizado pelo trade como agradecimento ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), a aprovação do projeto de lei que estende os benefícios do Perse até 2026. O texto agora segue para o Senado.

Criado em 2021, como forma de socorrer o setor de eventos que sofreu com o impacto da Pandemia da Covid-19, o Perse prevê a isenção total de quatro tributos federais – IRPJ, CSLL, PIS e COFINS. No texto aprovado, ontem, pela Câmara, além de ampliar o benefício para o setor até 2026, foi estabelecido um teto para as concessões dos tributos envolvidos, limitado a R$ 15 bi disponibilizados para o Programa.

“Sei o tamanho da importância desse segmento para a economia brasileira e fico feliz com a aprovação do Projeto na Câmara dos Deputados”, disse Feitosa, que foi secretário estadual de Turismo de Pernambuco em 2012, levando, à época, Pernambuco ao primeiro lugar no ranking do turismo no Nordeste.