Fora do período de campanha, Bolsonaro faz minicarreata com candidato do PL em Itaguaí

Fora do período autorizado para fazer campanha eleitoral, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou em carreata a um ato político em Itaguaí, município vizinho à Zona Oeste do Rio. Bolsonaro chegou à cidade na caçamba de uma picape, acenando a apoiadores ao lado do pré-candidato do partido à prefeitura, o ex-deputado Alexandre Valle.

A legislação eleitoral proíbe pedidos explícitos de voto antes do início oficial da campanha, marcado neste ano para o dia 16 de agosto. A carreata do ex-presidente se estendeu por algumas centenas de metros pela avenida Octavio Cabral, onde fica a sede recém-inaugurada do partido. A movimentação teve direito a música e fumaça verde e amarela.

Em eventos anteriores no Rio, Bolsonaro havia frisado que não estava fazendo “comício”, devido à preocupação de que os atos políticos sejam enquadrados pela Justiça Eleitoral como campanha antecipada.

Ao discursar em um carro de som, na frente da sede do PL, Bolsonaro fez alusões genéricas à campanha municipal e se concentrou em criticar o governo Lula (PT) e a sugerir que é um perseguido político, estratégias que já vem adotando em outras aparições públicas.

O ex-presidente também aproveitou o ato político em Itaguaí para declarar sua torcida por Donald Trump, a quem chamou de “maior líder mundial que existe”, na eleição presidencial dos Estados Unidos. Bolsonaro afirmou a seus apoiadores que, com uma eventual volta de Trump à presidência americana, “tudo vai começar a mudar no mundo”.

Em rápido discurso, o pré-candidato do PL em Itaguaí, Alexandre Valle, agradeceu a presença de Bolsonaro e disse que será “um soldado” do ex-presidente em 2026, para não deixar a cidade ser “palco do Partido das Trevas”, em alusão ao PT.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que tem organizado a agenda do pai no Rio, sugeriu em seu discurso que o ex-presidente tentará concorrer novamente ao Palácio do Planalto, embora esteja inelegível até 2030. Em sua fala, Flávio pediu uma “urna eletrônica auditável” em 2026, ensaiando uma alusão ao voto impresso, bandeira usada por bolsonaristas para sugerir – sem provas – que teria ocorrido fraude eleitoral na vitória de Lula.

Do Jornal O Globo.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o nome mais forte da direita para as eleições de 2026 considerando a situação atual, de inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Hoje, com certeza é o Tarcísio, pela relevância do estado de São Paulo. Algumas pesquisas já apontam o Tarcísio”, afirmou em conversa com jornalistas relatada pelos jornais O Tempo e Estado de Minas.

No encontro, o governador apontou inicialmente Bolsonaro como sendo aquele com maior viabilidade para as eleições de 2026.

Além de Bolsonaro e Tarcísio, Zema também citou o próprio nome e dos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), como opções para uma candidatura da direita nas próximas eleições presidenciais –os três foram reeleitos em 2022 e não podem concorrer novamente aos governos.

Questionado sobre se gostaria de ser o candidato do bolsonarismo nas próximas eleições, Zema disse que “se for para chegar lá de pés e mãos amarradas, eu prefiro que outro vá”.

Da Folha de São Paulo.

O PSB terá 1.128 candidatos a prefeito nas eleições de outubro em todo o Brasil. A meta do presidente, Carlos Siqueira, é eleger mais de 330.

Entre as capitais, seja pela competitividade das candidaturas, ou pela projeção dos candidatos para 2026, o partido elencou quatro prioridades: Luciano Ducci (Curitiba), Duarte Junior (São Luís), Tabata Amaral (São Paulo) e João Campos (Recife).

Na capital pernambucana, a expectativa de Siqueira é que o apoio oficial do PT a Campos se concretize em breve, mesmo sem a indicação de um petista para vice. Por outro lado, em Teresina, Natal, Fortaleza, Goiânia e Porto Alegre, o PSB deve se aliar a candidaturas do Partido dos Trabalhadores.

Da Revista Veja.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que os líderes partidários da Casa se enganaram ao pautar a urgência do projeto de Lei que equipara o aborto ao homicídio. Segundo o alagoano, o foco da discussão deveria ser a assistolia fetal, que é o procedimento recomendado pela Organização Mundial da Saúde para abortos legais acima de 22 semanas.

Devido à confusão, a Câmara como um todo optou por recuar no debate e reiniciá-lo com calma, disse Lira, nesta sexta-feira. Quando o texto teve sua urgência aprovada, em 12 de junho, Lira tornou-se alvo preferencial das reações negativas da sociedade civil.

“Para não se impor uma visão que às vezes não é correta, se recuou, se colocou e se colocará uma relatora mulher equilibrada, nem de um lado, nem de outro, com várias discussões, audiências públicas, seminários, congressos, conduzidos pela bancada feminina a respeito da assistolia [fetal], não do que nós temos de legislação para aborto, porque isso não passa no Congresso”, afirmou, em entrevista à GloboNews.

Segundo o projeto de lei, a pena para a mulher que interromper uma gestação com mais de 22 semanas é de seis a 20 anos de prisão. Hoje a pena para estupro é de seis a 10 anos de prisão, ampliada para até 12 anos caso o crime envolva violência grave. Se a vítima for menor de 14 anos ou considerada vulnerável por algum outro motivo (como deficiência mental), a lei prevê reclusão de oito a 15 anos, ampliada a no máximo 20 anos se houver lesão corporal grave.

Em 18 de junho, Lira anunciou a formação de uma “comissão representativa” para debater o tema do aborto. Ele não especificou como o grupo será formado e informou que o seu funcionamento será decidido em agosto.

Com informações do Estadão.

Tabata Amaral (PSB) afirmou que mantém o convite para que o PSDB ocupe a vaga de vice na chapa em que ela deve concorrer para a prefeitura de São Paulo. A deputada federal respondeu a falas do apresentador José Luiz Datena (PSDB), que disse nesta semana que não a traiu ao se lançar pré-candidato e que quem o convenceu a ir para o partido tucano foi a deputada.

“Vi a fala do Datena e achei engraçado. Ele é bem grandinho para ser colocado no colo de alguém. Firmamos um acordo com o PSDB, de que indicariam um vice no nosso projeto. A gente mantém a nossa palavra. O PSDB tem até o dia 27 para tomar uma decisão. Estamos aguardando, cientes de que o nosso projeto não depende disso”, disse Tabata, durante sabatina realizada pelo UOL e pelo jornal Folha de S.Paulo nesta sexta-feira.

“A Tabata falar que eu a traí é uma mentira deslavada. Eu amo a Tabata, ela representa uma bela de uma política (…). Mas ela quem propôs eu sair para o PSDB (…), se o PSDB me fez um convite para ser prefeito, o problema é entre ela e o PSDB, não sou traidor de ninguém”, tinha afirmado o apresentador na última terça-feira.

Com informações do Jornal O Globo.

No pleito deste ano, 103 cidades brasileiras poderão depender de um 2º turno para eleger seus representantes à prefeitura. A lista aumentou desde a última eleição municipal, em 2020, quando eram 96. O retorno às urnas é mandatório nos municípios com mais de 200.000 eleitores quando nenhum dos candidatos alcança a maioria dos votos mais 1 na 1ª rodada da votação.

O 1º turno das eleições de 2024 será realizado em 6 de outubro. O 2º está marcado para o dia 27 do mesmo mês. Serão eleitos 5.569 prefeitos e cerca de 58.000 vereadores. Brasília e Fernando de Noronha não participam do pleito. Ambos não têm prefeitura ou vereança.

Em 2020, o eleitorado precisou ir às urnas no 2º turno em 57 cidades. Eram 60% do total de municípios com mais de 200.000 votantes à época. Desses, 18 eram capitais.

São Paulo é o Estado com o maior número de cidades em que pode haver uma nova rodada de votação. Neste ano, serão 30. Uma a mais que em 2020. Sumaré, na região metropolitana de Campinas, passou a integrar o grupo. O município foi de 189 mil eleitores (2020) para 203 mil em junho deste ano, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A capital paulista é a cidade com o maior eleitorado do país. Tem 9,3 milhões de votantes. São 4 milhões a mais que o 2º município na lista, o Rio de Janeiro, onde 5 milhões votam.

Neste ano, o 2º turno é possível em todas as capitais brasileiras. Nas eleições de 2020, Palmas (TO) ficou fora da lista. Tinha 180.524 votantes.

Governador Valadares (MG) fazia parte do grupo em 2020, mas saiu em 2024. A cidade perdeu mais de 15.000 eleitores nos últimos 4 anos. Tinha 213.886 votantes. Hoje, tem 198.487.

O MDB e o PSDB lideraram em número de prefeituras em 2020 nas 103 cidades que atualmente integram o grupo de maior eleitorado. Os 2 partidos elegeram 17 prefeitos cada um. Juntos, correspondiam na posse a quase 35% das prefeituras. Depois, muitos prefeitos mudaram de partido e não há uma estimativa oficial para saber os dados atuais.

O PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conseguiu 4, uma recuperação frente ao único prefeito em 2016 –mas muito aquém dos 28 eleitos em 2008, o melhor resultado da história do partido.

Nas eleições de 2020, o então chefe do Executivo, Jair Bolsonaro, estava sem partido. A sua atual legenda, o PL –em que se filiou em 2021–, elegeu 2 prefeitos nas cidades do grupo.

Do Poder 360.

O apagão cibernético que atinge diferentes redes e aplicativos ao redor do mundo nesta sexta-feira não afeta os aeroportos do Brasil, de acordo com o ministro ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). Em postagem nas redes sociais, ele ressaltou que até o momento não foram registrados problemas nas operações.

“Recebemos a notícia de que companhias aéreas ao redor do mundo estão sendo afetadas em suas operações devido um apagão cibernético. Até o presente momento, não tivemos impacto nas operações dos aeroportos brasileiros. Vamos continuar monitorando ao lado da @oficial_Anac para que o nosso transporte aéreo não tenha prejuízos”, escreveu Costa Filho.

O problema que provocou um apagão cibernético mundial nesta sexta-feira e perturbações em várias empresas foi “identificado” e está sendo corrigido, anunciou o CEO da CrowdStrike, empresa americana de cibersegurança.

Com informações do Jornal O Globo.

Em depoimento à Polícia Federal, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), disse que gravou a reunião de Jair Bolsonaro com as advogadas do senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) a pedido do próprio ex-presidente. Ele prestou esclarecimentos, ontem, por quase 7 horas, na sede da PF do Rio de Janeiro.

Segundo Ramagem, a gravação serviria de prova, caso existisse alguma proposta ilícita por parte das advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach. O encontro ocorreu em 25 de agosto de 2020. O então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), Augusto Heleno, também participou da reunião.

A queda do sigilo da gravação mostrou que Jair Bolsonaro discutiu com aliados sobre um plano para blindar Flávio no inquérito em que ele foi denunciado por um suposto esquema de “rachadinha” (desviar recursos de seu gabinete) na época em que o congressista era deputado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

O plano deles consistia em descredibilizar os auditores da Receita Federal envolvidos no processo contra o filho do ex-presidente. Na gravação, Ramagem propõe abrir procedimentos administrativos contra os auditores fiscais que investigaram o senador para anular as investigações, e Bolsonaro concorda. A estratégia foi posta em prática, e o processo contra Flávio foi arquivado em 2022.

Do Correio Braziliense.

Num dia de tensão no Brasil e no exterior, o dólar aproximou-se nesta quinta-feira de R$ 5,60. A Bolsa de Valores (B3) caiu mais de 1% e recuou para os 127 mil pontos.

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,587, com alta de R$ 0,104 (+1,89%). A cotação subiu durante todo o dia até encerrar perto de valores máximos.

Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana, que até ontem acumulava queda em julho, passou a registrar estabilidade no mês. Em 2024, a divisa subiu 15,12%.

No mercado de ações, o dia também foi tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 127.652 pontos, com queda de 1,39%. A bolsa brasileira acompanhou o movimento no Brasil e no exterior.

Em todo o planeta, as bolsas tiveram hoje forte queda por causa do desabamento de ações de empresas de inteligência artificial. Além disso, o dólar voltou a subir perante moedas de países emergentes, como o Brasil, com a alta das taxas dos títulos do Tesouro norte-americano.

No cenário doméstico, o dia foi dominado pelas tensões em torno dos cortes no Orçamento de 2024, que serão anunciados na próxima segunda-feira. No início da noite, após o fechamento do mercado brasileiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um corte de R$ 15 bilhões no Orçamento, após a reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO).

Com informações da Agência Brasil.

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou nesta quinta-feira (18) que haverá bloqueio de R$ 11,2 bilhões e contingenciamento de R$ 3,8 bilhões no Orçamento deste ano no relatório bimestral de receitas e despesas que será publicado na próxima segunda-feira (22).

“Nós vamos ter que fazer uma contenção de R$ 15 bilhões para manter o ritmo do cumprimento do arcabouço fiscal até o final do ano”, disse Haddad. Ele disse, ainda, que o detalhamento será feito no relatório de receitas e despesas. Segundo ele, o anúncio desta quinta é para “evitar especulação”.

A declaração ocorre depois de uma reunião dos ministros que integram a JEO (Junta de Execução Orçamentária) com o presidente Lula (PT). Além de Haddad, participam da reunião os ministros Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Rui Costa (Casa Civil) e Esther Dweck (Gestão e Inovação) —integrantes da JEO (Junta Econômica Orçamentária).

Da Folha de São Paulo.