Instagram do blog alcança mais de 9 milhões de visualizações em 30 dias

O Instagram do blog atingiu, nos últimos 30 dias, a impressionante marca de 9.098.946 de contas alcançadas. Isso nunca havia acontecido, me pegando de surpresa e a toda minha equipe. É mais uma demonstração da confiança do eleitor na credibilidade do blog, o mais lido do Nordeste e um dos mais acessados do País.

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, admitiu que a Justiça brasileira pode decretar a prisão do presidente da Rússia, Vladmir Putin, caso ele venha ao Rio de Janeiro em novembro para a 10ª reunião da cúpula do G20, grupo formado por lideranças das maiores economias do mundo, incluindo 19 países, a União Europeia e a União Africana. A presença de Putin ainda não foi confirmada e já há algum tempo ele não tem participado dos encontros de líderes do bloco.

Apesar da existência de imunidade parlamentar para chefes de Estado no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não descartou a possibilidade de prisão do presidente russo, arcando com os efeitos diplomáticos que essa ação traria. Após afirmar em setembro que Putin não seria preso se viesse ao Brasil, o petista recuou e disse que quem decide sobre a prisão “é a Justiça e não o governo”.

“Não posso limitar um juiz, nem imaginar ou adivinhar o que ele pode fazer”, reforçou Vieira em uma entrevista à CNN.

No caso da “tradição de imunidade”, a ordem de prisão de Putin no Brasil implica proteção e privilégios por estar participando de eventos dessa natureza. A realidade é válida internamente, pela Justiça brasileira, mas também internacionalmente, como explica Vieira: “Inclusive em Nova York, há um acordo de sedes que obriga a conceder tratamento diferenciado e com imunidade aos chefes de Estado que participam das assembleias da ONU [Organização das Nações Unidas]. Então é a mesma coisa”.

Putin tem um mandato de prisão emitido pela Tribunal Penal Internacional (TPI) no ano passado por crimes de guerra em áreas ocupadas na Ucrânia. Os 124 países-membros, incluindo o Brasil, são obrigados a prendê-lo ou transferi-lo para julgamento em Haia, sede do TPI, localizada nos Países Baixos. O chefe de Estado Russo é acusado de haver deportado ilegalmente crianças ucranianas à Rússia durante a guerra que se iniciou em fevereiro de 2022, o que se constitui como crime de guerra.

O TPI é um organismo internacional permanente detentor da jurisdição que o permite investigar e julgar indivíduos acusados de genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e crime de agressão e foi criado a partir do Estatuto de Roma, do qual o Brasil é signatário desde 2000.

O próximo encontro entre Putin e Lula acontecerá este mês, entre os dias 22 a 24, em Kazan, na Rússia, para a 16ª cúpula do Brics, formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Os novos membros, Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia, que aderiram ao grupo este ano, participarão do encontro pela primeira vez.

Do Correio Braziliense.

Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, está à frente de Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno da disputa pela Prefeitura da capital paulista, mostra pesquisa Real Time Big Data encomendada pela Record e divulgada nesta segunda-feira, 14.

O emedebista aparece com 53% das intenções de voto, contra 39% do candidato do PSOL. Brancos e nulos são 3%, enquanto 5% não sabem ou não responderam.

Em votos válidos — cenário que desconsidera as opções branco e nulo — Nunes tem 58% e Boulos, 42%.

O instituto ouviu 1.500 pessoas entre os dias 11 e 12 de outubro. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. O registro da pesquisa no TSE é SP-00357/2024.

Da Revista Istoé.

O publicitário Washington Olivetto morreu ontem (13), aos 73 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado há cinco meses no hospital Copa Star, no Rio.

Olivetto é responsável por diversas campanhas importantes no cenário publicitário. Ele venceu mais de 50 Leões no Festival de Publicidade de Cannes, um dos prêmios mais importantes do marketing mundial, e está presente no Hall of Fame do The One Club de New York e também no Lifetime Achievement.

“O Hospital Copa Star lamenta a morte do paciente Washington Olivetto e se solidariza com a família e amigos por essa irreparável perda”, informou a unidade de saúde.

O publicitário estava internado em decorrência de problemas pulmonares e faleceu por falência múltipla de órgãos.

Washington Luís Olivetto nasceu em 29 de setembro de 1951 em São Paulo (SP). No início da década de 1970, ele ganhou o Leão de bronze no Festival de Cannes pelo comercial de televisão “Pingo” para as torneiras Deca.

Ele também foi responsável pelo “Homem com mais de quarenta”, que recebeu o prêmio de Leão de Ouro da Publicidade Nacional, também em Cannes.

No entanto, as campanhas mais marcantes de Olivetto foram a do “garoto Bombril” e a do “primeiro sutiã da Valisère”.

Do Metrópoles

O Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista-DF) promoverá a edição 2024 do tradicional Prêmio Mérito Varejista no dia 24 de outubro, às 19h, no Dúnia Hall. O evento reconhecerá empresários e personalidades que contribuem para o desenvolvimento econômico da capital do País. Esta é a terceira edição da premiação, que busca incentivar e fortalecer o comércio no Distrito Federal.

Dez homenageados, entre empresários e personalidades, serão indicados pela Diretoria do Sindivarejista. “É um reconhecimento para os empresários que mantém o comércio local e às personalidades que, em suas respectivas áreas, apoiam e dão suporte aos empreendedores da cidade”, declarou Sebastião Abritta.

Os principais objetivos da premiação são:

– Reconhecer a contribuição de empresários e personalidades para o desenvolvimento e os avanços da sociedade por meio das atividades realizadas pelo Comércio Varejista na Capital do país.

– Distinguir associados do Sindivarejista-DF por sua contribuição à história do Distrito Federal, geração de empregos e fomento ao desenvolvimento social por meio do trabalho, inovação e produtividade.

– Agraciar quem contribui com a liberdade econômica e o fomento das atividades varejistas no DF, destacando as contribuições que o segmento aporta no desenvolvimento do Brasil.

Na disputa de segundo turno em Paulista, o candidato do PSB, Júnior Matuto, aposta na força e no prestígio de dois grandes cabos eleitorais: o prefeito do Recife, João Campos (PSB), que já está efetivamente na sua campanha, e o presidente Lula (PT). Lula, aliás, gravou ontem um vídeo manifestando confiança na eleição de Júnior Matuto. Confira!

Nos últimos tempos, a figura do senador Ciro Nogueira tem emergido como foco de críticas por parte de líderes evangélicos, gerando discussões intensas dentro do cenário político brasileiro. As críticas ganharam destaque após uma série de acusações do pastor Silas Malafaia, que questionou a atuação do senador em pautas que considera cruciais para a comunidade evangélica e a direita política do país.

As críticas direcionadas ao senador centram-se em três principais pontos de discórdia. Primeiramente, Malafaia destacou o papel de Ciro Nogueira na não indicação de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF), uma nomeação esperada por parte de setores evangélicos e do então presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o pastor, o senador, enquanto chefe da Casa Civil, teria trabalhado para dificultar a aprovação de Mendonça.

Outra preocupação levantada por Malafaia refere-se à postura do senador em relação ao pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. O pastor afirmou que Nogueira, juntamente com outros três parlamentares, não assinou o pedido, fato que foi visto como uma contrariedade aos interesses da ala política que o pastor representa.

A legalização de jogos de azar no Brasil é um tema controverso que também esteve no centro das críticas. Segundo Malafaia, Ciro Nogueira foi descrito como o “maior lobista” em prol da legalização, supostamente influenciando votos no Senado para apoiar a proposta. Esta questão ressoa de forma acentuada entre comunidades religiosas, que muitas vezes se opõem à legalização por razões morais e sociais.

O posicionamento de Silas Malafaia

Silas Malafaia defende que sua crítica a Ciro Nogueira não se estende ao presidente Bolsonaro, com quem ele mantém um relacionamento de respeito e amizade. O pastor justifica suas críticas com base no que considera omissões em campanhas importantes, mas reforça que sua relação com o ex-presidente não foi abalada. Malafaia afirma que possui “moral” para criticar quando necessário, destacando a integridade de seu posicionamento.

Ciro Nogueira é reconhecido por sua habilidade política e, ao longo de sua carreira, formou alianças com diferentes lados do espectro político. No passado, já manifestou apoio a figuras políticas diversas, incluindo Lula e Bolsonaro. Esta flexibilidade política é frequentemente abordada por críticos como uma questão de oportunismo, embora Nogueira se defenda como pragmático, buscando o melhor para o país em diferentes cenários.

As críticas de líderes religiosos como Malafaia e a reação do público ilustram não apenas um embate pessoal, mas um cenário mais amplo em que a política e a religião frequentemente se cruzam no Brasil. Conforme o país avança em discussões legislativas significativas, como as mencionadas, o papel dos líderes políticos e religiosos na moldagem da sociedade continua a ser um tópico de relevante discussão pública.

Do Terra

Após a aprovação do pacote de propostas que atingem os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF), deputados governistas temem uma nova derrota na votação do projeto de lei que anistia pessoas com envolvimento no ato de 8 de Janeiro do ano passado.

A avaliação é que o PL da Anistia pode ser aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, onde a oposição tem conseguido se impor.

O projeto perdoa quem participou, fez doações ou apoiou por meio de redes sociais os ataques do 8 de janeiro, por exemplo.

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizem que o texto poderia beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de alguma forma, o que os apoiadores do ex-mandatário negam.

“Vamos buscar convencer os parlamentares de que não é razoável a CCJ votar uma matéria como essa, flagrantemente inconstitucional”, declarou o deputado Helder Salomão (PT-ES).

“Se abrirmos esse precedente, nós vamos rasgar a Constituição e dar o seguinte sinal para a população brasileira: você pode praticar crimes, pode invadir a sede dos Poderes, defender o fechamento do Congresso e intervenção militar, e está tudo bem. Pode tentar explodir o aeroporto de Brasília e, olha, você vai ser anistiado”, destaca Helder.

Pausa

Na semana passada, a votação do projeto da anistia foi adiada após um pedido de vista – mais tempo para análise do assunto. No entanto, o movimento por parte dos governistas já era esperado e tem base regimental. Portanto, não chegou a causar surpresa.

Para retornar à pauta da CCJ, é necessário que sejam realizadas duas sessões deliberativas do plenário.

Integrante da base governista, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) avalia que a oposição tem maioria na CCJ e, por isso, o projeto não deve encontrar dificuldades para ser aprovado. No entanto, o congressista diz esperar que o governo “se interesse e mobilize sua base” para tentar barrar o avanço do texto.

“Essa é uma ‘anistia fake’. Na verdade, um salvo conduto para novos atentados ao nosso já frágil Estado Democrático de Direito”, disse Alencar à CNN.

Próximos passos

A presidente da CCJ, Caroline De Toni (PL-SC), integrante da oposição, aguarda a definição das próximas reuniões do plenário para definir a pauta da comissão. Cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), convocar as sessões.

O projeto tem como relator o deputado Rodrigo Valadares (União-SE). O congressista projetava a votação do texto já na próxima semana, mas, desde terça-feira (8), o plenário não contou com deliberações.

Para pautar o texto, De Toni também pondera a influência da sucessão à presidência da Câmara no caso. Para ela, o debate do projeto foi contaminado pela disputa sobre quem será o novo sucessor de Lira. Isso porque o avanço da proposta foi colocado por alguns deputados como uma condição para apoiar candidatos.

Se for aprovado na CCJ, o texto seguirá para a análise no plenário, onde é necessária a maioria simples dos votos para ser aprovado.

Da CNN

Por Elcio Braga*

Apesar de ser apenas um bebê quando viveu no bando de Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, o pernambucano Inácio Carvalho Oliveira, de 86 anos, carregou por grande parte da vida o peso de ser filho do cangaço. Para fugir de constrangimentos e das zombarias, deixou Tacaratu, pequena cidade no interior de Pernambuco, para viver no Rio de Janeiro, onde o passado entre os cangaceiros seria omitido. Curiosamente, aproveitou a oportunidade para se tornar um homem da lei. Fez carreira na Polícia Militar, onde foi reformado. Atualmente, entre todos que estiveram no bando de Lampião, apenas ele e a própria filha do rei do cangaço, Expedita Ferreira, de 92 anos, estão vivos.

Inácio é casado e mora com Maria Odete Moraes Carvalho, com quem teve um casal de filhos, em Vista Alegre, na Zona Norte do Rio. Lúcido e saudável, costuma passear pela cidade e manter uma rotina com boas caminhadas.

“Hoje, Inacinho e Expedita Ferreira, filha de Lampião e Maria Bonita, são as duas últimas pessoas que estiveram ‘dentro’ do cangaço e com Lampião ainda em plena atividade, se assim podemos dizer. Embora Expedita tenha permanecido alguns dias com os pais, ela não nasceu no cangaço. Maria se ausentou para o parto. Ficou em um ‘coito’ (esconderijo) até a criança nascer”, explica Geraldo Antônio de Souza Júnior, pesquisador do cangaço e responsável pelo canal Cangaçologia, no YouTube.

O último dos cangaceiros foi José Alves de Matos, o Vinte e Cinco, natural de Paripiranga (BA). Ele morreu aos 97 anos em 2014, em Maceió (AL). Lampião, Maria Bonita e mais nove integrantes do bando não resistiram ao ataque da volante (força de segurança) na Grota do Angico, em Sergipe, em 1938.

Lembranças turvas

O filho do cangaço não sabia quase nada sobre suas origens. Tudo o que conhecia até os 67 anos era que os pais, os cangaceiros Moreno e Durvinha, expoentes do bando de Lampião, o haviam deixado com o padre Frederico Araújo, pároco da pequena Tacaratu, no interior de Pernambuco. Uma carta acompanhava a criança: trazia o nome dos avós. Os pais alegaram que o bebê, ao chorar, vinha chamando a atenção das volantes que os perseguiam.

Depois da morte de Lampião, os pais tiveram de abandonar o cangaço às pressas. A perseguição aos cangaceiros remanescentes era intensa. Na fuga, Moreno e Durvinha cruzaram a pé por 60 dias o interior do Nordeste até Minas Gerais, onde passaram a residir escondidos. Durvinha ainda levou uma picada de cobra no caminho e quase morreu.

“Moreno, cujo nome verdadeiro era Antônio Ignácio da Silva, passou a se chamar José Antônio Souto, impossibilitando dessa forma ser descoberto pela Justiça e por antigos rivais. Durvalina adotou o nome de Jovina”, conta Geraldo.

Em 2005, aos 67 anos, Inácio estava sem esperanças de ter notícia dos pais. Mas a curiosidade da irmã mais velha Neli “Lili” Maria da Conceição daria fim ao segredo. Pressionada, Durvinha contou a ela que deixara um filho com um padre em Tacaratu antes de se mudar para Minas. O menino nascera debaixo de uma quixabeira, árvore espinhosa típica da caatinga, possivelmente em território alagoano (embora tenha sido registrado em Pernambuco). Neli ligou para a pequena cidade e deixou o contato para o suposto irmão retornar. Inácio, que morava no Rio, ligou de volta:

“Como é o nome da sua mãe?” Neli respondeu: “Jovina Maria da Conceição”. Aquilo foi um balde de água gelada, porque eu sabia que o nome da minha mãe era Durvalina”, relata Inácio, lembrando a frustração.

Mesmo assim, o PM reformado resolveu esticar a conversa e pedir para falar com a tal Jovina. Ele se emociona ao recordar.

“A senhora tinha um apelido? Era chamada de Durvinha? A senhora era do arrasta-pé?”, perguntou Inácio, citando detalhes que só a mãe biológica poderia saber.

“Como você sabe disso?”, respondeu Durvinha, dando a entender que sabia do que se tratava.

“Achei minha mãe”, concluiu Inácio, vibrando com a realização de um sonho que acalentou por toda a vida.

A ansiedade com a descoberta foi tão grande que Inácio viajou imediatamente do Rio para Belo Horizonte. Não queria perder tempo para encontrar a mãe, o pai e seus cinco irmãos que nem sequer sabiam da história do cangaço. Dois dias depois, ele chegou à casa da nova família, saudado com fogos e festa. Conforme combinado previamente, abraçou ao mesmo tempo o pai, a mãe e a irmã mais velha. Foi a melhor solução para o impasse: todos queriam abraçá-lo primeiro.

Só a partir daí Inácio saberia detalhes da vida dos pais no bando do rei do cangaço.

“Meu pai foi chefe de grupo do bando. Era como um quartel. Tinha um comando geral que era do Lampião. E eles espalhavam a companhia para um lado e para o outro. Senão a polícia atacava e matava todo mundo”, explica.

Moreno era reservado e pouco comentava sobre os tempos do cangaço.

“Meu pai precisava confiar muito na pessoa para falar alguma coisa. Ele contava as bravuras. Um dia, ele me disse: ‘Meu filho, tenho certeza que matei 22 pessoas. Só que foram mais. Só não contabilizei porque não fui lá conferir”, relata.

Durvinha se destacou no período do cangaço. Inicialmente, foi casada com Virgínio Fortunato da Silva Neto, o Moderno, morto em ação. Logo depois, ela se relacionou com outro integrante do bando, com o qual viveria o resto da vida. É ela que aparece num filme do caixeiro viajante sírio-libanês Benjamin Abrahão Calil Botto. Ela abre um sorriso e aponta a arma para a câmera. O filme que retrata em 14 minutos Lampião e seu bando no Sertão, entre 1935 e 1936, chegou a ser proibido na ditadura do Estado Novo. No entanto, os rolos empoeirados da película foram redescobertos em arquivo público em 1955.

Visão tolerante

Apesar de ter conhecido a mãe com idade muito avançada, Inácio guarda boas recordações da curta relação em visitas regulares ao longo de três anos.

“A minha mãe era uma doçura. Me colocava no colo e ficava fazendo carinho na minha cabeça”, recorda o PM reformado. “Me sinto feliz. Conheci meu pai, minha mãe. Foram casados de fato e de direito”, conta ele, que se abatia ao ler a expressão “pai desconhecido” em sua certidão de nascimento.

O reencontro com o filho possibilitou que os ex-cangaceiros voltassem a ter contato com os parentes deixados para trás, com a fuga da polícia e posterior troca de identidade. Após quase 70 anos, a família toda voltou a se reunir no Nordeste. Durvinha morreu aos 92 anos em 2008, e o marido, aos 100, em 2010.

Apesar de ter ficado ao lado da lei por ser PM, Inácio tem hoje uma visão mais tolerante sobre o cangaço.

“Várias pessoas já me perguntaram como classifico o cangaço. Se falarem que os cangaceiros são ladrões, é verdade: roubavam. Eles matavam e furtavam, mas com uma diferença. Eles roubavam o cabrito, o boi e outros animais para se alimentar e não para comprar drogas. O furto deles era para dar a quem tinha menos. Se o fazendeiro tinha muitas posses e era ruim, ele pedia dinheiro para dar aos mais pobres. Meu pai e minha mãe diziam que Lampião não era ruim. Era mau só quando faziam algo contra ele”, comenta Inácio.

Para o pesquisador Geraldo Júnior, Lampião é um mito que merece muitas reflexões sobre a História do Sertão. Mesmo 86 anos após sua morte, o rei do cangaço é motivo de debate acalorado entre admiradores e críticos.

“Há os que definem os atos de Lampião como heroicos, possivelmente por desconhecer a sua verdadeira biografia, enquanto outros o enxergam apenas como um bandido frio, cruel e sanguinário. Herói ou bandido? Uma resposta que jamais será unânime, mas que continuará ecoando através do tempo e atraindo curiosos e estudiosos”, opina.

Jornalista do O GLOBO

A corrida pela presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Pernambuco (OAB-PE), segue a todo vapor. O pré-candidato da oposição, Almir Reis, compartilhou nas redes sociais as suas andanças visando o fortalecimento de sua pré-campanha.

“Domingo quase terminando e estou aqui relembrando alguns dos momentos mais especiais que vivemos na semana passada. Nesta fase final de pré-campanha, o que mais me enche de entusiasmo é ver cada advogado e advogada colocando os interesses da classe à frente dos interesses pessoais, pensando na coletividade e no futuro da nossa advocacia”, destacou.

Confira o vídeo: