SP: quase 50 mil anularam escolha para prefeito digitando 13, do PT

Cerca de 48,1 mil eleitores paulistanos anularam seu voto no último domingo em São Paulo votando no número do PT, o 13, aponta levantamento feito pelo GLOBO com base no Registro Digital de Voto das urnas da cidade, disponibilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Entre os votos nulos, o voto no número petista só perdeu para aqueles que votaram no número “00”, cerca de 258 mil eleitores.

Diferença entre Nunes e Boulos foi de 25 mil votos

A eleição em São Paulo foi a mais disputada da história da cidade e a diferença entre o primeiro colocado, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), e o segundo colocado, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), foi de 25 mil votos. Ou seja, se pouco mais da metade desses eleitores que apertaram “13” na urna queriam votar em Boulos, isso seria o suficiente para que o psolista ultrapassasse Ricardo Nunes em número de votos.

Além do número vinculado ao PT, outros 18 mil eleitores votaram “22”, que é o número do PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os dois principais candidatos que tentaram atrair o voto bolsonarista foram Ricardo Nunes e Pablo Marçal, representados, respectivamente, pelos números 15 e 28.

Durante a campanha, é comum que os candidatos reforcem seu número na urna na reta final, sobretudo no caso de Guilherme Boulos que, embora apoiado pelo PT e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pertence ao PSOL. Em pelo menos dois debates, o candidato Pablo Marçal também citou o número errado de Boulos.

No mesmo debate, Boulos esclareceu que o eleitor que votasse no número 13 anularia seu voto.

A uma semana da eleição, Marçal postou o trecho nas suas redes sociais, com a legenda “Antes de votar no 13, vote 28”. Nas suas redes sociais, no início de setembro, Pablo Marçal também chegou a publicar um vídeo em que dizia que a candidata Tabata Amaral (PSB) concorria à Prefeitura com o número 13, apesar de o número correto da candidata ser o 40. Marçal foi condenado pela Justiça Eleitoral a publicar um vídeo de direito de resposta para a candidata.

Do Jornal O Globo

O influenciador Pablo Marçal (PRTB), que ficou fora do segundo turno das eleições municipais em São Paulo com 28% dos votos, disse que não apoiará a reeleição de Ricardo Nunes (MDB). O prefeito já afirmou não querer seu endosso e que não o aceitaria em seu palanque.

Marçal disse que só apoiaria o emedebista se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), a quem voltou a chamar pejorativamente de “goiabinha”, o próprio Nunes, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e o pastor Silas Malafaia se retratassem a respeito do que ele diz serem “mentiras” que falaram sobre ele.

Afirmou que isso não deve ocorrer, porém, por orgulho dos envolvidos.

O autodenominado ex-coach ainda disse acreditar que o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) vencerá as eleições com a ajuda de cerca de metade de seus eleitores.

Marçal afirmou ter muitos apoiadores nas periferias e que mais de 45% de seus votos são de pessoas que não são de direita, em seis regiões onde o presidente Lula (PT) venceu em 2022.

“Eu não indo para lado nenhum e liberando meu eleitorado, 45% dos meus votos o Lula com humildade vai tomar de volta”, disse. “Tenho certeza que ele [Boulos] vence. Ele sabe sinalizar com o povo, e o Ricardo não sabe, Boulos e Lula têm a língua do povo, os outros [estão] só brigando.”

Marçal disse que o segundo turno deveria ser disputado com Nunes, mas que as figuras de direita citadas por ele o tiraram da disputa ao atacá-lo e por isso serão responsáveis pela vitória de Boulos.

Da Folha de São Paulo.

O candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, afirmou na manhã desta terça-feira que uma das novidades de sua campanha para o segundo turno das eleições será o engajamento do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Com a saída de Tabata Amaral (PSB) da corrida, o vice-presidente já indicou em uma publicação nas redes sociais seu apoio ao psolista.

A expectativa é que Alckmin engrosse as fileiras de Boulos durante propagandas e comícios ao longo das próximas semanas, apesar de nenhum detalhe sobre o tema ter sido compartilhado pelo candidato ou pelo vice-presidente. Boulos também comentou sobre outros nomes que estariam aderindo a sua campanha, mas não deu detalhes sobre quem seriam essas pessoas. Um dos nomes pode ser o do ex-governador Márcio França (PSB).

“(O vice-presidente) vai se engajar sim. Fiquei muito feliz de tanto no domingo à noite com o apoio da Tabata Amaral, fiquei grato a ela, aproveito para agradecer mais uma vez à Tabata, que teve uma postura muito firme, uma postura muito correta ao longo de toda a eleição, e ontem fiquei feliz de receber o apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin. Já digo a vocês que hoje teremos o anúncio de mais apoios. Ao longo desta semana várias figuras importantes da sociedade, várias figuras políticas já estão sinalizando apoio a nossa candidatura”, afirmou Boulos em entrevista à rádio CBN.

O vice-presidente, no entanto, pode ficar limitado pelo mesmo problema que acomete o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar do apoio do presidente à campanha de Boulos, o petista não consegue se fazer tão presente na campanha devido à sua extensa agenda como presidente.

Do Jornal O Globo.

Por Mônica Bergamo*

Um dos maiores apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), o pastor Silas Malafaia está decepcionado com o ex-presidente.

Ele acusa Bolsonaro de se omitir nas eleições municipais de São Paulo por medo de ser derrotado por Pablo Marçal (PRTB) caso o ex-coach vencesse o prefeito Ricardo Nunes (MDB), com quem o ex-presidente firmou aliança e até indicou um vice na chapa.

Malafaia diz que não é papel de um líder guiar-se exclusivamente pelas redes sociais. “Bolsonaro foi covarde, omisso. Para ficar bem sabe com quem? Com seguidores. Que político é esse, meu Deus? Que porcaria de líder é esse?”, questiona.

Afirma que enviou mais de 30 mensagens “duríssimas” para ele. E diz que o ex-presidente só não teria respondido porque recebeu o apoio dele em momentos cruciais da vida — como no dia em que, “perto de ser preso”, chorou por cinco minutos ao telefone sem parar.

Mas uma pessoa o encheu de alegria: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a quem pretende apoiar para presidente da República caso Bolsonaro siga inelegível até 2026.

Da Folha de São Paulo*

O apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) em sua campanha pela reeleição em São Paulo causou uma crise no bolsonarismo.

Apoiadores de Jair Bolsonaro estão inundando as redes sociais do ex-presidente com críticas após a confirmação da disputa do segundo turno na capital entre Nunes e Guilherme Boulos (PSol). Para essa ala de bolsonaristas, o político deveria ter apoiado Pablo Marçal (PRTB), que ficou em terceiro na eleição.

Um dos comentários, em uma postagem crítica ao PT, diz “você abandonou São Paulo, ninguém vai perdoar”. Outro afirmou: “Vou de Boulos, 50! Só de raiva”.

Do Diario de Pernambuco.

Por Vitor Nascimento
Repórter do blog

A eleição mais indefinida do país ficou para o segundo turno. São Paulo resolveu, nos últimos minutos, os postulantes que vão para votação no próximo dia 27 de outubro. O atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB) teve 1.785,596 milhões de votos o que significa 29,49%. Guilherme Boulos (PSOL) teve 1.758,440 milhões de votos, o que significa 29,04%. O total de votos apurados, até o momento, é de 99.06%.

Pablo Marçal, ficou logo atrás com 1.703,815 milhões de votos, representando 28,14%. O trio ficou o tempo todo próximo um do outro. Mas o ex-coach ficou fora do segundo turno, que será definido entre o emedebista e o psolista.

Em discurso, Guilherme Boulos disse que o segundo turno precisa de diálogo. “A nossa missão é fazer com que a riqueza de São Paulo chegue para todos. Quero dialogar com quem não votou na gente neste primeiro turno. Trazer uma missão de justiça social, de uma cidade para todos”, afirmou.

Ricardo Nunes comemorou inicialmente com aliados, mas até o momento não se pronunciou.

Por Vitor Nascimento
Repórter do blog

As eleições municipais na cidade do Rio de Janeiro foram marcadas por pancadarias em várias seções eleitorais. Em vídeos gravados pela população, foram registradas duas brigas em dois locais diferentes na Zona Norte da cidade. Um deles, mostraram dois homens brigando com santinhos nas mãos.

Segundo informações, os populares estavam apoiando candidatos diferentes. Em outro local, uma briga entre duas mulheres chamou a atenção de quem passava para votar.

Dentro de uma escola, elas se estapeavam e se chutavam, com puxões de cabelo, uma das mulheres batem enquanto a outra tenta se defender. Em nenhum dos dois casos a polícia foi acionada.

Com informações do G1

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se manifestou sobre a agressão sofrida pelo marqueteiro Duda Lima, da campanha de Ricardo Nunes (MDB), nos momentos finais do debate promovido pelo Flow na noite passada.

No Instagram, Tarcísio lamentou o episódio, ao qual se referiu como “baixaria” e indagou sobre os limites do tom agressivo que tem tomado conta das eleições na capital paulista.

“Não dá mais para tolerar o que está acontecendo nessa campanha. Onde está o respeito ao eleitor que todo candidato precisa ter? Cadê o respeito à democracia que quem quer ser gestor precisa mostrar? Aonde vamos parar com tanta baixaria?”, perguntou o governador.

Da Folha de São Paulo.

O oitavo debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo terminou em confusão e com a expulsão de Pablo Marçal (PRTB) na reta final, após ataques ao prefeito Ricardo Nunes (MDB). O debate teve Nunes como alvo dos rivais nos primeiros dois blocos e Marçal defendendo Jair Bolsonaro (PL) pela atuação na pandemia da Covid-19. Marçal foi excluído do debate após levar três advertências em suas considerações finais.

Estavam vetados insultos, ofensas, xingamentos e uso de apelidos pejorativos, e o participante que infringisse alguma das regras receberia advertências, sendo retirado se acumulasse três delas. Marçal foi advertido seguidamente até a expulsão após chamar Ricardo Nunes (MDB) por um apelido e também afirmar que Nunes seria preso pela Polícia Federal em um possível mandato dele.

Com informações da Folha de São Paulo.

Imagens dos bastidores do debate realizado pelo Grupo Flow na noite passada mostram o momento em que um assessor da campanha de Pablo Marçal dá um soco no marqueteiro Duda Lima, do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). O vídeo mostra que após o ex-coach ser expulso do encontro por desrespeitar regras de conduta, um membro de sua equipe dá um soco em Lima.

Logo após a agressão, o assessor de Marçal é contido por um homem que estava no debate. Ele deixa o estúdio em seguida, pouco depois do candidato à Prefeitura, enquanto adversários pedem que o agressor seja segurado e “saia preso”. Assista:

Do Jornal O Globo.