A guerra entre Israel e Hamas completa nove dias neste domingo (15). Até o momento, os ataques resultaram em mais de 3 mil mortes, colocaram a população civil da Faixa de Gaza em crise humanitária e, agora, ganham ares de conflito regional.
No sábado (14), o Aeroporto Internacional de Aleppo, na Síria, foi atacado por mísseis dos caças israelenses. Os relatos foram dados pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). A força aérea do país tinha como alvo o Hezbollah. O grupo assumiu a autoria dos ataques no norte de Israel no início de sábado. As informações são do Metrópoles.
Na última madrugada, as Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram pelas redes sociais que não atacariam o norte de Gaza até as 13h deste domingo (15) — 7h no horário de Brasília —, para que a população migrasse rumo ao sul da região.
Na última sexta-feira (13), as FDI determinaram que todos os civis da área deixem o norte da Faixa de Gaza, mas adiou o prazo-limite pela segunda vez. A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou, porém, para o fato de ser impossível esse deslocamento sem “consequências humanitárias devastadoras”.
Ainda assim, o governo de Israel não recuou da determinação, o que levou centenas de milhares de famílias a deixarem tudo para trás. E, em meio a essa mobilização, os bombardeios não cessaram.
A ordem de retirada afeta mais de 1,1 milhão de palestinos — quase metade deles são crianças, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) —, mas o governo israelense mantém indícios de que seguirá com o plano de invadir a região por terra.
Nesse sábado (14), em um comunicado, as Forças de Segurança de Israel afirmaram preparar ataques por “ar, mar e terra” contra a Faixa de Gaza.
Falta de suprimentos
Desde o início da mais recente escalada do conflito, em 7 de outubro, o governo de Israel tem promovido uma série de ataques a mísseis em Gaza, em retaliação a investida do Hamas. Tornaram-se comuns imagens de civis sendo retirados dos escombros das próprias casas.
O conflito resultou, até o momento, em mais de 3 mil mortos. De acordo com as Forças de Defesa de Israel, o país registrou mais de 1,3 mil óbitos. Do outro lado, o número total de palestinos mortos passa de 2 mil.
Em entrevista à CNN americana, a porta-voz da Unicef Sara Al Hattab afirmou que a guerra já resultou na morte de 700 crianças palestinas em Gaza, enquanto outras 2,4 mil ficaram feridas. Na última quinta-feira (12), metade dos mortos na região eram mulheres e crianças.
Os bombardeios contra a Faixa de Gaza se somam à falta de suprimentos de primeira necessidade, a partir da iniciativa de Israel de ordenar um cerco total à região. Gaza tem carecido, por exemplo, de alimentos, combustíveis e remédios.
Uma das consequências da falta de combustível em Gaza se deu com a paralisação da usina termelétrica local. Não há produção de energia desde a última quarta-feira (11).
A falta de energia afetou, por exemplo, a usina de dessalinização de água, o que impacta no abastecimento de água potável aos palestinos de Gaza. O Unicef ainda destaca que a rede de abastecimento de água — o que inclui poços, reservatórios e usinas — foi atingida por bombardeios.
Necessidade humanitária
A reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) terminou sem um acordo sobre a situação dos civis na Faixa de Gaza, em evento realizado na última sexta-feira (13).
Apesar disso, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou que a proposta para a criação de um corredor humanitário foi bem recebida pelo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres. Israel e Egito entraram em consenso sobre um corredor específico para estrangeiros.
Há alguns dias, a ONU ainda condenou os recentes eventos de conflito entre Israel e o grupo Hamas, além do cerco a Gaza.
O Brasil tem defendido um corredor humanitário, por meio dos pedidos feitos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao mandatário de Israel. No sábado, Lula conversou com os chefes de Estado da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e do Egito, Abdel Fattah al-Sissi. Por telefone, o petista tratou da saída de brasileiros da Faixa de Gaza e externou preocupação com os civis na região e o bloqueio de ajuda humanitária.
A partir da próxima terça-feira (17), por Gravatá, começo a primeira semana de uma série de lançamentos da biografia de Marco Maciel. Na quarta tem Serra Talhada, na quinta-feira Afogados da Ingazeira, na sexta-feira Sertânia e no sábado, Arcoverde.
Na semana seguinte, Abreu e Lima na segunda-feira (23), na terça Olinda, na quarta-feira São Lourenço da Mata, na quinta-feira Surubim e na sexta-feira João Alfredo. Na semana de 6 a 11 de novembro, nova maratona de noites de lançamentos: dia 6 Afrânio, dia 7 Petrolina, dia 8 Santa Maria da Boa Vista, dia 9 Araripina, dia 10 Belém do São Francisco e dia 11 Salgueiro.
O conflito entre Hamas e Israel deu força para o debate entre esquerda e direita; e bolsonaristas versus lulistas. Há muito tempo, os conflitos ideológicos no Brasil estão fora do lugar e são alimentados pela ignorância diária. Alguns, que se classificam de direita, insistem em trazer o debate moral para tentar desqualificar o lulismo. E muitos, que se dizem de esquerda, abandonam um dos principais ideários da esquerda ao excluir todos os pensamentos que fogem da sua cartilha.
O fraco debate ideológico que ganhou força e espaço com o advento das redes sociais, cria a ideia de que o Brasil está fortemente polarizado e de que a agenda moral pode orientar, exclusivamente, a escolha do eleitor. Em pesquisa qualitativa realizada entre os eleitores do Recife no ano de 2021, constatei, junto com cinco pesquisadoras do curso de Ciências Sociais da UFPE, que a direita está associada à proteção dos ricos e à defesa da família. E a esquerda à defesa dos pobres e às liberdades.
Tais percepções advindas do eleitorado não contrastam com a definição clássica do cientista político italiano Norberto Bobbio. E utilizo essas percepções para mostrar como o debate ideológico está bem fora do lugar e não explica a sociedade brasileira. Ser de esquerda não é ser comunista, como bem insistem os bolsonaristas radicais.
Ser de esquerda, como os próprios votantes definiram, é desenvolver ações que protejam os pobres e promovam a inclusão social. Ser de direita não é, necessariamente, defender os ricos, e desprezar os pobres, mas não priorizar instrumentos advindos do Estado para possibilitar a diminuição da desigualdade social.
O debate moral entre esquerda e direita recai, obrigatoriamente, nas discussões morais. Tanto a direita como a esquerda são defensoras das liberdades. Os extremos da esquerda e da direita não são, obrigatoriamente, promotores das liberdades, em especial, quando os seus interesses para a manutenção do poder são contrariados. O debate da defesa da família faz parte da agenda da direita. Mas isto não significa que a esquerda despreze este debate. Existem, porém, visões de mundo diferentes entre ambos sobre a definição de família.
Os evangélicos, equivocadamente, estão associados no Brasil à direita. Mas existem evangélicos de esquerda. Contudo, observo que os evangélicos não cabem nestes espectros ideológicos, pois são movimentos com identidades e valores próprios que estão inseridos nos aspectos econômicos e morais. Portanto, não defino os evangélicos como de esquerda e nem de direita.
Não desprezo a história para decifrar a origem do Hamas. Reconheço, todavia, minha limitação de conhecimento para expor neste espaço as variáveis presentes na trajetória histórica que possibilitaram o surgimento dele. Ressalto, porém, que o Hamas, em seu estatuto, defende a extinção do Estado de Israel e os ataques recentes promovidos são atos terroristas. Deste modo, o Hamas é uma organização terrorista presente em território palestino. Mas isto não significa que os palestinos são terroristas.
É desproposital resumir os conflitos entre Israel e Hamas a um debate entre esquerda e direita. Assim como não é coerente associar PT e lulismo à organizações criminosas presentes nas periferias, em particular, na cidade do Rio de Janeiro. Por ser fenômeno econômico, o lulismo está bem presente nas periferias brasileiras. E, em razão dos evangélicos, os quais estão fortemente presentes nas áreas pobres do Brasil, é observado a presença do bolsonarismo e o uso da fé nos conflitos armados entre traficantes. Contudo, não se pode afirmar, de modo algum, que lulismo, bolsonarismo e evangélicos estão associados ou são produtos da criminalidade.
O debate ideológico entre esquerda e direita não explica satisfatoriamente o lulismo, o bolsonarismo e a força dos evangélicos. Estes fenômenos/movimentos são instrumentos, que não cabem no debate ideológico, que são utilizados pela sociedade para a conquista dos seus objetivos. Eles são movimentos sem clareza ideológica, já que possuem identidades próprias que não se resumem a mera divisão entre esquerda e direita. Diante desta realidade, chego à seguinte indagação: O Brasil está polarizado entre bolsonarismo versus lulismo?
O bolsonarismo é um fenômeno moral e o lulismo, econômico. Portanto, são movimentos, aparentemente, distintos. O que conduz fortemente a escolha do eleitor: os incentivos morais ou econômicos? Desde 1994, as eleições presidenciais brasileiras têm mostrado que a economia importa. Outro ponto: ainda não apareceu alternativa econômica ao bolsonarismo e ao lulismo. Ou melhor: no ambiente eleitoral, só existe o lulismo como fenômeno econômico.Caso um novo ator com discurso econômico surja e conquiste parcela dos votantes, tenho a hipótese de que ele enfraquecerá o bolsonarismo e, talvez,o lulismo. Portanto, a polarização existe, aparentemente, em razão da falta de opção.
*Doutor em Ciência Política, professor da UFPE e fundador da Cenário Inteligência – Pesquisas e Estratégias.
Em tempos de fervor em torno dos lançamentos da biografia de Marco Maciel, uma boa lembrança de Lula Cabral, atual deputado estadual pelo Solidariedade. Passou-se em 2002, seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Na foto, o então senador Marco Maciel explica a Lula como se daria o projeto de expansão do porto de Suape. Aliás, foi no Governo de MM que atracou o primeiro navio em Suape. Se você tem uma foto histórica no fundo do seu baú, envie agora para postagem neste quadro pelo 81.982224888.
Fui ver, ontem, a estreia de Meu Nome é Gal, que conta a história de Gracinha, como era conhecida uma das maiores vozes da história da música brasileira antes de se tornar Gal Costa. O filme já estava em andamento quando Gal morreu em novembro de 2022, aos 77 anos. Minha expectativa era grande, mas seu resultado ficou aquém de alguém com a importância de Gal Costa na cultura brasileira.
Com uma vida tão rica de histórias e experiências, é claro que não seria possível mostrar a trajetória completa de Gal em um longa-metragem. Por isso, “Meu nome é Gal” é centrado num recorte dos primeiros anos de sua carreira, quando ainda era Maria da Graça Costa Penna Burgos, Gracinha, para os íntimos. Ela deixa a Bahia aos 20 anos e vai para o Rio em 1966 para tentar a sorte como artista.
Acolhida por outros cantores como Caetano Veloso (Rodrigo Lellis), Gilberto Gil (Dan Ferreira), Maria Bethânia (a codiretora do filme, Dandara Ferreira) e a atriz Dedé Gadelha (Camila Márdila). Namorada de Caetano, Gracinha vai dando lugar a Gal Costa. O filme mostra os envolvimentos amorosos de Gal, sua relação com a mãe, Mariah (Chica Carelli), e sua consagração durante a Tropicália, no início da ditadura no país.
Há diversos elementos que tornam “Meu nome é Gal” frustrante. O primeiro deles está no fato de que grande parte dos eventos ocorridos entre 1966 e 1971 são mostrados de forma corriqueira e sem maior impacto para o público. As histórias são contadas de maneira tão apressada que um espectador mais distraído não vai notar a passagem de tempo da trama, ou perceber que os personagens deixam uma cidade para ir até outra.
Um exemplo disso é quando Gal e seus amigos deixam o Rio e vão para São Paulo num dado momento: só quem for bem atento verá a diferença. Outro problema é que o roteiro, escrito por Lô Politi (também codiretora), nunca consegue criar situações que potencializam a voz única de Gal. As cenas das gravações de músicas como “Baby” e “Coração vagabundo” nunca evidenciam de forma contundente as qualidades como intérprete, por mais que os outros personagens fiquem repetindo diversas vezes como a voz dela é incrível.
Quando ela canta “Divino Maravilhoso” durante um festival, por exemplo, esse momento especial parece um dia como outro qualquer. Edição, trilha ou roteiro não potencializam as performances da cinebiografia. Para piorar, o filme tem problemas graves na parte técnica. A pior delas é notada nos momentos musicais do longa.
Há partes da história que parecem destacar mais a presença de Caetano Veloso e de Gilberto Gil. Gal fica menos relevante do que seus amigos, como se fosse uma convidada ilustre de um show que deveria ser estrelado pela cantora. A produção é ambientada no fervor da Tropicália e mostra o cenário cultural brasileiro da época.
Gal Costa foi a principal voz feminina do Tropicalismo, mas, para isso, precisou se libertar das amarras de uma timidez que quase a impediu de seguir sua vocação inequívoca. Com sua presença, sua atitude, seu corpo e sua voz, Gal Costa transformou a música brasileira em toda uma geração, principalmente de mulheres.
Mas vale a pena ver, pelo talento, a história e as belas músicas de Gal!
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA), confirmou a leitura do relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) na próxima terça-feira (17), a partir das 9 horas. Também serão lidos os votos em separado que devem ser apresentados por parlamentares de oposição.
Como é certo que haverá pedido de vista, já há um acordo para votar o relatório final no dia seguinte.
A CPMI começou seus trabalhos em maio. Desde então, ouviu dezenas de investigados e testemunhas. Entre eles, os ex-chefes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e Gonçalves Dias; o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, coronel Mauro Cesar Cid; e as pessoas presas por planejarem a explosão de um caminhão-tanque no aeroporto de Brasília no fim de 2022.
Relembre
Uma semana após a posse do presidente Lula, um grupo de radicais defensores de um golpe de estado invadiu e depredou as sedes dos três Poderes. Centenas de pessoas foram presas.
No mesmo dia, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), repudiou o vandalismo. No dia seguinte, os presidentes dos três Poderes divulgaram uma nota em defesa da democracia brasileira e o Plenário da Câmara aprovou a intervenção federal no DF.
No fim de abril, o Congresso criou a CPMI para investigar os atos de ação e omissão ocorridos no dia 8 de janeiro. O colegiado, que é presidido pelo deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA), é composto por 16 senadores e 16 deputados.
Sentra Advance: o novo vice-líder dos sedãs médios
O Toyota Corolla continua sendo o sedã médio preferido dos brasileiros. Somente de janeiro a setembro a marca japonesa vendeu 31,3 mil unidades do modelo. Mas o perfil do segmento mudou. O trio C (Corolla, Civic e Cruze) se desmanchou e agora abriu, por exemplo, o segundo lugar do ranking no acumulado de 2023 para o Nissan Sentra, com 2.946. O Chevrolet Cruze, cujo fim de linha deve acontecer até dezembro, vendeu apenas 876 de janeiro a setembro. Do Honda Civic, ninguém sequer fala, quanto mais compra: híbrido e bem mais caro, na faixa dos R$ 250 mil, tem vendido meia dúzia por mês. Por isso, a Nissan acertou ao trazer em março o renovado Sentra, agora importado do México. A Advance, de entrada, custa R$ 149,9 mil. Ela, testada por este colunista, vende 53% do mix – sendo os 47% restantes para a Exclusive e para a Exclusive com interior premium, de couro marrom.
Mesmo sendo de entrada, ela é bem equipada. Ela tem motor 2.0 com câmbio CVT e atende bem quem dá valor ao conforto, espaço, dirigibilidade… Talvez o conjunto pedisse um motor com menos cilindrada e turbinado, melhorando o consumo e ajudando o meio ambiente. Em acelerações e retomadas o condutor nota o esforço daquele que é a terceira geração da família MR20DD – e que, segundo os engenheiros da marca japonesa, ficou mais potente, mais eficiente e tem melhor nível de consumo de combustível. Mas o cuidado com a acústica ajuda a ‘esconder’ o barulho do motor.
Em termos de consumo, salientando sempre para medi-lo o comportamento do motorista, o Sentra faz uns 11 km/l na cidade e 13,9 km/l na estrada, se abastecido com gasolina. Movido exclusivamente a gasolina, ele desenvolve 151 cavalos de potência e 20 kgfm de torque. O câmbio CVT de oitava geração, simula oito marchas – com quadro modos de condução: normal (equilíbrio entre aceleração e dirigibilidade em qualquer condição); sport (marcha mais baixa com rotações mais altas); manual (para controle de velocidade e aceleração por seleção de marcha por meio de paddle shifts atrás do volante); e eco (ajusta a entrega de energia e a resposta do acelerador para o consumo ser reduzido entre 5% e 10%).
Um detalhe inconveniente, digamos assim, é o freio de estacionamento acionado pelo pé esquerdo. Alguns equipamentos de segurança e conforto não estão presentes até modelos mais topo-de-linha. Tipo: alerta de tráfego cruzado traseiro, alerta inteligente de atenção do motorista, seis airbags, partida remota do motor e sistema de som Bose com 8 alto-falantes. Sem falar das praticidades: porta-trecos a granel (seis espaços na frente, cinco atrás e oito porta-copos), três entradas USB (duas na frente, sendo uma do tipo “C”, de carga mais rápida, e uma atrás). Todas foram colocadas em posições estratégicas e fáceis de acessar. O ar-condicionado é automático de duas zonas, os faróis em LEDs (inclusive os de neblina) com luzes diurnas e acendimento automático.
Como ganhou 5 cm a mais que a geração anterior (e ficou mais largo que os concorrentes), o interior é bem espaçoso, relativamente bem acabado até na versão Advance (na topo de linha é excelente), e bem aconchegante, digamos assim. O porta-malas do Sentra comporta 466 litros. Como tem espaço de sobra, mesmo para motoristas com altura acima dos 1,80m, a posição de dirigir é boa, deixando as pernas esticadas e reduzindo as chances de batida de cabeça no teto. Vale lembrar que o ajuste do banco do motorista é elétrico (o volante também pode ser ajustado em altura e profundidade).
O painel colorido é de 7 polegadas, facilitando a visualização das informações do computador de bordo, Este, por sinal, mostra consumo médio, tempo de viagem, velocidade média, autonomia, temperatura externa, aviso de abertura das portas, quilometragem total e parcial e mensagens de alerta. A central multimídia, por sua vez, é de 8 polegadas. No entanto, o espelhamento é feito apenas via cabo USB.
Grand Cherokee agora é híbrido de 380cv e custa R$ 570 mil– A marca norte-americana pertencente ao grupo Stellantis trouxe de volta o Grand Cherokee. A quinta geração é em versão única, híbrido plug-in, muito mais luxuosa e preço acima de meio milhão de reais. O SUV 4xe 2.0 turbo e dois motores elétricos que, somados, geram 380cv e torque de 65 kgfm, é agora o modelo mais caro da marca no Brasil. Claro: ele não abre mão da lendária capacidade 4×4 da marca, com seus cinco modos selecionáveis de terrenos. Apesar do sobrenome do Compass híbrido (4xe), o sistema do Cherokee é diferente: o motor elétrico fica dentro da transmissão e tem 136cv e 27kgfm, aproveitando a relação de marchas do câmbio de 8 marchas. A bateria é de 17,3 kWh com potência máxima de recarga de 7,4 kW em AC e, segundo o Inmetro, a autonomia elétrica é de 29 km. As baterias de íons de lítio, aliás, têm 400 Volts e podem ser completamente carregadas em duas horas e meia em uma tomada 220V com o carregador Jeep nível 2 (com potência de 7,4 kW, em corrente alternada, AC). O Grand Cherokee tem quase 5 metros (4.914mm) de comprimento e 214mm de altura mínima do solo. Quanto às outras medidas, vale lembrar: porta-malas de 580 litros de capacidade de rebocar até 2.332 kg.
Segurança e conforto – Até por conta do alto valor do modelo, o pacote de segurança tinha que ser à altura com o ADAS (sistema de assistência à condução) no nível 2. Ele tem piloto automático adaptativo, centralizador de faixas, monitor de ponto-cego com detector de tráfego cruzado, frenagem automática de emergência, câmeras 360 e farol-alto automático. Ainda em função do preço, e da perspectiva de concorrer com modelos também tradicionais no mercado, como Volvo, BMW, Mercedes-Benz etc, o modelo tem acabamento de primeira. São muitos detalhes em madeira, preto e alumínio. Além do painel e da central para o sistema multimídia, há uma tela só para o passageiro, que permite conectar um fone bluetooth para uso de uma fonte de mídia diferente. Com o Head-Up Display e o retrovisor com câmera, a Jeep alerta que são mais de 50″ em telas. O seletor do câmbio é rotativo, junto com o seletor de modos de tração. No lado esquerdo do motorista, o seletor de modos do sistema híbrido: Hybrid, e-Save e Electric. Elétrico também é o ajuste da coluna de direção. O sistema de som é da marca Alpine, com cancelamento de ruídos. O teto-solar é, de fato, panorâmico.
Fiat Ducato sob rastreamento – Em 1998, a Fiat lançou o modelo Ducato, que já tem mais de 130 mil unidades vendidas. A quarta geração, lançada recentemente, trouxe uma série de novidades, mas agora vem uma bem relevante: os serviços de conectividade, sendo o primeiro utilitário da Stellantis a recebê-los no Brasil. A plataforma para uso profissional é um sistema de telemetria e rastreamento de veículos e serve para controle e gerenciamento tanto da frota como também do modo de condução dos motoristas. Sem falar no auxílio na recuperação do veículo em caso de roubo ou furto. “É o sonho de todo gestor de frotas. Ela permite visualizar, gerenciar e obter informações detalhadas sobre os veículos, incluindo sua localização, além de criar alertas personalizados”, destaca Herlander Zola, vice-presidente sênior da Fiat na América do Sul. Disponível nas versões Cargo e Maxicargo, a solução de hardware instalada no modelo envia as informações do veículo em tempo real para a plataforma. Assim, por meio do app ou do site é possível saber onde a van está, criar cercas virtuais, visualizar distâncias e trajetos percorridos, verificar o comportamento do motorista na condução do veículo, auxílio na recuperação do veículo em caso de roubo ou furto, entre outras funcionalidades. Os usuários terão a oportunidade de desfrutar do pacote completo, que inclui todos os serviços oferecidos pela plataforma Fiat Connect////Me, durante um período de 12 meses. Após esse prazo, os clientes poderão optar por assinar os serviços. A Ducato cargo custa R$ 247.990; a maxicargo, R$ 251.990.
BYD agora é baiana – Finalmente a fabricante japonesa BYD assumiu, fazendo o tal do assentamento da pedra fundamental, do complexo industrial em Camaçari, na Bahia – empreendimento abandonado pela Ford em 2021. A montadora chinesa terá três fábricas para a produção de automóveis, ônibus e chassis de caminhões. E, também, uma de processamento de lítio e ferro fosfato para exportação. O projeto custará R$ 3 bilhões e deve gerar 5 mil empregos diretos. A produção de automóveis de passeio deve começar somente em 2025. Já o governo baiano aproveitou o encontro para anunciar a isenção de IPVA para automóveis elétricos com valor até R$ 300 mil. O projeto receberá ainda incentivos fiscais estaduais até o fim de 2032. A planta de automóveis terá capacidade anual para produzir 150 mil veículos elétricos e híbridos em uma primeira etapa. Do complexo sairão ainda caminhões e ônibus elétricos destinados sobretudo para os mercados do Nordeste e do Norte.
Acidentes de trânsito: horários e dias de perigo – Segundo relatório do Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC), acidentes de trânsito, especialmente no transporte rodoviário de cargas, acontecem sempre com o mesmo padrão de horário e dia da semana. A análise aponta que a maioria dos incidentes ocorre durante o dia, representando 58,4% dos casos, especialmente entre as 6h e as 18h. Por outro lado, o período da noite, que parece ser mais perigoso, corresponde a 31% das ocorrências. Raquel Serini, economista e coordenadora de Projetos do IPTC, acredita que o risco de acidentes é ampliado durante a noite devido a fatores como redução de visibilidade e maior probabilidade de fadiga entre os motoristas. “Isso se deve ao aumento do fluxo de veículos nas estradas nesse período. No entanto, é importante destacar que os acidentes noturnos tendem a ser mais graves, já que há menos visibilidade e maior probabilidade de o motorista estar cansado, por exemplo. Durante a madrugada, por exemplo, é comum encontrar menos veículos na estrada, mas também há maior risco de cansaço e sonolência por parte dos motoristas”, salienta a economista. Ao analisar a distribuição dos acidentes de trânsito no transporte rodoviário de cargas ao longo da semana, há uma distribuição relativamente equilibrada. As sextas-feiras e os sábados apresentam uma proporção um pouco maior de ocorrências, representando 16,5% e 14,6% dos casos, sugerindo que não há um dia específico que se destaque como o mais propenso a acidentes. De forma geral, é possível dizer que 37% dos veículos envolvidos em acidentes são caminhões tratores, com a maioria das ocorrências na BR-116 e na BR-101. A faixa etária dos acidentados é entre 36 e 50 anos, com 4% sendo óbitos e 25% sofrendo alguma lesão. Uma das principais causas dos incidentes é a reação tardia ou ineficiente, levando a falhas mecânicas e perda de controle do motorista. Problemas mecânicos no veículo, condições climáticas adversas e infrações de trânsito por parte dos motoristas também são colocados como causas acidentais de veículos.
As razões do desgaste dos pneus – Como está sempre em contato com o asfalto, os pneus desempenham um papel vital na condução, direção e frenagem do veículo. O seu desgaste irregular, seja ao longo da banda de rodagem ou ao redor de sua circunferência, é uma indicação de que pode haver um problema relacionado com o alinhamento ou balanceamento do conjunto de suspensão e amortecimento. Para evitar problemas com os pneus, Juliano Caretta, supervisor de treinamento técnico da DRiV, divisão de negócios do grupo automotivo Tenneco, detentora das marcas Monroe e Monroe Axios, dá algumas dicas de cuidados para a preservar suas condições de uso:
Hábitos ao volante – A maneira como dirigimos pode influenciar o desgaste dos pneus. Atitudes como partir acelerando abruptamente, fazer curvas em alta velocidade e frear bruscamente são, além de perigosas, danosas para os pneus, que sofrem desgaste prematuro nessas condições. Outras situações como passar por cima de um meio-fio podem danificar a sua estrutura interna, causando danos ou protuberâncias em suas paredes laterais. Vale destacar que é necessário tomar cuidado ao passar sobre detritos e obstáculos como buracos, valetas, vidros quebrados ou pedras. Tudo isso pode causar abrasão, o que leva a danos na superfície do pneu. “Um pneu em más condições vai afetar diretamente o sistema de suspensão e amortecimento. Dirigir com cuidado e atenção pode ajudar a aumentar sua vida útil”, complementa Caretta.
Veículo desalinhado – As rodas são fixadas de forma independente ao carro por um sistema de suspensão complexo com vários elos interligados e muitos pontos de regulagem. Cada ajuste deve ser definido de acordo com as especificações do fabricante para garantir que os pneus estejam devidamente alinhados em linha reta durante a condução do veículo. Quando há o desalinhamento das rodas, existe o risco de desgaste irregular dos pneus, o que compromete o conjunto da suspensão e direção. “É sempre necessário avaliar a condição dos pneus periodicamente e procurar por sinais de desgaste irregular ou prematuro”, ressalta Caretta. Nesse caso, o executivo recomenda uma inspeção visual, para verificar a condição dos sulcos na superfície e na lateral da banda de rodagem. Havendo qualquer suspeita de irregularidade, ele recomenda levar o carro à uma oficina para avaliar as condições de alinhamento e suspensão.
Calibração adequada – Pneus com pressão insuficiente ou excessiva podem sofrer desgaste irregular em sua superfície. “Pneus com pressão excessiva sofrem maior desgaste no centro da banda de rodagem. Já com pressão insuficiente apresentam desgaste mais perceptível nas laterais. Os dois casos são bastante prejudiciais. Comprometem as condições de rodagem e frenagem do veículo, além de prejudicar o funcionamento dos demais componentes da suspensão”, explica Juliano Caretta. Para evitar que isso aconteça, é recomendável manter os pneus sempre calibrados, conforme as indicações do fabricante, verificando a pressão dos pneus semanalmente.
Amortecedores gastos – Eles ajudam a garantir o contato entre o pneu e o asfalto, o que é muito importante para um desempenho direcional eficiente. Quando eles estão desgastados ou em mau funcionamento, a suspensão é diretamente afetada, prejudicando a aderência dos pneus com a superfície de rodagem. Nesse caso, o pneu ficará pulando contra o asfalto, prejudicando a dirigibilidade e conforto ao dirigir, danificando sua estrutura, como descreve Juliano Caretta: “Esses saltos podem causar deformações em formato de escamas, percebidas quando o profissional passa a palma da mão pela superfície de rodagem dos pneus. Rodas desalinhadas ou componentes de suspensão desgastados também podem provocar falhas na área de contato dos pneus e, em casos raros, danos distribuídos uniformemente por toda sua extensão”.
Rodas danificadas – Bater com a roda em um buraco não é apenas irritante; pode entortar um aro de aço ou alumínio ou causar rachaduras em uma parte da roda. Qualquer um dos casos poderá causar vibração no pneu enquanto ele gira, resultando em desgaste irregular da banda de rodagem. A inspeção das rodas durante a revisão do veículo pode indicar problemas que afetam o desgaste dos pneus.
Suspensão desgastada – Os componentes da suspensão, como juntas, terminais de direção, bieletas, buchas e bandejas são projetados para manter a roda e o pneu firmemente em contato com o solo. Se alguma dessas peças estiver desgastada, isso poderá resultar em desgaste irregular dos pneus. Como a roda e o pneu não estão mais presos com segurança, o desgaste normalmente resulta em padrões em um desgaste irregular. Consequentemente, ocorrerá um efeito dominó, que afetará outros componentes, estendendo os danos no veículo. Para finalizar, o Juliano Caretta ressalta que tanto o cuidado com os pneus, como os componentes da suspensão são importantes para a preservação das condições de dirigibilidade, conforto e segurança e que para isso, bastam alguns hábitos simples: “Checagem semanal da pressão dos pneus, inspeção visual nas bandas de rodagem, condução com responsabilidade e seguir as orientações de manutenção dos fabricantes evitará a ocorrência de problemas mais sérios e preservará a segurança, o conforto e o bolso dos motoristas”.