De bigu com a modernidade

Começou a temporada das picapes

De cada 100 automóveis vendidos no Brasil, 17 são picapes. Há 10 anos, eram somente 11. Claro que somos um país-continente, muito voltado ao campo, mas cada vez mais é fácil vê-las nas vias urbanas, dando trabalho a motoristas em vagas de estacionamentos minúsculas. Pois bem: 2023 já tem, e terá ainda mais, interessantes novidades nesse segmento específico. A General Motors já começou a vender a Chevrolet Montana totalmente renovada. E trará no segundo semestre a Silverado. Em apenas 69 minutos, a Ford vendeu todo o primeiro lote de 500 unidades da também gigante F-150 (cada uma a quase meio milhão de reais). As picapes, aliás, estão chegando com força também ao universo dos elétricos. Confiram.

Chevrolet Montana – A picape chega com um mote de venda: a junção de conforto e de dirigibilidade de SUV com robustez de picape. Porém, também aposta na economia de combustível (a GM garante que é a maior da categoria) e na performance. Dados do Inmetro, a versão manual de 6 marchas percorre com gasolina 13,6 km/l na estrada e 12 km/l na cidade, enquanto com etanol os números são 9,6 km/l e 8,3 km/l, respectivamente. Por isso é nota A em eficiência energética pelo Conpet. Já a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 11,7s, e a retomada 80-120 km/h, em 12,2s. O motor é um 1.2 turbo flex de três cilindros que gera 133cv de potência e 21,4kgfm de torque.

A picape vem em quatro opções de acabamento.

· 1.2 Turbo MT6 2023 – R$ 116.890

· LT 1.2 Turbo MT6 2023 – R$ 121.190

· LTZ 1.2 Turbo AT 2023 – R$134.490

· Premier 1.2 Turbo AT 2023 – R$ 140.490

Já outra ação de marketing é voltada para a inédita caçamba inteligente, projetada para funcionar como uma espécie de porta-malas gigante. Por fim, a linha de acessórios customizados, que vai de faróis de neblina de LED a Santo Antônio, de capota rígida a estribos laterais etc.

Chevrolet Silverado – A gigantona já foi confirmada – e deve desembarcar no segundo semestre, num ‘retorno’ modernizado depois de ter sido vendida por aqui no fim da década de 1990.  A versão elétrica, apresentada no ano passado nos EUA, tem autonomia estimada de até 640km e muita força: são 670 cavalos com mais de 100 kgfm de torque, que permite acelerar de 0 a 100 km/h em menos de 4,5 segundos.

Por fim, a Chevrolet aproveitou uma no reality show Big Brother Brasil para mostrar uma das versões especiais de maior sucesso da picape S10, a Midnight. Ela retornará ao mercado em breve com evoluções tecnológicas e de design. Como de praxe, a versão Midnight se destaca pelos acabamentos diferenciados, como a grade frontal e as rodas escurecidas e um visualmente marcante Santo Antônio, integrando toda parte superior da caçamba.

As 15 picapes mais vendidas em 2022

1) Fiat Strada: 112.456

2) Fiat Toro: 49.567

3) Toyota Hilux: 48.606

4) Chevrolet S10: 27.128

5) VW Saveiro: 23.422

6) Mitsubishi L200: 15.831

7) Ford Ranger: 14.302

8) Renault Oroch: 12.022

9) Nissan Frontier: 8.669

10) VW Amarok: 6.012

11) Ram 3500: 2.204

12) Ford Maverick: 1.382

13) Ram 1500: 1.251

14) Ram 2500: 1.046

15) Ram Classic: 552

Reação da Ram – A marca norte-americana Ram, pertencente à Stellantis, não ficou parada. Abri até um site (RamREV.com) para quem quiser reservar um lugar na fila para pré-encomendar a nova e elétrica Ram 1500 REV. No Brasil, a marca se consolida cada vez mais: fechou 2022, por exemplo, com 83% de crescimento sobre o ano anterior, sendo a terceira no ranking de vendas do mercado premium. Para o Brasil, especialmente, a Ram prepara uma picape menor, do porte média e provavelmente usando peças Fiat Toro.  O grupo Stellantis também trará a Fiat Landtreck (que originalmente era Peugeot) no segundo semestre. É um modelo médio para concorrer com Toyota Hilux, S10 e Nissan Frontier.

Estreia da F-150 – A Ford já pôs à venda a F-150 em duas versões: a esportiva Lariat, com preço de R$ 470 mil, e a luxuosa Platinum, por R$ 490 mil. A entrega das primeiras unidades está prevista para até seis meses. O modelo – imponente e espaçoso – vem equipado com motor V8 5.0 de 405cv e transmissão automática de 10 marchas. Esse conjunto é o mesmo do Mustang, com calibração específica para a picape, e acelera de 0 a 100 km/h em 7,1 segundos.

A tração 4×4 tem opções High, Low ou sob demanda, bloqueio eletrônico do diferencial e pacote FX4, além de oito modos de condução. Ela vem com painel digital de 12 polegadas, teto solar panorâmico e ajuste elétrico com memória dos bancos, volante e pedais. E estreia no Brasil o sistema multimídia e de conectividade SYNC 4 de nova geração, com conexão sem fio para Apple CarPlay e Android Auto.

Em relação à segurança, oito airbags e tecnologias de assistência que incluem piloto automático adaptativo com stop & go, frenagem autônoma com detecção de pedestres, câmera traseira com detecção de objetos e assistência em descidas, manobras evasivas e cruzamentos, entre outras.

A F-150 tem caçamba de 1.370 litros com tampa de acionamento elétrico, escada de acesso, tomada de 110 V, iluminação em LED e revestimento protetor do tipo “spray-in”. Além disso, vem com preparação para engate de reboque de até 3.515 kg, com controle de freio e de oscilação e um assistente exclusivo com câmera que facilita as manobras. Os sistemas de iluminação e câmeras externas 360º são outros diferenciais. Da Ford também virá a Maverick em versão híbrida, com motor 2.5 aspirado de 164cv e 21,4 kgfm para trabalhar com um elétrico de 128 cv e 23,9 kgfm de torque.

Mini Multitone Edition: só 25 unidades – A Mini lançou um elétrico para lá de exclusivo no Brasil: Mini Cooper S E Multitone Edition, limitado a 25 unidades, com seleção de cores especial (daí o multitone), por R$ 296 mil.  Primeiro Mini 100% elétrico, o modelo é produzido na lendária fábrica de Oxford, no Reino Unido. Ele tem bateria de íon-lítio de 32,6 kWh, dividida em 12 módulos, com autonomia de até 234 km.

BYD Song Plus DM-i: consumo de 38,4 km/l – O modelo híbrido plug-in lançado pela BYD no final do ano passado no Brasil acaba de ganhar nota A do Inmetro, como um dos modelos mais econômicos disponíveis por aqui. Os números são impressionantes: o BYD Song Plus DM-i obteve a marca de 38,4 km/l na cidade e 28,1 km/ na estrada. Essas informações estarão disponíveis a partir de agora em selo do programa Conpet de eficiência energética. Desde o seu lançamento, é considerado o modelo híbrido plug-in com o preço mais competitivo do mercado: R$ 270 mil.

Postos de gasolina: que cuidados tomar – Durante viagens pelas rodovias de todo país, é importante prestar atenção no abastecimento do carro: do combustível correto usado às práticas legais nos postos. Afinal, quase 60% do turismo no Brasil tem como meio de transporte preferencial o carro particular ou o ônibus. Por isso, o Instituto Combustível Legal (ICL) recomenda algumas iniciativas importantes para evitar gastos desnecessários com oficinas ou troca de equipamentos. “Este tipo de atitude promove segurança e certeza de que o carro estará em boas condições para seguir seu destino e o consumidor não será lesado por práticas ilícitas”, avalia Emerson Kapaz, presidente do ICL.

Não renunciar à nota fiscal é a primeira destas ações. Ela é a garantia, caso haja algum problema no carro após o abastecimento. É um comprovante da aquisição do combustível e uma forma de combater a sonegação de tributos. O mercado de combustíveis é o que mais arrecada impostos, e o que mais sofre com a ação dos devedores contumazes, aqueles maus empresários que fazem do não pagamento de tributos uma estratégia de negócio.

Também é necessário ficar atento aos postos que oferecem gasolina ou etanol a preços muito abaixo do mercado em virtude dos riscos de fraudes de quantidade (a bomba mostra uma quantidade no visor, mas entrega menos para o consumidor), ou qualidade (combustível misturado com outras substâncias químicas, como solventes). A mistura de metanol no combustível é um crime grave, que prejudica não só o motor, mas também a saúde do condutor: ele é extremamente tóxico e pode causar cegueira e morte. “Também cabe reforçar que o cliente tem direito de exigir o teste de qualidade do combustível e denunciar se considerar que existe alguma irregularidade quando abastecer seu veículo”, analisa Kapaz.

A origem da gasolina ou etanol, que abastece o veículo, também é um ponto de atenção para o motorista. No caso dos postos de bandeira branca, que não possuem uma distribuidora exclusiva, por exemplo, o estabelecimento deve informar em cada bomba qual empresa forneceu o produto. Além disso, o número do CNPJ, razão social e endereço do posto também devem estar visíveis ao consumidor.

Outra importante ação é verificar se o marcador da bomba está zerado antes de começar a encher o tanque. No caso do etanol, se o consumidor quiser checar a sua qualidade, é preciso prestar atenção a um equipamento que fica acoplado à bomba. É o chamado densímetro, uma ferramenta que fica flutuando dentro de uma ampulheta.

Produtos adulterados – Como os valores dos combustíveis cobrados nas bombas têm oscilado muito, isso pode esconder um perigo ao consumidor, com a venda de produtos adulterados. Eles – seja o etanol, a gasolina e até mesmo o óleo diesel – têm uma grande concentração de impurezas, que, durante seu processo de queima no motor, se transformam em resíduos, causando diversos danos mecânicos. No caso da gasolina, a adulteração mais comum é a mistura de uma quantidade de etanol anidro superior aos 27% que são permitidos por lei. Já no etanol (álcool), a alteração ocorre com a mistura também do etanol anidro, mesmo produto que é misturado na gasolina. Já no óleo diesel, o que varia no produto adulterado é a quantidade de enxofre (acima de 10mg/kg no diesel S10 e 500mg/kg no S500).

Geralmente, logo após abastecer o veículo com combustível adulterado é possível perceber alterações em seu funcionamento, como falhas no motor, perda de potência, dificuldades de partida e ruídos estranhos. Mas em algumas situações, o problema pode aparecer algum tempo depois, como o consumo elevado, sinalizações de painel como a luz de injeção eletrônica, grande perda de potência, entupimento dos bicos injetores e filtros, problemas de lubrificação, entre outros. Quando o carro apresentar um desses sintomas, procure imediatamente um profissional mecânico de confiança, pois o tanque precisa ser esvaziado para que o motor não continue sendo abastecido com combustível de baixa qualidade.

O instrutor técnico da DPaschoal, Leonardo Tobias, conta que, quando identificado o problema, o condutor deve procurar um profissional e realizar um diagnóstico no veículo. “Nem é mais necessário um diagnóstico desmontando o motor e parte do sistema de injeção. É possível realizar essa verificação com uma microcâmera equipada com uma sonda”, indica Tobias.

Para diminuir o prejuízo com a utilização de combustível adulterado, é sempre importante solicitar o cupom fiscal no momento do abastecimento, pois ele é o documento que garante a possível utilização de produto em não conformidade com as normas vigentes. Comprovada a existência de combustível adulterado, o posto deve ser acionado para ressarcimento. Caso os responsáveis pelo posto não queiram ressarcir os prejuízos, deve-se procurar o Procon e Agência Nacional de Petróleo (ANP), ou mesmo um advogado, para ingressar com uma ação judicial.

Raio-X da eletromobilidade no Brasil – O último boletim publicado pelo Ministério de Minas e Energia, em setembro de 2022, mostra que 86% da energia consumida no Brasil veio de matriz renovável. Isso não apenas coloca o país na dianteira das iniciativas de descarbonização do planeta, como também mostra como o Brasil está bem à frente da média global, que é de aproximadamente 28%, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Seguindo o exemplo da matriz energética limpa, a frota de veículos leves e pesados terá como consequência a eletrificação, com o objetivo de reduzir impactos ao meio ambiente. O cenário otimista vem ao encontro do mercado de veículos eletrificados, que registrou aumento de vendas de 43% em 2022, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). O tema já está mobilizando empresas em discussões sobre a importância desta evolução e também da criação de uma infraestrutura compatível com esse crescimento.

Daqui a sete anos, em 2030, a frota de veículos Plug-in Hybrid Electric Vehicle (HEV, veículo elétrico plugável) e Battery Electric Vehicle (BEV, veículo elétrico a bateria) vai aumentar 160 vezes, passando das 31.064 unidades para 507 mil, segundo um estudo realizado pela Boston Consulting Group, empresa de consultoria global. Ela prevê ainda a necessidade de investimentos de R$ 14 bilhões no mercado de infraestrutura de carregamento para mobilidade elétrica até 2035.

A progressão dos números traz com ela não apenas uma transformação inevitável, mas todas as variáveis que acompanham essa mudança e pautam as principais discussões de ESG: a valorização da excelente matriz renovável brasileira, o incremento das políticas públicas sobre o assunto e a construção de cidades inteligentes que transformem o cotidiano dos cidadãos, com redução de poluição, ruídos e melhoria na saúde da população. Hoje, 13% das emissões de CO2 mundiais são provenientes de transportes, sendo 91% do modelo rodoviário, segundo o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) e o Climate Watch Country Greenhouse Gas Emissions Data (CAIT).

“Não há mais como negar que o conceito de cidade inteligente está diretamente ligado ao impacto que o transporte causa na vida das pessoas. E neste momento as discussões avançam para a relevância do transporte elétrico compartilhado, o tempo e local de carregamento e a infraestrutura necessária para isso acontecer”, diz Paulo Antunes, responsável pela área de Mobilidade Elétrica da Smart Infrastructure da Siemens.

Infraestrutura de carregamento – Com a evolução do mercado de eletrificados, surge a necessidade urgente da criação de uma infraestrutura de carregamento para esses veículos, sejam eles carros de usuários comuns, de motoristas de aplicativo, ônibus de frota ou caminhões. E essa infraestrutura precisa entregar uma experiência ótima para o usuário, de maneira que o processo de carga seja o mais similar o possível com o abastecimento de combustível. Por isso, a infraestrutura de carregamento ultrarrápido (carregadores com potência superior a 150kW) é estratégica na adoção de veículos elétricos em escala.

Recentemente, a Siemens realizou um estudo para um cliente que tem uma rede de postos de abastecimento urbanos e rodoviários e que buscava entender qual é o melhor carregador para a frota circulante no Brasil. Para atender a um contingente de quase 8 mil veículos, foi estudada a potência média de carregamento da bateria e sua capacidade para que o veículo possa circular.

Buscando a experiência do usuário em rodovias, considerando a potência média da frota e a capacidade da bateria, um carregador que melhor se adapta seria, por exemplo, um modelo DC (corrente contínua/carga rápida) de 160kW ou 180kW, com 2 plugs CCS (80kW a 90kW por plug), com tempo de carregamento médio de 40 minutos (de 0% a 100% da bateria) ou 32 minutos (de 20% a 100% da bateria). Cenário bastante adequado para uma parada rápida em um posto antes de seguir viagem. Ainda distante do tempo de abastecimento de veículos a combustão. Porém, mais próximo do tempo que normalmente se gasta em uma parada de uma longa viagem.

Venda de eletrificados cresce 76% – O mercado brasileiro de veículos elétricos encerrou janeiro com um recorde em emplacamentos para o mês. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), foram 4.503 unidades de veículos leves eletrificados (elétricos e híbridos) comercializados no período, um crescimento de 76% em relação a janeiro de 2022, e de 241% na comparação com o mesmo mês de 2021. Para suportar esse crescimento, a Aliança pela Mobilidade Sustentável, liderada pela 99, firmou recentemente acordo com o primeiro posto 100% elétrico do país, fruto de uma parceria da Vibra com a EZVolt, start up que também integra a Aliança – que tem como uma de suas metas contribuir com a criação de 10 mil pontos públicos de carregamento em todo o Brasil até 2025. “O acesso ao veículo elétrico só é eficiente a partir do desenvolvimento da infraestrutura, da mesma forma que a estrutura só se justifica a partir do crescimento de mercado. Por isso, trabalhamos fortemente em parceria com a Aliança pela Mobilidade Sustentável para crescermos, de forma conjunta, em ambas as frentes”, afirma Thiago Hipolito, diretor de Inovação e líder do DriverLAB na 99.

Pneus: os vilões da vida útil – Um mesmo modelo de pneu pode estar comprometido antes dos 30.000 km ou chegar em boa forma aos 50.000 km. O segredo?  O cuidado na escolha, no uso e na adoção de procedimentos de manutenção preventiva extremamente simples. “O passo mais importante em direção a uma longa vida do seu pneu passa por você conhecer um pouco mais sobre os vilões que trabalham o tempo todo para reduzir a quilometragem deste produto”, explica Rafael Astolfi, gerente de assistência técnica da Continental Pneus.

Pressão incorreta – Sabe aquela falta de tempo para verificar periodicamente a pressão correta dos pneus? Este comportamento tem impacto direto na vida útil do pneu que, ao rodar abaixo da calibragem recomendada pelo fabricante, vê a sua vida útil extremamente comprometida, contribuindo não só para o desgaste prematuro da banda de rodagem como também da estrutura. Se você precisa de um argumento adicional para calibrar regularmente os pneus do seu carro, lembre-se que a pressão irregular aumenta significativamente o consumo de combustível.

Alinhamento incorreto – Se você solta por um instante o volante do veículo e a direção parece ganhar vida própria, desviando o veículo da sua linha reta, é sinal de que a geometria pode estar com alguma irregularidade. Corrigir o alinhamento significa equilibrar todas as forças que atuam no veículo, tais como gravidade e força centrífuga, entre outras. O desequilíbrio gera um desgaste adicional no pneu, encurtando a sua vida útil, além de comprometer a segurança.

Pneus e rodas desbalanceados – Aqui o sintoma pode ser uma trepidação no volante conforme o carro atinge velocidades maiores. Esse balanceamento é normalmente executado junto com o alinhamento, assegurando uma maior quilometragem, uma direção segura e frenagens eficientes.

Roda amassada ou torta – Neste quesito, toda a atenção é pouca. Se você acha que somente a estética do veículo fica comprometida com uma roda amassada após passar por um buraco ou um forte choque contra algum obstáculo, melhor pensar duas vezes: uma roda amassada ou torta representa um sério risco para a sua segurança, dos que viajam com você e dos outros motoristas e pedestres. Há um alto risco de perda repentina de toda a pressão do pneu, que pode comprometer totalmente a dirigibilidade e causar um acidente.

Escolha do modelo adequado – A evolução do processo de produção dos pneus permite que você escolha o modelo mais adequado para a sua proposta de uso. Se você precisa sair às vezes do asfalto para condições mais agressivas de pista, como as de terra, use pneu com uma elevada performance, que vai além do asfalto.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Nissan Leaf: vale a pena tê-lo?

Em 2020, foram vendidos no Brasil 800 exemplares de veículos 100% elétricos leves (os chamados BEVs). Nos 12 meses posteriores, já se registrava um grande pulo, com 2.851 vendas. No ano passado, o número pulou para 8.458 emplacamentos. Este colunista já avaliou alguns modelos elétricos – como o Chevrolet Bolt e o Volvo XC40.

Agora, testou o pioneiro deles no Brasil, o Nissan Leaf – que chegou em 2019 e foi renovado visualmente recentemente, ganhando também novas tecnologias. Aliás, exatamente por ser pioneiro o modelo teve a honra (com a esperta da Nissan, claro) de levar o nome Leaf, ou “folha”: a verde é o símbolo da sustentabilidade elétrica, digamos, usada em vários veículos.

Uma dessas inovações, aliás, merece um destaque: a V2G (sigla veículo-grid, do veículo para a rede). Ela permite, como o nome sugere, que o dono possa usar a energia guardada nas baterias do carro para abastecer sua casa por até 48h.

O dono do carro pode abastecê-lo à noite, quando o custo da energia é mais baixo, e usá-la nos horários de pico de consumo, quando a tarifa é mais alta. Ou em faltas de energia (quase rotina no bairro Lago Norte, no Distrito Federal, por exemplo). Ou mesmo para fazer funcionar aparelhos elétricos específicos – neste caso, com a tecnologia V2X (vehicle-to-anything, do veículo para tudo).

Outra tecnologia, essa bem mais popularizada, é a e-Pedal. Com ela, o motorista usa somente um pedal, a da ‘aceleração’. Para desacelerar e parar, basta tirar/aliviar o pé.

Dos elétricos compactos à venda no país, o Leaf é um dos mais bonitos do país (tem, certamente, um desenho de rodas ousado – e talvez o mais marcante). A parte frontal ganhou nova grade, para-choque e faróis.

Internamente, de novidade, um baita conjunto de áudio Bose com dois tweeters de 1 polegada, dois alto-falantes de 6,5 polegadas de longo alcance nas portas dianteiras, outros dois de 5,25 nas portas traseiras, um amplificador e um woofer de 4,5 polegadas, ambos na área do porta-malas.

O retrovisor (com tela de LCD) interno é inteligente, que usa câmeras para reproduzir as imagens da traseira do veículo. Isso elimina pontos cegos ou interferência dos apoios de cabeça do banco traseiro, por exemplo.

Não é um carro de luxo, embora tenha bom acabamento: o controle de bancos é manual, por exemplo, e o volante não traz regulagem de profundidade. O freio de estacionamento, por sua vez, é acionado por pedal. O velocímetro, creiam, ainda é analógico. Mas, noves fora, esses descuidos, demais itens fazem uma compensação (como o sistema de som e o pacote de segurança).

O sistema de recarga da linha 2023 também mudou e foi posto na parte frontal. Além da ChadeMo, usada para carga rápida, o Nissan Leaf ganhou entrada tipo 2, o padrão europeu, de sete pinos, mais comum nos pontos de recarga no Brasil.

Eficiência energética – O conjunto de motor do Leaf tem uma boa eficiência energética, oferecida por meio de baterias de íon-lítio de 40 kWh – que entregam 150cv (110 kW) e torque de 32,6 kgfm, com emissão zero. A Nissan garante que a economia é significativa no processo de recarga/abastecimento. Em um levantamento da própria empresa no Brasil com dados médios de mercado para o custo do litro de gasolina e do quilowatt-hora (kWh), a redução de custos de recarga/abastecimento pode chegar a 75% ao se rodar com um Leaf em comparação com um automóvel de tamanho similar com motor a combustão.

Mas a autonomia ainda é baixa: até 272 quilômetros, dependendo do comportamento do motorista, das condições das vias, principalmente estradas. É o preço por ter sido o pioneiro?

Segurança – O modelo vem com o Nissan Intelligent Safety Shield, que engloba alerta inteligente de mudança de faixa, assistente inteligente de frenagem de emergência, controle inteligente de velocidade, sistema de advertência de ponto cego, visão 360° inteligente com detector de movimento e por aí vai. Sem falar nos seis airbags, controles de estabilidade e tração, freios ABS com distribuição de força e sistema Isofix de cadeiras infantis.

Campanha ousada – Recentemente, a Nissan fez uma promoção que tirava até R$ 62,7 mil do valor de tabela (R$ 298.490). A campanha “Leaf é VIP” ofertou apenas 30 unidades com o desconto de 20%. Talvez por isso, o hatch médio tenha sido o mais vendido do Brasil em janeiro. (Veja a lista logo abaixo). Também há pouco, o modelo atingiu a marca de 1.000 unidades vendidas nas 57 concessionárias da marca japonesa.

1. Nissan Leaf – 80 unidades

2. Audi A3 – 32 unidades

3. Chevrolet Cruze Sport6 – 25 unidades

4. BMW i3 – 9 unidades

5. BMW Série 1 – 5 unidades

6. Mercedes-Benz Classe A – 2 unidades

Ficha técnica

  • Potência: 147 cavalos
  • Torque: 32,6 kgfm instantâneo
  • Direção: assistência elétrica
  • Velocidade: 150 km/h
  • Aceleração de zero a 100 km/h: em 7,9 segundos
  • Autonomia: 272 quilômetros
  • Carregamento: em recargas rápidas, 40 minutos para 80% da bateria, em carregador Wallbox, oito horas para carga completa, em tomada convencional doméstica, em 20 horas
  • Dimensões: 4,48 metros de comprimento, 1,79 metro de largura, 1,56 metro de altura, 2,70 metros de entre-eixos
  • Porta-malas: 435 litros

Curiosidades

O Leaf é produzido em três países (Japão, EUA e Reino Unido) e é comercializado em mais de 50 mercados pelo mundo. A que vem ao Brasil é a britânica.

Ele foi o primeiro veículo elétrico a ser produzido em série, introduzido no Japão e nos Estados Unidos em 2010, e é o carro “verde” global mais vendido no planeta, com mais de 600 mil unidades – não computando os comercializados somente na China.

Na primeira geração, o Leaf chegou a circular em frotas de táxis no Rio de Janeiro e em São Paulo de 2013 a 2016, sem oferta para o público. A segunda geração foi apresentada em 2017, e em 2019 começou a ser vendida no Brasil.

Fórmula E em São Paulo – E a primeira corrida de veículos totalmente elétricos está confirmada para 25 de março, em São Paulo (e no Sambódromo do Anhembi, a casa do Carnaval paulistano). É a corrida mais sustentável do planeta. Vinte e dois pilotos representando 11 equipes irão disputar posições roda a roda no novo circuito – e dois deles são brasileiros (Lucas Di Grassi, da Mahindra Racing, e Sérgio Sette Câmara, da NIO 333). Os ingressos para a corrida em São Paulo já estão à venda pelo site da Eventim. O circuito tem extensão de 2,8km, com a largada dentro do Sambódromo. Ao todo, serão 3 longas retas conectadas por chicanes desafiadoras, curvas abertas e fechadas, uma velocidade que pode chegar a 322km/h.

BMW X1 nas lojas – A nova geração do SUV compacto da marca alemã acaba de ser apresentada aos clientes. A linha 2023 tem preços entre R$ 297 mil e R$ 345 mil e tem três versões com duas opções de motorização. O modelo é líder isolado há seis anos nessa categoria compacta de SUV premium (foram 3.479 unidades emplacadas em 2022, com 37,18% do segmento). O X1 terá o programa BSI gratuito pelo período de três anos ou 40.000km (o que ocorrer primeiro). O BSI oferece serviços de manutenção com cobertura mundial na rede de concessionárias autorizadas, sem custo adicional dos serviços cobertos. O motor da versão sDrive18i GP é um 1.5 turbo de três cilindros de 156cv e 23,4kgfm (com gasolina, é capaz de fazer 11,4 km/litro na cidade e 13,5 km/litro na estrada). Nas configurações sDrive20i X-Line e sDrive20i M Sport vem o 2.0 turbo que entrega 204cv e 30,6kgfm. A transmissão é automatizada de dupla embreagem e 7 marchas.

Commander: 40 mil nas ruas – Em pouco mais de um ano de produção, o Jeep Commander fabricado em Goiana, Pernambuco, chega à marca de 40 mil unidades – e sendo líder absoluto do segmento D-SUV (grandes). O modelo tem duas opções de motorização: a 1.3 turboflex T270 com 185cv de potência e 27,5kgfm de torque (com câmbio automático de 6 marchas) e a 2.0 turbodiesel TD380 com 170 cv e 38,7 kgfm de força (9 marchas).

O veloz chinês Haval – A Great Wall Motor chegou ao Brasil para surpreender e traz de cara o novo Haval H6 GT, uma versão esportiva do SUV cupê médio. O modelo já está em pré-venda. Ele será oferecido com um motor 1.5 turbo a combustão e dois propulsores elétricos (a autonomia oferecida por ambos será de 170km). Com isso, vai entregar uma potência combinada de 393cv e 77,7 kgfm de torque para as quatro rodas. Ele acelera de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos. É mais rápido do que o Porsche Macan e bem econômico: faz até 27,5 km/l na estrada. A versão esportiva do híbrido plug-in cupê foi criada exclusivamente para o Brasil. O preço não foi ainda anunciado.

Duas rodas: produção cresce – As razões são claras: carros caros, combustíveis, idem – e transporte público ruim e desemprego em alta. Por isso, o brasileiro tem recorrido mais do que nunca às motocicletas para viver – e sobreviver. Assim, a produção delas em Manaus só tem crescido. Em janeiro deste ano, por exemplo, foi de 122.867 unidades, volume 46,7% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado e 44,4% maior que os números de dezembro. A Abraciclo, associação dos fabricantes, diz que este foi o melhor resultado para o mês de janeiro desde 2014, quando 146.557 motocicletas saíram das linhas de montagem.

Himalayan 2023 custa R$ 23 mil – A moto aventureira média da Royal Enfield ganhou algumas alterações na parte elétrica, mais equipamentos na mecânica e agora passa a custar R$ 23 mil. Agora, ela tem comunicação CAN Bus entre a central eletrônica e os módulos e ganhou um novo estator e um regulador de voltagem revisado e reposicionado no chassi para dar suporte à nova arquitetura eletrônica.

Gasto familiar com gasolina – O quanto, de fato, o combustível pesa no orçamento mensal das famílias? Para responder essa questão, a Veloe, hub de mobilidade e logística, fez uma parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a tradicional Fipe. E com o chamado indicador de poder de compra de combustíveis (IPCC) chegaram à seguinte conclusão: o tanque de combustível com 55 litros de gasolina comum corresponde a 6,8% da renda média domiciliar nacional. Já foi de 9,3% – o que demonstra que, quando esse indicador diminui, o produto fica mais barato em relação à renda. A Veloe também vai acompanhar uma série de itens de impacto para o setor de transporte e logística – além dos preços médios dos combustíveis. Em janeiro, o monitor registrou preços médios nacionais por litro abastecido de R$ 5,108 para gasolina comum; R$ 5,246 para gasolina aditivada; R$ 3,919 para etanol hidratado; R$ 5,143 para o GNV; R$ 6,424 para o diesel comum; e R$ 6,502 para o diesel S-10.

Álcool ou gasolina? A escolha do tipo de combustível pode depender de diversos fatores. Para mapear e identificar como funciona esse processo decisório, a Webmotors, portal de negócios e soluções para o segmento, realizou uma pesquisa inédita com recorte do público masculino da região Sudeste para identificar quais são os tipos de combustíveis mais utilizados – além dos motivos das preferências para cada abastecimento. O novo estudo mostra que a gasolina comum ainda é a principal fonte de abastecimento (43%), seguida da aditivada (20%) e o etanol comum (17%). Um dos fatores determinantes para a preferência está relacionada ao maior rendimento do veículo com o combustível, mesmo com os entrevistados identificando que o preço do etanol comum é mais atrativo.

Em comparação com o ano de 2021, 66% dos condutores escolhiam o etanol como combustível. No entanto, com a redução dos preços, tanto do etanol como da gasolina, nos últimos tempos, esse percentual caiu para 59%. Apesar de os brasileiros colocarem o preço do combustível como segunda opção, optando pela melhor qualidade e rentabilidade para o veículo, o estudo comprova que, ainda assim, o dinheiro preocupa os motoristas. A pesquisa indica que 55% dos proprietários de carros e motos fazem cálculos sobre a rentabilidade do combustível antes de realizar o abastecimento. Outro ponto de destaque foi o fato de 37% dos entrevistados terem optado por vender seu veículo próprio devido ao alto custo do combustível.

Quase sete em cada 10 entrevistados dizem possuir um automóvel com motor flex, que possibilita o abastecimento com mais de um tipo de combustível. Quando isolado por carrocerias, 31% são proprietários de modelos SUVs, 27% de hatches e 26% optam pela carroceria sedã. A maioria (45%) dos respondentes que recebe acima de 20 salários mínimos ou entre dez e 20 salários mínimos opta por modelos SUV e a última opção para esse público é o modelo hatch. Em contrapartida, os entrevistados que recebem entre quatro e dez salários mínimos optam primeiramente pelos veículos hatch (40%). A pesquisa sobre o uso de combustíveis ouviu 2.102 pessoas.

As chuvas e o espaço para frear – As chuvas ainda castigam diversas regiões do país neste início de ano. Dirigir em vias molhadas – principalmente nas estradas – pode ser perigoso e uma condução segura do veículo sob essa condição demanda alguns cuidados especiais com os pneus. Sob chuva, é importante reduzir a velocidade e manter-se distante do veículo à frente. Afinal, em uma pista molhada o motorista necessita de três vezes mais espaço para frear em comparação com uma pista seca.

Os pneus possuem indicadores de desgaste máximo em seus sulcos principais, os chamados TWI (tread wear indicators) que, se estiverem nivelados com as barras ou blocos dos pneus, apontam que ele já atingiu sua profundidade mínima. Um detalhe importante: mesmo que apenas um dos lados do pneu atinja esse nível ele já é considerado desgastado, comprometendo totalmente a segurança ao dirigir.

Também é importante observar a profundidade dos sulcos dos pneus. A partir desse momento, o desempenho no molhado já não é mais o mesmo de um pneu novo e, portanto, é necessária ainda mais atenção.

“Um estudo que realizamos apurou que pneus novos, com 100% de sua capacidade de dispersão, podem dar vazão a até 30 litros de água por segundo a uma velocidade de 80 km/h. Mas, quando os sulcos atingem o limite legal de 1,6 mm essa capacidade cai para 55%, o que impacta direta e negativamente a dirigibilidade e a segurança”, alerta Rafael Astolfi, gerente sênior de serviços técnicos ao cliente da Continental Pneus Américas.

Pneus que apresentem profundidades de sulco iguais ou inferiores a 1,6 mm não só deixam o motorista sujeito a multas como aumentam a probabilidade de acidentes em razão da menor capacidade de drenagem da água e do comprometimento tanto da frenagem como da tração.

Por isso, a revisão dos pneus, especialmente nessas épocas, é fundamental para evitar acidentes graves. É essencial não descuidar da pressão, do alinhamento da suspensão e do balanceamento do conjunto roda/pneu e, claro, checar o estado do estepe para que possa ser utilizado em uma eventual emergência.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Golpe do IPVA: saiba como se proteger

Só duas coisas são inevitáveis na nossa existência aqui na terra: a morte e o pagamento de impostos. Pois bem: milhões de brasileiros donos de veículos começam a pagar o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), tributo anual calculado sobre o valor de mercado dos automóveis. Procure a secretaria de Fazenda do seu estado, planeje, poupe e se prepare.

Anotadas as datas, fiquem atentos: mesmo que o IPVA possa ser quitado online, tornando a transação bem mais prática, a bandidagem cibernética criou muitos esquemas de fraudes digitais, como os golpes do phishing e do boleto falso. Márcio D’avila, consultor técnico e especialista em segurança digital da CertiSign, e Victor Mahon, CBO e sócio da Zapay, ajudaram a coluna De bigu com a modernidade a criar um plano de proteção, digamos assim.

1. Phishing

Neste golpe, as vítimas recebem um e-mail, SMS ou mensagem de WhatsApp fingindo serem do Detran ou algum órgão regulador. Ao clicar no link, a vítima é direcionada a um site falso, mas muito parecido com o original. E aí ao inserir os dados, as informações são roubadas ou ainda a vítima pode ser induzida a realizar o pagamento ali mesmo por meio de QRCodes ou boletos fraudulentos. “Esse golpe é muito comum, mas fácil de ser evitado. Antes de acessar algum link, é sempre importante verificar se na mensagem há erros de digitação, pontuação e se o domínio do e-mail é realmente da instituição ou empresa. Também é importante antes de navegar e inserir dados em um site confirmar se ele é autêntico e se está seguro com um certificado SSL/TLS. Essa confirmação é feita com um clique no cadeado no navegador, onde é possível ver as informações sobre o site em questão”, explica.

2. Boleto falso

Os fraudadores podem enviar boletos falsos pelos Correios ou por e-mail informando sobre uma nova via de pagamento ou, ainda, de um erro na transação. Nestes casos, a fatura costuma ser bem parecida com a original, mas possui os dados da conta bancária de quem está aplicando o golpe. “Então, a dica sobre isso é: faça sempre o pagamento diretamente nos sites dos órgãos oficiais e autorizados, como bancos credenciados”, complementa.

3. Redes sociais e ligações

Também é preciso ter muito cuidado nas redes sociais e ao telefone. Criminosos também criam perfis falsos em nome de órgãos oficiais e realizam ligações para tentar capturar dados e estimular o pagamento de boletos falsos. A isca, muitas vezes, são descontos para a quitação de multas e regularização do veículo. A comunicação tem sempre um tom de urgência, com uma vantagem muito boa para a vítima-alvo. “A orientação é nunca fornecer o seu número de cartão de crédito, senha de conta bancária e informações pessoais ou financeiras a alguém que entre em contato com você, a menos que você esteja absolutamente certo de que essa pessoa é legítima”, reforça Victor Mahon, CBO e sócio da Zapay.

City Cargo: o minielétrico de carga – O mercado de carros de passeio 100% elétricos no Brasil emplacou 7.230 unidades em 2022. A JAC foi vice-líder, com 894 unidades (12,4% de participação). Agora, a marca chinesa administrada por Sergio Habib traz um novo (e diferente) modelo: o JAC E-JS1 City Cargo, capaz de transportar até 1.200 litros de volume (ou 400 kg). O alvo? Laboratórios, frota de serviços para empresas que prestam atendimento públicos como telefonia e energia, além de entregas de encomendas e outras aplicações urbanas. Habib, presidente do Grupo SHC e da JAC Motors Brasil, diz que ele vale para laboratórios de exames clínicos que realizam as coletas no domicílio, por exemplo, ou frotas contratadas para atendimento de serviços públicos, como empresas de energia elétrica – você só necessita de um técnico e mais algumas poucas ferramentas –, bem como de telefonia ou saneamento. E isso sem contar o aclamado “last mile” (última milha, em tradução literal, que é aquele nicho de veículos que retiram mercadorias dos centros de distribuição e as entregam nas casas/nos comércio dos clientes). Essa versão “furgoneta” é, segundo a JAC, especialmente e imediatamente vantajosa no custo por km rodado para rotas diárias a partir de 120 km. A família E-JS1 agora é composta por três versões: JAC E-JS1, modelo 100% elétrico mais acessível do Brasil, JAC E-JS1 EXT, que é a versão aventureira, e JAC E-JS1 City Cargo.

Versões e preços
JAC E-JS1, automóvel 100% elétrico mais barato do Brasil: R$ 146 mil;
JAC E-JS1 City Cargo: R$ 160 mil;
JAC E-JS1 EXT, versão aventureira do E-JS1: R$ 165 mil

Com esse lançamento, a família 100% elétrica da JAC Motors passa a contar com 16 modelos. São 4 automóveis de passeio, 1 picape, 5 vans e 6 caminhões.

Elétricos: chegamos aos 100 mil – E por falar em carro eletrificado, ambientalmente sustentável, vale registrar: o mercado brasileiro, que registrou crescimento de 41% em 2022 na venda destes veículos, acaba de quebrar a marca dos 100 mil (híbridos e elétricos) circulando nas ruas e estradas, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétricos (ABVE), o mercado nacional já conta com mais de 100 mil veículos eletrificados (híbridos e elétricos). Apenas no ano passado, esse mercado registrou um total de 49.245 unidades comercializadas, 41% a mais do que em 2021.

Primeira picape elétrica da Ram – A marca norte-americana Ram, pertencente a Stellantis, acaba de confirmar que sua primeira picape elétrica a bateria será conhecida como Ram 1500 REV. “Começamos uma revolução no ano passado, quando convidamos os consumidores para o início de nossa jornada de eletrificação, reunindo seus comentários sobre exatamente o que eles estão procurando em uma picape elétrica”, disse Mike Koval Jr., CEO da Ram. A produção da nova Ram 1500 REV começará no próximo ano. O veículo será formalmente revelado ao público nos próximos meses.

Lexus NX 350h: mais segurança – A linha 2023 do SUV da marca de luxo japonesa pertencente à Toyota chega disponível em três versões (Dynamic, Luxury e F-Sport). Essa última ganha iluminação ambiente com novas cores e sistema de som Mark Levinson de 7.1 canais, com 23 caixas de som distribuídas por 16 locais em toda a cabine (incluindo dois alto-falantes de 40mm instalados no teto), que geram o equivalente a 2.400 watts de potência. Também vem com um novo retrovisor digital, que auxilia o motorista, principalmente no período noturno, e proporciona mais segurança e comodidade. As versões Dynamic e Luxury ganham novos itens de suporte para estacionamento. A linha 2023 do modelo, precursor entre os utilitários esportivos premium no mundo, já está disponível na rede de concessionárias da marca, com preços a partir de R$ 364.790 (a Dynamic). A Luxury custa R$ 400.290; a F-Sport, R$ 437.090.

Lembram dos trólebus? E se voltassem? – O Recife já teve um sistema de transporte público elétrico muito interessante, eficiente, invejado: eram os trólebus que saíam da Caxangá ou da Macaxeira, por exemplo, e iam até a Dantas Barretos. Inaugurado em 1960, o programa tinha inicialmente 65 veículos Marmon Herrington, importados dos Estados Unidos. O lobby do diesel desgraçadamente venceu – e temos o que temos.

Pois bem: e que tal se o transporte público voltasse a ter a eletricidade como motor? Em várias partes do mundo a eletrificação veicular já é uma realidade. Afinal, as aplicações vão muito além do transporte individual. Euclides Lourenço Chuma, membro sênior do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE), organização profissional técnica dedicada ao avanço da tecnologia para a humanidade e pesquisador do CNPq na Universidade de Linköping, na Suécia, avalia as possibilidades para o cenário brasileiro. Ele defende que os veículos elétricos são uma boa opção para o transporte público.

“Mesmo em grandes extensões urbanas, como a região metropolitana de São Paulo, é possível implementar um sistema de ônibus movidos a eletricidade com a tecnologia atual”, reforça ele. “Isso traria diversos benefícios para a população”. Como exemplo, cita a redução nas emissões de CO2 e a melhoria da qualidade do ar da cidade, que contribuiriam para evitar a formação das chamadas bolhas de calor. “Sem falar na diminuição significativa da poluição sonora, já que motores elétricos são totalmente silenciosos”, afirma Chuma.

Os 70 anos do Jeep CJ-3B – Lançado nos Estados Unidos em janeiro de 1953, o Jeep CJ-3B acaba de completar 70 anos. O modelo foi também o primeiro Jeep a ser fabricado pela Willys-Overland do Brasil, já a partir de 1954. Algumas unidades de versões anteriores já haviam chegado ao país como CKD (peças para montagem) antes disso, mas coube ao CJ-3B integrar as primeiras peças nacionais ao longo dos seus anos de produção aqui no Brasil. O CJ-3B – CJ de “Civilian Jeep” (Jeep civil) – foi uma evolução dos modelos já produzidos até então para clientes civis e não militares. Nascida em 1945 com o CJ-2A, a família CJ foi composta por veículos para uso em qualquer terreno de carroceria compacta, produzidos e vendidos pela Jeep até a década de 1980. O CJ-3B começou a ser vendido no Brasil em 1954. Montado em São Bernardo do Campo (SP) pela Willys-Overland do Brasil, ele trouxe como diferenciais das gerações anteriores a grade frontal e o capô mais elevados para poder acomodar o novo motor de quatro cilindros Hurricane, da Willys, gerando o apelido “cara de cavalo”.

Dentre as muitas aventuras proporcionadas pelo CJ-3B ao longo dos seus 70 anos, vale lembrar uma realizada por três escoteiros em 1955, com a Operação Abacaxi. Eles saíram de São Paulo com destino ao Canadá para participar do Jamboree, encontro mundial de Escotismo. Uma viagem incrível, que acabou sendo ampliada até o Alasca a bordo do CJ-3B. Entre a ida e a volta, os três aventureiros rodaram cerca de 73 mil quilômetros em pouco mais de um ano, passando por 19 países e vivendo histórias incríveis. Os nomes desses aventureiros: Hugo Vidal, Charles Downey e Jan Stekly. O CJ-3B, que também teve uma versão militar, o M606, foi produzido nos Estados Unidos até 1968, com cerca de 155 mil unidades fabricadas. Além disso, o CJ-3B foi um pioneiro “carro mundial”, fabricado sob licença em países como Japão, Índia, França, Espanha e Turquia.

Nova Tiger Sport 660 Touring – A fabricante britânica Triumph acaba de apresentar a linha 2023 da motocicleta Tiger Sport 660 Touring para os consumidores brasileiros, focando em acessórios que, em outros mercados, costumam ser opcionais. Por exemplo: ela traz top box traseiro da marca Givi com capacidade para transportar até 47 litros de carga (cabem dois capacetes). O preço sugerido é de exatos R$ 62.873,73, com opções de duas cores (vermelha e azul) e um importante auxílio de condução: o quickshifter é acessório que permite as trocas de marcha sem a necessidade de acionar o manete da embreagem. O modelo traz de série freios ABS, controle de tração e painel de instrumentos digital com tela TFT. O motor é um tricilíndrico de 660cm³ de 81cv de potência e 6,5kgfm de torque, com câmbio de seis marchas.

Carnaval e carro na praia: fique ligado – Todo mundo aqui no Nordeste conhece alguém que vai pegar o carro e se mandar para uma praia, certo? Por isso, durante e depois de pegar a estrada, o motorista deve tomar algumas precauções fundamentais com o veículo. A NGK, multinacional japonesa especialista em sistema de ignição, listou a pedido do Bigu cinco importantes recomendações:

1) Fazer uma boa lavagem no veículo logo ao retornar do litoral, incluindo a parte inferior do carro;

2) Não aplicar óleo ou vaselina na parte inferior do automóvel: além de agredir as borrachas, os produtos permitem que a sujeira e partículas grudem no veículo;

3) Evitar a utilização de querosene, óleo em spray e óleo diesel no motor, pois se trata de uma área muito quente do carro e, como são produtos inflamáveis, podem provocar um acidente;

4) Fugir de combustível com preço muito baixo e solicitar sempre a nota fiscal de abastecimento;

5) No retorno da viagem, observar se o veículo apresenta falhas ou aumento do consumo de combustível e, em caso positivo, pedir ao mecânico de confiança para realizar uma avaliação do carro.

Segundo Hiromori Mori, consultor de assistência técnica da NGK do Brasil, antes de pegar estrada, o condutor precisa verificar o funcionamento dos itens de segurança, como pneus (estado e pressão), além da iluminação e da documentação do motorista e do veículo. “Durante a viagem, é fundamental examinar as lâmpadas de alerta que, na maioria dos veículos, têm duas cores: amarelas ou âmbar, que indicam ser necessária uma verificação, mas não impedem o funcionamento do automóvel; e vermelhas, que ordenam interromper imediatamente o passeio para checagem”, descreve Mori. “Após a viagem, é a hora de identificar se há falhas ou ruídos anormais no carro.”

Como o ambiente com maresia é mais agressivo ao veículo, a manutenção preventiva deve ser ainda mais criteriosa. “Os principais componentes prejudicados pela maresia são os metálicos, uma vez que não possuem uma camada de proteção, como suportes, parafusos e peças de alumínio, e a borracha, que sofre agressão química e ressecamento”, aponta Mori. “Já os cabos de ignição merecem uma atenção especial e devem ser verificados e substituídos quando necessário, porque o sal contido na maresia facilita a condutividade elétrica.”

Para moradores de regiões litorâneas, Mori recomenda providenciar uma inspeção anual de itens da carroceria e estruturais com um profissional qualificado. “Ao notar problemas de pontos de corrosão, eles devem ser tratados para não afetar as peças estruturais e, consequentemente, a segurança do veículo.”

Fazer manutenção ou alugar? – E por falar em carro e carnaval, confira um interessante e curioso levantamento da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), feito com apoio da Mundo Automotivo – DMS Automotive: cinco diárias de locação de um veículo popular ficam, via de regra, mais em conta do que a soma dos gastos de manutenção necessários para pegar a estrada. Claro, veja que o trabalho tem ‘um lado’ mais interessado, mas analise: a economia a favor de quem vai viajar com carro alugado no Carnaval, ou demais feriados prolongados ao longo do ano, pode chegar a 20%, mesmo sem incluir trocas de pneus e/ou de bateria. Os preços médios levados em conta no levantamento foram: troca de óleo (R$ 100 a R$ 170); filtros de óleo, de combustível e de ar (R$ 75 a R$ 115); fluido de freio (R$ 65 a R$ 135); pastilhas (R$ 90 a R$ 130); palhetas (R$ 115 a R$ 180); lâmpadas de farol (R$ 30 a R$ 70, cada uma); alinhamento e balanceamento (R$ 170 a R$ 180) – serviço que inclui rodízio dos pneus.

A maioria desses itens implica na segurança da viagem e, se negligenciados, fazem crescer os riscos de acidentes e de prejuízos. “O certo é que a preparação de um veículo para pegar a estrada certamente envolverá algum gasto extra que o proprietário precisa levar em consideração”, diz o presidente da ABLA, Marco Aurélio Nazaré. “Já no caso da locação, os carros são entregues 100% revisados, num ótimo custo-benefício”.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Recifense gasta 1h36 para ir e voltar do trabalho

O passageiro de transporte público no Recife espera, em média, 27 minutos por um ônibus, trem ou metrô. No top 10 das cidades com maior tempo médio de viagem em uma direção única (de ou para casa/trabalho), a capital pernambucana está lá: são 1h04min perdidos apenas num trecho de viagem. Aliás, no ranking global, o Brasil tem três cidades nesta “seleta” lista: além do Recife, o Rio de Janeiro, com 1h07, e São Paulo, com 1h02min. Já a duração média dos deslocamentos diários no transporte público da RMR em dias úteis (considerando ida e volta) é de 1h36min. É o pior índice.

O recém-lançado Relatório Global sobre Transporte Público da Moovit, aplicativo de mobilidade urbana mais utilizado no mundo, é bem claro: o tema exige muita atenção. Vejam, só, o que pensam esses usuários ouvidos pelos técnicos do aplicativo. O que o incentivaria a usar mais o transporte público? Um quinto dos passageiros pede aumento na frota para reduzir o tempo de espera. Outro percentual idêntico espera passagens mais baratas. Outros 16% pedem ‘apenas’ cronogramas de viagem mais confiáveis.

O trabalho da Moovit foi feito com base em 1,5 bilhão de viagens por transporte público planejadas com o Moovit ao longo de 2022 em cem grandes metrópoles globais. Dez são brasileiras (veja, ao lado de cada uma, a duração média dos deslocamentos diários no transporte público em dias úteis (considerando ida e volta).

Recife – 96 minutos

Brasília – 96 minutos

Rio de Janeiro – 95 minutos

Salvador – 94 minutos

São Paulo – 93 minutos

Fortaleza – 89 minutos

Belo Horizonte – 85 minutos

Campinas – 77 minutos

Porto Alegre – 74 minutos

Curitiba – 72 minutos

Curiosidades

  • Pelo menos 12% das viagens no Rio têm pelo menos 2h de duração
  • As viagens curtas, com menos de 30 minutos, cresceram em todo o país em relação a 2020
  • Pelo menos 55% dos passageiros do Recife esperam mais de 20 minutos pelo transporte
  • Tempo médio de espera diminuiu em seis cidades das dez cidades do levantamento
  • Um terço das viagens em Curitiba tem três baldeações ou mais. É terceira cidade no mundo, atrás da Cidade do México (29%) e Paris (28%)
  • Porto Alegre é a única cidade em que mais da metade das viagens são diretas

Trânsito: conheça as novas regras – O Código de Trânsito Brasileiro completa neste comecinho de ano duas décadas e meia. Embora mudado (muitas vezes para pior), ele mudou o cenário das ruas e estradas brasileiras – principalmente quando endurece as penalidades para motoristas imprudentes e bêbados, por exemplo. Por isso, os condutores – e, claro, instrutores e agentes – vão ter que começar atentos às diversas alterações na legislação brasileira de trânsito para 2023. Muitas já começaram a valer neste início de janeiro – como a Medida Provisória (MP) que prorroga a exigência do exame toxicológico periódico, a validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o uso do farol baixo.

Farol baixo – Transitar com o farol baixo ligado ao pegar uma estrada durante o dia não é mais necessário. Apesar de maior segurança, a regra para uso do farol baixo foi modificada e o uso passa a ser obrigatório apenas em rodovias de pista simples. Reforçando: em rodovias onde há uma separação física entre as pistas (guard rail, mureta, canteiro central etc) não é mais obrigatório transitar com os faróis acesos. Obviamente, o CTB e o bom senso exigem: naquelas condições de baixa visibilidade (passagem por túneis ou trechos com neblina, cerração e chuva) o farol deve ser sempre ligado em qualquer circunstância, independentemente do tipo de rodovia.

As DRLs, sigla para Daytime Running Lights (luzes diurnas de rodagem, em tradução literal), substituem os faróis baixos. Elas se mantêm acesas até mesmo quando o seletor de acendimento dos faróis está desligado. No entanto, vale lembrar: usá-las ao anoitecer ou em ambientes pouco iluminados vai resultar em multas. Afinal, a função delas é melhorar a visibilidade do veículo (e sob iluminação natural), não auxiliar o motorista a visualizar a estrada, por exemplo. Os carros que não tiverem DRLs deverão manter os faróis acesos, mesmo durante o dia, nas rodovias de pista simples: a multa é de R$ 130,16, com quatro pontos na CNH.

Carteira Nacional de Habilitação – A validade da CNH é inversamente proporcional à idade de quem dirige o veículo: quanto mais jovem, por mais tempo valerá a habilitação. Motoristas de até 49 anos terão o documento válido por 10 anos, já os que têm entre 50 e 69 anos precisarão renovar o documento a cada 5 anos, e condutores com 70 anos ou mais renovarão a habilitação a cada três anos.

Exame toxicológico – A Medida Provisória (MP) 1.153/2022 prorroga a exigência do exame toxicológico periódico. Ela suspende até 2025 a aplicação de multa para motorista profissional que não realizar o exame toxicológico. A exigência do exame é regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito, que, desde julho de 2022, já tinha estabelecido prazos para a sua realização conforme a data de vencimento da CNH. Com a nova lei em vigor, a aplicação da multa e das demais penas ficam adiadas para 1º de julho de 2025.

Sinal vermelho e conversão à direita – O art. 44-A  agora prevê que é livre o movimento de conversão à direita diante do sinal vermelho do semáforo, desde que haja uma sinalização indicativa que permita essa conversão.

Indicação de condutor – As empresas donas de veículos passam a ser obrigadas a pagar mais pelas multas que receberem quando não indicarem um condutor infrator.

Multa por excesso de peso – Afeta principalmente os caminhoneiros e empresas de transportes de carga (flexibilizada com mudança do artigo 99 do CTB.b

Código de Trânsito Brasileiro (CTB), edição atualizada

A obra contempla as alterações vigentes publicadas no Diário Oficial da União (DOU), em 29 de dezembro de 2022, além de trazer tabelas de valores referenciais para multas de velocidade, por exemplo.

Ficha técnica

Editora: Edipro

Número de páginas: 240

Preço: R$ 69,90

Link de venda: Amazon 

WV Virtus é repaginado – O popular sedã da Volkswagen agora virou o carro de entrada da marca (o Voyage não existe mais) e chega ao Brasil bem atrasado em relação à Índia, onde circula há mais de ano. De relevante, uma versão inédita, a Exclusive – que só chega no fim do semestre. As demais, que estão nas lojas a partir de 9 de março, são a 170 TSI (manual e automática), Comfortline 200 TSI e Highline 200 TSI.  Veja as versões e preços.

Virtus 170 TSI manual – R$ 103.990

Tem painel de instrumentos digital com tela de 8”, faróis e lanternas de LED, 6 airbags e assistente de partida em rampas

Virtus 170 TSI automático – R$ 112.990

Mais piloto automático adaptativo, frenagem autônoma de emergência, sistema start-stop

Comfortline 200 TSI AT6 – R$ 121.990

Com motor 200TSI, pneus 250/55, ar-condicionado digital Climatronic Touch, chave presencial para acesso e partida, botão de partida do motor, bancos e painéis das portas em couro

Highline 200 TSI AT6 – R$ 130.030

Mais rodas de liga-leve de 17 polegadas painel de instrumentos digital com tela de 10,25”, multimídia VW Play,

Exclusive 250 TSI AT6 – R$ 144.990

Motor 250TSI, rodas de liga-leve de 18 polegadas com pneus 205/45, seletor de modo de condução, spoiler traseiro e acabamento exclusivo

Gasolina no Nordeste: maior alta – Os postos de abastecimento nordestinos registraram um acréscimo médio de 1,27% para a gasolina e de 4,68% para o etanol em janeiro, quando se compara aos números de dezembro. Segundo o Índice de Preços Ticket Log (IPTL), a gasolina registrou elevação média de 1,27% na região e foi comercializada a R$ 5,34. Já o etanol foi encontrado a R$ 4,43, após aumento de 4,68%. O diesel ficou mais barato para os motoristas nordestinos. Comercializado a R$ 6,76, o tipo comum recuou 1,17%, em relação ao mês anterior; enquanto o diesel S-10 foi encontrado a R$ 6,81, após redução de 1,22% no preço médio. Nos demais estados brasileiros, o Maranhão registrou a maior redução para o diesel comum, de 3,78%. Já a Bahia apresentou o maior acréscimo para o diesel S-10, de 3,69%, e para o etanol, de 11,71%. A Paraíba foi o estado que registrou o menor preço médio para a gasolina em todo o território nacional (R$ 4,93), enquanto o Ceará apresentou o maior aumento para o mesmo combustível, de 7,02%.

Carregador gratuito e carro elétrico: o problema – O mercado de veículos elétricos no Brasil cresce significativamente, com 49.245 unidades vendidas em 2022, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). No entanto, a falta de infraestrutura de recarga é um obstáculo para o aumento da popularização dos veículos elétricos no país. Em particular, a questão dos carregadores gratuitos e pagos tem sido objeto de debates e reflexões. Para Ricardo David, sócio-diretor da Elev, empresa especializada em soluções para a eletromobilidade, os carregadores gratuitos são apenas temporários e usam tecnologia antiga, e poderão estar com seus dias contados quando o setor avançar.

“Eles são viáveis apenas em períodos iniciais de transição, quando o mercado de carros elétricos ainda é incipiente. Embora sejam divulgados por fabricantes como uma vantagem, esses carregadores gratuitos podem causar filas e frustração aos motoristas de carros elétricos”, afirma o executivo. Além disso, ele explica que os carregadores gratuitos podem não oferecer a mesma velocidade e capacidade de carregamento dos carregadores pagos.

O executivo ainda aponta que o carregamento elétrico gratuito é um dos entraves para o desenvolvimento tecnológico dos carregadores disponíveis no mercado brasileiro e que também são necessários estudos sérios para o entendimento do sistema de carregamento como um todo, além da criação de um plano nacional para a eletrificação.

“Tenho certeza que o setor da eletromobilidade continuará em constante crescimento e, com isso, principalmente com a popularização dos carros mais avançados no país, teremos uma demanda crescente para carregadores mais avançados e rápidos. Estes estarão apenas disponíveis em modos de distribuição pagos”, explica o executivo.

Porém, para os consumidores que desejam continuar economizando na hora de carregar seus carros elétricos, ainda há soluções. “Uma das soluções mais viáveis encontradas em outros mercados é investir em um carregador doméstico. Assim, você terá maior controle, por mais que os carregadores pagos disponíveis tenham um custo de carga muito mais baixo do que o valor da energia consumida nas residências”, explica.

Os carregadores pagos são mais avançados e têm capacidade de carregamento rápido, oferecendo mais comodidade aos proprietários de veículos elétricos. No entanto, o investimento em carregadores pagos requer uma infraestrutura mais robusta e ampla, o que tem sido um desafio no Brasil. Atualmente, o governo brasileiro, liderado pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente Geraldo Alckmin, tem mostrado interesse em investir no setor, mas ainda há inúmeros desafios. Segundo Ricardo David, um deles é a falta de um padrão para o plug de recarga, um obstáculo para a expansão da eletromobilidade. “Ainda precisamos de um marco civil para a eletromobilidade. Apenas assim poderemos ver o setor desenvolver-se de forma plena e atingindo todas as lacunas que atualmente temos no mercado brasileiro”, explica.

Em resumo, enquanto os carregadores gratuitos são uma opção para os proprietários de veículos elétricos no Brasil, eles não oferecem a mesma qualidade e velocidade de carregamento dos carregadores pagos. A falta de uma infraestrutura adequada e a falta de um padrão para o plug de recarga são fatores importantes a serem considerados ao se avaliar o impacto da eletromobilidade no país. “O investimento em infraestrutura é crucial para garantir a expansão da eletromobilidade no Brasil e para oferecer opções de carregamento de qualidade aos motoristas de veículos elétricos”, completa Ricardo David.

Pedestres e trânsito: como agir? – Janeiro foi escolhido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para trabalhar uma campanha educativa com foco na proteção do pedestre. Até outubro de 2022, cerca 2,5 mil pedestres ficaram feridos em acidentes de trânsito – e  somente nas BRs, segundo o Anuário da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Confira, então, algumas dicas que a Zapay, startup de tecnologia e pagamentos de tributos e taxas de veículos, preparou para conscientizar as pessoas e prevenir acidentes com pedestres. A regra é clara – a preferência é sempre dos pedestres. Porém, existem leis para garantir a fluidez e a segurança no trânsito. Assim como carros, caminhões, ônibus e motocicletas, as pessoas que andam a pé também precisam respeitar as leis de trânsito. O Código Brasileiro de Trânsito (CTB) não atua somente para veículos motorizados. O trânsito de pedestres também faz parte dele, e existem regras para serem respeitadas.

Deveres dos pedestres

  • Atravessar sempre na faixa de pedestres;
  • Somente atravessar em vias que tenham sinal vermelho;
  • Usar a passarela;
  • Sempre olhar para ambos os lados da rua antes de atravessar, mesmo que seja mão única;
  • Aguardar a passagem ou a parada total de um veículo antes de atravessar a via (mesmo que o sinal esteja verde para os pedestres);
  • Em caso de veículo em partida, sempre esperar que ele saia para atravessar a rua;
  • Na hora de atravessar, é essencial que seja sempre em linha reta e sem correr;
  • Ao descer de um veículo, como ônibus, por exemplo, o pedestre deve esperar que o veículo se movimente para poder atravessar a pista.

Direito dos pedestres

  • Quando o sinal abrir para os veículos, os motoristas devem esperar que todos os pedestres terminem de atravessar para continuarem seus trajetos;
  • Os pedestres têm prioridade na passagem sobre as faixas delimitadas para esse fim, exceto nos locais com sinalização semafórica, que deverá ser respeitada.
  • Pedestres precisam sempre ter um espaço de passagem em ruas e vias, fora do trânsito. No caso das estradas, a calçada para pedestres não é obrigatória;
  • Em situações em que não há calçadas ou vias para pedestres, é necessário andar no canto, sempre no sentido contrário ao dos carros.

Os que os pedestres não devem fazer

  • Ficar parado ou andar nas pistas, exceto para cruzá-las onde for permitido;
  • Cruzar pistas nos viadutos, pontes ou túneis, salvo onde exista permissão;
  • Atravessar a rua dentro das áreas de cruzamento, exceto quando houver sinalização;
  • Utilizar a via em agrupamentos capazes de perturbar o trânsito, ou para a prática de festividades, esportes, desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a devida licença da autoridade competente;
  • Desobedecer à sinalização de trânsito específica.

Essas regras buscam trazer mais segurança no trânsito, além de facilitar o percurso de motoristas e pedestres, preservando a vida de ambos os lados. O pedestre, como o mais vulnerável nesse cenário, também tem o dever de respeitar as regulamentações.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Ar-condicionado: por que cuidar bem dele?

Lembram que era um item de luxo? Agora, felizmente – e principalmente no Nordeste nesta época do ano -, o equipamento se popularizou. Quase toda a frota nova de veículos tem ar-condicionado. Mas quais os cuidados que ele requer? Afinal, a falta de manutenção pode causar problemas de rendimento no motor e, principalmente, comprometer a saúde dos ocupantes. Então, fique atento: vários estudos mostram que a higienização, com a troca do filtro de cabine, por exemplo, diminui a concentração de microrganismos no interior do veículo. O filtro de cabine é a peça fundamental para a manutenção da qualidade do ar que circula dentro do veículo. Ele é responsável por bloquear a entrada de sujeira e micro-organismos, ou seja, com um filtro limpo, os ocupantes não irão respirar ar com baixa qualidade e nem sentir odores desagradáveis.

Segundo Bruno Cielo, técnico responsável pela Engenharia na Cia DPaschoal, o método de troca dos filtros é o mais efetivo, pois se ele não for substituído no período indicado pelas montadoras, a umidade pode acumular com os resíduos e deixar um ambiente propício à proliferação de micro-organismos, além da possibilidade de transmissão de doenças respiratórias.

  • Geralmente, a indicação é de que essa manutenção seja feita a cada seis meses, ou a cada 10 mil km, independente da frequência de uso ou do tipo de equipamento. Por isso, é de extrema importância a correta manutenção e substituição, quando for o caso, dos filtros do sistema de condicionamento de ar.
  • Outra manutenção que é indicada a cada seis meses, é a realização de um “check-up” preventivo em todo o ar-condicionado do carro, que opera a partir de um sistema de expansão e compressão de um gás, conhecido como fluido refrigerante. Esse sistema é responsável por comprimir esse gás, aumentando sua pressão e sua temperatura. Além disso, existe um sistema de mangueiras, condutores e ventoinhas, que complementam o trabalho de refrigeração do ar no interior do veículo.
  • Uma dica que poucos sabem, mas que pode evitar “dores de cabeça” com o ar-condicionado do veículo é a utilização do sistema regularmente, o que ajuda a prevenir vários problemas em seu funcionamento e não interfere no consumo de combustível. Com isso, manter o ar-condicionado ligado, mesmo que por alguns minutos, pelo menos uma vez na semana, previne a possibilidade do ressecamento das mangueiras do sistema, que é a maior causa de vazamento do gás.
  • O que também é extremamente interessante de se mencionar é que ainda hoje muitos motoristas confundem o filtro de ar de cabine, com o filtro de ar de motor, fazendo assim a manutenção parcialmente, não contemplando a totalidade do serviço, passando anos sem trocar o filtro de cabine ou higienizar o sistema de ventilação.

O caro (R$ 323 mil) Toyota RAV4 – A Toyota acrescentou bons equipamentos à linha 2023 do renovado SUV RAV4 – já que havia adotado um novo visual em 2022. Por exemplo: o SUV (que é o mais vendido no mundo) agora vem com uma central multimídia de 8 polegadas, câmera 360° e assistente de permanência em faixa. O preço de R$ 322.890 vale para a versão única SX Connect Hybrid – que tem motor a combustão 2.5 e mais três elétricos, que geram uma potência combinada de 222cv. Em relação à segurança, detalhe para o assistente de permanência em faixa, sete airbags e alerta de tráfego cruzado. No geral, tem carregador wireless, controle de cruzeiro adaptativo, controles de estabilidade e tração, monitor de ponto cego, alerta de tráfego cruzado, bancos de couro com aquecimento, teto solar panorâmico e por aí vai.

Honda City: conectividade e inteligência – A montadora japonesa estendeu à linha 2023 do City (sedã e hatch) um interessante sistema de conectividade: o MyHonda. Por meio de um aplicativo no smartphone (Android ou iOS), o motorista pode acessar e comandar várias coisas legais, como localizar qual lugar o veículo está estacionado, rastreá-lo em tempo real e até ser avisado se o alarme disparar. São dois pacotes: um, gratuito, que oferece diagnóstico, assistência 24 horas, viagens, manual do veículo, agendamento de revisão etc. O outro é pago, mas só a partir do segundo ano.

BMW M3 CS: mais leve e veloz – No mundo automotivo, a fórmula de mais potência e menos peso é infalível. E isso fica evidente no novo BMW M3 CS. Mais potente e mais leve que a versão Competition, o M3 CS tem também tração integral xDrive e motor baseado no M4 GT3, que venceu recentemente a prova de 24 horas de Dubai. São seis cilindros em linha com a pressão das duas turbinas aumentada para render 550cv de potência e 65,0kgfm de torque. A transmissão é de oito marchas. O M3 CS acelera de 0 a 100km/h em apenas 3,4 segundos e leva 11,1 segundos para atingir 200km/h. A velocidade máxima é limitada em 302km/h. O novo BMW M3 CS será produzido em tiragem limitada, na fábrica do BMW Group em Munique, a partir de março deste ano.

Compass: o mais buscado em 2022 – Pelo segundo ano consecutivo, o Jeep Compass foi o carro novo mais buscado pelos brasileiros ao longo do ano passado, segundo levantamento da Webmotors, portal de negócios e soluções para o segmento automotivo. O novo ranking destaca também o Honda Civic como o modelo seminovo mais procurado. Em seguida, aparecem os Fiat Pulse e Hyundai Creta, entre os 0km, e o sedã Toyota Corolla e o hatch Chevrolet Onix entre os usados. No comparativo com 2021, Jeep Compass e Honda Civic se mantiveram entre os queridinhos dos brasileiros em seus respectivos rankings. Já o top 3 foi alterado em ambos os levantamentos. Em 2021, o Volkswagen Gol ocupava a terceira posição dos seminovos. Em relação aos veículos novos, o Volkswagen Nivus e o Fiat Toro estavam na segunda e terceira posições.

0Km mais buscados

  1. Jeep Compass
  2. Fiat Pulse
  3. Hyundai Creta
  4. Jeep Renegade
  5. Fiat Toro
  6. Chevrolet Onix
  7. Volkswagen Nivus
  8. Fiat Strada
  9. Jeep Commander
  10.  Toyota Corolla Cross

Usados mais buscados

  1. Honda Civic
  2. Toyota Corolla
  3. Chevrolet Onix
  4. Volkswagen Gol
  5. Fiat Palio
  6. Honda Fit
  7. Volkswagen Golf
  8. Chevrolet S10
  9. Ford Ecosport
  10.  Fiat Uno

Preço do frete aumentou 38,91% – Impulsionado principalmente pela alta no valor do litro do diesel, o preço médio do frete por quilômetro rodado aumentou 38,91% no consolidado de 2022, se comparado a 2021, e fechou o ano numa média de R$ 7,14, segundo dados do Índice de Frete Repom (IFR). A Repom é especializada em soluções de gestão e pagamento de despesas para o mercado de transporte rodoviário de carga. Para 2023, o cenário é de queda no preço médio do frete. “Ele será impactado por fatores internacionais e internos, como a prorrogação da isenção de impostos federais sobre o diesel por mais um ano e novas reduções na tabela do piso mínimo do frete da ANTT. Ainda assim, o valor médio deve permanecer mais elevado em relação aos anos anteriores”, destaca Vinicios Fernandes, diretor da Repom.

Ao longo do ano passado, o preço médio apresentou oscilações entre recuo e altas e o mês a registrar a média mais elevada foi julho (R$ 8,04). Já no comparativo com o consolidado de 2019, ano pré-pandemia de Covid-19, em que o preço médio do frete fechou o ano a R$ 4,41, o aumento identificado foi de 62%. “Na retomada sucessiva dos negócios, um dos reflexos do fim da fase mais dura da pandemia tem sido a dificuldade que as empresas enfrentam para encontrar caminhoneiros para a realização do transporte de cargas. Por questões relacionadas à oferta e demanda, esse fator também encarece o preço do frete e deve ser um dos desafios para o setor em 2023”, ressalta Fernandes. 

Dicas para entender um consórcio – O desejo de ter um carro próprio pode ser facilitado pelo consórcio, principalmente para quem não tem todo o dinheiro necessário para compra. No entanto, ainda existem muitas dúvidas e até um certo tabu, que vão desde a taxa de juros até a baixa burocracia. Para mudar isso, é preciso se informar e entender um pouco mais sobre as diferentes oportunidades que o investimento em um consórcio traz. Por isso, o Klubi – especialista em consórcio e a única fintech do Brasil autorizada pelo Bacen a operar como administradora – preparou um material que traz as principais características e diferenciais dessa modalidade de compra, que é segura e planejada.

Sem taxa de juros – A primeira dúvida que muita gente tem quanto ao consórcio é se ele tem ou não taxa de juros. Pois bem, que fique claro: o consórcio não tem nenhuma taxa de juros. Diferente de outras modalidades como o financiamento, você não recebe um crédito para comprar o bem ou serviço que deseja assim que contratado o plano. Na verdade, você vai juntar mensalmente o valor e poderá ser contemplado antes de pagar todo o prêmio.

Tem lances – Embora o consumidor não conquiste o crédito assim que entra em um grupo de consórcio, ele pode adiantar a contemplação, ou seja, o processo de recebimento do prêmio.  Se a necessidade de adquirir um veículo, por exemplo, é mais urgente, há sempre formas de acelerar a contemplação, nesse caso, por meio de lances. O lance nada mais é do que adiantar um valor parcial do crédito para que você consiga ser contemplado. Ele só precisa ser pago, caso o consorciado ganhe. Na prática, existem três tipos de lances: o fixo, o livre e o turbinado.

Fixo, livre e turbinado – O lance fixo depende da administradora, pois é ela quem define o valor a ser lançado. Como o valor é fixo, todos os consorciados vão oferecer a mesma coisa. No entanto, haverá um critério para determinar o vencedor. Na maioria das vezes acontece um sorteio, por isso, essa é considerada a opção mais difícil, pois as chances são as mesmas para todos

Já o lance livre, que costuma ser o mais utilizado, é o formato que permite que qualquer valor seja ofertado. Nesse caso, ganha quem faz o maior lance. Já quando há empate, a administradora pode utilizar alguns critérios para definir o vencedor de acordo com o contrato, como é o caso do sorteio.

O lance turbinado traz regras diferentes para cada tipo de grupo. Portanto, é sempre importante checar no contrato. No geral, o lance embutido permite que o consorciado faça uso de parte do valor da carta de crédito como lance. Essa é a opção ideal para se conseguir a contemplação, quando não se tem o dinheiro para ofertar o lance.

Permite a venda de plano – O consumidor não fica limitado para sempre ao seu plano, ou seja, ele pode se desfazer da cota caso não queira mais participar do consórcio. Todos os casos precisam passar pela avaliação da administradora e o novo membro passará pela análise de crédito. Contudo, o processo é bem simples, pois um novo contrato é assinado e a transferência de titularidade é realizada. A compra e venda de um consórcio contemplado também é legal, no entanto, é importante se atentar em relação aos custos, como despesas tributárias da operação; além de impostos e taxas e a comissão do consultor de vendas, se houver.

Autonomia – Ao contratar um plano, o consorciado tem total liberdade de escolher qual bem e qual empresa ele vai querer contratar. Além de poder comprar o bem à vista e ter descontos na hora de comprar, o consumidor pode avaliar o automóvel que deseja e, caso mude de ideia, nada impede de comprar um carro diferente do que já tinha planejado. O único critério é que o bem seja da mesma categoria. Ou seja, caso o consumidor contrate um plano de consórcio de veículos, ele não pode usar a carta de crédito para comprar uma casa.

Flexibilidade – O processo de contratar um plano é bastante flexível para o consorciado: ele vai escolher a melhor opção para a sua realidade, de forma ajustada. No geral, para não errar, basta colocar duas informações para simular um plano: informar o valor do bem que deseja comprar e a quantidade de parcelas que está disposto a pagar. Além disso, caso o consumidor escolha um plano que no futuro fique mais pesado, ele pode procurar a administradora para diluir as parcelas e evitar problemas de inadimplência, por exemplo.

Atualização monetária – Um ponto muito importante sobre o consórcio é que ele tem uma correção anual. Isso é essencial para garantir que o bem não desvalorize e, ao usar a sua carta de crédito, esse realmente seja o valor do mercado. As administradoras protegem o poder de compra ao fazer os reajustes na carta de crédito devido aos índices inflacionários que norteiam os valores de certos produtos. No caso dos automóveis, o reajuste se dá sempre em relação ao IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado).

Resgate dos valores – Além de poder vender a carta de crédito, é possível também resgatar o valor da carta, caso não se queira mais usar o prêmio para comprar algo da categoria escolhida. Sempre será possível cancelar o contrato desde que a sua cota ainda não tenha sido contemplada. Caso você tenha sido contemplado, a melhor opção é vender a carta, como mencionado anteriormente. Todo cancelamento dá direito ao resgate do valor investido. A única questão é que ele não é automático, ou seja, é preciso esperar ser contemplado pelo sorteio dos cancelados ou então aguardar o encerramento do próprio grupo.

Sem burocracia – Por fim, o consórcio também se destaca por ser muito menos burocrático do que outros tipos de compra, como o financiamento, que fazem uso do intermédio de instituições financeiras como bancos. O processo de entrega de documentos costuma ser simplificado e, caso não exista nenhuma pendência de crédito do consorciado, a carta de crédito é normalmente liberada uma semana depois. Além disso, quem fica responsável pelos processos administrativos até a entrega do veículo é a administradora de consórcios.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Os 20 seminovos mais procurados (e valorizados) em 2022

A Mobiauto, start-up do segmento automotivo e um dos três maiores marketplaces de carros usados do país, acaba de fazer um levantamento que mostra os melhores negócios, sob o ponto de vista financeiro, de todo o mercado de usados do país. A pesquisa aponta os vinte veículos mais acessados na plataforma durante o ano passado, o que já é uma ótima pista para quem quer se nortear em relação a bons negócios. Além disso, os pesquisadores apuraram cotações de mercado em dezembro de 2021 e repetiram a checagem um ano depois, compondo o percentual de variação de preços. Na média desses campeões de vendas, a equipe de estatística da Mobiauto calculou uma depreciação de 2,45%. Cada um desses veículos foi verificado nas mais variadas versões de acabamento, com anos-modelos de 2019 a 2022, o que compôs um total de 227 automóveis pesquisados. E os campeões? A Renault faz “barba e cabelo”. O modelo mais valorizado da pesquisa, considerando a média das versões, foi o Logan 2019, com valorização de 6,37% no decorrer de 2022. Veja a lista dos dez mais.

Por essa tabela, observa-se o predomínio de duas marcas: Volkswagen (quatro modelos) e Hyundai (três). E é de chamar a atenção a composição dos tipos de veículos, com larga vantagem aos hatches compactos, que colocaram seis exemplares entre os dez mais. São mais três sedãs e uma picape. Já o veículo mais valorizado do Brasil em 2022 foi o Renault Sandero Authentique 1.0 12V SCe 2019, que aumentou seu preço em 11,16%. Curiosamente, essa versão nem existe mais nos showrooms de zero km da rede autorizada da marca. O único modelo com motor 1000 remanescente da família é o Sandero S Edition, como uma série especial de “despedida”. Em 2023, só o Stepway permanecerá em produção.

A lista de versões mais valorizadas denota um perfil mais eclético, embora repita uma característica em relação à anterior: a solidez da Hyundai. Ela é dona de metade dos modelos que mais ganharam preços entre o Top Ten.

E qual a explicação?

O que deixou os pesquisadores da Mobiauto perplexos, no entanto, foi que os resultados positivos colhidos pela dupla de compactos da Renault só ocorreram com os modelos 2019. Enquanto o Logan deste ano aumentou a cotação em mais de 6%, o 2020 perdeu cerca de 5%. E os mais novos foram ainda piores. Como explicar isso?

O consultor automotivo Sant Clair Castro Jr., CEO da Mobiauto, foi buscar a explicação em seus registros exatamente um ano atrás. “Ambos são veículos com vendas expressivas para locadoras. Em dezembro de 2021, algumas empresas colocaram uma grande quantidade de unidades desses dois veículos à venda, o que achatou momentaneamente as cotações pelo excesso de ofertas. Quando você parte de uma base baixa, com seus preços bem inferiores aos dos concorrentes, a recuperação acaba acontecendo”, opina. Ele lembra que tanto Logan como Sandero, nos demais anos-modelos, já tiveram performances bem diferentes. “É o que eu chamo de soluço mercadológico”.

Exportações de automóveis crescem 27,8% – Um balanço divulgado pela Associação Nacional dos Veículos Automotivos (Anfavea) mostra que as exportações de veículos somaram 480,9 mil unidades, ou 27,8% em relação a 2021. A entidade projetava uma alta de 22%. No entanto, mesmo com esse crescimento expressivo, a instituição prega que é preciso investir em infraestrutura para continuar progredindo. Segundo Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada no comércio exterior, ainda é necessário aguardar pelas novas medidas anunciadas pelo novo governo Luiz Inácio Lula da Silva. As previsões para o ano em curso apontam para uma redução de 2,9% nas exportações, devido aos impactos da Argentina, mas a Anfavea estima que a exportação total será de 467 mil unidades. Mesmo assim, a produção tem apresentado resultados positivos, atingindo 2,37 milhões de unidades em 2022, com alta de 5,4% em relação ao ano anterior. Além disso, as expectativas para a produção automobilística este ano é um crescimento de 2,2%.

Harley-Davidson trará mais quatro novos modelos – A Harley-Davidson começou a celebrar seu 120º aniversário com boas notícias para os apaixonados pela marca de Milwaukee (EUA). A linha 2023, por exemplo, tem como destaque o modelo CVO Road Glide Limited Anniversary e mais cinco edições limitadas – principalmente em relação à estética, com pintura, acabamentos premium e detalhes exclusivos. Também foram apresentadas a novíssima custom esportiva Nightster Special, atualizações da performance cruiser Breakout, que se juntam à recém-apresentada Sportster S e à Low Rider ST na lista de lançamentos que chegam ao Brasil em 2023.

A edição superpremium CVO comemorativa vem com pintura vermelha aplicada sobre uma base negra e terá apenas 1.500 exemplares para distribuição global (30 para o mercado brasileiro). E virá com número de série gravado a laser no console do tanque de combustível. A pintura especial do 120º aniversário, em um esquema diferente, será oferecida em outros cinco modelos Harley-Davidson de produção limitada, com cores e combinações de design inspiradas nas primeiras motocicletas Harley-Davidson. Cada uma apresenta um tipo clássico de pintura vermelha reluzente como cor base.

Essa linha comemorativa e de produção limitada estará disponível para pré-venda ainda em janeiro e será oferecida da seguinte forma:

· Ultra Limited Anniversary (produção de 1.300 unidades globalmente, sendo 12 para o mercado brasileiro)

· Street Glide Special Anniversary (produção de 1.600 unidades globalmente, sendo 6 para o mercado brasileiro)

· Road Glide Special Anniversary (produção de 1.600 unidades globalmente, sendo 6 para o mercado brasileiro)

· Fat Boy 114 Anniversary (produção de 3.000 unidades globalmente, sendo 30 para o mercado brasileiro)

· Heritage Classic 114 Anniversary (produção de 1.700 unidades globalmente, sendo 18 para o mercado brasileiro)

A nova Breakout 2023 chega com um estilo mais brilhante em seu característico perfil chopper. Além de novidades no design, apresenta o powertrain Milwaukee-Eight 117 V-Twin, maior conjunto de torque e cilindrada em um motor Harley-Davidson oferecido de fábrica.

A nova Nightster Special, segundo a marca, vai iniciar um novo capítulo na história da Sportster. É uma motocicleta totalmente nova, que combina a silhueta clássica da Sportster com o desempenho do novo motor Revolution Max 975T e uma série de itens de tecnologia. De porte médio, ela traz uma série de atualizações de design, conveniência e tecnologia. A Nightster Special estará disponível em breve para pré-venda e tem preço sugerido a partir de R$ 111.900.

Novo motor

O V-Twin Revolution® Max 975T, de 60 graus, refrigerado a líquido, foi ajustado para produzir alto torque em baixas rotações e fornecer aceleração e potência robusta na faixa intermediária de rotação. Para minimizar o peso total da motocicleta, o motor é integrado ao veículo como elemento central do chassi.

Ficha Técnica

Cilindradas: 975 cc

Potência do motor: 90 cv a 7.500 rpm

Torque máximo: 9,7 kgfm a 5.000 rpm

Os balanceadores internos ajudam a reduzir a vibração do motor para aumentar o conforto do motociclista e aumentar a durabilidade do veículo. Os balanceadores são calibrados para produzir vibração suficiente e fazer a motocicleta se sentir “viva”.

Kawasaki faz recall – A fabricante Kawasaki Motores do Brasil está convocando os donos das motocicletas Z1000 e Z1000 R Edition modelo 2022 a agendar uma visita a uma das concessionárias autorizadas Kawasaki para substituição da alça do assento do garupa. Nelas, por um problema de resistência abaixo do especificado, a alça pode quebrar ao receber uma tração vertical, podendo gerar desequilíbrio no passageiro e causar um acidente fatal. Os agendamentos estarão disponíveis a partir de 23/01/2023 e o tempo estimado para a realização do reparo gratuito é de aproximadamente 1 hora e 30 minutos. Para mais informações, ligue 0800-773-1210, das 9h às 17h.

Rodovias: pontos críticos aumentam 50% – Em 2022, foram registrados pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) 2.610 pontos críticos nas rodovias brasileiras. ‘Ponto crítico’ são aqueles velhos problemas na infraestrutura, que tanto interferem na fluidez dos veículos quanto oferecem riscos à segurança dos usuários, aumentando de forma significativa a possibilidade de acidentes. Sem falar que ainda eleva os custos do transporte. Esse quantitativo é 50% maior do que o identificado em 2021 (1.739 ocorrências). São problemas graves, que se multiplicam a cada ano e se concentram, majoritariamente, em rodovias sob gestão pública, segundo a publicação Transporte Rodoviário, lançada pela CNT nesta terça-feira (17). O estudo, que traz a série histórica da Pesquisa CNT de Rodovias de 2012 a 2021 e é complementado por uma edição do Radar CNT do Transporte, com a atualização dos dados relativos a 2022.

Minas Gerais, como sem sido visto nas últimas análises estatísticas, foi a unidade da Federação que mais se destacou quanto a quedas de barreira (123) e erosões na pista (182). Já o Pará teve o maior registro de buracos grandes (291). De qualquer forma, os governos, por mais desinformados que estejam, sabem onde estão localização, quantidade, tipo e densidade de pontos críticos registrados nas rodovias federais e estaduais do país – assim como as condições de sinalização.

A série histórica apresentada nas publicações evidencia o panorama da degradação da malha rodoviária brasileira: em 2012, o usuário encontrava, em média, um ponto crítico a cada 372,4 quilômetros percorridos; em 2022, passou a se deparar com uma ocorrência a cada 44 quilômetros. Em geral, as rodovias estaduais públicas destacaram-se negativamente quanto à densidade de pontos críticos. Em 2021, por exemplo, se sobressaíram as rodovias CE-183, PA-447 e MA-303, com, respectivamente, 4,83, 4,29 e 3,23 pontos críticos a cada 10 quilômetros pesquisados – sendo todos esses casos trechos com ocorrências de buracos grandes.

Além da série histórica, a CNT ainda apresenta, no estudo, as características e causas do surgimento dos pontos críticos. E, claro, as ações que julga necessárias para solucioná-los, que contemplam medidas emergenciais a serem adotadas quando surge um ponto crítico e orientações gerais de como corrigi-lo.

Nordeste: etanol já subiu 4,75% em janeiro – O mais recente Índice de Preços Ticket Log (IPTL) mostra que a região Nordeste apresentou, na primeira quinzena do ano, o maior aumento do país no preço médio do litro do etanol. Segundo o levantamento, o combustível registrou acréscimo de 4,75% e foi comercializado a R$ 4,43.  Já a gasolina foi encontrada a R$ 5,37, após aumento de 1,74%. O diesel, por sua vez, foi comercializado a R$ 6,78, o tipo comum, após recuo de 0,80%; o S-10 foi encontrado a R$ 6,86, após baixa de 0,58% no valor médio. “A Bahia apresentou o maior aumento do país para o diesel comum, S-10 e para o etanol. Já a Paraíba foi o estado que registrou o menor valor para a gasolina em todo o território nacional, encontrada a R$ 4,93, enquanto o Ceará apresentou o maior aumento para o mesmo combustível, de 7,25%, que foi comercializado a R$ 5,76”, comenta Douglas Pina, Diretor-Geral de Mobilidade da Edenred Brasil.

Fiat Argo ganha câmbio CVT – Disponível nas versões Drive e Trekking, nova transmissão com três modos de condução e sete velocidades completa o portfólio do modelo e expande ainda mais a cobertura de mercado na categoria. O Argo já se consolidou como um dos veículos mais vendidos do Brasil (ficou com a 3ª posição em 2022) e já possui mais de 385 mil unidades comercializadas desde seu lançamento. Em cinco anos de mercado, ele ganhou novas versões, cores e tecnologia. Agora, traz como novidade a combinação do câmbio CVT de sete velocidades com a potência de 107 cv do motor Firefly 1.3, o que resulta em eficiência e desempenho competitivos para a categoria. Com consumo de até 13,9 km/l, ele é um dos veículos automáticos mais econômicos do segmento. A transmissão CVT oferece três modos de condução: automático, manual e sport, que é voltado para quem busca uma condução ágil. Assim, a central eletrônica promove uma série de ajustes para tornar o veículo ainda mais responsivo. O retorno do motor fica mais ágil ao simples toque no acelerador e as marchas são alongadas. Além disso, as trocas são feitas em rotações mais altas, característica típica de uma direção mais esportiva.

Preços

Linha completa do Fiat Argo para todo o país

  • Entry 1.0:  R$ 78.590
  • Drive 1.0:  R$ 81.990
  • Trekking 1.3: R$ 89.990
  • Drive 1.3 Automático: R$ 90.990
  • Trekking 1.3 Automático: R$ 96.990

Enfim, o Jimny de 4 portas – A Suzuki enfim mostrou ao mundo, num evento em Nova Déli, na Índia, o novo Jimny de 4 portas. A A HPE Automotores, detentora dos direitos de produção e venda da Suzuki no Brasil negocia a vinda dele, mas ‘a longo prazo’. As principais mudanças são nas dimensões. O atual mede 3,45m de comprimento; o estreante, 3,98m. O entre-eixos ganhou 34cm e foi para 2,59m. Algo pouco valorizado nas versões anteriores, o sistema de som muda: tem agora 9 polegadas e pareia com Android Auto e Apple CarPlay sem fio. E tem até câmera de ré. A marca também apresentou um novo SUV, o Fronx. E apresentou um conceito, o eVX – um SUV 100% elétrico que deve ser comercializado globalmente a partir de 2025.

Honda Civic híbrido – A montadora japonesa, que havia descontinuado a produção do sedã Civic brasileiro, agora decidiu importá-lo da Tailândia. A 11ª geração custa R$ 245 mil. É versão única, sem opcionais, e faz parte do pacote de quatro lançamentos da marca para 2023. Destaque para a segurança: ele vem com a nova versão do Honda Sensing, de auxílio à condução, com novidades no piloto automático adaptativo e no assistente de faixa e na frenagem automática de emergência e farol-alto automático. Além disso, tem airbags frontais, laterais e de cortina, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, lembrete de objetos no banco traseiro e monitor de atenção do motorista.

Financiamento de veículos – As vendas financiadas de veículos em dezembro de 2022 somaram 483 mil unidades, entre novos e usados, de acordo com dados da B3. O número, que inclui autos leves, motos e pesados em todo o país, representa um crescimento de 5,6% em relação a novembro do ano passado. No entanto, registra uma queda de 3,8% na comparação com dezembro de 2021. No segmento de autos leves, a alta foi de 6,3% em relação ao mês anterior. Comparado com dezembro de 2021, o número de financiamentos caiu 7,4%. Já o financiamento de veículos pesados teve crescimento de 18,8% na comparação com novembro e recuo de 1%, considerando o mesmo período de 2021. O segmento de motos oscilou positivamente em 0,3% no número de financiamentos em relação a novembro, com 103 mil unidades, e cresceu 9,4% na comparação com dezembro de 2021.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Analfabeto deve ter CNH? Ministro de Lula acha que sim

Está tramitando na Câmara dos Deputados um projeto de lei (o 2675/22) que propõe alterar o Código de Trânsito Brasileiro e assim garantir que analfabetos tirem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O autor da iniciativa legislativa é o deputado federal licenciado André de Paula (PSD-PE), hoje titular do Ministério da Pesca e Aquicultura. André de Paula concorreu ao Senado nas eleições de 2022, na chapa de Marília Arraes (Solidariedade), e ficou em terceiro na disputa. Teve apenas 12,7% dos votos. O deputado disse à Agência Câmara de Notícias que a regra atual – vetar o acesso de analfabetos à CNH – é inconstitucional. Para ele, a Constituição garante igualdade de tratamento para todos.

Atualmente, só pode obter o documento quem é penalmente imputável (tem mais de 18 anos), sabe ler e escrever e possui documento de identificação. “Se o mesmo [analfabeto] é cidadão para votar, para trabalhar, para casar e constituir família, e, como pedestre, para cumprir as normas de trânsito na travessia das ruas, deve também ter o direito de conduzir veículo automotor”, diz Paula.

Ele também rebate o argumento de que o motorista precisa saber ler os sinais de trânsito para dirigir com segurança. “Qualquer motorista cauteloso, mesmo analfabeto, entende a ordem contida em uma placa ‘Pare’ ou ‘Estacionamento Proibido’. A ordem ou comando normativo ali contido dispensa a linguagem escrita e sua respectiva leitura”, afirma André de Paula. O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Venda de SUVs: a moda se consolida – Quase 25% dos brasileiros que foram às concessionárias no ano passado comprar um carro levaram para casa um SUV (sigla para utilitário-esportivo). Foram 470 mil automóveis e comerciais leves emplacados, segundo dados da Fenabrave, a federação que agrega os revendedores – sendo ¼ de SUVs. O Chevrolet Tracker foi, pela primeira vez, o mais emplacado desse maior e mais competitivo segmento. O Tracker somou 70,8 mil emplacamentos no acumulado (+40%). É sua melhor marca histórica e o terceiro ano consecutivo de ascensão. Isso vem ocorrendo desde a chegada da nova geração do veículo, em 2020, quando passou a ter também maior disponibilidade, com o início da produção local. Recentemente o modelo atingiu a marca de 250 mil unidades feitas no Brasil O Tracker teve nota máxima em segurança pelo Latin NCAP.

Com a ascensão do Tracker, vieram as naturais e festejadas mudanças de posição. Mas a Jeep conquistou a liderança de SUVs no geral – e pelo sétimo ano consecutivo. A marca emplacou 137.444 veículos em 2022, o equivalente a 20% das vendas e 7% de participação de mercado entre todos os veículos vendidos no Brasil. Mas perdeu mercado nos compactos: o Jeep Renegade deixou de ser líder e vendeu 51.399 unidades – perdendo para o T-Cross, da Volkswagen, e para o Hyundai Creta. Já o médio Compass (63.564) foi bem, superando o Toyota Corolla Cross (42.506 ) e o VW Taos, lá embaixo,  com 11.737.

Os 15 SUVs mais vendidos

  • 1°) Chevrolet Tracker – 70.806
  • 2°) Volkswagen T-Cross – 65.341
  • 3°) Jeep Compass – 63.564
  • 4°) Hyundai Creta – 62.651
  • 5°) Jeep Renegade – 51.398
  • 6°) Fiat Pulse – 50.522
  • 7°) Toyota Corolla Cross – 42.506
  • 8°) Volkswagen Nivus – 39.463
  • 9°) Nissan Kicks – 38.983
  • 10°) Renault Duster – 22.690
  • 11°) Jeep Commander – 22.355
  • 12°) Honda HR-V – 15.404
  • 13°) Toyota SW4 – 13.718
  • 14°) Volkswagen Taos – 11.737
  • 15°) Caoa Chery Tiggo 8 – 10.439

SUVs grandes – O Commander foi o grande destaque desse caro e específico segmento. O modelo foi o primeiro Jeep projetado e desenvolvido no Brasil. Em seu primeiro ano completo de vendas, o Commander emplacou 22,4 mil unidades em 2022, com uma participação de 35,2%. O modelo liderou sua categoria em todos os meses do ano passado. Ele é produzido no Polo Automotivo de Goiânia. Em outubro, atingiu a marca de 30 mil unidades.

GM se recupera e promete mais – A marca norte-americana Chevrolet, puxada pelas vendas do Onix e do Tracker, foi a que mais cresceu em 2021. E o resultado é atribuído à adoção da nova família de veículos – que trará novidades como a picape Nova Montana, já agora em fevereiro, uma versão especial da S10, que chega logo na sequência, e a Silverado, esperada para o segundo semestre.

A marca foi a que mais cresceu em volume de vendas, totalizando 291 mil unidades – num incremento de 50 mil unidades e crescimento de 20% em relação ao ano anterior. No mesmo período, o mercado de automóveis e comerciais leves ficou praticamente estagnado no Brasil ao registrar 1,96 milhão de unidades, mostrando que a indústria automotiva ainda enfrenta imprevisibilidade no fornecimento de componentes.

A Chevrolet também vai focar nos elétricos. O Bolt EUV estreia em breve no país e será responsável pela transição para uma futura geração de veículos já equipados com a avançada tecnologia Ultium, como o Blazer EV e o Equinox EV. Estes dois SUVs de zero emissão já estão confirmados.

E os importados? – Os emplacamentos de veículos importados registraram alta de 26,3% em dezembro de 2022. Mas não foi suficiente para fechar o ano com desempenho positivo. Segundo dados da Abeifa, associação que reúne 11 importadores, a queda no acumulado de 2022 foi de 16,9%. No acumulado do ano, com 55.690 unidades, as associadas à Abeifa representam 2,84% do mercado interno brasileiro (1.957.511 veículos emplacados).

Elétricos e híbridos – A Volvo Car Brasil se consolida como a marca que mais vende veículos híbridos e elétricos no país. Foram 5,2 mil vendidos em 2022 – o que lhe garante 28,7% de participação no segmento dos recarregáveis via tomadas. E a Volvo é a liderança absoluta entre os carros 100% elétricos (BEV), com participação de 30,2%. Na categoria de híbridos plug-in (PHEVs), a marca também assume a liderança detendo 27,7%. O carro elétrico mais vendido do país foi o XC40 Recharge Pure Electric: em 2022, esteve todos os meses na liderança dos elétricos, com 22,7% do mercado, que representa 1.770 unidades vendidas.

A linha da Caoa Chery teve emplacadas 6.840 unidades em 2022. E o Tiggo 8 PRO Plug-in Hybrid superou modelos de marcas renomadas do mercado e liderou o ranking na categoria híbridos plug-in, com 1.940 veículos comercializados. Apresentado em junho, o modelo foi o primeiro híbrido plug-in a chegar ao mercado nacional com dois motores elétricos que, combinados com o motor a combustão 1.5 turbo a gasolina, entregam 317 cv de potência máxima e 56,6kgfm de torque. Trouxe, ainda, a tecnologia de transmissão DHT, que torna muito mais eficaz a gestão dos três motores.

Honda mantém liderança – Nesse mercado, a japonesa Honda teve em 2022 um crescimento de 17% nos emplacamentos em comparação ao ano anterior. Foram 1 milhão de unidades comercializadas, no melhor resultado desde 2014. Isso significa, no geral, que a demanda por motocicletas segue aquecida, com elas cada vez mais protagonistas – seja para uma solução de mobilidade mais conveniente e econômica, geração de renda ou lazer. Obviamente, o principal destaque nos emplacamentos é a linha CG 160, com mais de 382 mil unidades, ou seja, 37% do total de vendas da Honda no ano. A segunda posição é ocupada pela Honda Biz, comercializada nas versões Honda Biz 110i e Honda Biz 125, com 195 mil unidades. Completam o ranking os modelos NXR Bros 160, líder de vendas no segmento trail, com 142 mil unidades, e a Pop 110i, com 128 mil.

E as elétricas? – O comércio de motos e scooters elétricos em 2022 impressionam: o crescimento chegou a incríveis 346%. Em todo o ano, foram emplacadas 7,2 mil – incluindo os scooters. E aqui quem domina não é Honda ou outras marcas tradicionais. A Voltz Motors, recém-chegada a Manaus (AM), emplacou 4.546 unidades. Ela produz os modelos EV1 e EVS.

O supercarro da BYD – O SUV de luxo off-road U8 e o supercarro U9, ambos 100% elétricos, são os primeiros automóveis BYD de sua nova submarca premium Yangwang. Esses modelos usarão a nova plataforma de altíssima tecnologia e4, voltada à segurança e desempenho. Ela é inédita, de propulsão independente de quatro motores elétricos, e será produzida na China. Só para comprar: em ao powertrain dos veículos de combustível convencional, a plataforma e4 é capaz de ajustar com precisão a dinâmica das quatro rodas graças ao controle independente dos quatro motores. A plataforma e4 pode atingir 20.500rpm e oferecer uma potência superior a 1.100 cavalos.

Check-up de início do ano – Freios, pneus, bateria, escape e outras peças e estruturas são essenciais para o bom funcionamento de um carro. Para evitar prejuízos e acidentes, é de extrema importância que o automóvel seja seguro para motorista e passageiros e para quem trafega nas mesmas vias. Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), de janeiro a agosto de 2022, mais de 150 mil motoristas foram multados por conduzir veículos em mau estado de conservação ou reprovados na avaliação de inspeção de segurança veicular.

O problema pode ser ainda maior. Em outra pesquisa do Instituto Scaringella Trânsito, falhas relacionadas à manutenção dos pneus, freios, amortecedores, níveis de óleo e de água, funcionamento de luzes e até mesmo o cinto de segurança causam 30% dos acidentes nas estradas. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os carros devem estar em conformidade com todas as exigências da lei, em um estado que não coloque a vida de pessoas em risco.

Para isso, o serviço de revisão e check-up, quando feito no prazo correto, evita danos ao automóvel e possíveis acidentes. A manutenção preventiva ajuda também no momento da revenda, já que veículos bem cuidados, estética e mecanicamente, atraem compradores com mais facilidade. A revisão é uma bateria de testes que diagnosticam a saúde do carro.

“Nesse momento, é observado o estado de conservação e funcionamento de todos os componentes e sistemas, sejam mecânicos ou elétricos. Existindo falhas ou problemas que possam se agravar no futuro, a oficina responsável fará a substituição preventiva de algumas peças”, explica o gerente comercial da Ford Slaviero, Rogério Lechinski. Ele aconselha que é melhor investir em revisões programadas do que se deparar com gastos maiores em uma manutenção corretiva.

O ideal é levar para a revisão a cada 12 meses ou 10 mil quilômetros. Todavia, esse prazo cai para a metade nos casos de veículos com uso mais severo, isto é, os que rodam constantemente em trânsito lento. “É importante destacar que os planos de manutenção definem prazos específicos também para a troca de determinados componentes, como as velas de ignição”, comenta o gerente.

Saiba quais itens não podem ficar de fora do check-up

Escape – Um sistema de escapamento defeituoso pode significar baixa eficiência de combustível, potência reduzida e, às vezes, ventilação inadequada dos gases tóxicos que o motor produz.

Direção e suspensão – Peças de direção soltas, amortecedores ou molas danificadas, montagens ou buchas quebradas ou gastas, e o veículo balançando ou saltando, podem indicar problemas.

Pneus – Para evitar um pneu furado, é necessário um técnico treinado para inspecionar o alinhamento e os pneus. A inspeção também pode revelar desalinhamento, que diminui a vida útil dos pneus e reduz a eficiência do combustível.

Freios – O sistema de freios é um dos recursos de segurança mais importantes. Mas, como muitas outras peças, ele pode superaquecer caso não tenha sido reparado há algum tempo. É imprescindível certificar que o sistema esteja em ótimo estado.

Itens menores – Apesar de não configurarem problemas estruturais, é preciso atentar para alguns outros mecanismos do carro que podem causar falhas no futuro. Na hora da revisão, o técnico pode verificar os níveis de fluido, como óleo do motor; velas de ignição e filtros de óleo; combustível e ar; carga da bateria; sistema do ar-condicionado; faróis e limpador de para-brisa.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Venda de usados em Pernambuco cai 10,7%

A Fenauto, a federação que reúne os vendedores de veículos seminovos e usados do país, registrou uma queda no comércio de carros seminovos e usados de 12% no ano passado, ante ao mesmo período de 2021. Os dados incluem automóveis, motos, caminhões e ônibus. Em Pernambuco, a queda foi um pouquinho menor, 10,7%. Aliás, todos os estados nordestinos registraram queda. As vendas em Sergipe desabaram 16,1%; na Bahia, 14,5%. Ainda em Pernambuco, uma preocupação: o setor de veículos pesados (o que denota uma estabilidade ou elevação na produção comercial, industrial e da construção civil) teve um péssimo desempenho, registrando queda de 18,6%.

O comércio de motos no estado, principalmente as populares usadas para entregas ou transporte ao trabalho, ficou estável para baixo (-1,9%). Em relação aos índices nacionais, o presidente da Fenauto, Enilson Sales, considera o resultado bom. “A economia sofreu com a guerra na Ucrânia, o aumento dos juros, maior restrição ao crédito e ao cenário político nas eleições presidenciais”, comentou. “Agora, com as primeiras ações do novo governo, em 2023, esperamos que a economia volte a se equilibrar”.

E as de eletrificados, como vão? – Por falar nisso, as vendas de carros eletrificados no Brasil (híbridos, híbridos plug-in e elétricos) bateram novo recorde em 2022, com 49.245 emplacamentos – ou 41% na comparação com 2021, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Com isso, a quantidade de eletrificados nas ruas já passa das 125 mil unidades. Os 10% elétricos já tem 17% de participação, com 8.460 unidades; os híbridos, têm 62% de participação (30.439) e híbridos plug-in chegam a 21% de participação.

Carros novos: os feras de 2022 – A picape pequena Fiat Strada foi mesmo o xodó dos brasileiros no ano passado e foi para as garagens de 112.456 consumidores. O Hyundai HB20 (com 96.255) ficou em segundo lugar no ranking dos mais vendidos. O Chevrolet Onix fechou o ano em terceiro (85.252), mas vale reforçar que o Onix Plus, sedã, chegou às 75.243 unidades vendidas. Em seguida, ficaram o Fiat Mobi (72.756), o finado VW Gol (72.606). Entre os SUVs compactos e médios, se destacaram o Chevrolet Tracker (70.672), Volkswagen T-Cross (65.191), Jeep Compass (63.467) e Hyundai Creta (62.572). Por fim, o Jeep Renegade (51.318) e o Fiat Pulse (50.483). Entre as marcas, a Fiat manteve a liderança do segmento de carros e comerciais leves, com 21,97% do mercado. Logo atrás, vem a GM, com 14,89%.

Confira o ranking das 10 marcas, em volumes:

1º Fiat – 429.014

2º Chevrolet – 291.037

3º Volkswagen – 271.013

4º Toyota – 191.109

5º Hyundai – 187.651

6º Jeep – 137.337

7º Renault – 123.009

8º Honda – 56.622

9º Nissan – 53.586

10º Peugeot – 41.463

Diesel no Nordeste: recuo no fim do ano – O mais recente Índice de Preços Ticket Log (IPTL) apontou que, no fechamento de dezembro, o Nordeste apresentou os maiores recuos do país no preço médio do litro do diesel. Segundo o levantamento, o tipo comum teve recuo de 3,42%, no comparativo com novembro, e foi comercializado a R$ 6,84, enquanto o diesel S-10 foi encontrado a R$ 6,90, após baixa de 3,33% no valor médio. A gasolina foi encontrada a R$ 5,28, com recuo de 1,64%, já o etanol foi o único combustível a registrar aumento, sendo comercializado a R$ 4,23, com alta de 1,24% – o maior aumento entre todas as regiões do país.

Novo Mustang Dark Horse – A Ford acaba de revelar mais detalhes do novo Mustang 2024 de sétima geração que começa a ser vendido nos EUA no segundo semestre de 2023. Ela avança na potência e na tecnologia. O destaque é o inédito Mustang Dark Horse, primeira série de alto desempenho da linha em 21 anos, desde o lançamento do Mustang Bullitt em 2001. Edição não-Shelby mais potente de todos os tempos, o Dark Horse é equipado com um motor Coyote V8 5.0 de quarta geração com 500cv de potência e 57,8 kgfm de torque. Ele é o V8 naturalmente aspirado mais potente da história.

GWM Brasil trará SUV cupê – A Great Wall Motor Brasil confirmou a estreia do Haval H6 GT ainda neste trimestre no mercado brasileiro. O modelo estilo cupê será vendido em configuração única, com motorização híbrida plug-in: um motor 1.5 turbo e dois elétricos, um em cada eixo, com tração integral. O Haval H6 GT será capaz de acelerar de 0 a 100 km/h abaixo dos 5 segundos. A autonomia somente em modo 100% elétrico será na faixa de 170 km.

Brasil: 30 anos de Corolla, Hilux… – Em 1992, o então presidente da República, Fernando Collor, abriu comercialmente o Brasil. Chamava os carros brasileiros de carroças – e eram mesmo. Por isso, o setor automobilístico começou a trazer modelos de tudo quanto é lugar. No Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, em 1992, a Toyota trouxe diversos modelos – alguns já reconhecidos internacionalmente, como o sedã Corolla, a picape Hilux, o SUV SW4 e o sedã de luxo e topo de linha Camry. Trinta anos depois, a marca vendeu 2 milhões de unidades. O Corolla, ou “Coroa de Flores”, em latim, se tornou por aqui um sucesso de vendas. Vinha do Japão, com um motor quatro cilindros 1.8L 16V com 115 cavalos e transmissão manual de cinco velocidades. A Hilux desembarcava no Brasil com motorização quatro cilindros, diesel, nas opções de cabine simples e dupla. Proveniente da combinação das palavras em inglês “high” (alto) e “luxury” (luxo), a picape atendeu desde então aos mais variados perfis de consumidores ao oferecer a motorização 2.4L, com 83 cavalos, e a 2.8L, com 88 cavalos, nas opções de tração 4×2 e 4×4.

Harley-Davidson Sportster S no Brasil – Confirmado: a motocicleta Sportster S chega às 19 concessionárias da marca no primeiro semestre de 2023. A pré-venda do modelo já começou, por sinal. A Sportster S é Sport Custom nova, feita para inaugurar uma nova era de alta performance na linha. O motor, por exemplo, é o Revolution Max 1250T V-Twin de 121 cavalos. Tem chassi rígido e leve e suspensão para garantir uma pilotagem responsiva – e intuitiva. Ela chega com preço sugerido de R$ 126 mil.

Estilo – De perfil, a Sportster S é baixa, com o tanque de combustível e a seção traseira emoldurando o motor como a peça central predominante. O pneu dianteiro, enorme, remete ao para-lamas de uma bobber clássica. Na parte traseira, o escapamento alto e o assento solo compacto são inspirados na H-D XR750. Os grossos garfos invertidos e os pneus de perfil largo acentuam seu lado esportivo de alto desempenho.

Desempenho – O motor foi ajustado para produzir um torque superior em baixas rotações, com uma curva que permanece plana: o motor fornece forte aceleração desde o início com potência vigorosa nas rotações intermediárias.

O uso de materiais leves ajuda a alcançar uma relação peso-potência ideal. Com o tanque de combustível de 11,8 litros cheio, a Sportster S pesa apenas 228 quilos. 

Pilotagem – A moto é equipada com três modos de condução pré-programados (Sport, Road e Rain). Eles controlam eletronicamente as características de desempenho e o nível de intervenção tecnológica. Dois modos Custom podem ser usados para criar um conjunto de características de desempenho que atenda às preferências pessoais ou para situações especiais.

Instrumentos – Uma tela TFT redonda de 4,0 polegadas de diâmetro exibe toda a instrumentação e infotainment gerados via Bluetooth com o dispositivo móvel e fone de ouvido do capacete do motociclista. Vai da música às chamadas recebidas e efetuadas e à navegação, fornecida pelo aplicativo Harley-Davidson. A iluminação é totalmente em LED.

A nova Honda Africa Twin – A marca japonesa anunciou que a nova Africa Twin já começou a ser montada no Brasil, na linha de Manaus (AM) – e essa iniciativa fecha o portfólio todo nacional. A novidade é a inclusão do câmbio automático de dupla embreagem com 7 velocidades (DCT), tecnologia que vinha direto do Japão. As outras mudanças são visuais, secundárias – como cores e detalhes no grafismo. O motor, usado em todas as versões, é o motor bicilíndrico de 1.084 cm³ de capacidade, capaz de entregar 99,3cv e 10,5 kgfm e transmissão mecânica ou DCT automática de 6 velocidades.

Confira os novos preços da Honda Africa Twin 2023

  • CRF 1100L (preto fosco ou branco): R$ 81.100
  • CRF 1100L DCT (preto fosco ou branco):R$ 88.100
  • CRF 1100L Adventure Sports ES (branco): R$ 102.130
  • CRF 1100L Adventure Sports ES DCT (branco):R$ 109.130

Mercado 2023: 10 desafios e tendências – O avanço da ciência de dados e o cenário de incertezas econômicas devem ditar o ritmo do mercado automotivo brasileiro em 2023. Ainda por influência da pandemia de Covid-19, disrupções na cadeia produtiva devem ser preocupações para gestores. Além disso, a produção deve ficar abaixo da capacidade produtiva instalada, mas provavelmente em números maiores que os deste ano. Por outro lado, o avanço da eletrificação da frota e a chegada dos veículos autônomos evidenciam a tecnologia como principal direção do segmento, fator importante também para conhecimento e personalização do cliente. Nesse sentido, destaca-se a importância de as empresas terem uma boa capacidade de análise das informações coletadas para gerar insights — um grande diferencial para revendedores e montadoras em 2023. Ferramentas de CRMs (Customer Relationship Management, termo em inglês para definir a gestão do relacionamento entre empresas e clientes), computação em nuvem e integradores de dados podem ganhar escala nas diversas pontas da indústria. Também no próximo ano, a qualificação do processo de supply chain deve demandar maior previsibilidade de demanda e política de estoques. Por isso, confira os principais desafios que surgirão para o setor automotivo em 2023:

  • Impactos na produção por conta de disrupções na cadeia de valor iniciadas por questões sanitárias e intensificadas por tensões geopolíticas globais;
  • Tomada de decisão de investimento em meio a um cenário de incertezas;
  • Manutenção da rentabilidade do negócio, com queda de margem, aumento dos custos financeiros e recuperação lenta e desbalanceada de estoques;
  • Novo perfil de experiência de compra do consumidor.

Já as grandes tendências que devem direcionar o caminho do setor no próximo ano são:

  • Maior eletrificação da frota (híbridos, plug-in híbridos e a bateria), ainda que não de maneira uniforme por conta das particularidades de cada região do país;
  • Chegada de novas empresas no mercado nacional;
  • Avanço da participação das vendas diretas e dos canais de comércio online;
  • Personalização de produtos e serviços a partir do avanço do uso de dados, como, por exemplo, a customização do mercado de seguros automotivos;
  • Manutenção do crescimento do segmento duas rodas;
  • Envelhecimento da frota devido à queda do número de novos veículos em circulação nos últimos três anos, impactando oficinas e mercado de peças.

Hoje, o mercado automotivo é muito globalizado, com cadeias de produção complexas e ciclos de investimento longos, sendo o Brasil inserido em maior ou menor grau nesse contexto. Nossa indústria ainda produz volumes inferiores da sua capacidade produtiva instalada e, apesar da fabricação aumentar em relação a 2022, devemos ficar aquém de períodos pré-pandêmicos. Questões macroeconômicas e de diminuição do poder de compra serão intensificadas, levando os veículos a um status de produtos “premium”.

Com isso, as motos continuam sendo uma alternativa mais acessível para grande parte da população. Já a categoria de veículos utilitários esportivos, os chamados SUVs, deve ter competição intensificada no país com a entrada de novos players, principalmente os asiáticos. Vendas diretas crescem e passam a ser uma alternativa para as montadoras em meio a esse contexto, com locadoras e empresas necessitando atualizar as frotas. (*Por Alexandre Ribas, diretor para soluções da indústria de bens duráveis da Falconi)

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Transporte público ruim? Quem tem um Mobi é rei

O Fiat Mobi é um hatch compacto bem simples, com motor acanhado e acabamento para lá de espartano. Das duas versões à venda, a Trekking é mais bonitinha, mais completinha – embora alguns itens e equipamentos pareçam vintage, tipo as alavanquinhas de plástico internas usadas para abrir o porta-malas e o tanque de combustível (ficam no assoalho do lado esquerdo do banco do motorista). Claro, facilitam a vida no dia a dia, mas são estranhas, são. Bem, a versão Trekking, testada pela coluna De bigu com a modernidade, tem preço-base de R$ 70.490. Mesmo assim, é o quinto carro mais vendido do Brasil: até novembro, já registrava 65,5 mil emplacamentos. Claro que há o fenômeno locadoras, principais clientes de modelos mais populares – que compram com desconto e os vendem pelo preço de mercado.

O público-alvo do Mobi é aquele consumidor que não tem muito dinheiro e tenta se livrar do péssimo serviço público de transportes, como é o da Região Metropolitana do Recife, por exemplo. É também uma opção daquele que se queixa também da queda de qualidade de atendimento dos motoristas de aplicativos – e no Recife eles são essencialmente amadores, convenhamos. A versão testada é cheia de adesivos, rodas de liga-leve escurecidas e muitas outras conveniências para a vida urbana. Por exemplo: a direção é hidráulica, bem dura nas manobras de estacionamento, mas o ar-condicionado funciona muito bem (até pelo tamanho do interior) e os vidros dianteiros são elétricos – e com travas idem. E o sistema multimídia de 7’’ vem até parelhamento do celular via Android e Apple Car.

Pegando como exemplo a unidade testada, o preço sobe um pouco: caso o cliente opte pela cinza strato, terá que gastar mais R$ 1,2 mil. O Pack Top, por R$ 3,8 mil, vale o quanto pesa – por comodidade, segurança etc.  Ele inclui faróis de neblina, volante com regulagem de altura e cintos dianteiros com regulagem de altura. O Trekking avaliado também tinha outros mimos, digamos assim: controle do sistema de som por meio de botões no volante (que é multifuncional), retrovisores externos elétricos que rebaixam na hora da marcha-ré, alarme antifurto (e som de trava e aberturas muito alto).

Ainda sobre as questões relativas à segurança, vale destacar a oferta dos controles de estabilidade e de tração e o assistente de partida em rampa. Abrir o minúsculo porta-malas de 215 litros, só com a chave em mãos. No fim, baseando-se na aba Monte o seu, no site da Fiat, ele chega aos R$ 75.490. E ainda tem a lista de acessórios oferecida pela Mopar, empresa da própria Stellantis, que é para lá de caprichada: tem de acendedor de cigarro com a velha resistência por R$ 110.65 a um bagageiro tubular por R$ 3.719,30 – que suporta, por sinal, só até 50kg de carga.

Mesmo tendo só cara de aventureira, a versão já ‘se saiu bem’ naqueles buracos que começam a surgir com as chuvas nessa época do ano – em que se nota logo a qualidade do ‘asfalto-sonrisal’ usado por empreiteiras brasileiras sob anuência do gestor público. O modelo de apenas 3,57m de comprimento tem uma altura de solo de 19cm (54mm a mais em relação à de entrada) e uma suspensão bem ajustada – e isso ajuda. É, enfim, um carrinho bem ‘acolhido’ nas ruas: fácil de manobrar, de se estacionar, de se locomover em ruas estreitas.

Motor e economia – Outra razão usada como base de argumentos para as vendas do Mobi é o baixo consumo de combustível, fruto de um motor mirradinho, mas eficiente, e para pouco peso total (969 kg). O conjunto leva um 1.0 de quatro cilindros de 75 cv e apenas 9,9 kgfm, com câmbio manual de cinco marchas. Por sinal, é o quatro cilindros mais antigo da Fiat – e que, por questões ambientais, teve que ser calibrado no começo do ano.

Desta forma, o hatch perdeu em potência (pouquíssima, na verdade) e leva uma eternidade para uma ultrapassagem (faça seus cálculos de tempo e distância com muito cuidado) e só chega aos 150km/h. Mas, ganhou em consumo – até 7,9%. Se você tiver um pé leve, e como o tanque tem capacidade para 47 litros, és capaz de rodar até 700 km com apenas um tanque de combustível.

Aliás, é sempre bom reforçar: o comportamento do motorista influi, e muito, nas medidas de consumo. Por isso, fiquemos com os dados oficiais: 9,6 km/l (cidade) e 10,4 km/l (estrada) com etanol e de 13,5 km/l e 15 km/l, respectivamente, com gasolina. De qualquer forma, como só se dá conselhos a quem não os pede, como diz a comunidade judaica, fica a dica: somando todas as ‘queixas’ feitas no texto e comparando-as com os elogios e reconhecimentos, pode comprar essa versão sem medo.

Adeus, camaradas – Há uma semana, na véspera do Natal, os trabalhadores da Volkswagen em Taubaté, no interior de São Paulo, encerraram a produção do velho e amado Gol – que por quatro décadas ajudou a fazer a história de milhares de brasileiros como Margarida Diva Moraes, pernambucana moradora de João Pessoa. A servidora aposentada do Banco do Brasil já teve um Fiat 147 e um VW Fusca, mas desde o início da década de 1990 só compra Gol. “Tem manutenção fácil e não dá muitos problemas”, conta ela. O substituto do carro preferido de Margarida será o Polo Track, que custa na faixa dos R$ 80 mil e mesmo na versão básica, a chamada pé-duro, traz quatro airbags, controle de estabilidade, assistente de partida em rampas, bloqueio eletrônico de diferencial, vidros dianteiros elétricos, ar-condicionado, direção elétrica e travas elétricas e rodas são de 15’’. Mas não é somente o Gol que sai das prateleiras e das memórias, boas ou ruins, dos consumidores brasileiros – que, no fundo, têm agora mais referência e, assim, se tornaram mais exigentes, ou pela legislação ambiental mais rigorosa. A marca alemã também deixou de fabricar o Voyage, sedã nascido do Gol.

Das marcas de luxo, deixaram de ser fabricados modelos como o BMW X2. Ele havia chegado aqui em 2018 e se foi como chegou: sem festas nem velas. O sedã S60, da Volvo, fez algum sucesso e foi vítima também da marca, que decidiu focar os esforços de venda nos SUVs – e ainda mais, elétricos e híbridos. Com isso, se foi também o S90.

Na linha popular, a Caoa Cherry deu fim a dois (ou três, dependendo do ponto de vista): o Tiggo 2, o sucessor Tiggo 3x e o sedã Arrizo 6. A Hyundai foi na mesma linha: tirou da linha o HB20X (o hatch que queria ser aventureiro) e o ix35 2018. A Renault sumiu com o Sandero – e só manteve uma variante dele, também ‘aventureira’ e com nome próprio: o Stepway. A Suzuki, por sua vez, só oferece a linha importada (do Japão) do Jimny (a Sierra).

Motos: o que vem por aí – E como será 2023 no mercado das motos – seja para o trabalho ou lazer? A Webmotors fez um levantamento. Da BMW, a novidade será a S 1.000 RR – um das esportivas mais vendida no Brasil. Será uma repaginação, com mudanças na mecânica. A Ducati, por sua vez, virá com boas opções: Desert X, Diavel V4, Streetfighter V4 e Panigale V4R. A Harley-Davidson, com a Sportster S – já em fevereiro ou março – e a Nightster (no segundo semestre). A Honda, com as CB 300F Twister (já apresentada oficialmente), ADV160, Forza 350, CB 750 Hornet, XL 750V Transalp. A

Suzuki, com a V-Strom 800 DE e a GSX-8S. A Triumph, com a Street Triple 765.

A Royal Enfield, que acaba de inaugurar uma linha de montagem em Manaus (AM) trará a Scram 411, a Hunter 350, a Super Meteor 650 e a Himalayan 411.

KTM e os modelos 2 tempos – A KTM, fabricante de motocicletas off-road de alto desempenho, confirmou a abertura de reserva dos modelos 2 tempos das linhas de Enduro e Motocross 2023. Entre os destaques, a KTM 250 SX. Ela tem motor com partida elétrica e entrega 53cv. E usa tecnologia de injeção de combustível eletrônica e válvula de potência eletrônica, garantindo potência mais suave e melhor tração. O modelo também conta com tecnologia de dois mapas selecionáveis, capazes de regular a explosão de energia.

Carros e vida urbana: como será 2023? – A mobilidade urbana será impactada por diversas frentes nos próximos anos, especialmente no que diz respeito à tecnologia, à inovação e a novas formas de se mover pelas cidades. Segundo um estudo da Liga Insights Mobilidade, até o ano de 2030 estima-se que o mercado global de mobilidade crescerá cerca de 75%, atingindo valor de US$ 26,6 trilhões. Para 2023, com a chegada do 5G em boa parte dos municípios com população superior a 500 mil habitantes já no mês de janeiro, por exemplo, deve influenciar usuários de aplicativos e de transporte público, além de pedestres e motoristas. E o setor ainda deve seguir tendências nas formas de pagamento e modo de utilização.

“Nós já vemos uma grande movimentação e mudança de hábitos que dizem respeito ao setor da mobilidade. Em 2023, que marca também o ampliamento da cobertura do 5G, devemos ver se enraizar ainda mais algumas tendências, como o maior uso de aplicativos de transporte e delivery”, comenta Alécio Cavalcante, co-CEO da Ubiz Car, startup de mobilidade urbana presente em diversas cidades do Brasil.

1 – Pagamentos digitais – As formas de pagamento devem se diversificar no ano que vem, tanto no transporte público quanto nos aplicativos de mobilidade urbana, graças à tecnologia e às novas soluções disponíveis. “A tendência é que se amplie a margem de possibilidades facilitadoras para os transeuntes, como o pagamento via QR Codes no transporte público, algo já existente em São Paulo, e os pagamentos via Pix em viagens por aplicativo”, aponta Alécio.

2 – Maior conectividade – Segundo o Ministério das Comunicações, enquanto o 4G consegue conectar até dez mil dispositivos por quilômetro quadrado simultaneamente, o 5G suporta até um milhão, possibilitando, assim, maior conectividade. “O 5G vai melhorar os fluxos de trânsito, uma vez que com uma melhor e mais veloz comunicação entre motoristas e centrais de controle, aplicativos de mobilidade vão oferecer sempre as melhores rotas, evitando engarrafamentos”, ressalta o co-CEO.

3 – Veículos autônomos – De acordo com levantamento da consultoria inglesa Ernst & Young, espera-se que os carros autônomos representem 75% do total de veículos vendidos no mundo em 2030. “Já são muitas as marcas que investem no desenvolvimento de carros que não necessariamente precisam de um motorista, e essa é uma forte tendência para o futuro. Mesmo que não tenhamos uma frota relevante de veículos autônomos no ano que vem, vamos ouvir falar muito desse assunto e suas consequências a partir de agora”, destaca Cavalcante.

4 – Mais delivery – Outra crescente que devemos ver em 2023 é o uso de serviços de delivery, o que impacta diretamente na quantidade de veículos em circulação. “Essa é uma tendência que se enraíza nos hábitos de consumo desde a pandemia. Antes, era utilizado mais restritamente para pedidos de restaurantes. Hoje, já vem sendo usado para pedidos em mercados, farmácias e demais estabelecimentos, tendo uma porção de aplicativos que oferecem esse serviço”, avalia o executivo.

5 – Menos carros próprios – De acordo com estudo realizado pela startup Loft, especialista no processo de compra e venda de imóveis, o Brasil é o país líder dentre os que mais utilizam aplicativos para se deslocar e pedir entregas, com destaque às cidades de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. “As gerações que estão em sua juventude agora já não querem tanto o carro próprio, seja por causa dos custos com gasolina, seguro, mecânico, como também pelas opções facilitadoras que existem hoje em dia, que seriam a grande gama de apps de mobilidade disponíveis”, diz Alécio.

Frota mais sustentável – O Radar Autos, levantamento do Data OLX Autos que reúne informações de monitoramento e tendências do setor automotivo, mostra que a venda e produção de automóveis e comerciais leves novos registrou crescimento de 13,9% e 5,5%, respectivamente, em novembro, quando comparado com o mês passado. A de seminovos e usados caiu levemente. Mesmo assim, dados da Fenabrave apontam que a quantidade de carros usados comercializados em novembro é quatro vezes maior.

Mas o interessante é constatar que, presentes nas ruas brasileiras desde 2003, os veículos flex atingem hoje quase 47 milhões de unidades – o que representa 40% da frota total nacional. A adesão a automóveis com combustível mais sustentável tem crescido ao longo desse período. Segundo a Renavam, houve alta de 110% desse segmento nos últimos 10 anos. O número de veículos elétricos ou híbridos, tecnologia mais recente, aumentou nos últimos dois anos, mas o estoque ainda não ultrapassa 0,1% do total.

Rally da Chapada Diamantina – E a 2ª Edição do Rally da Chapada Diamantina, o maior de aventura da Bahia, vai mostrar desta vez (explorar) os belíssimos Vale do Capão e Fazenda Pratinha – dois dos principais destinos de lazer de baianos e turistas na região. Agora, os amantes do automobilismo terão uma prova maior, com mais obstáculos: as dificuldades começam pelo percurso do Vale do Capão, com estradas de chão, buracos e declives. ”Para o participante que vai com um veículo 4×2, os desafios serão moderados. Já quem for a bordo de um 4×4 tem o privilégio de passar, mais facilmente, em vários trechos da prova, mas o trajeto é maior e com mais dificuldades”, adianta o piloto Roberto Cunha, hexacampeão brasileiro de Rally 4×4. Ele é responsável pelo roteiro da prova. Diferentemente da primeira edição, essa prova terá dois percursos para os corredores – sendo que o maior será realizado por quem estiver com um veículo de tração 4×4. A inscrição já está aberta e custa R$ 200 com direito a duas camisas e brindes. Basta acessar o site www.rallydachapada.com.br.

O Vale do Capão fica num dos mais famosos destinos da cidade de Palmeiras e é uma pequena vila recuada e habitada por cerca de 3 mil pessoas numa espécie de buracão – rodeado de montanhas e vales (daí o nome). O ponto de largada da competição fica distante 30km da sede da cidade de Palmeiras, que celebra, no fim de semana da prova, 132 anos de emancipação política. Palmeiras, aliás, é uma cidade rica em atrações turísticas: é nela que está o principal cartão postal da Chapada Diamantina, o Morro do Pai Inácio (local da nossa primeira edição do Rally da Chapada). Por lá também está a famosa Cachoeira da Fumaça e as também nem tão famosas, mas tão belas quanto, Cachoeira da Angélica, da Purificação e do Riachinho. A trilha das Águas Claras é outro destino de Palmeiras que também abriga um dos trekkings mais bonitos do mundo, o Vale do Pati – que faz parte do Parque Nacional da Chapada.

A prova – A largada será realizada às 9h do dia 14 de janeiro de 2023, um sábado, no Vale do Capão. O destino, após 158 km de percurso, entre estradas de chão e a BR-242, é a Fazenda Pratinha – em Iraquara, onde os participantes desfrutarão após a prova de uma espécie de Day Use no local.

Sem CNH, pena maior – A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que aumenta as penas previstas no Código de Trânsito Brasileiro para condutor não habilitado, com habilitação vencida ou recém-habilitado que cometeu infração grave. Esses motoristas serão proibidos de iniciar o processo de habilitação por um período como penalidade, além das outras penas previstas em lei: multa e retenção do veículo.

O texto aprovado é o substitutivo da deputada Christiane de Souza Yared (PP-PR), que junta propostas do PL 1188/21 e do PL 1205/21, apensado. “O projeto vai sanar inconsistências entre as penalidades previstas em lei”, explicou ela à Agência Câmara. A proposta estabelece que o motorista recém-habilitado que cometer infração no primeiro ano de carteira – quando a licença é provisória – só poderá reiniciar o processo de habilitação após decorridos os prazos das penalidades. Atualmente, o motorista pode reiniciar todo o processo na data em que receberia a habilitação, um ano após a habilitação provisória.

No caso do motorista não habilitado que for pego dirigindo, além de multa e retenção do veículo já previstas em lei, a pessoa ficará proibida de requerer a habilitação durante seis meses. Já o condutor que estiver com a carteira vencida terá o documento retido, além das penalidades já previstas de multa e retenção do veículo.

Férias e carro alugado – Você decidiu o destino das férias, as acomodações, passeios e agora só falta escolher onde alugar um carro. Então, fique atento às dicas de Rafael Gomes, gerente nacional de Rent a Car da Unidas.

1. Alugue com antecedência – Não deixe para a última hora. Reservar é sempre a melhor opção. É importante se programar para encarar a demanda do final de ano e de férias: obviamente, e você sabe disso, essa é uma época muito concorrida. Ao optar pela locação, o cliente tem a flexibilidade de escolher o horário exato que vai pegar o veículo, o que torna o processo mais simples e ágil.

2. Escolha a categoria – Tenha em mente o destino da viagem para escolher o tipo de veículo que se encaixa melhor ao seu roteiro. Além disso, devem ser levados em consideração a quantidade de pessoas que irão viajar, número de bagagem, distância e tipo de estrada que será percorrida. Existem diversas categorias de carros: econômico, intermediário, executivo, SUV, utilitários e adaptados. Veja qual será a melhor opção para o seu roteiro.

3. Pesquise a melhor opção – Uma vez decidido alugar um veículo para viajar, é hora de começar a procurar a locadora, com melhor preço e variedade de veículos. Mesmo que seja tentador alugar a opção mais barata, verifique se ela atende às suas necessidades e roteiro. Além disso, quanto mais tempo você fica com um carro alugado, menor é o custo da diária.

4. Não se preocupe com a manutenção – Para viajar de carro, é essencial checar o estado do veículo, como motor, pneus, faróis etc. Para encarar as estradas, todos os sistemas devem estar funcionando 100%. Ao optar pela locação, o cliente tem a segurança de receber um veículo com as manutenções em dia. Afinal, ninguém quer enfrentar uma pane mecânica no meio do caminho.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

A valorização dos carros híbridos

A Mobiauto já havia desmistificado durante o período crônico da pandemia aquela “regra” do mercado brasileiro de seminovos que apontava para uma acentuada desvalorização dos importados de luxo. A empresa resolveu selecionar agora uma pequena, mas extremamente estratégica, fatia dentre esses modelos estrangeiros: os híbridos seminovos. Pelo que se conhecia, os importados perdiam rapidamente suas cotações. Startup do segmento automotivo, a Mobiauto mostrou que “não”. Eles já não perdem valor, inclusive porque, ancorados diretamente nos preços em dólar, esses importados viram seus preços de novos serem majoritariamente reajustados, o que puxou as cotações de seminovos também para cima.

Mas e os híbridos? De cara, o mercado de seminovos assusta-se com eles. Não é errado ficar receoso com o custo de manutenção oneroso, em razão da complexidade eletrônica desses modelos, que utilizam módulos sofisticados para gerenciar a propulsão do motor a combustão, a do elétrico… e a forma como as duas interagem.

Ainda que esse custo de manutenção pareça mais alto que modelos convencionais, movidos apenas por motores térmicos, o fato é que essa realidade ainda não se aplica. Na pesquisa da Mobiauto, os dez modelos com maior volume de negociações no segmento de usados foram pesquisados, com unidades ano/modelo 2018 a 2022: BMW i3, 530e e X5, Ford Fusion, Lexus NX 300 e UX 250H, Toyota Corolla, Corolla Cross e RAV4, e Volvo XC60. Haveria diversos outros modelos a serem incluídos na pesquisa, mas a movimentação desses carros no mercado de seminovos é bem tímida.

A Mobiauto apurou que, na média, esses dez veículos tiveram uma variação negativa de preços, no recorte de julho a setembro de 2021 versus os mesmos meses de 2022, de somente 0,42%.

“Poucas semanas atrás, nós fizemos uma pesquisa com os modelos hatches aventureiros do mercado nacional, enfatizando a variação de preços de Chevrolet Onix Activ, Fiat Uno Way etc. Bom, esses carros ganharam 3,61% no último ano. Ora, isso dá uma diferença média de cerca de 4% em relação aos híbridos, o que não é ruim”, compara Sant Clair Castro Jr., consultor automotivo e CEO da Mobiauto, que coordenou a pesquisa.

Dos dez modelos pesquisados, considerando alguns ano-modelos do mesmo veículo, a pesquisa apurou vinte cotações. Curiosamente, nove deles tiveram variações positivas, isto é, valorizaram no último ano. O campeão foi o Ford Fusion, que aumentou sua cotação em 16,79%! Veja o ranking dos nove modelos que se valorizaram de um ano pra cá.

Outro ponto mencionado por Sant Clair Castro Jr. diz respeito à variedade de opções listadas na pesquisa. “Você encontra modelos da Toyota, que é a marca com maior número de opções entre os melhores colocados, bem como importados de altíssimo luxo, caso da BMW, e até modelos fora de linha, que é até o campeão da pesquisa, o Ford Fusion”, diz Castro Jr.

“Quando modelos tão diversificados apresentam percentuais tão próximos, isso nos ensina que a compra de um carro híbrido seminovo, no Brasil, não tem ocorrido por essa característica técnica. E sim por outros atributos”, opina o consultor. Por essa razão, os híbridos estão indo bem.

Energia solar e veículos urbanos – A Câmara dos Deputados tenta aprovar uma política de mobilidade urbana que usa metrôs, trens, trólebus, veículos leves sobre trilhos (VLT) e monotrilhos alimentados por energia solar. Um Projeto de Lei 6123/19, do deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), em tramitação na Comissão de Viação e Transportes, propõe incentivos fiscais pelo prazo de cinco anos para quem usá-la. Para atender aos requisitos legais de adequação orçamentária e financeira das medidas, o texto prevê a maior incidência da Cide-combustíveis sobre o óleo diesel e a gasolina.

O relator da proposta na comissão, deputado Franco Cartafina (PP-MG), afirmou que a medida trará benefícios significativos para os usuários e para as cidades brasileiras. “Ao dispor sobre a incidência tributária no transporte urbano sobre trilhos, o projeto torna efetiva a priorização do transporte público, que é indispensável para a garantia da mobilidade urbana, especialmente em grandes centros”, disse ele à Agência Câmara de Notícias.

Pelo projeto aprovado, a eletromobilidade contará com alíquota zero das contribuições ao PIS e Cofins incidentes sobre a energia elétrica consumida. O segmento também poderá ser incluído no regime tributário Reporto, que assegura a suspensão de diversos impostos incidentes sobre máquinas, equipamentos, peças de reposição e outros bens.

E o transporte cicloviário? – A Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta para incluir o transporte cicloviário na lei que trata da política nacional de mobilidade urbana. “A proposta busca garantir meios que proporcionem melhoria na qualidade de vida ao oferecer ao transporte cicloviário prestígio e atenção”, diz o deputado Gustavo Fruet (PDT-PR), relator do substitutivo da Comissão de Viação e Transporte ao Projeto de Lei 2764/15, do Senado. “É uma condição essencial para o progresso das políticas públicas de uso da bicicleta nas cidades”, ressalta.

O substitutivo prevê a adoção de ciclovias ou ciclofaixas em projetos e obras de construção, ampliação ou adequação do sistema viário urbano, assim como da infraestrutura exigida (bicicletários, paraciclos e sinalização). Cidades com mais de 500 mil habitantes deverão prever a implantação gradual dessas medidas.

Ficarão excluídas das obrigações as cidades com relevo acidentado, impróprios para o uso de bicicletas, ou as vias cuja localização, característica histórica, função na hierarquia viária ou dimensões impeçam as obras necessárias.

A versão original da proposta, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), delegava aos municípios a responsabilidade pela oferta de bicicletas públicas de uso compartilhado, que pudessem ser usadas por qualquer pessoa, por tempo determinado, gratuitamente ou mediante um pagamento módico.

Modais de transporte – Outra iniciativa interessante nesta questão de mobilidade urbana é a que trata do Estatuto da Cidade e da lei que institui o Programa Bicicleta Brasil. O Projeto de Lei 3598/19, do Senado, incentiva a prática do ciclismo e promove a integração de modais no transporte urbano e mantém nas diretrizes do PBB a conscientização da sociedade quanto aos efeitos da utilização do automóvel nas locomoções urbanas, em detrimento do transporte público e de alternativas não motorizadas. “A ideia é promover o desenvolvimento do ciclismo como forma de transporte individual e a integração dos modais de transporte urbano para garantir efetiva mobilidade na cidade”, disse a senadora Leila Barros (PDT-DF), autora do texto.

Wrangler 2023: ótimo, mas nada de novo – A Jeep apresentou a linha 2023 do SUV Wrangler sem nenhuma mudança – ou mesmo sequer acréscimo de equipamentos (para quem gosta de SUV valente, isso já é excelente). Até os preços das versões Sahara (2 e 4 portas) e Rubicon, que vão de R$ 457 mil a R$ 482 mil, ficaram estáveis. Pelos valores cobrados, claro, o Wrangler tem um caprichado pacote de equipamentos: controles de estabilidade e tração, computador de bordo com tela TFT de 7 polegadas, faróis e lanternas em LED, frenagem automática de emergência, controle de cruzeiro adaptativo, câmera frontal off-road e por aí vai. A Rubicon, por sua, vez, vem com seletor de tração com reduzida e o sistema Off-road+, que troca alguns parâmetros do acelerador, controle de tração e as trocas de marcha são baseadas no terreno. O motor é um 2.0 turbo a gasolina com 272cv e 40,7kgfm de torque e transmissão automática de 8 marchas.

Ford: fuga e aumento de lucros – A montadora norte-americana Ford, uma das mais tradicionais de todos os tempos em todo o mundo, deu um cavalo-de-pau no pior momento da pandemia de Covid-19 no Brasil: fechou fábricas, demitiu funcionários e passou a ser apenas importadora. Agora, anuncia que “reencontrou a lucratividade na América do Sul”: no acumulado de janeiro a setembro, os lucros somaram US$ 300 milhões. Vale lembrar: a companhia vinha fechando no vermelho desde 2013 – e por problemas de gestão, principalmente.

O que mudou? Seus executivos passaram a se concentrar em segmentos com bom desempenho na região, como é o caso das picapes, e no enxugamento do portfólio. “São cinco trimestres consecutivos de lucro e um portfólio focado em picapes, SUVs, veículos comerciais e ícones, como o Mustang,” comenta o presidente da Ford, Daniel Justo. E ele acaba de anunciar para o mercado brasileiro 10 novidades ao longo do ano que vem. A Maverick híbrida e a F-150 (esta, a grandona que briga com Ram e Chevrolet Silverado) estão na lista, claro. A primeira, com motor 2.5 a gasolina e outro elétrico, terá autonomia para 800km.

A veterana Ranger vai ganhar uma nova geração. Produzida na Argentina, terá motores diesel adequados às exigências legais e ambientais. A van/furgão Transit virá com uma opção automática. E, por fim, chegará mais para o fim de 2023 a E-Transit, com propulsão 100% elétrica e autonomia de 317km. Em relação aos esportivos, destaque o Mustang Mach-E – provavelmente com 465 cv e autonomia de até 480 km.

GT de US$ 1,7 milhão – E por falar em Ford, o superesportivo GT, que havia ganho recentemente a última série especial feita para as ruas, agora teve apresentada nos Estados Unidos a sua versão final preparada exclusivamente para as pistas.  Considerado o modelo mais radical já criado na linha, o Ford GT Mk IV 2023 tem motor EcoBoost biturbo especialmente projetado – e com mais de 800cv, transmissão de corrida, carroceria alongada de fibra de carbono e suspensão exclusiva.

As 67 unidades do Ford GT Mk IV serão construídas artesanalmente em Ontário, no Canadá. Esse número é uma homenagem ao ano em que o carro original venceu as 24 Horas de Le Mans. O modelo tem preço a partir de US$ 1,7 milhão (ou mais de R$ 9 milhões) e os interessados podem se inscrever pelo site da marca. O anúncio dos clientes selecionados será feito no primeiro trimestre de 2023, assim como o início das primeiras entregas. Quem se habilita?

A chegada da Bajaj – A fabricante de motos indiana Bajaj anunciou esta semana sua chegada oficial ao país, com a inauguração de uma rede de concessionárias de cinco pontos. De cara, três modelos de motocicletas à venda: Dominar 400, Dominar 200 e Dominar 160. Os preços já estão definidos: a 160 custará R$ 18.680; a 200, R$ 19.637; e a 400 – R$ 24.200. Esta última, topo de linha no desembarque da Bajaj ao mercado nacional, é uma Sports Tourer, embora seu conjunto estilístico a insira no segmento de naked´s. Ela motor arrefecido a líquido de um cilindro, com 373,3 cm3, sistema de injeção eletrônica e ignição DTSi e rende 40 cv de potência e 3,569kgfm de torque. O tanque é de 13 litros.

Com uma história de 75 anos, a Bajaj foi fundada na Índia por Jamnalal Bajaj, o “quinto filho de Gandhi”. Hoje é uma empresa global, que figura na lista internacional da Forbes como uma das 100 companhias mais inovadoras do mundo. São mais de 40 empresas pertencentes ao grupo, que emprega 36 mil pessoas em todo o mundo. A Bajaj fatura US$ 4,13 bilhões e é a terceira maior montadora de motocicletas do planeta, com capacidade produtiva em torno de 7 milhões de unidades por ano em suas quatro unidades fabris espalhadas pela Índia. No segmento de triciclos, os mundialmente conhecidos “tuk-tuk´s”, a Bajaj é a maior fabricante do planeta.

Preços do seguro de automóvel – Não é mole, não: a TEx, insurtech especializada em soluções online para o mercado segurador, acaba de divulgar que o Índice de Preços do Seguro Automóvel (IPSA) teve redução de 3,1% em novembro – no quarto mês consecutivo sem alta. Mesmo com a queda, o índice apresenta aumento de 23,5% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Para Emir Zanatto, CEO da TEx, a queda de 3,1% do valor do seguro em novembro demonstra que o mercado está no início de uma redução de preços. “A tendência pode se confirmar nos próximos meses se não houver aumento dos índices de roubo e furto”, explica o executivo. Seguindo o índice geral, o IPSA por gênero sofreu queda em ambos os sexos. Para o masculino houve queda de 4,4%, já no feminino a redução foi de 1,7%.

A região onde o segurado reside é um fator muito importante na precificação do seguro – e isso, desgraçadamente, está diretamente ligado às taxas de roubo e furto. “Rio de Janeiro, Fortaleza e Curitiba ficaram estáveis. Enquanto Belo Horizonte teve aumento de 2%”, diz Zanatto. Vejam a cidade de São Paulo, por exemplo: o seguro na zona leste é 64,7% superior à região central. Já na capital fluminense, a zona norte segue com o maior índice, sendo 84,8% maior na comparação com a zona sul.

Dicas para economizar no seguro – E por falar em proteção para o seu carro, que tal prestar atenção a alguns detalhes na hora de escolher – ou renovar – o seu? Como todo mundo sabe, é um serviço importante para o automóvel – e que muitos motoristas escolhem não contratar especialmente por causa do custo: a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNseg) revela que apenas 30% da frota de automóveis no Brasil possui seguro. É uma falha grave: ele cobre as despesas necessárias e imediatas em casos de sinistro (quando o bem segurado sofre um acidente ou prejuízo material) ou mesmo de roubo. E ainda oferece métodos de pagamento bastante flexíveis. Por isso, a Zapay, startup de tecnologia voltada a esse segmento, traz quatro dicas para ajudar você a economizar na hora de contratar esse serviço.

1. Seja um bom motorista – As seguradoras conseguem analisar o seu histórico de motorista e usam essa informação para calcular o valor que será cobrado do seguro. Portanto, evite se envolver em sinistros e multas, pois isso vai ajudar a economizar um bom dinheiro. 

2. Busque várias opções – O segredo para encontrar um bom seguro para o seu veículo é ter muitas opções. Pesquise todas as informações sobre as coberturas e faça cotações para saber o orçamento mais compatível com a sua renda. Outra dica importante é reduzir as três melhores opções e negociar com as seguradoras para descobrir se alguma está disposta a cobrir a oferta da concorrência.

3. Tenha calma para escolher – Leve em consideração o seu perfil como motorista e o seu estilo de vida. O ideal é ter um pacote com a maior cobertura de assistências possível, para evitar qualquer prejuízo financeiro no futuro. Portanto, pese na balança as suas necessidades e se organize financeiramente para a contratação do seguro.

4. Reflita sobre a franquia – É o valor adicional a ser pago pelo segurado em situações em que ele próprio foi responsável pelo dano ao carro. Pensando nisso, se não for necessário pagar a franquia, o motorista sairá economizando no preço do seguro. Tudo depende do quanto você utiliza o seu veículo e do seu estilo de direção. Afinal, se a franquia for necessária em algum momento, essa dica não irá compensar.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.