Recifense gasta 1h36 para ir e voltar do trabalho
O passageiro de transporte público no Recife espera, em média, 27 minutos por um ônibus, trem ou metrô. No top 10 das cidades com maior tempo médio de viagem em uma direção única (de ou para casa/trabalho), a capital pernambucana está lá: são 1h04min perdidos apenas num trecho de viagem. Aliás, no ranking global, o Brasil tem três cidades nesta “seleta” lista: além do Recife, o Rio de Janeiro, com 1h07, e São Paulo, com 1h02min. Já a duração média dos deslocamentos diários no transporte público da RMR em dias úteis (considerando ida e volta) é de 1h36min. É o pior índice.
O recém-lançado Relatório Global sobre Transporte Público da Moovit, aplicativo de mobilidade urbana mais utilizado no mundo, é bem claro: o tema exige muita atenção. Vejam, só, o que pensam esses usuários ouvidos pelos técnicos do aplicativo. O que o incentivaria a usar mais o transporte público? Um quinto dos passageiros pede aumento na frota para reduzir o tempo de espera. Outro percentual idêntico espera passagens mais baratas. Outros 16% pedem ‘apenas’ cronogramas de viagem mais confiáveis.
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O trabalho da Moovit foi feito com base em 1,5 bilhão de viagens por transporte público planejadas com o Moovit ao longo de 2022 em cem grandes metrópoles globais. Dez são brasileiras (veja, ao lado de cada uma, a duração média dos deslocamentos diários no transporte público em dias úteis (considerando ida e volta).
Recife – 96 minutos
Brasília – 96 minutos
Rio de Janeiro – 95 minutos
Salvador – 94 minutos
São Paulo – 93 minutos
Fortaleza – 89 minutos
Belo Horizonte – 85 minutos
Campinas – 77 minutos
Porto Alegre – 74 minutos
Curitiba – 72 minutos
Curiosidades
- Pelo menos 12% das viagens no Rio têm pelo menos 2h de duração
- As viagens curtas, com menos de 30 minutos, cresceram em todo o país em relação a 2020
- Pelo menos 55% dos passageiros do Recife esperam mais de 20 minutos pelo transporte
- Tempo médio de espera diminuiu em seis cidades das dez cidades do levantamento
- Um terço das viagens em Curitiba tem três baldeações ou mais. É terceira cidade no mundo, atrás da Cidade do México (29%) e Paris (28%)
- Porto Alegre é a única cidade em que mais da metade das viagens são diretas
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Trânsito: conheça as novas regras – O Código de Trânsito Brasileiro completa neste comecinho de ano duas décadas e meia. Embora mudado (muitas vezes para pior), ele mudou o cenário das ruas e estradas brasileiras – principalmente quando endurece as penalidades para motoristas imprudentes e bêbados, por exemplo. Por isso, os condutores – e, claro, instrutores e agentes – vão ter que começar atentos às diversas alterações na legislação brasileira de trânsito para 2023. Muitas já começaram a valer neste início de janeiro – como a Medida Provisória (MP) que prorroga a exigência do exame toxicológico periódico, a validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o uso do farol baixo.
Farol baixo – Transitar com o farol baixo ligado ao pegar uma estrada durante o dia não é mais necessário. Apesar de maior segurança, a regra para uso do farol baixo foi modificada e o uso passa a ser obrigatório apenas em rodovias de pista simples. Reforçando: em rodovias onde há uma separação física entre as pistas (guard rail, mureta, canteiro central etc) não é mais obrigatório transitar com os faróis acesos. Obviamente, o CTB e o bom senso exigem: naquelas condições de baixa visibilidade (passagem por túneis ou trechos com neblina, cerração e chuva) o farol deve ser sempre ligado em qualquer circunstância, independentemente do tipo de rodovia.
As DRLs, sigla para Daytime Running Lights (luzes diurnas de rodagem, em tradução literal), substituem os faróis baixos. Elas se mantêm acesas até mesmo quando o seletor de acendimento dos faróis está desligado. No entanto, vale lembrar: usá-las ao anoitecer ou em ambientes pouco iluminados vai resultar em multas. Afinal, a função delas é melhorar a visibilidade do veículo (e sob iluminação natural), não auxiliar o motorista a visualizar a estrada, por exemplo. Os carros que não tiverem DRLs deverão manter os faróis acesos, mesmo durante o dia, nas rodovias de pista simples: a multa é de R$ 130,16, com quatro pontos na CNH.
Carteira Nacional de Habilitação – A validade da CNH é inversamente proporcional à idade de quem dirige o veículo: quanto mais jovem, por mais tempo valerá a habilitação. Motoristas de até 49 anos terão o documento válido por 10 anos, já os que têm entre 50 e 69 anos precisarão renovar o documento a cada 5 anos, e condutores com 70 anos ou mais renovarão a habilitação a cada três anos.
Exame toxicológico – A Medida Provisória (MP) 1.153/2022 prorroga a exigência do exame toxicológico periódico. Ela suspende até 2025 a aplicação de multa para motorista profissional que não realizar o exame toxicológico. A exigência do exame é regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito, que, desde julho de 2022, já tinha estabelecido prazos para a sua realização conforme a data de vencimento da CNH. Com a nova lei em vigor, a aplicação da multa e das demais penas ficam adiadas para 1º de julho de 2025.
Sinal vermelho e conversão à direita – O art. 44-A agora prevê que é livre o movimento de conversão à direita diante do sinal vermelho do semáforo, desde que haja uma sinalização indicativa que permita essa conversão.
Indicação de condutor – As empresas donas de veículos passam a ser obrigadas a pagar mais pelas multas que receberem quando não indicarem um condutor infrator.
Multa por excesso de peso – Afeta principalmente os caminhoneiros e empresas de transportes de carga (flexibilizada com mudança do artigo 99 do CTB.b
Código de Trânsito Brasileiro (CTB), edição atualizada
A obra contempla as alterações vigentes publicadas no Diário Oficial da União (DOU), em 29 de dezembro de 2022, além de trazer tabelas de valores referenciais para multas de velocidade, por exemplo.
Ficha técnica
Editora: Edipro
Número de páginas: 240
Preço: R$ 69,90
Link de venda: Amazon
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WV Virtus é repaginado – O popular sedã da Volkswagen agora virou o carro de entrada da marca (o Voyage não existe mais) e chega ao Brasil bem atrasado em relação à Índia, onde circula há mais de ano. De relevante, uma versão inédita, a Exclusive – que só chega no fim do semestre. As demais, que estão nas lojas a partir de 9 de março, são a 170 TSI (manual e automática), Comfortline 200 TSI e Highline 200 TSI. Veja as versões e preços.
Virtus 170 TSI manual – R$ 103.990
Tem painel de instrumentos digital com tela de 8”, faróis e lanternas de LED, 6 airbags e assistente de partida em rampas
Virtus 170 TSI automático – R$ 112.990
Mais piloto automático adaptativo, frenagem autônoma de emergência, sistema start-stop
Comfortline 200 TSI AT6 – R$ 121.990
Com motor 200TSI, pneus 250/55, ar-condicionado digital Climatronic Touch, chave presencial para acesso e partida, botão de partida do motor, bancos e painéis das portas em couro
Highline 200 TSI AT6 – R$ 130.030
Mais rodas de liga-leve de 17 polegadas painel de instrumentos digital com tela de 10,25”, multimídia VW Play,
Exclusive 250 TSI AT6 – R$ 144.990
Motor 250TSI, rodas de liga-leve de 18 polegadas com pneus 205/45, seletor de modo de condução, spoiler traseiro e acabamento exclusivo
Gasolina no Nordeste: maior alta – Os postos de abastecimento nordestinos registraram um acréscimo médio de 1,27% para a gasolina e de 4,68% para o etanol em janeiro, quando se compara aos números de dezembro. Segundo o Índice de Preços Ticket Log (IPTL), a gasolina registrou elevação média de 1,27% na região e foi comercializada a R$ 5,34. Já o etanol foi encontrado a R$ 4,43, após aumento de 4,68%. O diesel ficou mais barato para os motoristas nordestinos. Comercializado a R$ 6,76, o tipo comum recuou 1,17%, em relação ao mês anterior; enquanto o diesel S-10 foi encontrado a R$ 6,81, após redução de 1,22% no preço médio. Nos demais estados brasileiros, o Maranhão registrou a maior redução para o diesel comum, de 3,78%. Já a Bahia apresentou o maior acréscimo para o diesel S-10, de 3,69%, e para o etanol, de 11,71%. A Paraíba foi o estado que registrou o menor preço médio para a gasolina em todo o território nacional (R$ 4,93), enquanto o Ceará apresentou o maior aumento para o mesmo combustível, de 7,02%.
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Carregador gratuito e carro elétrico: o problema – O mercado de veículos elétricos no Brasil cresce significativamente, com 49.245 unidades vendidas em 2022, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). No entanto, a falta de infraestrutura de recarga é um obstáculo para o aumento da popularização dos veículos elétricos no país. Em particular, a questão dos carregadores gratuitos e pagos tem sido objeto de debates e reflexões. Para Ricardo David, sócio-diretor da Elev, empresa especializada em soluções para a eletromobilidade, os carregadores gratuitos são apenas temporários e usam tecnologia antiga, e poderão estar com seus dias contados quando o setor avançar.
“Eles são viáveis apenas em períodos iniciais de transição, quando o mercado de carros elétricos ainda é incipiente. Embora sejam divulgados por fabricantes como uma vantagem, esses carregadores gratuitos podem causar filas e frustração aos motoristas de carros elétricos”, afirma o executivo. Além disso, ele explica que os carregadores gratuitos podem não oferecer a mesma velocidade e capacidade de carregamento dos carregadores pagos.
O executivo ainda aponta que o carregamento elétrico gratuito é um dos entraves para o desenvolvimento tecnológico dos carregadores disponíveis no mercado brasileiro e que também são necessários estudos sérios para o entendimento do sistema de carregamento como um todo, além da criação de um plano nacional para a eletrificação.
“Tenho certeza que o setor da eletromobilidade continuará em constante crescimento e, com isso, principalmente com a popularização dos carros mais avançados no país, teremos uma demanda crescente para carregadores mais avançados e rápidos. Estes estarão apenas disponíveis em modos de distribuição pagos”, explica o executivo.
Porém, para os consumidores que desejam continuar economizando na hora de carregar seus carros elétricos, ainda há soluções. “Uma das soluções mais viáveis encontradas em outros mercados é investir em um carregador doméstico. Assim, você terá maior controle, por mais que os carregadores pagos disponíveis tenham um custo de carga muito mais baixo do que o valor da energia consumida nas residências”, explica.
Os carregadores pagos são mais avançados e têm capacidade de carregamento rápido, oferecendo mais comodidade aos proprietários de veículos elétricos. No entanto, o investimento em carregadores pagos requer uma infraestrutura mais robusta e ampla, o que tem sido um desafio no Brasil. Atualmente, o governo brasileiro, liderado pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente Geraldo Alckmin, tem mostrado interesse em investir no setor, mas ainda há inúmeros desafios. Segundo Ricardo David, um deles é a falta de um padrão para o plug de recarga, um obstáculo para a expansão da eletromobilidade. “Ainda precisamos de um marco civil para a eletromobilidade. Apenas assim poderemos ver o setor desenvolver-se de forma plena e atingindo todas as lacunas que atualmente temos no mercado brasileiro”, explica.
Em resumo, enquanto os carregadores gratuitos são uma opção para os proprietários de veículos elétricos no Brasil, eles não oferecem a mesma qualidade e velocidade de carregamento dos carregadores pagos. A falta de uma infraestrutura adequada e a falta de um padrão para o plug de recarga são fatores importantes a serem considerados ao se avaliar o impacto da eletromobilidade no país. “O investimento em infraestrutura é crucial para garantir a expansão da eletromobilidade no Brasil e para oferecer opções de carregamento de qualidade aos motoristas de veículos elétricos”, completa Ricardo David.
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Pedestres e trânsito: como agir? – Janeiro foi escolhido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para trabalhar uma campanha educativa com foco na proteção do pedestre. Até outubro de 2022, cerca 2,5 mil pedestres ficaram feridos em acidentes de trânsito – e somente nas BRs, segundo o Anuário da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Confira, então, algumas dicas que a Zapay, startup de tecnologia e pagamentos de tributos e taxas de veículos, preparou para conscientizar as pessoas e prevenir acidentes com pedestres. A regra é clara – a preferência é sempre dos pedestres. Porém, existem leis para garantir a fluidez e a segurança no trânsito. Assim como carros, caminhões, ônibus e motocicletas, as pessoas que andam a pé também precisam respeitar as leis de trânsito. O Código Brasileiro de Trânsito (CTB) não atua somente para veículos motorizados. O trânsito de pedestres também faz parte dele, e existem regras para serem respeitadas.
Deveres dos pedestres
- Atravessar sempre na faixa de pedestres;
- Somente atravessar em vias que tenham sinal vermelho;
- Usar a passarela;
- Sempre olhar para ambos os lados da rua antes de atravessar, mesmo que seja mão única;
- Aguardar a passagem ou a parada total de um veículo antes de atravessar a via (mesmo que o sinal esteja verde para os pedestres);
- Em caso de veículo em partida, sempre esperar que ele saia para atravessar a rua;
- Na hora de atravessar, é essencial que seja sempre em linha reta e sem correr;
- Ao descer de um veículo, como ônibus, por exemplo, o pedestre deve esperar que o veículo se movimente para poder atravessar a pista.
Direito dos pedestres
- Quando o sinal abrir para os veículos, os motoristas devem esperar que todos os pedestres terminem de atravessar para continuarem seus trajetos;
- Os pedestres têm prioridade na passagem sobre as faixas delimitadas para esse fim, exceto nos locais com sinalização semafórica, que deverá ser respeitada.
- Pedestres precisam sempre ter um espaço de passagem em ruas e vias, fora do trânsito. No caso das estradas, a calçada para pedestres não é obrigatória;
- Em situações em que não há calçadas ou vias para pedestres, é necessário andar no canto, sempre no sentido contrário ao dos carros.
Os que os pedestres não devem fazer
- Ficar parado ou andar nas pistas, exceto para cruzá-las onde for permitido;
- Cruzar pistas nos viadutos, pontes ou túneis, salvo onde exista permissão;
- Atravessar a rua dentro das áreas de cruzamento, exceto quando houver sinalização;
- Utilizar a via em agrupamentos capazes de perturbar o trânsito, ou para a prática de festividades, esportes, desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a devida licença da autoridade competente;
- Desobedecer à sinalização de trânsito específica.
Essas regras buscam trazer mais segurança no trânsito, além de facilitar o percurso de motoristas e pedestres, preservando a vida de ambos os lados. O pedestre, como o mais vulnerável nesse cenário, também tem o dever de respeitar as regulamentações.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
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