Presidente Lula recebe alta dois dias após cirurgia no quadril

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu alta hospitalar neste domingo (1º), após três dias de internação e dois dias após a cirurgia artroplastia total de quadril e blefaroplastia nas pálpebras.

Lula estava internado na unidade do Hospital Sírio-Libanês em Brasília. De acordo com o boletim médico emitido às 10h deste domingo, Lula passou a noite estável e seguiu a recuperação realizando fisioterapia. Os médicos disseram que ele caminhou, subiu e desceu escadas com assistência fisioterapêutica. As informações são da CNN.

De acordo com o boletim médico da tarde deste domingo, o presidente recebeu alta “após boa evolução clínica”. A nota diz que Lula “seguirá em reabilitação ambulatorial aos cuidados das equipes médicas do doutor Roberto Kalil Filho, da doutora Ana Helena Germoglio e doutor Giancarlo Cavalli Polesello”.

Área reservada

Conforme apurou o repórter da CNN Teo Cury, Lula estava no hospital Sírio-Libanês acompanhado da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja.

Por orientação médica, o presidente não recebeu visitas e nem trabalhou enquanto esteve no hospital.

O aposento em que o presidente se recuperou da cirurgia ficava no final do corredor de um dos andares do hospital. Para acomodá-lo, não foi necessário isolar o espaço.

O quarto de Lula contou com uma antessala que poderia ser usada para despachos e reuniões, e abrigou os seguranças que o escoltaram.

Foi nesta antessala que o presidente caminhou na manhã deste sábado (30) e realizou as primeiras sessões de fisioterapia. O quarto com antessala foi adaptado quando o hospital, que tem sede em São Paulo, chegou a Brasília.

A adaptação teve como objetivo receber autoridades, personalidades e empresários de maneira reservada e para manter suas rotinas de atividades.

A antessala permitiu que os seguranças que integraram a escolta presidencial ficassem próximos a Lula e não precisaram ocupar os corredores do hospital.

O quarto com a configuração especial garantiu a privacidade do presidente e da primeira-dama e evitou que os demais pacientes do hospital fossem afetados pela presença do mandatário. Com isso, a rotina do hospital foi normal.

O presidente não tem restrição alguma e seguiu uma dieta normal e balanceada. Lula deverá permanecer por ao menos três semanas se recuperando no Palácio da Alvorada e de quatro a seis semanas sem viajar.

O primeiro compromisso do presidente fora de Brasília pós-cirurgia deve acontecer no final de novembro. Lula participará da 28ª Conferência do Clima das Nações Unidas, COP28, nos Emirados Árabes Unidos. Na sequência, deve visitar a Alemanha.

O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza na próxima quinta-feira (5) seminário em homenagem aos 35 anos da Constituição Federal. Sob o comando do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, o evento vai reunir estudiosos e professores especialistas em Direito Constitucional que vão abordar a importância da Carta Magna na história recente do Brasil.

O evento terá início às 9h, com abertura do ministro Barroso e do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti. Em seguida, será realizado o painel “Igualdade, Efetividade e Instituições”, que vai reunir nomes como Daniel Sarmento, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Adilson Moreira, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), Adriana Cruz, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), e Marcus Vinícius Furtado Coelho, Presidente da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais do Conselho Federal da OAB.

Em seguida, a partir das 10h10, o seminário vai discutir o tema “Olhando para o passado e pensando o futuro”, com a participação de Flávia Piovesan, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Flávia Martins de Carvalho, da Universidade de São Paulo (USP), Patrícia Perrone Campos Mello, do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Ana Paula de Barcellos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), além de Oscar Vilhena, da FGV-SP.

O ministro Luís Roberto Barroso fará o encerramento do evento. À tarde, no mesmo dia, o Plenário do Supremo Tribunal Federal vai realizar sessão solene em homenagem aos 35 anos da Constituição Federal.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou neste sábado (30), em Fortaleza, durante encontro estadual do PL Mulher do Ceará, que não quis ser uma “viajante, turista” durante os 4 anos de governo do marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ironia de Michelle tinha endereço: a atual primeira-dama, Janja Lula da Silva, que comandou uma comitiva de autoridades em visita a regiões atingidas pelas chuvas no Rio Grande do Sul na quinta-feira (28) e tem acompanhado Lula nas diversas viagens internacionais do presidente. 

“Eu cheguei como primeira-dama, eu já sabia, porque estava no meu coração, que eu não queria ser uma boneca de enfeite, ou uma viajante, turista. Não era isso que eu queria”, disse Michelle Bolsonaro a dezenas de convidadas do encontro, que, em seguida, aplaudiram a mulher do ex-presidente. As informações são da Istoé.

A estadia de Janja sem Lula, no Rio Grande do Sul, durou menos de um dia. O presidente ficou em Brasília para a posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. Diferentemente do que chegou a dizer o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta, em vídeo publicado nas redes sociais, a atual primeira-dama não anunciou medidas governamentais para a região mais atingida.

Durante o encontro no Ceará, Michelle Bolsonaro lembrou o período em que ela própria foi primeira-dama. A mulher do ex-presidente afirmou que quis “institucionalizar” seu trabalho voluntário quando chegou a Brasília e lembrou ter coordenado o programa “Pátria Voluntária”. Em 2021, o Estadão mostrou que, naquele momento, o projeto havia gastado mais com publicidade do que em doações.

Michelle Bolsonaro tem percorrido o País para participar de encontros com mulheres e tratar de pautas caras ao Bolsonarismo, como “instinto maternal”, aborto, drogas e outras “bandeiras conservadoras”. Desde o início do ano, a presidente do PL Mulher já passou por Mato Grosso, Santa Catarina e Pernambuco. “Nós temos que nos posicionar”, afirmou neste sábado. “Aquelas que irão se candidatar, o PL estará aqui para poder andar com vocês”.

Na parte final do encontro, Jair Bolsonaro subiu ao palco e falou com as convidadas. O ex-presidente repetiu parte do discurso eleitoral do ano passado, apontando medidas de seu governo, e afirmou de forma enigmática. “Um dia, a verdade de 22 virá à tona, pode ter certeza disso”, declarou, referindo-se às eleições.

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi tornado inelegível, até 2030, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por 5 votos a 2, a Corte enquadrou o ex-chefe do Executivo, em junho, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas.

Bolsonaro voltou a falar da vaquinha que recebeu de seus apoiadores durante o encontro em Fortaleza. O ex-presidente juntou mais de R$ 17 milhões em Pix, em 2023. “Se arrecadou muito mais do que precisava, se bem que as multas continuam”, afirmou.

Discreto burocrata com passagens pelas gestões de Dilma Rousseff e de Michel Temer, Tarcísio de Freitas ganhou os holofotes depois de um elogiado trabalho pelo Ministério da Infraestrutura de Jair Bolsonaro, a ponto de o chefe indicá-lo para a disputa do Palácio dos Bandeirantes. Vencedor improvável do pleito, dada a inexperiência, a falta de maiores vínculos com São Paulo e o domínio de duas décadas do PSDB no estado, ele vem tentando imprimir ao governo um perfil técnico. 

Quer ser reconhecido como “tocador” de obras importantes, viabilizador de grandes privatizações e administrador eficaz da máquina pública. A poucos meses de completar um ano de mandato, tem aprovação de 63,4% entre os paulistanos, segundo levantamento recente do instituto Paraná Pesquisas. As informações são da revista Veja.

Essa lua de mel com o eleitorado não se repete no meio político, algo que pode comprometer o futuro do governo e até mesmo de Tarcísio, visto como favorito a ocupar o espaço da direita no pleito presidencial de 2026. A avaliação é a de que o governador se revelou pouco hábil até aqui na negociação e na articulação política, o que acende o sinal amarelo diante da necessidade de tirar do papel algumas das grandes promessas de campanha.

Na chegada ao Palácio dos Bandeirantes, Tarcísio já carregava o peso de orquestrar uma ampla aliança. Além do Republicanos, que é o seu partido, fazem parte dela o PSD, sigla do vice Felicio Ramuth e do cacique Gilberto Kassab, o PL, o PP e o Podemos. Ocasionalmente, somam-se a essas forças as bancadas do MDB, do União Brasil e do PSDB. Mesmo políticos com mais experiência no Poder Executivo teriam dificuldades para afinar no dia a dia tantos interesses. 

Novato na área, Tarcísio tem agora o complicador de que parte de sua base está com um pé no governo federal, caso do próprio Republicanos. Por isso, nos bastidores, dá-se como certo o divórcio entre o governador paulista e a sigla. “Só resta saber quando vai ser decidida a separação, de que forma isso ocorrerá e qual será o destino escolhido”, afirma um experiente político paulista.

Outro grande complicador nesse intrincado xadrez é o estilo do governador, que recebeu nos bastidores o maldoso (e injusto) apelido de “Dilma”, em referência à inabilidade política da ex-­presidente petista. Tarcísio não tem paciência com o que considera demandas pequenas e suspeitas de deputados, a exemplo de pedidos de nomeação para delegados, e gosta de repetir que não aceita negociar mudanças em seu secretariado em troca de apoio e que prefere, inclusive, sofrer eventuais derrotas do que desmembrar seu “time técnico”. É o tipo de comportamento que deixa de cabelos em pé os aliados.

Derrota, por ora, não houve, mas o governador tem experimentado o gosto amargo de ter passado votações apertadas na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) — muitas vezes penando para ter o número mínimo de deputados presentes. É algo preocupante, tendo em conta a necessidade de aprovação num horizonte próximo de medidas prioritárias e necessárias, como a privatização da Sabesp, a maior companhia de saneamento básico do país. 

A urgência de apresentação desses projetos — nenhum deles foi enviado ainda pelo Executivo — se faz ainda maior dado o fato de que, a partir do ano que vem, as atenções estarão voltadas às eleições municipais e, com o universo de interesses e alianças a serem definidas estado adentro, não haverá disposição para a discussão e a condução das matérias em 2024.

Na teoria, a inexperiência de Tarcísio seria compensada pela presença do tarimbado Gilberto Kassab, que ocupa o posto de secretário de Governo. Ocorre que Kassab disputa espaço no Palácio dos Bandeirantes com outro homem de confiança do governador, Arthur Lima, secretário da Casa Civil. Ambos negam publicamente qualquer atrito (“Nossa relação é a melhor possível”, garante Lima), mas aliados comentam que há hoje uma confusão a respeito de quem manda de fato por ali e reclamam de que Tarcísio tem dificuldade em arbitrar o caso.

Segue sem solução também o enrosco relacionado à liderança do governo na Alesp, a cargo do deputado Jorge Wilson (Republicanos), alvo de muitas críticas. Mas, nesse caso, ao contrário do embate entre Kassab e Lima, há uma tentativa de solução a curto prazo. Uma das possibilidades envolve a exoneração do secretário do Turismo, Roberto de Lucena, e sua substituição pelo atual líder da bancada do Republicanos, Altair Moraes. 

A troca abriria espaço para o suplente da legenda assumir uma vaga na Alesp: Dani­lo Campetti, policial federal que atuou na prisão de Lula na Lava-­Jato e que, neste ano, foi afastado do cargo pelo Ministério da Justiça. Campetti foi assessor especial de Tarcísio entre janeiro e junho deste ano e é tido como um nome de confiança e que “entregaria resultados”. E resultado é tudo que Tarcísio vai precisar nos próximos anos para manter seu prestígio em alta junto ao eleitorado.

Da Agência Câmara

A CPMI do 8 de Janeiro ouve duas novas testemunhas na próxima semana. A primeira é Argino Bedin, que figurou na lista de investigados como possível financiador dos atos golpistas. Ele será ouvido na terça-feira (3), a partir das 9 horas.

O pedido de convocação da testemunha foi apresentado pelo deputado Carlos Veras (PT-PE). Ele cita que a testemunha é proprietário rural e sócio de, pelo menos, nove empresas e teve as contas bloqueadas por decisão do Supremo Tribunal Federal.

A segunda testemunha é o subtenente Beroaldo José de Freitas Júnior, do Batalhão de Policiamento de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal. Ele será ouvido na quinta-feira (5), a partir das 9 horas.

O pedido para ouvir a testemunha é do deputado Ramagem (PL-RJ). Ele lembra que Freitas Júnior estava em serviço e atuou em campo no dia 8 de janeiro. O militar buscou dissuadir a perturbação da ordem pública, chegando a ser promovido por ato de bravura.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), foi no sábado (30) ao show de Ivete Sangalo e do cantor britânico de rock Rod Stewart, no Allianz Parque, em São Paulo (SP). O episódio se deu enquanto o Rio Grande do Sul se encontra em estado de calamidade pública por conta do ciclone que atingiu a região.

Um vídeo obtido pela coluna Paulo Cappelli, do Metrópoles, mostra Leite e seu namorado, o médico pediatra Thalis Bolzan, durante o evento. No registro, o governador gaúcho e seu companheiro cantam a música “Arerê” da artista baiana. Ao perceber que estão sendo gravados, Bolzan demonstra incômodo ao olhar para a pessoa que faz o vídeo, que não foi identificada. As informações são do Poder360.

Chuva no Rio Grande do Sul

Na quinta-feira (28), o Congresso Nacional aprovou medida que reconhece estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul por causa das chuvas intensas que atingiram o Estado. O decreto legislativo foi publicado no DOU (Diário Oficial da União). 

Na mesma data, a primeira-dama Janja da Silva sobrevoou as áreas atingidas pelo ciclone extratropical no Rio Grande do Sul. Ela viajou ao Estado junto a uma comitiva de ministros para debater ações para a reconstrução da região.

Um dia antes, na quarta-feira (27), Eduardo Leite disse que os prognósticos meteorológicos para o Estado indicam mais chuvas para os próximos 3 meses. Ele se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pediu que o governo federal priorize ações no Estado.

De acordo com informações de balanço da Defesa Civil, o desastre causou 50 mortes até as 12h da quarta-feira (27). Além disso, as chuvas da última semana (de 21 a 28 de setembro) deixaram uma pessoa morta na cidade de Barra do Ribeiro, 624 pessoas desabrigadas, 1.635 desalojadas e 47.904 afetadas direta ou indiretamente.

O deputado Ricardo Silva (PSD-SP) antecipou na quinta-feira (28) o teor do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, que será apresentado nos próximos dias. Ele citou avanços na investigação das fraudes da agência de viagens 123milhas e na elaboração de um projeto de lei para disciplinar os programas de fidelidade das companhias aéreas.

Relator da CPI, Silva disse que a prorrogação dos trabalhos da comissão, que deveria se encerrar hoje, vai facilitar o fim da apuração de crimes envolvendo criptomoedas, milhas aéreas e outros ativos digitais que prometem falsos ganhos e lucros.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), autorizou um novo prazo de funcionamento da CPI até 11 de outubro, após pedido feito pelo presidente da comissão, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), e pelo relator.

Consumidores prejudicados

No caso específico da 123milhas, o relator apontou um volume de fraudes bem superior ao registrado no início da CPI. “Vamos para mais de 1 milhão de pessoas fraudadas pela 123milhas: são 700 mil até dezembro. E as que compraram para o ano que vem? Esquece, o sistema é fraudulento e não vai funcionar”, alertou. “A gente vai mostrar isso no relatório. A 123milhas é uma fraude desde 2019”, disse Ricardo Silva.

Segundo ele, as quebras de sigilo demonstraram que a empresa é fraudulenta desde o início de suas atividades e que não há irregularidades apenas nos planos promocionais, mas em todos os tipos de venda. “A 123milhas é um crime ambulante”, completou.

Milhas aéreas

Ricardo Silva conta com a colaboração das companhias aéreas para corrigir distorções no mercado, sobretudo em relação aos programas de fidelidade por meio de milhas ou pontos. O relator citou, por exemplo, o pequeno prazo de validade das milhas e a grande diferença entre os valores das passagens compradas com real e com milhas.

Para o deputado, esse formato atual é lucrativo apenas para as empresas e penaliza os passageiros. “Ponto (milha) expira e ainda é mais caro do que real. Pessoas têm pontos que expiram e precisam usá-los para sua viagem. Neste momento, para ter os pontos necessários, elas têm que comprar ponto a peso de ouro. Isso não está certo”, disse.

Em audiência na CPI nesta quinta-feira (28), o gerente de relações institucionais da Azul, Camilo Coelho, explicou o motivo de os pontos ou milhas perderem validade. “Os pontos são contabilmente passivos da empresa. Na hipótese de que não houvesse expiração de pontos, ficariam constando no passivo da empresa por 10, 15, 20 anos. Então, chega uma hora em que é preciso fazer o tratamento desse passivo”, explicou.

Projeto de lei

O relator Ricardo Silva também se reuniu com representantes da Gol e da Latam em busca de dados técnicos para a elaboração de um projeto de lei que corrija tais distorções e que será apresentado no relatório final da CPI.

“Quero deixar claro que as companhias aéreas não estão aqui na condição de investigadas. A gente quer construir esse projeto juntamente com as companhias aéreas, fruto de um consenso para o Brasil nessa questão de milhas”, afirmou.

A iniciativa do debate com as companhias aéreas partiu do deputado Caio Vianna (PSD-RJ). Vianna elogiou o trabalho técnico que vem sendo conduzido pela CPI das Pirâmides Financeiras, sem viés político-ideológico.

Em anúncio realizado nesta sexta-feira (29), durante um encontro com a governadora Raquel Lyra (PSDB), no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, os diretores da fábrica de chocolate Mondelez, divulgaram a expansão do empreendimento no Estado, com a geração de 500 empregos diretos e indiretos. Os diretores da companhia também anunciaram a ampliação das linhas de chocolates produzidas em Pernambuco.

Segundo informações da empresa, um novo prédio começa a ser construído já nesta semana dentro da planta da Mata Sul. Com apenas um polo em Vitória de Santo Antão, a previsão é que agora a companhia aumente em 50% a capacidade de produção, lançando cinco novas linhas de chocolates nos próximos três anos. A expansão deverá garantir a geração de 500 novos empregos diretos e indiretos. As informações são da Folha de Pernambuco.

“Serão investidos R$ 300 milhões para trazer, inicialmente, duas novas linhas na nossa produção. Dentro dos próximos anos também temos o planejamento de incluir outras três linhas. Isso vai proporcionar uma importante expansão. Em 2025 já teremos ampliado em 50% a capacidade de produção”, destacou o CEO da Mondelēz Brasil, Liel Miranda.

O projeto de investimento inclui a otimização das linhas já existentes e será 70% maior que o valor aplicado pela companhia no ano passado. Esta será a sexta ampliação da fábrica, que foi inaugurada em 2011. A companhia ainda tem fábricas em Curitiba, no Paraná.

“Recebemos a boa notícia de que a Mondelēz fará novos investimentos na fábrica localizada no nosso Estado. Essa expansão chega em um momento muito oportuno, garantindo a geração de novos empregos tanto na construção quanto permanentes, a partir do funcionamento da nova operação. São iniciativas como essa que colaboram para a retomada da nossa economia”, ressaltou Raquel Lyra.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, destacou que a Mondelēz é uma grande empregadora no Estado e uma formadora de capital humano da região onde atua. “Com esse anúncio, teremos a curto prazo mais de 500 empregos na construção das novas linhas e a partir da operação serão garantidas a geração de emprego contínuo”, disse. 

Também participaram da reunião a diretora da planta de Vitória de Santo Antão, Cibele Souza, e a responsável pelas relações governamentais da Mondelēz, Daniela Teixeira.

A cúpula do PL trata o potencial político da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro com tanta preocupação que atende a todos os pedidos da esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Inclusive, demissões. Desde que assumiu a presidência do PL Mulher, em março, Michelle já solicitou o desligamento de ao menos três funcionários que trabalhavam na direção da legenda: duas mulheres e um homem.

A coluna apurou que, publicamente, os dirigentes do PL elogiam a ex-primeira-dama, mas Michelle é considerada de difícil trato no cotidiano interno do partido. Nos relatos feitos à coluna de Juliana Dal Piva, do UOL, a presidente do PL Mulher gosta de atenção exclusiva em detrimento de outras áreas da legenda.

Michelle também prefere manter um grupo muito restrito para atendimento de suas demandas para evitar vazamentos de informação.

Procurada, a ex-primeira-dama não retornou à coluna.

Desde o início do ano, o PL vem investindo na presença do casal Bolsonaro para tentar crescer no número de filiados e fazer uma nova votação expressiva nas eleições municipais do ano que vem.

Com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, as atenções recaem ainda mais sobre Michelle. O ex-presidente, porém, já manifestou que não quer a esposa na disputa presidencial de 2026. O PL avalia prepará-la para uma vaga ao Senado ou ao governo do DF.

Michelle, porém, pode ser imprevisível e oscila com frequência a maneira como trata as pessoas que a rodeiam desde o período em que já colecionava conflitos no Palácio da Alvorada. Alguns com funcionários e outros com os enteados. No segundo turno da eleição, ela chegou a expulsar o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) do palácio.

Naquela época, pessoas próximas a Bolsonaro relataram que Michelle queixava-se de estar alijada nos espaços de poder, sem a atenção que ela acreditava merecer. Por isso, por vezes, cancelava compromissos e agendas públicas em cima da hora. Também não é incomum verificar reclamações públicas de Michelle em relação ao espaço dela em eventos em que Bolsonaro também está.

Agora, na presidência do PL Mulher, ela cobra mais espaço e estrutura a cada dia dentro do partido. O partido aluga salas para uso de Michelle e Jair no mesmo local onde funciona a sede do PL em Brasília.

Na cabeça do casal Bolsonaro, o partido só ganhou o espaço que possui no Congresso Nacional por causa da votação do ex-presidente e, por isso, a legenda precisa atendê-los em todas as solicitações.