Estudo mostra que o mal-estar provocado pelo empobrecimento nunca esteve tão presente na realidade brasileira

O mal-estar provocado pelo empobrecimento é o mais alto no Brasil em dez anos. Numa análise sobre a miséria no país, o professor emérito do Instituto de Economia da UFRJ, João Saboia, concluiu que essa condição nunca esteve tão presente na realidade brasileira.

Com outros pesquisadores do instituto, ele elaborou um índice para medir a intensidade da miséria e do retrocesso na qualidade de vida das famílias. As informações são do O Globo.

Com o agravamento da crise pela pandemia, os números mostram em 2021 a pior situação em toda a série do estudo, iniciada em 2012. As informações são do O Globo.

O índice de miséria vai de zero a 1. Quanto mais alto, pior a situação. Nos cálculos dos pesquisadores, esse índice está hoje em 0,947, subindo quase 60% em relação a 2020, quando era de 0,591. O índice vai além do impacto da inflação e do desemprego sobre as famílias de renda mais baixa.

Agrega dados sobre subemprego, renda domiciliar per capita dos 20% mais pobres do país, a desigualdade entre esse grupo e os 20% mais ricos e a inadimplência, que limita o acesso ao crédito para o consumo. O estudo traz um termômetro mais preciso dos efeitos das dificuldades na vida dos brasileiros mais pobres às vésperas das eleições.

— Houve uma disparada no segundo ano da pandemia. A situação piora muito do ponto de vista de bem-estar. Renda e desigualdade estão no pior momento, e outros indicadores só perdem para 2020, no auge da doença — diz Saboia.

O sociólogo Marcelo Medeiros, especialista em pobreza e desigualdade e professor visitante na Universidade Columbia, em Nova York, explica que a queda da renda dos dois terços mais pobres é muito visível e torna claro o aumento da desigualdade. Os mais ricos conseguem se proteger da inflação e têm reservas.

O remédio para a inflação é concentrador de renda, diz Medeiros. O Banco Central aumentou a taxa básica (Selic) de 2% ao ano, em 2020, para os atuais 13,25%. Segundo Medeiros, só 1% da população declara rendimento de capital no Imposto de Renda:

— As pessoas estão mudando coisas importantes, fundamentais, como o padrão de comida. Houve perda de emprego de qualidade, com setor informal muito grande. Você vê desigualdade em tudo, inclusive no desemprego. Os ricos têm mais condições de se recuperar se perdem o emprego.

Segundo o estudo de Saboia, a renda dos 20% mais pobres caiu de R$ 244,50 em 2020 para R$ 187,50 per capita em 2021, perda de 23,3%, bem mais severa que a média geral de 7%. Frente a 2014, o melhor momento da renda dessas famílias, a redução no poder de compra foi de 27,3%. A distância social cresce. Os ganhos dos 20% mais ricos representam 21,1 vezes os dos 20% mais pobres. Em 2020, eram 16,9 vezes.

— A maioria das pessoas está vivendo sob uma pressão imensa — observa.

Dívida para fechar contas

A inadimplência só não está pior que em 2020, auge da pandemia e do isolamento social. Pela pesquisa, 27,2% dos devedores têm pagamentos atrasados. Fábio Bentes, economista sênior da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que mede o endividamento das famílias, cita três estatísticas que estão no seu pico.

O número absoluto de devedores, 66 milhões, é o maior da série histórica da Serasa, que começou em 2016. O valor médio das dívidas chegou a R$ 4.107, também recorde. Há 3,42 dívidas por família no Brasil, média que só não é pior do que em 2020, quando eram quatro.

— Mas o tíquete médio de cada dívida aumentou e é o maior: R$ 1.212 — diz Bentes, que observa um crescimento da demanda por crédito, mesmo com juros subindo. — Certamente são as famílias tentando fechar o orçamento. Esses recursos não estão indo para o consumo, porque o comércio está crescendo de forma preguiçosa.

Com pandemia e sem o auxílio emergencial, pobreza aumenta no país

O carpinteiro Neilson Garcia compra cada vez menos, inclusive comida. Se antes fazia uma boa compra no início do mês, com biscoitos e iogurtes para as filhas de 5 e 2 anos, agora se contenta com uma cesta básica.

— Não sobra para legumes nem frutas — lamenta.

Em 20 anos de profissão, ele nunca tinha enfrentado dificuldade para encontrar uma vaga de carteira assinada. Mas, depois de ser demitido no início de 2020, tudo mudou. Até conseguiu outro emprego formal, mas a empresa faliu oito meses depois. Desde janeiro, faz pequenos trabalhos como pintor e eletricista, mas não é sempre que surge algo.

Aos fins de semana, ajuda a esposa que trabalha como cerimonialista. Conta nas estatísticas como ocupado, mas não tem segurança financeira:

— Sem nenhum bico, fico desesperado.

PEC agrava cenário

Daniel Duque, pesquisador da FGV, avalia que a crise atual que afeta os mais pobres ainda deve piorar em 2023. A proposta de emenda à Constituição (PEC) Eleitoral — aprovada no Senado e que deve ser votada na Câmara na semana que vem para aumentar benefícios sociais a três meses da eleição a um custo de R$ 41,2 bilhões — pode dar algum alívio temporário.

Mas, na opinião do economista, vai aprofundar a miséria e a desigualdade a partir de janeiro, quando perderia o efeito:

— A medida fará a inflação demorar a desacelerar, os juros subirem e o dólar se valorizar com a piora na situação fiscal. Isso vai ter um custo adicional nos próximos meses, com alimentos e combustíveis mais caros. A piora está contratada.

Simone Tebet

Em visita ao bairro da Liberdade na manhã de hoje, a senadora Simone Tebet (MS), pré-candidata à Presidência do MDB, disse que o governador Rodrigo Garcia (PSDB) “também” vai apoiar o deputado Luciano Bivar (UB) na disputa pelo Palácio do Planalto e cobrou espaço no palanque do tucano.

“Aquele que é apoiado tem que apoiar e abrir as portas”, disse a senadora. O PSDB decidiu abrir mão de ter candidato próprio e vai apoiar Tebet na corrida presidencial. Os tucanos vão, inclusive, indicar o senador Tasso Jeressati (CE) como vice. As informações são do UOL.

Com o anúncio da aliança, Bivar ameaçou romper com o PSDB e sair do palanque de Garcia em São Paulo. Ontem o União Brasil promoveu um ato político com Garcia na capital para selar o apoio do partido ao tucano no Estado.

“O governador que recebe o apoio de diversos partidos que têm pré-candidatos à Presidência, tem que abrir portas para os candidatos”, disse Tebet.

O MDB está na coligação e deve indicar o vice de Garcia em São Paulo, enquanto o União Brasil tem a prerrogativa de escolher o candidato ao Senado. Bivar antes exigia exclusividade no palanque de Garcia, mas ontem mudou o discurso e sinalizou que aceita “dividir” Garcia com Tebet.

O assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, pelo militante bolsonarista José Guaranho é o assunto número 1 em todas as redes sociais e portais de imprensa. Até este momento, só não alcança um grupo da sociedade: justamente o bolsonarismo. As informações são do colunista do O Globo, Lauro Jardim.

De Jair Bolsonaro aos três filhos, Carlos, Flávio e Eduardo, passando pelos principais porta-vozes do presidente no parlamento, estão todos mudos.

Nos grupos de WhatsApp e de Telegram de bolsonaristas o assassinato é um não-evento.

Continuam postando críticas a Lula e ao PT, mas sobre a morte de Arruda, nada é comentado. O silêncio é absoluto. É como estivessem esperando a voz do chefe para saber que direção tomar e que argumentos usar para defender o indefensável.

O general Walter Braga Netto, possível vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL), terá uma sala no comitê de campanha do presidente em Brasília. A informação é do blog do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.

Braga Netto deixou o governo em 1º de julho. O ex-ministro da Defesa e da Casa Civil estava como assessor especial do gabinete pessoal do presidente desde o dia 31 de março.

Segundo o blog, junto do senador Flávio Bolsonaro, o filho 01 do presidente, o general tem ditado as linhas gerais do programa de governo a ser apresentado pelo candidato à reeleição ao Planalto. “Braga Netto tem sido preparado para ganhar roupagem de candidato. A expectativa do Planalto é que o general faça mais aparições públicas e na mídia.”, escreve.

Braga também deve ser um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro, juntamente com o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, e o atual ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

No final de junho, Bolsonaro afirmou que pretendia anunciar o general como vice “nos próximos dias”. A chapa puro-sangue de Bolsonaro e Braga Netto deverá ser confirmada na convenção partidária do PL marcada para o dia 23 de julho.

A escolha de Bolsonaro frustrou o Centrão, que gostaria de ter nome próprio na chapa de Bolsonaro. O nome da deputada Tereza Cristina (PP-MS) era o mais cotado dentro do Congresso por ser uma candidatura mais política e que poderia melhorar a imagem do presidente com o eleitorado feminino.

O moradores da Vila da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, se mobilizaram para receber, hoje, a pré-candidata ao Governo do Estado pelo PSDB, Raquel Lyra.

Na ocasião, apresentaram os principais problemas da localidade, dentre eles, a falta de vagas de creche para todas as crianças, a ausência de saneamento, os problemas de infraestrutura que causam constantes alagamentos em decorrência das chuvas, a violência e o desemprego.

“Um lado daqui é rico, o outro é rio. Essa comunidade não tem tratamento de esgoto, a creche está no meio da lama. Essa é a realidade que quero mudar. Não é uma coisa simples, mas eu sei que é possível fazer porque já fiz em Caruaru, investindo na educação e na infraestrutura, na ampliação de vagas de creches, em qualificação profissional, em tantas outras áreas”, ressaltou Raquel. 

A pré-candidata reforçou seus compromissos de criar 60 mil vagas de creches no estado, gerar oportunidade de cursos profissionalizantes nas escolas estaduais, por meio do programa Trilhatec, e de construir cinco grandes maternidades. 

Os moradores também indicaram que a comunidade possuía um centro social, que foi desativado pelo Governo do Estado. 

“Estamos em uma área central do Recife e é triste ver que há tanto descaso deste governo com a população. É importante destacar que Raquel é alguém que sabe como fazer e transformou a realidade de Caruaru”, frisou a deputada estadual Priscila Krause. 

O vereador Jorge Quintino (SD) está cada vez mais próximo da pré-candidata a governadora Marília Arraes, também do Solidariedade, e dos outros integrantes da chapa, como o pré-candidato a senador, André de Paula (PSD).

Neste domingo, Jorge esteve com Marília e André na Feira de Confecções de Toritama, onde conversaram com comerciantes, moradores e compradores. O vereador foi convocado por Marília Arraes para ser candidato a deputado federal e anuncia a sua decisão esta semana.

“Além do contato direto com a população, no encontro conversei com Marília e André de Paula sobre diversos assuntos de interesse dos moradores da região, como educação, cultura e meio ambiente. São pautas que estão sendo conversadas”, disse Jorge Quintino.

Em caso de vitória, Marília Arraes vai precisar de apoio na Câmara dos Deputados para fazer um bom governo. Caso aceite a missão, Jorge Quintino será o candidato de Marília Arraes em Caruaru e região. O convite para que o vereador seja candidato a deputado federal foi feito durante visita de Marília Arraes a Caruaru, no dia 18 de junho.

Em 16 dias, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu ao menos 83 denúncias de notícias falsas, descontextualizadas ou manipuladas sobre o processo eleitoral brasileiro. Ou seja, desde 21 de junho até 6 de julho, pelo menos cinco notícias mentirosas em redes sociais foram comunicadas à Corte Eleitoral por dia, em média.

Os brasileiros usaram o Sistema de Alerta de Desinformação Contra as Eleições para fazer as denúncias. Entre os relatos, há episódios que envolvem a circulação de notícias falsas sobre o pleito eleitoral brasileiro, que atentam contra a imagem de segurança e integridade do processo de votação e que afetam a normalidade desse trâmite. As informações são do Metrópoles.

A ferramenta foi lançada pelo TSE em parceria com as plataformas digitais com que o tribunal mantém acordos de cooperação – Google Brasil, YouTube, Facebook, Instagram, WhatsApp, Telegram, Kwai, TikTok, LinkedIn, Twitter e Spotify – desde 21 de junho. Esse instrumento será mantido até o fim deste ano.

As denúncias são repassadas às plataformas digitais e agências de checagem parceiras da Corte Eleitoral para rápida contenção do impacto provocado pela disseminação desse tipo de conteúdo na internet.

Pessoas identificadas com posts de ódio ou mentiras podem sofrer punições, como a retirada de redes sociais. Em 2020, por exemplo, após denúncias feitas ao TSE pelo canal do WhatsApp, o aplicativo de mensagens baniu 1.042 contas que fizeram disparos em massa naquele pleito.

A depender da gravidade do caso, os relatos recebidos também podem ser encaminhados ao Ministério Público Eleitoral (MPE) e às demais autoridades para adoção das medidas legais cabíveis.

Exemplos de desinformações contra as eleições:

– Informações equivocadas sobre a participação nas Eleições 2022, com a distorção de dados relativos a horários, locais de votação e documentos exigidos;

– Utilização de contas falsas, com uso da imagem da Justiça eleitoral, para compartilhamento de informações falsas sobre o pleito;

– Ameaças aos pontos de votação ou a outros locais ou eventos importantes;

– Informações não verificadas sobre fraude eleitoral, adulteração de votos, contagem de votos ou certificação dos resultados da eleição; e

– Veiculação de discurso de ódio e incitação à violência para atacar a integridade eleitoral e os agentes públicos envolvidos no processo.

Desmentindo mentiras

No último mês, por meio do canal Fato ou Boato, o TSE desmentiu conteúdos disseminados nas redes sociais e comentados por políticos como verdades. Entre as mentiras contestadas, consta um áudio ilegítimo em que o ex-diretor do Datafolha narrava suposto plano para fraudar urnas.

O áudio falso, atribuído a Mauro Paulino, foi desmentido pela Corte.

“O suposto plano para fraudar as urnas é tão falso quanto a suposta autoria da gravação. O áudio foi extraído de um vídeo produzido por um canal de sátira no YouTube, e a voz das peças desinformativas compartilhadas na internet pertencem, na verdade, a um personagem criado por um humorista”, explicou o TSE em publicação.

Em outra ocasião, circulou nas redes sociais um print de um tuíte de uma deputada federal no qual ela afirmava que determinado candidato não ocuparia a Presidência, se “as eleições de 2018 não tivessem sido fraudadas”.

Na publicação, a parlamentar disse ainda que não aceitaria “nenhum tipo de golpe contra a democracia” do país. “A postagem é verdadeira, porém foi compartilhada de forma deturpada para sugerir que as urnas eletrônicas poderiam ser fraudadas”, ressaltou o TSE.

Políticos e autoridades comentaram, hoje, o assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), Marcelo Aloizio de Arruda, que foi baleado durante a própria festa de aniversário. Arruda foi morto pelo policial Penal Federal Jorge da Rocha Guaranho. Já ferido, Arruda reagiu e atirou contra Guaranho. As informações são do G1.

Até a última atualização desta reportagem, não havia uma informação clara sobre o estado de saúde de Guaranho. A Polícia Civil chegou a informar que ele morreu, mas, mais tarde, afirmou que não era possível confirmar a morte. O hospital para o qual Guaranho foi levado diz que “não procede o óbito”.

Veja o que disseram:

Lula, ex-presidente e pré-candidato à Presidência pelo PT: “Nosso companheiro Marcelo Arruda comemorava seu aniversário de 50 anos com sua família e amigos, em paz, em Foz do Iguaçu. Filiado ao Partido dos Trabalhadores, sua festa de aniversário tinha como tema o PT e a esperança no futuro; com a alegria de um pai que acabou de ter mais uma filha. Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou nele, que se defendeu e evitou uma tragédia ainda maior. Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda. Também peço compreensão e solidariedade com os familiares de José da Rocha Guaranho, que perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável. Pelos relatos que tenho, ele não ouviu os apelos de sua família para que seguisse com a sua vida. Precisamos de democracia, diálogo, tolerância e paz.”

Ciro Gomes, pré-candidato à Presidência pelo PDT: “É triste, muito triste, a tragédia humana e política que tirou a vida de dois pais de família em Foz do Iguaçu. O ódio político precisa ser contido para evitar que tenhamos uma tragédia de proporções gigantescas. Que Deus, na sua misericórdia, interceda em favor de nós brasileiros, pacificando nossas almas, e traga conforto às duas famílias destruídas nesta guerra absurda, sem sentido e sem propósito.”

Simone Tebet, pré-candidata à Presidência pelo MDB: “Lamento profundamente as mortes violentas em Foz do Iguaçu. Me solidarizo com as famílias de ambos. Mas o fato é que esse tipo de situação escancara de forma cruel e dramática o quão inaceitável é o acirramento da polarização política que avança sobre o Brasil. Esse tipo de conflito nos ameaça enormemente como sociedade. É contra isso que luto e continuarei lutando. Tenho certeza que nós, brasileiros, temos todas as condições de encontrar um caminho de paz, harmonia, respeito, amor e dignidade humana suficientemente sólido para reconstruir o Brasil. Que o caso de Foz do Iguaçu faça soar o alerta definitivo. Não podemos admitir demonstrações de intolerância, ódio e violência política.”

Luciano Bivar, pré-candidato à Presidência pelo União Brasil: “Inadmissível onde chegamos. Esta doença ‘política’ contaminou nossa gente, até aqueles que amamos lá na casa da esquina.”

Luiz Felipe d’Avila, pré-candidato à Presidência pelo Novo: “Estamos caminhando a passos largos para a campanha política mais violenta que já vivemos. O assassinato do tesoureiro do PT, Marcelo de Arruda, em Foz do Iguaçu, era mais uma tragédia evitável. O vergonhoso silêncio de Bolsonaro só piora a situação.”

André Janones, pré-candidato à Presidência pelo Avante: “O debate ideológico sem qualquer base racional leva a tragédia que vamos lamentar profundamente. Ninguém vai conseguir explicar essa paixão que leva um ser humano odiar o outro por convicções políticas diferentes. Hoje nós vamos lamentar, desejar condolências às famílias. Mas e amanhã? Amanhã nós vamos esquecer como esquecemos o Genivaldo assassinado brutalmente em uma viatura? Aplaudir e agradecer agressores durante discursos em cima de palanques, como feito ontem? Nós vamos no chocar só com o agora? Não vamos mudar essa mentalidade? Nós vamos esperar que a tragédia, a barbárie chegue dentro das nossas casas pra combatê-la? Essa idiotização (que muitos chamam de polarização) não pode prevalecer. O Brasil precisa cuidar dos seus problemas reais, não criar novos.”

Vera Lúcia, pré-candidata à Presidência pelo PSTU: “É inadmissível o assassinato de Marcelo Arruda, militante do PT, cometido por um bolsonarista por motivações políticas! Contra a violência da ultra direita e as ameaças golpistas de Bolsonaro, é preciso mobilizar e organizar a autodefesa dos trabalhadores! #ForaBolsonaro”

Léo Péricles, pré-candidato à Presidência pelo Unidade Popular: “Nossa solidariedade à família de Marcelo Arruda, dirigente do PT em Foz do Iguaçu, assassinado ontem por um bolsonarista durante sua festa de aniversário. É urgente impedir o avanço do fascismo! Bolsonaro e sua corja vão pagar pelo que estão fazendo do Brasil. Ocupemos as ruas!”

Sofia Manzano, pré-candidata à Presidência pelo PCB: “Bolsonarista assassinou Marcelo Arruda, dirigente do PT em Foz do Iguaçu. Episódios como esses podem se tornar frequentes se não houver rápida contenção da violência política incentivada por Bolsonaro e sua quadrilha. Minha solidariedade à família e companheiros.

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado: “O assassinato de um cidadão, durante a comemoração de seu aniversário com a temática do candidato Lula, é a materialização da intolerância política que permeia o Brasil atual e nos mostra, da pior forma possível, como é viver na barbárie. Devemos todos, especialmente os líderes políticos, lutar para combater este ódio, que vai contra os princípios básicos da vida em família, em sociedade e em uma democracia. A convivência com o contraditório deve ser mais do que respeitada. Deve ser preservada e estimulada, pois é dessa forma que podemos, por meio de diálogo e busca de consensos, evoluir para um país melhor. Duas vidas perdidas na tragédia. Meus sentimentos sinceros aos familiares.”

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal: “A intolerância, a violência e o ódio são inimigos da Democracia e do desenvolvimento do Brasil. O respeito à livre escolha de cada um dos mais de 150 milhões de eleitores é sagrado e deve ser defendido por todas as autoridades no âmbito dos 3 Poderes.”

Gleisi Hoffmann (PT-PR), deputada e presidente nacional do PT: “Basta de violência! Basta de destruição! É tempo de reconstrução e transformação do Brasil e das relações entre brasileiros e brasileiras! Vamos chorar e enterrar mais um companheiro que tombou vítima da violência política, basta! Cobramos das autoridades de segurança pública medidas efetivas de prevenção e combate à violência política, e alertamos ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal para que coíbam firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade. Iniciativas nesse sentido foram devidamente apontadas pelo PT em várias oportunidades, junto ao Congresso Nacional, o Ministério Público e o Poder Judiciário.”

Baleia Rossi (MDB-SP), deputado e presidente nacional do MDB: “Inaceitável e triste o que ocorreu em Foz do Iguaçu (PR). Todas lideranças políticas precisam dar exemplo e condenar qualquer tipo de violência. Democracia é também respeito ao adversário.”

Carlos Lupi, presidente nacional do PDT: “Duas mortes trágicas incentivadas por Bolsonaro, aprendiz de ditador. Bolsonarista atirou e matou petista, que reagiu e o matou também. Chega de tanta falta de respeito à vida. Até quando este criminoso, que está na presidência, incentivará agressões e mortes? Não vai acabar bem.”

Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL: “Infelizmente, aconteceu. O bolsonarismo fez sua primeira vítima na campanha eleitoral deste ano. O guarda municipal Marcelo Arruda foi assassinado essa noite durante sua festa de aniversário após levar três tiros disparados pelo bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho. Esse é o resultado da campanha de ódio disseminada pelo presidente do Brasil. Isso precisa parar! Toda a solidariedade do PSOL à família de Marcelo, seus amigos e companheiros de militância. Exigimos punição exemplar ao assassino. Chega de violência política!

Rodrigo Garcia (PSDB), governador de São Paulo: “Lamentável o que aconteceu em Foz do Iguaçu. Reforço o que tenho dito: tô aqui pra defender e evitar q essa guerra sem sentidos se instale aqui em SP. Nós só queremos paz pra trabalhar e seguir em frente. Meus sentimentos aos familiares e amigos.”

Humberto Costa (PT-PE), senador: “É estarrecedor o nível de ódio e violência política que estamos atravessando. O Guarda Municipal e militante do PT, Marcelo Arruda, festejava o seu aniversário, quando teve a sua comemoração invadida por um bolsonarista e acabou morto a tiros. A festa tinha Lula como tema. A tragédia é fruto da intolerâcia proliferada por Bolsonaro e sua turma, que, já em 2018, dizia que iria “fuzilar a petralhada”. Marcelo perdeu a vida enquanto a celebrava. Não é o primeiro episódio de violência, mas precisa ser o último. Não podemos permitir que o ódio vença.”

Randolfe Rodrigues (Rede-AP), senador: “Não existe dois lados quando um deles é a BARBÁRIE! Um bolsonarista assassinou um pai de família, líder do PT, em Foz do Iguaçu durante sua festa de aniversário. Nossa solidariedade aos familiares de Marcelo Arruda. Isso é inconcebível! Intolerável em qualquer sociedade!”

Sâmia Bomfim (PSOL-SP), deputada: “Um bolsonarista invadiu a festa de aniversário de Marcelo Arruda, militante do PT em Foz do Iguaçu. Atirou e assassinou Marcelo. A violência política incentivada por Bolsonaro deixa um rastro de sangue pelo Brasil. Intolerável! Minha solidariedade à família, amigos e companheiros.”

Jandira Feghali (PCdoB-RJ), deputada: “O ódio dessa gente, o fascismo, não suporta quem pensa diferente. É preciso arrancar esse pensamento do comando do país. Que horror! É preciso punir este assassino e todos os responsáveis pelos outros atentados. Solidariedade à família do Marcelo.”

Renan Calheiros (MDB-AL), senador: “O assassinato de um líder sindical e dirigente partidário por um bolsonarista, mais que covardia, é tempestade gerada na usina de ódio e intolerância que Bolsonaro instila todo dia no coração dos brasileiros. Esse facínora precisa ser derrotado no primeiro turno.”

Sergio Moro (União), ex-ministro da Justiça: “Precisamos repudiar toda e qualquer violência com motivação política ou eleitoral. O Brasil não precisa disso.”

Alessandro Vieira (PSDB-SE), senador: “A tragédia em Foz do Iguaçu é infelizmente uma consequência previsível do clima de violência política armada que é estimulado diariamente por Bolsonaro e seus parceiros, com a tolerância do Congresso e dos órgãos de controle. Eleição não é guerra, somos todos brasileiros!”

Alexandre Silveira (PSD-MG), senador: “Alguém por intolerância e violência política tirou a vida de Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, filhos e amigos da vítima. Precisamos de paz, diálogo e respeito. O Brasil não pode permitir que os extremos acabem com a vida de alguém.”

Direção Nacional do PSB: “A direção nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) manifesta seu profundo pesar pelo assassinato de Marcelo Arruda, guarda municipal e militante do Partido dos Trabalhadores (PT), na noite desde sábado (9), em Foz do Iguaçu (PR). Marcelo comemorava seu aniversário de 50 anos em festa decorada com fotos de Lula e símbolos do partido, quando o agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho invadiu o evento e atirou contra ele. Marcelo Arruda era diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi), tesoureiro do PT municipal e foi candidato a vice-prefeito. Era casado e tinha quatro filhos. Neste momento de dor e tristeza, o PSB expressa condolências aos familiares, colegas e amigos de Marcelo, se solidariza com o PT e seus partidários, e reitera seu compromisso com a defesa da democracia, da construção da paz social, contra toda e qualquer manifestação de ódio e intolerância.”

Direção Nacional do União Brasil: “O União Brasil repudia o episódio trágico ocorrido em Foz do Iguaçu (PR) na madrugada deste domingo, em que duas pessoas perderam a vida. É inconcebível que um cidadão tenha sua livre manifestação política cerceada. Precisamos dar um basta nesse clima de guerra que instaurou-se na política brasileira. É fundamental nos rebelarmos contra essa ‘doença’ que aflige nossa sociedade e fragmenta as relações até mesmo daqueles que se amam.”

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está sendo criticado por bolsonaristas nas redes sociais após agradecer ao ex-vereador Manoel Eduardo Marinho, conhecido como Maninho do PT, em seu discurso em ato com apoiadores em Diadema, São Paulo, ontem.

Maninho é réu junto com o filho sob a acusação de tentativa de homicídio qualificado contra o empresário Carlos Alberto Bettoni, empurrado na rua em 2018. As informações são da Folha de S.Paulo.

“Esse companheiro Maninho, por me defender, ele ficou preso sete meses […], porque resolveu não permitir que um cara ficasse me xingando na porta do instituto [Lula]”, disse. Segundo ele, o correligionário estava no local do evento.

“Então, Maninho, eu quero em teu nome agradecer a toda solidariedade do povo de Diadema. Porque foi o Maninho e o filho dele que tiveram nessa batalha. Obrigado, Maninho. Essa dívida que eu tenho com você, jamais a gente pode pagar em dinheiro, a gente vai pagar em solidariedade, em companheirismo”, continuou Lula.

Bolsonaristas criticaram a defesa feita por Lula e lembraram nas redes que a agressão provocou traumatismo craniano na vítima.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), compartilhou vídeo da fala de Lula em seu perfil no Twitter. “Maninho do PT, é aquele que, juntamente com o filho, quase matou um empresário que bateu a cabeça num caminhão”, escreveu.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) disse que Lula “elogia a barbárie, incentiva o crime”. “Essa imagem não pode sair da sua lembrança. É esse tipo de fotografia que Lula quer para seu país”, afirmou nas redes.

Outro a se manifestar foi Filipe Martins, assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, que chamou Lula de “psicopata”.

O influenciador conservador Leandro Ruschel também criticou a fala de Lula afirmando que ela é “o apito para sua militância ser violenta”. “Esse é o ‘democrata’ da militância de redação”, escreveu nas redes.

O caso a que o ex-presidente se referiu aconteceu diante da sede do Instituto Lula, na capital paulista, no dia em que o então juiz Sergio Moro decretou a prisão do ex-presidente após a condenação em segunda instância no caso do tríplex de Guarujá.

Bettoni insultou o na época senador petista Lindbergh Farias e foi empurrado, bateu a cabeça no para-choque de um caminhão e caiu no meio da rua, sofrendo traumatismo craniano.

A falta de apoio e de posicionamento do governador Paulo Câmara (PSB) com relação aos grandes empreendimentos estruturadores do estado, a exemplo do Porto de Suape, foram apontados pelo pré-candidato ao Governo de Pernambuco pelo Partido Liberal, Anderson Ferreira, como fatores preocupantes para a mobilização em torno da reativação da economia.

“Suape sempre foi e vai continuar a ser um dos guias do desenvolvimento do estado”, disse o liberal durante ato realizado no município de Sertânia, na noite de ontem, ao criticar a inoperância da gestão do PSB.

A Petrobras e o Governo Federal anunciaram, no último mês de janeiro, a duplicação da Refinaria Abreu e Lima, com investimentos de mais de R$ 5 bilhões e a geração de 10 mil empregos. À época, o então prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, foi o único líder político pernambucano a se reunir com a presidência da companhia para apoiar e articular ações estratégicas para o empreendimento junto aos demais municípios que compõem o Território Estratégico de Suape.

“Estamos vendo aumentar as notícias de interessados no leilão das áreas do Estaleiro Atlântico Sul, em recuperação judicial, e enquanto isso seguimos assistindo o governador Paulo Câmara e o pré-candidato Danilo Cabral inoperantes, omissos e alheios ao futuro do Porto de Suape”, disse o ex-prefeito do Jaboatão dos Guararapes

Anderson Ferreira defendeu, por fim, a convocação de um grande pacto estadual para discutir o futuro do porto. “O complexo portuário e industrial do Porto de Suape é um patrimônio dos pernambucanos há mais de quatro décadas, líder nacional na logística de combustíveis baseados na refinaria e líder regional na movimentação de contêineres. Precisamos dar a esse patrimônio a devida importância”, pontuou.