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Por enquanto, só um festival de discursos

Ao invés de dar boas novas aos prefeitos, no que tange a liberação de recursos, o primeiro encontro da governadora Raquel Lyra (PSDB) com a categoria virou palanque eleitoral: impacientes, os prefeitos estão sendo obrigados a ouvir discursos de políticos. Já falaram a vice-governadora Priscila Krause (Cidadania), o presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), e os deputados federais Mendonça Filho (UB) e Clodoaldo Magalhães (PV). Agora, quem discursa é o presidente da Amupe e prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia (Podemos).

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Na sua curta fala, há pouco, no encontro da governadora Raquel Lyra (PSDB) com os novos prefeitos, o presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), foi duro e curto: parabenizou a iniciativa, mas disse que o que os prefeitos aguardam, na verdade, é se haverá anúncio de liberação de novos recursos para os municípios.

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O estilo Raquel: depois de dois anos de gestão, com um secretariado que precisa usar GPS para andar no Recife e no Estado, acaba de apresentar toda sua equipe no primeiro momento do encontro com os prefeitos do Estado.

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A governadora Raquel Lyra (PSDB) realiza, neste momento, o primeiro encontro com prefeitos eleitos e reeleitos neste ano. Mesmo afirmando que não se importa com o apoio dos gestores municipais e que governa para todo o Estado, o documento elaborado pela Secretaria da Assessoria Especial à Governadora para o evento mostra outra realidade.

Obtido e divulgado pelo jornalista Matheus Santos, da Folha de São Paulo, o documento com o roteiro da reunião traz uma lista com os prefeitos separados entre aliados políticos, adversários e neutros. Um erro grave da assessoria da governadora, que com certeza vai render uma saia-justa durante a reunião. Confira abaixo a lista elaborada pelo Governo.

A governadora Raquel Lyra (PSDB), que acabou de chegar ao local do encontro com os prefeitos eleitos, deu uma rápida entrevista. Disse que não vai anunciar nenhum FEM, como fez Eduardo Campos no seu primeiro mandato, para adoçar a boca dos prefeitos, que aguardam o anúncio de liberação de novos recursos. Mas disse que fará alguns anúncios de parcerias com os municípios.

O prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB), está presente na reunião que a governadora Raquel Lyra (PSDB) comanda, hoje, com os gestores eleitos e reeleitos no Estado. Questionado pelo blog Dantas Barreto sobre o que espera do Governo do Estado, João foi enfático na resposta: “O Recife espera respeito. O Recife não precisa de muita coisa, só precisa ser respeitado”.

Com um orçamento previsto para 2025 na casa dos R$ 8 bilhões, João Campos defendeu que o Estado priorize os municípios de menor porte e de baixa arrecadação. “A gente sabe que, no cenário de 184 municípios, temos em Pernambuco alguns com poder de arrecadação muito maior e com estrutura organizacional maior, como o Recife. Então, acho que essa parte mais conjuntural de apoio, recursos para obras, coisas do tipo são prioridade para municípios de menor porte e arrecadação”, ressaltou.

O prefeito da Capital elogiou a iniciativa de Raquel Lyra de convocar a reunião. “Esse diálogo institucional tem que ser feito. Um pouco do que a gente viu, na semana passada. O Governo Federal veio aqui com a sua estrutura que coordena o PAC, fazendo essa rodada de escuta institucional. A gente espera que o discurso possa ser colocado em prática, com parceria institucional, com respeito entre as gestões, com capacidade de diálogo com quem faz parte ou não da base do Governo. Acho que a gente precisa construir um tempo de respeito institucional, de parceria entre as cidades e o Estado, entre o Governo Federal. É algo rotineiro Brasil afora”, assinalou.

Os grandes bancos estão unidos na defesa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na condução das medidas de reforço do arcabouço fiscal. Na avaliação dos comandantes dos maiores bancos do Brasil, não interessa um Haddad enfraquecido, porque ele é o melhor nome dentro do PT para o cargo e consegue, a duras penas, tirar o “possível” dentro do governo para ajustar as contas públicas. As informações são do blog do Valdo Cruz.

Os banqueiros ressaltaram a fala humilde do ministro da Fazenda no almoço da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) na semana passada, quando reconheceu que se o pacote não for suficiente, novos cortes serão feitos para atingir as metas fiscais. No mercado, a avaliação é que as medidas anunciadas não vão gerar a economia de R$ 71 bilhões nos próximos dois anos, mas na casa de R$ 40 bilhões a R$ 50 bilhões.

Está faltando um corte a mais de R$ 20 bilhões, diz, por exemplo, Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do Banco Central (BC) e dono de uma empresa de investimentos no mercado. A avaliação de analistas de contas públicas é que o governo poderá fazer esse complemento por meio de um bloqueio e contingenciamento de despesas.

O dólar terminou a semana passada acima de R$ 6 e a equipe econômica espera um mercado menos estressado, mas com um dólar ainda alto, nos próximos dias, talvez abaixo de R$ 6. A avaliação é que o dólar só deve recuar mais quando as medidas fiscais começarem a ser aprovadas no Congresso.

Outra expectativa é a atuação do BC. Não fazendo intervenção no dólar, mas elevando a taxa de juros, subindo a intensidade de 0,50 ponto percentual para 0,75 ponto percentual. A próxima reunião do Copom acontece nos dias 10 e 11 de dezembro.

Roberto Campos Neto, que estava em Miami por causa de assuntos pessoais, volta a Brasília para a sua última reunião do Copom, com o seu sucessor, Gabriel Galípolo, alertando para a possibilidade de a taxa de juros ficar alta por um tempo mais prolongado.

Mercado chegou a colocar juros em 14%. Banco Central segue avaliando que não há motivos para intervenção no câmbio, exatamente para não gerar mais turbulências na taxa de juros futura no mercado.

Ao chegar, há pouco, ao local do encontro da governadora Raquel Lyra (PSDB) com os prefeitos eleitos, João Campos (PSB), do Recife, disse que atendeu ao convite por ser um ato institucional. “Estamos em lados opostos, mas o que nos traz aqui são os interesses do Recife”, disse, ao insistir em demarcar o seu terreno político do da governadora, a quem deve enfrentar nas eleições de 2026.

Por Maurício Rands*

Toda responsabilidade é inicialmente individual. Mas, como mostra Freud em seu “Psicologia das massas e análise do eu”, os indivíduos podem ter mudanças comportamentais quando participam de uma coletividade. Por isso, o golpismo atávico das nossas Forças Armadas não se limita aos 37 indiciados nas 884 páginas do inquérito da Polícia Federal. Esses são apenas os principais articuladores, planejadores e executores de atos golpistas proibidos pelo art. 359, “l” e “m”, do Código Penal. Muitos outros oficiais, suboficiais, praças e familiares sonhavam com uma intervenção militar para cancelar a vontade do povo manifestada nas urnas em 2022.

O inquérito revelou os nexos entre fatos que antes eram fotografias de alguns momentos. Agora temos o filme completo. Um filme que diz muito de uma cultura golpista que começou com a quartelada de militares positivistas que proclamaram a república em 1889. Julgavam-se no direito de tutelar a nação. Tão autoritários quanto dom Pedro I e seu poder moderador da Constituição de 1824. Pretensões de tutela a cada passo da história de uma república manietada e sempre sujeita a intervenções golpistas. Bem ou malsucedidas.

Assim foi com o tenentismo, o Estado Novo, o golpe em Vargas, as tentativas de impedir a posse de Juscelino, a deposição de Goulart em 64 e o governo Bolsonaro. A novidade da pregação golpista recente foi a utilização da comunicação digital para disseminar teses falsas sobre a lisura das urnas eletrônicas e sobre a “parcialidade” das instituições públicas e do jornalismo profissional. Assim dando tração ao golpismo alimentado pelo chefe desde a sua posse.

Está em curso uma estratégia de distinguir a instituição dos indivíduos que a integram. Como se a instituição não reproduzisse uma certa cultura. O problema é que essa cultura golpista transcende os 37 indiciados. Uma parte expressiva dos integrantes das nossas FFAA queriam o golpe. Muitos foram aos acampamentos em frente dos quartéis país afora, inclusive ao QG do Exército em BSB. A direita brasileira, sempre forte no meio militar, não tem um histórico de respeito à democracia. Nunca teve pruridos em participar ou aderir a movimentos golpistas. E a apoiar ditaduras que prenderam, torturaram e exilaram seus opositores. Depois da Constituição de 1988, que fincou as bases para um Estado Democrático de Direito, esperava-se que esse viés golpista fosse superado. Não foi o que se viu em 2018 e, depois, em 2022.

Algumas mudanças fazem-se urgentes. Uma reforma do art. 142 da CF/88, em passo duplo. Primeiro, para limitar as atribuições dos militares à defesa da soberania nacional. Uma redação que não permitisse interpretações golpistas poderia ser a seguinte: “As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria e sua soberania”. Ponto. Sem as contemporizações da parte final da atual redação. O segundo passo seria proibir que os militares ocupem cargos políticos ou administrativos nos órgãos e poderes civis. Sejam cargos permanentes, temporários de confiança, ou eletivos. Para, assim, afastá-los da políticização. Já vencidos dois anos do atual governo, ainda são 2.760 os militares ocupantes de cargos na administração pública civil (chegaram a 6.175 no governo do ex-capitão). Para isso, estão autorizados pelo art. 142, § 3º, II e III, da CF. Embora, os militares da ativa não possam se filiar a partidos políticos (CF, art, 142, §3º, V), eles podem se candidatar por força do art. 14, § 8º. Bastaria que o Congresso aprovasse uma emenda que: (i)  determinasse a perda do posto ao militar que tomasse posse em cargo ou emprego público civil permanente ou temporário, permitida apenas a contagem do tempo de serviço militar para a aposentação pelo regime de previdência civil, reformando-se os incisos  II e III do art. 142, § 3º; e, (ii) proibisse a candidatura de militar a cargo eletivo, revogando-se o art. 14, § 8º, CF.

Além dessa reforma da CF/88, uma outra medida profilática seria a revisão do conteúdo do que é ensinado nas academias militares. A formação dos seus membros não pode continuar como está. Ao lado do aprofundamento das capacidades técnicas, de gestão e de comunicação, já passou a hora de fomentar a crítica aos muitos desvios golpistas da história das FFAA. As novas gerações de militares precisam ser formadas com uma visão democrática e crítica aos desvios do passado. A elas precisam ser apresentados os valores democráticos, o respeito às instituições republicanas e os objetivos fundamentais da república do art. 3º da CF: I – construir uma sociedade livre, justa e solidária; II – garantir o desenvolvimento nacional; III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; e, IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

*Advogado formado pela FDR da UFPE, professor de Direito Constitucional da Unicap, PhD pela Universidade Oxford

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou que atenderá a solicitação feita pelo deputado federal Eduardo da Fonte (PP) para a disponibilização de pranchas de comunicação alternativa durante as eleições de 2026. Essa medida visa garantir mais acessibilidade para pessoas com deficiência, assegurando a inclusão de cidadãos com dificuldades de fala ou compreensão no processo eleitoral.

De acordo com o parlamentar, a iniciativa é um marco na democratização do voto. “É nosso dever tornar o exercício da cidadania acessível a todos os brasileiros. Essa decisão do TSE reforça o compromisso com a igualdade e a inclusão social,” destacou Eduardo da Fonte. As pranchas de comunicação alternativa funcionam como ferramentas visuais que permitem a expressão de escolhas por meio de símbolos e figuras, facilitando o acesso ao direito ao voto para milhares de pessoas em todo o país.

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Kassab é dono de uma franquia da Casa da Misericórdia da Moeda, chamada de Partido Social Democrático – PSD. Ele também é dono de uma secretaria no Governo de São Paulo. Kassab leu a mão de Tarcísio e disse que segundo a linha do futuro ele deve disputar a reeleição de governador, para que os vermelhões conquistem o tetra-campeonato, segundo a profecia do comissário Dirceu de eternidade no poder.

– Se não der o bilhete azul a Kassab, Tarcísio será engolido por ele.

O Lunário-3 quer emplacar o Lunário Perpétuo para se eternizar no poder, sob o argumento de que não tem ninguém para substitui-lo no combate ao “fascismo”, fascismo na cabeça dele. 

(“Lunário Perpétuo” (fases da lua) é um almanaque do século 16 publicado em Valência (Espanha) mil vezes editado e utilizado nas estripulias armoriais de Ariano e Tonheta).

O Partido da cor da rubéola representa hoje a velha política do populismo de esquerda.  Eles insultam o agro amigo do governador Ronaldo Caiado, de Goiás, e a Fiesp amiga de Tarcísio, assim feito pastora do Cordão Encarnado insulta Elon Musk e roga praga para o foguete da Stalink dar chabu.   

União é o partido do governador Ronaldo Caiado, de Goiás. O partido não faz jus ao nome. Eles estão se digladiando. Um grupo propõe a candidatura presidencial do governador Caiado e está sendo bombardeado pelos defensores da aliança com o PT. Mas, o touro é valente, Caiado é valente e enfrenta a tribo dos peles vermelhas. Ao vencedor, as batatas presidenciais, como diria meu colega Machado de Assis. 

Tarcísio e Caiado, a Fiesp e o agro, são duas potências. Falta inserir o Norte e o Nordeste nesta equação.   

O ditador psicopata de Venezuela, Nicolas Maduro, com licença da palavra, sumiu. Não dá nem um telefonema para agradecer ao véio do Cordão Encarnado pelos empréstimos graciosos para construção do metrô da Venezuela e da Usina Siderúrgica Nacional. O calote é de 682 milhões de dólares. Cuba, Venezuela e Moçambique devem mais de 5 bilhões ao BNDES.

Vem agora o poste Radar com o papo furado de cortar gastos do orçamento, sem nunca ter cobrado os calotes das ditaduras amigas. O partido das trevas defende essa gente.    

O guru da seita vermelha afirmou que a Venezuela é um problema dos venezuelanos. Tá recriminado, com diz a garotada. A Venezuela é uma tragédia civilizatória que afeta toda a humanidade consciente. Assim também a tragédia humanitária na Ucrânia, na Faixa de Gaza, Líbano e no Haiti.

A nenhum Sapiens emanado das cavernas é dado o direito de ignorar o sofrimento de mais de 6 milhões de venezuelanos expulsos de sua pátria pela ditadura assassina de Maduro e que vivem a perambular nos países de fronteira como fantoches humanos. No comparativo, 6 milhões de judeus foram exterminados pelos nazistas na guerra de 1945. Maduro é um novo Hitler.

*Periodista, escritor e quase poeta

A prefeita eleita de Sertânia, Pollyanna Abreu (PSDB), usou as suas redes sociais para comunicar que cansou de esperar pela boa vontade do prefeito Ângelo Ferreira (PSB) e resolveu judicializar o processo de transição administrativa. Há uma lei estadual que obriga o gestor que está se afastando a passar todas as informações sobre a saúde financeira da Prefeitura. Mas em Sertânia, segundo ela, Ângelo ignora tudo isso e, até o momento, nada repassou.

Prefeitos eleitos e reeleitos aguardam com grande expectativa o encontro que a governadora Raquel Lyra (PSDB) fará, daqui a pouco, no Recife, com todos os novos gestores. Acham que a tucana deve anunciar algo que venha a impactar os municípios, como um programa semelhante ao FEM, criado pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB). Eles saíram frustrados, de mãos abanando, do primeiro encontro que tiveram com a governadora em Gravatá, há 15 dias.

Para trair, basta coçar!

Hoje, os 49 deputados que compõem a Assembleia Legislativa voltam às urnas para eleger a Mesa Diretora para o biênio 2025-26. A eleição se dá por determinação da justiça eleitoral. O Tribunal Superior Eleitoral julgou irregular a antecipação do pleito anterior. Na verdade, a nova eleição só tem disputa para o cargo de primeiro-secretário.

O presidente Álvaro Porto (PSDB) não terá adversário porque virou uma unanimidade na Casa, contrariando Nelson Rodrigues, que dizia que “Toda unanimidade é burra”. O atual primeiro-secretário Gustavo Gouveia (SD) não soube – ou não conseguiu contrariar Nelson Rodrigues – e terá que enfrentar Francismar Pontes, da bancada do PSB, que se fortaleceu na reta final.

Pontes fez uma dobradinha com o PP, partido que tem a segunda maior bancada no colegiado. Líder do PSB, o deputado Sileno Guedes não avalizou a candidatura do seu colega de partido e tem dito que a bancada vai votar fechada em Gustavo. Mas, pelo que se ouve nos bastidores, numa eleição na qual o voto é secreto, não é assim que a banda toca.

O saudoso Leonel Brizola dizia que a política ama a traição. O voto secreto é a janela da traição. E a traição é a espada que vem por trás e atinge o coração física e moralmente. Afinal, por que existe o voto secreto? O honroso Ulysses Guimarães citava “que o voto secreto dá vontade de trair”. Tancredo Neves também dizia que o voto secreto dá uma vontade danada de trair.

Não sei se Sileno assistiu ao filme “Trair e Coçar é só Começar”, uma comédia com Adriana Esteves, que também virou peça com o sensacional Marcos Caruso. Não fala de política, claro, mas das relações humanas, que não são diferentes quando se reportam ao mundo grotesco da política. Certa vez, num famoso restaurante em Brasília, ouvi um deputado afirmar, logo após uma votação secreta: “A traíra estava uma delícia”. As traições ocorrem diariamente, a cada minuto. Viraram parte, e parte desagradável da cena política, que jornalistas e outros observadores cansaram-se de denunciar.

Sileno que abra o olho!

DUELO DE GRUPOS – Conforme registrou a antenada repórter Larissa Rodrigues, na coluna do Sabadão passado, a eleição para primeiro-secretário na Alepe também virou uma queda de braço entre o deputado Eduardo da Fonte, presidente estadual do PP, e o grupo Gouveia, em ascensão no Estado, liderado pelo presidente da Amupe, Marcelo Gouveia, irmão de Gustavo, candidato à reeleição. Marcelo já se coloca como pré-candidato a deputado federal nas eleições de 2026.

Quem blefa? – A composição da Assembleia Legislativa é de 49 parlamentares, mas em eleição de Mesa passa disso, incrivelmente. Candidato à reeleição para a Primeira-Secretaria, Gustavo Gouveia diz que tem entre 32 e 35 votos entre os 49. Francismar Pontes, por sua vez, fala em mais de 30 votos. Somando-se, chega a mais de 60. Tem alguém blefando! Mas as urnas falam, têm voz. Com a apuração, mais tarde, saberemos quem é o Pinóquio.

Quem mata a charada? – Uma curiosidade que está intrigando os deputados: se Antônio Coelho reassumiu seu mandato na Alepe, afastando-se da Secretaria de Turismo de João Campos, afirmando ser um gesto para eleger Francismar Pontes, foi por orientação do prefeito recifense? Se foi, como fica Sileno, que tem dito que o partido está fechado com Gustavo. É bom lembrar, também, que Gustavo é aliado da governadora Raquel Lyra, a quem o PSB faz oposição na Casa. Muito estranho tudo isso!

Lula joga isca aos evangélicos – A reaproximação do governo Lula com a ala da bancada evangélica terá impactos na reforma ministerial prevista para ocorrer no ano que vem. Deputados desse grupo têm demonstrado interesse em ministérios e secretarias que lidam diretamente com políticas públicas voltadas à população de baixa renda. O flerte tem sido correspondido pelo presidente e por ministros palacianos, que intensificaram a agenda com esses congressistas nos últimos meses.

O capital político de Ana Célia – A prefeita de Surubim, Ana Célia (PSB), não emplacou a sucessora, mas encerra seus dois mandatos com um capital político extraordinário. Segundo pesquisa do instituto Opinião, mais de 70% dos surubinenses aprovam a sua passagem pelo governo municipal. Muito raro alguém fechar um ciclo de oito anos tão em sintonia com a população num instante tão difícil que o País passa, sobretudo os municípios. Nos próximos dias, o Opinião fará levantamentos em vários municípios cujos gestores estão se despedindo.

CURTAS

INFECÇÃO – Irmão do prefeito de Sertânia, Ângelo Ferreira (PSB), o médico Carlos Alberto Ferreira dos Santos, 68 anos, conhecido como China, perdeu a vida no último fim de semana em consequência de uma infecção hospitalar. Ele se internou no hospital da Unimed para uma cirurgia na coluna.

QUERIDO– China era muito querido em Sertânia. Sua morte consternou a cidade, na qual tem uma extensa folha de serviços prestados na saúde. Seu corpo foi cremado, ontem, no Recife, na presença apenas de familiares.

CANDIDATO – Prevista para abril, a eleição de renovação da diretoria da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) não será céu de brigadeiro para o presidente Marcelo Gouveia (SD), que disputa a reeleição. Um novo nome foi lançado, ontem: o prefeito de Jupi, Marcos Patriota, do União Brasil. Ele goza de bom trânsito com uma penca de prefeitos.

Perguntar não ofende: Gustavo ou Francismar, quem se elege hoje primeiro-secretário da Alepe?

Estou muito feliz, rindo à toa. Meu Fogão campeão da Copa Libertadores. Demorou, mas chegou a hora. Estamos em festa pelo título, conquistado em cima do Atlético, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, na Argentina. 

O  Glorioso volta a conquistar um título de expressão após 29 anos. A última conquista havia sido em 1995. Entre o título do Campeonato Brasileiro, em 1995, e da Libertadores, o Glorioso amargou os vices da Copa do Brasil, em 1999, e do Torneio Rio-São Paulo, em 2001.

O Alvinegro levantou a taça de campeão carioca cinco vezes neste período, em 1997, 2006, 2010, 2013 e 2018, além de ter sido campeão duas vezes da Série B do Campeonato Brasileiro. Ser botafoguense é ter uma estrela como guia, no sangue a essência do preto e branco da camisa!

Dormi feito um anjo de ontem para hoje. O Botafogo é minha eterna paixão, a sua Estrela Solitária como num facho de luz brilha dentro do meu coração. Será para sempre meu Alvinegro Campeão.

No Rio, a formação da identidade passa, também, pela eleição de um time de futebol. O poeta, fiel à sua infância, escolhe o ‘Botafogo Futebol Clube’. Não frequenta os estádios. Não lê o noticiário. Não ouve as transmissões pelo rádio. Mas, se perguntarem seu time, afirma: ‘Botafogo. Como disse o poetinha Vinícius de Moraes: “Não se trata de uma paixão, mas de uma senha para a cidadania.” 

Louvado seja o eterno Armando Nogueira: “O Botafogo tem tudo a ver comigo: por fora, é claro-escuro, por dentro, é resplendor; o Botafogo é supersticioso, eu também sou. O Botafogo é bem mais que um clube – é uma predestinação celestial. Seu símbolo é uma entidade divina. Feliz da criatura que tem por guia e emblema uma estrela. Por isso é que o Botafogo está sempre no caminho certo. O caminho da luz. Feliz do clube que tem por escudo uma invenção de Deus.”

O Instituto Pensar Energia, em parceria com a plataforma Valor da Energia (VDE), lançará oficialmente o videocast “Iluministas” na próxima terça-feira (3), durante o seminário “Reforma Tributária e o Combate à Inflação na Energia e nos Combustíveis”. O evento, que acontecerá na Casa da Energia, em Brasília, reunirá parlamentares, especialistas e autoridades do setor para discutir os desafios da inflação energética e propor soluções estruturais que alinhem eficiência econômica, justiça social e segurança energética.

O videocast estará disponível na plataforma Valor da Energia (VDE) e no YouTube, ampliando o alcance das discussões sobre os principais temas e desafios do setor energético no Brasil. A primeira temporada do “Iluministas” conta com cinco episódios lançados, que trazem diálogos com grandes nomes do setor energético. Entre os participantes estão:

– João Carlos Mello, presidente da Thymos Energia, reconhecido por sua expertise em confiabilidade de sistemas de transmissão e distribuição, com vasta experiência em planejamento e gestão estratégica do setor elétrico.

– Luiz Maurer, especialista em mercados de energia e políticas públicas, com atuação internacional destacada na promoção de soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios do setor elétrico.

– José Wanderley Marangon Lima, referência em regulação e planejamento energético, trazendo contribuições significativas para a formulação de políticas públicas alinhadas à modernização do setor.

– Talita Porto, especialista em governança e planejamento estratégico, com profundo conhecimento das estruturas e desafios regulatórios do setor elétrico.

– Armando Araújo, reconhecido por sua atuação em planejamento e operação energética, com foco em soluções que conciliem segurança do sistema e sustentabilidade.

– Luiz Carlos Ciocchi, ex-presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que explora os desafios e oportunidades do setor, com ênfase na modernização e na confiabilidade do sistema energético brasileiro.

Cada episódio apresenta discussões aprofundadas e reflexões técnicas sobre temas críticos, contribuindo para uma melhor compreensão dos desafios enfrentados pela matriz energética brasileira.

Um projeto estratégico

O “Iluministas” vai além de uma série de entrevistas: é uma iniciativa estratégica que busca ampliar o debate sobre o futuro energético do Brasil. A proposta é esclarecer temas técnicos e complexos para uma audiência diversificada, contribuindo diretamente para a formulação de políticas públicas e o engajamento da sociedade.

Segundo o presidente do Instituto Pensar Energia, Marcos da Costa Cintra, o objetivo é criar um espaço que fomente o diálogo qualificado e inspire soluções para as questões do setor de energia; nessa primeira temporada promovemos um debate aprofundado sobre os caminhos para se construir um sistema energético mais sustentável e resiliente. ‘Iluministas’ é uma contribuição essencial para o debate nacional”, afirma Cintra.

Condução e Formato

Os episódios são conduzidos por profissionais com larga experiência no setor energético. Um deles é Edvaldo Santana, ex-diretor da ANEEL, com ampla experiência em regulação e mercado de energia, reconhecido por sua atuação estratégica na promoção de um setor elétrico mais eficiente e competitivo.

O jornalista Roberto Rockmann, especializado em energia, também integra a equipe de debatedores. Rockmann possui vasta experiência na cobertura e análise de temas estratégicos do setor energético, destacando-se por sua capacidade de traduzir questões técnicas em narrativas claras e acessíveis.

Para fechar o time, Juliana Melcop, advogada e doutora em Direito com foco no setor energético, é reconhecida por sua expertise em questões regulatórias e de mercado, atuando como uma voz influente no debate jurídico e estratégico sobre energia no Brasil.

Do Valor da Energia

As comissões permanentes do Senado se reúnem na próxima semana para definir as emendas que serão apresentadas ao projeto de Lei Orçamentária Anual de 2025 (PLOA — PLN 26/2024). O prazo para a entrega das proposições à Comissão Mista de Orçamento (CMO) termina às 18h de quarta-feira (4). 

Todas as comissões permanentes podem oferecer emendas coletivas à proposta orçamentária. São 17 colegiados do Senado, 30 da Câmara dos Deputados e cinco do Congresso Nacional, além das Mesas Diretoras do Senado e da Câmara. Cada colegiado pode propor até oito emendas, sendo quatro de apropriação e quatro de remanejamento.

Os dois tipos de emendas têm como objetivo o acréscimo de dotação em programação já existente no PLOA ou a inclusão de nova programação. A diferença entre elas está na fonte dos recursos.

As emendas de apropriação usam uma reserva prevista no parecer preliminar, enquanto as de remanejamento têm como fonte exclusiva a anulação de dotações constantes do projeto de lei. Outra diferença é que as emendas de remanejamento só podem propor acréscimos ou cancelamentos no âmbito do mesmo órgão orçamentário e no mesmo tipo de despesa.

As emendas de comissão devem ter caráter institucional e representar interesse nacional. É proibida a destinação de recursos a entidades privadas, a menos que elas contemplem programação prevista no projeto orçamentário.

O relator da proposta orçamentária é o senador Angelo Coronel (PSD-BA). A votação do PLN 26/2024 na CMO está prevista para o dia 12 de dezembro. A matéria deve ser levada ao Plenário do Congresso Nacional no dia seguinte.