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France Hacker participa do lançamento da pedra fundamental do terminal de contêineres da APM em Suape

O deputado estadual France Hacker participou, na manhã desta sexta-feira (22), ao lado da governadora Raquel Lyra e do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do lançamento da pedra fundamental do novo Terminal de Uso Privado (TUP) da APM Terminals, subsidiária do Grupo A.P. Moller-Maersk, no Complexo Industrial Portuário de Suape. Para o parlamentar, a iniciativa reafirma o papel estratégico de Pernambuco no cenário logístico internacional e fortalece o estado como um polo atrativo para novos negócios.  

O projeto, considerado um marco para a infraestrutura portuária do estado, terá impacto significativo na economia pernambucana. O novo terminal promete ampliar a conexão internacional de Suape, intensificando o transporte de cargas, atraindo novas linhas marítimas e fomentando a instalação de indústrias. Na fase inicial, a estimativa é de que sejam gerados 500 empregos diretos e mais de 2 mil indiretos, consolidando Suape como um atrativo para empresas e novos investimentos.  

Durante a cerimônia, France Hacker ressaltou a relevância do investimento: “Esse novo terminal não apenas consolida Suape como um dos maiores polos logísticos do Brasil, mas também reforça o compromisso de Pernambuco com o desenvolvimento econômico e a geração de oportunidades para o nosso povo”, afirmou o deputado. Ele também destacou o papel da governadora no avanço do projeto. “Raquel está de parabéns! Como gestora, ela sempre esteve empenhada em viabilizar a chegada desse importante projeto e em garantir mais infraestrutura e desenvolvimento para Pernambuco”, disse.  

Jaboatão dos Guararapes - Matriculas 2025

Em Catende, na Mata Sul pernambucana, após uma minuciosa pesquisa, chamou a atenção do partido Avante o aumento expressivo de transferências de eleitores para o município. A sigla também estranhou o comportamento da Federação PSDB/Cidadania que tentou em vão indeferir uma ação judicial envolvendo a questão.  

A eleição para prefeito no município foi uma das mais disputadas do Estado. A diferença de apenas 14 votos entre adversários torna a situação ainda mais sensível.  A polêmica ganhou destaque com a frase emblemática: “Quem não deve, não teme”, usada pelos dirigentes municipais do Avante, para sintetizar a atitude do PSDB que tenta de todas as formas impedir o avanço da investigação.

A ação judicial movida pelo Avante foi deferida pelo juiz eleitoral da 43ª Zona Eleitoral de Catende, Paulo Ricardo Cassaro dos Santos. No pleito, a legenda questiona a discrepância entre o número de eleitores registrados e a população local, algo que pode influenciar diretamente o resultado das eleições de 2024.

Segundo os advogados do partido, a intervenção do PSDB/Cidadania no caso — mesmo não sendo parte do processo — é vista como uma tentativa de dificultar o acesso a informações relevantes. “Por que os partidos da administração municipal tentam, a todo custo, impedir a apuração de dados sobre as transferências? Qual o motivo de tanto esforço para barrar uma investigação legítima?”, questiona um dos juristas que representam o Avante.

Para o corpo jurídico do Avante Catende, a resistência do PSDB/Cidadania em permitir que dados, como endereços e IPs de acessos no sistema eleitoral, sejam verificados, pode sugerir receio de revelações comprometedoras. Apesar de não ser ré no processo, a Federação PSDB/Cidadania, não apenas apresentou petição na Justiça Eleitoral pedindo o indeferimento da ação, como também recorreu ao Tribunal de Justiça do Estado – TJPE – após derrota em primeira instância no TRE.

“A atitude é vista como um movimento incomum, que reforça as suspeitas do Avante sobre a existência de possíveis irregularidades no aumento repentino do eleitorado na cidade”, concluiu o advogado.

Conheça Petrolina

Não se surpreenda se o empresário cearense Antônio Souza, que fixou morada em Araripina, venha a disputar uma das duas cadeiras ao Senado por Pernambuco, nas eleições de 2026. Antônio é um empresário bem-sucedido, que inspira grandes histórias e conquista admiradores por todo o país. 

Ele defende as causas sociais em Pernambuco, mas também contribui com ações sociais na Paraíba, Ceará, Amapá e até em São Paulo, mantendo a padaria social do Padre Júlio Lancellotti e também o Santuário de Nossa Senhora do Novo Caminho, do Padre Antônio Maria.

Jaboatão dos Guararapes - Natal Solidário 2024

Por Ney Vital

Prezado Magno Martins,

o cenário mais uma vez se repete: no dia 13 de dezembro, Luiz Gonzaga, o pernambucano do Século, Rei do Baião, completaria 112 anos de nascimento e até o momento não existe uma programação oficial do Governo Federal, Estadual e Municipal.

Você, Magno Martins, já presenciou o evento, lá em Exu e na oportunidade viu o quanto os denominados “Gonzagueanos”, cobram definição de uma política cultural comemorativa na semana do aniversário de Luiz Gonzaga.

Indignados pela falta de uma política cultural que defina a programação na data do aniversário de Luiz Gonzaga, 13 dezembro, os gonzagueanos mais uma vez revelam que “com ou sem programação oficial do poder público devem manter a proposta de visitar Exu, Pernambuco e fazer a festa dos 112 anos do nascimento do Rei do Baião”.

Até o momento, apesar da solicitação de respostas, o Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura, não se pronunciou sobre se vai ter o Festival Viva Luiz Gonzaga.

A cada ano já é tradição na terra do Rei do Baião, Exu Pernambuco,  o encontro dos admiradores, grupos e  fãs clubes que prestam homenagens a Luiz Gonzaga. Centenas de pessoas se deslocam de diversos lugares do Brasil para prestigiar a data de nascimento daquele que é uma das maiores referências da música brasileira.

O professor Maiadson, diz que a sensação é que grande parte das pessoas se acostumou com o desrespeito para com a memória, história e cultura gonzagueana. Poucos têm coragem de cobrar, protestar, reivindicar o respeito que de fato Luiz Gonzaga merece. Exu deveria ser a Capital do Forró. As programações de aniversário deveriam ser prioridades na terra de Luiz Gonzaga. O cenário é desesperador.

Entretanto a festa acontece com os gonzagueanos, produtores culturais, e dos verdadeiros amantes da cultura que através de iniciativas voluntárias realizam inúmeras ações para manter vivo o legado da terra do Rei do Baião.

*Jornalista

Acabei de pousar no Recife, depois de uma semana de muito trabalho em Brasília, com uma excelente e gratificante notícia: meu amigo Ivan Feitosa, um dos mais competentes profissionais de rádio no Nordeste, bateu o martelo com os diretores da Cidade FM 99,7, integrante da Rede Nordeste de Rádio em Caruaru. Assume a Gerência Geral da emissora. 

No seu Instagram, ele postou o texto abaixo, no tom de humildade e simplicidade, que marcou sua longa passagem pela Rádio Liberdade de Caruaru, a qual fez líder de audiência disparada na capital do Agreste. Com certeza, o feito será repetido na potente e promissora Cidade, que também me recebeu com tapete vermelho, para transmissão do Frente a Frente em Caruaru. 

Escreveu Ivan: 

De casa nova 

É com muita alegria que compartilho essa novidade: minha nova casa é a Rádio Cidade 99.7!

Quero que minhas primeiras palavras sejam de gratidão. Meu agradecimento especial aos empresários Adolfo José, Rodolfo Silva, Mário Flávio e Renata Torres, que acreditaram nas mudanças que estamos trazendo para a Rádio Cidade. 

Juntos com a equipe que já faz desse veículo de comunicação um sucesso, daremos o pontapé inicial em uma nova história na radiodifusão de Caruaru.

Também quero reconhecer os empresários e gestores de outros veículos que me procuraram para discutir possibilidades de trabalho. Ao longo desses 52 dias, ouvi e fui ouvido, mas evitei transformar conversas em disputas financeiras. 

Minha escolha foi pelo desafio que mais mexeu com o coração – e ele sintonizou na frequência da Cidade FM 99.7: todo mundo ouve, todo mundo vê!

Agora, é hora de arregaçar as mangas! O trabalho será intenso e a vontade de realizar está ainda maior. Meu compromisso é total: faremos a melhor entrega possível. 

Com mil e uma ideias, vamos oferecer ao mercado publicitário retornos incríveis, seja no dial, nas plataformas digitais, na mídia exterior ou através da maior frota de ônibus do interior do Nordeste, que transporta mais de 2,5 milhões de usuários por mês.

Viva o novo, viva a experiência Rádio Cidade FM 99.7

A prefeita eleita de Olinda, Mirella Almeida (PSD), reuniu-se, nesta sexta-feira (22), com o presidente da Cehab, Paulo Lira. Em busca de investimentos na área da infraestrutura, a futura gestora discutiu parcerias com o Governo do Estado para a realização de obras de recapeamento em ruas e avenidas da cidade. 

“Uma cidade desenvolvida se faz com parcerias. Queremos ampliar o serviço de recapeamento e o apoio do Governo do Estado é fundamental para conseguirmos mais obras para Olinda. Um bom asfalto traz ganhos na infraestrutura e também melhora o deslocamento, garantindo mais qualidade de vida para a população”, comentou Mirella.

TRANSIÇÃO – Além da busca por parcerias, Mirella tem acompanhado de perto as reuniões de transição em Olinda. O último encontro aconteceu nesta quinta-feira (21), onde foram avaliadas informações sobre as atividades de diversas secretarias do município.

Por Andreza Matais
Do UOL

O União Brasil — quarto maior partido do país — não vai ter candidatura própria em 2026, segundo defendeu em entrevista à coluna o deputado federal Elmar Nascimento (BA), líder na Câmara.

Um movimento do partido que inviabilize Caiado pode deixar Lula praticamente sem adversários de peso em 2026 — o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), outro cotado, já disse que irá disputar a reeleição, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está inelegível.

Elmar defende que o União decida até fevereiro se fica ou desembarca do governo Lula. Para ele, seria “traição” ao presidente Lula (PT) permanecer no governo com três ministérios até a “úndécima hora” e lançar candidatura própria em 2026 em oposição ao petista.

“Não dá para a gente ficar falando em candidatura própria ou abrindo ou flertando com a candidatura adversária por dentro do governo”, afirmou.

Veja a entrevista feita em Lisboa, onde Elmar participou do Lide Brazil Conference Lisboa, promovido pelo Lide, UOL e Folha de S.Paulo.

UOL – As eleições municipais empoderaram o centro. Esses partidos irão cobrar mais protagonismo no governo Lula?
Elmar Nascimento –
Passados os primeiros dois anos do governo, agora nós teremos um novo realinhamento com vistas a 2026. Acho legítimo que o presidente faça uma repaginada com gente que ele saiba que vai estar ao lado dele na reeleição.

UOL – O seu partido tem um candidato e, portanto, não estará…
Elmar –
Não seria muito legítimo alguém ocupar espaço dentro do governo com os bônus que isso traz e, quando chegar na convenção, faltando seis meses para a eleição, fazer de conta que não participou do governo, que não tem nada com aquilo e lançar candidato próprio ou apoiar outro candidato. Não acho isso leal. Portanto, qualquer partido que deseje ter um voo próprio ou escolher outro caminho deve deixar o lugar para os outros.

UOL – E fazer oposição a Lula?
Elmar –
Nós temos uma pauta econômica que é importante. Independentemente de qualquer coisa, a gente vai votar a favor, mas o partido [se optar por candidatura própria] deveria deixar o lugar para quem quer estar ao lado do presidente em 2026. Se o meu partido não tomar uma posição agora, permitindo que a gente continue no mesmo jogo, votando com o governo, participando do governo, usufruindo dos cargos, eu não vou virar as costas em 2026. Vou apoiar o presidente. A política não perdoa traição.

UOL – Vai ter um racha no partido com o grupo que defende a candidatura do Caiado?
Elmar –
Não vai ter racha, porque a gente pode conseguir levar [o partido a apoiar Lula].

UOL – Quando essa decisão de permanecer ou desembarcar do governo deve ser tomada?
Elmar –
O momento dessa discussão é depois das eleições para o Congresso [em fevereiro de 2025]. Pelo timing de virar dois anos do governo Lula.

UOL – O senhor irá defender que o partido siga com o presidente Lula?
Elmar –
Não dá para a gente ficar falando em candidatura própria ou abrindo ou flertando com a candidatura adversária por dentro do governo. Se o partido quiser ter um projeto próprio, tem que sair ou estará enganando alguém. Como é que você pode querer, por exemplo, que o ministro Juscelino [Filho, Comunicações], que o ministro Celso Sabino [Turismo] ou que o presidente Davi Alcolumbre, que indicou o ministro da Integração Nacional, que é um dos ministérios mais importantes do país, fiquem contra o governo? Seria desleal da parte deles.

UOL – Nessa lógica, o partido pode rifar a candidatura própria em 2026 só para manter os cargos?
Elmar –
Eu tenho indicação de um cargo que, do ponto de vista político, para a minha região, é muito importante, que é o presidente da Codevasf. O que eu posso lhe dizer é que, se eu chegar em 2026 ocupando a Codevasf, com certeza eu vou votar no presidente Lula, independentemente da posição do meu partido. Eu, pelo menos, não consigo indicar cargo, participar do governo para chegar em 2026 e ficar contra o governo.

UOL – Seria melhor para o partido o governador Caiado retirar seu nome da disputa?
Elmar –
Eu, no lugar dele, provocaria esse debate. Até para ele não ficar dois anos passeando e depois não ser candidato. Mas imagina só, como é que ele pode ir falando em ser candidato se o partido está no governo?

UOL – O Congresso capturou o orçamento público e usa os recursos de acordo com seus interesses políticos, e não do país. O STF está correto em por um freio?
Elmar –
Por que quando um ministro de uma área temática como a agricultura decide aplicar recursos do seu ministério de forma diferente e desproporcional para a sua região em detrimento de outra, isso não é questionado, e quando é é feito por um deputado, é questionado?

UOL – O Supremo cobra transparência no processo de indicação dos recursos. Tem legitimidade para isso?
Elmar –
O Poder Judiciário aponta o dedo para a gente, quando deveria apontar o dedo para a sua casa, com os supersalários que a gente já devia estar discutindo, com as várias distorções que existem.

UOL – O senhor defende anistia aos golpistas do 8 de Janeiro que o ministro Alexandre de Moraes mandou prender. Quando era candidato à presidência da Câmara, o PL pediu isso em troca de apoio?
Elmar –
Sou a favor da pacificação e de a gente encontrar um meio-termo que não desmoralize o Judiciário.

UOL – A anistia alcança o ex-presidente Bolsonaro?
Elmar –
A condenação dele foi pela manifestação com os embaixadores. Aquilo não tem consequência criminal nenhuma. Teve uma consequência eleitoral e não cabe anistia para isso.

UOL – Já superou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ter escolhido Hugo Motta (Republicanos-PB), e não o senhor para sucedê-lo?
Elmar –
Não se ganha tudo. Muita gente se prepara a vida toda para uma coisa e não dá certo, e tem gente que não faz nada e dá certo. É, como a Presidência da República. Dizem que é destino, não é? Bolsonaro faz tudo errado e virou presidente.

Por Aldo Paes Barreto

O pernambucano de Nazaré da Mata Marcos Vinícios Rodrigues Vilaça foi o mais destacado, o mais abnegado, criativo e bem-sucedido divulgador da nossa cultura no século passado. Jovem, com um pé na política, líder estudantil, desencantado com os rumos do golpe de 1964, tinha todas as qualidades que a burguesia sonhava para o futuro genro. Marcos Vinícios não bebia, não fumava, não prevaricava. Casou com a primeira namorada, companheira de toda a vida, a doce e altiva Maria do Carmo.

Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da UFPE, logo professor de Direito Internacional, seria convidado para ocupar a Secretaria do Governo Eraldo Gueiros (1971/1975), então, apenas apêndice da burocracia oficial. Marcos Vilaça arregaçou as mangas. Trabalhador braçal da cultura, escritor, íntimo da boa leitura, foi dele a ideia de transformar a Casa de Detenção, no centro do Recife, em Casa da Cultura. Foi ele quem recuperou, restaurou e deu dignidade à Academia Pernambucana de Letras. Na época, o vasto terreno da Academia estava sendo usado por uma clínica psiquiátrica vizinha para criar vacas. Coisa de doido.

Apoiado pelo governador Eraldo Gueiros, Vilaça entregou a administração do Conservatório de Música ao maestro Cussy de Almeida, e ali nasceu o Movimento Armorial, reunindo os vários gêneros que formam a múltipla identidade musical de Pernambuco. Pelas mãos de Cussy, Ariano Suassuna. Capiba, Rafael Garcia, Jarbas Maciel, Clóvis Pereira,  Guerra-Peixe, Antônio Carlos Nóbrega, a arte popular renascia e a literatura de cordel ganhava roupagem musical. O maracatu, os caboclinhos, coco de roda, ciranda, samba, afoxé e o eterno frevo estavam de roupa nova.

Nos mais diversos palcos do Brasil, a música armorial desfilou a beleza sonora, quando a mediocridade premiada ainda não determinava a música brasileira. Bons tempos. Marcos Vilaça foi responsável direto, agregador pluralista, pelo sucesso breve do movimento que encantou as mais variadas plateias. Pernambuco musicando para o mundo. 

Quando deixou o governo do Estado, Vilaça fez as malas e levou sua bagagem e suas ideias  para o centro do poder: Brasília. Não lhe faltaram convites. Exerceu os mais variados cargos em entidades públicas, sempre preservando espaço para cultura. Reconhecido pela Academia Brasileira de Letras, ocupou a vaga do amigo Mauro Mota. Ao assumir, Vilaça liderou a renovação da congregação e é lembrado por ter colocado o ideal ateniense acima dos movimentos políticos à direita e à esquerda. Enriqueceu a Academia e antigos críticos do conclave envergaram o pelerine azul da casa. Jorge Amado foi um deles.  

O pernambucano ganhou mundo. Em seus arquivos, estão guardadas as mais representativas comendas, fulgurantes homenagens, medalhas, insígnias, reconhecimentos de todos os nove países onde se fala e se lê o Português. 

Em todos esses países das comunidades lusófonas, da Europa e da África, além da totalidade dos estados brasileiros, em algum lugar permanece lá a pernambucanidade, a marca da nossa gente, a diversificada música, o artesanato, os autores, as tradições e boa parte de nossa rica história, levada pelo trabalhador cultural pernambucano. 

No início deste século, a trajetória ascendente e vitoriosa dos Vilaça sofreu brusca e trágica parada. Era o primeiro dia do ano. O filho mais velho, Marco Antônio, destacado marchand radicado em São Paulo, veio passar o réveillon com a família. Morreu de mal súbito naquele dia.  Meses depois, também de maneira trágica, perderia a neta, filha do caçula Rodrigo.

Aquele foi o ano que nunca terminou. Marcos e Maria do Carmo, também falecida, jamais foram os mesmos. Razão para viver, já não existia.

O ex-presidente Jair Bolsonaro deixa ao Brasil a assustadora herança da política baseada na violência, comprovada por seu papel central na trama golpista, afirmou o colunista Tales Faria no UOL News desta sexta (22).

Ontem, a Polícia Federal indiciou Bolsonaro e mais 36 pessoas sob suspeita dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. O ex-presidente afirmou em entrevista à revista Veja que nunca discutiu qualquer estratégia para matar autoridades. Segundo a PF, militares próximos ao governo dele elaboraram um plano para assassinar Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.

“É praticamente certo que o Bolsonaro acabará condenado como o artífice do golpe de Estado, o chefe do movimento golpista. No entanto, nem acho isso o mais grave”, salientou.

“Ele desenvolveu e incentivou uma política armamentista no governo, dizendo que ‘povo armado é povo livre’. As pessoas passaram a andar armadas, com mais e mais casos de mortes violentas nas escolas. Com essas descobertas, sabemos que virá um tempo conturbado”, afirmou o colunista.

“Nem todos os bolsonaristas são assim, mas há um núcleo violento incentivado pela ideologia de violência de um presidente da República. Isso deixa marcas na sociedade, e é o mais grave de tudo desse tempo em que o Bolsonaro encabeçou uma parte do pensamento dos brasileiros”, destacou Tales Faria.

Tales ressaltou que o Brasil precisará de anos para se livrar das marcas negativas deixadas pela gestão de Bolsonaro.

“Levaremos um tempo para apagar isso. Lembre-se que antes do Bolsonaro chegou a haver um plebiscito pelo desarmamento. O povo brasileiro era contra tudo isso e, de repente, tivemos esse movimento violento. Isso é assustador”, reiterou.

“De qualquer maneira, Bolsonaro é o responsável por encabeçar não só o golpe, pelo qual acredito que será condenado. Mais do que isso: por encabeçar um movimento de violência que deixou como herança ao país. Espero que consigamos superar isso”, concluiu.

Do UOL.

O deputado estadual Edson Vieira (União Brasil) está prestes a formalizar sua adesão à base da governadora Raquel Lyra (PSDB), conforme indicam fontes próximas ao parlamentar. A movimentação sinaliza um distanciamento político em relação à família Coelho, de Petrolina, com quem mantinha uma aliança até agora. Edson e a esposa, ex-deputada Alessandra Vieira, fizeram até pose ao lado da tucana na posse da nova diretoria da Acic (Associação Comercial e Empresarial de Caruaru).

A possível ruptura tem impacto direto no cenário político estadual, especialmente considerando que Alessandra Vieira, foi candidata a vice-governadora na chapa de Miguel Coelho nas eleições de 2022. Na ocasião, a união entre as duas lideranças buscava fortalecer a oposição ao PSB e ao grupo de Raquel Lyra.

Com a aproximação de Edson Vieira ao governo, cresce a especulação sobre o papel que ele poderá desempenhar na articulação política da gestão estadual, especialmente no Agreste. O movimento reforça a estratégia de Raquel Lyra de ampliar sua base de apoio na Assembleia Legislativa, crucial para aprovar projetos e consolidar sua governabilidade.

Por outro lado, a saída de Edson do núcleo político liderado pelos Coelho pode enfraquecer o União Brasil em algumas regiões do estado, abrindo espaço para novas articulações e rearranjos partidários em Pernambuco. A decisão do deputado é aguardada com expectativa e poderá ser um dos marcos da reorganização política estadual para as eleições de 2026.

Do Blog do Mário Flávio.

Estimada em 492 mil pessoas, a taxa de desocupação em Pernambuco no 3° trimestre de 2024 ficou em 10,5%, redução de 2,7% em relação ao mesmo trimestre de 2023, o que representa -99 mil pessoas desocupadas no Estado. A variação com relação ao trimestre anterior foi -7,2%.

Com a maior taxa de desocupação do país, Pernambuco figura bem acima da média nacional 6,4% e do Nordeste 9,7%. Esta é a menor taxa de desocupação de Pernambuco desde o 4º trimestre de 2015, quando a desocupação havia ficado em 11,1%.

A população ocupada estimada em 3.882.000 pessoas, aumentou em 235 mil pessoas, 6,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em relação ao trimestre anterior a variação foi 2,9%.

No 3° trimestre de 2024, a taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 25,9%.

Desalento cai 2,5% em relação ao trimestre anterior

Já o percentual de desalentados (aquelas pessoas que estavam fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: acreditar que não conseguiria trabalho, não ter experiência, ser muito jovem ou idosa para trabalhar, ou acreditar que não havia trabalho na sua localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga) sofreu redução de 2,5% no 3o trimestre de 2024.

Número de empregados cresce, influenciado pelo aumento dos trabalhadores sem carteira assinada

O total de empregados com carteira assinada no setor privado foi estimado em 1.123.000 pessoas e não apresentou variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e, também, em relação ao trimestre anterior.

Já o número de empregados sem carteira assinada foi estimado em 743 mil pessoas, um aumento de 182 mil pessoas, 32,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entretanto, em relação ao trimestre anterior, a variação foi 12,7%.

Informalidade atinge a 50% da população ocupada em Pernambuco

A taxa de informalidade das pessoas de 14 anos ou mais de idade ocupadas na semana de referência para Pernambuco foi de 50,0%. Não houve variação significativa em relação ao trimestre anterior. Esse percentual é o terceiro menor do Nordeste, atrás apenas de Alagoas e Rio Grande do Norte e bem acima da média nacional de 38,8%.

Rendimento médio cresce 1,1% no Estado

Frente ao trimestre anterior, o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos foi estimado em R$ 2.312,00 reais, variação de 1,1%, o equivalente a um aumento de R$ 24,00 reais. Já em relação ao mesmo trimestre do ano anterior a variação foi de 6,5%.

Este resultado é o quinto maior da região Nordeste, atrás de Rio Grande do Norte (R$ 2.579,00), Paraíba (R$ 2.392,00), Piauí (R$ 2.368,00) e Sergipe (R$ 2.344,00) e superior à média nordestina de R$ 2.216,00 reais.

Do Diario de Pernambuco.

Por Rayanderson Guerra
Do Estadão

Potenciais sucessores do espólio político do ex-presidente Jair Bolsonaro(PL), os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União) e Ratinho Júnior (PSD) adotaram posições distintas após o ex-chefe do Executivo ser indiciado pela Polícia Federal (PF) pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. O governador de São Paulo foi o único a sair em defesa do aliado até o momento, enquanto os demais se calaram ou adotaram um tom de cautela, como Caiado.

Tarcísio evitou fazer ataques à PF e ao Supremo Tribunal Federal (STF) como outros bolsonaristas, mas saiu em defesa de Bolsonaro em uma publicação no X (antigo Twitter), argumentando que ele teria respeitado o resultado das urnas. Tarcísio ainda defendeu que a investigação mostre “a verdade dos fatos”.

“Há uma narrativa disseminada contra o presidente Jair Bolsonaro e que carece de provas. É preciso ser muito responsável sobre acusações graves como essa. O presidente respeitou o resultado da eleição e a posse aconteceu em plena normalidade e respeito à democracia. Que a investigação em andamento seja realizada de modo a trazer à tona a verdade dos fatos”, afirmou o governador de São Paulo.

Já Caiado não se manifestou via redes sociais, mas disse ao jornal O Globo que “aguarda o final do julgamento”. Os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema, e do Paraná, Ratinho Júnior, não se manifestaram. Eles se reuniram nesta quinta-feira, 21, dia em Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciadas, na 12ª reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), em Florianópolis, capital de Santa Catarina.

Apesar de inelegível e próximo de ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na suposta tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro mantém a narrativa de que não há nomes à direita, senão o dele, para a disputa à Presidência da República de 2026. “Só depois que eu estiver morto. Antes de eu morto, politicamente não tem nome”, disse Bolsonaro em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo no início deste mês. Para o ex-presidente, a direita “não tem dono”, mas sim “um líder”, posto ocupado por ele de forma “incontestável”.

Após ser indiciado pela PF, Bolsonaro disse nesta quinta-feira, que não pode “esperar nada de uma equipe que usa criatividade” para denunciá-lo e atacou o ministro Alexandre de Moraes.

Bolsonaro compartilhou no X a entrevista concedida por ele ao colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, logo após a confirmação do indiciamento. “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa”, disse, sobre o relator do inquérito que apura o envolvimento de Bolsonaro na trama golpista. Segundo ele, o ministro “faz tudo o que não diz a lei”.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), confirmou em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), na quinta-feira (21), que um decreto para regulamentar o artigo 142 da Constituição foi pedido para ser alterado por Bolsonaro aos então comandantes do Exército e da Aeronáutica, general Freire Gomes e brigadeiro Carlos Batista, respectivamente.

No depoimento, no entanto, Mauro Cid afirmou que o pedido não foi feito a ele e que o esboço do decreto foi repassado para os ex-comandantes para apreciação.

Fontes ouvidas pela CNN relataram que, em dezembro de 2022, vários esboços de decretos, que regulamentavam o estado de sítio, caso o artigo 142 fosse acionado pelo ex-presidente, foram elaborados. Mas sem a aprovação de Jair Bolsonaro, que, à época, estava isolado no Palácio da Alvorada.

Da CNN Brasil.

Por Andréia Sadi
Do g1

A Polícia Federal vê o general Braga Netto como a principal autoridade por trás do golpe de estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder mesmo após a derrota nas urnas em 2022.

Para a PF, Bolsonaro era indubitavelmente o principal beneficiário e comandante da tentativa frustrada, tanto que foi indiciado pelos mesmos crimes que o general – golpe de estado, abolição violenta do estado de direito e organização criminosa.

O planejamento e a execução do plano, entretanto, foram chefiadas por Braga Netto, na visão de dois investigadores ouvidos pelo blog nesta sexta-feira (22). Na expressão de um deles, o general era “a cabeça pensante” responsável pela “operacionalização do golpe”.

Documentos da investigação já tornados públicos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) mostraram, por exemplo, que o general abrigou em sua própria residência uma reunião, em 12 de novembro de 2022, na qual investigados discutiram um plano para assassinar, antes da posse, Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), além do ministro Alexandre de Moraes.

Braga Netto, inclusive, integraria o intitulado Gabinete Institucional de Gestão da Crise, a ser criado pelo governo federal após os assassinatos.

O tamanho do poder que o general da reserva concentraria em caso de sucesso do plano golpista leva um investigador da PF a suspeitar que Braga Netto poderia, até mesmo, derrubar Bolsonaro e assumir o comando do futuro governo.

No topo da hierarquia, Braga Netto dava respaldo ao golpe junto a militares

Um outro fator reforça o papel central de Braga Netto na trama golpista: a influência no meio militar.

General-de-exército, o segundo cargo da hierarquia da força (Bolsonaro chegou a capitão, seis postos atrás), Braga Netto era quem dava respaldo e credibilidade ao golpe junto aos oficiais e outros militares que decidiram aderir ao plano.

E não foram poucos: dos 37 indiciados, 25 são das Forças Armadas, incluindo os ex-comandantes do Exército, Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, e da Marinha, Almir Garnier Santos.

O ex-deputado federal Gonzaga Patriota (PSB-PE) encontrou-se com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), em Brasília, para discutir pautas importantes relacionadas ao estado de Pernambuco. Segundo Patriota, o encontro foi uma oportunidade para reforçar solicitações estratégicas para o desenvolvimento da região. “Pedindo as coisas para Pernambuco”, afirmou o ex-parlamentar ao compartilhar o registro da reunião.

As Forças Armadas contratam 12.681 militares inativos para funções administrativas e de assessoria, com aumento salarial de 30% e gasto anual próximo de R$ 800 milhões.

O número representa 7% do total de militares da reserva ou reformados (169.793) e é puxado por oficiais —a contratação prioriza capitães e coronéis a sargentos e praças.

Os dados fazem parte de levantamento feito pela Folha nos últimos seis meses, com base em informações obtidas pela Lei de Acesso à Informação e cruzadas com o Portal da Transparência.

Militares aposentados podem ser contratados pelas Forças Armadas como prestadores de tarefa por tempo certo, os chamados PTTCs. O modelo foi criado na década de 1990, inspirado nos Estados Unidos, e passou a ser largamente usado nos anos 2000.

Os militares contratados como PTTC recebem um adicional de 30% do salário e executam funções militares, com foco nas áreas de ensino, saúde e assessoramento. Os contratos têm duração de até 24 meses e podem ser prorrogados até o limite de dez anos.

O Exército é o líder na contratação de militares aposentados, com 6.190 inativos com funções. A Marinha (3.598) e a Força Aérea (2.893) completam a lista.

Os aposentados podem exercer funções nas próprias forças, no Ministério da Defesa, no GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e no STM (Superior Tribunal Militar).

A Folha de São Paulo pediu dados sobre onde cada militar contratado como PTTC atua. As Forças Armadas, porém, negaram a entrega dos dados pela Lei de Acesso à Informação. Elas argumentaram que a divulgação causaria “risco a operações estratégicas” e à “segurança da sociedade ou do Estado”.

A CGU (Controladoria Geral da União) concordou com o sigilo desses dados, mas obrigou o Exército, a Marinha e a Força Aérea a enviarem a lista dos militares contratados e suas respectivas patentes.

A contratação não envolve processos seletivos. Os inativos são escolhidos pelas cúpulas militares, em processo de alta discricionariedade e transparência limitada.

Os salários dos aposentados contratados pelo Exército e pela Força Aérea, por exemplo, não são divulgados com o adicional de 30% no Portal da Transparência —fato que reduz estimativas de gasto com pessoal nas Forças Armadas.

Com o adicional, a média salarial dos aposentados como PTTC sobe para R$ 22.694. São 167 oficiais-generais contratados neste modelo, com remunerações que saltam para até R$ 47 mil.

A análise da necessidade das contratações de militares aposentados para as funções também obedece critérios internos, de difícil comprovação.

Da Folha de São Paulo.

Ao menos 1.355 militares reformados figuram como prestador de tarefa por tempo certo, mostra o levantamento. A reforma nas Forças Armadas ocorre por idade (75 anos para generais), por incapacidade ou condenação.

Doze oficiais-generais das três Forças Armadas foram unânimes em afirmar à Folha, sob reserva, que a contratação por este modelo é importante para compor o efetivo dos quarteis.

O gasto com a contratação de um PTTC é menor que o salário de um militar da ativa. Essas fontes ainda dizem que o modelo é benéfico porque os aposentados têm mais de 30 anos de serviço e conhecem com profundidade os assuntos militares.

“A prestação de Tarefa por Tempo Certo é uma medida de gestão de pessoal que contribui para a composição da força de trabalho da Marinha, assegurando a presença de militares com vasta experiência profissional e conhecimento técnico-administrativo para o cumprimento de atribuições de interesse da Instituição”, disse a Marinha, em nota.

O Exército afirmou que a contratação supre o “déficit de pessoal”, e a Força Aérea disse que os militares inativos escolhidos possuem “larga experiência profissional e reconhecida competência técnico-administrativa”.

Porta-voz do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o general Otávio Rêgo Barros foi contratado pelo Exército para exercer a função de gerente-pesquisador do Centro de Estudos Estratégicos da Força. É responsável por coordenar estudos e organizar seminários.

Ele começou no cargo em abril de 2023, com prazo inicial de dois anos. Procurado, preferiu não se manifestar.

No último ano, a Marinha contratou o almirante da reserva Carlos Alfredo Vicente Leitão para trabalhar na Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos. Suas tarefas, segundo a Força, envolvem a “gestão das relações [da Força] com os veteranos do Corpo de Fuzileiros Navais”.

Ele exerce o cargo enquanto preside, de forma voluntária, a Associação de Veteranos do Corpo de Fuzileiros Navais. Procurado, o almirante não se manifestou.

Leitão também foi um dos signatários de carta golpista de oficiais da reserva, em novembro de 2022, que pedia aos comandantes das Forças Armadas que adotassem “medidas e ações efetivas” diante da falta de “segurança, transparência e rastreabilidade” dos resultados das eleições presidenciais daquele ano.

A carta dos militares aposentados foi a inspiração de coronéis da ativa para escreverem um manifesto de cunho golpista no fim de 2022. O texto pressionava o comandante do Exército da época, general Freire Gomes, a apoiar as propostas golpistas aventadas por Bolsonaro e aliados.

Os autores do documento foram indiciados na quinta-feira (21) pela Polícia Federal no âmbito do inquérito que investigava os planos para um golpe de Estado para se evitar a posse do presidente Lula (PT).

O governo Lula decidiu fazer mudanças em benefícios das Forças Armadas para reduzir os gastos com pessoal. A contratação dos PTTCs não entrou em discussão.

O foco está na definição de uma idade mínima para a aposentadoria, que deve ser fixada em 55 anos, e no fim do pagamento de pensão para familiares de militares expulsos das Forças, os chamados “mortos fictícios”, que custam só para o Exército cerca de R$ 20 milhões por mês.

Militares na reserva têm uma série de benefícios diferentes dos aposentados civis —como a manutenção do salário integral, o tempo de serviço menor e a possibilidade de contratação com adicional de 30%. Por outro lado, a carreira não tem outros direitos, como recebimento de horas extras, adicional noturno e sindicalização.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) indeferiu o pedido de efeito suspensivo apresentado pela Defensoria Pública do Estado contra a alienação judicial do Edifício Holiday, no Recife. A decisão foi proferida nesta quinta-feira (22) pelo desembargador Antenor Cardoso Soares Júnior, que reconsiderou sua posição inicial e autorizou a continuidade do processo de venda do imóvel em leilão, conforme sentença de primeira instância.

A Defensoria Pública havia argumentado pela revitalização do edifício e sua manutenção como habitação social, alegando ausência de risco estrutural iminente. No entanto, o município do Recife demonstrou, por meio de notas técnicas, que o estado crítico do Holiday representa risco à segurança pública e coletiva, apontando a necessidade de medidas urgentes. O relator destacou que, apesar do interesse social em preservar a edificação, até o momento não foi apresentado nenhum projeto concreto que viabilizasse sua recuperação.

A decisão determina que o novo edital de leilão inclua cláusulas que proíbam a demolição integral do imóvel, além de exigir que qualquer intervenção respeite as diretrizes urbanísticas estabelecidas pelo Plano Diretor do Recife. A alienação judicial busca garantir segurança à população e funcionalidade ao uso do espaço, respeitando os direitos de propriedade dos condôminos.