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Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher recebe ato de sensibilização no Recife

Na manhã desta segunda-feira (25), Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, o Marco Zero, no Recife Antigo, recebeu um ato de sensibilização pela data.

O “Varal da luta” é promovido pelo Instituto Banco Vermelho, uma organização sem fins lucrativos que luta pelo fim do feminicídio no Brasil. O ato marca, também, o primeiro ano de atividade do instituto.

Na ação, foram montados varais com camisas brancas com textos de conscientização, prevenção e outras informações importantes sobre o tema.

A divulgação definiu o ato como “um chamado à sociedade civil e ao poder público para a urgência de ações eficientes de prevenção e engajamento na luta pelo feminicídio zero”.

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Por Laís Nascimento
Do JC

O templo católico que é símbolo de esperança em dias melhores e reabilitação no Morro da Conceição, Zona Norte do Recife, será entregue à comunidade e aos devotos até o fim da manhã desta segunda-feira (25).

No dia 30 de agosto, o Santuário do Morro da Conceição foi cenário de uma tragédia, quando o teto desabou e deixou 25 pessoas feridas e duas mortas: Maria da Conceição da França Pinto, de 62 anos, e Antônio José dos Santos, de 58.

Desde então, foram 87 dias de atividades para recuperar o santuário, com profissionais de várias frentes vinculadas ao Governo de Pernambuco. As intervenções iniciais devem garantir o acolhimento e a segurança dos fiéis para a realização da 120ª edição da Festa da Imaculada Conceição do Morro, que começa nesta quinta-feira (28).

Nesta primeira etapa de obras, todo o teto foi fixado, incluindo as treliças, terças, telhados e foro especial.

Para colaborar com a liberação do espaço, cerca de 40 voluntários vão realizar um mutirão de limpeza para a organização da Igreja.

Além disso, integrantes do Movimento do Terço dos Homens da Mãe Rainha vão se reunir às 19h em ação de graças pela conclusão dos trabalhos de restauro. A oração vai acontecer aos pés do monumento de Nossa Senhora da Conceição do Morro.

Recuperação após a Festa
Após a programação da Festa do Morro, que encerra na data dedicada ao dogma da Imaculada Conceição, 8 de dezembro, o Santuário vai entrar em uma segunda fase de recuperação.

Iniciando em 13 de dezembro e com previsão de conclusão em 60 dias, serão realizados os acabamentos finais, com substituição das portas de vidro e do piso que foram danificados, além das partes elétrica e de refrigeração, iluminação e pintura.

A área do templo religioso será isolada durante o período e as Santas Missas e as demais celebrações serão realizadas na parte posterior da Igreja, próximo a imagem da Imaculada Conceição, em um espaço adaptado com cadeiras de plástico e altar.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve encaminhar ainda nesta semana o relatório da Polícia Federal do inquérito que apura a trama golpista para evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que indiciou 37 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro do Supremo, que é o relator da investigação, afirmou a interlocutores que analisaria o documento com mais de 800 páginas antes de encaminhar para a Procuradoria. A expectativa entre integrantes do STF é que, diante do perfil rigoroso e minucioso de Moraes, esse envio à PGR ocorra entre segunda e terça-feira.

Somente após o caso ser enviado ao Ministério Público Federal (MPF) é que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, passará a analisar o material para elaborar a sua manifestação sobre uma eventual denúncia contra os investigados, arquivamento do caso ou pedido de novas diligências.

Se a PGR optar por seguir em frente com a acusação, o caso será remetido ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo. Auxiliares da Procuradoria avaliam que é possível que a denúncia apresentada seja conjunta contra o ex-presidente – envolvendo também outras investigações em curso, como a das joias sauditas e da fraude no cartão de vacina.

A expectativa é que, assim que a denúncia chegar à Corte, Moraes leve o recebimento da acusação para o julgamento da Primeira Turma do STF. O colegiado é presidido por Zanin e além de Moraes é integrado pelos ministros Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux. Dino e Zanin foram indicados pelo presidente Lula em seu terceiro mandato.

Caso os ministros decidam pelo recebimento da denúncia oferecida pela PGR, Bolsonaro e os demais indiciados viram réus. A partir daí, iniciaram o andamento do processo. Nesse estágio, tanto Bolsonaro quanto os demais réus poderão apresentar as suas defesas ao Supremo e indicar testemunhas.

Bolsonaro e outras 36 pessoas, a maioria militares, foram indiciados pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa.

Segundo investigação da PF, o plano de tomar o poder e manter Bolsonaro na presidência envolvia matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes no final de 2022.

O documento com o planejamento dos assassinatos, batizado de “Punhal verde amarelo”, foi impresso no Palácio do Planalto pelo então número 2 da Secretaria-Geral da Presidência, general Mário Fernandes, que foi preso e indiciado. A investigação aponta que, em 16 de dezembro de 2023, o militar fez seis cópias do arquivo, o que, para os investigadores, indica que seriam distribuídas em uma reunião.

A defesa do ex-presidente tem dito que Bolsonaro “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”. Na primeira manifestação após o indiciamento, Bolsonaro criticou Moraes em declaração ao portal Metrópoles. Em entrevista ao GLOBO há duas semanas, ele disse que houve debates sobre a decretação de um estado de sítio no país, mas afirmou que “não é crime discutir a Constituição”.

Do Jornal O Globo.

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Nesta segunda-feira (25), o deputado estadual e prefeito eleito de Surubim, Cléber Chaparral (União), natural de Umbuzeiro, na Paraíba, será agraciado com o título de cidadão pernambucano. A reunião solene acontecerá às 18h no Auditório Sérgio Guerra, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), reunindo amigos, parceiros políticos e admiradores de sua trajetória.

O título, concedido em reconhecimento à sua atuação em prol do Estado, celebra o trabalho e a parceria do parlamentar com o povo pernambucano. Chaparral destacou a importância do momento, atribuindo a honraria ao esforço coletivo ao longo de sua caminhada política e social. “Será uma honra contar com a presença de todos para compartilhar essa conquista tão significativa”, declarou o deputado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne na manhã desta segunda-feira (25) com a equipe econômica em meio à expectativa do anúncio do pacote de cortes de gastos, aguardado para esta semana.

Lula convocou para a reunião os ministérios que integram a Junta de Execução Orçamentária (JEO), órgão que orienta o presidente nas decisões de política fiscal:

  • Rui Costa, ministro da Casa Civil;
  • Fernando Haddad, ministro da Fazenda;
  • Esther Dweck, ministra da Gestão;
  • Gustavo José de Guimarães e Souza, secretário-executivo do Ministério do Planejamento.

O governo discute há semanas o conjunto medidas que visa assegurar a viabilidade nos próximos anos do arcabouço fiscal, regra que limita o crescimento das despesas. Parte do pacote exigirá a aprovação do Congresso Nacional.

Entre as ideias em discussão está limitar o aumento do salário mínimo, mudar as regras de aposentadoria de militares e alterar o seguro-desemprego.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as minutas das propostas seriam apresentadas a Lula nesta segunda a fim de permitir o anúncio das medidas.

Além da reunião com a equipe econômica, Lula marcou um segundo encontro com ministros à tarde, que terá a presença dos chefes de outras pastas como Saúde, Educação e Defesa.

Do g1.

Após ser indiciado pela Polícia Federal sob suspeita de tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), filhos e correligionários classificaram o inquérito como uma forma de perseguição política.

Nos últimos dias, Bolsonaro contou com antigos aliados para minimizar a solidez das investigações — tanto a que provocou o indiciamento quanto a que levou à prisão de militares suspeitos de planejar a morte de Lula (PT) em 2022.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por exemplo, tem compartilhado vídeos insinuando atuação de Lula por trás das investigações.

Em um deles, visto mais de 100 mil vezes no X (antigo Twitter), publicou trechos de entrevista na qual o atual presidente diz que o adversário “não tem nenhuma chance de voltar à Presidência da República”.

Eduardo e Carlos Bolsonaro também questionaram os inquéritos, assim como o ex-ministro Walter Braga Netto, também indiciado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-vice presidente e hoje senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e o líder da oposição no Senado e secretário-geral do PL, Rogério Marinho (RN).

Veja o que foi dito por Bolsonaro e seus apoiadores até aqui:

‘PF de Moraes’
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes foi alvo da primeira declaração pública de Bolsonaro após o indiciamento na quinta-feira (21). O ex-presidente acusou o magistrado de fazer “tudo o que não diz a lei”. “É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse.

No sábado (23), o ex-presidente disse que a prisão preventiva dos quatro oficiais suspeitos de tramar a morte de autoridades não tinha respaldo legal e que as acusações de golpe de Estado pela Polícia Federal são absurdas, se referindo a Moraes como ditador.

“É uma coisa absurda essa história do golpe. Vai dar golpe com um general da reserva e quatro oficiais superiores? Pelo amor de Deus. Quem estava coordenando isso? Cadê a tropa? Cadê as Forças Armadas? Poxa, pelo amor de Deus. Não fique botando chifre em cabeça de cavalo.”

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em rede social, se referiu à polícia como “PF de Moraes”.

‘Tese fantasiosa’
Ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro, general Braga Netto compartilhou um comunicado de seus advogados em um post em rede social dizendo haver uma ilação e suposição fora do contexto do inquérito legal.

“Nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém. Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de ‘golpe dentro do golpe’. Haja criatividade…”, escreveu no sábado (23).

As menções a “criatividade” são uma referência a diálogo entre assessores de Moraes publicado pela Folha em agosto.

Reportagem naquele mês mostrou que o juiz instrutor Airton Vieira falou para Eduardo Tagliaferro, subordinado de Moraes no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), usar “a sua criatividade” para elaborar um relatório sobre publicações da revista Oeste, em 2022.

Perseguição política
Eduardo, Carlos e Flávio Bolsonaro publicaram diversos posts rebatendo notícias sobre o inquérito. Em vídeo, Eduardo associa Bolsonaro a Donald Trump, dizendo que, assim como o ex-presidente dos EUA foi eleito neste ano, seu pai, que está inelegível até 2030, voltará ao poder em 2026.

“Como o Bolsonaro é muito forte eles têm que derrotar o Bolsonaro nos tribunais para não permitir que ele politicamente venha a se candidatar em 2026”, escreveu.

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) chamou o inquérito de maluquice.

“Até agora, não entendi como se espera um golpe assinando uma proposta que depende de fundamento legal, aprovação de conselho e apreciação do Congresso, que, até onde todos sabem, não mostraram nem sua elaboração”, disse.

Em um artigo publicado na rede, Flávio Bolsonaro disse haver perseguição contra o pai, que seria o único capaz de derrotar Lula.

Narrativa sem provas
O governador Tarcísio de Freitas afirmou que Bolsonaro é alvo de uma narrativa que “carece de provas”, sem deixar claro se a responsabilidade seria da Polícia Federal ou do STF.

Ele disse que é “preciso ser muito responsável sobre acusações graves como essa”, mas não indicou onde estariam as supostas falhas da investigação. O governador disse ainda que Bolsonaro “respeitou o resultado da eleição”, o que não aconteceu.

‘Meras ilações’
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho, afirmou em nome do partido que o indiciamento de Bolsonaro e do presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, já era “esperado”, diante da “incessante perseguição política”.

Marinho disse esperar que a PGR “possa cumprir com serenidade, independência e imparcialidade sua missão institucional”, observando provas concretas e não “meras ilações”.

“Confiamos que o restabelecimento da verdade encerrará a longa sequência de narrativas políticas desprovidas de suporte fático, com o restabelecimento da normalidade institucional e o fortalecimento de nossa democracia.”

‘Sem pé nem cabeça’
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice de Bolsonaro, chamou o plano para matar autoridades revelado pela PF de “sem pé nem cabeça” e “fanfarronada”. Para ele, só com ampla adesão das Forças Armadas haveria tentativa de golpe.

“Nós temos um grupo de militares, pequeno, a maioria militares da reserva, que em tese montaram um plano sem pé nem cabeça. Não consigo nem imaginar como uma tentativa de golpe. É importante que as pessoas compreendam que tentativa de golpe tem que ter o apoio expressivo das Forças Armadas”, disse.

Em 2018, Eduardo Bolsonaro disse que bastaria um soldado e um cabo para fechar STF. “Cara, se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Você não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo. Não é querer desmerecer o soldado e o cabo, não”, disse na ocasião.

Da Folha de São Paulo.

Minha corridinha diária de 8 km, hoje, foi em Arcoverde, terra que abraçou minha Nayla e eu, onde temos uma choupana, verdadeiro refúgio, na qual, ouvindo o canto do Sabiá e beijando a lua cheia, encontro paz e tranquilidade, para aliviar um pouco minha rotina maluca do dia a dia.

Apoiado pelo ex-presidente José “Pepe” Mujica, o candidato de esquerda Yamandú Orsi venceu o oponente Álvaro Delgado no segundo turno das eleições no Uruguai. Os resultados saíram na noite do domingo (24). As 22h27 da noite, com 94.44% dar urnas apuradas — em um total de 2.296.491 de eleitores — Orsi tinha 49.66% dos votos.

Álvaro Delgado, candidato do partido no governo, de centro-direita, reconheceu a vitória de Orsi e fez um pronunciamento saudando o oponente.

“Hoje os uruguaios definiram quem exercerá a Presidência da República. E quero enviar aqui, com todos esses atores da coalizão, um grande abraço e saudações a Yamandú Orsi”, disse Delgado, cercado pelos parceiros da aliança governante que o apoiou no segundo turno.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou Orsi na rede X. “Essa é uma vitória de toda a América Latina e do Caribe. Brasil e Uruguai seguirão trabalhando juntos no Mercosul e em outros fóruns pelo desenvolvimento justo e sustentável, pela paz e em prol da integração regional”, afirmou.

Com Orsi, a Frente Ampla retorna ao governo que perdeu em 2020 após três mandatos consecutivos, um deles sob Mujica (2010-2015).

Do Correio Braziliense.

O prefeito de Carnaíba, Anchieta Patriota, está internado em Recife para a realização de exames médicos após um desmaio ocorrido na madrugada do domingo. A informação foi divulgada por sua esposa, Cecília Patriota, que também é secretária de Educação do município, em uma nota publicada em suas redes sociais.

“Viemos para alguns exames médicos de rotina, mas, na madrugada de sábado para domingo, Anchieta teve um desmaio em casa e procuramos atendimento médico”, informou Cecília.

De acordo com a nota, os médicos decidiram pela internação do prefeito para uma investigação mais detalhada e a realização de exames complementares. Cecília destacou que Anchieta já passou por uma avaliação neurológica e que “está tudo bem”.

“Hoje fará outros exames, mas encontra-se bem, apenas aguardando os resultados e a liberação da equipe médica. Estamos confiantes e estaremos brevemente em casa, com as bênçãos de Deus e Nossa Senhora”, concluiu a primeira-dama.

Com informações do Blog do Nill Júnior.

Por José Adalberto Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – A Chapeuzinho Vermelho levou uma descompostura do Véio do Pastoril Encarnado por ter esculachado o argonauta Elon Musk. Ele disse, com aquela delicadeza que lhe é peculiar: “Não devemos xingar ninguém”. Ela, tão inocente, murchou as orelhas. Poderia ter dito: “Meu amo e senhor, aprendi a xingar com você, Sinhozinho. Antes eu era a inocente Chapeuzinho Vermelho. Lembro quando você me falou que Bolsonaro era um cabra safado, fascista e genocida”.

“Tu sempre me dizia que o galegão Donald Trump era a cara do novo fascismo e do nazismo, além de trambiqueiro e raparigueiro. Logo vosmecê, a alma mais honesta de Pindorama! Você falou que a cidade de Pelotas (RS) era um polo exportador de veados”.

Depois que fraturou o gogó, o Véio parece que tá meio esquecido. “Vou levá-lo no veterinário”, disse a Sinhazinha.

O Véio do Pastoril Encarnado só ficou nervoso quando o argonauta Elon Musk disse: “Eles vão perder as próximas eleições presidenciais”. Este é o X do problema. Ou seja, este é o Twitter do problema.

Ela poderia ter dito: “Você falou que só ficaria feliz quando “to fuck” o ex-juiz Sérgio Moro, o herói nacional no combate à corrupção. O argonauta Elon Musk é um novo Tio Patinhas. Na campanha do titio dele, Donald Trump, ele adotou o slogan de Silvio Santos: “Quem quer dinheiro?!”. Distribuiu um milhão de dólares por dia para os sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luizinho e todos os afilhados da Patolândia. Depois foi tomar banho numa piscina de dinheiro para festejar a vitória do titio na choupana dele em Mar-a-Lago.

O titio Musk construiu um teco-teco que dá marcha à ré para viajar até Marte, o planeta vermelho. A viagem inaugural irá durar 6 meses e o Véio do Pastoril Encarnado será convidado de honra. A paisagem do espaço sideral é deslumbrante. Musk disse que a Sinhazinha poderá acompanhá-lo. A viagem é de cortesia. É pegar ou largar.

Eles vão pousar na cratera de um vulcão. Quantas emoções! No planeta vermelho todos os marcianos são comunistas e petistas. O Véio do Pastoril Encarnado vai adorar.

Depois de seis meses, Musk enviará um novo teco-teco para resgatar os sobreviventes. A previsão é que o pouso de retorno será tranquilo numa ilha deserta do Triângulo das Bermudas. O local é infestado de tubarões mansinhos e os bichos costumam tomar banho de sol no local para conversar com os visitantes.

O resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos foi muito além da decantada margem de erro. Diziam que seria uma disputa acirrada. Ou as pesquisas foram manipuladas ou os institutos foram incompetentes, ou as duas coisas. A mídia globalista trabalhou ostensivamente em favor da candidata democrata Kamala Harris. Donald Trump foi apresentado como o cavaleiro do Apocalipse e no final derrotou a catrevagem toda. A esquerda globalista vai continuar jogando sujo contra o governo de Trump. Faz parte da natureza do escorpião. Hasta la vista, galera!

*Periodista, escritor e quase poeta

Meu amigo Aristeu Plácido Júnior, chefe de gabinete do senador Fernando Dueire, a quem batizei de embaixador de Pernambuco em Brasília, recebeu uma dupla bela e justa homenagem do Senado: a Medalha Palácio Conde dos Arcos e o Certificado de Honra ao Mérito. As honrarias foram entregues pela diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, como parte das comemorações pelos 200 anos do Senado.

Com isso, a Casa Alta do Congresso ratifica o que toda bancada federal do Estado e a colônia pernambucana em Brasília também assinam embaixo: os relevantes serviços prestados por Aristeu e a excelência no desempenho de suas funções ao longo de sua trajetória profissional no Congresso Nacional.

Emocionado, nosso embaixador fez um rápido discurso no qual pontuou sua trajetória no Congresso Nacional, com ênfase para seus 13 anos de dedicação ao Senado. Correto com os que lhes estenderam a mão e abriram portas, agradeceu aos senadores Jarbas Vasconcelos e Fernando Dueire. “Sem eles, eu não teria chegado aqui, minha luz não brilharia, minha seria mais difícil repor as pedras da minha estrada”, afirmou.

Além de justa e oportuna, a homenagem deve ser entendida também como reconhecimento aos relevantes serviços que Aristeu prestou no início da sua vida pública em Brasília, atuando em diversos gabinetes na Câmara dos Deputados.

O irreal tem a mesma substância dos sonhos

A cada dia, postando nas suas redes o que mais aprecia – vender doces ilusões – fico convencido de que a governadora Raquel Lyra (PSDB) não leva a inteligência dos pernambucanos a sério. Sua mais recente provocação: incutir a ideia de que a extensão da duplicação da BR-232, de São Caetano, até Serra Talhada, e não Arcoverde, projeto original, já é uma realidade palpável, quando, na verdade, é uma sombra imperfeita do que seria realidade.

Estou convencido ainda de que o modo dela de governar não procura o real, persegue o irreal. Do irreal, só resulta a impotência, porque o que não é possível conceber não se pode dominar. Raquel, meus caros leitores, não está duplicando a 232 até Serra, até porque a estrada não lhe pertence. É federal. E o Governo Lula está em fase do exercício implacável da tesoura. A ordem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é cortar.

Até o social não escapa, conforme protestou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, provocando a ira no seio do núcleo duro do Governo. Se não há dinheiro para programas sociais, de onde vai aparecer grana para a duplicação de um projeto em Pernambuco que não está entre as prioridades de Lula? O ex-governador Jarbas Vasconcelos fez a duplicação do Recife a São Caetano com dinheiro azul e branco, do tesouro estadual, resultado da privatização da Celpe.

Um erro grosseiro, diga-se de passagem, porque Jarbas se apoderou de uma concessão federal e até hoje o Estado não consegue resolver um imbróglio em Brasília por conta do desvio de finalidade. Mas era uma promessa de campanha e ele botou na cabeça que tinha que cumprir de todo jeito, mesmo a União, dona da estrada, não ter colocado um centavo na obra.

A governadora não está iniciando a duplicação de São Caetano a Serra Talhada. Apenas autorizou a contratação de um estudo de viabilidade técnica, que se não me falha a memória, já existe, iniciativa do governo passado. Se já existe, por que então gastar rios de dinheiro para fazer um novo estudo? Grande parte do que vejo de propaganda deste governo é irreal. E o irreal é feito da mesma substância de que são feitos os sonhos.

RESTAURAÇÃO SONRISAL – Seria cômico se não fosse trágico sair do Recife pela BR-232 e se deparar com outdoors, pagos pelos impostos dos contribuintes, passando a informação de que a duplicação até o Sertão já é realidade. Raquel espalha fake news. Devia compreender que está gerando uma grande esperança. Esperança gera expectativas reais quando tudo parece irreal. Aliás, as obras de restauração que começaram na mesma estrada federal são iguais a Sonrisal: em muitos trechos, a buraqueira já é vista do mesmo jeito, para infelicidade dos que transitam pela via mais movimentada do Estado.

Um ano para se chegar ao projeto! – A governadora diz que vai investir R$ 5,1 bilhões no chamado Programa PE na Estrada, no qual o projeto de viabilidade técnica para duplicação da BR-232 até Serra Talhada está incluído. O primeiro lote do projeto, segundo o Governo, vai de São Caetano e Arcoverde, extensão de 108,9 quilômetros. Já o segundo lote atende ao trecho entre Arcoverde e Serra Talhada, com 156 quilômetros de extensão. A previsão é de que os projetos sejam concluídos em dez meses e que as obras sejam iniciadas no primeiro semestre de 2026. Ou seja, só o projeto vai consumir quase um ano para sair do papel, mas a governadora vende gato por lebre, a ideia de que a duplicação é cristalina na realidade. Coitados de nós, pobres mortais pernambucanos!

Custo dos estudos é R$ 40 milhões – Os editais de licitação para elaboração do projeto de duplicação da BR-232, entre as cidades de São Caetano, no Agreste, e Serra Talhada, no Sertão, já estão no Diário Oficial. De acordo com as publicações, as empresas contratadas serão responsáveis por elaborar estudos e relatórios de impacto ambiental e o projeto básico e executivo de engenharia para a duplicação, adequação e restauração da pista da rodovia. Para essa fase inicial de elaboração dos projetos, os contratos terão valor total de R$ 37,2 milhões.

Ainda vão à caça do dinheiro – O próprio secretário de Infraestrutura do Governo do Estado, Diogo Bezerra, admite que a governadora não tem dinheiro para duplicação da estrada. “Com o projeto em mãos, iremos buscar recursos e fazer essa grande entrega para a população”, diz ele. O secretário, entretanto, vai encontrar as portas federais fechadas em Brasília. O Ministério da Fazenda está anunciando um bloqueio da ordem de R$ 5 bilhões no orçamento do ano que vem, sob os protestos de vários ministros, inclusive de Renan Filho, dos Transportes, única porta que estaria aberta para o secretário.

Cortes podem ter impacto de R$ 70 bilhões – O governo Lula engajou em um discurso sobre os cortes de gastos para equilibrar as contas públicas, mas ainda não houve anúncio oficial. É a quarta semana que o tema toma conta da equipe econômica. O governo se comprometeu a acabar com o rombo nas contas públicas em 2024. O objetivo é que os gastos sejam iguais às receitas e espera-se um déficit zero. Na prática, é necessário aumentar a arrecadação e diminuir despesas. Entretanto, pouco foi feito pelo lado da segunda opção. Por isso, a cobrança do mercado financeiro pelo anúncio das medidas. O Congresso sinalizou que o impacto total do pacote deve ser de R$ 70 bilhões.

CURTAS

PLANOS – O governo federal espera mexer com uma série de despesas no pacote que visa reduzir os gastos públicos. Os planos incluem mudanças nas regras do salário-mínimo, no abono salarial e na pensão dos militares.

MILITARES – Segundo o ministro Fernando Haddad, o corte dos gastos com militares deve trazer uma economia anual de R$ 2 bilhões aos cofres públicos. As medidas incluem a determinação de uma idade mínima para aposentadoria e o fim da pensão a familiares de militares expulsos do Exército.

BLOQUEIO – O ministro descartou a possibilidade de contingenciamento, mecanismo usado quando as receitas do governo vêm abaixo do esperado. O que se enxerga é o contrário, a arrecadação com impostos tem batido recordes. “Talvez seja um pouquinho mais, mas é na casa dos R$ 5 bilhões. É bloqueio porque a receita está correspondendo às expectativas”, disse.

Perguntar não ofende: Quanto custa a duplicação da BR-232 até Serra Talhada?

Por Luiz Carlos Azevedo*

Duas semanas antes de terminar o seu mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro compareceu a um jantar na casa do ex-ministro das Comunicações Fábio Faria, para o qual também foram convidados o então ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, presidente do PP, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli. O encontro antecedeu a exoneração de Faria da pasta, a pedido, o que viria ocorrer em 21 de dezembro, uma quarta-feira.

O vazamento do encontro ocorreu duas semanas após a conversa. Na primeira versão, “oficial”, Bolsonaro estaria abatido com a derrota eleitoral e pretendia tirar um “período sabático” nos Estados Unidos, não comparecendo à posse de Lula. Nogueira, Faria e Toffoli tentaram convencer Bolsonaro a reconhecer a vitória do petista, para esvaziar os acampamentos bolsonaristas à porta dos quartéis, que defendiam uma intervenção militar e não reconheciam o resultado das urnas.

Bolsonaro teria se eximido de responsabilidade — “não mobilizou nada, então não vai desmobilizar nada” — e prometeu aos presentes que não faria “nenhuma aventura”. Mais tarde, novos vazamentos deram mais detalhes: o ex-chefe do Planalto teve duas crises de choro, disse que não queria ser preso, que temia uma perseguição aos seus filhos e que não apoiava a realização de “atos terroristas”. Na ocasião, teria sido convencido a não assinar a tal “minuta do golpe”, o decreto de intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encontrado em poder do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

O encontro causou grande constrangimento para Toffoli, criticado por participar do jantar, num momento de muita tensão política entre Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes. Quando presidente do Supremo, Toffoli foi o responsável por autorizar a abertura do inquérito das fake news, cujo relator é Moraes e que agora resultou no indiciamento do ex-presidente e seus aliados. Nos bastidores da Corte, porém, sabia-se mais.

Havia uma batalha entre a ala política do governo, que reconhecia o resultado da eleição, e o grupo de generais e policiais que cercava Bolsonaro, que pretendia mesmo impedir a posse de Lula, custasse o que custasse, sabe-se agora, inclusive, o assassinato do presidente eleito, seu vice Geraldo Alckmin e do próprio ministro Moraes, cujo sequestro ou assassinato teria sido preparado e abortado de última hora, em 15 de dezembro. Na ala política, os mais influentes eram Nogueira, Faria e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Jorge Oliveira, advogado e policial militar, que fora secretário-geral da Presidência. O grupo militar era liderado por Braga Netto, o vice de Bolsonaro, mas não contou com apoio do Alto Comando do Exército.

Sustentação política

Destoava do grupo o almirante de esquadra Flávio Rocha, ministro da secretaria de Assuntos Estratégicos, apesar de o então comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, ter oferecido a Bolsonaro o emprego de seus fuzileiros navais para dar o golpe, “bastava uma ordem”. O almirante Moura Neto, ex-comandante da Marinha, ao lado do general Enzo Peri, ex-comandante do Exército, atuaram nos bastidores da transição para que as respectivas forças não aderissem ao golpe. Apesar de supostamente “bolsonarista”, o então comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, não aderiu aos golpistas.

Também faltou articulação internacional em apoio ao golpe. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reconheceu de pronto a vitória de Lula. Depois, um diplomata lotado no Supremo foi despachado aos Estados Unidos para relatar ao Departamento de Estado, informalmente, o que estava se passando na transição de governo. Os militares norte-americanos mantêm estreita relação de cooperação com seus colegas brasileiros, principalmente do Exército, desde a II Guerra Mundial.

Havia base social para que o golpe fosse bem-sucedido, devido à estreita margem de vitória de Lula e à intensa mobilização dos militantes bolsonaristas. Também havia apoio de corporações que se identificam com Bolsonaro, como a maioria dos integrantes do Exército. Mesmo assim, prevaleceram a hierarquia e a disciplina, apesar dos esforços dos generais golpistas para desmoralizar o Alto Comando do Exército. O fator decisivo para frustrar o golpe, porém, foi a falta de apoio político e institucional, no Judiciário, inclusive na Justiça Militar, e no Congresso Nacional.

A vitória de Lula já havia sido reconhecida por todos os partidos, com exceção do PL de Bolsonaro, cujo presidente, Valdemar Costa Neto, entrou com uma ação que questionava o resultado das urnas. Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), apoiavam a ala política do governo que trabalhava para neutralizar os golpistas. Nas conversas, todos se remetiam ao que ocorreu com os políticos que apoiaram o golpe militar de 1964 e acabaram tendo os direitos políticos cassados pelos militares, como Carlos Lacerda (UDN) e Juscelino Kubitschek (PSD).

*Repórter especial do Correio Braziliense

Por Osvaldo Matos Júnior 

A economia brasileira tem historicamente sido alicerçada em commodities, que constituem uma parcela significativa de nossas exportações. Nesse cenário, a China desponta como nosso principal parceiro comercial, adquirindo itens como soja, minério de ferro e petróleo em volumes massivos. Contudo, essa dependência excessiva de um único mercado e de um número restrito de produtos apresenta riscos graves para a economia nacional, tornando essencial a diversificação de nossas exportações e o estabelecimento de uma rede ampla de compradores.

Riscos de uma Relação Comercial Concentrada

Vulnerabilidade a Oscilações Externas: A dependência do mercado chinês nos torna suscetíveis às flutuações econômicas, políticas e regulatórias desse país. Por exemplo: a desaceleração no crescimento da economia chinesa ou mudanças em suas políticas industriais podem reduzir a demanda por nossas commodities, gerando impactos devastadores para nossa balança comercial e, consequentemente, para o PIB.

Concentração em Commodities: A exportação majoritária de produtos primários nos coloca em uma posição frágil na cadeia de valor global. Commodities são suscetíveis à volatilidade dos preços no mercado internacional, e sua produção, muitas vezes, não agrega valor suficiente à economia nacional, limitando o desenvolvimento de setores mais sofisticados.

Dependência Estratégica Perigosa: Em um mundo cada vez mais marcado por disputas geopolíticas, depender de uma única nação como principal parceira comercial pode ser perigoso. Caso surjam tensões políticas ou comerciais entre Brasil e China, as consequências para nossa economia poderiam ser desastrosas.

Por que Diversificar é Crucial?

Diversificar tanto a base de produtos exportados quanto os destinos comerciais é uma estratégia que fortalece a resiliência econômica do Brasil. Ao ampliar o número de compradores e explorar novos mercados, reduzimos nossa vulnerabilidade a crises localizadas em um único parceiro. Além disso, ao investir na exportação de produtos com maior valor agregado, como manufaturados e serviços tecnológicos, o Brasil pode garantir retornos mais elevados e uma posição mais competitiva no comércio internacional.

Estratégias para Ampliar as Ações de Comércio Exterior

Acordos Comerciais Estratégicos: O Brasil precisa intensificar a busca por acordos bilaterais e multilaterais com regiões como Europa, América Latina, África e Sudeste Asiático. Esses acordos podem reduzir barreiras tarifárias e não-tarifárias, abrindo novos mercados para os produtos brasileiros.

Fomento à Industrialização e Inovação: É essencial investir em políticas que incentivem a industrialização, inovação e a produção de bens com maior valor agregado. Isso inclui o desenvolvimento de setores como biotecnologia, energia renovável e tecnologia da informação.

Promoção Comercial Ativa: A atuação de embaixadas, câmaras de comércio e missões empresariais deve ser intensificada, promovendo os produtos brasileiros em mercados ainda pouco explorados. Estratégias digitais e a participação em feiras internacionais também são ferramentas poderosas nesse sentido.

Redução da Burocracia e Incentivos à Exportação: O governo deve trabalhar para facilitar o processo de exportação, reduzindo a burocracia e criando incentivos fiscais para empresas que desejam explorar novos mercados.

Conclusão

A dependência brasileira das vendas de commodities para a China é insustentável a longo prazo. Para garantir o crescimento econômico e a segurança de nossas exportações, é imperativo diversificar tanto os parceiros comerciais quanto a oferta de produtos. Ao adotar uma postura estratégica, o Brasil pode se posicionar como um ator global mais robusto, resiliente e competitivo, reduzindo sua vulnerabilidade e maximizando as oportunidades no comércio internacional.

O futuro do comércio exterior brasileiro depende de nossa capacidade de agir com visão, planejamento e determinação.

*Especialista em comércio exterior, inteligência competitiva, cientista político e social e publicitário

Por Letícia Lins*

A Academia Pernambucana de Letras abre as portas, às 19h da segunda-feira (25), para celebrar o centenário de Maria do Carmo Barreto Campello de Melo (1924-2008). E o faz em grande estilo: com o lançamento do livro “Íntimo Idioma” (Editora Cepe), que contará com a apresentação da Orquestra de Médicos do Recife. O livro foi organizado por Sônia Bierbard que, juntamente com José Mário Rodrigues e Adriano Cabral, fará a declamação de poemas da autora que  nos deixou como herança uma dezena de livros.  Entre os poemas escolhidos para a apresentação estão Atentai, irmãos; O homem sitiado, e Identificação.

Os poemas serão intercalados com apresentações musicais, que se encerram com “My Way”, uma das músicas que ela mais gostava. “Íntimo idioma” possui 376 páginas e 192 poemas. Maria do Carmo nasceu no Recife, tinha formação em Letras Clássicas e Didática de Letras Clássicas, o que a levou ao ensino de Português, Latim, Literatura Portuguesa e Brasileira. Durante a carreira, escreveu uma dezena de livros: Música do silêncio I (1968), Música do silêncio II (1971), O tempo reinventado (1972), VerdeVida (1976), Ser em trânsito (1979), Miradouro (1982), Partitura sem som (1983), De adeus e borboletas (1985), Retrato abstrato (1990), Solidão compartilhada (1994), Visitação da vida (2000) e A consoada (2003). Segundo Diogo Guedes, editor da Cepe, “ao longo da vida, ela publicou reuniões e coletâneas, muitas vezes reorganizando e reescrevendo sua obra”. O lançamento será no Auditório Mauro Mota da APL, bairro das Graças, no Recife.

“Sua poesia traz a tônica da confiança. Da fé, na dimensão privada; da esperança, na dimensão social. E sempre com seu modo manso de agir. O seu, não foi um tempo fácil; ela o viveu, inteira, intensa, testemunhando no canto — entre a revolta e a reserva — sua relação com o mundo”, descreve Lourival Holanda, no prefácio de “Íntimo Idioma”. Professor de Literatura, crítico literário e Presidente da APL, ele destaca que a poesia de Maria do Carmo é de quem permanece sempre na expectativa. “Na poeta tudo é pressentimento e expectação da luz”, lembra ele ao fazer uma análise pormenorizada da obra da poeta, bem como indica as preocupações e os compromissos frente a um Brasil que vivia sob o regime militar (1964-1985). Ao mesmo tempo em que possui tal consciência, a poeta é dona de uma escrita que, segundo Lourival, “não grita, sussurra; e quando sonha, é olhando o mundo em torno”.

Maria do Carmo foi mãe de oito filhos e avó de 16 netos, que enxergava poesia nas coisas da alma e no cotidiano. Na Sudene, onde trabalhou, foi  – por exemplo – a primeira a perceber o potencial poético de João Cláudio Flávio Cordeiro da Silva, Miró, o poeta das ruas do Recife (1960- 2022). “Tive o privilégio de conviver por décadas com Carminha como nora e, depois, como mãe de seu neto Denis, que me fez admirar os abismos da criação e do estar na vida”, detalha Sônia.  Paulo Barreto Campello, um dos filhos de Maria do Carmo, é um dos integrantes da Orquestra dos Médicos de Pernambuco. Maria do Carmo também foi acadêmica. Entre janeiro de 1982 e julho de 2008, ela ocupou a cadeira 29 da academia, cujo patrono é o padre Antônio Gomes Pacheco.

*Jornalista do Oxe Recife

Os pacientes que estão na área da enfermaria do Hospital Pelópidas Silveira, localizado no Curado, Zona Oeste do Recife, estão enfrentando dificuldade para usar o banheiro – que é compartilhado por todos. Um vídeo enviado ao blog mostra o espaço totalmente inundado, devido ao entupimento dos ralos por onde a água deveria escoar. O medo das pessoas é que a situação possa ocasionar quedas, podendo piorar o quadro dos pacientes que já estão na unidade para tratar de suas enfermidades.

Em nota enviada ao blog, a direção do hospital afirmou que “uma solicitação para resolver o entupimento em uma enfermaria foi aberta no final da tarde deste domingo (24) e a situação já foi sanada”.

Veja o vídeo:

Confira a nota na íntegra

A direção do Hospital Pelópidas Silveira (HPS) informa que a equipe de Manutenção da unidade atua para atender qualquer necessidade de reparos ou ajustes que possam ocorrer nas dependências do hospital, visando sempre a segurança de toda a comunidade hospitalar. Uma solicitação para resolver o entupimento em uma enfermaria foi aberta no final da tarde deste domingo (24/11) e a situação já foi sanada. 

É importante destacar que, havendo alguma ocorrência, pacientes ou acompanhantes devem informar aos profissionais do setor para que seja feita a solicitação para vistoria. É indispensável que seja feita a comunicação para que o caso seja resolvido no menor tempo possível, minimizando impactos e assegurando a qualidade dos serviços prestados. 

Por fim, a direção do HPS ratifica seu compromisso em trabalhar diariamente para garantir uma assistência segura e humanizada para os usuários do SUS.

Por Ricardo Kotscho*

21 de novembro de 2024. Demorou, mas chegou o grande dia da verdade para os otários golpistas. Guardem esta data. A partir de agora, quem tentar dar golpe contra a democracia no Brasil irá em cana, e por muito tempo, sem anistia. Foi um divisor de águas na história recente do país, que correu o risco de entrar em outra ditadura militar, mas vencemos esta batalha. A guerra, porém, ainda não acabou, enquanto essa corja de aloprados não for tirada de circulação.

Dos planos para jogar bombas nos quartéis e na adutora de água do Rio de Janeiro, nos seus tempos de caserna, ao golpe militar fracassado, o ex-capitão Jair Bolsonaro se especializou em desmoralizar as Forças Armadas. Era um terrorista fardado em formação, processado e preso por atos de indisciplina, depois absolvido pelo Superior Tribunal Militar numa história até hoje mal contada. Como líder sindical dos militares, elegeu-se para se proteger no baixo clero da Câmara dos Deputados por sete inúteis mandatos.

Os generais que apoiaram sua candidatura presidencial, em 2018, a começar pelo então comandante do Exército, Eduardo Villas Boas, sabiam muito bem com quem estavam lidando, mas resolveram correr o risco para voltar ao poder a bordo de um cavalo de Troia, achando que iriam domá-lo. Aconteceu exatamente o contrário.

Humilhou e demitiu generais que se colocaram em seu caminho, falava em nome do “meu Exército” e, desde o seu primeiro dia no governo, trabalhou para afrontar as instituições democráticas, com o único objetivo de nele permanecer por tempo indeterminado com plenos poderes. Deixou um rastro de aliados abandonados à beira da estrada, uma economia em frangalhos, a destruição do meio ambiente e mais de 700 mil mortos na pandemia que poderiam ter sido evitadas.

Ainda custo a acreditar que ele cometeu todas as barbaridades possíveis durante quatro anos, impunemente, com a complacência dos seus colegas de farda, até fugir do país na véspera da posse do presidente eleito, deixando plantada a bomba de efeito retardado do 8 de Janeiro.

Mas ainda não era tudo. Ficamos sabendo nesta semana que, após a derrota nas urnas, Bolsonaro e sua quadrilha planejaram o assassinato do presidente Lula, de seu vice, Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos instaurados por seus crimes em série no STF. É de estarrecer, como disse o presidente do STF, Luís Roberto Barroso. O que falta saber ainda?

E agora, o que farão as Forças Armadas com a penca de militares que Bolsonaro arrastou para o opróbrio? O julgamento de todos eles ainda vai demorar. Vão esperar as sentenças transitarem em julgado para só então expulsar esses traidores da pátria das suas fileiras, pagando-lhes os gordos soldos com todos os penduricalhos?

E quando o Congresso Nacional vai, finalmente, votar a revogação do artigo 142 da Constituição, que permite aos militares se arvorar em tutores da Nação civil, com tempo livre para planejar golpes e atentados, desde a Proclamação da República, disputar eleições sem deixar os quartéis e decidir entre eles qual o melhor regime para governar o país?

Enquanto isso não mudar, não teremos paz. Poderíamos aproveitar este momento grave da vida nacional para rediscutir o papel da Forças Armadas num país democrático em tempos de paz, devolvendo as tropas à sua missão constitucional de zelar pelas nossas fronteiras e pela nossa soberania, ameaçadas como nunca antes, não por uma potência estrangeira, mas pelo crime organizado fora de controle.

O golpe fracassado serviu também, pelo menos, para mostrar o despreparo, a incompetência, a burrice e a megalomania de uma casta militar medíocre, que ainda hoje vive nos tempos da Guerra Fria. Os oficiais legalistas, que não aderiram ao golpe, embora muitos tenham se omitido na defesa da democracia, deveriam se preocupar com isso para impedir que surjam outros bolsonaros em suas fileiras.

Acampamentos em frente aos quartéis, nunca mais!

*Jornalista do UOL