As obras de requalificação da PE-304, que liga Tabira (PE) a Água Branca (PB), têm decepcionado a população. Recém-reformada, a estrada, que era um sonho da da população tabirense e dos municípios vizinhos, já apresenta buracos. Em vídeo enviado ao Blog, moradores mostram a fragilidade do asfalto ao abrirem um buraco com uma simples chave. “Uma verdadeira gambiarra. Nem choveu este ano e já tá abrindo buraco”, critica um deles.
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), confirmaram presença na cerimônia de abertura do 8º Congresso Pernambucano de Municípios, promovido pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). O evento será realizado amanhã, às 9h, no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.
Com o tema “Gestão de Sucesso: Planejamento e Ação”, o congresso reunirá prefeitos, técnicos, assessores, representantes da sociedade civil, além de autoridades do Governo Federal, estadual e municipal. A programação contará, após a solenidade de abertura, com o atendimento da Caravana Federativa, que reúne ministérios, bancos públicos e diversas instituições federais para suporte direto às gestões municipais.
Também será lançada a iniciativa “Vamos Mudar Juntos”, do Governo de Pernambuco, com a presença de mais de 20 secretarias estaduais à disposição dos prefeitos e prefeitas. Ainda na segunda-feira será aberta a Feira do Congresso da Amupe, com exposições de tecnologias, serviços e soluções voltadas à modernização da administração pública.
A presença de Raquel Lyra e João Campos ocorre em um contexto de rivalidade política crescente, já que ambos são apontados como prováveis adversários na disputa pelo Governo de Pernambuco em 2026. Embora tenham atuado juntos, no início do ano, para articular a formação de uma chapa única para a direção da Amupe, a relação entre os dois é marcada pela disputa por espaço e protagonismo político no Estado.
A chapa foi composta com o ex-prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia (Podemos), como presidente da entidade até abril de 2026, quando deve renunciar para disputar uma vaga no Congresso Nacional, e o prefeito de Aliança, Pedro Ermírio Freitas (PP), que assumirá a presidência da associação.
Na ocasião da eleição da Amupe, a participação de Raquel Lyra e João Campos, juntamente com o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), e de outras lideranças estaduais, foi considerada decisiva para construir o consenso entre os prefeitos e evitar a disputa entre chapas. No entanto, a aproximação institucional não reduziu – pelo contrário – a expectativa de enfrentamento entre os dois líderes em 2026, com João Campos sendo apontado como o principal nome da oposição à tentativa de reeleição da governadora.
O 8º Congresso da Amupe seguirá até a próxima quarta-feira (30), com uma programação que inclui debates, atividades técnicas e exposições voltadas ao fortalecimento da gestão pública municipal em Pernambuco.
O senador Humberto Costa (PT) rebateu as críticas feitas por Anderson Ferreira, presidente do PL em Pernambuco, ao Governo Lula e aos ministros pernambucanos. Para Anderson, a gestão petista apresenta “muita falácia, pompa e pouco resultado prático”. Humberto reagiu afirmando que “a primeira coisa que Anderson precisa responder é o que Jair Bolsonaro fez por Pernambuco enquanto foi presidente. Ele foi prefeito de Jaboatão — e o que Bolsonaro fez lá? O que o bolsonarismo sabe fazer é apenas criticar”, disse o petista. As informações são do Blog Dantas Barreto.
Presidente nacional do PT, Humberto também criticou a atuação da extrema direita, que, segundo ele, “se limita a atacar e a propor medidas que não atendem aos interesses da população”. Como exemplo, o senador citou que o Governo Lula enviou ao Congresso Nacional a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. “E qual é a proposta da extrema direita? A anistia para quem tentou dar o golpe”, disparou.
O que era para ser um dos momentos mais sagrados da Festa da Divina Misericórdia, em Arcoverde, acabou sendo maculado pela postura da governadora Raquel Lyra. Aproveitando a abertura concedida pelo padre Adilson Simões, Raquel transformou o encerramento do evento em um palanque político. Em vez de respeitar a natureza religiosa da celebração, a governadora optou por um discurso recheado de anúncios de obras, estradas e ações de governo, como se estivesse em pleno comício.
Referindo-se a Santa Cruz do Capibaribe, a governadora comemorou que, graças ao seu trabalho, as águas do São Francisco agora chegaram ao município, mas alguém da plateia lembrou que a obra é de Lula.
A atitude causou desconforto entre os presentes, incluindo o deputado federal Pedro Campos e sua mãe, Renata Campos, que assistiram a tudo em silêncio.
O pré-candidato à presidência nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Edinho Silva, esteve no Recife hoje para participar da Plenária Estadual da tendência interna Construindo um Novo Brasil (CNB), realizada no Sindicato dos Bancários de Pernambuco. Durante o evento, que reuniu lideranças locais, Edinho conversou com a imprensa e comentou sobre o cenário político do Estado.
Questionado sobre o posicionamento do PT na eleição para o Governo de Pernambuco em 2026, Edinho afirmou que a decisão caberá ao diretório estadual. “Não sou o presidente ainda, mas quando for irei repetir isso: tenho plena confiança na direção do PT de Pernambuco. Tenho certeza que a direção estadual saberá construir a melhor tática eleitoral possível”, disse.
O pré-candidato também destacou que a prioridade do partido no Estado será a reeleição do senador Humberto Costa, que atualmente preside o diretório nacional de forma interina. “A prioridade para o ano que vem é reeleger o senador Humberto, que é uma das nossas maiores lideranças no Brasil”, afirmou.
Além de Edinho, participaram da plenária o senador Humberto Costa; a senadora Teresa Leitão, coordenadora nacional do Setorial de Educação do PT; o deputado federal Carlos Veras; e o presidente estadual da sigla, Doriel Barros. No Estado, o PT enfrenta um debate interno sobre os rumos da legenda em 2026.
O deputado Carlos Veras, a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, e o secretário-geral do PT em Pernambuco, Sérgio Goiano, são apontados como possíveis nomes para a sucessão de Doriel Barros na presidência do diretório estadual. No Recife, o ex-vereador Jairo Brito já anunciou sua candidatura para comandar o diretório municipal.
Nos bastidores, a divisão passa também pela disputa estadual. Enquanto parlamentares como João Paulo e Doriel Barros mantêm aproximação com a governadora Raquel Lyra (PSD), outros dirigentes, como Humberto Costa e Teresa Leitão, são mais próximos do prefeito do Recife, João Campos (PSB), que é cotado para a disputa pelo governo estadual em 2026.
“O PT não ficará neutro. O PT vai apoiar quem estiver com Lula. Quem está com Lula, hoje, é João Campos”, afirmou Teresa Leitão. Questionada sobre uma possível aproximação de Raquel Lyra com o presidente Lula, Teresa ponderou que “vai depender das circunstâncias nacionais, porque uma coisa é estar e a outra é sinalizar”.
Para Humberto Costa, ainda não há definição sobre o posicionamento do partido para a eleição estadual. “Conversei com Edinho (sobre o cenário local), mas informalmente. Até porque estamos começando agora o Grupo de Trabalho Eleitoral. Essa semana teremos reunião e vamos passar um informe dos estados e vamos levar isso ao presidente Lula. Assim que Edinho assumir, ele já deve ter um cenário do que a gente tem e o que é possível fazer”, disse.
PED
O Partido dos Trabalhadores realiza em 2025 mais uma edição do seu Processo de Eleição Direta (PED), mecanismo interno para a escolha das direções municipais, estaduais e nacional da legenda. As eleições ocorrerão no dia 6 de julho, das 9h às 17h, por meio de votação secreta. Poderão participar todos os filiados e filiadas que tenham regularizado sua filiação até 28 de fevereiro de 2025.
O mandato dos eleitos será de quatro anos, com exigência de paridade de gênero e reserva de vagas para jovens, negros e indígenas, conforme as normas estatutárias do partido. O PED é considerado pelo partido uma etapa fundamental para o fortalecimento da organização partidária e para o alinhamento das estratégias políticas nos próximos anos.
Todos os analistas concordam. Já virou “truísmo”. A eleição presidencial de 2026 será diferente na hipótese da candidatura do governador de São Paulo. Com os olhares voltados para o maior estado do país, à espera de sinais que confirmem ou não as expectativas, alguns levantamentos nesse mês especularam o peso atual de possíveis nomes que poderiam substituí-lo na corrida ao Palácio dos Bandeirantes.
Dado que a essa altura os institutos trabalham com listas diferentes de eventuais postulantes é impossível elaborarmos médias de desempenho, o que nos levou a optar por apresentar no programa os dados reportados apenas pelo Datafolha.
Caso seja candidato à reeleição, o governador terá um caminho confortável à frente. O percentual de 47% que obtém numa lista longa representaria 56% dos votos válidos, sendo que todos os candidatos de direita marcam no agregado 67% do total, ou 80% dos válidos. A performance de Tarcísio é explicada pelo que sempre lembro: a mais poderosa variável preditora do desempenho dos incumbentes é a aprovação da sua administração. O Datafolha, de parabéns por incorporar agora às suas medições essa medida dicotômica (aprovação x desaprovação), lhe apontou 61% de aprovação, patamar que tornaria imbatível, a preço de hoje, o projeto de reeleição.
Sem Tarcísio na urna, o jogo começará mais embolado, liderado com 29% por Geraldo Alckmin, vice-presidente e ex-governador em quatro ocasiões. Nesse cenário, a distância entre os times da direita e da esquerda (Alckmin reposicionado aqui) se estreita. O primeiro continua ganhando, embora com um patamar menor, 48% do total, mas a esquerda duplica seu desempenho, chegando a 34%.
Quem seria ungido por Tarcísio?
Três nomes aparecem à frente, quando os paulistas são chamados a conjecturar sobre qual deles teria a preferência do governador. Provavelmente por conta da eleição municipal do ano passado. Os dois primeiros, que aparecem com mais destaque, praticamente empatados (Marçal, 23% e Ricardo Nunes, 22%), disputaram voto a voto a vaga da direita ao segundo turno. Isso se reproduz no gráfico acima. O apoio de Tarcísio foi decisivo para a vitória do prefeito, que hoje desfruta de boa aprovação na capital.
Na campanha, estreitaram muito a parceria que mantinham, tornando inverossímil a hipótese do apoio a Marçal. O outro nome que atinge na lista os dois dígitos (10%), que costumam caracterizar candidatos competitivos, também tem a ver com o pleito passado. Não pelo próprio desempenho eleitoral, mas pela força que granjeou com a performance do seu partido. O PSD de Kassab, secretário de Tarcísio, foi o grande vitorioso no conjunto dos municípios paulistas assim como no cômputo do país, e pode cumprir papel importante na equação politica de uma campanha ao Planalto.
Segue o dilema do governador
Tendo optado por uma estratégia diferente dos demais pré-candidatos do seu campo, que percorrem o país sem omitir a pretensão para o ano que vem, Tarcísio depende por completo de Bolsonaro, o qual, embora inelegível, tem se recusado a cogitar sobre um substituto. Porém, o esforço do ex-presidente em manter sob controle absoluto a passagem do bastão pode ter sido fragilizado pela nova cirurgia, que talvez o impeça de voltar às ruas e às articulações presenciais por um bom tempo, ambos ingredientes vitais para o comando que exerce, e que não podem ser substituídos nesse caso pelas redes sociais. Isso confirmado, aos poucos se afrouxarão as rédeas com que controla o processo.
Avançam os movimentos do tabuleiro do xadrez do próximo ano, embora sem jogadas decisivas. Ratinho, Caiado e Zema mostram nas pesquisas inequívocos sinais de que seriam competitivos. Tarcísio, presume-se, está atento ainda à sorte de Lula, o que equivale dizer, às suas próprias chances em um voo mais alto. De um lado, a história da Nova República mostra que, em um país continental heterogêneo como o nosso, nunca governadores paulistas tiveram êxito na empreitada nacional. Maluf, Quércia, Alckmin, Serra. Nomes aos quais pode ser acrescido Doria, escolhido em prévias mas impedido de concorrer.
Como lembrou Iuri Pitta na nossa conversa, foi Jânio Quadros, o último paulista a se tornar presidente, 65 anos atrás. Porém, de outro lado não se deve esquecer que Tarcísio se fez governador quebrando paradigmas. Nenhum candidato antes dele ostentava no currículo um vazio no quesito experiência político-eleitoral. Teve sucesso na primeira eleição que disputou.
Lula continuará a recuperação?
Peça central na eleição do ano que vem, a aprovação do presidente oscilou um ponto positivamente no Índice CNN, elaborado pelo IPESPE Analítica, ocorrendo o mesmo com a desaprovação. No artigo do mês anterior, com base na evolução dos saldos, eu usei a expressão “parou de piorar”. À medida que o clima eleitoral tomar conta do país irá ficando mais difícil observarmos mudanças vigorosas nesse quadro. Na perspectiva de uma recuperação, 2025 poderá caminhar na direção do que foi 2024, mas será quase impossível a volta dos melhores percentuais de 2023.
Aliás, naquele ano tivemos, por vários motivos que analisarei oportunamente, a mais duradoura “lua de mel” em tempos recentes de um presidente com a opinião pública, desmentindo cabalmente a ideia de que vivemos uma insuperável “polarização calcificada”. A propósito, as pesquisas sobre o novo mandato de Trump também contradizem a tese da suposta ”calcificação” até no país em que foi originalmente concebida. As mudanças impressionam. Segundo o Pew Research, a aprovação do presidente americano desde fins de janeiro recuou sete pontos, para 40%, e a desaprovação subiu 12 pontos, chegando a 59%. Um saldo negativo de 19 pontos.
Vê-se no gráfico acima que o resultado negativo de abril melhorou dois pontos face ao mês anterior. Tendo contribuído nessa direção o conjunto de notícias positivas que o governo produziu ou capitalizou e também – muito importante – a diminuição do volume de notícias negativas. A inflação parece arrefecer, e a proximidade de Lula com os chefes do Congresso afasta os parlamentares, no momento, da pauta da anistia. Mas há que se prestar atenção no risco de voltar a onda de noticiário predominantemente negativo sobre o governo.
O asilo à ex-primeira dama do Peru levou a mídia e as redes da oposição à retomarem o tema da corrupção, relembrando a Odebrecht. Da mesma forma, na sequência, a citação ao nome do irmão do presidente no bojo das apurações – pela CGU e PF – de esquemas de desvio de dinheiro dos aposentados serve para reforçar as suspeitas de favorecimento e corrupção. E a prisão do ex-presidente Collor, por condenação ligada à Lava Jato, resgata com força no debate público a operação que teve um papel negativo marcante na história do presidente e de seu partido.
Mudanças na batalha das redes: Tarcísio assume a liderança, Ratinho vem em segundo
O Índice Datrix dos Presidenciáveis (IDP) de abril apresenta variações importantes:
Tarcísio de Freitas apresenta forte recuperação no IDP, saltando de 5,61 em março para 15,83 em abril. O crescimento reflete um aumento expressivo de visibilidade e uma redução significativa no volume de conteúdo negativo em mar aberto — as menções de stakeholders, como imprensa, políticos e influenciadores digitais. Apesar das críticas à atuação da PM e à remoção de famílias da Favela do Moinho, esses temas tiveram menor repercussão do que os conteúdos positivos. Em abril, foi o terceiro presidenciável com melhor desempenho em redes próprias, o que reforça sua capacidade de reação frente às críticas.
Ratinho Júnior mantém um patamar semelhante ao de março. O governador do Paraná segue como um dos presidenciáveis mais estáveis no IDP (14,93 em abril, 15,81 em março), embora registre um volume reduzido de menções em mar aberto.
Ciro Gomes sobe no IDP de abril, chegando a 9,59 pontos, impulsionado pela melhora no mar aberto (de -15,04 em março para 0,21 em abril). O número de menções negativas nas redes caiu 35,6%. O principal destaque positivo foi a pesquisa Datafolha, que o aponta como nome competitivo em um cenário presidencial sem Lula e Bolsonaro.
Michelle Bolsonaro ampliou sua presença nas redes em abril, com foco nos temas da anistia e da saúde de Jair Bolsonaro. Suas postagens alcançaram alto engajamento, somando 1,7 milhão de interações. Ela segue como a presidenciável com maior capacidade de engajamento com sua base.
Caiado caiu de 13,47 para 3,64 (-9,83): o baixo apoio de lideranças de seu partido tem limitado o impacto positivo de sua candidatura.
Lula caiu de 9,96 para 5,90 (-4,06). A demissão do Ministro das Comunicações e o asilo concedido à ex-primeira-dama do Peru reacenderam o debate sobre corrupção. As denúncias de fraude no INSS, iniciadas em 23 de abril, ainda têm impacto limitado (queda de 3% em 24h). Em abril, houve interrupção na recuperação de sua imagem em mar aberto (-17,3 em abril), puxada principalmente pela queda de 74% no engajamento de seus perfis em comparação a março.
Romeu Zema reduziu significativamente o volume de menções negativas em mar aberto, passando de -26,45 em março para -8,46 em abril. A melhora foi impulsionada por sua participação nos atos pela anistia e por ser citado como uma alternativa à direita na ausência de Bolsonaro. Apesar da queda de 17,5% nas interações em suas redes próprias, mantém um bom nível de engajamento proporcional à sua base de seguidores.
A Datrix lembra que a performance digital dos potenciais candidatos é medida de forma original nesse Índice com notas que vão de -100 a + 100, combinando três grandes dimensões: engajamento nas redes próprias dos presidenciáveis, comentários em páginas da mídia , de influenciadores e de outros políticos, e a tonalidade das postagens numa escala de muito positiva a muito negativa. Milhões de dados das mais importantes plataformas (X, Facebook, Instagram, Threads, Bluesky, YouTube, entre outras) são extraídos e analisados por Inteligência Artificial.
Falta um ano e cinco meses para a eleição de 2026.
*Cientista político e sociólogo. Presidente do Conselho Científico do IPESPE. Presidente de Honra da ABRAPEL (Associação Brasileira dos Pesquisadores Eleitorais). Professor da UFPE.
O empresário e ex-candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), foi condenado pela Justiça Eleitoral, pela segunda vez, por abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e captação e gastos ilícitos de recursos durante a campanha eleitoral de 2024. A condenação determina que Marçal fique inelegível por oito anos, além de ter de pagar multa de R$ 420 mil por descumprir uma liminar do processo. O ex-candidato pode recorrer da decisão. Ao GLOBO, a assessoria do empresário disse que “ele ainda não me posicionou sobre isso”.
Segunda condenação
Esta é a segunda vez que Marçal é condenado. Em março deste ano, o juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz, de São Paulo, condenou o então candidato por abuso de poder político e econômico, uso indevido dos meios de comunicação e captação ilícita de recursos na campanha municipal do ano passado. Também ficou determinado que o ex-coach ficaria inelegível por oito anos, até 2032.
Marçal foi condenado por venda de apoio político. Durante a campanha eleitoral de 2024, ele prometeu gravar vídeos de apoio a candidatos a vereador que fizerem transferências PIX no valor de R$ 5 mil para a campanha dele.
“Você conhece alguém que quer ser vereador e é candidato? Que não seja de esquerda, tá? Esquerda não precisa avisar. Se essa pessoa é do bem e quer um vídeo meu para ajudar a impulsionar a campanha dela, você vai mandar esse vídeo e falar ‘olha aqui a oportunidade’. Essa pessoa vai mandar um PIX pra minha campanha, de doação, um PIX de R$ 5 mil”, diz o vídeo.
O coordenador jurídico da campanha de Marçal, Paulo Hamilton Siqueira Junior, informou que recorreria da ação junto ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.
A decisão de Zorz foi tomada no âmbito de ações movidas pelo PSB da deputada federal Tabata Amaral e por Guilherme Boulos, que disputaram com Marçal a corrida pela prefeitura de São Paulo. Marçal acabou de fora do segundo turno, com apenas 56.880 votos a menos que Boulos, o segundo colocado.
Após quase 14 anos, o Açude Orós, localizado no município de mesmo nome, no Ceará, voltou a sangrar na noite de sábado, 26 de abril. O fenômeno, que aconteceu por volta das 22h17min, trouxe um alívio e esperança para milhares de cearenses que dependem das águas do açude para abastecimento e subsistência. A última vez que o reservatório sangrou foi em agosto de 2011. Em um momento de celebração, moradores da região acompanharam o acontecimento, expressando sua alegria com gritos e aplausos.
A situação do açude vinha preocupando a população, especialmente após o período crítico entre janeiro e março de 2020, quando o Orós operava no volume morto, abaixo de 5% de sua capacidade. No entanto, o cenário começou a melhorar com as fortes chuvas que atingiram o estado desde o início do ano. Em abril, o volume de água no açude subiu de 58,6% para 88,8%. Com capacidade para armazenar até 1,6 bilhão de metros cúbicos de água, o Orós é o segundo maior reservatório do Ceará, essencial para a segurança hídrica da região. As informações são do jornal O Povo.
A importância do Açude Orós vai além do abastecimento de água. Ele é crucial para a agricultura irrigada, principalmente durante períodos de seca prolongada, e atende tanto a zonas urbanas quanto rurais. O reservatório é responsável por garantir o fornecimento de água para várias cidades e comunidades, além de regular o volume hídrico do estado. Sua operação é fundamental para o equilíbrio do sistema hídrico cearense.
O Açude Orós também tem um histórico marcado por um desastre em 1960, durante sua construção, quando fortes chuvas causaram o rompimento parcial da barragem, resultando em danos severos a cerca de 70 mil pessoas. Apesar desse episódio trágico, o açude foi concluído em 1961 e desde então se consolidou como uma das principais estruturas hídricas do Ceará, desempenhando um papel decisivo na manutenção do abastecimento de água no estado.
Um dos fundadores do SINDIFISCO-PE (Sindicato dos Auditores Fiscais da Fazenda do Estado de Pernambuco), o auditor fiscal aposentado da SEFAZ-PE (Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco) Alberto Porto enviou um comunicado ao Blog questionando a legitimidade do presidente da entidade, Francelino Valença. Ainda, criticou a atual gestão por desrespeitar decisões anteriores e omitir informações sobre o acordo salarial com o Governo de Pernambuco.
Porto, com 38 anos de dedicação à instituição, afirma ter convocado uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para discutir a destituição da diretoria, apontando a criação de um grupo de WhatsApp com quase 700 membros como reflexo do descontentamento generalizado entre os filiados.
Meu nome é Alberto Porto, sou auditor fiscal aposentado da SEFAZ-PE, após 38 anos dedicados à esta centenária instituição. Ocupei diversos cargos gerenciais, ao longo da minha carreira profissional, e fui sócio fundador do SINDIFISCO-PE, ao qual permaneço filiado durante as quase 4 décadas de sua existência.
Assim, não poderia deixar de contribuir com o meu pessoal relato, de forma sintética, sobre a grave situação de inédita perca de legitimidade do Sr. Francelino Valença como representante da nossa classe. Assim, cito, abaixo, fatos concretos que culminaram em convocação, estritamente embasadas nas normas estatutárias do SINDIFISCO-PE, de futura AGE para apreciação de medida com a finalidade de destruir a atual diretoria:
Sistematico desrespeito às decisões de AGEs anteriores, desde dezembro de 2024;
Omissão grave de informações sobre o último acordo salarial estabelecido com o Governo do Estado;
Contas rejeitadas em AGO para prestação de contas do ano de 2024;
Por fim, deixo as seguintes questões para a sua reflexão: durante toda a história do SINDIFISCO-PE, nunca enfrentamos uma situação de destituição de uma diretoria; então, não há algo de estranho neste fato além do “simples motim” alegado? Como pode haver a suposta “perseguição política” alegada se a atual diretoria foi eleita, na última eleição, em Chapa Única?
Como podemos explicar a criação e manutenção, por já 6 meses, de um Grupo de WhatsApp, com quase 700 membros, maioria absoluta dos filiados ao SINDIFISCO, para tentar fazer valer os seus direitos, em razão do sentimento de completo abandono dispensado de forma reiterada pela atual diretoria do SINDIFISCO?
A presidente municipal do PL Petrolina e do PL Mulher Petrolina, Lara Cavalcanti, cumpriu agenda partidária no Recife durante a semana passada. Na sexta-feira (25), ela participou das gravações para as inserções do Partido Liberal (PL), e ontem, integrou uma reunião estratégica na sede do PL Pernambuco com lideranças femininas, incluindo Izabel Urquiza e Paula Garcia, para discutir o fortalecimento da participação feminina na política.
O encontro teve como foco o planejamento de metas e o alinhamento do calendário de eventos, com ênfase no protagonismo da mulher na política não apenas em períodos eleitorais, mas de forma contínua. Durante a reunião, Lara sugeriu um projeto para movimentar o interior do estado, ampliando o espaço das mulheres na política local e estadual.
Izabel Urquiza ressaltou a importância da reunião: “Foi fundamental para unirmos forças e reafirmarmos que a mulher precisa ser protagonista da política o ano inteiro”. Já Lara criou expectativas. “Estamos preparando algo que vai marcar um novo tempo para as mulheres em todo estado e no Vale do São Francisco. Essa construção é coletiva, forte e sem volta”, disse a presidente do PL Petrolina. Ela também destacou o apoio do presidente estadual Anderson Ferreira, que, segundo ela, oferece a autonomia e os recursos necessários para expandir a participação feminina em Pernambuco.
Em evento realizado em Lajedo, ontem, o prefeito Erivaldo Chagas, oficializou o anúncio do deputado federal Felipe Carreras como o novo representante do município em Brasília. A cerimônia reuniu uma expressiva quantidade de lideranças políticas e autoridades. A decisão do prefeito causou surpresa, até porque se mostrava um fiel aliado do ministro Sílvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos.
Na ocasião, diversas lideranças estavam presentes, entre elas a vice-prefeita de Lajedo, Socorro Duarte; os prefeitos André Raimundo (Cachoeirinha) e Alexandre Batité (São Bento do Una); o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto; os vereadores de Lajedo Flaviano Quintino, Dinho Santos, Evandro Couto e Joãozinho CD; além do vereador Padre Fera, de São Bento do Una.
Com o anúncio, Lajedo passa a contar com o apoio de Felipe Carreras em Brasília, um deputado com experiência em viabilizar recursos e projetos para os municípios que representa. Ao lado de Erivaldo Chagas, Carreras reafirma seu compromisso de trabalhar para trazer mais benefícios à população de Lajedo.
Em resposta às declarações do presidente do Sindifisco-PE, Francelino Valença, dadas ao Blog ontem, a Comissão Paridade Já divulgou nota reafirmando que houve quebra de paridade no reajuste salarial negociado com o Governo de Pernambuco. O grupo, formado por ativos, aposentados e pensionistas, também acusa a atual gestão do sindicato de ter aprovado o acordo sem apresentar à categoria o projeto de lei firmado com o governo. A comissão convoca os filiados para suposta assembleia do dia 6 de maio, quando será discutido o futuro do movimento.
Em relação às declarações do presidente do Sindifisco hoje, em um blog, temos a esclarecer que:
a) houve quebra de paridade no reajuste salarial negociado com o Governo do ESTADO, pois os reajustes foram em percentuais diferentes para ativos e aposentados e pensionistas;
b) a negociação foi aprovada sem a divulgação do projeto de lei acordado com o Governo;
c) a última proposta da AGE, que foi rejeitada, respeita os limites constitucionais, não gera despesas além da acordada, e está dentro do limite de 20% fixado pela Governadora;
d) nós ativos, aposentados e as pensionistas não querem receber o auxílio alimentação, queremos a sua incorporação a outra verba indenizatória, para restaurar a Paridade Remuneratória, conforme decisão da AGE do dia 17/12/2024;
e) as planilhas foram analisadas em reunião conjunta da Comissão da Paridade e da SEFAZ;
f) a convocação de AGE por filiados está prevista no estatuto do Síndifisco;
Compareçam na AGE do dia 06/05/2026, para decidir os rumos do nosso movimento!!
Fiquemos todos tranquilos, pois as providências estão sendo tomadas com muita sabedoria e competência.
O presidente nacional do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), Marconi Perillo, marcou uma reunião semipresencial da executiva para terça-feira (29), às 10h, com o objetivo de bater o martelo sobre a fusão com o Podemos.
Se aprovada, convocará uma convenção partidária para aprovar o novo estatuto. Segundo Marconi, ela deve ser realizada de 30 a 40 dias depois da reunião. Ele quer anunciar a fusão já na terça-feira (29), e espera que o Podemos faça o mesmo. As informações são do Poder360.
O ex-governador de Goiás disse já ter conversado com os principais líderes, governadores do partido e as bancadas na Câmara dos Deputados e no Senado, informando sobre o avanço das negociações. “Da nossa parte já está tudo decidido, e da parte do Podemos também”, afirmou ao Poder360.
Depois da convenção do PSDB, que deverá ser realizada no final de maio ou no começo de junho, será convocada outra convenção, conjunta com o Podemos, para escolher o novo diretório e a nova executiva. Segundo Marconi, tudo será feito “no meio a meio” e com rodízio no comando da nova sigla. O tucano afirmou que os líderes da legenda também vão se debruçar na elaboração de um novo programa, “avançado e concentrado nas necessidades do Brasil”.
Segundo Marconi, as conversas avançaram com o Podemos porque as negociações que estavam sendo feitas com outros partidos – como PSD, MDB, Solidariedade e Republicanos – “resultariam na extinção do PSDB”. Contudo, disse que continua conversando com o Solidariedade e o Republicanos sobre a possibilidade de uma federação.
“O PSDB tem um legado enorme. São mais de 35 anos mudando o Brasil com reformas estruturantes para todo lado. Um partido com essa história não pode desaparecer, e nós tivemos essa preocupação o tempo todo”, declarou.
Prioridade é Eduardo Leite
Marconi afirmou que o objetivo do novo partido para 2026 será eleger “uma boa bancada de deputados federais”, senadores e governadores, mas que a “prioridade máxima” será ter um candidato a presidente da República – que ele quer que seja governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). “Ele é jovem, moderno e conduz um governo bom e ético”, declarou.
Segundo ele, a nova sigla se diferenciará das demais com a proposição de uma “outra via”, que terá um “projeto claro para o país”. “A gente vai construir um projeto para polarizar com os outros, tanto com a esquerda, quanto com a direita”, disse Marconi.
Marconi afirmou que há um consenso entre ele e a presidente do Podemos, Renata Abreu, sobre a candidatura de Leite à Presidência. “Nós estamos absolutamente afinados. Se o Eduardo realmente se colocar como candidato pelo partido, ele terá apoio unânime”, declarou.
Nos últimos dias, tem circulado a possibilidade de Leite deixar o PSDB e se filiar ao PSD, de Gilberto Kassab. Ele disse na quarta-feira (23) que o gaúcho é um “sonho antigo” de seu partido e que se esforçará “muito” para atraí-lo ao PSD.
Marconi Perillo afirmou ter “combinado” com Leite e Eduardo Riedel, governador do Mato Grosso do Sul, que o PSDB tomaria uma decisão sobre seu futuro até o final de abril. “Nós ainda estamos em abril e eles estão absolutamente conscientes disso”, declarou.
O presidente da sigla disse que se reuniu com Leite na terça-feira (22), que o governador gaúcho se encontrou com Renata Abreu no dia seguinte, quarta-feira (23), e que eles também tiveram uma reunião conjunta em 12 de abril. Em todos esses encontros, disse ele, foi dada a garantia a Leite de que ele terá “toda a estrutura, todo o apoio e todo o respaldo” para garantir sua candidatura a presidente e coordenar o programa do partido. Também disse que ele terá “o espaço que quiser na nova executiva nacional”.
O professor, poeta e escritor iguaraciense Eugênio Jerônimo faleceu ontem. Eugênio passou mal em Iguaracy, foi levado para o Hospital Regional Emília Câmara, mas não resistiu. A provável causa da morte foi infarto. As informações são do Blog do Nill Júnior.
Apaixonado pela cultura sertaneja, Eugênio foi um exemplo de dedicação à educação, à cultura e à literatura. “Deixa um legado que permanecerá vivo entre todos que tiveram a honra de conhecê-lo. Sua contribuição para a formação de gerações e para a valorização da cultura local jamais será esquecida”, disse o prefeito de Iguaracy, Pedro Alves, em nota.
Era assessor do Ministério do Trabalho em Recife e teve como uma grande contribuição à região a autoria da biografia de José Patriota, que teve seu lançamento adiado por conta do falecimento do parlamentar, em setembro do ano passado.
Também era um apaixonado e grande documentador da cultura sertaneja, bem como apologista da poesia e dos poetas declamadores e de repente. Chegou a tocar com Zelito Nunes o projeto Humor na Feira, com poesia e casos do Sertão, com apresentações em casas de shows de Recife, além de outras atividades, sempre enobrecendo a cultura sertaneja. Outra paixão era o rádio, influência de sua formação como ouvinte da Rádio Pajeú.
Na tarde do dia 18 de março, o governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), marcou uma solenidade no Palácio da Redenção para anunciar a posse da estudante de medicina Alanna Galdino como nova conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O nome de Alanna tinha sido aprovado na manhã daquele dia pela Assembleia Legislativa da Paraíba, numa votação secreta. O presidente da Assembleia, Adriano Galdino (Republicanos), é pai de Alanna.
A nova conselheira do TCE, a quem caberá fiscalizar as contas do Estado para, em tese, evitar o desperdício e a corrupção, é funcionária fantasma do governo desde 2012. Ela recebeu salário sem trabalhar durante dois mandatos do então governador Ricardo Coutinho (PSB) e os dois de João Azevêdo.
Alanna “atuou” como Agente de Programas Governamentais da Secretaria de Planejamento do Estado entre 2012 e 2025. Neste período, recebeu um total de 646 mil reais em salários e benefícios.
Funcionários do governo confirmaram que a nova conselheira não trabalhou
Auditoria do próprio tribunal constatou que a futura conselheira nunca apareceu ao local de trabalho. Também não há sinais de que tenha executado alguma tarefa profissional.
“Não foi encontrado indício algum da atuação profissional da Sra. Alanna Camilla Santos Galdino Vieira enquanto ocupante do cargo de Agente de Programas Governamentais na Secretaria de Planejamento do Estado da Paraíba, tais como registro de acesso à rede ou aos sistemas utilizados na Secretaria, documentos ou comunicações de trabalho com referência a ela, tampouco registros de presença”, diz o relatório.
Os técnicos ouviram vários funcionários do setor onde Alanna estava lotada. “Nenhum servidor entrevistado, nestes incluídos chefes imediatos, a conheceu ou tem conhecimento de trabalhos por ela realizados para a referida secretaria”, diz o documento.
Na última quarta-feira, os conselheiros do TCE rejeitaram uma representação apresentada pelo Ministério Público de Contas contra a nomeação de Alanna. O relator do processo, conselheiro Nominando Diniz, descartou as preliminares levantadas pelo MP e votou pela aprovação do nome da estudante de medicina. Três outros conselheiros já acompanharam o relator, mas um pedido de vistas interrompeu a sessão, que será retomada na próxima quarta-feira.
Uma explosão no porto de Shahid Rajaee, no sul do Irã, deixou ao menos 25 mortos e mais de 700 feridos ontem. A tragédia, que teria sido causada pelo armazenamento inadequado de produtos químicos em contêineres, ocorreu enquanto o país iniciava a terceira rodada de negociações nucleares com os Estados Unidos em Omã. Até o momento, não há indícios de ligação entre os dois eventos, segundo meios de comunicação estatais.
O porta-voz da organização de gestão de crises do Irã, Hossein Zafari, afirmou que o porto já havia sido alertado para riscos relacionados ao armazenamento de materiais perigosos. Apesar disso, o governo informou que a causa exata ainda está sendo investigada. Na manhã de hoje, autoridades locais disseram que cerca de 80% do incêndio já havia sido controlado. As informações são da Reuters.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, ordenou uma investigação imediata e enviou seu ministro do Interior ao local. A explosão, que estilhaçou janelas em um raio de vários quilômetros e pôde ser ouvida na ilha de Qeshm, causou extensos danos às instalações portuárias e suspendeu temporariamente as operações. O porto de Shahid Rajaee é o maior centro de contêineres do país, situado próximo ao estratégico Estreito de Ormuz.
Em apoio ao Irã, o presidente russo Vladimir Putin apresentou condolências ao governo iraniano e enviou aviões de emergência para ajudar nos trabalhos de contenção. Imagens divulgadas pela imprensa oficial mostram uma densa nuvem de fumaça preta e laranja e cenas de confusão, com feridos recebendo atendimento médico em meio a destroços.
Nomeado com a tarefa de melhorar a imagem do presidente Lula (PT), o titular da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência), Sidônio Palmeira, expandiu seu poder desde que chegou ao Palácio do Planalto, em janeiro.
Alçado à condição de um dos principais conselheiros do presidente, Sidônio tem sido escalado para a gestão de sucessivas crises. De temas econômicos a escândalos, como o desconto sem autorização sobre benefícios do INSS, o publicitário tem buscado antecipar ao presidente estratégias para amenizar a repercussões no noticiário, chegando a influenciar as decisões governamentais.
É raro que Sidônio não esteja no primeiro horário da agenda oficial do presidente, além de participar de reuniões no Palácio da Alvorada, inclusive durante fins de semana e feriados.
Assim que assumiu, Sidônio foi um dos mais enfáticos defensores da revogação da norma da Receita Federal que ampliava a fiscalização sobre transações de pessoas físicas via Pix que superassem R$ 5.000 por mês. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), saiu derrotado da reunião em que Lula decidiu pelo recuo.
Antes mesmo de chegar ao governo, o publicitário atuou na produção e na concepção do pronunciamento no qual Haddad apresentou o ajuste fiscal, incluindo na mensagem a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 mensais, em novembro.
A decisão, que também ocorreu à revelia do ministro da Fazenda, causou abalos no mercado, com desvalorização da moeda brasileira e quedas na bolsa, o que não impediu que Sidônio ampliasse sua influência e fosse acionado em momentos críticos.
Foi o que aconteceu na quarta-feira (23), quando o então presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Alessandro Stefanutto, foi exonerado após deflagração de operação da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União) para combater um esquema nacional de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões.
Recrutado pelo presidente, Sidônio comandou reunião de emergência com ministros. Aos colegas das pastas da Justiça, Ricardo Lewandowski, da Controladoria-Geral da União, Vinicius Marques de Carvalho, e da Previdência, Carlos Lupi, e ao superintendente da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, o publicitário recomendou que evidenciassem que a operação era uma iniciativa do governo com intuito de proteger os beneficiários do INSS.
Sidônio sugeriu ainda que frisassem que as associações sob investigação foram credenciadas na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Outra sugestão foi para que destacassem a decisão do governo de buscar ressarcimento às vítimas do esquema.
Ainda segundo relatos, o chefe da Secom teria aventado a possibilidade de Lupi (PDT) demitir o ex-presidente do INSS já durante a coletiva. Lupi chegou a dizer, no entanto, que não pretendia demiti-lo. O ministro afirmou que o então chefe do INSS era um servidor que se mostrava exemplar e que não deveria “ser queimado na fogueira” sem saber antes do que estava sendo acusado, o que disse desconhecer também.
A resistência de Lupi desagradou uma ala do governo, mas não a ponto de levar à demissão do ministro. Nesta quinta-feira (25), Sidônio coordenou a convocação de uma coletiva, desta vez dentro do Palácio do Planalto, para anunciar que todos os benefícios descontados de forma indevida na folha de pagamentos de beneficiários do INSS serão restituídos, em um plano de devolução que ainda será apresentado pelo governo federal.
Segundo integrantes do governo, a estratégia é manter o controle da narrativa do caso, levando para dentro do Palácio o protagonismo da defesa de aposentados e pensionistas. Outra orientação de Sidônio foi para que evidenciassem que o número de afetados representa uma parcela do universo dos beneficiários. A cúpula do Ministério da Previdência não participou da organização da coletiva.
Antes da atual crise, o governo não conseguiu reverter o impacto negativo sobre sua popularidade decorrente da alta de preços. Em fevereiro, Sidônio participou de operação para tentar reverter de forma rápida a suspensão das linhas de crédito subsidiado do Plano Safra, sob o temor de que a medida acabasse alimentando uma nova onda de desgastes para o Executivo.
Mas as medidas não detiveram os reflexos, segundo a avaliação do governo. Aliados do presidente também temem que o envolvimento de Sidônio em decisões estratégicas deixe em segundo plano medidas inerentes à Secom, como o planejamento de licitação para a comunicação digital. Segundo projeções do governo, a concorrência só deverá ser lançada em novembro.