Advogado nega que Gilson tenha “despistado” a Justiça Eleitoral durante carreata com Bolsonaro

Após a Justiça Eleitoral definir uma multa de R$ 100 mil caso o candidato a prefeito do Recife, Gilson Machado (PL), participasse da carreata com o ex-presidente Jair Bolsonaro, realizada neste sábado (10), em Boa Viagem. Machado foi visto acompanhando o evento andando, sem subir no carro onde estava o líder da direita.

A ação de Machado foi lida como uma forma de despistar a Justiça Eleitoral, o que foi negado pelo advogado do candidato. 

Confira a nota abaixo

Esclareço que não houve desrespeito as leis eleitorais. O candidato Gilson Machado, o qual represento, estava fazendo o deslocamento em carro fechado. Ocorre que, ao chegar na Avenida Boa Viagem, foi impedido de passar, pois o trânsito estava fechado.

Em mais um respeito, desta feita às autoridades de trânsito, ele desceu do carro e seguiu andando um pequeno trecho da interrupção do trânsito na avenida.

Ato contínuo, reencontrou seu carro e seguiu dentro do veículo fechado até o clube português.

Portanto, não há o que se falar em “despiste”, desrespeito, até porque carreata presume-se a presença dele de carro, o que não ocorreu, conforme todas as imagens existentes do trajeto.

Emilio Duarte 

Coordenação jurídica 

PL – RECIFE

Por Larissa Rodrigues

Repórter do blog

Em discurso no Clube Português do Recife, onde encerra a agenda de quatro dias em Pernambuco, o ex-presidente Bolsonaro (PL) disse que vai leiloar as joias que lhe causaram uma série de acusações e doar o dinheiro arrecadado.

“Vou pegar o conjunto de joias, que é meu, vou leiloar e doar à Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora”, afirmou Bolsonaro.

Ao final do evento, Bolsonaro desceu do palco e tirou fotos com apoiadores, ao lado do candidato a prefeito do Recife pelo PL, Gilson Machado.

Por Karol Matos*

Um policial militar, que atua na Casa Civil do Estado, foi baleado na noite desta sexta (9), quando voltava de Caruaru. O profissional, que é sargento e está à disposição da pasta, tinha ido ao município para deixar o secretário Túlio Vilaça, que participou do Festival Pernambuco Meu País, realizado neste fim de semana na Capital do Agreste. Ele voltava para Recife, quando foi abordado por bandidos na BR-232, em Vitória.

As informações iniciais da ocorrência, conforme revelaram algumas fontes ouvidas pelo Blog Cenário, dão conta de que o pneu do veículo furou e ele parou o carro para fazer a troca, quando foi abordado por dois homens de moto. Ao perceber a tentativa de assalto, o PM reagiu e trocou tiros com os bandidos, mas acabou sendo atingido no abdômen e no ombro. Ele foi socorrido por outros policiais da região e passou por cirurgia no Hospital Getúlio Vargas, onde permanece estável, na UTI. Até o momento, não há confirmação se os bandidos foram presos.

*Jornalista do Blog Cenário

Após uma ação do PSB de Garanhuns, o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) multou o deputado estadual Izaías Régis (PSDB), em R$ 10 mil, por ter acusado o prefeito Sivaldo Albino de praticar nepotismo no município.

Em fevereiro, durante entrevista ao programa Frente a Frente, apresentado pelo titular deste blog pela Rede Nordeste de Rádio, Izaías, que é ex-prefeito do município e irá disputar o comando de Garanhuns novamente, afirmou que existia no município “o maior nepotismo da história”.

O tucano assegurou que “uma base de mais de 50 pessoas da família do atual prefeito” estava na folha de pagamento. O TRE-PE entendeu que as afirmações de Izaías Régis configuravam “propaganda eleitoral negativa” e que tinham a finalidade de prejudicar a reputação de Sivaldo Albino.

Confira o documento abaixo

Por Larissa Rodrigues

Repórter do blog

Para despistar a Justiça Eleitoral, o candidato a prefeito do Recife pelo PL, Gilson Machado, não subiu no carro com Bolsonaro, mas está na carreata do ex-presidente na Avenida Boa Viagem, que está sendo realizada na manhã desta sábado (10). Ele acompanha o ato caminhando pela via.

O grupo segue para o Clube Português, onde Bolsonaro encerra a agenda de quatro dias em Pernambuco.

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

É grande a concentração de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro (PL) na Avenida Boa Viagem, na manhã deste sábado (10). O ex-presidente acabou de sair em carreata em direção ao Clube Português, na Avenida Agamenon Magalhães.

O candidato a prefeito do Recife pelo PL, Gilson Machado, não está no carro aberto onde Bolsonaro desfila. Bolsonaro está acompanho dos deputados estaduais Alberto Feitosa e Abimael Santos, além do deputado federal Coronel Meira.

Confira o vídeo abaixo

A Polícia Federal defende que a decisão do TCU (Tribunal de Contas da União) desta quarta-feira (7), sobre o recebimento de presentes por presidentes da República, não interfere no inquérito que resultou no indiciamento de Jair Bolsonaro (PL).

Na última quinta-feira (8), o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou em nota que a investigação sobre o esquema envolvendo o ex-presidente abarca uma série de ilícitos.

“A investigação em questão envolve diversas condutas, além do recebimento das joias, tais como a omissão de dados/informações, ocultação de movimentação de bens, advocacia administrativa dentre outras, indo além de questões meramente administrativas”, argumenta o diretor.

Segundo ele, a avaliação sobre a ocorrência de crime cabe apenas ao sistema de justiça criminal, independentemente da posição do TCU.

Para Rodrigues, o tribunal apenas definiu que não cabe à corte de contas decidir sobre a incorporação de presentes por presidentes, “remanescendo, portanto, a competência do Sistema de Justiça Criminal”.

“Não há, assim, interferência no posicionamento que a Polícia Federal já adotou em sede de investigação, remanescendo os encaminhamentos a serem dados pela Procuradoria-Geral da República e pelo Supremo Tribunal Federal em seara penal.”

Bolsonaro foi indiciado em julho na investigação da Polícia Federal que apurou o recebimento de presentes de autoridades estrangeiras não registrados pela Receita Federal e a posterior venda dos itens.

A PF concluiu que o ex-presidente cometeu crimes de associação criminosa (com previsão de pena de reclusão de 1 a 3 anos), lavagem de dinheiro (3 a 10 anos) e peculato/apropriação de bem público (2 a 12 anos) no caso das joias.

Na quarta (7), o TCU decidiu que o presidente Lula (PT) pode permanecer com um relógio de ouro dado a ele em 2005, durante seu primeiro mandato, ao analisar uma ação que pedia a devolução do presente pelo petista. Com esse entendimento, a corte de contas abriu brecha para rediscutir o caso das joias de Bolsonaro.

A maioria dos ministros do TCU avaliou que, como não há lei específica definindo itens de caráter “personalíssimo” e de alto valor, não é possível dizer que o artigo dado a Lula seja um bem da União.

A expectativa entre ministros do tribunal é que o mesmo entendimento seja aplicado ao caso do ex-presidente.

No ano passado, a corte determinou que Bolsonaro devolvesse à União joias de luxo que ganhou da Arábia Saudita e que foram omitidas da Receita Federal.

O tribunal ancorou a decisão numa resolução da corte de 2016, segundo a qual o recebimento de presentes em cerimônias com outros chefes de Estado deveria ser considerado patrimônio público, excluídos apenas itens de natureza considerada personalíssima.

Essa determinação, porém, foi tomada em caráter cautelar, ou seja, urgente, até que o TCU julgasse o mérito da questão, o que ainda está pendente.

Por isso, o relator de dois processos de Bolsonaro, Augusto Nardes, ainda deve liberar o caso para julgamento. A aposta no tribunal é que ele deve votar para arquivá-los com base na decisão desta quarta. Se ele for acompanhado pela maioria, a decisão do ano passado que mandou o ex-presidente devolver as joias será desfeita.

Apesar da declaração da PF, advogados de Bolsonaro elogiaram a nova posição do TCU e tentarão usá-la para defender o ex-presidente na investigação.

Do Estado de Minas

Por Marcelo Tognozzi*

Acendeu o sinal amarelo na campanha de Donald Trump. Pouco mais de 2 semanas depois da renúncia de Joe Biden e da chegada de Kamala Harris à disputa pela Casa Branca, os números e os ânimos mostram que a vice-presidente tem chances concretas de vencer a eleição em 5 de novembro.

Ela é muito mais do que uma mulher filha de um negro jamaicano e uma indiana. Foi procuradora-geral da Califórnia, eleita com voto popular e, depois, senadora. Não começou ontem na política.

O agregador de pesquisas fivethirtyeight.com mostra Harris à frente com vantagem de 2,1 pontos percentuais sobre Trump.

Os dados indicam queda na rejeição ao nome da vice-presidente e, hoje, a diferença entre os que a apoiam (42,9%) e aqueles que a rejeitam (48,5%) é de só 5,6 pontos percentuais.

No caso de Trump, embora sua rejeição também esteja em queda, porém com menor velocidade, a diferença entre os que o apoiam (43,4%) e aqueles que o rejeitam (51,6%) é de 8,2 pontos percentuais.

Voto popular nunca foi sinônimo de vitória automática nos Estados Unidos, porque o presidente é escolhido num colégio eleitoral formado por delegados do partido em cada Estado. O vencedor leva tudo, ainda que por 1 voto apenas de diferença. Kamala Harris concentrou sua campanha nos últimos 15 dias nos chamados swing states, aqueles que balançam ora para o lado dos republicanos, ora para os democratas. É nesses Estados que se esconde a chave da vitória que, para acontecer, depende de pelo menos 270 delegados. 

Hoje, projeções do metaculus.com, site em que são reunidas previsões de especialistas, indicam que o Partido Democrata teria os cobiçados 270 votos. Também que os swing states são 9, dos quais:

  • 4 tenderiam a votar no Partido Republicano – Arizona, Nevada, Georgia e Carolina do Norte;
  • 3 penderiam para o Partido Democrata – New Hampshire, Virginia e Minnesota; e
  • 3 estão em aberto – Wisconsin, Pensilvania e Michigan.

Em 5 de agosto, o New York Times publicou uma reportagem mostrando que a troca de Biden por Harris acabou em dor de cabeça para a equipe de Trump. Matthew Dowd, estrategista-chefe da campanha de George W. Bush em 2004, entende que uma campanha curta dá vantagem a Harris, porque a poupa do desgaste de ficar meses no sol e na chuva, com sua vida revirada por dentro e por fora das redes sociais e os adversários pressionando por todos os lados.

“Os republicanos passaram anos atacando Biden e fizeram o mesmo com Hillary Clinton”, lembra Dowd. Mas com Harris isto não aconteceu. Provavelmente porque a subestimaram ou porque ela passou os últimos anos sem protagonismo algum.

Harris não passou pelas primárias, escapando dos ataques dos democratas que desejavam a vaga de candidato a presidente. Quando entrou na disputa já era consenso e a proximidade eleitoral acabou inibindo contestações abertas sobre sua escolha. Afinal, a troca de Biden por Kamala virou uma questão de sobrevivência para o partido.

Diante deste cenário, a campanha de Trump está sendo obrigada a rever todo seu planejamento e recalibrar os ataques. Se antes o adversário era senil, agora estão tendo de encarar uma elétrica Kamala Harris, de 59 anos. Maquiavel dizia que a sorte, como mulher, é sempre amiga dos mais jovens, “porque são menos cautelosos, mais afoitos e com maior audácia a dominam”. A frase está no livro “Maquiavel, o poder: história e marketing”, escrito em 1991, por meu amigo José Nivaldo Júnior, um dos mais competentes consultores políticos do Brasil.

Harris parece ter embarcado no espírito maquiavélico do livro de José Nivaldo. Tem ocupado todos os espaços possíveis na mídia dos Estados Unidos, criando uma onda a seu favor que, claro, acabou refletindo nas pesquisas de opinião. Ela conseguiu –ou conseguiram– diminuir até o impacto da tentativa de assassinato de Trump.

Faltando pouco mais de 80 dias para a eleição, a disputa tende a pegar fogo, porque o país está completamente dividido e polarizado.

O vice de Kamala Harris, o governador de Minnesota Tim Walz, é conhecido por suas atitudes mais tolerantes em relação à cultura woke e a um tratamento menos rígido aos que cumprem pena nas penitenciárias do seu Estado. Sua mulher, Gwen Whipple, tem um trabalho de educação e ressocialização de presos.

Walz pode ser definido como um político de centro-esquerda, ex-militar da Guarda Nacional, ex-professor e ex-treinador de futebol da escola onde dava aulas. Quando tinha 31 anos, em 1995, foi preso por dirigir bêbado e em alta velocidade. Diante do juiz, renunciou ao seu emprego na escola e deixou de treinar o time de futebol. Deu a volta por cima e acabou eleito governador de Minnesota. 

Mas seu problema na campanha não é o passado, mas o presente. No ano passado, ele sancionou uma lei tornando Minnesota um lugar de referência para procedimentos de troca de sexo em crianças. Aqui, pode estar a principal fraqueza de Walz e certamente Trump irá provocar Harris para que explique aos norte-americanos conservadores, maioria do eleitorado, porque apoia esse tipo de iniciativa.

Embora reconheça que Kamala Harris surfa na onda da novidade, o consultor republicano Mike Murphy lembra que mesmo antes do fatídico debate Trump-Biden, os norte-americanos já davam claros sinais de insatisfação com a economia. “Isso continua sendo um perigo para Harris”, sinaliza Murphy. 

Com as previsões de uma recessão batendo às portas dos Estados Unidos, as complicações no Oriente Médio, o impasse na guerra na Ucrânia, a crise na Venezuela e o empoderamento da China, o cenário eleitoral fica ainda mais instável. Kamala Harris, uma vice discreta, quase decorativa, durante os últimos 3 anos e meio, tem diante de si o enorme desafio de provar ser capaz de liderar a maior economia do planeta. Vamos ver até onde ela chega. Trump terá força e criatividade para matar no peito e virar o jogo?

*Jornalista

Unindo esforços com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), a Secretaria de Defesa Social (SDS) se prepara para realizar uma das maiores operações do Estado: as eleições, que neste ano vão definir os representantes dos 184 municípios pernambucanos. Para esclarecer os aspectos que envolvem o período eleitoral, com foco em 2024, a SDS promoveu, nesta sexta-feira (9), uma palestra para integrantes das Forças de Segurança.

O evento aconteceu no auditório da Escola de Magistratura de Pernambuco (Esmape), na Joana Bezerra, sendo presidida pelo desembargador Cândido José da Fonte Saraiva de Moraes, presidente do TRE-PE. Na ocasião, o diretor-geral do órgão, Orson Santiago, discorreu sobre o panorama geral atualizado das Eleições 2024, abordando aspectos como propaganda eleitoral, poder de polícia, conduta vedada e atos ilícitos. O diretor-geral também apresentou uma prévia do calendário do período e o perfil do eleitorado: são 7.162.871 pernambucanos aptos a votar, sendo a maioria do sexo feminino, num total de 122 zonas eleitorais. 

O secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, que integrou a mesa de honra, ao lado da secretária Executiva da SDS, Dominique de Castro Oliveira, e demais autoridades, destacou o diálogo constante com os atores do processo eleitoral, iniciado com bastante antecedência. “Essa parceria entre a SDS e o TRE é fundamental para que tenhamos uma eleição exitosa, de maneira a garantir que tudo transcorra de forma ordeira e pacífica, com o uso da força apenas se estritamente necessário”, declarou o gestor da pasta, ressaltando a importância da iniciativa do órgão em proporcionar a palestra, para conhecimento e esclarecimento das corporações.

Em seu discurso, o presidente do Tribunal enalteceu a presença efetiva da SDS e operativas no processo eleitoral. “Expresso minha gratidão aos altivos representantes da nossa Defesa Social, pelo trabalho incansável para garantir a tranquilidade do processo, atuando com rigor, firmeza e moderação. Juntos, continuaremos a construir um futuro onde a democracia prevaleça e o cidadão possa exercer seu direito ao voto, com toda segurança”, declarou o magistrado, acrescentando que Pernambuco é um dos poucos estados da Federação que não solicitam o apoio das Forças Armadas nas eleições.

Em homenagem e lembrança aos 10 anos da trágica morte do ex-governador de Pernambuco e torcedor ilustre do Náutico, Eduardo Campos, o presidente Executivo do Clube Náutico Capibaribe, Bruno Becker, criou a Comenda Governador Eduardo Campos. A placa será entregue pelo próprio Becker e pela vice-presidente, Tatiana Roma, à Maria Eduarda, filha mais velha do ex-governador, antes do apito inicial da partida do domingo (11), às 19h, nos Aflitos.

A honraria que homenageia o ex-governador de Pernambuco, conhecido pela sua paixão pelo clube da Rosa e Silva, será usada em nome do Executivo do Náutico para agraciar personalidades alvirrubras.

Já não tenho mais meu pai Gastão Cerquinha para abraçá-lo e beijá-lo amanhã, Dia dos Pais. Fez a última viagem há dois anos, em novembro de 2022, sepultado em Afogados da Ingazeira, sua terra e por extensão dos seus nove filhos. Como é bom ter pai. Como mãe, pai é a materialização da divindade. 

Eu tive um pai que foi tudo na minha vida: cuidador, protetor, conselheiro e amigo. Passei a vida inteira fazendo declarações de amor a ele, em textos expressando o mais sincero e profundo amor, até, muitas vezes, em versos tortos como na canção de Belchior. 

Foi a figura mais bondosa que conheci. Doce, meigo, fino no trato, suave nas palavras, infinito no verbo amar. Cada palavra conselheira foi fundamental na minha formação. Dele, herdei a vocação para a escrita, a paixão pela política. Gostaria de ter herdado mais coisas: sua paciência, seu traço reconciliador, sua diplomacia, sua generosidade, seu sorriso belo e contagiante. 

Quando o mundo escureceu, foi luz. Quando no caminhar me deparei com pedras, me deu asas para voar, com a segurança de saber para onde retornar entre um voo e outro. Como ele faz falta! Faz falta, sobretudo, para enfrentar os momentos de dificuldades, superar a tristeza, as fraquezas. 

Não tenho mais o mestre da minha vida! Quem teve um pai como ele,  sabe o vácuo impreenchível que se abre na vida. Foi um guia, espelho refletido no cuidar bem cuidado. Se eu pudesse resumir tudo numa história, a melhor história já contada, de um bondoso e amoroso pai, diria que teve um coração de ouro.

Eu ando muito triste nos últimos dias. Também ando cansado e com a alma dolorida. Lá de cima, vejo meu pai dizendo que estou intimado a interromper as dores, a esquecer as mágoas, a adiar as dívidas, a perdoar os outros.

Se a moda pega…

Se os debates no Recife envolvendo os candidatos a prefeito reproduzirem o que se deu no primeiro confronto na Band entre os postulantes a gestor da Prefeitura de São Paulo, a maior do País, o nível será subterrâneo. Foi um horror! O prefeito Ricardo Nunes (MDB) foi alvo preferencial de todos os concorrentes.

Na única vez em que tentou fazer uma dobradinha com Pablo Marçal (PRTB) para criticar Boulos, viu o influenciador e empresário devolver com ataques de cunho pessoal, como apontar “problemas cognitivos” no emedebista. Nunes precisou ficar quase o tempo todo na defensiva, exatamente como já estava esperando.

A fúria dos demais com Nunes ajudou Boulos (Psol) a apanhar menos do que o previsto. Sobretudo de Datena (PSDB) e Tabata (PSB), que parecem muito mais dispostos a fustigar o prefeito. O psolista não escapou ileso, é verdade. Mas as respostas que precisou dar foram sobre temas pelos quais já é abordado há outros tempos: a relação com o governo Lula.

E as contradições da esquerda na defesa da democracia e a posição no movimento social que promove invasões de prédios desocupados. Enquanto as trocas de farpas ganhavam atenções, Datena ficou apagado a maior parte do tempo, sobretudo no primeiro bloco, o que tem a maior audiência nesse tipo de encontro.

Ganhou atenção apenas nos embates com Nunes. Não que precise de conhecimento de quem tanto tempo ficou na TV, mas em meio ao desafio de despontar em meio à disputa particular com Tabata e Marçal pelo título de opção à polarização dos dois primeiros, foi pouco. Tanto que saiu reclamando de que foi atrapalhado e que não estava acostumado com o formato.

Pablo Marçal, como dito, queria fazer do embate um picadeiro para ganhar evidência nas redes sociais. As frases de efeito e o estilo kamikaze não trazem nada para o debate público, mas funcionam para quem queria chocar quem não o conhece e viralizar nas redes sociais. Saiu como o previsto, sendo sem qualquer dúvida o candidato mais citado nas redes.

Mas ele acabou caindo em uma armadilha ao ver o tema de sua condenação por fraude bancária tornar-se o principal assunto relacionado ao seu nome. Ao prometer desistir da candidatura se a condenação existisse (e ela existe), levantou a bola primeiro para Tabata e depois para Boulos. Na fala dela sobre o tema, ficou visivelmente nervoso.

Vantagem para Tabata – Nesse cenário, o debate serviu mais justamente a Tabata. Não pelo fato de que ela tenha se destacado em relação aos demais. Mas, enquanto pouco apanhou e tentou mostrar postura mais ponderada, a candidata do PSB acabou aproveitando sobretudo os embates com Marçal em relação à condenação do ex-coach, e com o prefeito sobre o boletim de ocorrência de agressão à mulher, para tornar-se conhecida de parte do eleitorado. Se a essa hora não são tantos os que ficam acordados para ver o debate, os recortes nas redes e a repercussão no dia seguinte devem ajudá-la nesses dois pontos.

Cabeçada em Teresina – Em Teresina, o prefeito Dr. Pessôa (PRD) agrediu o candidato do PSOL à Prefeitura da capital piauiense, Francinaldo Leão, durante o debate realizado na quinta-feira passada. Após responder uma pergunta de Francinaldo, Pessôa deu uma cabeçada no rosto do adversário. Após a agressão, Francinaldo pediu respeito por parte de Dr. Pessôa. O prefeito de Teresina, por sua vez, acusou o candidato do PSOL de dar cusparadas durante o debate. “Com todo o respeito, eu estou fazendo perguntas que o povo quer fazer”. “Não me cuspa, está molhado, deixa eu tirar o lenço aqui”, respondeu o chefe do Executivo teresinense.

Amor por Maduro – Em São Paulo, o debate na TV Band indicou ainda o que já se esperava: Guilherme Boulos (PSOL), até aqui o líder nas pesquisas de intenção de voto, não mira em Tabata Amaral (PSB). Os dois deputados de partidos de esquerda deverão ser aliados num segundo turno. O mesmo Boulos tentou flertar com Datena (PSDB) em dobradinha, mas o jornalista e apresentador de televisão, que estreia numa corrida eleitoral, refugou. Preferiu lembrar que o deputado do PSOL gosta do ditador Nicolás Maduro.

0071 goiano – O único assunto que conseguiu unir a maioria dos candidatos em São Paulo foi o prefeito Ricardo Nunes (MDB). Candidato à reeleição e bem posicionado nas pesquisas, Nunes foi atacado por Datena, Boulos, Tabata e Marçal. Este último cumpriu o papel de franco atirador. Chamado de “0071 goiano” por Tabata, Marçal falou palavrão, insultou os demais e tentou arrastar o nível do debate para abaixo do rés do chão.

Tirar a cadeira de prefeito – Quando Nunes propôs uma aparente trégua perguntando a ele sobre investimentos em empreendedorismo, levou de volta uma pedrada de Marçal: “minha proposta número 1 é te tirar da cadeira de prefeito”, respondeu o candidato do PRTB.  Nos momentos em que não se atacavam, os candidatos concordaram que o centro de São Paulo precisa voltar a ser lugar seguro e que a saúde tem filas de espera longas demais e que precisam ser encurtadas. Para o transporte público estrangulado, uma e outra promessa foi lançada ao vento. Coisa comum em campanha.

CURTAS

VAI DEVOLVER – O presidente Lula (PT) disse, na reunião ministerial, que devolverá o relógio Cartier que ganhou em 2005. Fará isso para evitar que a manutenção da peça seja utilizada para beneficiar Jair Bolsonaro (PL) no caso das joias sauditas. O ministro do Desenvolvimento Agrário usou sua conta no X para dizer que o presidente não quer “se confundir” com uma decisão que pode beneficiar seu adversário político.

AUDIÊNCIA BAIXA – Levantamento exclusivo do Poder360 mostra que GloboNews, Jovem Pan News, CNN Brasil, Record News e Band News têm no máximo 195.636 telespectadores assistindo a essas cinco emissoras ao mesmo tempo. Esse número médio dos seis primeiros meses de 2024 é alcançado no período da tarde (12h-17h59), que é o de melhor desempenho.

DESPENCOU – A Globo News, emissora da família Marinho, teve um pico de audiência em maio por causa do destaque dado em seu noticiário para as enchentes no Rio Grande do Sul, mas despencou um mês depois. Em janeiro de 2024, tinha até 125.766, em média. Agora, tem no máximo 93.160.

Perguntar não ofende: João Campos vai mesmo a todos os debates no Recife?

Em vídeo encaminhado ao blog, o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CRM) do Paraná, Eduardo Baptistella, afirmou que cerca de 15 médicos estavam a bordo do avião que caiu em Vinhedo, interior de São Paulo, no início da tarde desta sexta-feira (9).

Infelizmente, todos os médicos morreram com a queda da aeronave. Segundo informações oficiais, 62 pessoas estavam a bordo – todas morreram.

Confira o pronunciamento abaixo

Por Caio Ponciano*

À medida que o primeiro turno das Eleições 2024 se aproxima, os eleitores recifenses terão oportunidades para conhecer em detalhes as propostas e posicionamentos dos candidatos à Prefeitura do Recife.

No dia 1º de outubro, o Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC) realiza um grande debate entre os principais postulantes ao cargo. Já as sabatinas da Rádio Jornal Recife com os prefeituráveis terão datas divulgadas em breve.

O sorteio para definir a ordem de apresentações dos candidatos no debate ocorreu nesta sexta-feira (9), na sede do SJCC, na região central do Recife. Estiveram presentes representantes dos partidos com candidatos que possuem, pelo menos, cinco parlamentares no Congresso Nacional.

Dani Portela (PSOL), Daniel Coelho (PSD), Gilson Machado (PL), João Campos (PSB) e Técio Teles (NOVO) terão a oportunidade de expor suas ideias e confrontar diretamente os adversários, oferecendo ao eleitorado uma visão clara sobre o futuro da cidade.

Laurindo Ferreira, diretor de Jornalismo do SJCC, destacou a importância da tradição de debates promovidos pelo Sistema. “A realização de debates e sabatinas é uma tradição no Sistema Jornal do Commercio de Comunicação. É um momento importante não só para os candidatos, mas principalmente para a cidade e seus eleitores, que podem conhecer melhor as propostas”, afirmou.

Como será o debate?

Conduzido pela jornalista Anne Barretto, o debate será dividido em três blocos. O primeiro abrirá com uma breve apresentação dos candidatos, onde cada um terá um minuto para falar sobre sua candidatura.

Em seguida, eles farão perguntas entre si, com temas livres e duração máxima de 30 segundos, permitindo um confronto direto e dinâmico de ideias. Cada resposta terá duração máxima de um minuto e meio. Já o tempo de réplica e tréplica é de um minuto cada.

No segundo bloco, o debate ganha ainda mais imprevisibilidade com as perguntas sendo sorteadas ao vivo pela apresentadora. Esse formato visa garantir que os candidatos estejam preparados para discutir uma variedade de temas. Cada postulante terá a oportunidade de fazer perguntas e responder a questões levantadas pelos concorrentes, promovendo um diálogo direto.

O terceiro bloco será destinado às considerações finais, onde cada candidato terá mais um minuto para reforçar suas principais propostas e tentar conquistar o voto do eleitor. Esse momento é frequentemente decisivo, pois permite que os candidatos resumam suas campanhas e reforcem seu compromisso com o eleitorado.

“Este ano, para evidenciar ainda mais a integração dos veículos do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, realizaremos o debate de forma integrada. O programa exibido na TV Jornal será transmitido simultaneamente na Rádio Jornal Recife e em todas as plataformas digitais do SJCC, com cobertura completa do JC”, disse Victor Tavares, coordenador do Núcleo de Eleições do SJCC.

Durante o evento, a equipe de política do SJCC fará uma cobertura em tempo real, comentando e analisando as interações dos candidatos, tanto nos intervalos comerciais quanto após o término do debate. Esse formato, conhecido como “reacting”, permitirá aos eleitores uma análise imediata e detalhada das discussões.

*Jornalista do Jornal do Commercio

Morreu, nesta sexta-feira (9), em São Paulo (SP), Ulysses Pernambucano de Mello Neto, ex-presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).

Arqueólogo, historiador e servidor aposentado da Fundarpe, Ulysses assumiu a presidência do órgão entre os anos de 1979 e 1981, durante o governo de Marco Maciel à frente do estado de Pernambuco.

O Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura (Secult-PE) e da Fundarpe, emitiu nota de pesar sobre o falecimento de Ulysses.

“Foi com muita tristeza que recebemos a notícia da partida de Ulysses Pernambucano de Mello Neto. Ele teve uma linda trajetória, dedicada à preservação do Patrimônio Cultural do nosso Estado. Deixa saudades para quem conviveu com ele na Fundarpe e aprendizado a todos nós, por meio do seu grande legado na pesquisa e na preservação do patrimônio histórico e arqueológico pernambucano”, declarou Renata Borba, presidente da Fundarpe.

A secretária de Cultura, Cacau de Paula, também lamentou a perda. “Sua contribuição à Fundarpe e seu papel como presidente foram fundamentais para a preservação e promoção da nossa cultura. Em nome da Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco, expressamos nossos sentimentos e agradecemos pelo seu legado para a construção de nossa identidade cultural. Tenho certeza que a sua memória continuará nos inspirando”, ressaltou.

Graduado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 1971, Ulysses Pernambucano de Mello Neto especializou-se em História e em História da Arte, atuando principalmente nas áreas de História, Arqueologia, Arquitetura e metodologia com ênfase em Arqueologia Histórica.

Publicou mais de trinta trabalhos técnicos e acadêmicos de referência para a preservação do Patrimônio Cultural.

Da Folha de Pernambuco

Após alguns blogs publicarem a informação de que o ex-prefeito de Agrestina, Thiago Nunes (PSDB), foi multado pela Justiça Eleitoral acusado de propaganda antecipada, a assessoria do candidato – que tenta voltar ao comando do município, afirmou que se trata de informações “distorcidas”.

Conforme informado pela assessoria ao blog, trata-se de uma sentença de um processo movido contra perfis fakes, criados no Instagram, que publicavam memes pró Nunes e contra os adversários.

A campanha de Thiago destaca que as matérias foram construídas para “conduzir o leitor ao pensamento  de que Thiago Nunes havia sido condenado por publicar jingle de campanha, em um período não permitido pela Justiça Eleitoral, em seus próprios perfis digitais”.

A assessoria garante que o candidato não foi informado de qualquer decisão  judicial em relação ao processo dos perfis fake. 

“Em uma mistura lamentável de fake, fatos,  e pós-verdade, a oposição de Thiago Nunes vem se utilizando de veículos de notícias para atacar a sua pré-candidatura e tentar manipular a opinião dos eleitores de Agrestina e da sociedade pernambucana”, pontua a assessoria do candidato.

Morreu hoje no Recife, onde estava internado, o vereador Fabrício Brito (União Brasil), ex-presidente da Câmara de Vereadores de Surubim. Há muitos anos, tentava vencer um câncer, mas acabou não resistindo. 

Fabrício, que faleceu aos 59 anos, era um político muito querido no município, de uma tradicional família na política surubinense. O velório será realizado amanhã, na Câmara Municipal de Surubim. O sepultamento está previsto para às 17h, no cemitério São José.