Em celebração ao mês da enfermagem, o deputado estadual Gilmar Júnior (PV) está visitando várias cidades no Interior de Pernambuco, conversando com os profissionais e checando as condições de trabalho da categoria nas unidades de saúde. Na última semana, o parlamentar visitou o município de Ouricuri, no Sertão.
No Hospital Regional de Ouricuri, o cenário encontrado foi de superlotação e falta de equipamentos de proteção individual (EPIs). De acordo com o deputado, houve denúncias de que em alguns dias cada técnico de enfermagem atende mais de dez pacientes ao mesmo tempo. “Isso é um absurdo, porque a gente não consegue dar uma assistência segura à população desse jeito”, afirmou Gilmar Júnior, que é enfermeiro. Segundo o parlamentar, os pacientes estão acomodados nos corredores.
Os profissionais também relataram que chegam a comprar equipamentos de proteção, como máscaras e toucas, com dinheiro do próprio bolso, para não ficarem expostos. “É importante cobrar à Secretaria de Saúde que garanta o envio de uma quantidade suficiente de equipamentos de proteção individual. Os profissionais têm que estar protegidos”, destacou o deputado.
Na sala do repouso dos profissionais, foram encontrados colchões finos e manchados e infiltração no teto. “O Governo do Estado precisa enviar mais profissionais para o Regional de Ouricuri. Precisamos de uma equipe completa, dimensionamento e política salarial adequados e compra de EPIs, para que a gente tenha segurança para a população de Ouricuri e de mais 14 municípios que o hospital atende”, reforçou Gilmar.
Em meio ao início de uma crise aviária no País, com um possível surto de gripe aviária se alastrando pelo Sul, grupos ligados a avicultura em Pernambuco estão receosos com a falta liderança e um posicionamento vindo da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária (Adagro). A agência está caminhando para o seu terceiro presidente desde o início de 2023 e, neste momento, o cargo encontra-se vago.
Funcionários da Adagro também relatam ao blog, em sigilo, que a entidade não conta nem com combustível para os carros que possui. “Aqui em Pernambuco, não temos combustível e nem carros para fazer uma simples visita de rotina em uma granja. Estamos somente contando com orações, porque se a doença chegar aqui em Pernambuco não temos nem como remediar o caos”, disse uma fonte.
O deputado federal André Ferreira (PL) prestigiou, neste final de semana, ao lado da prefeita Maria Izalta e do seu irmão e presidente do PL Pernambuco, Anderson Ferreira, a tradicional Festa de Maio em Ibirajuba, no Agreste do Estado. O evento, esperado que é, reuniu a população, inclusive de cidades vizinhas, potencializando a economia, a geração de empregos e o turismo da Região.
“É sempre muito bom comparecer aqui, prefeita, e constatar o esmero com que a senhora cuida da cidade e do seu povo, não à toa, ao andarmos juntos, sentimos o reconhecimento dos moradores e visitantes”, disse o deputado, reforçando que “em Brasília, ou aqui, você tem o nosso mandato como grande parceiro e à disposição, minha amiga. Caminharemos juntos”, concluiu.
O presidente do PL Pernambuco, Anderson Ferreira, endossou as falas do irmão e deputado, afirmando que a cidade de Ibirajuba vive um tempo de mudança, de evolução constante e que isso se constata a olhos vistos. “Sempre que a gente vem aqui, amiga, celebramos uma conquista, que é fruto de um trabalho bem pensado, bem-feito e entregue qualidade ao seu povo. É uma gestão em que o trabalho não para”, disse.
O prefeito de Surubim, Cleber Chaparral (UB), desembarcou, na manhã de hoje, em Brasília, para a 26ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Além de participar do evento, promovido pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o gestor pretende fazer reuniões com ministros e parlamentares, em busca de recursos para Surubim.
A Prefeitura do Recife prorrogou as inscrições para o 3º Ciclo do Eita! Recife – Esquadrão de Inovação e Transformação Aberta, iniciativa pioneira que busca conectar o ecossistema de inovação a desafios reais da cidade. Agora, os interessados terão até o dia 20 de junho para submeter suas propostas por meio da plataforma Coreto: https://coreto.recife.pe.gov.br/eita-3-ciclo.
O programa é coordenado pela Secretaria de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia e pela Empresa Municipal de Informática (Emprel). A proposta é fomentar um ambiente de inovação aberta e colaborativa, integrando governo, setor privado, academia e sociedade civil na construção de soluções que melhorem a qualidade de vida da população e tornem a gestão pública mais moderna, ágil e eficiente. A iniciativa envolve diretamente todas as secretarias e órgãos da prefeitura, funcionando como um guarda-chuva estratégico que identifica, organiza e prioriza os problemas a serem enfrentados com o apoio da tecnologia.
“O Eita! Recife materializa como a tecnologia e a inovação podem estar a serviço das políticas públicas. A prorrogação das inscrições amplia a oportunidade para que mais talentos contribuam com soluções reais para os desafios da cidade. Nosso objetivo é fortalecer esse ecossistema e fazer do Recife uma referência nacional em transformação digital aplicada à gestão pública”, afirmou o presidente da Empresa Municipal de Informática (Emprel), Bernardo D’Almeida.
As soluções selecionadas poderão ser contratadas pela gestão municipal com investimentos de até R$ 1,6 milhão por projeto, de acordo com o nível de aderência, viabilidade técnica e impacto da proposta. O programa é voltado para startups, empresas, profissionais autônomos, pesquisadores, estudantes e demais atores do ecossistema de inovação, que podem se inscrever individualmente ou em equipe.
O longa-metragem ‘O Agente Secreto’, do cineasta Kleber Mendonça Filho, teve sua estreia mundial, ontem, no 78º Festival de Cannes, na França. A produção, protagonizada por Wagner Moura, é uma das concorrentes à Palma de Ouro, principal prêmio do evento.
A exibição foi acompanhada por uma celebração cultural brasileira e recebeu aplausos do público por aproximadamente 15 minutos. O filme é uma coprodução entre Brasil, Alemanha, França e Holanda, e contou com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual, FSA, vinculado à Agência Nacional do Cinema, Ancine, com apoio do Ministério da Cultura.
A delegação brasileira foi composta por atores e membros da equipe técnica, como Gabriel Leone, Maria Fernanda Cândido, Juliana Paes, Barbara Paz, Isabel Zuaa, Caio Venâncio, a produtora Emilie Lesclaux e o próprio diretor. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, e a secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga, também participaram do evento. A chegada da comitiva ao tapete vermelho foi marcada por uma apresentação de frevo pernambucano, reunindo orquestra e artistas que levaram a musicalidade brasileira às ruas de Cannes.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai exigir biometria para desbloquear novos empréstimos consignados a partir da próxima sexta-feira. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de hoje, e é um complemento de uma decisão anterior sobre o consignado.
Segundo o presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, que assina o despacho desta segunda, o objetivo da medida é “mapear a vulnerabilidades operacionais”, “implementar medidas corretivas e aprimoramentos, garantindo maior segurança e conformidade aos processos envolvidos.”
Waller reforça ainda a necessidade imediata de avaliação do serviço de desbloqueio de benefícios para empréstimos consignados. “Decido que, a partir do dia 23 de maio de 2025, todos os desbloqueios para averbação de novos empréstimos consignados somente poderão ser realizados com a biometria, na plataforma Meu INSS, validada em bases do governo federal”, diz um trecho do documento.
Protutores de frutas do Vale do São Francisco estão na cidade de Xangai para prospecção e promoção de negócios no mercado chines. A missão comercial, realizada pela Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), iniciou no dia 12 maio e vai até hoje.
De acordo com o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho, o principal objetivo da missão é ampliar e aprofundar o conhecimento sobre o mercado consumidor chinês, principalmente as cadeias de uva e melão. “Estamos conversando diretamente com importadores, visitando centros de distribuição e supermercados para ver os tipos de embalagens, verificando quais os meses que os chineses querem receber as frutas. Enfim, queremos entender bem as necessidade e peculiaridades do mercado para atendê-lo com a mesma eficiência que já atendemos a outros países e o nosso próprio mercado interno”, comentou.
“Estamos conhecendo um pouco mais sobre esse gigante da Ásia em termos de população e consumo. E voltamos para o Brasil com muito conhecimento na bagagem e com uma oportunidade de crescermos ainda mais nas exportações e fazer a diferença no Vale do São Francisco ampliando o nosso mercado” afirmou o empresário e presidente da Cooperativa Agrícola Nova Aliança (Coana), Edis Matsumoto.
A missão, que conta com 41 exportadores de frutas de várias partes do Brasil, incluiu uma visita a SIAL CHINA 2025, feira internacional de alimentos que ocorre em Xangai, além de encontros com empresas importadoras, centros atacadistas de frutas na região, estabelecimentos de varejo e com empresários de vários elos dentro da cadeia de suprimentos do setor de frutas e derivados.
A Faculdade Vale do Pajeú, em parceria com o Instituto FVP, o Governo do Estado e a Prefeitura de São José do Egito, realiza, a partir da próxima quarta-feira, a maior feira agropecuária da região. Trata-se da 1ª Expovale de São José do Egito. O evento oferecerá uma premiação total de R$ 50 mil, além de um adicional de R$ 10 mil no concurso leiteiro.
Além das competições, a programação contará com uma série de atrações musicais que iniciam na quinta-feira, como a banda Gatinha Manhosa, a dupla Sirano e Sirino, o grupo Arreio de Ouro, a cantora Priscila Senna e o cantor e compositor Maciel Melo, entre outros.
O diretor Renato Terra (Narciso em Férias) fez, na Ilustrada da FSP de 16/05, uma saudável ironia sobre o narcisismo nas redes. “Não sou aquele saudosista que diz: ‘ah, que saudade da época que o Instagram era pra postar fotos bonitas’. As coisas mudam. Hoje as pessoas querem interagir com quem tá na área VIP da vida. Todo conhecimento e aprendizado que as gerações passadas tiveram até aqui não vão te trazer mais likes”.
Para alguns, o que importam são os números de likes e seguidores. Tudo volátil. Sempre lembramos de um post que vimos não sabemos onde. Nem temos como a ele voltar. Tudo frenético e passageiro. Como a vida. Mas como fazer para que as conquistas, inspirações e saberes não nos escapem? Nem aos pósteros? Para isso, temos os museus, os arquivos de vídeos, as novas ferramentas de curadoria.
Mas também as ferramentas tradicionais. Exemplos são o rádio, imortal, diverso, prático e universal. O jornal cujas edições digitais e impressas fazem curadorias que vão ficar. Os livros e jornais nas bibliotecas mundo afora. Mas o desafio persiste, dada a força do efêmero e do narciso nas redes.
Vejo em países por onde andei algumas possíveis soluções que passam por mudanças de atitudes e valores. Os governos podem muito, mas não podem tudo. Tendemos a cobrar dos governos a solução de todos os problemas. Mas e a nossa parte? Nos EUA, visitei universidades que souberam criar um ambiente para facilitar o aproveitamento das inovações científicas pelo mercado. Como na incubadora de empreendedorismo do MIT.
Na Inglaterra, vi a sociedade se mobilizar para preservar instituições como o National Health Service e a rede pública de ensino. No Sertão de PE, vi uma rede de ONGs como a ASA, defender o direito à água no semiárido nordestino. Em Osaka, no Japão, a Expo 2025 tem um stand sobre boas práticas (novos métodos de descartes, preservação dos oceanos, recuperação de ambientes degradados, próteses para amputados, treinamentos para emergências, limpeza de águas). E outro sobre a cidade do futuro com soluções que independem dos governos.
É também no Japão que se combinam o conhecimento das gerações anteriores com as inovações do hoje. Uma cultura milenar de aprendizado sobre as conquistas que possibilitaram o presente. Conquistas tecnológicas que não se fizeram às custas do desprezo pelo saber passado. Alguns exemplos dessa sábia combinação. Diferente do Ocidente, o Japão tem banheiros públicos gratuitos em todos os lugares. Algo que denota respeito sobretudo aos idosos e pobres que mais precisam desse equipamento.
Todos com asseio impecável que não vemos em muitas das nossas residências. E com uso de tecnologias que permitem o usuário sentar num toilette aquecido, com chuveirinhos internos que reduzem o uso do papel. O mesmo nos restaurantes, hotéis e parques. A economia de papel e plástico é um capítulo à parte, centrada na preocupação ambiental. Todos levam sua própria toalha. Não tem lixeira nas ruas e nos estabelecimentos. O pressuposto é que todos devem levar seus lixos para casa e organizarem a disposição seletiva. Todos fazem a sua parte para evitar o desperdício e os danos ambientais de outros modelos como o do consumismo irresponsável americano. Assim como mantêm o silêncio nos transportes e logradouros públicos. Mesmo em ambientes aglomerados não se escuta a barulheira que, entre nós, é vista como sinônimo de “felicidade”. A alimentação saudável é difundida. Quase não se avistam pessoas excessivamente obesas, com ganhos para o sistema de saúde.
O cumprimento das regras em sociedades como a alemã, a inglesa e a japonesa é aceito por (quase) todos como algo que resulta em benefícios recíprocos. São atitudes das pessoas. Independem dos governos. Trata-se de um outro modelo de organização social. Menos desperdício, menos consumismo, menos exibicionismo. A austeridade como um valor em si. Aquela cena do rico americano arrogante e exibido é muito mais difícil de encontrar na Alemanha ou no Japão. Assim como a atitude arrogante de algus jovens. Assim como o excessivo narcisismo das redes sociais bem ironizado por Renato Terra. A lista das diferenças e do que temos a aprender com outros povos, infelizmente, é muito mais longa.
*Advogado formado pela FDR da UFPE, professor de Direito Constitucional da Unicap, PhD pela Universidade Oxford
Depois de dois anos, o Nordeste vai superar o Sul e voltará a ocupar o segundo lugar como centro de consumo do Brasil, ficando atrás apenas do Sudeste. Em valores, as famílias dos Estados nordestinos vão gastar R$ 1,515 trilhão em 2025.
O Nordeste deverá responder por 18,59% do consumo brasileiro neste ano, enquanto Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná devem representar, juntos, uma fatia de 18,51%, revela o levantamento anual da consultoria IPC Maps. No ano passado, a participação dessas regiões foi de 18,06% e 18,57%, respectivamente.
Ao todo, as famílias brasileiras deverão movimentar R$ 8,151 trilhões, uma alta de 3,01% na comparação com 2024. Pontualmente, a inversão de posição entre Nordeste e Sul é explicada por uma combinação de fatores.
De um lado, os estragos provocados pelas enchentes no Rio Grande do Sul afetaram a economia local. De outro, os Estados nordestinos refletem uma série de benefícios para a região, como o bolsa família, o aumento do salário mínimo e investimentos bilionários em energia renovável. Junta-se a isso outra força importante para o Nordeste: o turismo, que ajuda a movimentar a economia local.
“O Nordeste ultrapassou a região Sul em 2008, mas perdeu essa posição por causa da pandemia”, afirma Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing. “Agora, por causa das enchentes, pela volta do fluxo de turistas à sua normalidade e com o real desvalorizado, o Nordeste voltou a crescer e retornou para a segunda posição”.
A desvalorização do real em relação ao dólar – a moeda brasileira chegou a ser cotada a R$ 6,30 no fim do ano passado – encareceu as viagens internacionais para brasileiros, mas deixou o turismo local mais barato para estrangeiros.
Nos primeiros quatro meses deste ano, as estatísticas do Ministério do Turismo mostram que os aeroportos internacionais do Nordeste receberam 159.149 estrangeiros. É um contingente maior do que o apurado nos primeiros quatro meses do ano passado, quando 105.358 turistas desembarcaram no País.
“O Nordeste tem vários segmentos formais e informais voltados para o turismo”, diz Michelle Silva, integrante do conselho de administração da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) Nacional. “A perspectiva é de um crescimento ao longo de todo este ano.”
Historicamente, o Nordeste sempre foi a região brasileira que mais se beneficiou do turismo. Em 2023, segundo o último anuário da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), o faturamento da região foi de R$ 4,56 bilhões, o equivalente a 39,6% do total do Brasil.
“Basicamente, todas as capitais do Nordeste têm no turismo um vetor econômico. E é possível identificar locais na região em que, eventualmente, o turismo é a única ou a principal fonte de renda e geração de emprego para uma determinada comunidade”, afirma Marina Figueiredo, presidente executiva da Braztoa.
“A atividade do turismo é muito diversa na geração de emprego. Quando um hotel começa a funcionar, ele vai oferecer oportunidade de emprego para camareira, garçom, chefe de cozinha, gerente. Todos os perfis da sociedade acabam sendo contemplados”, acrescenta.
Como o restante do Brasil, a região observou uma melhora do mercado de trabalho. A taxa de desemprego média recuou de 11,2% para 9,4% de 2023 para 2024 e alcançou o patamar mais baixo desde 2014. No ano passado, a renda do trabalho subiu 10,3% − um ritmo mais acelerado do que a do conjunto do País (7,6%).
O crescimento do turismo local conta apenas uma parte do desempenho econômico nordestino. Há outros motores que também estão beneficiando a região nos últimos anos. Segunda região mais populosa do País, com cerca de 55 milhões de habitantes, o Nordeste tem se beneficiado pelo aumento de transferências de renda, pela valorização real (acima da inflação) do salário mínimo, que reverbera em aposentadorias e benefícios sociais, e pelo fortalecimento do mercado de trabalho. Clique aqui e confira a matéria na íntegra.
Entre idas e vindas de Belo Jardim a Caruaru, parei no posto Cruzeiro de Tacaimbó para lanchar e, enfim, adquiri o exemplar da biografia de Marco Maciel, meu patrono na Academia Belo-jardinense de Letras e Artes, minha referência para a vida pública.
Deixo aqui meu registro e admiração por sua grandeza em homenagear este grande artífice do entendimento.
Mesmo com um friozinho de 13 graus, cumpri, há pouco, em Brasília, a meta da corridinha diária de 8 km. A corte está, literalmente, invadida por prefeitos para a 26ª Marcha, promovida pela Confederação Nacional dos Municípios. São mais de 12 mil inscritos, dos quais 101 prefeitos de Pernambuco. Meu podcast, em parceria com a Folha, foi antecipado para hoje, com o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.
A previsão de fortes chuvas que poderia castigar o município de Jaboatão dos Guararapes não se concretizou. Motivo de alívio para a Prefeitura. Mesmo assim, o prefeito Mano Medeiros decidiu mudar sua agenda. Ele não fará a viagem para Brasília, como estava previsto, para participar da 26ª Marcha dos Prefeitos, que vai acontecer na próxima terça-feira, para seguir conduzindo os trabalhos na cidade.
“Ocorreu uma mudança nas previsões do tempo. O risco de uma grande quantidade de chuva diminuiu bastante. Mesmo assim, vamos seguir em Jaboatão porque precisamos estar perto das pessoas. A gente vai continuar atento, na rua, vendo o que é preciso melhorar”, afirmou Mano Medeiros. No final da manhã de hoje, acontecerá uma nova reunião com os secretários para um balanço geral do trabalho de prevenção realizado durante esse final de semana.
Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), havia a possibilidade de chover cerca de 100mm de água nos últimos três dias e ainda se estendendo até a próxima quarta-feira. Mas o panorama mudou. A equipe da Defesa Civil e demais secretarias envolvidas no núcleo de ação de prevenção às chuvas vão diminuir o ritmo de trabalho, mas não deixarão de seguir em alerta.
MONTANHAS DA JAQUEIRA – O Papa Leon 14 está rezando pela paz na Faixa de Gaza, na Ucrânia, na Caxemira, no Complexo do Alemão, na Tríplice Fronteira, na Cracolândia, na Cova do Onça, no Sambódromo e no Vaticano. Milhões de fiéis também estão rezando e fazendo promessas pela paz na Muribeca, no Oiapoque, na Guiana, em Kiev. Infelizmente, os senhores das armas e das guerras não se comovem com piedosas orações.
Na hora do Angelus, declamada na Rádio Clube e Rádio Jornal, “hora da prece e do perdão, hora dos fidalgos e dos plebeus, hora dos cristãos a de todas as idades e dos filhos de Deus de ambos os hemisférios”, ao som da Ave Maria de Gounod, os fariseus despejam mísseis mortíferos nas casas, nos castelos, nos hospitais, nas igrejas e nos abrigos humanitários.
O americano-peruano Robert Francis Prevost foi ungido Papa Leon 14 por ter “cheiro de ovelhas”, assim anunciaram. Ser pastor de almas é missão gloriosa, ser pastor de verdade, não os fariseus mercadores de dízimos.
Falar em primeira Guerra Mundial (1914-1918) e segunda Guerra Mundial (1939-1945) virou um clichê hoje massificado. Qual o critério? Geopolítico? As principais guerras da humanidade sempre foram mundiais, desde o Império Romano, antes de Cristo, quando a terra era plana, até as guerras do Império Mongol, nos séculos 13 a 14, na Eurásia, China e Rússia. O diabólico Gengis Kkan, precursor das guerras bacteriológicas, foi o maior conquistador de impérios da história da humanidade.
Eu sempre fui terraplanista, modéstia à parte, pois gostaria de ter nascido na época da Renascença. A Terra ficou redonda depois das Navegações por culpa de Galileu Galilei, e desde então o mundo mudou para pior.
As guerras napoleônicas, no início do século 19, durante 12 anos, também foram mundiais.
Jesus Cristo perguntou três vezes ao seu discípulo e ouviu a mesma resposta: “Simão, filho de João, tu me amas?” “Senhor tu sabes todas as coisas e sabes que eu te amo”. “Apascentai as minhas ovelhas!” As ovelhas estão em surto neste vale de lágrimas, de guerras, polarizações, de roubos e de rombos Previdência Social.
Neste reino de Pindorama, onde o amor venceu o ódio, as ovelhas do cordão encarnado querem prender, censurar e massacrar as ovelhas de outros rebanhos. Só haverá pacificação nacional, segundo as ovelhas vermelhas, quando todos os animais dissidentes forem silenciados, assim feito na Rússia do genocida Vladimir Putin.
O Papa João Paulo II tinha cheiro de santo guerreiro da paz. Ele sabia que os tiranos comunistas não se comovem com preces piedosas. Por isso ia lá nos territórios e fazia acontecer. Somente não desarmou o psicopata Fidel Castro. Daí o povo cubano ainda hoje vive na miséria e na escravidão comunista. O fanatismo comunista é uma doença mental perigosa e contagiosa.
O mundo precisa de um novo estadista para redimir os cubanos das trevas do comunismo, assim como na Antiguidade Moisés rompeu os mares e libertou o povo hebreu da escravidão.
Meu podcast “Direto de Brasília”, em parceria com a Folha de Pernambuco, entra, hoje, na pauta do Nordeste. Um dos assuntos a serem tratados com o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, ex-governador do Amapá, é o contrato de gestão das águas da transposição do rio São Francisco com os quatro estados beneficiados pelo projeto que o Governo quer tirar do papel este ano.
Está em fase decisiva a modelagem de uma parceria público-privada (PPP) para a operação dos dois eixos (Norte e Leste) da transposição, que hoje é feita pela Secretaria Nacional de Segurança Hídrica (SNSH) do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. Em recente entrevista, Góes disse que pretende realizar um leilão dessa “concessão patrocinada” até o fim deste ano. A modelagem está sendo elaborada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A concessão patrocinada, ou PPP, significa que a futura empresa responsável pela gestão e operação das águas também vai receber aportes públicos para fechar as contas do projeto. De acordo com Waldez, um dos compromissos a serem assumidos pela concessionária é a instalação de novos conjuntos de bombas de elevação das águas. As estações de bombeamento são estruturas que permitem levar as águas de um terreno mais baixo para outro mais alto.
A transposição do rio São Francisco, que já recebeu investimentos de R$ 12 bilhões quando se incluem seus sistemas complementares de distribuição dos recursos hídricos, beneficia cerca de 400 municípios e 12 milhões de pessoas no semiárido nordestino. Para o ministro, agora é hora de se dedicar especialmente à “governança” do sistema, com um modelo permanente e sustentável de gestão do projeto. “Às vezes, alguém me pergunta se tudo isso é para cobrar água das pessoas. Não, pelo contrário. É para dar segurança hídrica. Hoje, se quebra uma bomba, tem que ir lá o governo federal correndo para consertar”, afirmou numa entrevista à CNN. Um acordo com os quatro estados beneficiados pela transposição já havia sido alcançado no ano passado e previa diretrizes gerais para a gestão das águas.
VOLTA DA TEMÁTICA CORRUPÇÃO – Desde que estourou o escândalo do INSS, cujos desvios começaram em 2019 e permaneceram na atual gestão, o governo Lula se viu acossado por um tema que há anos não é considerado pelos brasileiros o problema prioritário do país: a corrupção. Entre o turbilhão político iniciado em junho de 2013 e o mês final do governo Michel Temer (MDB), em 2018, o assunto pontuava alto nas pesquisas de opinião, mas arrefeceu no período de Jair Bolsonaro e nos primeiros anos do Lula 3. Agora, volta a ressoar e a ser explorado pela oposição, algo que o PT do presidente enfrentou de forma intensa no auge da Lava-Jato. Em Brasília, costura-se a criação de uma CPI que daria ainda mais holofotes ao esquema dos descontos indevidos de aposentados.
Caem chances de Bolsonaro apoiar Tarcísio – O ex-presidente Bolsonaro (PL) tem demonstrado a aliados resistência em indicar o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), como sucessor ao Palácio do Planalto em 2026, segundo ampla reportagem, ontem, na Folha de São Paulo. O jornal apurou que uma ala de aliados do ex-presidente tem reforçado críticas ao governador e, segundo interlocutores dos dois lados, isso tem contaminado Bolsonaro. Há uma irritação com movimentos para tentar emplacar o nome de Tarcísio para a corrida presidencial ou mesmo com a discussão agora sobre uma candidatura de direita. O ex-presidente se queixou a aliados de que seu ex-ministro não estaria demonstrando solidariedade o suficiente, segundo esses relatos.
Nome pode ser familiar – Bolsonaro tem sinalizado preferência por indicar alguém do seu clã, ainda segundo o jornal. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro é hoje a mais citada — ainda que uma parte de seus aliados veja com desconfiança esse cenário. O seu filho Eduardo (PL), ainda nos EUA, também é apontado como possível sucessor. Publicamente e reservadamente, o ex-presidente mantém o discurso de que é ele o candidato. Em entrevista à Folha no final de março, disse que registrará sua candidatura no TSE, apesar de estar inelegível. Lideranças de partidos de centro se dizem preocupadas com esse cenário em que ele insistirá em seu nome até o último momento para possivelmente indicar alguém de seu clã para a cabeça da chapa.
Contas regulares – A propósito das contas do MDB em Pernambuco, o presidente Raul Henry garante que as contas estão em situação regular, ao contrário do que seus adversários espalharam. “As contas de 2019, 2020 e 2021 foram aprovadas com ressalvas. Ressalvas não configuram reprovação. Aliás, praticamente a totalidade das contas das agremiações partidárias aprovadas pelo TRE são com ressalvas. As contas do MDB de 2022 e 2023 ainda não foram julgadas, estando na fase de diligências técnicas de rotina, comuns à prestação de contas de qualquer agremiação partidária. As de 2024 serão apresentadas no mês de junho próximo, conforme determina a legislação”, explicou.
Um padre que merece aplausos – O padre Chrystian Shankar, da Diocese de Divinópolis (MG), divulgou uma nota se recusando a batizar bebês reborn e realizar outros ritos católicos em bonecos realistas. Segundo ele, as pessoas que fizerem essas solicitações devem “ser encaminhadas ao psicólogo” ou “psiquiatria”. O texto foi publicado em seu perfil no Instagram, que soma 3,7 milhões de seguidores. Donos de bebês reborn estão sendo alvo de críticas na internet. O tema ganhou relevância na internet depois de vídeos das “mães” dos brinquedos viralizarem nas redes sociais.
CURTAS
NO PSD – Ex-prefeito de Flores, Marconi Santana, já em campanha por uma vaga na Assembleia Legislativa, como alternativa a ocupar o vácuo no Pajeú aberto com a morte do ex-deputado José Patriota (PSB), deve se encontrar com a governadora Raquel Lyra para bater o martelo na sua filiação do PSD.
RECORDISTA – O presidente Lula abre, hoje, pela manhã, a 14ª Marcha dos Prefeitos em Brasília, que deve ter um novo recorde de participantes, superando, inclusive, a marca da até então maior mobilização nacional pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), em 2024.
CHUVAS – As chuvas que estavam concentradas no Grande Recife agora chegaram ao Agreste e Sertão. Sábado passado, choveu bem em Caruaru, em vários municípios próximos e no Moxotó, principalmente em Arcoverde, que voltou a ter novas precipitações ao longo do dia de ontem.
Apesar de ter um orçamento quase seis vezes maior, o Governo de Pernambuco fez menos de um terço dos investimentos da Prefeitura do Recife em áreas de morro e encostas nos últimos dois anos em todo estado. Além de terem volume menor, os aportes foram voltados a municípios administrados por aliados do Palácio do Campo das Princesas. Nenhum foi direcionado à capital, que é comandada pelo prefeito João Campos (PSB), potencial adversário da governadora Raquel Lyra (PSD) nas eleições de 2026.
Dados da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) de Pernambuco indicam que, em 2023, a gestão estadual investiu R$ 58,1 milhões em Jardim Monte Verde, área que concentrou o maior número de mortes pelo deslizamento de barreiras durante as chuvas de maio de 2022. A região fica em Jaboatão dos Guararapes, município governado por Mano Medeiros (PL), aliado de Raquel. Três anos após a tragédia, as obras a cargo do Governo do Estado ainda não terminaram.
Na parte de Jardim Monte Verde que fica no Recife, o Governo Raquel Lyra não fez investimentos. Coube à gestão de João Campos aportar R$ 5,6 milhões na contenção definitiva de duas encostas. As obras foram entregues em janeiro deste ano.
Ainda em 2023, Igarassu, que tem como prefeita Elcione Ramos (PSD), correligionária da governadora, também recebeu recursos para essa área. O bairro Triunfo foi beneficiado com R$ 1,7 milhão. Já no ano passado, a mesma cidade foi inserida em um pacote de 18 obras estaduais em nove municípios, entre eles, Jaboatão, Olinda, Paulista, Camaragibe e Cortês. Na época, todos tinham prefeitos aliados de Raquel e se mantiveram sob seu raio de influência após as eleições de 2024.
No ano passado, os investimentos em áreas de morro nesses municípios chegaram a R$ 155 milhões, mas a maior parte – R$ 97 milhões – foi oriunda do Novo PAC, do Governo Federal. Já o Governo de Pernambuco aportou R$ 58 milhões, valor menor que o investido em 2023. Na soma dos dois primeiros anos do Governo Raquel Lyra, o volume de recursos para a área chegou a R$ 117,8 milhões. A Lei Orçamentária Anual (LOA) previu R$ 48,39 bilhões para o orçamento do estado em 2024.
Já a Prefeitura do Recife, com orçamento quase seis vezes menor no ano passado – de R$ 8,2 bilhões –, investiu R$ 314 milhões no período, levando a cidade a atingir a média de três obras por dia em áreas de morro. Em 2025, outros R$ 115 milhões entram nessa conta, fazendo a gestão municipal chegar à soma de R$ 429 milhões aportados em dois anos. O valor de quase meio bilhão de reais é mais que o triplo do orçamento executado pelo Governo de Pernambuco nessa área.