Candidatura de Izaías Régis será oficializada na próxima quarta-feira em Garanhuns

Na próxima quarta-feira (31), às 19h, a Associação Garanhuense de Atletismo (AGA) será palco da convenção partidária que oficializará os nomes de Izaías Régis (PSDB) e Ulisses Pereira (PSD) para a disputa pela Prefeitura de Garanhuns. O evento contará com a presença da governadora Raquel Lyra (PSDB), do ex-senador Armando Monteiro (Podemos) e do presidente estadual do PSDB, Fred Loyo.

Izaías Régis, que já ocupou o cargo de prefeito de Garanhuns por dois mandatos e atualmente está em seu quarto mandato como deputado estadual, destacou a importância desta candidatura. “Mais uma vez estamos colocando à disposição um grupo que sempre se dispôs a cuidar de Garanhuns. A experiência adquirida ao longo dos anos me permite olhar para o futuro com responsabilidade e compromisso”, disse.

Nesta quarta-feira (24), a programação da 66ª Festa dos Estudantes de Triunfo recebeu o lançamento do livro “Amor de Ferro e Flor”, da jornalista, escritora e pesquisadora Wanessa Campos.

O evento aconteceu no histórico prédio do Cine Teatro Guarany, inaugurado em 1922, atraindo um bom público interessado na temática do cangaço.

O livro é uma mistura de ficção com fatos reais sobre o romance universal de Lampião e Maria Bonita, rei e rainha do Cangaço.

Da Rede Observatório

Meu amigo Zé Maria Sultanum está levando o famoso festival gastronômico, criado na sua pousada em Fernando Noronha, para Serra Negra, em Bezerros, aproveitando o período de férias e frio. Serão duas noites, já bastante concorridas, sexta e sábado próximos. 

Zé Maria põe uma mesa farta, repleta de salgados, com destaque para a colorida Paelha. Sempre utilizando ervas e vegetais provenientes da própria horta orgânica, peixes e mariscos frescos pescados na região e servidos diariamente.

A mesa de doces parece infinita em sua reposição que não acaba enquanto os convidados não estão completamente satisfeitos! Um fresco sorvete de tapioca é uma sugestão para finalizar este banquete, que deixa saudades.

Serviço

Reservas por meio do WhatsApp: 81 98923-1745

O deputado e candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol-SP), disse nesta quarta-feira (24) que a declaração do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, sobre as urnas eletrônicas no Brasil é “lamentável” e demonstra seu “desconhecimento” a respeito do sistema eleitoral brasileiro.

As falas de Boulos vêm depois de Maduro dizer que no Brasil “nem um único registro” de voto é auditável. A crítica, no entanto, foi feita sem provas. As informações são do Poder360.

Segundo o presidente venezuelano, seu país tem o “melhor sistema eleitoral do mundo”. “Onde mais no mundo se faz isso? Nos Estados Unidos? O sistema eleitoral é inauditável. No Brasil? Eles não auditam um único registro. Na Colômbia? Eles não auditam um único registro”, acrescentou durante um comício.

No entanto, as urnas no Brasil são auditáveis. As etapas do processo eleitoral são acompanhadas por organizações e partidos políticos. Na esteira das declarações de Maduro, o TSE também se pronunciou dizendo que os boletins de urna são relatórios “totalmente auditáveis”.

As críticas de Maduro foram feitas depois de o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ter afirmado que ficou “assustado” com a declaração do venezuelano em 17 de julho, quando disse que poderia haver um “banho de sangue” caso perca as eleições. O pleito será realizado em 28 de julho.

Boulos falou com os jornalistas depois de audiência com a presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Cármen Lúcia, na Corte Eleitoral sobre o aumento de fake news na eleição municipal de 2024.

O prefeito Simão Durando (União Brasil) anunciou, nesta quarta-feira (24), o nome de seu companheiro na futura chapa para as eleições municipais de Petrolina. O empresário Ricardo Coelho, também filiado ao UB, será o pré-candidato a vice-prefeito, defendendo o projeto de continuidade que fez Petrolina se projetar entre as cidades que mais crescem no Nordeste. 

Com 34 anos, Ricardo estreia oficialmente em campanhas. O pré-candidato, no entanto, tem a politica no DNA. Neto do ex-prefeito e deputado Geraldo Coelho, a nova liderança vivencia desde a infância a história política do município sertanejo. As informações são do Blog da Folha.

Simão afirma que a escolha se deu por conta de diversas qualidades humanas e profissionais de Ricardo Coelho.

“Não tenho dúvidas que é um jovem muito bem preparado, que tem vontade e disposição para que possamos continuar atendendo os anseios da população petrolinense. Tudo que fazemos é pensando no melhor para a nossa cidade para que a gente continue no rumo do desenvolvimento. Já provamos que sabemos trabalhar, que temos força política para trazer recursos e obras, então posso afirmar que o nome escolhido vem para contribuir com o crescimento do nosso povo” destacou.

Ricardo Coelho afirma que entrará de corpo e alma na campanha. Para ele, ser vice-prefeito é a realização de um sonho e uma missão com o povo de Petrolina.

“É uma honra fazer parte dessa história, e assim como, Geraldo, Nilo, Fernando, Miguel e tantos outros, contribuir para Petrolina seguir em frente. A população pode contar comigo nessa missão, que com certeza será tão vitoriosa. Estou muito animado para ir pra rua, ouvir a nossa gente e levar as nossas propostas. Em outubro, a cidade com certeza vai decidir seguir adiante, no trilho do desenvolvimento. Vamos seguir juntos nessa corrente de devoção à nossa cidade e de muito trabalho por Petrolina”, concluiu Ricardo.

Perfil

Ricardo é formado em relações internacionais pela Faculdade de Economia da FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado e pós-graduado em gestão financeira pela FGV – SP. Atualmente, é empresário atuante no mercado imobiliário e da construção civil. 

A paixão pela política é herança de seu avô, Geraldo Coelho, que fez muito por Petrolina como vereador, prefeito e deputado na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Inspirado por essa dedicação, Ricardo cresceu com uma forte vontade de seguir os passos de um homem público exemplar, passos reconhecidos e admirados por todos que conheceram seu avô.

A pré-candidata à Prefeitura de Olinda, Mirella Almeida, já tem data para a oficialização do seu nome na disputa pela sucessão do Professor Lupércio. O Partido Social Democrático (PSD) realizará, no dia 1º de agosto, a convenção para ratificar o nome da postulante. O ato terá início às 17h, no Mercado Eufrásio Barbosa. 

Durante a convenção, também serão confirmados os nomes dos candidatos a vereador que defenderão a legenda nas urnas. Com uma chapa robusta, o partido pretende eleger, no mínimo, cinco parlamentares.

Apoios

Mirella reúne um total de 12 partidos para a sua pré-candidatura. Além do PSD, a postulante conta com o apoio do Agir, PDT, MDB, Avante, Republicanos, PSDB, Solidariedade, União Brasil, Podemos, Cidadania e PMB.

Tucanos que se opõem à pré-candidatura de José Luiz Datena pelo PSDB planejam ir à convenção do partido, marcada para sábado (27), que tem o objetivo de confirmar o apresentador na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

A iniciativa é liderada pelo ex-presidente municipal do PSDB Fernando Alfredo, que é aliado do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Na prática, boa parte dos tucanos engrossa a gestão e a pré-campanha à reeleição de Nunes, embora o partido tenha decidido lançar Datena.

O apresentador, por sua vez, é endossado pelas direções nacional, estadual e municipal do PSDB — esta última a cargo do ex-senador José Aníbal, que substituiu Fernando Alfredo após uma intervenção do comando tucano em Brasília.

Segundo Fernando Alfredo, a ideia é levar de 800 a 1.000 filiados para a convenção e pressionar Datena a debater com a militância. Essa ala pretende ainda lançar o nome de Alfredo como candidato alternativo a Datena como uma forma de protesto.

Do ponto de vista formal, porém, dificilmente a oposição terá êxito na convenção. Como o PSDB na capital é formado por uma comissão provisória, a convenção não envolve a votação em um colegiado amplo de delegados, mas apenas a própria executiva municipal — em que Aníbal tem maioria.

Em entrevista à Folha, Datena afirmou que poderia desistir da candidatura se não tivesse respaldo do partido, mencionando possíveis confusões na convenção tucana, enquanto a de outros pré-candidatos houve aclamação.

“Se sábado eu sentir que os caras vão me encher o saco na convenção, eu não vou. Acabou. […] Essas convenções [dos partidos] vão ser por aclamação e com gente pesada. Se a nossa for porrada para todo lado, no que vai me ajudar? […] A partir do momento que eu não me sinta respaldado totalmente pelo partido, que haja palhaçada nessa convenção, que tenha manifestações…”, disse nesta segunda (22).

A pré-candidatura do apresentador é vista com ceticismo no mundo político e mesmo dentro do PSDB, já que ele desistiu de disputar outras quatro eleições. Na entrevista à Folha, Datena não descartou desistir e faz uma comparação com Joe Biden, presidente americano que desistiu da reeleição.

Em seguida, porém, ao Flow Podcast, Datena afirmou nesta terça-feira (23) que não iria desistir.

Pelas redes sociais, Fernando Alfredo havia proposto a Datena um debate entre eles, mas o apresentador recusou. “Ele me disse para esperar até 2028, mas eu não quero esperar. Eu tenho condições de disputar agora”, afirmou à reportagem.

Em seu Instagram, o ex-dirigente tucano afirmou estar se preparando para sábado. “Iremos lá colocar nosso ponto de vista e nossas opiniões.”

Alfredo afirmou à Folha que Datena “joga palavras ao vento sem entender nada de gestão pública” e criticou o alinhamento que ele enxerga entre o apresentador e Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato apoiado pelo PT e que é o principal adversário de Nunes.

“Vamos lá pressionar, perguntar por que ele não quer debater com a militância. Não queremos que ele renegue o debate e renegue o partido. Quero, por exemplo, que ele faça uma comparação entre as gestões tucanas em São Paulo e as petistas, que ele elogia quando fala do Boulos. A militância quer discutir essas questões”, disse.

De acordo com Fernando Alfredo, outra razão para ir à convenção são as ameaças de retaliação e expulsão por parte do PSDB. Dirigentes do partido haviam dito que esperavam que a oposição interna a Datena não fosse ao evento.

Da Folha de São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (24), que o combate à fome é uma escolha política dos governantes. “A fome não resulta apenas de fatores externos, ela decorre, sobretudo, de escolhas políticas. Hoje o mundo produz alimentos mais do que suficientes para erradicá-la. O que falta é criar condições de acesso aos alimentos”, disse.

“Enquanto isso, os gastos com armamentos subiram 7% no último ano, chegando a US$ 2,4 trilhões. Inverter essa lógica é um imperativo moral, de justiça social, mas também essencial para o desenvolvimento sustentável”, acrescentou o presidente no evento de pré-lançamento da força-tarefa para a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no Rio de Janeiro.

A iniciativa estabelece um compromisso internacional para obter apoio político, recursos financeiros e conhecimento técnico para implementação de políticas públicas e tecnologias sociais comprovadamente eficazes para a erradicação da fome e da pobreza no mundo. Entre as iniciativas bem-sucedidas estão experiências nacionais voltadas para os mais pobres e vulneráveis, como transferência de renda, alimentação escolar, cadastro de famílias vulneráveis, apoio à primeira infância, apoio à agricultura familiar, assistência social, protagonismo das mulheres e inclusão socioeconômica e produtiva, entre outros.

“A fome não é uma coisa natural, a fome é uma coisa que exige decisão política”, reforçou Lula. “Não é possível que, na metade do século 21, quando a gente já está discutindo até inteligência artificial, sem conseguir consumir a inteligência natural que todos nós temos, a gente ainda seja obrigado a fazer uma discussão dizendo para os nossos dirigentes políticos do mundo inteiro, ‘por favor, olhem os pobres porque eles são seres humanos, eles são gente e eles querem ter oportunidade’”, completou o presidente.

A aliança está sendo proposta pelo Brasil no G20 e, no encontro de ministros no Rio de Janeiro, o bloco aprovou os documentos fundacionais da iniciativa, dando início à adesão pelos países. Qualquer país interessado pode aderir à aliança. O lançamento oficial será formalizado na Cúpula de Líderes do G20, em novembro, também na capital fluminense.

“A aliança representa uma estratégia de conquista da cidadania, e a melhor maneira de executá-la é promovendo a articulação de todos os atores relevantes. Nossa melhor ferramenta será o compartilhamento de políticas públicas efetivas. Muitos países também tiveram êxito em combater a fome e promover a agricultura e queremos que esses exemplos possam ser conhecidos e utilizados”, disse Lula, explicando que essa transferência de conhecimento não será imposta.

“Vamos sistematizar e oferecer um conjunto de projetos que possam ser adaptados às realidades específicas de cada região. Toda adaptação e implementação deverá ser liderada pelos países receptores, porque cada um conhece seus problemas. Eles devem ser os protagonistas de seu sucesso”, afirmou.

Financiamento

A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza será gerida com base em um secretariado alojado nas sedes da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Roma, e em Brasília. Ela funcionará até 2030, quando será desativada, e metade dos seus custos será coberta pelo Brasil.

“Quero registrar minha gratidão aos países que já se dispuseram a contribuir com este esforço”, disse Lula, ao explicar que a iniciativa não criará fundos novos, mas que os recursos globais e regionais que já existem, e estão dispersos, serão redirecionados para as políticas de Estado de cada país.

Hoje, o Banco Mundial declarou apoio à aliança, colocando a segurança alimentar em sua agenda estratégica nos próximos anos. O Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Africano de Desenvolvimento também anunciaram contribuições à iniciativa, com o estabelecimento de novo um mecanismo financeiro. A Associação Internacional para o Desenvolvimento também fará nova recomposição de capital para ajudar os países mais pobres.

Lula lembrou ainda que a presidência do Brasil no G20 defende a reforma das instituições de governança global, inclusive as financeiras. “A representação distorcida na direção do FMI [Fundo Monetário Internacional] e do Banco Mundial é um obstáculo ao enfrentamento dos complexos problemas da atualidade. Sem uma governança mais efetiva e justa, na qual o Sul Global [países do Hemisfério Sul] esteja adequadamente representado, problemas como a fome e a pobreza serão recorrentes”, disse.

A taxação dos super-ricos também é uma agenda proposta pelo Brasil, que está em debate no bloco. “A riqueza dos bilionários passou de 4% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial para quase 14% nas últimas três décadas. Alguns indivíduos controlam mais recursos do que países inteiros”, disse Lula.

“Vários países enfrentam um problema parecido: no topo da pirâmide, os sistemas tributários deixam de ser progressivos e se tornam regressivos. Os super-ricos pagam proporcionalmente muito menos impostos do que a classe trabalhadora. Para corrigir essa anomalia, o Brasil tem insistido no tema da cooperação internacional para desenvolver padrões mínimos de tributação global, fortalecendo as iniciativas existentes e incluindo os bilionários”, reforçou o presidente.

Fome no mundo

Precedendo a reunião ministerial de hoje, a FAO lançou seu Mapa da Fome, segundo o qual, uma em cada 11 pessoas pode ter passado fome no mundo em 2023. No ano passado, a estimativa era que 28,9% da população mundial (ou 2,33 bilhões de pessoas) estava em moderada ou grave insegurança alimentar. Tendências crescentes de obesidade de adultos e de anemia entre mulheres de 15 a 49 anos também são consideradas preocupantes, diz a FAO.

Para Lula, os dados são “estarrecedores”, sendo a fome “a mais degradante das privações humanas”. “O problema é especialmente grave na África e na Ásia, mas também persiste em partes da América Latina. Mesmo nos países ricos, aumenta o apartheid nutricional, com a pobreza alimentar e a epidemia de obesidade”, disse o presidente, lembrando ainda que a situação é mais grave para mulheres e crianças.

“A fome tem o rosto de uma mulher e a voz de uma criança. Mesmo que elas preparem a maioria das refeições e cultivem boa parte dos alimentos, mulheres e meninas são a maioria das pessoas em situação de fome no mundo. Muitas mulheres são chefes de família, mas ganham menos. Trabalham mais no setor informal, se dedicam mais aos cuidados não remunerados e têm menos acesso à terra que os homens. A discriminação étnica, racial e geográfica também amplifica a fome e a pobreza entre populações afrodescendentes, indígenas e comunidades tradicionais”, afirmou Lula.

Programas que colocam a mulher como componente central das ações também deverão fazer parte da cesta de políticas públicas da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

Em seu discurso, o presidente brasileiro afirmou que a globalização neoliberal, a concentração de riqueza e as crises recorrentes e simultâneas agravaram o quadro da pobreza no mundo. Ele citou a pandemia de covid-19, que aumentou drasticamente a subnutrição, conflitos armados que interrompem a produção e distribuição de alimentos, eventos climáticos extremos, além de subsídios agrícolas em países ricos e o protecionismo que discrimina os produtos de países em desenvolvimento.

De acordo com a FAO, no Brasil, ainda há 2,5 milhões de pessoas em insegurança alimentar severa. Em 2014, o Brasil havia conseguido deixar o Mapa da Fome, no entanto, a insegurança alimentar aumentou ao longo dos anos e o país voltou a constar no relatório em 2021.

“Este é o compromisso mais urgente do meu governo: acabar com a fome no Brasil, como fizemos em 2014. Meu amigo, diretor-geral da FAO [Qu Dongyu], pode ir se preparando para anunciar em breve, ainda no meu mandato, que o Brasil saiu novamente do Mapa da Fome.

O Brasil está na presidência do G20, grupo composto por 19 países e dois órgãos regionais (União Africana e a União Europeia). Os membros do G20 representam cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos mundialmente) e mais de 75% do comércio mundial, e cerca de dois terços da população do planeta.

Da Agência Brasil

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

De passagem pelo Recife, onde veio para o anúncio do vice na chapa de João Campos, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, falou com exclusividade para a Folha. Nesta entrevista, afirmou que o acordo para o PT abrir mão da vice do prefeito recifense foi consequência dos demais entendimentos nacionais envolvendo PT e PSB. “Vamos apoiar o PT em cinco capitais”, disse Siqueira, adiantando: “Recife não é uma ilha”.

Acordos partidários não são exclusivos de um Estado ou município. Como consequência desse acordo do PSB com o PT no Recife, onde o PSB cedeu também ao PT?

Em muitos lugares. Entre colégios eleitorais expressivos e de porte médio, o PSB está apoiando o PT em cerca de 118 municípios, incluindo cinco capitais: Porto Alegre, Teresina, Fortaleza, Natal e Goiânia. De capitais, o PT nos apoia no Recife, Curitiba e São Luiz.

Quem não acompanha o dia a dia da política imagina que Recife é uma ilha, mas as alianças são nacionais…

Esse sempre foi o nosso argumento em todas as negociações. A negociação no Recife com o PSB não poderia ser apenas sobre o Recife, mas sobre o conjunto da relação política eleitoral que mantém o PSB com o PT em todo o País.

Quem entende de política vai nessa direção, mas no caso de São Paulo é verdade que a manutenção da Tabata foi uma exigência do PT, que apoia o Boulos, para provocar um segundo turno?

Não. A candidatura da deputada Tabata foi uma iniciativa dela, que tem todo o direito ser candidata e o partido acha interessante que ela seja candidata. É uma jovem na cidade mais populosa e mais importante do País. Ela decidiu ser candidata e nós apoiamos. Imaginávamos até que houvesse uma pressão para que apoiássemos o Boulos, mas, ao contrário, na reunião que tivemos na semana passada com o presidente Lula, ele mesmo puxou a questão e disse que era importante a candidatura de Tabata. Não foi uma exigência do partido, nem dela. O partido concorda, mas ela quer ser candidata e tem o direito.

No início se especulou que havia pressão, que Lula não estava gostando dessa candidatura de Tabata porque estava prejudicando Boulos. Agora passaram a enxergar a coisa de outra forma?

Eu posso te dizer que há negociações com partidos que processaram mais com a presidente Gleisi Hoffmann, e ela nunca me falou na hipótese de solicitar a retirada da candidatura de Tabata. A única vez que se tocou nesse assunto foi na semana passada, em torno dessa questão do Recife, diretamente com o presidente Lula e com a presidente Gleisi e com a presença de João, da minha e do ministro Padilha. O próprio presidente tocou na questão do direito dela de ser candidata.

Sob o olhar das pesquisas, onde PSB e PT estão bem?

O PT não tem candidato em São Paulo, no Rio também não, e em Belo Horizonte o PT tem um candidato. Lá, nós não podemos apoiar porque tivemos um compromisso com o MDB. O Baleia [Rossi], presidente do MDB, solicitou esse apoio e nós estamos apoiando, mas até o momento não vai muito bem. Se bem que essa questão de pesquisa pode ser alterada até a semana da eleição. Os nossos candidatos de capitais, no caso o PSB, são de primeiro a segundo lugar nas pesquisas. Recife primeiro, São Luiz segundo, e Curitiba segundo também, embora – tirando Recife, as outras duas capitais se apresentam como eleições muito difíceis. Uma porque concorre com o próprio prefeito, o caso de São Luiz, o outro é porque o candidato do PSB no Sul, o ambiente não é dos melhores para a esquerda. Mas são eleições possíveis, não são eleições perdidas, são eleições competitivas – todas elas. Estamos com um quadro com cerca de mil candidaturas; era cerca de 1.128, mas acredito que no final das convenções, algumas composições chegarão a 1.000, 1.050 candidaturas a prefeito no País. O cenário é bom, levando em consideração o histórico de eleições municipais do PSB.

No Recife, há interpretações de que o PT saiu fragilizado quando não emplacou a vice de João. Qual a sua interpretação?

A política é uma questão de correlação de forças. Muitos lugares que o PT, no passado, tinha correlação de forças, estando muito forte em cidades e estados, colocava o titular e o vice do seu próprio partido, porque tinha força pra isso. Não quero dizer que o PT de Pernambuco não tenha força. É um partido que tem deputado federal, tem dois senadores. Mas o prefeito vem fazendo uma administração de muito sucesso e achou desde o início que poderia fazer a sua escolha, e disse isso diretamente ao presidente Lula, sendo muito sincero. O presidente entendeu e o PT teve alguma resistência, mas ao longo do período reconheceram que poderiam ouvir e isso foi muito. Lá em Fortaleza, o PT faz questão que o vice seja do PSB, porque precisa dessa composição. Afinal, o PSB se tornou um partido importante também em Fortaleza e no Ceará.

Há uma leitura de que o presidente Lula facilitou a vida de João Campos, sem fazer nenhum tipo de pressão ou exigência. Será que isso tem ligação com 2026?

Eu não sei se o presidente teve esse raciocínio, mas eu imagino que ele tenha pensado em 2026, em função dele próprio ser candidato a reeleição, e de ter o apoio não só no Recife do PSB, como teve na eleição passada, mas em todo o País, que é um compromisso natural em função de estarmos no governo, de termos o vice-presidente da República. Eu acho que é natural que ele raciocine que é importante que mantenha o PSB nessa linha de estarmos juntos em 2026. Certamente, se ele for candidato à reeleição, nós estaremos com ele.

Em Pernambuco, Lula também faz gestos com a governadora Raquel Lyra, que está na outra ponta. É possível que Lula queira o apoio de João e da governadora?

Eu tenho a impressão de que a governadora está num partido de oposição, não é? Que inclusive promete ter candidato à presidência da República. Não sei qual vai ser o destino dela, se vai continuar nesse partido que ela participa ou em outro. Porém, o certo é que o PSB está na coligação dele e estará em 2026. Agora, o que vai acontecer com a governadora, seu partido e suas oposições, só o tempo poderá nos dizer.

Lula tem dado um tratamento especial a Pernambuco, mas os prefeitos do PSB reclamam que não são bem tratados pela governadora…

Essa relação administrativa independe de partidos. Essa visão de tratar adversários políticos está à altura do cargo que exerce. O presidente Lula, não só nesse governo como nos anteriores, trata os governadores e os prefeitos de uma maneira institucional. Essa é a natureza da relação civilizada das diferentes instâncias do governo. Uma coisa é a disputa eleitoral. Passou a eleição, o governador e presidente são de todos, devem manter uma relação institucional normal.

O prefeito de Garanhuns, do PSB, foi a primeira vítima de Raquel. Ela o tratou muito mal, inclusive no Festival de Inverno do ano passado. Agora, criou um festival para concorrer com Garanhuns. Ele seria o exemplo mais atual dessa relação difícil de governadora com os prefeitos do PSB?

Eu fiquei sabendo disso e achei errado por duas razões: primeiro porque o prefeito é gestor de uma cidade. Quando se tem uma relação e o respeito ao governante do outro partido, se dá, sobretudo, pelo respeito à população que o elegeu. Quando ele se elege, ele representa uma população que precisa ser respeitada. Quando se desrespeita o governante, você está desrespeitando o eleitor que elegeu aquele prefeito e o governador, que eventualmente é discriminado. No caso de Garanhuns, é um festival tradicional, que é de sucesso e não há razão de criar nenhuma concorrência, muito menos descriminar ou deixar de ajudar. É uma obrigação do Governo do Estado, fazendo uma parceria correta – como sempre foi feito nos governos do PSB.

Para tentar fazer frente à bancada do agro, militantes, assentados e acampados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) concorrerão a cargos nas eleições municipais de 2024. De acordo com o próprio movimento, serão pelo menos 700 candidatos “do MST” concorrendo aos cargos de vereador, prefeito ou vice-prefeito no pleito de outubro.

Espalhados por 22 estados e filiados a pelo menos 12 partidos, os pré-candidatos já tiveram quatro dias de formação política em um evento na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), também conhecida como Escola do MST.

Somente o Partido dos Trabalhadores (PT), sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conta com 215 pré-candidatos ligados ao movimento. A reportagem questionou o MST sobre quais seriam essas 12 legendas citadas anteriormente, mas não obteve retorno.

A reunião de lideranças, políticos e pré-candidatos ocorreu entre os dias 9 e 11 de julho. Além de marcar os 40 anos de existência do MST, o evento foi feito para debater o projeto de ampliar o poder de influência do movimento na política.  

Após ser combatido durante os quatro anos do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o movimento vem ganhando forças no terceiro mandato de Lula (PT). Sem repreender as mais de 100 invasões já ocorridas em um ano e meio de mandato, o petista tem defendido o MST e prometeu abrir mais o diálogo com os seus integrantes.

“A gente ouviu as demandas e a avaliação política dos movimentos, e também o governo falou”, disse o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, ao lembrar que o MST sempre apoiou Lula durante a prisão em Curitiba e que “hoje está presente ajudando o nosso presidente a governar o nosso país”. 

Embora pregue a “necessidade de ampliação do diálogo”, o movimento reforça o seu apoio ao governo. Com aval do presidente, o objetivo do MST é “ocupar” o maior número de cargos possível.

Depois da Esplanada, MST foca nas eleições 

O projeto eleitoral do MST deve atuar como uma continuação do processo do movimento para chegar ao poder. Com a posse de Lula em 2023, integrantes foram nomeados nos diversos escalões do governo federal. Há militantes do MST, por exemplo, na presidência e diretorias da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e na articulação da Secretaria de Governo.

Apesar de já estarem espalhados pela Esplanada dos Ministérios, a meta agora vai além de ser resistência, como bradavam durante o governo de Bolsonaro, e é conseguir eleger representantes em prefeituras e em Câmaras de Vereadores. 

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) gravou um vídeo com um dos pré-candidatos do MST falando sobre o papel das lideranças políticas e a sua missão.

“São lideranças do Brasil inteiro para refletir sobre caminhos para que a gente possa resistir aos ataques feitos à democracia, empurrar o governo Lula para ele ir para a frente, para produzir coisa melhor para a nossa gente. Para tudo isso tem que ter mais força política. E o MST ter lideranças políticas eleitas para ser porta-voz da luta popular é muito importante. Aqui é o lugar onde a gente está preparando esse plano e vai dar bom”, disse o deputado durante o evento organizado pelo MST no interior de São Paulo.

Compromisso nas eleições é selado com o boné vermelho do MST

O evento do MST contou com a presença de cerca de 250 pré-candidatos. Durante as atividades, eles discutiram os aspectos políticos e burocráticos das campanhas. Os futuros postulantes a cargos eletivos também tiveram contato com os marqueteiros das campanhas de Lula em 2022 e Haddad em 2018: os publicitários Sidônio Palmeira e Otávio Antunes. Os quatro dias também foram de oportunidades para os pré-candidatos gravarem vídeos para alavancar suas campanhas. 

O compromisso com o movimento foi selado com o habitual boné vermelho com a logomarca que estampa o mapa do Brasil em verde e um casal, onde o homem empunha um facão.  

João Pedro Stédile, um dos líderes do MST, deixou clara a simbologia do boné e enfatizou que as candidaturas não serão somente apoiadas, mas contarão com o engajamento do movimento.

“Como símbolo dessa nossa unidade e o nosso apoio, eu estou aqui entregando esses bonés, para que eles não tirem nem dormindo durante a campanha, para que fique claro o compromisso também deles com a classe trabalhadora. Aqui, como na mística, assumam o compromisso de vencer e sempre defender a classe trabalhadora”, disse Stédile ao distribuir os bonés. 

A mística, mencionada por Stédile, é uma prática coletiva e enraizada historicamente dentro do MST e que diz respeito à doutrinação esquerdista. Em uma parte das reuniões, os integrantes do MST são ensinados sobre os “ideais” que envolvem o movimento e aprendem que precisam se juntar a outros membros para prosseguir com a “luta pela terra”.  

O boné vermelho do MST também já foi usado em diversas oportunidades no Congresso Nacional. Durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o movimento em 2023, deputados de esquerda ocuparam as fileiras do plenário usando esses bonés para marcar posição.

Da Gazeta do Povo

O líder do Governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), afirmou ao Poder360 nesta terça-feira (23) que o Planalto pretende avançar a agenda microeconômica no Congresso, depois do recesso.

A prioridade, na volta dos trabalhos em 13 de agosto, é aprovar o 2º PLP (projeto de lei complementar) da regulamentação da reforma tributária. Depois, Guimarães disse que a intenção é passar o PL (projeto de lei) 1.725 de 2024, que substitui a MP (medida provisória) para instituir o programa Acredita, e o PLP 29 de 2017, que determina novas regras para os seguros privados.

“Acho que o semestre terminou bem, pois conseguimos votar o que era central ao governo, que era o 1º PLP da tributária e também o marco regulatório de hidrogênio verde e o fundo de investimento em infraestrutura. O presidente tem acompanhado tudo de perto, seja através de mim na Câmara ou do ministro [Alexandre] Padilha [ministro das Relações Institucionais]”, disse.

Por causa das eleições municipais neste 2º semestre, os deputados voltarão a Brasília em datas específicas para as votações em plenário.

Guimarães disse que o governo vai iniciar as negociações sobre o Orçamento para 2025 e sobre a eleição para suceder o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), depois do recesso.

“Ainda não temos uma posição definida, vamos começar a participar das negociações agora em agosto. Ainda não tem nada orientado pelo presidente. Tem que ter calma”, afirmou.

O líder do Governo na Casa Baixa afirmou que a comunicação dos governistas no Poder Legislativo melhorou nas últimas semanas antes do recesso.

Em 29 de maio, um dia depois da sessão de vetos do Congresso em que o Executivo saiu derrotado, Guimarães disse que não estava “tudo bem” no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pois, se estivesse, o petista “estava com seus 80% de aceitação”.

Do Poder360

O Festival Arte em Serra do Vento, que chega à sua 4ª edição, com feira de artesanato e gastronomia, shows musicais, apresentações culturais, palestras e rodadas de negócios, prestará uma homenagem a Luiza dos Tatus. O evento acontece nos dias 17 e 18 de agosto, no distrito de Serra do Vento, em Belo Jardim, e celebra o legado desta renomada artesã do barro.

Luiza Maria da Silva, conhecida como Luiza dos Tatus, dedicou sua vida ao artesanato de barro, transformando o material em obras que retratam a fauna do Agreste pernambucano. Ela começou sua carreira com panelinhas e, ao longo dos anos, se especializou em criar figuras de animais como tatus, sapos e tartarugas. Ela participou das três edições anteriores do Arte em Serra do Vento e faleceu em 2023, aos 63 anos. Esta edição será uma oportunidade para lembrar e valorizar seu trabalho.

“Estamos emocionados em prestar esta homenagem a Luiza dos Tatus”, disse Samara D’arc, presidente da Fundação Bitury. “Luiza deixou um legado incrível e participou de todas as edições anteriores do nosso evento. Sua ausência será sentida, mas queremos celebrar o legado que ela teve em nossa cultura”.

Na noite de ontem, o Avante realizou uma convenção no bairro de Campo Grande, Recife, reunindo militantes e apoiadores no auditório da casa de recepções La Femme. Waldemar Oliveira, vice-presidente estadual do Avante e deputado federal, destacou a composição diversificada da chapa proporcional, formada por 26 homens e 12 mulheres, abrangendo líderes de causas variadas.

O deputado demonstrou otimismo quanto ao desempenho do partido nas eleições municipais: “Aqui temos representantes de várias áreas da nossa sociedade ativa, líderes da causa animal, das mulheres, dos evangélicos junto com os representantes LGBTQIAPN+ e muito mais. Não estamos competindo uns contra os outros, mas caminhando juntos para fazermos o maior número de representantes na Câmara do Recife. Quero começar a contar de quatro para cima”, afirmou.

Cantor, compositor e apresentador de TV, o mineiro Sílvio Brito, autor de grandes sucessos na Jovem Guarda, entre os quais “Tá todo mundo louco” e “Espelho mágico”, é a atração do Sextou desta semana, programa musical que ancoro pela Rede Nordeste de Rádio, às sextas-feiras, no mesmo horário do programa político Frente a Frente.

Mineiro de Três Pontas, mas criado em Varginha, também em Minas, Silvio Brito apresenta um programa de TV aos sábados, na Rede Vida, a partir das 21h30m. Na companhia de sua esposa, filhas e do maestro e pianista Maurílio Kobel, recebe grandes artistas brasileiros. É um artista eclético e múltiplo, tendo começado no rock.

Mas canta também sertanejo, MPB e músicas religiosas. Gravou muitas canções em duo com o padre Zezinho, entre as quais “Terra dos meus sonhos”, “Uma luz” e a regravação de “Utopia”, uma das que fazem mais sucesso no universo do público religioso. O Sextou vai ar na próxima sexta-feira, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia.

A cabeça de rede é a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. Se você deseja ouvir pela internet, é muito fácil: basta clicar no link acima do programa Frente a Frente ou baixar o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.

Por Renato Hayashi*

Com o advento das redes sociais, a comunicação entre agentes públicos e a população tem se tornado mais direta e instantânea. Prefeitos, vereadores e outros agentes públicos utilizam suas redes sociais pessoais para divulgar atos de gestão/mandato e informar a comunidade sobre suas atividades administrativas. No entanto, essa prática levanta questões sobre a legalidade e a conformidade com a legislação eleitoral e administrativa brasileira. Este texto examina os aspectos legais e jurisprudenciais do uso das redes sociais pessoais para divulgação de atos de gestão e de mandato.

A Constituição Federal de 1988 estabelece princípios fundamentais que regem a administração pública, incluindo a publicidade, impessoalidade, moralidade, legalidade e eficiência (art. 37, caput). O princípio da publicidade determina que os atos administrativos devem ser transparentes e acessíveis à população. No entanto, a publicidade institucional deve respeitar o princípio da impessoalidade, evitando a promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

A Lei nº 9.504/1997, conhecida como Lei das Eleições, estabelece regras específicas para a conduta dos agentes públicos durante o período eleitoral. O art. 73 da referida lei enumera condutas vedadas com o objetivo de evitar o uso da máquina pública para fins eleitorais. Entre essas condutas, está a proibição de publicidade institucional que possa promover a imagem pessoal de agentes públicos.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem se pronunciado sobre o uso das redes sociais por agentes públicos, especialmente durante períodos eleitorais. A jurisprudência do TSE estabelece que:

  1. A publicidade institucional deve ser estritamente informativa, educativa ou de orientação social.
  2. Publicações em redes sociais pessoais que promovam a imagem do agente público podem configurar propaganda eleitoral antecipada.
  3. A análise da intenção e do conteúdo das publicações é fundamental para determinar a legalidade das mesmas.

Para evitar riscos legais e eleitorais, os agentes públicos devem observar as seguintes diretrizes ao utilizar redes sociais pessoais para divulgação de atos de gestão:

• Objetividade e Impessoalidade: As publicações devem ser objetivas e impessoais, evitando qualquer menção que possa ser interpretada como autopromoção.
• Transparência e Informação: O foco deve ser informar a população sobre atos de gestão, programas e serviços de interesse público.
• Respeito ao Período Eleitoral: Durante o período eleitoral, a publicidade institucional deve ser ainda mais cautelosa, respeitando rigorosamente as normas eleitorais.

O uso das redes sociais pessoais por agentes públicos para divulgação de atos de gestão é uma prática válida, desde que observados os princípios constitucionais e a legislação eleitoral vigente. A publicidade institucional deve ser sempre impessoal e informativa, evitando qualquer conotação de propaganda eleitoral. A jurisprudência do TSE tem reforçado a importância de respeitar essas diretrizes para garantir a equidade do processo eleitoral e a confiança da população na administração pública.

Observa-se, por fim, que a partir do dia 15 de agosto as redes sociais e sites das prefeituras devem remover as postagens que contenham os prefeitos-candidatos, de forma a cessar qualquer promoção pessoal.

No tocante aos Vereadores, estes podem divulgar atos de mandato nas redes sociais durante a pré-campanha, desde que sigam algumas regras específicas estabelecidas pela legislação eleitoral brasileira para evitar qualquer caracterização de propaganda eleitoral antecipada. Aqui estão alguns pontos importantes a serem considerados:

  1. Conteúdo Informativo: A divulgação deve ter caráter meramente informativo sobre atividades e realizações do mandato, sem pedidos explícitos ou implícitos de voto ou menção direta à candidatura.
  2. Proibição de Propaganda Antecipada: A divulgação não pode conter expressões que configurem propaganda eleitoral antecipada, como solicitações de voto, menções diretas à candidatura, uso de slogans de campanha, uso de palavras mágicas ou exibição de número de urna.
  3. Respeito à Legislação Eleitoral: A Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre propaganda eleitoral e condutas ilícitas em campanha devem ser respeitadas. A jurisprudência do TSE tem permitido certa flexibilidade na divulgação de atos parlamentares, desde que observados os limites impostos pela legislação.
  4. Uso de Recursos Públicos: É vedado o uso de recursos públicos para a promoção pessoal, o que inclui a utilização de servidores, materiais ou qualquer outro recurso custeado pelo erário para fins eleitorais.

Em resumo, Prefeitos e Vereadores podem divulgar atos dos mandatos em suas redes sociais, com as devidas cautelas.

*Renato Hayashi é Advogado e Cientista Político. Também é Mestre em Políticas Públicas pela UFPE, Pós-graduado em Direito Eleitoral, Direito Político e Marketing

O pernambucano Paulo Moura, natural de Afogados da Ingazeira, foi anunciado como treinador-chefe e diretor técnico da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Moura foi campeão mundial Pro Junior e alcançou o WCT, a principal divisão do surfe mundial. No entanto, lesões nos joelhos interromperam sua carreira como surfista profissional.

O técnico, que começou sua carreira no Recife, compartilhou a notícia em suas redes sociais e expressou gratidão pela oportunidade de liderar a equipe brasileira em Teahupoo, onde o surfe será disputado.

“Estou imensamente grato e honrado por participar dos Jogos Olímpicos de Paris 2024! A missão de ser o head coach da equipe brasileira é uma oportunidade única e o fato do surf acontecer em Teahupoo torna essa experiência ainda mais especial e inesquecível! Que Deus abençoe com muita sabedoria para somar na caminhada desses atletas em busca da tão sonhada medalha olímpica para o Brasil”.

Com informações do Blog do Itamar França.

O ministro Ricardo Lewandowski participa nesta quarta-feira da abertura da reunião da Câmara Técnica de Segurança Pública do Consórcio do Nordeste, no Palácio da Justiça, em Brasília.

O evento está marcado para as 9h e contará com a presença de governadores e secretários de Segurança Pública dos nove estados nordestinos: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Segundo o MJSP, a iniciativa tem como objetivo articular ações integradas e a definir estratégias conjuntas para enfrentar os desafios da criminalidade e da violência que afetam os estados da região.

“Entre as pautas prioritárias do grupo, estão a valorização do profissional de segurança pública, o aumento de investimento em tecnologia para o enfrentamento às organizações criminosas, além do fortalecimento das políticas públicas voltadas para o combate à violência contra a mulher”, informou a pasta.

Da Revista Veja.