Baianada de Luciana no MCTI

Por Luiz Queiroz*

O pernambucano Guilherme Coutinho Calheiros, o “Guila”, pediu exoneração do cargo de secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Guila é um especialista em planejamento e gestão de ambientes promotores da inovação e em política nacional de Ciência e Tecnologia.

Para o lugar, a ministra Luciana Santos chamou Daniel Gomes de Almeida Filho, que tem no currículo o fato de ser filho do deputado federal pelo PCdoB da Bahia, Daniel Almeida, além de Médico, Mestre e Doutor em Neurociências.

Quem ganha com a troca é a Confederação Nacional da Indústria, que além de levar todo orçamento do FNDCT no Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, criou uma diretoria na EMBRAPII do “sabe-se lá o que irá fazer” para acomodar Guila.

Luciana também nomeou para o cargo de secretária de Políticas e Programas Estratégicos, a Doutora e Professora Titular de Física da Universidade Federal Fluminense, Andrea Brito Latge.

As mudanças foram publicadas hoje (14) no Diário Oficial da União.

Do site Capital Digital*

Próximo à celebração dos seus 80 anos de vida, o arraesista Adilson Gomes, suplente de senador e secretário geral do PSB estadual, será homenageado pela câmara de vereadores de Olinda com sua maior comenda: a medalha Aluísio Magalhães. A proposição do vereador Tony Magalhães (PSB) será entregue a Adilson hoje, às 19h, na sede da Câmara, no Varadouro.

Pesquisa da empresa 100% Cidades, em parceria com a Futura Inteligência, aponta o ex-vereador e deputado Capitão Wagner (União Brasil) na liderança na eleição para prefeito de Fortaleza. O pré-candidato tem 28,4% das intenções de voto contra o segundo colocado, o o ex-deputado André Fernandes (PL), que pontua com 21,3%.

Na terceira posição está o atual prefeito José Sarto (PDT), que registra 14,6%. Pela margem de erro da pesquisa, que é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos, o candidato à reeleição está tecnicamente empatado com o deputado estadual Evandro Leitão (PT), que marca 11,4%. Eles são seguidos pelo senador Eduardo Girão (NOVO) com 7%. Os demais candidatos registraram menos de 1% das intenções de voto.

Intenções de voto em Fortaleza

Capitão Wagner (União Brasil): 28,4%
André Fernandes (PL): 21,3%
José Sarto (PDT):14,6%
Evandro Leitão (PT): 11,4%
Eduardo Girão (NOVO): 7,0%
Zé Batista (PSTU): 0,3%
Técio Nunes (PSOL): 0,2%
Haroldo Neto (UP): 0,2%
José Loureto (PCO): 0,1%
Chico Malta (PCB): 0,1%
Ninguém/Branco/Nulo: 7,8%
Indecisos: 8,6%

Atual prefeito tem maior rejeição

O Futura Inteligência também consultou os eleitores sobre quais dos candidatos à prefeitura da capital cearense eles não votariam de jeito nenhum. O mais citado foi José Sarto, rejeitado por 44%. Na sequência estão Evandro Leitão, mencionado por 29,6%; Capitão Wagner com 27% e André Fernandes, contestado por 22,2%.

Na pesquisa, os entrevistados também apontaram que a saúde e a segurança pública devem ser as prioridades do próximo prefeito de Fortaleza. As duas áreas foram citadas por 59,1% e 45,9%, respectivamente. A educação também é prioridade para 36%.

Perfil dos entrevistados e transferência de voto
A maioria dos eleitores que responderam a pesquisa indicaram não ter preferência eleitoral (38,8%). Outros 34,2% afirmaram-se como de direita e 15% esquerda. Os de centro somaram 14,2%. E quase 8% disseram que não sabem ou não quiseram responder.

A influência do Executivo federal e estadual nas eleições deste ano também foram consultadas pelo instituto. Nesse sentido, 25,2% responderam que se ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apoiar um candidato, votará nele com certeza. Já com relação à influência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 21,7% confirmaram também que votarão n escolhido do petista.

Em Fortaleza, o presidente é considerado ruim/péssimo por 42,6% da população. Por outro lado, 38,1% o consideram ótimo/bom. A maior desaprovação está concentrada no nome do atual prefeito, que é criticado por 43,5% e considerado ótimo e ou bom por 20,3%. Já o governador Elmano Freitas (PT) é bem avaliado por 29,4% e considerado ruim por 36,8%. Apesar da aprovação, 54% dos entrevistados responderam que não votariam em um escolhido do petista.

A pesquisa foi registrada no TSE como CE-03005/2024 e realizou 1 mil entrevistas entre os dias 2 e 10 de agosto, usando a abordagem CATI (entrevista telefônica assistida por computador). A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para um nível de confiança de 95%.

Da Revista Exame.

Conhecida pelo som emblemático, a sanfona de oito baixos é um instrumento que faz parte da memória popular de todo o Nordeste, além de ser considerado um dos mais complexos de serem tocados. No Cabo de Santo Agostinho, o fole de oito baixos foi imortalizado pela figura do Mestre Zequinha, que herdou o ofício de sua família e se destacou como um grande instrumentista e compositor, reconhecido além dos limites do território cabense.

Com o intuito de fortalecer esse legado no município, o Mercado das Artes receberá na próxima sexta-feira, o evento “Viva o Mestre Zequinha dos Oito Baixos”, uma roda de sanfona em homenagem ao instrumentista que se tornou um ícone da cultura tradicional. O evento começa às 18h e é aberto ao público.

Senadores e deputados de oposição preparam o que tem sido chamado de “superpedido” de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Pela primeira vez, dizem esses parlamentares, haveria chance real de o magistrado do STF ser afastado.

Diferentes fatores levam essa ala do Congresso Nacional a acreditar que a adesão da classe política baterá recorde. A oposição interpreta como “confissão de culpa” o fato de Alexandre de Moraes ter soltado Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro. A liberação ocorreu após a Procuradoria-Geral da República argumentar que não existiam provas de que Martins deixou o país, motivo citado pelo ministro do Supremo para decretar a prisão.

A oposição também aponta supostos abusos de Alexandre de Moraes no episódio envolvendo a morte do “patriota” Cleriston Pereira da Cunha, na Papuda, e nas prisões preventivas do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e do ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasquez. O primeiro ficou preso por 117 dias; o segundo, por 364 dias.

Será citado, no pedido de impeachment, o caso de Daniel Silveira, condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por ameaça ao Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo. Advogado do ex-deputado, Paulo Faria afirma que Silveira já preencheu os requisitos previstos em lei para ganhar a liberdade condicional e cumprir o resto da pena fora do presídio. Alexandre de Moraes tem negado as solicitações de progressão ao regime semiaberto.

Decisões do ministro envolvendo outros “patriotas” presos no 8 de Janeiro constarão no documento preparado pela oposição. Uma reportagem da Folha de S. Paulo também será usada no pedido de impeachment. A matéria afirma que Alexandre de Moraes ordenou, extraoficialmente, a produção de relatórios do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar suas próprias decisões contra bolsonaristas.

A coleta de assinaturas para o impeachment terá início nesta quarta-feira. O plano da oposição é protocolar o pedido de afastamento, no Senado Federal, no dia 9 de setembro. Nesse meio tempo, essa ala do Congresso tentará mobilizar até juristas contra o magistrado do STF para intensificar a campanha.

Do Jornal Metrópoles.

A Polícia Federal realizou, na manhã desta quarta-feira, a “Operação 18 Minutos” para apurar a atuação de uma organização criminosa suspeita da prática de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no Tribunal de Justiça do Maranhão.

Policiais federais cumprem 55 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, nos estados do Maranhão, Pará e Rio de Janeiro. Também são cumpridas outras medidas cautelares, como o afastamento de cargos públicos, sequestro e indisponibilidade de bens e monitoramento eletrônico.

De acordo com as investigações, a organização criminosa é suspeita de atuar na manipulação de processos do Tribunal de Justiça do Maranhão com o intuito de obter vantagem financeira. São investigados os crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O que diz Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA )

Por meio de nota, o TJ-MA informou que está colaborando com a “Operação 18 minutos” da PF. Leia na íntegra:

“O TJMA colabora com operação da PF determinada pelo STJ. O Tribunal de Justiça do Maranhão comunica que tem colaborado com a “Operação 18 minutos”, realizada pela Polícia Federal, cumprindo determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na manhã desta quarta-feira, em algumas unidades do prédio-sede do TJMA e do Fórum de São Luís.

Com fundamento no princípio da transparência e governança, o TJMA atende à determinação do STJ, que expediu mandados de busca e apreensão para a realização da operação pela PF”.

Do G1.

Amanhã, às 20h, o Governo do Estado de Goiás, em parceria com artistas e empresários, realizará um jantar beneficente no Palácio da Música do Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia. O evento contará com um show exclusivo dos cantores Leonardo e Valéria Barros, com o objetivo de arrecadar fundos para a construção da Casa de Apoio a Crianças com Câncer no Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Hospital Cora). O jantar oferecerá opções de mesas com valores entre R$ 20 mil e R$ 50 mil, com serviço de open bar e open food.

A 34ª Reunião do Conselho Deliberativo (Condel) da Sudene será realizada amanhã de forma híbrida, e terá como pauta os próximos passos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Uma das proposições trata das diretrizes e prioridades do Fundo para 2025, atrelando a aplicação dos recursos aos eixos estratégicos do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), com foco em ações que tenham convergência com a política de fomento do governo federal.

A proposta das diretrizes e prioridades do Fundo para 2025 deve levar em consideração, ainda, políticas setoriais recentes, como a Nova Indústria Brasil (NIB), que conta com um grupo de trabalho criado para propor atividades de territorialização e desenvolvimento regional, do qual a Sudene faz parte,

A reprogramação do FNE 2024, com um adicional de R$ 2 bilhões no orçamento deste ano, também estará em pauta. A disponibilidade de recursos para a área de atuação da Sudene pode passar de R$ 37,82 bilhões para R$ 39,88 bilhões, com uma nova distribuição por porte, setores, estados, atividades prioritárias e programas de crédito, entre outros itens que compõem a Programação do FNE para 2024.

Será apreciada, ainda, proposta que destina 30% da cota anual do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) referente à infraestrutura para apoiar projetos definidos como prioritários pelos estados e municípios da área de abrangência da Sudene, com repasse de verbas viabilizado por meio de Parcerias Público Privadas (PPPs) e concessões. Outro item da pauta é a complementação relativa à criação do Grupo de Trabalho responsável por elaborar proposta sobre o repasse de recursos do FNE para os programas de financiamento de microcrédito produtivo orientado urbano e rural (PMNPO). Para encerrar, será votada a proposta de Atualização do Regimento Interno do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais – CORIFF.

O ministro Alexandre de Moraes afirmou que todos os procedimentos que adotou foram “oficiais e regulares” e estão “devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria-Geral da República”.

As declarações foram dadas por meio de nota de seu gabinete enviada pela assessoria de imprensa do STF após a Folha revelar que o gabinete de Moraes ordenou por mensagens e de forma não oficial a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral para embasar decisões do próprio ministro contra bolsonaristas no inquérito das fake news durante e após as eleições de 2022.

Moraes declarou que, no curso das investigações dos inquéritos das fake news e das milícias digitais, nos termos regimentais, “diversas determinações, requisições e solicitações foram feitas a inúmeros órgãos”.

“Inclusive ao Tribunal Superior Eleitoral, que, no exercício do poder de polícia, tem competência para a realização de relatórios sobre atividades ilícitas, como desinformação, discursos de ódio eleitoral, tentativa de golpe de Estado e atentado à democracia e às instituições”, afirmou.

O ministro acrescentou que os relatórios “simplesmente descreviam as postagens ilícitas realizadas nas redes sociais, de maneira objetiva, em virtude de estarem diretamente ligadas às investigações de milícias digitais”.

“Vários desses relatórios foram juntados nessas investigações e em outras conexas e enviadas à Polícia Federal para a continuidade das diligências necessárias, sempre com ciência à Procuradoria-Geral da República”, disse.

Da Folha de São Paulo.

A candidata do PSB à prefeitura de Arcoverde, Madalena Britto, anunciou em suas redes sociais a adesão à campanha eleitoral sem o uso de fogos de artifícios com estampido. A medida, segundo a socialista, tem por objetivo de promover uma campanha com “respeito, paz e inclusão”, principalmente quanto as pessoas idosas, autistas e os animais.

“Optamos por uma campanha consciente. Acreditamos que é possível celebrar a democracia de maneiras que não causem desconforto ou perturbação para os animais, idosos, crianças e pessoas sensíveis ao barulho, como as pessoas autistas. Queremos que nossa campanha seja marcada pelo respeito, pela paz e pela inclusão”, disse.

O gabinete de Alexandre de Moraes no STF ordenou por mensagens e de forma não oficial a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral para embasar decisões do próprio ministro contra bolsonaristas no inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal durante e após as eleições de 2022.

Diálogos aos quais a reportagem teve acesso mostram como o setor de combate à desinformação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), presidido à época por Moraes, foi usado como um braço investigativo do gabinete do ministro no Supremo.

As mensagens revelam um fluxo fora do rito envolvendo os dois tribunais, tendo o órgão de combate à desinformação do TSE sido utilizado para investigar e abastecer um inquérito de outro tribunal, o STF, em assuntos relacionados ou não com a eleição daquele ano.

A Folha de São Paulo teve acesso a mais de 6 gigabytes de mensagens e arquivos trocados via WhatsApp por auxiliares de Moraes, entre eles, o seu principal assessor no STF, que ocupa até hoje o posto de juiz instrutor (espécie de auxiliar de Moraes no gabinete), e outros integrantes da sua equipe no TSE e no Supremo.

Em alguns momentos das conversas, assessores relataram irritação de Moraes com a demora no atendimento às suas ordens. “Vocês querem que eu faça o laudo?”, consta em uma das reproduções de falas do ministro. “Ele cismou. Quando ele cisma, é uma tragédia”, comentou um dos assessores. “Ele tá bravo agora”, disse outro.

O maior volume de mensagens com pedidos informais –todas no WhatsApp– envolveu o juiz instrutor Airton Vieira, assessor mais próximo de Moraes no STF, e Eduardo Tagliaferro, um perito criminal que à época chefiava a AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação) do TSE.

Tagliaferro deixou o cargo no TSE em maio de 2023, após ser preso sob suspeita de violência doméstica contra a sua esposa, em Caieiras (SP).

Procurado, o gabinete de Moraes inicialmente não se manifestou. Após a publicação da reportagem, em nota, disse que “todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria-Geral da República”.

Tagliaferro afirmou que não se manifestará, mas que “cumpria todas as ordens que me eram dadas e não me recordo de ter cometido qualquer ilegalidade”.

As mensagens mostram que Airton Vieira (STF) pedia informalmente via WhatsApp ao funcionário do TSE relatórios específicos contra aliados de Jair Bolsonaro (PL). Esses documentos eram enviados da Justiça Eleitoral para o inquérito das fake news, no STF.

Em nenhum dos casos havia informação oficial de que esses relatórios tinham sido produzidos a pedido do ministro ou do seu gabinete do STF. Em alguns, aparecia que o relatório era “de ordem” do juiz auxiliar do TSE. Em outros, uma denúncia anônima.

As mensagens abrangem o período de agosto de 2022, já durante a campanha eleitoral, a maio de 2023.

A Folha obteve o material com fontes que tiveram acesso a dados de um telefone que contém as mensagens, não decorrendo de interceptação ilegal ou acesso hacker.

O conjunto de diálogos mostra ao menos duas dezenas de casos em que o gabinete de Moraes no STF solicita de maneira extraoficial a produção de relatórios pelo TSE.

Ao menos parte desses documentos foi usada pelo ministro para embasar medidas criminais contra bolsonaristas, como cancelamento de passaportes, bloqueio de redes sociais e intimações para depoimento à Polícia Federal.

O controverso inquérito das fake news, aberto em março de 2019, tornou-se um dos mais polêmicos em tramitação no Supremo, tendo sido usado por Moraes nos últimos anos para tomar decisões de ofício (sem provocação), sem participação do Ministério Público ou da Polícia Federal.

Dois pedidos de monitoramento e produção de relatórios sobre postagens do jornalista Rodrigo Constantino, apoiador de Bolsonaro, mostram como se dava a dinâmica.

Um deles ocorreu em 28 de dezembro de 2022, a quatro dias da posse de Lula, quando, em tese, já não havia mais motivo para o TSE atuar.

O juiz auxiliar do gabinete de Moraes no STF pergunta a Tagliaferro, do TSE, se ele pode falar. “Posso sim, posso sim, é por acaso [o caso] do Constantino?”.

Depois desse áudio, os dois iniciam uma conversa sobre um pedido de Moraes para fazer relatórios a partir de publicações das redes de Constantino e do também bolsonarista Paulo Figueiredo, ex-apresentador da Jovem Pan e neto do ex-presidente João Batista Figueiredo, o último da ditadura militar.

À época, os dois entraram na mira de Moraes porque reverberaram em suas redes sociais ataques à lisura da eleição e a ministros do STF, além de incitar os militares contra o resultado das urnas.

Depois de Tagliaferro (TSE) encaminhar uma primeira versão do relatório sobre Constantino, Airton Vieira (STF) manda prints de postagens do jornalista e cobra a alteração do documento para inclusão de mais manifestações.

Pelas mensagens, fica claro que o pedido para produção do relatório partiu do próprio Moraes.

“Quem mandou isso aí, exatamente agora, foi o ministro e mandou dizendo: vocês querem que eu faça o laudo? Ele tá assim, ele cismou com isso aí. Como ele está esses dias sem sessão, ele está com tempo para ficar procurando”, diz Airton Vieira em áudio enviado a Tagliaferro às 23h59 daquele dia.

“É melhor por [as postagens], alterar mais uma vez, aí satisfaz sua excelência”, completa Vieira.

O assessor do TSE então responde, já na madrugada do dia 29 de dezembro, e afirma que o conteúdo do relatório enviado anteriormente já seria suficiente, mas que iria alterar o documento e incluir as postagens indicadas por Moraes por meio do juiz instrutor.

“Concordo com você, Eduardo [Tagliaferro]. Se for ficar procurando [postagens], vai encontrar, evidente. Mas como você disse, o que já tem é suficiente. Mas não adianta, ele [Moraes] cismou. Quando ele cisma, é uma tragédia”, responde o juiz Airton Vieira.

Da Folha de São Paulo

Na tarde de ontem, o ex-prefeito de Agrestina, Thiago Nunes, teve sua candidatura registrada na Justiça Eleitoral. Quem completa a chapa como candidato a vice-prefeito é o Roberval Maciel, que também teve a candidatura registrada no mesmo dia.

Eles disputam a majoritária em Agrestina pela Coligação Agrestina Feliz de Novo, formada pela Federação PSDB-Cidadadia e pelo PSD.

O registro de candidatura é um passo obrigatório para que qualquer pessoa possa disputar uma eleição no Brasil e só é feito após as convenções partidárias. No chamado calendário eleitoral de 2024, os registros de candidatura podem ser solicitados até o dia 15 deste mês.

Tem gente que nasce com vocação para salvar vidas como médico, mas poucos são tão humanos, tão sensíveis e generosos como o Doutor Rui Pereira, um português que veio de Coimbra servir aos pernambucanos. O conheci, há pouco, e fiquei encantado com a sua história.

É um dos mais competentes cirurgiões plásticos do País, agenda concorridíssima em seu consultório no Português, mas ainda encontra tempo para o Imip, este grande centro público de saúde do País, referência internacional.

Ali, Doutor Rui Pereira tem na sua agenda cerca de 80 cirurgias em crianças com craniofaciais e sequelas de queimaduras. No Vietnã, passou uma temporada fazendo cirurgias labiopalatinas. De fala mansa, gentil e educado, sua grande paixão são as terras lusitanas, que sempre visita para matar a saudade dos familiares, amigos e dos bons vinhos também ao som de fados, que ninguém é de ferro.

Doutor Rui tem Doutorado em Clínica Cirúrgica pela Universidade de São Paulo – USP e Graduação em Medicina pela Universidade de Coimbra (1978). Sua revalidação do diploma se deu pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, coordena o Centro de Atenção aos Defeitos da Face do IMIP (CADEFI), no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira.

Possui também o título de especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e pelo Conselho Federal de Medicina. No seu currículo, ainda foi membro titular da Federación Iberolatinoamericana de Cirugía Plástica, no período 2008-2010. Possui vasta experiência em cirurgia plástica estética e em deformidades craniofaciais.

Participou do estudo multicêntrico “Programa de Prevenção de Fissuras Orais”, ensaio clínico duplo cego, cujo objetivo foi avaliar a eficácia do uso de ácido fólico no período pré e periconcepcional no risco de recorrência de fissuras labiopalatinas em população de risco. Este estudo foi financiado pelo National Institute of Heath (NIH) e conveniado com a Universidade de Iowa, EUA.

Tiro o chapéu para o Doutor Rui!

Como fiquei sabendo da morte de Eduardo

Tem uma música de Nando Reis que diz que o tempo voa e, quando se vê, já foi. Jota Quest canta que o tempo escorrega pelas mãos. Dez anos se completaram, ontem, do desastre aéreo em Santos (SP) que tirou a vida do ex-governador Eduardo Campos. E como o tempo voou! Lembro-me perfeitamente de tudo.

Estava chegando na Stampa, empresa de outdoor em Olinda, para uma conversa com Durval, irmão do ex-deputado Ricardo Costa, sobre a campanha publicitária com foco nos oito anos do blog, quando me liga a jornalista Andreza Matais, então diretora do Estadão em Brasília, a quem conheci como repórter da Agência Nordeste.

“Magno, estão dizendo que o avião que caiu em Santos era o que Eduardo estava a bordo. Você tem mais informações?”. Não sabia de absolutamente nada e, na verdade, fiquei chocado. A notícia não estava em nenhum blog, não havia saído em nenhuma TV. Contei para Durval e liguei imediatamente para Eduardo Monteiro, diretor-presidente do Grupo EQM, o qual a Folha integra, e me lembro até hoje da sua reação.

“Pelo amor de Deus, Magno, não dá para acreditar”. Tão logo acabei de falar com Eduardo, me liga Andreza de volta, para informar que a tragédia estava consumada. Fui o primeiro a dar a notícia e a partir daí meu celular não parou. Gente de todos os quadrantes da terra querendo mais informações. Que dia triste! Briguei muito com Eduardo, nossa relação se deu entre tapas e beijos.

Na política, o neto de Arraes, que conheci jovem, levando a pasta do avô nas viagens pelo Interior do Estado, tinha duas faces e os que conviveram com ele assinam embaixo: era ao mesmo tempo implacável com os que pisavam nos seus calos e exímio sedutor na arte de ampliar seu exército de amigos e aliados. Primeiro-ministro da Inglaterra, Winston Churchill dizia que a política é quase tão excitante quanto a guerra e não menos perigosa. A grande diferença é que na guerra só se morre uma vez, mas na política diversas vezes.

Na vida pública, Eduardo viveu uma morte que parecia sem ressurreição, a do escândalo dos precatórios. Renasceu sendo inocentado. Recriou sua imagem quando ministro da Ciência e Tecnologia, espaço mais técnico do que político, quando fez do limão uma limonada, o que lhe deu musculatura para entrar na disputa pelo Governo do Estado e vencer a guerra mais desafiadora da sua vida.

A BRIGA – Na primeira gestão de Eduardo – 2007-2010 – passei dois anos sem falar com ele. A briga se deu por causa de um conjunto de máquinas agrícolas que estavam levando sol e chuva no IPA de Serra Talhada, fato que denunciei e ganhou amplitude nacional pelo descaso. Naquele dia, conheci a face coronelista dele: quase me esbofeteia numa discussão em Araripina. Ganhei um inimigo, sofri as perseguições, mas resisti a todas as intempéries.

A reconciliação – Com o passar dos tempos, amigos em comum, entretanto, nos levaram a fumar o cachimbo da paz. Na reconciliação, uma conversa também dura, olho no olho. Na altura do campeonato, Eduardo já era o governador mais popular do País e, no auge do seu sucesso, começava a fazer planos para um voo mais alto, de águia: a conquista da Presidência da República, projeto que passava pela sua reeleição.

Ouvia muito – Eduardo era um político diferenciado no trato com a mídia. Adorava ouvir opinião de jornalistas, publicitários, formadores de opinião em geral. De volta ao convívio sem conflitos comigo, vez por outra me surpreendia com um convite para ir ao Interior ou até mesmo para Brasília em sua aeronave. Ia sabendo que não era para entrevista, apenas para analisar cenários e colher opiniões. Era muito habilidoso, sabia ouvir os contrários, inclusive reconhecer erros, dando a mão à palmatória.

Bastidores em livro – No meu livro Histórias de Repórter, lançado em 2017, conto histórias de bastidores que vivi ao longo dos últimos 40 anos de jornalismo, algumas delas tendo Eduardo Campos como um dos personagens. Acompanhei a trajetória dele também como deputado federal, eleito o mais votado do Estado nas eleições de 1994, nas quais Miguel Arraes chegou ao Governo do Estado pela terceira e última vez, derrotando Gustavo Krause, pai da vice-governadora Priscila Krause.

No pescoço de Joca – Além de ser vítima pessoal da fúria de Eduardo Campos, ele já como governador, presenciei também outro fato do seu traço de político de personalidade forte, de não levar desaforo para casa. O ex-deputado federal Joca Colaço havia me dado uma entrevista bombástica para a Folha de Pernambuco, magoado com sua não reeleição em 94. Acusou Eduardo de entrar em suas bases para ser eleito o federal mais votado. Só não o chamou de arroz doce. Ao saber, Eduardo saiu procurando Joca no Congresso como se procura agulha no palheiro. O encontrou no cafezinho da Câmara, agarrou o desafeto pelo pescoço, pisando nos seus pés aos berros: “Repita o que você disse na entrevista para eu quebrar agora a sua cara”. Foi uma cena que nunca esqueci, presenciada por mim e o ex-senador Sérgio Guerra, além do ex-deputado carioca Miro Teixeira.

CURTAS

MALIGNO – Na minha convivência de altos e baixos com Eduardo, foi ele que, num certo dia, me pôs um apelido que pegou rapidamente no meio político do Estado e em Brasília: “Maligno”. Mas só me tratava assim na brincadeira, quando estava em alto astral, de bom humor.

BOA FONTE – Eduardo era, igualmente, uma excelente fonte de informação para os jornalistas. Sabia como ninguém contar os causos de bastidores. Com seu o humor ferino, quando se tratava de um adversário, nos levava a dar boas gargalhadas.

IMITADOR – Outro traço da personalidade de Eduardo Campos: ninguém imitava o jeito dos políticos, principalmente os folclóricos, como ele. Na voz e no modo de discursar, suas imitações eram perfeitas. Era bom contador de piadas. Esse lado alegre dele encantou o presidente Lula, que com ele criou fortes laços de amizade.

Perguntar não ofende: Quando surgirá no Estado um político tão plural como Eduardo?

O presidente da Compesa, Alex Campos, voltou a afirmar nesta terça-feira (13), que a empresa não será privatizada. A fala aconteceu durante o seminário “O Futuro do Saneamento de Pernambuco”, promovido pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE), no auditório da Fiepe, bairro de Santo Amaro, no Recife. 

Segundo ele, a Compesa continuará sendo uma empresa forte, estatal, em defesa dos interesses dos pernambucanos, e que, para fazer frente aos desafios do Novo Marco do Saneamento, precisará mobilizar R$ 23,6 bilhões com o objetivo de universalizar os serviços de água e esgoto (99% e 90%, respectivamente, até 2033), conforme meta estabelecida pela nova legislação. 

Para os próximos três anos, o plano de investimentos da Compesa já comporta recursos da ordem de R$ 3,5 bilhões destinados a investimentos em todo o estado. 

“Os esforços empreendidos pelo governo para assegurar recursos que viabilizem os investimentos que a Compesa precisa realizar não podem dispensar, contudo, os investimentos que o setor privado pode fazer, a partir de arranjos jurídicos que estabeleçam a sua participação. Diante da necessidade de mudanças para reverter a situação do setor de saneamento em Pernambuco, cogitamos a participação do setor privado para acelerar o ritmo de investimentos”, pontuou Campos. 

“A gente vive um drama da água em Pernambuco. Quase todos os municípios do estado convivem com os regimes de rodízio de abastecimento. São 4,3 milhões de pessoas que se acostumaram a conviver com essa realidade em municípios como Exu, no Sertão do Araripe, ou São Bento do Una, no Agreste Central, com esquemas severos de até 26 e 28 dias sem água, respectivamente. Nesse contexto, para mudar essa realidade, o Governo de Pernambuco solicitou estudos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que apresentará modelos para uma eventual participação do setor privado nas operações voltadas aos serviços de abastecimento da água e de esgotamento sanitário em Pernambuco. O formato ainda não foi estabelecido, mas em qualquer dos cenários a privatização da Companhia está descartada. Esse debate precisa permear toda a sociedade, que deve se apropriar cada vez mais do tema”, destacou o titular da estatal.

Segundo Campos, para garantir os investimentos necessários para cumprimento das metas do Novo Marco em Pernambuco, a Compesa precisa ainda captar R$ 12,5 bilhões. Por isso, a partir de diretrizes da governadora Raquel Lyra, a Companhia vem dedicando esforços na captação de recursos e linhas de financiamento que permitam a retomada dos investimentos em obras de infraestrutura hídrica no estado de Pernambuco. 

A Compesa celebrou neste mês o primeiro empréstimo junto a uma instituição financeira internacional, o Banco dos Brics, no valor de R$ 1,1 bilhão. Esse montante será aplicado na execução de obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário em todo o estado. 

“Foi um movimento inédito na história da Companhia, o primeiro empréstimo contraído pela Compesa nesta monta de recursos. Isso demonstra a capacidade econômico-financeira e técnica da empresa de obter o financiamento e executar as obras”, ressaltou o presidente Alex Campos.

A Compesa também celebrará neste ano uma operação de crédito no valor de R$ 113 milhões junto ao Banco do Nordeste (BNB). Os recursos serão aplicados na aquisição de máquinas e equipamentos. Também junto ao Banco do Nordeste, a Companhia submeteu projetos para obras de saneamento básico em Porto de Galinhas, Ipojuca (R$ 60 milhões), e em Fernando de Noronha (R$ 21 milhões). Na esfera da União, o presidente da Compesa adiantou que acabaram de ser selecionados cerca de R$ 588 milhões em projetos de saneamento no processo de seleção do Novo PAC do Governo Federal, um benefício que alcançará os municípios de Araçoiaba, Santa Cruz do Capibaribe, Caruaru, Ipojuca, Bezerros, Belo Jardim e Recife.

Para a expansão do esgotamento sanitário, preservação do meio ambiente e promoção da saúde pública na Região Metropolitana do Recife, o titular da Compesa explicou que a Companhia possui uma parceria público-privada (PPP) firmada em 2013 com a BRK para universalização dos serviços de esgotamento sanitário, que abrange 15 cidades (as 14 cidades da Região Metropolitana do Recife e o município de Goiana). Até julho de 2024, a PPP, denominada Programa Cidade Saneada, já investiu em torno de R$ 3 bilhões, que beneficiaram mais de 1,4 milhão de pessoas. Até o final da PPP, em 2037, serão investidos cerca de R$ 8 bilhões em esgotamento sanitário. No momento, a Compesa e BRK realizam tratativas para a repactuação do contrato com vistas a dar celeridade à execução das obras. 

Conveniada junto à União, está em andamento a obra da Adutora do Agreste, maior sistema integrado de adutoras em construção no Brasil e, também, um dos maiores do mundo. 

A conclusão da 1ª Etapa da obra, com o valor total de R$ 2 bilhões, está prevista para o final de 2025, para transporte de um volume de 2.000 litros de água por segundo. Esta etapa beneficiará a população de 23 municípios. Ainda para atender o Agreste, Alex Campos ressalta duas obras estruturadoras que estão sendo tocadas pela Compesa, que são as Adutoras de Serro Azul e do Alto Capibaribe, ambas já em fase de testes para, em breve, atender milhares de pessoas com mais água nas torneiras. 

A equipe do candidato a prefeito pelo Solidariedade, no Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, negou que a candidatura dele esteja impugnada e diz que os adversários espalham fake news.

Confira a nota na íntegra:

É completamente falsa a informação de que a candidatura a prefeito do deputado estadual Lula Cabral está impugnada.

É importante ressaltar que o registro de candidatura foi aceito e que um pedido de impugnação infundado, por parte de um adversário em ampla desvantagem nas pesquisas, tem sido usado para espalhar desinformação entre os eleitores.

Destacamos que as cortes eleitorais competentes, que são as únicas responsáveis por analisar e deliberar sobre questões dessa natureza, aprovaram o registro de candidatura de Lula Cabral em 2022, o que possibilitou, inclusive, sua posse como deputado, cargo que ainda exerce. As condições que permitiram sua candidatura permanecem inalteradas.

É natural acreditar que essa falsa notícia esteja sendo propagada em razão do crescimento expressivo de Lula Cabral nas pesquisas de intenção de voto.

Por fim, informamos que estamos adotando todas as medidas legais cabíveis para penalizar a disseminação de tais fake news que visam prejudicar a campanha e a imagem do candidato.

Temos total tranquilidade de que a verdade será a grande vitoriosa das próximas eleições, essa é a vontade soberana do povo do Cabo de Santo Agostinho.

Por Letícia Lins*

Como se não bastassem os altos índices de homicídios no estado, os tiroteios e balas perdidas, a sensação de insegurança nas ruas (devido aos assaltos) e os feminicídios, o Estado ainda enfrenta outro problema grave: mais de 1.370 crianças e adolescentes morreram de forma violenta em Pernambuco, nos últimos três anos. Tem mais, só em 2023, 2 mil meninas e meninos foram vítimas de violência sexual no estado.

As informações constam do relatório Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil, que foi lançado nesta terça-feira (13), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O relatório aponta que o cenário das violências contra crianças e adolescentes permaneceu estarrecedor, também no país, entre 2021 e 2023, com alguns desafios se acentuando. “Nesse período, cerca de 15 mil meninas e meninos de 0 a 19 anos foram mortos no Brasil. A taxa nacional de homicídios até caiu nesse período, mas cresceu a porcentagem de mortes causadas por intervenções policiais no país”.

Em 2023, quase 1 a cada 5 crianças e adolescentes de 10 a 19 anos foram mortos no País, vitimados em ações policiais. Em Pernambuco, houve um aumento de 14 casos em 2022 para 19 em 2023, somando 58 óbitos nessas circunstâncias nos últimos três anos. 

Já os números de estupro contra crianças e adolescentes têm crescido constantemente, segundo o relatório. Nos últimos três anos, 165 mil casos de violência sexual foram reportados no Brasil, sendo 46.863 em 2021 e aumentando para 63.430 em 2023 – o equivalente a uma criança ou adolescente vítima de estupro a cada 8 minutos no ano. Em Pernambuco, somente em 2023, foram registrados 2.101 casos.

“As violências impactam gravemente as crianças e os adolescentes no País. Meninos negros continuam a ser as maiores vítimas de mortes violentas. Já meninas seguem sendo as mais vulneráveis à violência sexual. Essas dinâmicas são ainda mais preocupantes com o aumento de casos dessas violências contra crianças mais novas”, diz Youssouf Abdel-Jelil, representante do UNICEF no Brasil, destacando a urgência de governantes terem como prioridade acelerar o enfrentamento da violência letal e sexual contra crianças.

Nesta semana, Pernambuco deflagrou a Operação Impacto, com reforço no policiamento preventivo, para reduzir a sensação de insegurança nas ruas, assim como os crimes contra o patrimônio. Isso porque os números do Programa Juntos pela Segurança não têm mostrado grande retração na escalada de violência que atinge o estado. 

Já os policiais civis cravaram cruzes no Marco Zero da cidade, nesta terça-feira, em protesto contra os baixos salários e em defesa de melhores condições de trabalho. Eles alegam que, por falta de pessoal, os inquéritos ficam sem a devida apuração. Em 2023, segundo números oficiais, Pernambuco teve mais homicídios do que o Rio de Janeiro, onde milicianos e o tráfico funcionam como um poder paralelo.

*Jornalista do Oxe Recife