O Instituto Marcos Hacker de Melo (MHM) apresentou os resultados do programa Ressignificar, criado em 2021 por Cida Hacker de Melo para desenvolver competências socioculturais e socioemocionais em estudantes da rede pública. A iniciativa atende hoje 4.025 crianças e adolescentes do Ensino Fundamental I e II em 24 escolas de Barreiros, Gameleira e Rio Formoso, envolvendo ainda professores e gestores escolares. As ações incluem livros didáticos customizados para o tema, atividades no contraturno e oficinas de música, esportes e cidadania — com modalidades como frescobol e xadrez, voltadas a escolas sem quadra poliesportiva.
Além das ações em sala e no contraturno, o programa realiza visitas culturais e mantém um coral com 30 alunos. Segundo a organização, os municípios atendidos registraram avanços em indicadores educacionais: em Rio Formoso e Barreiros, turmas do Fundamental I alcançaram o primeiro lugar no Ideb 2023 e o segundo lugar estadual na Avaliação Nacional Criança Alfabetizada; ambas as cidades receberam o Selo Ouro Nacional pelo compromisso com a alfabetização. A execução envolve 144 supervisores, administradores e monitores/facilitadores formados pelo próprio programa, que atuam no apoio ao corpo docente e no reforço à alfabetização e ao letramento.
O Ressignificar é mantido com recursos do Grupo Veneza, de doações e das operações do Centro Cultural MHM, em Boa Viagem, sede do projeto. De acordo com o Instituto, a escala ampliou o alcance com redução de custos: o investimento por aluno, antes estimado em R$ 139, hoje corresponde a 56% desse valor. O Centro Cultural reúne exposições (permanentes e temporárias), teatro/auditório, cafeteria, restaurante e rooftop, e destina parte de sua receita para sustentar as ações educacionais do programa.