Após o Governo do Estado adiar a compra do kit escolar e o início do programa Ganhe o Mundo, agora é a vez do atraso na entrega dos notebooks do PE+Digital. “É incrível como esse governo não consegue fazer as entregas mais elementares dentro dos prazos. Isso, para não falar da incapacidade para fazer a licitação da merenda escolar e da incompetência para elaborar uma folha de pagamento na educação sem inúmeros erros. É lambança atrás de lambança!”, disse o deputado Waldemar Borges (PSB), em nota enviada ao Blog.
Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco
Em entrevista exclusiva à Folha de Pernambuco, a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT), afirmou que, para 2026, está esperando o posicionamento do seu partido e não sabe se estará no mesmo palanque que o seu ex-padrinho e atual adversário político, o deputado estadual Luciano Duque (SD). Mesmo rompidos politicamente, os dois apoiam a governadora Raquel Lyra (PSDB) e o presidente Lula (PT).
“Tenho dito que eu estou esperando o posicionamento do meu partido, do PT, a qual eu tenho uma grande honra de fazer parte. Sábado estive com o nosso presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, no aniversário de 45 anos do PT, e sigo firme dentro da minha legenda. Então, preciso do posicionamento do partido, para saber como vou seguir”, afirmou Márcia.
Em 2020, quando se elegeu pela primeira vez, Márcia teve sua candidatura lançada por Duque, que era um dos prefeitos mais bem avaliados do Sertão. Ela chegou à Prefeitura de Serra com 60% dos votos e manteve uma boa relação com o deputado até meados de 2023, quando anunciaram o rompimento oficial da aliança.
Durante a entrevista, Márcia também fez uma análise sobre a queda na popularidade do presidente Lula (PT) e da governadora Raquel Lyra (PSDB). “Ambos estão no segundo ano de governo e eu acho que esta avaliação está baixa, sim, mas é normal. As coisas estão se consertando, a engrenagem está funcionando. Eu tenho certeza de que 2025 será um ano de entregas e a população vai reconhecer isso”, disse a prefeita.
Sobre a eleição para presidência da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), a qual Márcia retirou a candidatura, a prefeita explicou que, para o momento, o ideal é manter os municípios unidos e uma eleição sem consenso prejudicaria a entidade como um todo.
“Há 12 anos que não se tem uma disputa na Amupe. Quando se tem disputa, sempre existe que sai entristecido. No consenso, nem todo mundo ganha tudo, mas também nem todo mundo perde tudo. A Amupe é apartidária, ela luta pelos interesses dos municípios, principalmente dos de pequeno e médio porte. Neste momento, onde já existe uma polarização para 2026, a Amupe precisava sair maior do que o que ela é, e esse consenso representou isso”, cravou Márcia.
Questionada sobre como estão os investimentos em Serra Talhada, Márcia falou com orgulho de como andam as contas do município e as novidades previstas para 2025. “Pela primeira vez, na história de Serra Talhada, fechamos quatro anos com saldo positivo na geração de empregos. Recebemos, na semana passada, a visita de Bruno Veloso, presidente da FIEP, que vai instalar o Sistema S da indústria aqui. O município vai comprar um terreno de 10 hectares para abrigar o Sistema. Outras obras como o Residencial Almeida, a ampliação do aeroporto, são obras de destaque não só para nossa cidade, mas para toda região”, finalizou.
Pesquisa Genial/Quaest, divulgada hoje, mostra a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), com a segunda pior avaliação do país entre os gestores estaduais. O levantamento aponta que o índice de desaprovação da tucana chega a 44% e só não é pior que o do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que tem 48% de desaprovação.
Esses números deixaram Raquel distante dos resultados aferidos em outros estados pesquisados. Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, em terceiro lugar na lista, é desaprovado por 33%, seguido por Jerônimo Rodrigues (PT), da Bahia (31%), Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais (30%), Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo (28%), e Ratinho Júnior (PSD), do Paraná (14%). Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, aparece com 9%, a menor desaprovação do país.
A governadora de Pernambuco também não performou bem na aprovação ao seu governo. Com 51% obtido nesse critério de avaliação – número que é apenas sete pontos percentuais acima do índice de desaprovação em uma pesquisa com margem de erro de três pontos percentuais –, Raquel não repetiu o padrão dos outros governadores elencados na pesquisa, que, com exceção dela e de Cláudio Castro (42%), superaram os 60% de aprovação. Foi o caso de Ronaldo Caiado (86%), Ratinho Júnior (81%), Eduardo Leite (62%), Romeu Zema (62%), Tarcísio de Freitas (61%) e Jerônimo Rodrigues (61%).
Em Pernambuco, em Goiás, no Paraná e no Rio Grande do Sul, 5% não souberam ou não responderam. Em Minas Gerais e na Bahia, foram 8%, no Rio de Janeiro, 10%, e em São Paulo, 11%. A pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 19 e 23 de fevereiro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos em todos os estados que participaram do levantamento, com exceção de São Paulo, onde esse índice é de dois pontos percentuais.
A avaliação negativa do Governo Raquel, constatada, mais uma vez, numa pesquisa do Opinião, postada abaixo, não surpreende. Outros institutos já diagnosticaram. Na primeira avaliação do Atlas Intel, no fechamento do primeiro ano dos governadores eleitos em 2022, a tucana apareceu no rabo da gata.
Neste novo levantamento chama atenção o nível de insatisfação dos eleitores concentrados na Região Metropolitana – quase 60% reprovam o Governo Raquel, exatos 57,3% dos entrevistados. Eis o X da questão no tempo que resta – pouco mais de um ano e meio – para a governadora tentar dar a volta por cima. O Grande Recife representa quase metade do eleitorado do Estado.
É na RMR que Raquel tem também seus grandes desafios: reduzir a criminalidade, em taxas recordistas, melhorar a saúde com hospitais agonizando, criar programas que reduzam os níveis de desemprego e tirar do papel projetos estruturadores que desafoguem as vias de acesso ao Recife, como o Arco Metropolitano.
No Recife, com reflexo na Região Metropolitana, a governadora se depara com um quadro inusitado: enquanto seu governo tem quase 60% de rejeição, a gestão do prefeito João Campos (PSB), provável adversário nas eleições de 2026, caiu na graça da população. Segundo pesquisa do Datafolha, o gestor recifense é um dos mais populares do País, ao lado dos prefeitos de Salvador e Maceió, também campeões em aceitação popular.
Sentindo que teria dificuldades em virar a página da desaprovação no Grande Recife, Raquel inverteu a ordem das preferências da sua gestão: passou a governador do Sertão em direção ao Litoral, anunciando obras, especialmente estradas, projetos sociais, como cozinha comunitárias e creches. Deu certo? Não como esperava, mas começou a surtir efeitos.
Segundo a pesquisa, as maiores taxas de aprovação da gestão tucana aparecem no Agreste (58,2%), na Zona da Mata (48%) e no São Francisco (44,3%). Na Região Metropolitana, ela não consegue manter essa performance, estando com uma aprovação de apenas 33,8%).
ENTRE OS MAIS VIOLENTOS – Por falar em violência, pesquisa Quaest apontou, ontem, Pernambuco entre os Estados mais violentos do País. Dos entrevistados, 32% apontaram o descontrole no combate à criminalidade como o principal problema da governadora Raquel Lyra, seguido por saúde, com 25%, e o desemprego, com 11%. No Nordeste, Pernambuco só perde para a Bahia, onde 44% dos baianos apontaram a violência como o problema mais estarrecedor e aparentemente sem solução. Pernambuco, entretanto, superou Minas, Rio Grande do Sul e Paraná.
BOTANDO A CARA – Discretamente, o prefeito João Campos, na condição de provável adversário de Raquel em 2026, vai adentrando pelo Interior. Ontem, viralizou pelas redes sociais um vídeo do prefeito de Petrolândia, Fabiano Marques (Republicanos), ao lado do socialista, afirmando que a gestão recifense está sendo parâmetro para o resto do Estado. “São experiências bem-sucedidas que refletem em todas as regiões”, disse ele, que é aliado do ministro Silvio Costa Filho, cotado para o Senado na chapa de João.
Esquema de segurança 1 – A Secretaria de Defesa Social anunciou, ontem, que vai implementar controle de acesso durante o carnaval para o Bairro do Recife, ruas de Olinda e para o desfile do Galo da Madrugada, que acontece no Sábado de Zé Pereira (1º). O uso de drones e de “bodycams” (câmeras nos uniformes dos policiais) também fazem parte da estratégia da segurança pública para este ano, apresentada durante coletiva de imprensa. A SDS afirma que será a primeira vez que o modelo de controle de acesso será aplicado no carnaval do Estado.
Esquema de segurança 2 – De acordo com o secretário Alessandro Carvalho, serão montados pórticos em pontos específicos para revistar e impedir a entrada de armas e materiais que possam oferecer risco a outras pessoas. Por questões de segurança, a SDS pediu que não fossem divulgados os locais. “São pontos em que as pessoas que estão indo para folia, por amostragem, poderão ser submetidas à revista pessoal. Já é uma prática que é feita no carnaval da Bahia há muitos anos e tem a intenção de impedir que objetos que possam ser utilizados para a agressão não entrem nos pólos de carnaval, como arma de fogo, arma branca, soqueira, uma chave de fenda”, explicou o secretário.
Números da eleição presidencial – Na última amostragem da pesquisa do Opinião, numa parceria exclusiva com este blog, os leitores tomarão conhecimento, amanhã, dos números para a corrida presidencial em Pernambuco, ao mesmo tempo a avaliação da gestão do presidente Lula. O levantamento foi feito nos dias 18, 19, 20 e 21 em 80 municípios das diversas regiões do Estado, sendo aplicados dois mil questionários. Já foram divulgados os cenários para governador e senador.
CURTAS
EMENDAS – O ministro Flávio Dino, do STF, homologou, ontem (27), um plano de trabalho para garantir transparência na execução de emendas parlamentares, destravando a aprovação do orçamento de 2025. A decisão será analisada pelo Plenário do STF. O plano, elaborado entre governo e Congresso, foi encaminhado ao Supremo pela AGU. Dino suspendeu a audiência de conciliação prevista para quinta-feira (27). Ele destacou que a medida não encerra o debate, mas representa um avanço institucional. A decisão não libera emendas com impedimentos técnicos ou sob auditoria da CGU. Também ficam excluídas as chamadas “emendas Pix” sem plano de trabalho e algumas emendas de comissão e bancada.
COMEMORAÇÃO – Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), celebraram a homologação do plano de trabalho para a execução de emendas parlamentares pelo ministro do STF, Flávio Dino. Motta destacou que a decisão reconhece as prerrogativas do Legislativo e permite a destinação de recursos para regiões pouco assistidas pelo Executivo. Alcolumbre, por sua vez, afirmou que o diálogo é fundamental para fortalecer a democracia e garantir o entendimento entre os Poderes. Ambos ressaltaram a importância da medida para a distribuição equitativa dos investimentos no País.
ARTICULAÇÃO POLÍTICA – Em conversa com a imprensa no Palácio do Planalto, ontem (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou já ter escolhido o novo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, mas não revelou o nome. A vaga ficou aberta após Alexandre Padilha assumir o Ministério da Saúde. PT e partidos do Centrão disputam a indicação, mas a definição só deve ocorrer após o Carnaval. Entre os petistas cotados estão José Guimarães, Jaques Wagner e Gleisi Hoffmann, enquanto o MDB defende Isnaldo Bulhões (AL). O Centrão pressiona para reduzir o espaço do PT na articulação política, mas o alinhamento com Lula favorece um nome do partido para o cargo.
Na sequência da pesquisa do instituto Opinião, que aponta os cenários das eleições de 2026 em Pernambuco no retrato de hoje, os números sobre a avaliação da gestão Raquel Lyra (PSDB) não são nada animadores para a governadora. Segundo o levantamento, quase metade sinaliza para desaprovação, exatos 46,3% dos entrevistados, enquanto 44,4% afirmam que aprovam.
A maior taxa dos que estão insatisfeitos aparecem entre os que estão na faixa etária acima de 60 anos (51,2%), seguido pelos entrevistados com grau de instrução até a 9ª série (46,3%) e pelos que têm renda familiar de até dois salários (45,3%). Entre os que aprovam, 52,3% têm renda familiar acima de dez salários, 51,6% possuem nível superior e 48,3% estão na faixa etária entre 25 e 34 anos.
Por região, o maior índice de desaprovação se concentra na Região Metropolitana (57,3%), vem em seguida o Sertão do São Francisco (42%), a Zona da Mata (41,9%), o Sertão (39,2%) e o Agreste (35,3%). Já entre os que aprovam, os maiores percentuais se observam no Agreste (58,2%), no Sertão (48%), na Zona da Mata (48%), no São Francisco (44,3%) e na Metropolitana (33,8%).
O levantamento foi a campo entre os dias 19, 20, 21 e 22 deste mês, tendo sido aplicados dois mil questionários em 80 municípios de todas as microrregiões do Estado. A modalidade da pesquisa adotada envolveu a técnica de Survey, que consiste na aplicação de questionários estruturados e padronizados a uma amostra representativa do universo de investigação, com entrevistas pessoais (face a face) e domiciliares.
O intervalo de confiança estimado é de 95,5% e a margem de erro máxima estimada é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.
Na terceira parte da pesquisa do Instituto Opinião sobre o cenário de 2026, realizada em parceria com este blog, os leitores terão acesso, à meia-noite, aos números da avaliação da gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB). O levantamento foi a campo entre os dias 18 e 21 de fevereiro, com dois mil questionários aplicados em 80 municípios de diversas regiões de Pernambuco.
Vale a pena esperar para dormir bem informado. Não perca!
A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, assinou nesta quarta-feira (26) a ordem de serviço para a construção da Praça da Bíblia, no bairro da AABB. A solenidade contou com a presença de pastores evangélicos e autoridades locais, marcando o início das obras do novo espaço, que será dedicado à espiritualidade, ao lazer e à convivência da comunidade.
Com uma área de 3.670 metros quadrados, a praça contará com um investimento de mais de R$ 1 milhão, sendo R$ 801 mil provenientes de emenda parlamentar da senadora Tereza Leitão e R$ 211 mil de recursos próprios do município. Márcia Conrado destacou a importância da obra para a cidade, reforçando seu compromisso com a qualidade de vida da população e a ampliação de espaços públicos. A nova praça se soma a outras já entregues pela gestão, como as da Caxixola, do Bom Jesus e de Serrinha.
A cidade de Gravatá está de luto com a perda de Luiz Prequé, ex-prefeito, ex-vereador e contador respeitado. Ele faleceu nesta quarta-feira (26) após enfrentar problemas de saúde e passar dias internado sob tratamento intensivo. No último domingo, chegou a apresentar uma leve melhora, mas seu quadro se agravou rapidamente, levando à sua partida. Familiares e amigos estão consternados com a despedida do “Amigo de Fé”, como era carinhosamente conhecido.
Nascido em 29 de agosto de 1950, Luiz Prequé Alves de Oliveira veio de uma família humilde de agricultores. Desde criança, conciliou os estudos com o trabalho na lavoura ao lado dos pais, até ingressar em uma padaria, onde recebeu o apelido que o acompanharia por toda a vida. Determinado, tornou-se técnico em contabilidade e, ao longo de mais de 50 anos, construiu uma carreira sólida em Gravatá e região.
Com forte inclinação política, Luiz Prequé conquistou a prefeitura da cidade em 1992, exercendo o mandato entre 1993 e 1996, período em que foi reconhecido por importantes realizações. Em 2012, foi eleito vereador, cargo que ocupou de 2013 a 2016. Retornou à Câmara Municipal em 2020 para mais um mandato, sempre pautado na experiência e na defesa dos interesses da população. Em 2024 foi reeleito.
Despedida e homenagens Luiz Prequé deixa a esposa Almira, conhecida como Dona Pepê, e os filhos Ricardo, Patrícia e Rafael, além de netos, irmãos e sobrinhos. O sepultamento será realizado às 16h no Cemitério de Santo Amaro, em Gravatá, com saída do Clube CDG, no centro da cidade.
A comunidade gravataense se despede de um homem que marcou a história local com seu trabalho e dedicação ao próximo. Seu legado permanecerá vivo na memória de todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo.
O deputado federal Coronel Meira (PL-PE) usou a tribuna da Câmara, nesta quarta-feira (26), para criticar a gestão da governadora Raquel Lyra. Em um discurso marcado por analogias carnavalescas, o parlamentar comparou os problemas enfrentados por Pernambuco a um bloco desorganizado, destacando falhas na saúde, educação e segurança pública.
Meira afirmou que a “comissão de frente” do governo estadual, representada pelo sistema de saúde, está sucateada, alertando que foliões que precisarem de atendimento nas emergências podem encontrar um cenário de “total descompasso na folia”. O deputado também apontou para a crise na segurança pública, ressaltando que os salários dos policiais militares estão entre os mais baixos do país.
O parlamentar estendeu suas críticas à educação, citando indicadores preocupantes e classificando a gestão estadual como desordenada. Para ele, Pernambuco vive um momento de precariedade em áreas essenciais, exigindo ações mais eficazes do governo para enfrentar os desafios que impactam diretamente a população.
Estamos à véspera da maior festa popular do Recife (e também do Brasil, claro). Podemos dizer que o carnaval de Pernambuco é muito mais amplo, talvez o mais diversificado do país. Por esse motivo, nos próximos dias estaremos lembrando as tradições da nossa mais alegre festa, assinalando manifestações que tanto podem ter surgido na capital do frevo quanto no interior do estado. As postagens podem ser escritas por mim, por leitores, ou estudiosos do assunto. O espaço está aberto.
E a primeira da série é escrita pela amiga Wanessa Campos. Na semana passada, assinalei aqui que era difícil um turista do Sul optar por passar o carnaval em uma cidade tão distante quanto Triunfo se tem opções de carnaval gigantesco, como Olinda e Recife. Isso quando a Governadora Raquel Lyra tomou a Avenida Paulista (SP), para vender o carnaval de “Pernambuco, meu País”, mostrando caretas e papangus. Sertaneja da gema – é do Pajeú – a colega Wanessa envia um texto ao #OxeRecife enaltecendo o carnaval de Triunfo, e falando do folguedo Os Caretas, manifestação cultural que é tradição daquele município, localizado a 451 quilômetros do Recife e um dos mais pitorescos e bonitos do Sertão de Pernambuco.
Até o carnaval, vamos falando sobre algumas manifestações daquela que é a festa mais popular do Brasil. No caso de Wanessa, ela fala com conhecimento de causa. Nasceu em Triunfo. Todos os livros que publicou até o momento, são sobre a cultura sertaneja, versando sobre temas como o cangaço, a figura de Maria Bonita e até o Theatro Cinema Guarany, que fica naquela cidade que o cangaceiro Lampião tanto frequentou sem jamais ali ter feito um ataque, porque a Padroeira de Triunfo, Nossa Senhora das Dores, era sua madrinha. No momento, a jornalista e escritora dedica-se à elaboração de mais um livro, porém ainda em fase de pesquisa.
Diz Wanessa sobre Triunfo, seu carnaval e os Caretas:
“A cidade tem um dos melhores carnavais do Estado. Triunfo fica no Sertão Pajeú, e neste período de folia, oferece uma das mais belas tradições que acontece há mais de cem anos. Tudo começou com uma “ carraspana” de um dos integrantes do Reisado no período natalino. Mateus, era seu nome e não pode participar do evento devido ao seu estado de embriaguez. Era 1917. Revoltado, ele se vestiu de modo exagerado, com uma máscara, chapéu e um chicote e saiu pelas ruas e ladeiras de Triunfo chamando atenção. O fato agradou. Ele repetiu a performance no Carnaval. Desta vez, adotando novos apetrechos, como pequenas tábuas com chocalhos nas costas trazendo frases engraçadas e máscara colorida. Pronto. Nasceu a careta que hoje é a grande atração carnavalesca, com inúmeros adeptos desfilado na segunda-feira do Carnaval. O chicote chamado de relho é quem dá o tom”, relata. E complementa:
“Quanto maior o estalo, melhor a careta. São vários grupos que “competem” em harmonia levando alegria e tradição. São chamados também de trecas. Recentemente, o assunto foi matéria de televisão. Além de Caretas, Triunfo tem ainda programação diversificada com vários blocos de rua a exemplo do Bloco Zé Pereira e Vitalina, o Cariri e o já famoso Bacalhau na Vara. Orquestras de Frevo, além do Língua Ferina, Telecoteco na Folia e outros contagiantes não deixam ninguém indiferentes”, conclui.
Após quatro décadas de inestimável dedicação à magistratura, o desembargador Márcio Fernando de Aguiar despediu-se, na última segunda-feira (24), do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Ao atingir a idade limite para o exercício da judicatura, aos 75 anos, o magistrado foi agraciado com uma cerimônia solene no Palácio da Justiça, conduzida pelo presidente da corte, desembargador Ricardo Paes Barreto, em reconhecimento à sua trajetória exemplar.
Na ocasião, Paes Barreto enalteceu a integridade, a competência e o elevado espírito público de Aguiar, destacando o legado que deixa à Justiça pernambucana.
“Trata-se de um magistrado cuja atuação sempre foi pautada pelo compromisso inabalável com a ética, a dedicação incansável ao jurisdicionado e a busca incessante pela equidade. Seu nome será lembrado com profundo respeito e admiração por todos que tiveram a honra de com ele conviver. A sua trajetória permanecerá como referência para as futuras gerações da magistratura”, declarou o presidente do TJPE ao entregar ao homenageado uma placa de reconhecimento pelos relevantes serviços prestados à Justiça ao longo de sua carreira.
Em sua manifestação, o desembargador Márcio Aguiar expressou sua gratidão pelo percurso trilhado e ressaltou o papel essencial da família como alicerce em sua trajetória. Demonstrando serenidade e entusiasmo pelo porvir, enfatizou que a aposentadoria não representa um desfecho, mas o início de uma nova etapa repleta de possibilidades.
“Levo comigo uma bagagem imensurável de aprendizado, amizade e experiência. Deixo esta corte não com a sensação de despedida, mas com o sentimento de continuidade, pois acompanharei, com o mesmo zelo e interesse, o trabalho desta instituição que tanto me orgulha. Que o Tribunal de Justiça de Pernambuco siga firme na sua missão de ser um farol de equidade e justiça para todos”, afirmou o magistrado.
A solenidade foi marcada por momentos de reconhecimento e emoção, refletindo o apreço e a admiração da comunidade jurídica pelo desembargador Márcio Aguiar, cuja trajetória se perpetuará na história do Judiciário pernambucano como um exemplo de honradez e comprometimento com a Justiça.
O diretor-geral da Faculdade Vale do Pajeú, Cleonildo Lopes (Painha), esteve nesta quarta-feira (26) no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), onde foi recebido pelo vice-presidente da Corte, desembargador Fausto Campos. Durante o encontro, foi confirmada a inauguração da Casa de Justiça e Cidadania na instituição de ensino, localizada em Bezerros, na segunda quinzena de abril.
A informação foi reafirmada tanto por Fausto Campos quanto pelo presidente do TJPE, desembargador Ricardo Paes Barreto. A data exata da inauguração ainda será definida em conjunto com a faculdade e a Câmara de Vereadores de Bezerros, que planeja prestar homenagens a membros do Judiciário e outras personalidades pernambucanas durante a solenidade.
A Casa de Justiça e Cidadania tem o objetivo de aproximar o Poder Judiciário da população, oferecendo serviços gratuitos de orientação jurídica, conciliação e atendimento social.
A Polícia Federal começou a analisar, nesta semana, novos computadores pertencentes aos ex-diretores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem e Victor Carneiro, no âmbito da investigação que apura o uso ilegal de uma ferramenta de monitoramento.
Os equipamentos estavam na sede da Abin, em Brasília, de forma “preservada”. Dessa forma, não foram usados e tiveram os dados guardados, segundo integrantes da agência.
A PF, com essa análise, busca novos elementos para incluir no relatório final do inquérito, que deve ter ao menos 15 indiciados, conforme noticiou a CNN nesta quarta-feira (26). As informações são da CNN Brasil.
Apesar da análise começar a ser feita, investigadores dizem que algum achado não deve alterar o desfecho da investigação, que já constatou o uso ilegal da ferramenta FirstMile por um grupo e as respectivas condutas, caso que ficou conhecido como “Abin paralela”.
Em janeiro do ano passado, a Polícia Federal realizou a operação “Vigilância Aproximada” e cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da Abin, mas os computadores não foram levados. Neste mês, com o pedido formal da PF, os equipamentos foram entregues.
A Skanboo, plataforma digital criada por empresários pernambucanos, tem se destacado no combate a fraudes na revenda de ingressos para eventos. O sistema garante a autenticidade das entradas ao validar cada bilhete comercializado, permitindo apenas a revenda de ingressos de eventos parceiros, o que reduz significativamente os riscos de falsificação e golpes.
A plataforma já está em operação no Carnaval de Pernambuco, sendo utilizada em eventos como o Carnaval Boa Viagem, o Camarote Marco Zero e o Balança Rolha.
O deputado estadual Waldemar Borges (PSB) afirmou que a oposição tem atuado de maneira responsável na discussão das propostas do governo enviadas para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
Em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, o parlamentar lembrou que o governo não possui maioria para aprovar matérias na Casa de Joaquim Nabuco e que é o trabalho da oposição quem tem viabilizado as vitórias que o Executivo teve até agora.
“A oposição é responsável. O governo não tem número para aprovar sozinho praticamente nada na Casa. A oposição cumpre seu papel: discute, propõe e discorda. Em nenhum momento foge da sua responsabilidade com Pernambuco”, declarou.
Ainda de acordo com Waldemar Borges, a eleição de integrantes da oposição para as três principais comissões da Alepe não foi uma vingança contra o governo, que detinha o controle da maioria dos colegiados na Casa.
Ele explicou que o grupo oposicionista se articulou para reverter a ocupação das comissões por se sentirem excluídos do processo de composição.
“Não se trata de vingança, porque é um sentimento muito ruim. Foi a hora da virada ou da imposição daqueles que eram tratados de maneira arrogante, prepotente. Na Assembleia não tem sido assim”, declarou.
Nos primeiros 50 dias de 2025, o Banco do Nordeste (BNB) contratou cerca de R$ 520 milhões em financiamentos com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) em Pernambuco. A média diária de operações atingiu R$ 10,3 milhões, considerando todos os setores atendidos pela instituição. Se levados em conta apenas os dias úteis, esse valor sobe para R$ 14,4 milhões, evidenciando o ritmo acelerado dos investimentos.
Os segmentos que mais demandaram crédito foram Micro e Pequenas Empresas (MPE) e Infraestrutura, cada um com R$ 122 milhões em contratos assinados. “São investimentos que impulsionam o comércio, serviços e a construção civil, setores que geram empregos e movimentam a economia estadual”, destacou o superintendente estadual do BNB, Hugo Luiz de Queiroz.
Além dos R$ 520 milhões já contratados, o FNE ainda tem R$ 6,5 bilhões disponíveis para Pernambuco em 2025. Com a inclusão de outras fontes de financiamento, o Banco do Nordeste projeta ultrapassar R$ 7 bilhões em investimentos na economia local ao longo do ano.
Acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado, Jair Bolsonaro (PL) é pelo menos o sétimo ex-presidente do Brasil desde a redemocratização a ser denunciado à Justiça sob suspeita de algum crime.
Os outros ex-mandatários denunciados foram José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer.
A maioria deles enfrentou acusações criminais a partir da Operação Lava Jato e seus desdobramentos. Hoje, a maior parte dos processos já está encerrada. As informações são da Folha de São Paulo.
Bolsonaro foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) no último dia 18 sob acusação de liderar uma trama golpista para mantê-lo no poder após as eleições de 2022 e impedir a posse do presidente Lula.
O ex-chefe do Executivo é acusado dos crimes de organização criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
O atual presidente da República, Lula, chegou a ser réu em 11 ações penais, não de maneira simultânea, nos anos da Lava Jato. Em um desses processos, o do tríplex de Guarujá, foi condenado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro e ficou preso por 580 dias, entre 2018 e 2019. Posteriormente, o STF (Supremo Tribunal Federal) anulou essa e outra sentença criminal contra o petista.
Uma a uma, Lula foi obtendo vitórias na Justiça e se livrou das acusações.
Uma das denúncias contra ele também envolvia a sua sucessora e afiliada política, Dilma. Em um inquérito que foi apelidado de “quadrilhão do PT” —chamado assim por apurar se pessoas ligadas ao partido participaram de esquema desvio de dinheiro—, os dois petistas foram acusados em 2017, pelo então procurador-geral Rodrigo Janot, de integrar organização criminosa. O caso tramitou em primeira instância, e os dois foram absolvidos.
O emedebista Michel Temer, que assumiu depois da presidente, teve três denúncias oferecidas pela PGR contra ele enquanto ainda estava no cargo, entre elas uma sobre o suposto aval dado ao empresário Joesley Batista para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, em 2017.
Em 2019, já fora do Palácio do Planalto, o ex-presidente chegou até a ser preso preventivamente no âmbito da Lava Jato do Rio de Janeiro em meio a investigação de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro relativas à estatal Eletronuclear.
Esses processos, porém, não resultaram em condenações na Justiça.
Também no âmbito da Lava Jato, José Sarney (MDB) foi denunciado duas vezes em 2017 por Rodrigo Janot. Em um dos casos, a acusação era de corrupção ativa e lavagem de dinheiro em esquema que teria desviado recursos em contratos da Transpetro, subsidiária da Petrobras. A denúncia terminou arquivada por prescrição.
Outra denúncia, de organização criminosa, foi rejeitada no STF em 2023.
A situação jurídica mais delicada atualmente é a de Fernando Collor (hoje filiado ao PRD), denunciado pela PGR sob acusação de participação em um esquema de corrupção instalado na BR Distribuidora, antiga subsidiária da Petrobras, para a viabilização de contratos irregulares em troca de vantagens.
Nesse caso, o ex-presidente foi condenado em 2023 pelo STF pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com pena fixada em oito anos e dez meses de prisão. Ainda há recursos pendentes na corte, porém, e ele não foi preso.
Também na Lava Jato, depoimentos de delação chegaram a implicar o ex-presidente Fernando Henrique (PSDB), mas não houve acusação criminal formalizada contra ele.
O empresário Emílio Odebrecht afirmou em delação premiada que Fernando Henrique teria recebido pagamentos ilícitos em campanhas presidenciais, mas o caso não avançou para uma denúncia. Em 2017, a Justiça Federal entendeu que os fatos narrados já estavam prescritos.
Durante seu período na Presidência (1995-2002), FHC era criticado por ter indicado para a chefia da Procuradoria-Geral o procurador Geraldo Brindeiro, que tinha a atuação questionada por não dar andamento a procedimentos contra políticos.
A conduta à frente do cargo lhe rendeu dos críticos o apelido de “engavetador-geral da República”. Brindeiro classificava o rótulo como uma injustiça e dizia que a expressão só foi criada porque queriam usá-lo como “instrumento de perseguição”.
Um outro processo mais antigo envolvendo um ex-presidente do período pós-ditadura militar tramitou nos anos 2000, quando a PGR ofereceu denúncia criminal contra o ex-presidente Itamar Franco, que morreu em 2011. A Procuradoria o acusou, na época em que era governador de Minas Gerais, de ter ofendido a honra de Fernando Henrique, quando este ocupava o Palácio do Planalto.
Itamar teria acusado FHC de liberar verbas públicas para integrantes do então PMDB (atual MDB), com o objetivo de influenciar o resultado da convenção nacional do partido. O processo também foi arquivado por prescrição.