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O que as Forças Armadas farão com o capitão e os seus generais?

Por Ricardo Kotscho*

21 de novembro de 2024. Demorou, mas chegou o grande dia da verdade para os otários golpistas. Guardem esta data. A partir de agora, quem tentar dar golpe contra a democracia no Brasil irá em cana, e por muito tempo, sem anistia. Foi um divisor de águas na história recente do país, que correu o risco de entrar em outra ditadura militar, mas vencemos esta batalha. A guerra, porém, ainda não acabou, enquanto essa corja de aloprados não for tirada de circulação.

Dos planos para jogar bombas nos quartéis e na adutora de água do Rio de Janeiro, nos seus tempos de caserna, ao golpe militar fracassado, o ex-capitão Jair Bolsonaro se especializou em desmoralizar as Forças Armadas. Era um terrorista fardado em formação, processado e preso por atos de indisciplina, depois absolvido pelo Superior Tribunal Militar numa história até hoje mal contada. Como líder sindical dos militares, elegeu-se para se proteger no baixo clero da Câmara dos Deputados por sete inúteis mandatos.

Os generais que apoiaram sua candidatura presidencial, em 2018, a começar pelo então comandante do Exército, Eduardo Villas Boas, sabiam muito bem com quem estavam lidando, mas resolveram correr o risco para voltar ao poder a bordo de um cavalo de Troia, achando que iriam domá-lo. Aconteceu exatamente o contrário.

Humilhou e demitiu generais que se colocaram em seu caminho, falava em nome do “meu Exército” e, desde o seu primeiro dia no governo, trabalhou para afrontar as instituições democráticas, com o único objetivo de nele permanecer por tempo indeterminado com plenos poderes. Deixou um rastro de aliados abandonados à beira da estrada, uma economia em frangalhos, a destruição do meio ambiente e mais de 700 mil mortos na pandemia que poderiam ter sido evitadas.

Ainda custo a acreditar que ele cometeu todas as barbaridades possíveis durante quatro anos, impunemente, com a complacência dos seus colegas de farda, até fugir do país na véspera da posse do presidente eleito, deixando plantada a bomba de efeito retardado do 8 de Janeiro.

Mas ainda não era tudo. Ficamos sabendo nesta semana que, após a derrota nas urnas, Bolsonaro e sua quadrilha planejaram o assassinato do presidente Lula, de seu vice, Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos instaurados por seus crimes em série no STF. É de estarrecer, como disse o presidente do STF, Luís Roberto Barroso. O que falta saber ainda?

E agora, o que farão as Forças Armadas com a penca de militares que Bolsonaro arrastou para o opróbrio? O julgamento de todos eles ainda vai demorar. Vão esperar as sentenças transitarem em julgado para só então expulsar esses traidores da pátria das suas fileiras, pagando-lhes os gordos soldos com todos os penduricalhos?

E quando o Congresso Nacional vai, finalmente, votar a revogação do artigo 142 da Constituição, que permite aos militares se arvorar em tutores da Nação civil, com tempo livre para planejar golpes e atentados, desde a Proclamação da República, disputar eleições sem deixar os quartéis e decidir entre eles qual o melhor regime para governar o país?

Enquanto isso não mudar, não teremos paz. Poderíamos aproveitar este momento grave da vida nacional para rediscutir o papel da Forças Armadas num país democrático em tempos de paz, devolvendo as tropas à sua missão constitucional de zelar pelas nossas fronteiras e pela nossa soberania, ameaçadas como nunca antes, não por uma potência estrangeira, mas pelo crime organizado fora de controle.

O golpe fracassado serviu também, pelo menos, para mostrar o despreparo, a incompetência, a burrice e a megalomania de uma casta militar medíocre, que ainda hoje vive nos tempos da Guerra Fria. Os oficiais legalistas, que não aderiram ao golpe, embora muitos tenham se omitido na defesa da democracia, deveriam se preocupar com isso para impedir que surjam outros bolsonaros em suas fileiras.

Acampamentos em frente aos quartéis, nunca mais!

*Jornalista do UOL

Jaboatão dos Guararapes - Natal Solidário 2024

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou operações do programa BNDES Fust – Escolas Conectadas, parceria do banco com os ministérios das Comunicações e Educação, no valor total de R$ 56,7 milhões. Os recursos, não reembolsáveis, oriundos de orçamento da União do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), são para as empresas Rix Internet (R$ 34,4 milhões), Norte Brasil Network (R$ 20,4 milhões) e Instituto Tecnológico Inovação – ITI (R$ 1,9 milhões), selecionadas por meio de chamada pública em agosto deste ano.

A empresa Rix Internet realizará solução completa de infraestrutura, além de serviço de conexão e manutenção por 24 meses nos estados do Amapá, Pará, Bahia, Maranhão e Paraíba. A Norte Brasil Network será responsável pela implantação e fornecimento do serviço no Acre e no Amazonas. Já o Instituto Tecnológico Inovação acompanhará remotamente a velocidade e qualidade da conexão e o funcionamento da rede interna de todas as escolas atendidas, com elaboração de relatórios periódicos para o BNDES.

Serão beneficiados mais de 500 mil alunos de 1.396 escolas públicas nas regiões Norte e Nordeste, regiões com os menores índices de conectividade na educação básica do país. As operações reforçam a estratégia do Governo Federal para universalização do acesso à internet nas escolas e para promoção da inclusão e da transformação digital, objetivos da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec).

“A conectividade é tão fundamental quanto a luz no século XXI. Em reforço ao compromisso do presidente Lula de levar educação a todo povo brasileiro, queremos dar ao estudante da escola pública as mesmas condições de conectividade de um estudante de escola particular”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“Temos que investir em infraestrutura digital para que a internet chegue para todos os alunos de escolas públicas. E o Fust é uma ferramenta fundamental para alcançarmos esta meta. Nós vamos manter a aplicação desses recursos para melhorar cada vez mais a nossa educação”, disse Juscelino Filho, ministro das Comunicações. Das 1.396 instituições de ensino beneficiadas, 76% estão no Norte e 24% no Nordeste: 529 delas nos estados do Amapá e Pará; 526 no Acre e Amazonas; e 341 na Bahia, Maranhão e Paraíba.

Educação – A Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec), instituída pelo Decreto nº 11.713/2023, busca coordenar, executar e monitorar ações para promoção da equidade no acesso às tecnologias na escola. No eixo de conectividade, estão previstos investimentos da ordem de R$ 6,5 bilhões até 2026. Eles são parte do eixo de Inclusão Digital e Conectividade do novo PAC, com monitoramento de sua execução realizado pela Casa Civil.

Segundo o MEC, as políticas até então existentes não garantiam o acesso à conectividade significativa para uso pedagógico, nem enfrentavam as questões de necessidade de melhoria da infraestrutura de telecomunicação em regiões mais remotas e a Enec pretende qualificar o acesso à internet.

Dados do Censo Escolar 2023 apontam que cerca de 88% das escolas públicas declaram ter internet. Mas o escopo e qualidade da conexão variam de instituição para instituição: há aquelas sem nenhuma conexão, outras para uso de gestores, outras para uso de gestores e professores, com uso ocasional para alunos em laboratórios de informática e outras com uso ocasional para estudantes em sala de aula. Desse modo, uma região urbana de uma grande cidade da Região Sudeste não têm o mesmo acesso à internet que uma escola ribeirinha possui, via satélite, na Amazônia.

Fust – Com a chamada pública Escolas Conectadas, o BNDES adiciona o instrumento não reembolsável aos programas reembolsáveis de apoio financeiro com recursos do Fust. O Banco é o agente financeiro dos recursos do fundo, a serem aplicados em programas e projetos definidos por seu Conselho Gestor.

Instituído pela Lei nº 9.998/2000, o Fust tem como finalidades estimular a expansão, o uso e a melhoria da qualidade das redes e dos serviços de telecomunicações, reduzir as desigualdades regionais e estimular o uso e o desenvolvimento de novas tecnologias de conectividade para promoção do desenvolvimento econômico e social.

Os recursos poderão ser aplicados nas formas reembolsável, não reembolsável e garantia. Eles têm como destinação empresas prestadoras de serviços de telecomunicações regularmente constituídas e outras entidades públicas ou privadas cuja atividade seja compatível com a finalidade dos projetos.

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O governo Lula estuda realizar em fevereiro do ano que vem um encontro com prefeitos eleitos e reeleitos em 2024 para anunciar um pacote de transferência de recursos da União aos municípios e novas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A iniciativa será uma espécie de afago da gestão petista aos novos mandatários, muitos deles ligados a legendas adversárias do presidente,  as maiores vencedoras da corrida municipal deste ano. Os partidos de esquerda só conquistaram 597 das 5.569 prefeituras – um resultado pífio e ruim do ponto de vista estratégico para o PT, que se prepara para uma eventual disputa de Lula à reeleição. O encontro deve acontecer entre os dias 11 e 13 de fevereiro de 2025.

“A previsão é que a gente receba cerca de 20 mil pessoas para esse evento em Brasília. O presidente sempre foi municipalista. E continuará sendo, independentemente do resultado das últimas eleições”, afirmou André Ceciliano, que vai reassumir o cargo de secretário de Assuntos Federativos do governo Lula. O ex-presidente da Alerj foi convidado a voltar ao governo pelo ministro de Relações Institucionais Alexandre Padilha, de quem será subordinado.

Mão na massa

Mesmo sem ter sido oficializado no cargo, Ceciliano já começou a trabalhar. Nesta semana, ao lado de Padilha, ele participou de um encontro com prefeitos promovido pela Caixa Econômica e pela Secretaria de Relações Institucionais da Presidência. O evento serviu para tratar de realização de parcerias em projetos de infraestrutura, saneamento e habitação, além de repasses da União.

Ceciliano ocupava o cargo de secretário de Assuntos Federativos até junho, quando pediu exoneração para tentar concorrer a vice na chapa de Eduardo Paes (PSD) nas eleições do Rio. Ele, porém, não teve sucesso, já que Paes escolheu um nome de seu próprio partido para a vaga. O ex-presidente da Alerj passou então a trabalhar na campanha do seu filho em Paracambi (RJ), onde  Andrezinho Ceciliano (PT) foi eleito prefeito.

Da Veja

Camaragibe Avança 2024

As negociações para a formação das chapas que devem disputar a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Fortaleza abriram uma espécie de “terceiro round” entre o prefeito eleito, Evandro Leitão, e seu adversário no segundo turno da eleição, o deputado federal André Fernandes (PL-CE). Leitão, que busca atender às demandas dos partidos de sua coligação que o apoiaram no segundo turno, já teria um favorito. Fernandes, por outro lado, articula, junto aos parlamentares eleitos pelo PL, a formação de uma chapa de oposição para disputar a presidência da Casa.

Segundo o site Diário do Nordeste, o candidato mais cotado para receber o apoio de Leitão na disputa pelo comando da Câmara é o vereador Léo Couto (PSB). Couto é muito próximo do ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação Camilo Santana (PT) e foi um dos primeiros a apoiar o nome de Leitão para a corrida pela prefeitura. O parlamentar reeleito também pertence a uma família respeitada em Fortaleza, sendo filho e neto de ex-presidentes da Câmara.

Além dos oito partidos de sua coligação (PT, PV, PCdoB, PP, PSB, PSD, Republicanos e MDB), que somam 12 cadeiras na Casa, o novo prefeito também deve buscar o apoio de membros de outras legendas que o apoiaram no segundo turno, como o PSOL e alguns parlamentares do Avante.

No outro lado da disputa, André Fernandes afirmou, em uma nota publicada no Instagram, que uma aliança do PL com o PT na Câmara de Fortaleza “não é uma opção”. O deputado, derrotado por Leitão por margem apertada no segundo turno, frisou que está articulando uma chapa de oposição encabeçada pelo PL para disputar a Mesa Diretora. O bolsonarista completou dizendo que a decisão havia sido tomada de “forma democrática” e com o “aval dos cinco vereadores eleitos pela sigla”.

Além do PL, membros do União Brasil e do PSDB apoiaram o adversário do prefeito eleito durante a segunda fase do pleito. Representante dos tucanos na Câmara, o vereador Jorge Pinheiro já declarou publicamente que o partido “fará oposição à administração do petista”.

O PL de Fernandes é o segundo partido com a maior quantidade de vereadores eleitos, perdendo apenas para o PDT, que elegeu oito. Os pedetistas são quem comandam a Câmara atualmente, sob a presidência do vereador Gardel Rolim. O parlamentar está elegível para um segundo mandato como presidente, mas pode ter contra ele o apoio que deu a Fernandes no segundo turno.

Durante o segundo turno, o PDT de Fortaleza se dividiu. Além de Gardel Rolim, algumas figuras como o ex-prefeito e presidente estadual do partido, Roberto Cláudio, apoiaram André Fernandes. Outros membros da legenda, como os vereadores Adail Jr. e Luciano Girão, se colocaram ao lado do petista.

Do O GLOBO

O ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica (Movimento de Participação Popular, esquerda) votou neste domingo (24) nas eleições presidenciais do país. Aos 89 anos, Mujica chegou cedo à sessão eleitoral em Montevidéu com uma bengala e conversou com jornalistas e outros eleitores presentes no local. 

O uruguaio, que governou de 2010 a 2015, destacou a notoriedade do país no cenário internacional, apesar do tamanho reduzido –a área é similar à do Acre. “O Uruguai é um país pequeno, mas conquistou o reconhecimento de ser estável, de ter uma cidadania que respeita as formalidades institucionais, o que não é pouca coisa em nossa pobre e maltratada América Latina”, declarou. As informações são do El País Uruguay. 

As eleições deste domingo marcam o 2º turno entre Yamandú Orsi (da coalizão Frente Ampla, de centro-esquerda), candidato de Mujica, e Álvaro Delgado (Partido Nacional, centro-direita), nome do atual presidente Luis Lacalle Pou na disputa. As pesquisas de intenção de voto projetam uma liderança estreita do candidato da esquerda. 

Mujica não participou ativamente da campanha. Faz tratamento contra um câncer no esôfago. Em agosto, disse se sentir “destruído” pela doença. Ao falar neste domingo sobre a situação, comemorou estar “milagrosamente vivo”. 

“O meu futuro mais próximo é o cemitério, mas estou interessado no destino de vocês, dos jovens que, quando tiverem a minha idade, vão viver em um mundo muito diferente”, declarou. 

PEPE MUJICA

Pepe Mujica é um dos principais nomes da esquerda na América do Sul. Atuou em guerrilhas na década de 1960. Foi preso 4 vezes, a última vez de 1972 a 1985. Além de presidente do Uruguai, Mujica também foi deputado federal (1994-1999), ministro da Agricultura (2005-2008) e senador por 3 mandatos (1999-2005, 2015-2018 e 2019-2020).

Em janeiro, declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é “uma causa, não um homem”. Em sua última visita ao Brasil, em julho de 2023, reuniu-se com ministros do governo e participou do 59º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), em Brasília.

Do Poder360

Os candidatos Yamandú Orsi, de centro-esquerda, e Álvaro Delgado, de centro-direita, registraram seus votos no segundo turno das eleições presidenciais do Uruguai, neste domingo (24).

Orsi votou por volta das 10h30 em sua cidade natal, Canelones, a segunda mais populosa do país, onde foi prefeito de 2015 a 2024, cercado por familiares e apoiadores. Já o conservador Delgado votou na capital Montevidéu por volta das 12h30.

Orsi, que é protegido do ex-presidente Pepe Mujica, ganhou no primeiro turno com 43,9% dos votos para o Movimento de Participação Popular (MPP), contra os 26,8% de Delgado, do Partido Nacional.

O centro-direitista tem o apoio do conservador Partido Colorado, que, com o Nacional, compõe quase 42% dos votos. Os dois partidos fizeram o mesmo em 2019, vencendo a eleição.

As pesquisas de opinião finais sugerem que o segundo turno deste domingo promete ser acirrado, com menos de 25 mil votos separando potencialmente os concorrentes.

Após registrar seu voto, o pupilo de Mujica se dirigiu aos eleitores indecisos e fez um pedido. “Não percam a esperança na política”, declarou enquanto falava com jornalistas. O apelo é feito no momento em que esse grupo de eleitores [indecisos] pode ser fundamental em uma disputa extremamente acirrada.

Delgado também conversou com jornalistas após votar e reforçou a importância da ida às urnas no domingo, “hoje os uruguaios decidem os próximos cinco anos”.

Da CNN

Os participantes da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP29) fecharam um acordo de US$ 300 bilhões por ano que os países ricos deverão doar a países em desenvolvimento, até 2035, para combate e mitigação da crise do clima. O anúncio foi feito na manhã deste domingo (24) em Baku, no Azerbaijão, onde ocorreu o encontro.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou que “esperava um resultado mais ambicioso”, pediu que o acordo seja “honrado integralmente e dentro do prazo” e que os compromissos “se traduzam rapidamente em recursos financeiros”. Ainda assim, para ele, o documento final representa a base para manter vivo o objetivo de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C.

As nações mais vulneráveis às mudanças do clima chamaram o acordo de “ofensa”, alegando que ele não forneceu o volume necessário de recursos. Inicialmente, a proposta era de US$ 250 bilhões por ano e os países em desenvolvimento defendiam meta de US$ 1,3 trilhão anuais para financiar as ações. O novo acordo substituirá os US$ 100 bilhões anuais previstos para o período 2020-2025.

O texto final da COP29 destaca a urgência de aumentar as ambições e as ações nesta “década crítica” e reconhece que há um “fosso” entre os fluxos de financiamento climático e as necessidades, especialmente para adaptação nos países em desenvolvimento. O entendimento é de que são necessários de US$ 5,1 a 6,8 trilhões, até 2030, sendo US$ 455 a US$ 584 bilhões por ano para o novo acordo.

“[A conferência] reitera a importância de reformar a arquitetura financeira multilateral e sublinha a necessidade de remover barreiras e abordar os fatores desfavoráveis ​​enfrentados pelos países em desenvolvimento no financiamento da ação climática, incluindo elevados custos de capital, espaço fiscal limitado, níveis de dívida insustentáveis, elevados custos de transação e condicionalidades para acesso aos recursos para o clima”, diz o acordo.

Para Guterres, o ano de 2024 foi “brutal”, marcado por temperaturas recordes e desastres climáticos, enquanto as emissões de gases de efeito estufa continuam aumentando. Ele destacou que os países em desenvolvimento, “sufocados por dívidas, devastados por desastres e deixados para trás na revolução das energias renováveis, estão em necessidade desesperada por recursos financeiros”.

Mercado de carbono

Os países também concordaram com as regras para um mercado global de carbono apoiado pela ONU. Esse mecanismo facilitará o comércio de créditos de carbono, incentivando os países a reduzir as emissões e investir em projetos ecologicamente sustentáveis.

Guterres afirmou que a negociação sobre o mercado de carbono foi “complexa, em um cenário geopolítico incerto e dividido”. Ele elogiou o esforço para construir consenso, que considerou como uma demonstração de que o multilateralismo pode “encontrar um caminho mesmo nas questões mais difíceis”.

Para o secretário-geral da ONU, o fim da era dos combustíveis fósseis é uma “inevitabilidade econômica”. Ele afirmou que as novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, na sigla em inglês), que são os planos climáticos de cada país, devem acelerar essa mudança e garantir que ela ocorra com justiça.

O Brasil foi o segundo país a apresentar a terceira geração da NDC que define a redução de emissões de gases de efeito estufa de 59% até 67%, em 2035. O documento entregue reassume a meta de neutralidade climática até 2050.

Além de reunir um resumo de políticas públicas que se somam para viabilizar as metas propostas na NDC, o documento também detalha, por setor da economia brasileira, as ações que vêm sendo implementadas no país para que as emissões de gases do efeito estufa sejam mitigadas.

A próxima conferência sobre mudanças climáticas (COP30) será realizada no Brasil, em novembro de 2025, em Belém (PA).

*Com informações da ONU News

Mais da metade das pessoas que se autodeclararam pardas no Brasil não se identificam como negras, indicou a última pesquisa Datafolha, divulgada neste domingo (24). Segundo a pesquisa, seis em cada dez (60%) pardos não se consideram como negros, enquanto 40% se veem como tal.

Já entre os que se declaram pretos, 4% não se consideram negros, enquanto 96% se veem como tal. A pesquisa ouviu 2.004 pessoas de 16 anos ou mais em 113 municípios brasileiros, entre os dias 5 e 7 de novembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais (p.p.) para mais ou para menos no total da amostra, 5 p.p. para pretos, 4 p.p. para brancos e 3 p.p. para pardos.

Os dados da nova pesquisa Datafolha vêm em meio ao número crescente de pessoas que se declaram pardos no país. Foi no Censo 2022, por exemplo, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que o número de brasileiros que se declaram pardos passou o de brancos e tornou-se o maior grupo racial do país pela primeira vez na história. À época, 45,3% dos brasileiros se autodeclaravam pardos.

Apesar de o Censo 2022 definir o termo pardo como “quem se identifica com mistura de duas ou mais opções de cor, ou raça, incluindo branca, preta e indígena”, o significado da palavra nem sempre foi esse.

Desde a fundação do IBGE, em 1936, o conceito mudou de sentido diversas vezes — e tiveram até anos que não havia uma explicação exata sobre quem a categoria deveria representar.

Foi apenas em 1950 que o termo “pardo” foi incorporado como categoria oficial, mas sem uma definição clara sobre o que significava. Assim, na época, a população indígena — termo que ainda não era incorporado como categoria pelo IBGE — também era incluída na contagem da população parda.

Para o Censo 2030, o IBGE indicou que há um debate sobre como definir a categoria. Até o final de 2023, havia quatro correntes que disputavam qual poderia ser o significado de “pardo”.

59% dos brasileiros consideram que a maior parte da população é racista

Uma pesquisa Datafolha recente sobre racismo no Brasil já havia indicado que 59% dos brasileiros consideram que a maior parte da população do país é racista. Veja os números abaixo:

59% acreditam que maior parte da população é a racista

30%, que a menor parte é racista

5%, que todos os brasileiros são racistas

4%, ninguém é racista

2% não souberam responder

A percepção de que a maioria dos brasileiros é racista é majoritária tanto entre brancos (55%) quanto entre pretos (64%) e pardos (60%).

Segundo a Folha, 74% das mulheres acham que todos ou a maioria dos brasileiros são racistas. Entre os homens, esses dois grupos somam 45%.

No Brasil, racismo é crime inafiançável e imprescritível.

Do g1

Em mais uma iniciativa do programa Juntos pela Educação, a governadora Raquel Lyra nomeou 122 profissionais aprovados no último concurso realizado pela Secretaria Estadual de Educação. Os novos servidores vão ocupar cargos de analista em gestão educacional e assistente administrativo educacional. Com isso, a gestão estadual marca o número de 1.382 contratações de analistas e assistentes, sendo 866 analistas. As nomeações foram publicadas no Diário Oficial do Estado deste sábado (23).

Desde 2023, já foram nomeados mais de 9.600 novos profissionais para diferentes setores, sendo 3.565 professores. Segundo o governo estadual, novos docentes serão nomeados no próximo dia 30 de novembro, seguindo cronograma já divulgado e totalizando 4.601 professores aprovados no cadastro de reserva convocados. “Sabemos da importância e necessidade de reforçar a Rede Pública de Ensino no nosso estado com mais profissionais qualificados. Entendemos a importância do investimento na educação para que os estudantes tenham um ambiente adequado de ensino e os profissionais encontrem um espaço digno de trabalho”, reforçou a governadora Raquel Lyra.

Na próxima terça-feira (26), a partir das 19h30, o espetáculo Tributo a Luiz Gonzaga será apresentado no Festival de Teatro em Limoeiro (FESTEL). A peça tem o texto e encenação assinados pelo professor e doutor em Ciências da Educação, Didha Pereira. No elenco ainda tem Leno Pereira, Carmelita Pereira, Vinícius Coutinho, Juraci Vicente, Mônica Holanda e o próprio Didha.

O tributo é um musical composto por 22 canções do Rei do Baião e 11 cenas que contam a sua trajetória, desde a sua saída de casa em busca de notoriedade e do respeito que todo artista almeja, apresentando  as contradições tão comuns à existência  humana.

A Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher promove na terça-feira (26), às 14 horas, audiência pública interativa sobre a situação de mulheres brasileiras vítimas de violência doméstica no exterior. O debate será realizado no plenário 13 da ala Alexandre Costa, no Senado.

“A violência contra brasileiras no exterior é uma realidade preocupante que exige medidas específicas e urgentes de proteção”, observa a senadora Augusta Brito (PT-CE), que preside a comissão mista e propôs a realização do debate.

Estima-se que cerca de 1,8 milhão de mulheres brasileiras residam em diversos países, com destaque para a América do Norte e a Europa. De acordo com a senadora, muitas delas enfrentam situações de vulnerabilidade agravadas por fatores como dependência financeira, barreiras linguísticas, status migratório irregular e afastamento de suas redes de apoio familiar.

A relevância do debate é reforçada pela apresentação de dados inéditos sobre a violência de gênero no exterior, fruto de uma parceria entre o Senado Federal, por meio do Observatório da Mulher contra a Violência, e o Ministério das Relações Exteriores.

“Os dados, que serão incorporados ao Mapa Nacional da Violência de Gênero, ampliam a compreensão da magnitude e das especificidades do problema em contextos internacionais”, conclui Augusta Brito.

A Instituição Fiscal Independente (IFI) estima que o governo precisará de um esforço adicional de R$ 42,3 bilhões no último bimestre do ano para zerar o déficit primário em 2024. Caso o governo busque o limite da margem de tolerância prevista no novo arcabouço fiscal, o valor exigido cairia para R$ 13,6 bilhões. A avaliação consta do Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de novembro, que foi divulgado na quinta-feira (21).

Medidas que podem ajudar o governo a atingir as metas fiscais incluem a execução reduzida de emendas parlamentares ao Orçamento, o “empoçamento” de recursos orçamentários, um repasse maior de dividendos e resultados das estatais, além de bloqueios e contingenciamentos de gastos. A análise é de Marcus Pestana e Alexandre Andrade, diretor-executivo e diretor da IFI, respectivamente.

“Esse montante de R$ 13,6 bilhões pode ser alcançado com uma maior efetividade de algumas medidas previstas na Lei Orçamentária Anual, com alguma surpresa positiva na arrecadação em razão da dinâmica da atividade econômica, com as outras medidas de compensação da desoneração da folha de pagamento, ou mesmo com a falta de execução do restante das emendas parlamentares autorizadas para 2024”, apontam os dois no relatório.

Emendas

Na quinta-feira (21) o Congresso concluiu a votação do projeto de lei complementar (PLP) que regulamenta as regras de transparência, execução e impedimentos para as emendas parlamentares ao Orçamento (PLP 175/2024). A matéria seguiu para sanção presidencial. O PLP 175/2024 é uma tentativa de resolver o impasse sobre o pagamento das emendas individuais impositivas, das quais fazem parte as classificadas como de transferência especial (conhecidas como “emendas pix”).

A liberação das emendas parlamentares está suspensa por determinação do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele condiciona o pagamento das emendas à definição de regras sobre rastreabilidade, transparência, controle social e impedimento.

Em 2024, segundo o relatório da IFI, R$ 28,4 bilhões em emendas foram pagos até outubro, de um montante de R$ 45,3 bilhões referente ao limite de pagamento de emendas para o ano — somando as individuais, de  bancada e de comissão. O montante desembolsado inclui os restos a pagar de exercícios anteriores quitados em 2024.

“Assim, faltariam R$ 16,9 bilhões passíveis de serem executados em emendas, mas que, até o momento, não podem em razão da decisão do STF. Considerando que faltam dois meses para o encerramento do exercício, o cumprimento da meta de resultado primário deste ano pode ficar mais fácil”, avalia o relatório.

“Empoçamento”

O chamado “empoçamento de recursos” é a diferença entre os limites de pagamento autorizados e os valores realmente pagos em um determinado período. Até o fim do quinto bimestre, o limite de pagamento de despesas discricionárias (não obrigatórias) foi de R$ 162,7 bilhões. Os dados indicam que foram pagos, até o momento, R$ 140,8 bilhões nessas despesas. Assim, a IFI estima a soma de R$ 21,9 bilhões “empoçados”.

“Caso o empoçamento se mantenha, nos dois últimos meses do ano, no nível observado até o 5º bimestre, aumenta a possibilidade de cumprimento da meta de resultado primário, embora isso possa prejudicar o alcance da meta fiscal no exercício de 2025”, alerta o relatório.

Além desses fatores pelo lado da despesa, é possível que medidas pelo lado da arrecadação sejam utilizadas  para o alcance da meta fiscal do ano. Espera-se, por exemplo, um pagamento extraordinário de dividendos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que já transferiu ao Tesouro R$ 10,1 bilhões neste ano.

Ajuste fiscal

Já o cenário para os próximos anos pode ser mais complicado, segundo a IFI. A instituição destaca quatro decisões adotadas durante a transição e no primeiro ano do governo atual que tornaram “ainda mais complexa” a tarefa de equilibrar as contas públicas:

  • Expansão fiscal contabilizada pela incorporação do aumento do Bolsa Família para o patamar pago ao longo da pandemia
  • Retomada da vinculação das despesas de educação e saúde às receitas
  • Correção do salário-mínimo acima da inflação e sua manutenção como indexador
  • Criação dos fundos orçamentários previstos na reforma tributária (Emenda Constitucional 132).

A IFI estima que essas medidas representarão um aumento de gastos entre R$ 2,3 trilhões e R$ 3 trilhões nos próximos dez anos. Diante desse cenário, o governo teria dois caminhos possíveis: um ajuste de curto prazo, com fôlego limitado, para garantir o cumprimento da regra fiscal em 2025 e 2026; ou um rearranjo estrutural mais profundo, visando garantir a solidez e a sustentabilidade fiscal a longo prazo.

“Caso as medidas de revisão de gastos a serem anunciadas sejam apenas conjunturais, servindo apenas para cumprir o limite de despesas do arcabouço fiscal até o término do governo atual, é possível que não ocorra a reversão das expectativas e que a condução da política fiscal continue a pautar o debate econômico, mantendo a pressão, principalmente, sobre as taxas de câmbio e de juros, com crescente impacto sobre o endividamento público”, finalizam os economistas da IFI.

Desde que o TPI (Tribunal Penal Internacional) emitiu um mandado de prisão para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, 7 países europeus afirmaram que cumprirão a ordem caso o premiê israelense pise em seus territórios. O ex-ministro de Defesa israelense Yoav Gallant e o líder militar do Hamas, Mohammed Deif, também receberam mandados de prisão.

Os mandados citam crimes de guerra na Faixa de Gaza cometidos de 8 de outubro de 2023 a 20 de maio de 2024. Na prática, a medida tem pouco efeito pois o TPI não tem poder de prender diretamente e depende da posição de qualquer um dos 123 países integrantes da convenção.

Ao todo, 14 países se manifestaram sobre a ordem do Tribunal Internacional, dos quais 7 disseram que irão cumpri-la, 1 informou que não prenderá Netanyahu e outros 4 deram declarações ambíguas se cumprirão a ordem ou não.

A Itália deu sinais de que aceitaria a ordem do TPI, mas com ressalvas. O ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, disse na sexta-feira (22) que, como o país é signatário do TPI, cumpriria o mandado, mas ressaltou que o governo italiano não concorda com a decisão que equipara os israelenses aos integrantes do Hamas.

Até o momento, a Hungria foi o único país europeu que declarou que não prenderá o primeiro-ministro israelense caso ele entre em seu território. O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Órban, disse até que convidaria Netanyahu para visitar o país, um claro desafio à autoridade do TPI.

Os demais países (França, Reino Unido, República Tcheca e Alemanha) apresentaram declarações diplomáticas de que uma prisão em uma eventual visita de Netanyahu aos seus territórios seria avaliada.

Do Poder360

O presidente da Argentina, Javier Milei, rompeu com sua vice, Victoria Villarruel. Em entrevista ao canal de TV online do diário La Nación, ele afirmou que a colega de chapa faz parte da “casta”, termo usado em referência a seus rivais políticos.

Disse ainda que Villarruel “não tem nenhuma ingerência na tomada de decisões” do governo e que ela não participa de reuniões de gabinete. Ele também acusou a vice de estar “próxima do círculo vermelho”, como ele chama os adversários de esquerda.

“Ela, em sua visão, em muitas das coisas que fazemos, está mais próxima do círculo vermelho, do que ela chama de alta política, e do que chamamos de casta”, afirmou em entrevista na quinta-feira (21). 

Sinais de ruptura entre os dois já vinham sendo noticiados pela imprensa argentina. Segundo o Clarín, a última foto dos dois juntos foi registrada no desfile militar de 9 de Julho. Na Argentina, a vice-presidente acumula o cargo de presidente do Senado. 

Do O Antagonista

A discussão sobre o fim da escala de trabalho 6×1 vai ficar para o ano que vem. A informação foi dada pela deputada federal autora da proposta, Erika Hilton (Psol-SP), em entrevista neste sábado (23), durante a Expo Favela, evento que aconteceu no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. O projeto foi aprovado e já superou a quantidade de assinaturas necessárias, tendo mais de 230 assinaturas, quando o mínimo era 171.

“Não quisemos protocolar agora (a proposta de emenda constitucional – PEC) exatamente pela configuração de algumas comissões importantes da Câmara. Entendemos que ao fazer esse protocolo nesse momento o texto poderia cair em mãos duvidosas para dizer o mínimo, e poderia prejudicar o avanço e as conquistas que tivemos até aqui”, afirma.

Assim, ela conta que continuará dialogando com algumas outras bancadas em que parte assinou, mas outra parte não e vai esperar algumas mudanças da composição da Câmara dos Deputados para dar andamento nessa tramitação. “Sabemos que não é um debate simples, não é um debate fácil, não é um debate que vai ser aprovado a toque de caixa”.

Erika ainda lembra que o debate da Câmara vai ser “atropelado, agora, pela pauta orçamentária, fim de ano, recessos”. “Esse assunto vai dar uma baixada, mas não vai cair no esquecimento. No próximo ano deve ser indicado um relator e a partir do relator indicado, a gente vai então aperfeiçoando o texto para conseguir enxugar e ajeitar elementos essenciais para deixar redonda a redação final e não ter nenhum tipo de impacto negativo”.

“Temos uma preocupação com o pequeno empreendedor”

Questionada sobre ter um estudo de impacto econômico, principalmente para os pequenos empreendedores que já têm na folha de pagamento um dos maiores custos, a deputada autora da PEC da escala de trabalho reforça que existe um amplo estudo de impacto econômico.

A gente tem, sim, uma preocupação com o pequeno empreendedor, muito mais do que com os grandes, que tem uma estrutura econômica melhor para lidar. Inclusive, existe estudo econômico do ponto de vista da quantidade de benefícios que as empresas recebem hoje no nosso país”.

Ele ressalta que o debate não vai ser feito sem todos os estudos de impacto econômico, olhando também para o preço de tudo aquilo que pode ser produzido pelos setores, como também, levando em conta a viabilidade em cada um. 

“Temos convidado agora para dialogar, inclusive, cada setor específico. A nossa preocupação é conseguir fazer essa transição de maneira gradual, com tempo para adaptação dos setores, sem gerar nenhum tipo de ônus a nenhum dos setores, em especial ao pequeno empresário do país”.

Modelo 4×3 é possível e 5×2 é aceitável

Quando perguntada sobre esse possível modelo de trabalho em que os brasileiros trabalharia quatro dias e folgaria três (4×3), a parlamentar lembra que é ambicioso, mas embasado em modelos já existentes no mundo. Ela dá exemplos de países como Japão, Estados Unidos, Islândia e Nova Zelândia.

Temos uma série de estudos que demonstram que a produtividade aumenta e que não tem uma diminuição de lucro com a 4×3. Porém, sabemos que aqui no país a gente vai enfrentar alguns tipos de resistência a essa proposta de ter 4×3 numa escala de 36 horas semanais”, disse Hilton.

Erika explica que a quantidade de 36 horas tem uma margem para negociação, inclusive levando em conta a possibilidade da escala de 5×2. “Se vai ser 5×2, se vai ser 4×3, qual lugar que a gente vai conseguir chegar, se vai ser 36 ou 40 horas a carga semanal, isso vai depender muito das negociações que a gente fizer e dos debates que forem produzidos”.

Ele reforça que qualquer ponto que se avance para o bem-estar do trabalhador é importante. “Claro que a gente tem 4×3 como um modelo já implementado em outros países, extremamente melhor desenvolvidos, inclusive do ponto de vista econômico, do que o nosso, com economias mais fortes, mas a gente vai ter que trabalhar o texto a depender das demandas que forem chegando. Acredito que 5×2 já é uma conquista importante para a classe trabalhadora brasileira”.

Do Diário do Nordeste

Os uruguaios vão às urnas neste domingo (24) para o segundo turno das eleições presidenciais do país. Yamandú Orsi, candidato de centro-esquerda, e Álvaro Delgado, de centro-direita, disputam o cargo.

O Tribunal Eleitoral do Uruguai, funcionários e soldados prepararam as urnas no sábado (23). Mais de 2,7 milhões de uruguaios são esperados para votar, neste domingo (24), e escolher seu próximo presidente.

As pesquisas de opinião finais antes da votação sugerem que há apenas 25 mil votos entre os dois candidatos, o pupilo do ex-presidente Mujica, o candidato de centro-esquerda Yamandu Orsi e o candidato governista de centro-direita, Álvaro Delgado. Isso significa que os eleitores que votaram em candidatos eliminados no primeiro turno de outubro serão essenciais para as votações deste domingo.

Na primeira rodada das votações, Delgado garantiu 26,9% enquanto Orsi obteve 43,7% dos votos. O Uruguai contraria a tendência global de fortes divisões entre direita e esquerda vistas em muitos países no que tem sido um ano eleitoral de 2024.

A nação sul-americana de 3,4 milhões de habitantes vai às urnas com um presidente popular, inflação caindo e tanto o emprego quanto os salários reais em ascensão. Mas preocupações de longa data sobre altos custos de vida, desigualdade e crimes violentos persistem.

Como é o sistema eleitoral?

O voto é obrigatório para maiores de 18 anos e o sistema de votação é em papel. Cada chapa eleitoral de presidente e vice-presidente tem uma cédula, com a foto e os nomes dos candidatos impressos. Na cabine de votação, o eleitor deve escolher a cédula com o candidato de sua preferência e colocá-la em um envelope, que será depositado na urna.

Os centros de votação fecham às 19h30 e as restrições eleitorais, como a divulgação da boca de urna, encerram às 20h30. Espera-se que os resultados indicando tendência de vitória, no entanto, só sejam divulgados pela Corte Eleitoral do Uruguai perto das 23h. Isso poderia não ocorrer neste domingo caso a diferença entre os candidatos seja muito estreita.

Quem são os candidatos?

Orsi, de 57 anos, ex-prefeito do município uruguaio de Canelones, pertence ao Movimento de Participação Popular (MPP), fundado pelo ex-presidente José “Pepe” Mujica no retorno da democracia no Uruguai.

Integrante da Coalizão Frente Ampla (FA) e ex-professor de história, ele afirma querer estimular o crescimento econômico sem mudanças bruscas nos rumos do país, evitando aumento de impostos, apesar do déficit fiscal crescente do país.

Já o governista Álvaro Delgado, do Partido Nacional, é veterinário e foi secretário da presidência do atual presidente, Luis Lacalle Pou. Ele ganhou projeção fazendo anúncios governamentais durante a pandemia de Covid-19.

Aos 55 anos, o candidato governista pretende promover as metas comerciais do atual governo, incluindo um potencial acordo de livre comércio entre o Mercosul e a China. Ele também busca manter impostos baixos e intensificar o combate ao crime organizado.

Da CNN

Morreu neste domingo (24), em Aracaju, aos 88 anos, o engenheiro civil Agamenon Patriota, irmão mais velho do ex-deputado Gonzaga Patriota. Segundo informações obtidas pelo blog, Agamenon sofreu uma parada cardíaca e acabou não resistindo. 

Filho de Sebastião e Dona Eliza, Agamenon Patriota era o mais velho dos 11 irmãos (dois já falecidos). Morava em Aracaju, mas era pernambucano de Sertânia. Ainda segundo informações, o velório começará hoje, no Centro da capital sergipana, a partir das 12h. A cremação só ocorrerá na quarta-feira (27), três dias depois de sua morte, porque a família irá aguardar a chegada das duas filhas do engenheiro civil, que residem nos Estados Unidos.