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João deve assumir presidência do PSB em 2025

Por Victória Cócolo
Da Folha de São Paulo

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), deve assumir a presidência nacional do PSB em 2025. Atualmente, ele ocupa o cargo de vice-presidente do partido.

Campos foi reeleito na capital pernambucana com 78,1% dos votos válidos. Filho do ex-governador Eduardo Campos (PSB), que esteve à frente do PSB por quase dez anos (2004-2015), integra o grupo mais jovem da legenda, junto com a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP).

Ele foi escolhido como sucessor pelo próprio presidente do partido, Carlos Siqueira, cujo mandato termina em maio do próximo ano.

Campos conseguiu pavimentar seu caminho como uma das principais lideranças do PSB e tem bom desempenho nas redes sociais, campo que costuma ser dominado por figuras da direita como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e o candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB).

Para oficializar a transição, o prefeito precisa ser aprovado em votação pela Executiva Nacional do PSB. Segundo interlocutores, o processo já está encaminhado e é praticamente impossível que a indicação seja barrada. O anúncio deve ocorrer no primeiro semestre do ano que vem.

Siqueira, no entanto, tem evitado antecipar declarações sobre o tema e afirma que a sucessão será discutida no momento oportuno.

Na base do PSB, há divisões sobre o futuro da liderança. Uma ala vê em Campos a oportunidade de fortalecer a legenda, enquanto outra defende que o cargo seja ocupado por alguém desvinculado das eleições de 2026.

Um integrante, ouvido sob reserva, pondera que a agenda política do prefeito do Recife pode limitar seu desempenho à frente do partido. Isso porque, logo após assumir a presidência, ele provavelmente estará focado na campanha ao Governo de Pernambuco.

Siqueira frequentemente elogia o prefeito. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo na semana passada, classificou-o como um exemplo de inovação, renovação e competência na política brasileira.

Aliados afirmam que a escolha dele como dirigente do partido faz todo sentido, uma vez que hoje Campos é visto como ” nova cara” do PSB.

Ele participou diretamente da negociação para filiação de figuras como o ministro Flávio Dino, hoje ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), do vice-presidente Geraldo Alckmin, de Marcelo Freixo e de Tabata.

A ideia é que, nos próximos anos, o prefeito se consolide ainda mais como articulador político e consiga trazer mais nomes de peso para o partido, que sejam competitivos eleitoralmente e aumentem a representatividade do PSB no Congresso Nacional, assim como o número de governadores e prefeituras.

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A equipe da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) que acompanhava as viagens nacionais e internacionais do presidente da República não executa a tarefa desde março. A alegação interna é de falta de orçamento.

O núcleo específico para segurança presidencial atuava com baixo investimento na agência até ser criado um setor chamado Inteligência de Proteção durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), sob gestão do Departamento de Operações de Inteligência.

Já na reformulação sob Lula (PT), a equipe foi formalizada por decreto, o que a manteve sob o guarda-chuva do Departamento de Operações de Inteligência.

Compete ao setor, entre outras atribuições, “planejar, coordenar, executar e supervisionar ações de inteligência de proteção relacionadas a eventos e a viagens nacionais e internacionais do presidente da República, observadas as competências dos demais órgãos”.

Uma das promessas do diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa, era ampliar a atuação do departamento. Com o decreto, ele o elevou do nível de divisão para o de coordenação-geral, o que proporcionou uma estrutura mais robusta.

No entanto, em meados de março deste ano, a direção da agência cortou a verba para a área e retirou as ferramentas de inteligência.

Segundo relatos de servidores da agência, a equipe ia aos locais de viagem antes e permanecia lá até a volta do presidente. Desde março, porém, esse grupo está ocioso.

Internamente, a Secretaria de Segurança Presidencial, vinculada ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional), possui um setor que realiza operações semelhantes de produção de material para proteção presidencial, chamado de Coordenação-Geral de Análise de Risco.

A Folha de São Paulo questionou a Abin, a Casa Civil, a quem a agência está subordinada atualmente, e a Presidência da República sobre o tema. Nenhum dos órgãos quis se manifestar.

Nos bastidores, integrantes da atual direção da agência minimizam a situação, dizendo, por exemplo, que a Abin compôs a equipe de trabalho das organizações do G20, sob presidência rotativa do Brasil, com visitas técnicas a 31 locais de evento, principalmente onde haveria ministros ou chefes de Estado.

Desde o início da gestão Lula, a Abin frequenta o noticiário devido às investigações da Polícia Federal acerca da existência de uma estrutura paralela de espionagem durante o governo Bolsonaro.

A PF, comandada por um grupo que rivaliza internamente no governo com o do hoje diretor-geral da agência, afirmou em relatórios de operações deflagradas que suspeitos de participarem do esquema anterior permaneciam na atual gestão, que teria trabalhado para atrapalhar as investigações.

Em entrevista dada em julho, por exemplo, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou não poder dizer se a Abin estava ou não contaminada.

Os ocupantes do segundo e terceiro cargo mais importantes na agência acabaram perdendo os cargos em meio às apurações.

Andrei é delegado da PF e coordenou a equipe de segurança de Lula na campanha. A PF está subordinada ao Ministério da Justiça.

Corrêa também é delegado federal, foi diretor da PF no segundo mandato de Lula e chegou ao comando da Abin após o petista tirar o órgão das mãos dos militares (o Gabinete de Segurança Institucional) e alocá-lo na Casa Civil.

A agência nega qualquer relação com a suposta “Abin paralela” da gestão Bolsonaro e diz ter cooperado em todos os momentos com a investigação da PF, que ainda não foi concluída.

Da Folha de São Paulo.

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Por Jameson Ramos
Repórter do Blog

A Justiça Eleitoral investiga uma possível fraude à cota de gênero dos partidos AGIR e PSDB de Escada, nas eleições municipais deste ano.
O Ministério Público Eleitoral aponta que, quando finalizada a campanha no município, recebeu várias representações extrajudiciais as quais informaram que as candidatas Miriam Lima dos Santos e Nilza Maria dos Santos, ambas do AGIR, bem como Ladjane Patrícia da Silva, do PSDB, não concorreram de fato na Eleição 2024.

De acordo com o MPE, “as candidatas não fizeram atos de campanha, de modo que não buscaram os votos dos eleitores, cogitando a hipótese de candidaturas fictícias, ou seja, candidaturas apresentadas apenas para preencher a cota de gênero e, com isso, possibilitar a participação dos partidos”.

Não foram encontrados santinhos para panfletagem, papéis e adesivos para bens particulares, adesivos para veículos, anúncios em jornais ou distribuição de qualquer material gráfico.

Consultado o resultado final da apuração eleitoral, viu-se que:

Mirian Lima dos Santos obteve zero voto;
Nilza Maria dos Santos recebeu quatro votos;
Ladjane Patrícia da Silva obteve apenas três votos.

Dentre as denúncias protocoladas no MPE, destacam-se as realizadas por Josué Borges Leandro e Edmilson Correia de Souza, ambos candidatos ao cargo de vereador pelo Partido AGIR, e também investigados na presente ação, os quais confessaram ter contribuído diretamente para a fraude realizada à cota de gênero do referido partido, ao “comprarem” a candidatura de Miriam Lima, que por sua vez teria recebido a quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais)

Posicionamento

Nossa equipe de reportagem tentou um posicionamento oficial dos partidos sobre o que está sendo denunciado, mas não conseguiu um retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.

Camaragibe Avança 2024

O Kabbana Recepções, em Afogados da Ingazeira, será palco da Festa dos Eleitos, cuja data agora será em 20 de janeiro e não mais no dia 16 deste mês. O encontro político do Sertão de Pernambuco e Paraíba é uma promoção da Organizada pelo Mais Pajeú, uma homenagem às vitórias nas urnas de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos em 2024, além de reunir lideranças e representantes de destaque na política regional.

Com uma estrutura especial, o evento contará com decoração temática, telão, buffet, mestre de cerimônia, bar, atrações musicais, transmissão ao vivo e diversos espaços interativos para fotos e vídeos que prometem movimentar as redes sociais. Deputados, veículos de comunicação, influenciadores digitais e outras figuras públicas também estarão presentes, reforçando a importância política e social do encontro.

Terei a honra de participar como palestrante, abordando as perspectivas para 2025, além de ser um dos homenageados. A apresentação do evento ficará por conta de Nill Júnior e Juliana Lima.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta quinta-feira (5) que a conclusão do aguardado acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE) “está à vista” e que já está na América Latina, antes de uma reunião de cúpula crucial.

“Pousamos na América Latina. A linha de chegada do acordo UE-Mercosul está à vista. Vamos trabalhar, vamos atravessá-la. Temos a oportunidade de criar um mercado de 700 milhões de pessoas”, anunciou Von der Leyen na rede social X.

Os países do Mercosul organizam nesta quinta e sexta-feira um encontro de cúpula em Montevidéu, Uruguai, e a presença de Von der Leyen é considerada um sinal de que um anúncio sobre um acordo comercial é iminente.

O tratado discutido entre os 27 países do bloco e os membros fundadores do Mercado Comum do Sul — Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai — criaria a maior zona de livre comércio do mundo.

As negociações, paralisadas depois que um acordo de princípio foi alcançado em 2019, foram retomadas nos últimos meses a pedido da Comissão Europeia, que determina a política comercial para toda a UE.

O governo francês, no entanto, se manifestou contra o avanço do acordo. O presidente Emmanuel Macron disse à von der Leyen que a França não pode aceitar o acordo em seu estado atual e o classificou como “inaceitável”, informou seu gabinete.

“O projeto de acordo UE-Mercosul é inaceitável em seu estado atual”, disse Macron à von der Leyen.

“Continuaremos a defender incansavelmente nossa soberania agrícola”, acrescentou a presidência francesa em uma mensagem publicada no X.

O governo do Uruguai divulgou uma agenda do presidente Luis Lacalle que incluía uma reunião “a confirmar” com Von der Leyen em Montevidéu nesta quinta-feira.

Há várias semanas, a Comissão (o braço Executivo da UE) está sob forte pressão para decidir se assina ou não o acordo. Em Bruxelas, o sentimento generalizado é que a UE já negociou o suficiente e chegou a hora de dar o próximo passo.

A diretora geral de Comércio da Comissão Europeia, Sabine Weyand, declarou na terça-feira aos eurodeputados que a discussão prosseguia “a nível político”, sugerindo que a fase técnica das conversações teria chegado ao fim.

Do g1.

O Juiz Eleitoral de Taquaritinga do Norte, Dr. André Simões, julgou procedente, nesta quinta-feira (5), a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) contra o prefeito Ivanildo Mestre (Lero) e o candidato Allyson Dias. A decisão aponta abuso de poder político durante as eleições municipais de 2024.

De acordo com o MPE, o prefeito Lero iniciou obras de pavimentação asfáltica em vias públicas apenas três dias antes da eleição, enquanto o candidato Allyson Dias, seu aliado, mencionava em discursos os benefícios dessas obras, atribuindo-as à parceria entre ambos. Para o Ministério Público, tais ações configuraram abuso de poder político e interferiram na igualdade do processo eleitoral.

Com a sentença, foram cassados os registros de candidaturas de Allyson Dias e Batata, integrantes do grupo Calabar, e declarada a inelegibilidade de Ivanildo Mestre e Allyson Dias por oito anos. A decisão ainda está sujeita a recurso.

Por Anthony Santana
Do Blog da Folha

O prefeito eleito de Tabira, Flávio Marques (PT), vem encontrando dificuldades para realizar o processo de transição com a atual gestão da cidade. Ele tornou público o imbróglio em entrevista à Rádio Folha FM 96,7 nesta quinta-feira (5), onde afirmou que precisou acionar a Justiça para ter direito de acessar dados da Prefeitura.

“Temos dificuldade em todas as áreas na transição, porque a gente solicita informações relacionadas à folha (de pessoal), pagamentos, saldos, extratos, convênios, terceirizadas que existem no município, dados que vão aprofundar o diagnóstico, e não tem. A gente tem precisado do apoio do Ministério Público, acionando o promotor várias vezes”, assinalou Flávio.

Marques revelou ainda que fará uma reforma administrativa, modificando a estrutura do governo na cidade que segue o mesmo modelo há anos, sem alteração. O futuro prefeito detalhou as mudanças que pretende realizar.

Flávio Marques quer, por exemplo, extinguir a Secretaria de Segurança Pública, que avalia não ter desempenhado um papel relevante na atual gestão, para que passe a ser uma diretoria de segurança e defesa civil. A quantidade de pastas não deve mudar, conforme detalhou.

“Tabira tem uma lei de 1995. Ano que vem fará 30 anos que a cidade é governada por essa lei. Vamos fazer uma reforma administrativa em que a Secretaria de Relações Institucionais vai virar Secretaria de Governo e Participação Social. As secretarias vão ter que funcionar e render serviço para a população”, enfatizou.

Ontem, o prefeito eleito de Salgueiro, Fabinho Lisandro (PRD), participou de uma reunião com o reitor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Télio Nobre Leite. O encontro contou também com a presença de servidores e alunos da instituição e teve na pauta o início da construção do campus da Univasf no município.

O novo campus será erguido no terreno da antiga estação ferroviária, um local histórico que passará a abrigar um importante polo de educação superior. De acordo com o que foi discutido na reunião, as obras estão previstas para começar no início do primeiro semestre de 2025. A reitoria informou que R$ 16 milhões estão garantidos para o início da obra via PAC. Um dos principais pontos e o comprometimento dos envolvidos, é iniciar de imediato, a ocupação do espaço com atividades culturais e esportivas, através de uma parceria entre a Prefeitura de Salgueiro e a Univasf.

Lisandro destacou a relevância do projeto para o desenvolvimento local e regional. “A construção do campus da Univasf representa um marco na história de Salgueiro, trazendo oportunidades de ensino superior de qualidade e impulsionando o crescimento socioeconômico do município e de todo o Sertão Central”, afirmou o prefeito eleito.

Essencial para salvar vidas, a doação de sangue, mesmo sendo amplamente incentivada pelos órgãos competentes, segue baixa em todo Estado. Bancos de sangue como o Hemope, o Ihene e o Hemato precisam de doadores para abastecerem os seus estoques. Diariamente, pernambucanos de todas as regiões precisam recorrer a esses bancos, como é o caso de Maurílio Oliveira Valença, internado no hospital Mestre Vitalino, em Caruaru. Ele precisa de doação com urgência.

A doação de sangue pode ser feita em qualquer unidade do Hemope. Para isso, o doador precisa ter boas condições de saúde, estar descansado e alimentado, pesar mais de 50 quilos e ter entre 16 e 69 anos. O doador também deve apresentar um documento oficial com foto. Faça parte dessa corrente de solidariedade, ajude a salvar vidas!

No próximo dia 10, Brasília será o palco da 2ª Edição do festival ‘Mulherar a Política’, com uma roda de conversa com a participação de toda Bancada Feminina do Distrito Federal, tendo como tema “Que pontes existem entre mulheres progressistas e conservadoras?”.

Partindo desse primeiro encontro, a proposta é a criação de um fórum permanente para construir consensos e avanços a partir de estratégias compartilhadas entre os mandatos e a sociedade civil. Já confirmaram presença a vice-governadora do Distrito Federal Celina Leão, a deputada federal Erika Kokay, além das deputadas distritais Jaqueline Silva, Dayse Amarílio, e Doutora Jane. O evento é uma iniciativa da startup ‘Quero Você Eleita’ em parceria com o escritório Gabriela Rollemberg Advocacia, e é exclusivo para convidados.

Durante o evento, será lançada a publicação “Lugar de fala: um retrato das campanhas femininas no Brasil”, obra que reúne relatos de mulheres candidatas nas eleições municipais de 2024, contendo evidências práticas sobre as ações afirmativas de participação feminina na política, os desafios das candidaturas, o relacionamento com os partidos políticos e o eleitorado.

Outro momento de destaque será a apresentação do projeto “Bancada Feminina na COP 30”, uma correalização da Quero Você Eleita, o Futuro das Coisas e AzMina, que pretende formar prefeitas de diversos biomas para liderar a pauta climática a partir da força das suas comunidades na COP30. A programação artística do evento ficará por conta de Joana Duah, que deve se apresentar a partir 20h30.

Por Aldo Paes Barreto

O turista que vier ao Recife na atual temporada de cruzeiro marítimos, ou em qualquer outra ocasião, pensaria estar em alguma monarquia perdida nos trópicos caso caminhasse pelas ruas da cidade, batizadas com nomes de príncipes, princesas e outros vassalos do curto império brasileiro.

Conduzido por um guia disposto, poderia começar ali mesmo no Porto, desembarcando na Praça Barão do Rio Branco, seguiria pela Rua Marques de Olinda, Rua do Imperador Pedro II, visitaria o Palácio do Campo das Princesas, atravessaria a ponte Princesa Isabel e a rua que também homenageia aquela Alteza e voltaria pela Rua da Imperatriz Tereza Cristina.

Apressando o passo, poderia conhecer a Rua Marquês do Recife, a Duque de Caxias, a Visconde de Suassuna, Marquês do Herval, Conde da Boa Vista.  Um percurso de muita nobreza, infelizmente pleno de pobreza. Por ser bairro distante, o guia evitaria o vexame de mostrar a rua que leva o nome do Imperador Pedro I.  A ruazinha fica na localidade Passarinho. Esse primeiro dom Pedro foi o grande algoz dos pernambucanos na Revolução patriótica de 1817. Depois de violenta repressão mandou prender, enfocar, esquartejar, exiliar dezenas de pernambucanos. Em seguida, dom João VI, o pai dele, ainda puniu Pernambuco, retirando do estado vastas áreas do território original.

Caso o guia fosse um fuçador de nossa História, cultor orgulhoso do nosso passado, poderia levar o visitante o Poço da Panela, onde o casal morou, ou ao Cais José Mariano, a alguns passos da rua da Imperatriz para conhecer o melhor da nossa gente. Naquele trecho, nas margens do Rio Capibaribe, a mais justa homenagem é prestada a um filho da terra, combatente da abolição da escravatura, líder dos ideais de uma nação que se formava em favor da liberdade de expressão, de eleições democráticas, e de um poder judiciário livre das tentações e manipulações do poder. José Mariano dá nome ao Cais. Simples e esquecido.

O abolicionista José Mariano Carneiro da Cunha foi muito além do seu tempo, um político que preferiu servir do que se servir. Ele e a mulher, Dona Olegarinha, formaram um casal exemplar. Abolicionistas, humanistas, solidários, probos no trato com a coisa pública fiéis aos mais nobres ideais que a política pode alcançar.  Nos jornais da época, nos livros, os contemporâneos de José Mariano, a exemplo do potiguar Luís da Câmara Cascudo, descreveram o primeiro prefeito eleito do Recife, como orador privilegiado, capaz de empolgar todas as plateias propondo, combatente das melhores causas. Ela, dona Olegarinha, participou ativamente do fim da escravatura, capaz de vender as próprias joias para, com o dinheiro apurado, comprar escravos e os enviar para o Ceará onde a abolição já era um fato. Lá por motivos diferentes. A grande seca de 1880, a tragédia que mais duramente atingiu o país causando a morte de mais da metade da população cearense – 800 mil pessoas, na época, – provocou migração incontrolável. Poucos sobraram para reconstruir o estado.

O casal Mariano e outros abolicionistas reunidos no Clube do Cupim, ao libertar e conduzir os homens livres, ajudou na reconstrução do hoje pujante estado do Ceará. Os libertos foram indispensáveis na tarefa de repovoar e restaurar a economia cearense. O abolicionismo era uma chaga, mas o Brasil também precisava crescer na economia, avançar no social.

As secas e os governos antidemocráticos sempre causaram muito mal nas mais diversas épocas e às mais distantes regiões do planeta. Na História, guardiã dos fatos é fundamental preservar a memória dos nossos heróis. Lembrar quem ficou do lado dos justos, quem batalhou por um ideário de paz e de boa vontade.  Quem fez da política a arte do possível, ponto de partida pelas igualdades racial e social, como fizeram os pernambucanos José Mariano e Dona Olegarinha.

O prefeito eleito de Foz do Iguaçu, General Silva e Luna, anunciou, hoje, a criação da Secretaria de Comunicação e Relações Institucionais para o município. Criada para fortalecer a transparência e aprimorar a articulação entre o governo e a sociedade, a pasta será comandada pelo pernambucano Joao Eduardo Zisman.

“Essa estrutura terá como foco garantir uma comunicação clara, eficiente e acessível, além de consolidar relações institucionais estratégicas com diversas esferas de governo. Com satisfação, anuncio Zisman como o futuro secretário, um profissional experiente que estará à frente dessa missão, promovendo um diálogo aberto com a população e valorizando o papel dos servidores públicos”, disse Silva e Luna.

O prefeito eleito de Toritama, Sérgio Colin (MDB), foi recebido, em Brasília, pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, para tratar a respeito da travessia urbana da BR-104, no trecho que passa pelo município, e do projeto da Variante, que vai acabar com os engarrafamentos nos dias de feiras na região. A reunião também contou com a presença do senador Fernando Dueire (MDB) e da governadora Raquel Lyra (PSDB),

“Estive em Brasília para tratarmos a respeito das obras na BR-104 no perímetro urbano de Toritama, apresentei imagens do trânsito caótico em dias de feiras no Polo das Confecções, e solicitei urgência nessa obra que será essencial para melhorar a qualidade de vida dos clientes, lojistas e feirantes, como também vai desafogar esse trânsito em nossa cidade”, destacou Sérgio Colin, que também anunciou a conquista de uma máquina retroescavadeira com o senador Fernando Dueire.

Por Osvaldo Matos Júnior*

A Polícia Militar (PM) tem sido alvo de críticas crescentes, especialmente diante da ampla divulgação de vídeos mostrando condutas inadequadas por parte de alguns agentes. Contudo, ao analisar o contexto mais amplo, é fundamental não perder de vista o papel indispensável dessa instituição em um país assolado por uma verdadeira guerra interna. O Brasil registra, há anos, índices alarmantes de violência: mais de 40 mil assassinatos anuais, milhões de roubos, furtos, sequestros e estupros, além do avanço do crime organizado e do tráfico de drogas.

Nesse cenário, a PM é uma das poucas barreiras entre a sociedade e a barbárie. Apesar de sua importância, a realidade enfrentada pelos policiais é marcada por adversidades que muitas vezes passam despercebidas pela opinião pública. Esses profissionais são o produto de uma sociedade que os forma e os entrega à missão de enfrentar um ambiente hostil e, em muitos casos, desumano.

Os policiais militares são selecionados por concurso público, ou seja, não são recrutas vindos de outra realidade, mas sim fruto do próprio tecido social brasileiro, com suas virtudes e problemas. A formação desses profissionais, especialmente dos soldados, muitas vezes é rápida e em turmas volumosas, dificultando uma preparação individualizada e aprofundada. Embora existam esforços para treinar os policiais com técnicas modernas e preceitos de direitos humanos, o curto prazo e a falta de recursos limitam o alcance desses treinamentos.

Além disso, muitos agentes enfrentam condições de trabalho e vida que os colocam em situações de vulnerabilidade psicológica e emocional. Baixos salários, escalas exaustivas, problemas de moradia, exposição constante ao perigo e até perseguições do crime organizado, que coloca suas cabeças a prêmio, tornam a rotina desses profissionais uma batalha constante. Não é incomum que desenvolvam depressão, síndrome do pânico e outros transtornos psicológicos.

Algumas polícias, no entanto, têm buscado soluções mais estruturadas para enfrentar esses desafios, contratando psicólogos militares especializados. Como oficiais das corporações, esses profissionais estão inseridos diretamente no ambiente de trabalho dos policiais e possuem maior capacidade de ganhar sua confiança. Por conhecerem a cultura militar e os gatilhos que podem levar ao surgimento de transtornos, esses psicólogos estão mais bem preparados para identificar sinais de sofrimento psicológico e trabalhar preventivamente, fortalecendo a saúde mental e emocional da tropa.

A liderança dentro da PM também enfrenta desafios significativos. Oficiais responsáveis por comandar e monitorar as tropas passam por uma formação intensa, mas ainda curta, considerando a complexidade das responsabilidades que assumem. Espera-se que eles liderem, identifiquem falhas e promovam a disciplina em corporações expostas a pressões internas e externas massivas.

Comportamentos vergonhosos e fora das regras devem ser combatidos em qualquer profissão e punidos com rigor. Isso se aplica tanto à Polícia Militar quanto a médicos, professores, advogados e outras categorias. Contudo, é inaceitável generalizar os erros de alguns indivíduos como se fossem características inerentes à instituição. Mais grave ainda é o uso dessas falhas como justificativa para teorias ideológicas que tentam ser empurradas goela abaixo da população, desmoralizando a polícia sem qualquer fundamento prático ou coerente.

A análise crítica não deve se transformar em uma condenação ampla e injusta. Quando a polícia erra, é essencial corrigir e responsabilizar. Mas quando acerta, seu trabalho deve ser reconhecido e valorizado. Afinal, a atuação da PM é fundamental para proteger a população em meio a um contexto de violência extrema.

O Brasil vive a maior guerra humana interna do mundo, um cenário de violência que afeta a todos. Nesse contexto, o trabalho da Polícia Militar deveria ser enaltecido, considerando que seus integrantes arriscam suas vidas diariamente para proteger a sociedade. No entanto, muitos políticos e especialistas da imprensa utilizam falhas isoladas para atacar e desmoralizar a instituição como um todo.

Essas críticas generalizadas não apenas ignoram os desafios enfrentados pelos policiais, mas também alimentam um discurso que fragiliza a autoridade e a moral daqueles que estão na linha de frente. É essencial distinguir as condutas individuais dos agentes, que devem ser investigadas e corrigidas, da imagem institucional da Polícia Militar.

É inegável que a PM precisa de reformas estruturais, tanto na formação de seus agentes quanto na valorização de suas condições de trabalho. É necessário investir em:

  1. Formação de Qualidade: Cursos mais longos e aprofundados, com foco em direitos humanos, inteligência emocional e práticas modernas de policiamento.
  2. Apoio Psicológico Estruturado: Ampliar a presença de psicólogos militares especializados para atender as tropas de forma mais eficiente e integrada à realidade policial.
  3. Melhores Condições de Trabalho: Salários dignos, carga horária justa e equipamentos adequados.
  4. Reconhecimento Social: Combate ao discurso que desmoraliza a polícia e promoção de uma visão equilibrada sobre seu papel na sociedade.

A Polícia Militar é uma instituição essencial para a preservação da ordem e da segurança no Brasil. Embora falhas individuais precisem ser punidas e corrigidas, não se pode perder de vista o contexto de guerra interna em que esses profissionais atuam. Mais do que criticar, é urgente valorizar, apoiar e fortalecer a PM, pois sem ela, o caos e a violência já instaurados no país assumiriam proporções inimagináveis. Não podemos permitir que erros pontuais se tornem uma desculpa para desmoralizar a polícia ou impor teorias ideológicas que ignoram a realidade. O verdadeiro desafio não é destruir a imagem da polícia, mas transformá-la e fortalecê-la para que continue cumprindo sua nobre e difícil missão de proteger a sociedade.

*Cientista político e social, publicitário, especialista em COMEX, Marketing, gestão pública e privada, planejamento estratégico e inteligência competitiva, gestão do turismo e comunicação.

O prefeito de Goiana, Eduardo Honório (UB), teve o registro da candidatura indeferido em decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), hoje, e não poderá assumir o cargo no dia 1º de janeiro de 2025. Os ministros entenderam que Honório já cumpriu oito anos consecutivos no mandato e não poderia exercer mais um. Ele foi reeleito com 78% dos votos, em outubro. Com a decisão do TSE, uma nova eleição terá de ser realizada. As informações são do blog Dantas Barreto.

Eduardo Honório foi eleito vice-prefeito em 2016, na chapa de Oswaldo Rabêlo. Em 2017, o titular afastou-se do cargo para tratamento de saúde e Honório passou a administrar o município. Nas eleições de 2020, foi candidato a prefeito e saiu vitorioso das urnas. Neste ano, apesar de perder a causa na Justiça Eleitoral de Goiana e no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Eduardo recorreu ao TSE e concorreu sub judice.

Comecei o dia de trabalho, hoje, com o meu fogão estampado no coração. Por pouco, o Glorioso não foi campeão do Brasileiro ontem. O Palmeiras, ao ganhar do Cruzeiro, adiou a nossa festa, que virá domingo frente ao São Paulo.

Por Ivan Feitosa*

Se estivesse entre nós, o inesquecível Luiz José de Lacerda estaria celebrando seu centenário. O “matuto de boi seco”, como gostava de se autodenominar, chegou a Caruaru para trabalhar com o saudoso Zé Bodinho e, a partir daí, nunca mais deixou esta terra.

Em Caruaru, casou-se com Dona Zefinha Lacerda, construiu uma família e deu uma contribuição inestimável ao progresso da cidade. Sua presença marcante e espírito coletivo lhe renderam muitos apelidos carinhosos: Luiz do Bacalhau, Luiz do Central (sua grande paixão), Luiz do Intermunicipal, Luiz da Liberdade.

Que privilégio foi conviver com o senhor, Seu Luiz. Um homem íntegro, amigo leal e um empresário à frente de seu tempo. Posso resumi-lo em uma única expressão: Luiz Lacerda, um HOMEM BOM.

Aqui seguimos, cultivando e ramificando seus ensinamentos.

Viva Luiz Lacerda!

*Gerente geral da Rádio Cidade de Caruaru