O ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino intimou o Congresso e a Advocacia-geral da União a prestarem esclarecimentos sobre as emendas parlamentares. A decisão é de 4 de fevereiro. Dino marcou uma audiência para 27 de fevereiro, presidida por ele, no STF. Foram intimados a participar:
As advocacias gerais da União (que representa o governo federal), da Câmara e do Senado;
O PSOL, partido que entrou com a ação no STF alegando destinação irregular de emendas relatada por dino;
Lideranças do Congresso têm buscado uma espécie de anistia para eventuais irregularidades envolvendo emenda parlamentares – cujos pagamentos chegaram a ser suspensos por Dino em razão da falta de transparência. E, segundo o blog da Andréia Sadi apurou, a expectativa de lideranças é de encontrar respaldo em uma ala do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao intimar governo e Congresso a explicar se estão cumprindo as regras de transparência impostas pelo STF como condição para liberar os pagamentos, Dino manda um recado de que não pretende aderir a essa tese. Muito pelo contrário. Hoje, inclusive, o ministro do STF autorizou uma operação da PF que teve como alvo o chefe de gabinete de um deputado federal por suspeita de envolvimento com desvio de recursos de emendas.
O presidente Lula (PT) sinalizou a aliados a intenção de destravar as conversas sobre a reforma ministerial, incluindo os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), na rodada de negociações.
De acordo com relatos, Motta e Alcolumbre já foram informados que serão chamados para reuniões com o presidente, e as conversas com os partidos devem invadir a próxima semana. O presidente do Senado também viajará hoje com Lula ao Amapá, a convite do petista.
Pelo cronograma descrito por colaboradores do presidente, Lula deverá iniciar as mudanças na Esplanada nas pastas ocupadas hoje por petistas ou ministros considerados de sua cota pessoal.
Nessa condição estaria a ministra da Saúde, Nísia Trindade. Para seu lugar, estão cotados dois ex-titulares da Saúde: o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o presidente da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), Arthur Chioro.
O nome de Chioro chegou a ser cogitado para o ministério ainda na montagem do governo, em 2022, quando coordenou o grupo de trabalho dedicado à saúde na transição. Médico sanitarista, foi ministro da Saúde no governo Dilma, de 2014 a 2015.
O período dessa articulação coincide com um momento de desgaste do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT-PI).
A situação do titular da pasta responsável pelo Bolsa Família já era considerada frágil por interlocutores, com sua posição ameaçada. Além disso, na semana passada, ele contrariou o governo ao afirmar que estava à mesa a possibilidade de reajuste do valor do Bolsa Família.
A declaração do ministro gerou ruídos no mercado e levou a Casa Civil a publicar uma nota afirmando que não havia estudos sobre isso no governo. Ele diz à Folha que segue se dedicando “com entusiasmo” ao ministério.
Na avaliação de aliados, o deslize de Wellington poderia ser um empurrão para sua volta ao Senado, até porque colaboradores do presidente defendem reforço da articulação governista na Casa.
Entre as alterações esperadas para a chamada cozinha do presidente está a entrada da presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), na Secretaria-Geral da Presidência, hoje ocupada por Márcio Macêdo.
A ministra Cida Gonçalves (Mulheres), por sua vez, pode ser substituída pela ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, do PC do B, que assim abriria caminho para que um partido do centro, como o PSD, comandasse sua atual pasta.
Uma ala do governo também passou a defender o nome da deputada federal Tabata Amaral (PSB) para essa pasta, mas o plano enfrenta entraves dentro do PT e do próprio PSB.
Além dessa resistência, alguns integrantes do governo apostam na permanência do vice-presidente Geraldo Alckmin na pasta do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Como ambos são do mesmo partido, essa situação inviabilizaria a entrada de Tabata no governo.
Lula ainda vai conversar com os ex-presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para discutir eventual entrada deles no governo. O centrão cobiça a pasta da Agricultura, atualmente comandada por Carlos Fávaro (PSD), movimento que enfrenta forte oposição do PSD.
A opção por Padilha para a Saúde abriria um debate sobre o futuro da Secretaria de Relações Institucionais. Enquanto uma ala defende que permaneça com o PT, outro grupo propõe a nomeação de um aliado com trânsito no Congresso.
Nesta hipótese, é cotado o nome de Silvio Costa Filho (Republicanos), atual ministro de Portos e Aeroportos. Líderes partidários chegaram a propor o nome de Isnaldo Bulhões (MDB-AL) para a função.
Um aliado do presidente da Câmara diz que Motta espera a conversa com Lula para, num segundo momento, resolver questões internas da Casa que ainda precisam ser definidas, como a distribuição de postos estratégicos e comissões.
Outro político próximo a Motta diz que é preciso que o governo e aliados do presidente tenham a consciência de que 2025 é um ano preparatório para as eleições presidenciais de 2026 e que é preciso uma “mudança de postura” no Executivo mirando a reeleição.
O desafio de educar na era digital tem ganhado aliados importantes que transformam o aprendizado dos alunos e a forma de trabalhar dos professores. O uso de ferramentas de tecnologia nas salas de aula chega para facilitar o processo de formação do estudante como se fosse uma atualização dos métodos de ensino.
Pensando em colaborar com esse cenário, a empresa pernambucana Dulino desenvolve produtos de suporte que estimulam o pensamento crítico e incentivam o aprendizado contínuo. Entre os materiais, estão kits de robótica, kits maker, metaverso e óculos de realidade virtual, soluções com inteligência artificial e metodologias ativas.
O fundador da empresa, o especialista em educação tecnológica, Raphael Gadelha, explica como tudo começou. “Essa ideia nasceu de um sonho e eu, Raphael Gadelha, CEO e fundador, nasci no mesmo dia da escola: 15 de março. Seguramente, é por isso que a Dulino não vê a escola no formato tradicional. Temos escolas do século 19, professores no século 20 e alunos no século 21. A conta não fecha. Lápis e papel perderam espaço para tablets, computadores, óculos de realidade virtual, celular, câmeras e uma lista que não caberia aqui”, detalhou Gadelha.
“A tecnologia é aliada à educação. Com essa mentalidade, a Dulino surgiu em 2013 e integrou a tecnologia ao processo de “aprender fazendo”. Afinal, não há nada melhor do que aprender praticando”, acrescentou. Atualmente, a Dulino atua em 20 escolas pernambucanas, entre públicas e privadas.
Modalidades pedagógicas
Segundo Raphael, as modalidades pedagógicas de aprendizagem da Dulino se baseiam nas metodologias ativas para transformar o ensino em uma experiência imersiva e dinâmica. “O nosso foco é dar todo suporte formativo necessário aos professores e fornecer ferramentas para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e técnicas dos alunos”, destacou. Guiados por professores qualificados, os alunos exploram equipamentos, planejam montagens, enfrentam desafios e desenvolvem soluções criativas.
Raphael destacou que o aluno do século 21 sente a necessidade de saber mais sobre o mundo em que vive e, principalmente, de interagir de forma ativa nesse contexto, não sendo apenas consumidor de informação ou de soluções já desenvolvidas.
Um dos produtos para esse novo público é o Kit AtivaMente, desenvolvido com o objetivo de oferecer uma experiência educativa inclusiva e envolvente para crianças típicas e atípicas. É composto por três atividades maker e três histórias, que promovem o aprendizado por meio de uma abordagem inovadora, o incentivo à interação, empatia e compreensão de temas importantes, a flexibilidade cognitiva e a linguagem expressiva e receptiva. Mais informações sobre a Dulino estão disponíveis no site sistemadulino.com.br.
O Governo do Estado reforçou a educação de Pernambuco com a nomeação de 99 profissionais para a área, entre analistas em gestão educacional e assistentes administrativos educacional. As nomeações foram publicadas no Diário Oficial do Estado de hoje. De 2023 até hoje, a gestão estadual já convocou 1.025 analistas e 593 assistentes. Além disso, mais de 9 mil professores da educação básica foram nomeados nos últimos dois anos.
“Realizamos a maior nomeação da história da rede educacional de Pernambuco, convocando profissionais bastante qualificados. Quero dizer aos novos servidores que sejam bem-vindos. Contamos com vocês para elevar, ainda mais, a qualidade do ensino no Estado. O Juntos pela Educação, que abrange um investimento de R$ 5,5 bilhões no setor, não tem esse nome à toa. Trabalhamos em parceria e em sintonia com toda a comunidade escolar para fazer da educação de Pernambuco uma das melhores do Brasil”, afirmou a governadora Raquel Lyra.
O concurso que determinava o chamamento previa no edital 500 analistas e 96 assistentes, mas a gestão estadual foi além. A nomeação desta quinta-feira é a segunda realizada em fevereiro, pois no último dia 8 foram convocados 60 analistas e sete assistentes.
“Os novos profissionais chegam para reforçar os setores administrativos das nossas escolas e fortalecer a rede estadual de ensino de Pernambuco. Esta nomeação, a segunda somente no mês de fevereiro, reafirma o compromisso assumido pela gestão da governadora Raquel Lyra em garantir o acesso a uma educação de qualidade para todos os pernambucanos”, declarou o secretário de Educação, Gilson Monteiro.
A Polícia Federal deflagrou, hoje, a operação intitulada EmendaFest, por determinação do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os agentes cumprem 13 mandados de busca em Brasília e em cinco cidades gaúchas: Estrela, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Lajeado. Também foi determinado o afastamento do cargo e das funções públicas de alguns dos investigados, bem como o bloqueio de valores de contas de pessoas físicas e jurídicas.
A apuração investiga desvios de recursos públicos, corrupção ativa e passiva por meio da destinação de emendas parlamentares e tem como objetivo aprofundar investigações sobre irregularidades no uso de verbas destas emendas, que integram processo em tramitação no STF.
A fase de hoje é referente a denúncias de que um grupo negociou propina de 6% do valor de emendas para a liberação das verbas aprovadas pelo Congresso com destinação para serviços e melhorias no Hospital Ana Nery, localizado em Santa Cruz do Sul (RS).
Dentre os alvos estão Lino Furtado, atual chefe de gabinete do deputado federal Afonso Motta (PDT-RS) na Câmara, e o diretor administrativo da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional do RS, Cliver Andre Fiegenbaum. Nem eles nem o deputado Afonso Motta se manifestaram até agora sobre o assunto.
Até as 8h20 os agentes encontraram R$160 mil em dinheiro vivo nas casas inspecionadas, sendo que em uma delas, foram encontrados aparelhos celulares no forro do teto. Os policiais também procuram checar se os investigados têm em suas residências uma espécie de “contrato de propina” – documento que já foi encontrado por eles anteriormente, durante as primeiras apurações sobre o esquema criminoso.
Em sua nova rotina de viagens para buscar estar mais ao lado da população, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai ao Amapá e Pará, hoje e amanhã, estados em que deve defender agendas que podem ser consideradas opostas no debate ambiental. No estado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), uma das pautas será a exploração de petróleo na Margem Equatorial. No Pará, a COP-30 e a discussão sobre a substituição de combustíveis fósseis na transição energética.
Na passagem pelo Amapá, Lula vai inaugurar uma etapa da linha de transmissão de energia elétrica, mas vai repetir que defende a exploração de petróleo na Margem Equatorial, criticada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e ambientalistas. Um discurso que agrada e muito o senador Davi Alcolumbre, outro defensor da exploração de petróleo na Foz do Amazonas, tema que gera debate e divergências no governo Lula. As informações são do blog do Valdo Cruz.
Já no Pará a agenda é a pauta climática, onde será realizada em novembro a COP-30 e o mundo vai discutir formas para reduzir as emissões de carbono na atmosfera. Um dos caminhos é reduzir a exploração de combustíveis fósseis, como o petróleo. Ontem, Lula gerou ruídos ao criticar publicamente o Ibama pelo “lenga-lenga” na concessão da licença para a Petrobras pesquisar petróleo na Margem Equatorial. Em resposta, o presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, respondeu que tudo está sendo feito tecnicamente e a resposta será técnica. Lula acabou contrariando a sua própria orientação, de não criar bate-boca público sobre divergências internas do governo. O mal-estar que já estava presente dentro do Ministério do Meio Ambiente só fez aumentar com as cobranças públicas do presidente da República.
O prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Helinho Aragão, esteve, ontem, em Brasília, na sede da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), com o deputado federal Felipe Carreras (PSB) e o deputado estadual Diogo Moraes (PSB), para definir detalhes da Rodada Internacional da ApexBrasil, que acontecerá em agosto de 2025, no município. O evento será realizado pela primeira vez no Polo de Confecções e promete fortalecer ainda mais a economia local.
“Agradeço todo o apoio da ApexBrasil a Santa Cruz do Capibaribe. Em agosto, vamos realizar uma rodada internacional que abrirá novas oportunidades para o nosso setor produtivo e para os confeccionistas da nossa cidade”, destacou o prefeito Helinho Aragão. O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, ressaltou que Santa Cruz será um grande exemplo dentro do Programa Exporta Mais, que já conecta empresas brasileiras ao comércio exterior.
O deputado Felipe Carreras celebrou a conquista e destacou a continuidade do trabalho iniciado pelo ex-prefeito Fábio Aragão. “Santa Cruz merece ser destaque no cenário internacional. Fico muito feliz em poder contribuir para que o nosso município receba um evento de tamanha importância, como a Feira Internacional da ApexBrasil”, destacou.
João Bafo de Onça é um criminoso criado por Walt Disney. Ele é um gato abjeto e fedorento, arqui-inimigo do rato Mickey, ladrão safado e vilão tanto de Mickey quanto de Pato Donald e Tio Patinhas. Ao lado do Mancha Negra, dos Irmãos Metralha e de outros, eles são a escória de Patópolis. Bafo é casado com Tudinha e seu parceiro na pilantragem é o Escovinha.
Acho que se estivesse por aqui, Walt Disney certamente acusaria Donald Trump de plágio. É impressionante como Trump e seus lunáticos se parecem com Bafo de Onça. Isso seria cômico, se não fosse trágico, até porque não é ficção de história em quadrinhos, mas uma realidade de vida e morte. Trump está mais para Nero, que tocou fogo em Roma, do que para João Bafo de Onça.
O mau cheiro das bravatas das taxações alfandegárias, da anexação do Canadá, compra da Groenlândia, mudança do nome do Golfo do México, invasão do Canal do Panamá, tudo isso é horrível, chato, terrorismo psicológico; não vai para frente. Bazófia.
Odioso mesmo é o que está fazendo com a deportação em massa de trabalhadores, crianças, homens e mulheres imigrantes nos Estados Unidos, uma tragédia incalculável na vida das pessoas e do mercado interno americano; desumano e irresponsável na forma indiscriminada como está sendo executado.
Concretamente ameaçador é a aliança de guerra que faz com Benjamin Netanyahu para produzir a limpeza étnica dos palestinos e o patrocínio da Ucrânia na guerra com a Rússia em troca do controle das terras raras ucranianas, com potencial de escalada sem limites do conflito na Europa.
Mas creio que a loucura tem limites. Não se pode menosprezar o fato de que Trump teve 77.302.580 votos nas eleições americanas em 2024. Kamala Harris recebeu os votos de 75.017.613 eleitores. Ou seja, uma vitória, no total de votantes, de só 1,3%. Os Estados Unidos são de fato um país rachado ao meio.
Porém, na incompreensível metodologia eleitoral americana, o presidente é eleito por um colégio de delegados eleitorais, onde Trump obteve 312 votos, contra 226 de Kamala.
Essa “jabuticaba” americana confere os poderes constitucionais conhecidos ao atual executivo de Patópolis. Mas não acredito que a sanha trumpista seja capaz de tocar fogo nos EUA e promover uma outra guerra civil por lá. A metade da população americana não tardará a reagir fortemente diante da tragédia que Trump anuncia. É o que a maioria do mundo espera.
*Jornalista e publicitário. É consultor em comunicação de interesse público, nos segmentos institucional, corporativo e político. Coordena e desenvolve projetos no Brasil e América Latina.
Por não concordar com ex-prefeitos como presidentes da instituição, o prefeito de João Alfredo, Zé Martins (PSB), retirou, em caráter irrevogável, seu nome da comissão eleitoral da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), momentos após ser anunciado o fechamento de uma chapa consensual para eleição, marcada para o fim deste mês.
Pelo acordo, o atual presidente Marcelo Gouveia (Podemos), ex-prefeito de Paudalho, será candidato a reeleição e o prefeito de Aliança, Pedro Freitas (PP), abriu mão da disputa e aceitou ser vice na chapa de Gouveia. “Não posso votar num ex-prefeito. O entendimento para unidade deveria ter sido em torno de um prefeito e não um ex-prefeito, disse Martins.
Para ele, a Amupe ser tocada por um ex-prefeito é uma aberração. “Dessa forma, ex-deputado poderia ser presidente da Unale. Quem deve representar os municípios em qualquer instância são os prefeitos, legítimos representantes dos munícipes que governam”, acrescentou o prefeito.
Segundo ele, o acordo não vai evitar bate chapa na eleição do próximo dia 27. “É possível que surja uma candidatura dissidente. “O ex-prefeito de Escada, Jandelson Gouveia, está tentando montar uma chapa para disputar, conforme constatei em Brasília nas movimentações do encontro nacional dos prefeitos”, disse Zé Martins.
Não há uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) mais desproposital, casuística e vergonhosa do que a do deputado mineiro e bolsonarista Eros Biondini (PL), que propõe reduzir de 35 para 30 anos a idade mínima para candidatos a presidente da República e a senador.
Já tem 101 assinaturas, mas, para começar a tramitar, são necessárias 171. Por trás do movimento que tenta emplacar a PEC, estão as ambições eleitorais de partidos e políticos com bom desempenho nas redes. Congressistas que apoiam o texto avaliam que, com a mudança, legendas conseguiriam eleger nomes impossibilitados pela idade mínima.
É o caso do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que fará 29 anos, que poderia alçar voos maiores dentro da sigla, como uma candidatura ao Senado ou até mesmo ao Planalto, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro não consiga restaurar sua elegibilidade. O propósito de Biondini tem direção certa: Nikolas, seu conterrâneo de Minas.
Para disfarçar, ele cita outro nome jovem, o do prefeito do Recife, João Campos (PSB), que completará 32 anos este ano. Mas o socialista nunca fez qualquer movimentação nesse sentido e, provavelmente, não conhece nem o autor da proposição, que acha a mudança oportuna por uma “óbvia necessidade de modernização da legislação eleitoral”.
Em entrevista, ontem, ao Frente a Frente, Eros Biondini afirmou que não há qualquer “interesse pessoal” no avanço da ideia. Ele disse que, caso virasse parte da Constituição, o texto “beneficiaria mais Nikolas”. Nas últimas décadas, a redução da barreira etária para candidaturas foi tema de outras propostas no Congresso. Na Câmara, uma PEC que reduzia a 30 anos a idade mínima para candidatos a presidente foi apresentada pela então deputada Manuela d’Ávila, em 2007.
À época, ela justificou que as regras desestimulavam a participação de jovens na política. Em 2015, o texto de Manuela foi anexado a um conjunto de propostas de alteração na Constituição que acabaram virando uma reforma política aprovada pelos deputados.
A PEC, aprovada em dois turnos pela Câmara em julho daquele ano, reduzia as idades mínimas para os cargos de deputado estadual ou federal; de senador e de governador. Todas essas mudanças acabaram caindo durante a análise da PEC pelo Senado, ainda em 2015. Os senadores decidiram votar essas alterações em uma proposta em separado, o que nunca ocorreu.
FRUSTRAÇÃO A CAMINHO – A aprovação de alterações na Constituição tem um longo caminho na Câmara e no Senado. Nas duas Casas, há uma barreira inicial para a apresentação de PECs, que determinam um número mínimo de apoios. Se não houver disposição do comando das Casas em acelerar a análise, há um amplo debate, que pode levar bastante tempo. Isso pode frustrar os planos de aliados de Nikolas. Na Câmara, após conquistar os apoios necessários e apresentar a proposta, a discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa é a primeira etapa do caminho até a aprovação.
Com ferro e fogo – Numa entrevista a este blogueiro, na última segunda-feira, o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força (SP), não apenas atacou o Governo Lula, ao qual se referiu sem nenhuma ação consistente, como pediu a cabeça do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. E por fim, foi o primeiro parlamentar da base lulista a ferir com ferro e brasa a primeira-dama Janja. “Toda mulher dá palpites, mas a do presidente fala demais”. Tira ministro, põe ministro, acho que o papel dela está um pouco exagerado”, afirmou, para irritação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A versão do autor – Na entrevista que concedeu, ontem, ao Frente a Frente, o deputado Eros Biondini (PL-MG) rechaçou a versão de que sua PEC de redução da idade para disputar os cargos de presidente e senador seja casuística. “Não há nada de casuístico. Trata-se de uma PEC justa e reparadora. No Brasil, o cenário atual ainda limita a representatividade jovem em cargos decisórios, o que pode causar um distanciamento entre os representantes eleitos e as demandas das novas gerações “, disse. Acredite se quiser!
Inspiração na filha – Eros Biondini é pai de Chiara Biondini, deputada estadual por Minas Gerais, considerada a mais jovem eleita no País para um parlamento estadual. Quando concorreu, em 2022, ela tinha 20 anos, e tomou posse no dia em que completou 21. Enquanto seus colegas assumiram o mandato em 1º de fevereiro de 2023, Chiara esperou o dia 22, já que é permitido pelo Regimento Interno da Assembleia mineira que a posse ocorra em até 30 dias a partir da primeira reunião da Casa. Chiara já foi citada pelo pai como inspiração para a mudança proposta.
Consenso – O consenso para a eleição da nova diretoria da Amupe foi definido ontem após intensas articulações em Brasília, resultando na recondução de Marcelo Gouveia à presidência e na escolha do prefeito de Aliança e aliado de Eduardo da Fonte, Pedro Freitas, como vice. No entanto, Gouveia deverá deixar o cargo em abril para disputar um mandato de deputado federal em 2026, passando o comando da entidade ao vice. Desta forma, Freitas assumirá também o processo eleitoral de 2026. A chapa contará, ainda, com a prefeita de Igarassu, Professora Elcione, o prefeito de Panelas, Ruben Lima, que assumirá a tesouraria, e Márcia Conrado, prefeita de Serra Talhada, à frente da Secretaria da Mulher da Amupe.
CURTAS
PRESSÃO – O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, aproveitou a presença de milhares de prefeitos, ontem, em Brasília, para pressionar o Congresso a colocar entre as pautas de urgência a aprovação da PEC da Sustentabilidade Fiscal, que prevê o parcelamento especial das dívidas dos municípios junto ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e aos respectivos Regimes Próprios da Previdência Social (RPPS).
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS – Outra urgência é a aprovação do PLP 141/2024, essencial para os municípios que possuem Organizações Sociais da Sociedade Civil (OSs). A proposta sugere alterações na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para retirar esse tipo de cooperação dos gastos com pessoal a fim de viabilizar a gestão em cidades com esse perfil de colaboração. Três mil municípios que têm esse tipo de convênio terão problemas com a LRF.
ÓCIO – O deputado Waldemar Borges (PSB) disse que está ocioso na Alepe como parlamentar de oposição à governadora Raquel Lyra, porque os próprios aliados da gestora fazem as críticas ao governo dela. Ele se referiu ao discurso de Izaias Régis, que cobrou a construção do Hospital Mestre Dominguinhos.
Perguntar não ofende: Janja manda no Governo, como sugere o deputado Paulinho da Força, presidente do Solidariedade?
Quem vê essa pessoa tão sorridente na foto acima, não imagina o que ela passou ao longo da vida. Vera Lúcia da Silva, 62, viveu uma experiência muito comum às meninas de sua geração, principalmente aquelas que passaram a infância na Zona da Mata, cuja jornada no corte da cana começava cedo, para engordar o orçamento da família.
No caso de Vera, ela preferiu o emprego doméstico, ao invés da enxada. Aos doze já trabalhava em casa de família no município onde nasceu, Sirinhaém, localizado a 75 quilômetros do Recife. Dois anos depois, veio morar e trabalhar na capital pernambucana, onde viveu décadas de invisibilidade e humilhações, agora relatadas em livro, que será lançado na tarde da sexta-feira (14/2), na Livraria O Jardim, no bairro da Boa Vista.
Entre os relatos, há destaque para privação alimentar, acidentes de trabalho, práticas racistas e até violências sexuais, praticadas por patrões. Atualmente aposentada e morando na periferia da capital pernambucana, Vera acaba de contar sua experiência em “Espanador não limpa poeira”, que já está disponível para pré-venda. O exemplar, publicado pelo Selo Mirada, custa R$ 55. E pode ser adquirido via Pix, no endereço espanador2024@gmail.com.
Vera nasceu no Engenho Palma, na Zona da Mata Sul, região conhecida pelo abismo social então existente entre lavradores (canavieiros) e donos da terra (senhores de engenho e usineiros). Ela começou a trabalhar como empregada doméstica ainda criança. Aos 14, deixou o interior e se mudou para o Recife, carregando nas malas o peso da exploração e das condições precárias do trabalho em casas de família da região. Mas os abusos persistiram na cidade grande.
Ao longo dos anos, Vera enfrentou humilhações, falta de direitos, acusações injustas e preconceito por ser mulher e de origem humilde. Viveu situações desumanas, como ser forçada a comer sobras de comida estragada ou ser impedida de usar os banheiros da casa em que trabalhava — sendo direcionada a instalações precárias — no fundo do quintal, até mesmo durante as madrugadas.
Mãe solo aos 19 anos, tem um filho e duas filhas. O rapaz, Carlos (42), fez o ensino médio e trabalha em construção civil. Já as moças possuem nível universitário: Cristiana (39) é doutora em Medicina Veterinária; e Karla Cristina (37) é técnica de enfermagem e formada em Química.
Além deles, Vera criou mais três que não são filhos biológicos e estão adultos: Gustavo (31), Camila Roberta (29) e Ana Paula (31). E a mulher que começou como empregada e se tornou escritora, dedicou sua vida a proporcionar um futuro melhor para a prole. Sempre disse aos filhos: ‘Meu trabalho é digno, mas vocês precisam estudar para não passarem pelas dificuldades que eu enfrentei’”.
Nos anos 1990, ela trabalhou na na Biblioteca do Centro de Filosofia e Ciências Humanas – CFCH, no campus da Universidade Federal de Pernambuco, limpando livros. Dedicada, chamou atenção da professora Silke Weber, que a convidou para limpar sua sala de trabalho, no 12º andar, onde aconteciam as atividades do Programa de Pós-graduação em Sociologia.
Foi ali que os caminhos se cruzaram pela primeira vez com Wedna Galindo, docente do Departamento de Psicologia da UFPE, que se tornaria sua parceira e coautora no projeto do livro. Enquanto realizava seu trabalho, Vera chamou a atenção de Wedna pelo cuidado com que manuseava as obras e pela curiosidade com os títulos.
Logo, a vida de Vera foi chamando atenção de Wedna. “A cada conversa, percebia que, mesmo sem ser plenamente consciente, ela estava refletindo criticamente sobre sua própria trajetória e as condições de trabalho que vivenciava”, explica a professora. “A produção do livro foi, de fato, uma proposta que surgiu dela mesma.
O meu papel foi sempre o de respeitar o desejo de Vera. Eu enxerguei naquele desejo uma grande potência, um potencial transformador, que, se bem conduzido, poderia ganhar vida própria”, concluiu a coautora. Wedna é Doutora em Psicologia pela Universidade Católica de Pernambuco. E tem um extenso histórico de trabalhos com movimentos sociais e projetos voltados para a valorização da memória de grupos que vivem na invisibilidade.
“Espanador não limpa poeira“, tem 96 páginas, está dividida em cinco partes, que abordam desde sua infância até reflexões sobre dignidade e respeito no trabalho doméstico. O título do livro foi inspirado em sua primeira experiência de trabalho, quando foi injustamente acusada de não limpar os móveis, sem saber que o espanador apenas espalhava a poeira. Reflete Vera:
“O título “Espanador não limpa poeira” é mais que uma lembrança, é uma metáfora para como sempre fomos tratadas: invisíveis e desvalorizadas”.
A Igreja das Fronteiras, no Recife, será palco do evento Música na Igreja no próximo domingo (16), às 9h, em homenagem aos 116 anos de nascimento de Dom Helder Câmara. A celebração contará com a apresentação da Orquestra Riviera do Recife, proporcionando um momento de reflexão e música para lembrar o legado do arcebispo, reconhecido por sua atuação em defesa dos direitos humanos e da justiça social. O evento é promovido pelo Instituto Dom Helder Câmara (IDHeC) e conta com apoio da Prefeitura do Recife e da Secretaria de Turismo e Lazer.
O deputado federal Coronel Meira (PL-PE) participou, ontem (11), de uma audiência com Pedro Vaca Villarreal, relator especial para a liberdade de expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão vinculado à Organização dos Estados Americanos (OEA). Durante o encontro, o parlamentar denunciou supostos abusos e perseguições políticas enfrentadas por cidadãos brasileiros.
A audiência fez parte da visita oficial da CIDH ao Brasil, onde a comitiva tem se reunido com diversas autoridades e setores da sociedade para apurar denúncias de violações à liberdade de expressão, censura e prisões arbitrárias. Segundo Meira, o encontro foi uma oportunidade para relatar casos que, segundo ele, demonstram a necessidade de garantir a imparcialidade do órgão na análise da situação brasileira. “Foram feitos relatos dramáticos, pedidos de socorro e, principalmente, um apelo para que o Sr. Pedro Vaca seja imparcial”, afirmou o deputado.
Entre os participantes da audiência estava a filha do jornalista Oswaldo Eustáquio, acompanhada de seu advogado, que relatou restrições impostas à sua família, como bloqueio de contas bancárias e retenção de passaportes, por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Também estiveram presentes os deputados Marcel Van Hattem (NOVO-RS), os advogados Paulo Faria, Ricardo Vasconcellos e Carolina Siebra, além do desembargador Sebastião Coelho.
A Prefeitura de Camaragibe recebeu, nesta quarta-feira (12), um novo micro-ônibus para o transporte escolar da Rede Municipal de Ensino. O veículo, entregue pelo Governo de Pernambuco, tem capacidade para 29 estudantes e conta com ar-condicionado e cadeira especial para pessoas com deficiência. Até julho, mais dois ônibus, com capacidade para 59 alunos, serão incorporados à frota municipal.
O prefeito Diego Cabral destacou a importância do reforço no transporte escolar e a parceria com o governo estadual. “Esses novos veículos vão garantir mais conforto e segurança para os estudantes em diversas rotas do município. A educação se fortalece com investimentos como esse, e seguimos comprometidos em proporcionar um ensino de qualidade para as crianças e jovens de Camaragibe”, afirmou. O secretário de Educação, Mauro Silva, também ressaltou que um transporte seguro incentiva a frequência escolar e traz mais tranquilidade para as famílias.
O prefeito de Glória do Goitá, Jaiminho, esteve em Brasília nesta terça-feira (12) para uma série de encontros políticos durante o Encontro Nacional de Prefeitos e Prefeitas. Ao lado da governadora Raquel Lyra, ele anunciou a ampliação da frota escolar do município com a chegada de um novo ônibus, além da construção de uma creche e a instalação de uma cozinha comunitária na em Apoti.
“Estamos voltando para casa com mais um ônibus novo para atender nossos estudantes, além de importantes equipamentos que vão melhorar a vida da população. Seguimos trabalhando para resgatar nossa cidade e garantir mais qualidade de vida ao nosso povo”, destacou Jaiminho.
A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, foi reconhecida nesta quarta-feira (12), em Brasília, com o Selo Ouro da Alfabetização, concedido pelo Ministério da Educação (MEC). A premiação, entregue pelo ministro Camilo Santana, destaca o compromisso do município com a educação e a melhoria dos índices de alfabetização. O evento contou ainda com a presença do deputado federal Fernando Monteiro.
Márcia celebrou a conquista e atribuiu o reconhecimento ao trabalho coletivo da gestão municipal. “Este prêmio reforça nosso compromisso com o futuro das nossas crianças. Seguiremos transformando a educação e construindo um amanhã melhor para nossa cidade”, afirmou a prefeita.
Além da premiação, Márcia Conrado participou do Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, onde integrou um debate sobre os desafios dos primeiros 100 dias de gestão. Ao lado da presidente da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Betânia Lemos, e da prefeita de Rio Grande (RS), Darlene Pereira, discutiu a importância da capacitação de servidores municipais para garantir eficiência na administração pública.
Durante o debate, a prefeita também abordou a presença feminina nos espaços de poder e a necessidade de combater a violência política de gênero. “As mulheres ainda enfrentam desafios para ocupar cargos de liderança, mas seguimos firmes, mostrando que nossa capacidade e determinação são maiores do que qualquer obstáculo”, destacou Márcia.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) aprovou, em assembleia realizada na segunda-feira (10), a pauta de reivindicações da Campanha Salarial Educacional 2025. Com a presença de cerca de 300 profissionais da educação, a categoria definiu 33 itens prioritários, incluindo a atualização do Piso Salarial Nacional do Magistério, reajuste de 6,27% para todos os servidores da Secretaria de Educação do Estado e um acréscimo de 50% para profissionais com licenciatura ou ensino superior. Além disso, o sindicato pede que o piso de nível médio seja equivalente a 75% do valor do magistério.
Entre as principais demandas, está a convocação imediata dos 1.776 aprovados no concurso público de 2022 para professores, além de todos os classificados para cargos administrativos, analistas e educadores especializados. A categoria também reivindica a reformulação do Plano de Cargos, Carreira e Rendimentos (PCCR), ampliação da carga horária para administrativos e ajustes em benefícios, como pagamento de férias para recém-nomeados.
O Sintepe reforçou a necessidade de melhorias estruturais nas escolas, combate ao assédio moral e a inclusão do ensino de Língua Espanhola no currículo da rede estadual. “Valorizando os trabalhadores da educação, estamos garantindo uma escola pública de qualidade para os estudantes”, afirmou Ivete Caetano, presidenta do sindicato. O documento com as reivindicações foi encaminhado ao governo estadual, dando início às negociações da campanha salarial deste ano.