MDB oficializa candidatura de Nunes à Prefeitura de São Paulo

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) confirmou, neste sábado (3), a sua candidatura à Prefeitura de São Paulo, em uma tentativa de se reeleger. A candidatura foi confirmada durante convenção do seu partido, realizada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

A cerimônia contou com  a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Michele Bolsonaro, o ex-presidente Michel Temer, Gilberto Kassab (PSD), Valdemar Costa Neto, presidente do PL, além de lideranças locais e pré-candidatos a vereador.

Durante o evento, o prefeito teceu críticas ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), um de seus principais adversários na disputa eleitoral. “Apesar das nossas diferenças, o que nos une é o perigo que o PSOL representa para nossa cidade, contra o povo de São Paulo, a quinta maior metrópole do mundo. O que nos unes, acima de qualquer diferença, é a ameaça de ver a figura, como Guilherme Boulos, de ser prefeito de São Paulo, o mesmo Boulos que estava invadindo o Ministério da Fazenda, depredando a Fiesp, que estava boicotando a Copa do Mundo, boicotando nossa seleção e próprio país. A gente não quer isso. Queremos trabalho, habitação, educação. A gente quer paz e desenvolvimento”, declarou.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) também discursou e enfatizou que Nunes pode contar com o seu apoio. “É um privilégio trabalhar com uma pessoa com coração tão grande, que trabalha de domingo a domingo, que conhece cada canto dessa cidade. Como tem sido bom trabalhar com Ricardo Nunes. Não há como fazer transformação se não tiver a parceira do governo do estado com a prefeitura. Temos 12 partidos juntos”, disse o governador.

Já o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) destacou, em seu discurso, a indicação do vice-prefeito na chapa de Nunes, o ex-coronel da PM Ricardo de Mello Araújo.

“Ricardo Nunes é nosso nome em São Paulo. Nós não fazemos nada sozinhos. O nosso partido teve a essência que indicássemos o nome para vice, que é o prezado coronel Mello Araújo. Além da passagem na segurança, ele foi testado no Ceagesp. Quando ele chegou, lá era uma cidade onde tudo de errado acontecia. Fez um trabalho fantástico. Ele vai estar, se Deus quiser, eleito junto com o prefeito para melhor ajudar na condução do trabalho que o Nunes vem fazendo”.

Da Carta Capital

O candidato a prefeito de Moreno, Heitor de Enoque, afirmou durante entrevista ao jornalista Ricardo Dantas Barreto, do Diário de Pernambuco, que está “preparado para transformar” o município. “Vamos administrar Moreno, que atualmente está devastada. A saúde vive um verdadeiro caos, não funciona. Falta medicamentos, o número de médicos é insuficiente, sem falar da necessidade urgente de se construir uma maternidade, e esse é o nosso compromisso”, disse.

Ao lado de sua candidata a vice, Irmã Karina, que é enfermeira, Heitor ressaltou que – se eleito -, o hospital/maternidade que pretende construir prestará serviços de urgência, emergência e ambulatorial, além de várias especialidades.

Por sua vez, Karina, que é mãe atípica, destacou a necessidade de atendimentos para as pessoas que necessitam de uma atenção especial. “Infelizmente, as pessoas com deficiência em Moreno não contam com um tratamento  especializado, com uma equipe multidisciplinar, que é essencial para a evolução do tratamento. Mas temos o projeto de construir um Centro de Referência em tratamento especializado para pessoas com deficiência em Moreno. Precisamos garantir esse direito a essa parcela da população”, pontuou

Milhares de venezuelanos saíram às ruas neste sábado (3), em protesto contra o que consideram ser a reeleição fraudulenta do presidente Nicolás Maduro. A líder da oposição, María Corina Machado, que estava escondida por temer pela sua vida, juntou-se aos protestos em Caracas. Maduro também convocou uma manifestação de apoiadores e acusou a oposição de planejar um ataque nas ruas.

María Corina foi recebida na manifestação de rejeição dos resultados oficiais das eleições presidenciais com gritos de “liberdade” pelos milhares de participantes. 

A autoridade eleitoral venezuelana, vista por críticos como parcial ao partido socialista da situação, proclamou Nicolás Maduro como vencedor da eleição do último domingo (28), ao contabilizar que ele teve 51% dos votos contra 46% do candidato da oposição, Edmundo González. A entidade reafirmou uma margem similar na sexta-feira (2).

O resultado eleitoral motivou alegações generalizadas de fraude e diversos protestos, que foram combatidos pelas forças de segurança do governo Maduro, que os classificou como parte de uma tentativa de golpe de Estado patrocinada pelos Estados Unidos.

Até agora, pelo menos 20 pessoas foram mortas nos protestos depois da eleição, de acordo com o grupo de defesa de direitos Human Rights Watch. Outras 1,2 mil foram presas em conexão com as manifestações, segundo o governo.

Da Agência Brasil

O grupo Sal e Brasa inaugurou a sua mais nova churrascaria no Recife: a Sal e Brasa Jardins. Localizada no bairro das Graças, Zona Norte da capital pernambucana, a unidade promete trazer o melhor do rodízio de carnes nobres para um dos locais mais aconchegantes da cidade, com um ambiente mais sofisticado.

Confira o vídeo:

Do Blog Cenário

Durante convenção que homologou os nomes de Daniel Coelho (PSD) e Mariana Melo (PSDB) para a Prefeitura do Recife, a governadora Raquel Lyra (PSDB) fez um discurso que durou cerca de 25 minutos, com a maioria do tempo se atendo aos detalhes da vida dela, quando entrou na política, os desafios enfrentados no Governo do Estado e os feitos da sua gestão ao longo de 1 ano e 8 meses.

“Um dos maiores problemas do Recife é o direito de ir e vir da população, e não se pode fazer isso sozinho. O Governo de Pernambuco tem feito sua parte e nós vamos continuar fazendo. Os desafios são extraordinários, mas o poeta disse que o que a gente precisa é de fé e de coragem. E fé e coragem é aquilo que todo dia a gente se alimenta da capacidade de resiliência dos guerreiros e guerreiras de Pernambuco e do Recife, que se acordam todo dia de manhã bem cedo e vão dormir bem tarde, sem saber se vão ter água na torneira, se vão ter alimento para poder dar aos seus filhos” disse, emendando o assunto nas cozinhas comunitárias e no programa Mães de Pernambuco.

A mesma estratégia também foi usada em Olinda, quando, ao fortalecer o nome de Mirella Almeida (PSD), a governadora também usou a maior parte do discurso para falar do seu governo. Sobre Daniel Coelho, a tucana enalteceu o currículo do colega e o trabalho conjunto do seu grupo político.

“Eu não tenho dúvida, Daniel, da sua capacidade de trabalho. Daniel foi vereador, deputado estadual, deputado federal, foi candidato a prefeito do Recife, foi nosso secretário de Turismo, que entregou muito para Pernambuco, quando a gente compreendeu que o lugar não pode ser bom para o turista ir, se não for bom para a população viver”, disse. “A gente ‘tá’ fazendo de um jeito certo, a gente faz política de um jeito diferente. Daniel, Mariana, vocês são a dupla perfeita para poder governar a nossa cidade do Recife. No nosso time, todo mundo trabalha junto. O problema de um é o problema de todos, todo mundo junto busca a solução”, completou.

Será realizada nesta segunda-feira (5), no Supremo Tribunal Federal (STF), a primeira reunião da comissão especial de conciliação designada pelo ministro Gilmar Mendes para tratar das ações que envolvem o marco temporal para demarcação de terras indígenas. 

O encontro será realizado de forma híbrida (presencial e por Zoom) na sala de sessões da Segunda Turma do STF, às 14h. A previsão é de que os trabalhos estejam concluídos até 18 de dezembro deste ano.

A comissão será formada por seis representantes indicados pela Articulação dos Povos Indígenas (Apib), seis pelo Congresso Nacional, quatro pelo governo federal, dois dos estados e um dos municípios. Cada um dos autores das ações também poderá indicar um representante. O objetivo é que as negociações contem com a participação de representantes de diversos setores da sociedade, garantindo que todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas.

Segundo o ministro, a comissão abre um novo capítulo no tratamento das controvérsias entre indígenas e não indígenas envolvendo interesses jurídicos, sociais, políticos e econômicos. Ele considera que o tema necessita de uma abordagem colaborativa e dialógica, reunindo todos os atores sociais e institucionais para a construção de soluções duradouras e pacíficas entre os interessados.

Em abril, o ministro Gilmar Mendes determinou a suspensão de todos os processos judiciais que discutam a questão. Na decisão, ele reconheceu aparente conflito entre possíveis interpretações da Lei 14.701/2023 e as balizas fixadas pelo STF no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 1017365, o que poderia gerar insegurança jurídica.

Entenda a questão

Segundo a tese do marco temporal, os povos indígenas teriam direito de ocupar apenas as terras que ocupavam ou já disputavam na data de promulgação da Constituição de 1988. Em setembro de 2023, o STF decidiu que a data não pode ser utilizada para definir a ocupação tradicional da terra pelas comunidades indígenas.

Em dezembro, antes de a decisão do STF ser publicada, o Congresso Nacional editou a Lei 14.701/2023 e restabeleceu o marco temporal. Desde então, foram apresentadas quatro ações questionando a validade da lei e uma pedindo que o STF declare sua constitucionalidade.

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

A governadora Raquel Lyra (PSDB) esteve na convenção do PSD, na manhã deste sábado, que oficializou o nome de Daniel Coelho como candidato a prefeito do Recife. Na ocasião, ela comentou a decisão do PDT de não subir no palanque de Daniel. Raquel disse que não ficou contrariada com o fato.

“Contrariada?! De forma alguma! A gente tem muita clareza e estratégia do time que a gente tem e para nós, é seguir em frente e garantir a nossa conversa como sempre foi, olho no olho, no chão com as pessoas de Pernambuco, com as pessoas do Recife. Assim, a gente vai continuar fazendo também”, garantiu.

Questionada sobre como ficará a relação com a legenda, ela preferiu não responder. “Isso é coisa para outro dia. Vamos celebrar a homologação da candidatura de Daniel”, disse.

O PDT faz parte da gestão Raquel Lyra e integra a Secretaria de Criança e Juventude, com Ismênio Bezerra. Por isso, havia a expectativa de que o partido apoiasse Daniel Coelho no Recife, embora a vice-prefeita de João Campos (PSB), Isabella de Roldão seja do PDT.

Após a convenção, Daniel Coelho também comentou o assunto, em entrevista coletiva. Para ele, a neutralidade do PDT foi uma derrota para João Campos.

“O PDT está na vice (de João) e ninguém esperava que a atual vice (Isabella) não apoiasse o prefeito. Foi uma grande derrota deles. Eles não acreditaram que uma mulher pudesse liderar o Recife”, enfatizou Daniel.

Ele ainda disse que não perdeu o apoio da legenda porque foi algo que nunca teve. “O PDT nunca nos apoiou, então não se perde o que não se tem. Uma coisa é o Governo do Estado e outra é eleição. Essa neutralidade foi uma resposta dura para eles (o grupo de João)”, enfatizou.

O evento realizado na noite de ontem, em Floresta, que comemorou o aniversário do conselheiro do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), Rodrigo Novaes, despertou a ira em alguns políticos locais que integram a oposição. 

A festividade, que reuniu pré-candidatos a vereador e prefeito de Floresta, foi regada a muitos discursos e promessas para a população florestana presente, com intuito de angariar votos.

Em texto enviado ao blog, a oposição afirmou que o papel do conselheiro “difere do político, ou seja: não cabe ao cargo ficar atuando como líder que tem predileção por grupos políticos”.

Confira um trecho do discurso de Rodrigo:

O ministro Cristiano Zanin completa seu primeiro ano no Supremo Tribunal Federal (STF) neste sábado (3). Natural de Piracicaba (SP) e indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu a vaga deixada pela aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski. Em seu primeiro ano, destacou-se por relatar casos importantes, como a desoneração da folha de pagamentos e o uso de ferramentas de monitoramento de conteúdos pessoais.

A estreia do ministro no Plenário do STF ocorreu no julgamento das ações sobre a implantação da figura do juiz das garantias no processo penal. Como recém-chegado, foi o primeiro a votar e considerou que a mudança deveria ser obrigatória e urgente em todo o país. Como relator, Zanin é responsável por processos de destaque, como a desoneração da folha de pagamento de funcionários de 17 setores da economia, discutida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7633.

Monitoramento

Em junho de 2024, o ministro promoveu um amplo debate sobre o uso de ferramentas de monitoramento secreto pessoal. A audiência pública discutiu a necessidade, os limites e as regulamentações para esse tipo de monitoramento.

Mulheres na PM

O ministro Cristiano Zanin também relatou ações contra a restrição do acesso de mulheres aos quadros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros em vários estados e no Distrito Federal. Nas ADIs 7487, 7492, 7483 e 7433, ele destacou a invalidade de regras que limitam a participação de mulheres em concursos públicos para as forças de segurança.

CACs

Em decisões sobre porte de armas e acesso a material bélico por colecionadores, atiradores desportivos e caçadores, Zanin afirmou que apenas a União pode legislar sobre o assunto. Uma dessas decisões foi contra uma lei do Paraná que facilitava o porte de armas.

Vacina obrigatória

O ministro também suspendeu decretos de municípios de Santa Catarina que dispensavam a exigência de vacinação contra covid-19 para confirmar matrículas em escolas públicas. A decisão levou em conta a garantia da segurança sanitária em ambiente escolar.

Apreensão de adolescentes

O ministro conduziu audiência de conciliação em ações contra decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que impediu a apreensão dos menores em conflito com a lei. Ao final, foi acordada a apresentação de um plano de ação sobre abordagem, apreensão e recolhimento desses adolescentes.

Liberdade de expressão

Considerando que houve obstrução ao trabalho da imprensa e restrição à liberdade de expressão, Zanin derrubou decisão da Justiça do Maranhão que determinou a retirada de conteúdo e retratação do jornal Estado de São Paulo. A decisão é de dezembro de 2023 na Reclamação (RCL) 64369.

Coaf

O ministro validou o compartilhamento de dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sem autorização judicial prévia, para fins de investigação policial. A decisão foi tomada em novembro de 2023, na RCL 61944, e confirmada pela Primeira Turma, contra entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que não atribuía à polícia esse poder.

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

Durante coletiva de imprensa após a convenção do PSD, na manhã deste sábado, o candidato do grupo, Daniel Coelho, acusou o prefeito do Recife, João Campos (PSB), de abuso de poder econômico no uso das redes sociais.

“Toda vez que você ver os milhões de likes do prefeito é bom lembrar que foram pagos com dinheiro público e de forma completamente irregular. Para mim, isso é um caso grave caso de abuso de poder econômico”, afirmou.

Confira o vídeo.

O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto (PSDB), emitiu uma nota de repúdio ao  cerceamento da função parlamentar de fiscalizar equipamentos públicos, cometido por funcionário da Prefeitura de Serra Talhada contra o deputado estadual Luciano Duque. 

Na sexta-feira (2), ao tentar visitar a Estação Cidadania, centro público de prática esportiva localizado no bairro da Cohab, o parlamentar foi impedido de acessar o local por um servidor do município. Além disso, vídeos com imagens do deputado se posicionando contra a proibição foram divulgados com intenção de manchar o trabalho e a imagem de Duque.

Nota de repúdio 

Com a tentativa de impedir o trabalho do deputado estadual Luciano Duque, a Prefeitura de Serra Talhada fere frontalmente a função fiscalizadora, inerente à atividade parlamentar. 

Por consequência, a conduta, que se configura abuso de poder, também desrespeita a Assembleia Legislativa de Pernambuco. 

É inaceitável que questões de ordem eleitoreira alimentem o autoritarismo, resgatando práticas coronelistas, como bem definiu Duque na nota que fez para esclarecer os fatos. 

Não se pode admitir que o deputado, representante eleito pelo povo de Serra Talhada, seja impedido de visitar qualquer órgão ou equipamento público.

A Assembleia está solidária a Luciano Duque e se coloca à disposição para acionar todos os meios legais cabíveis.

Álvaro Porto, presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco

Por Hylda Cavalcanti*

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em parceria com a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e outras 11 entidades vinculadas ao jornalismo profissional, lança na próxima terça-feira (6), em Brasília, campanha para colaborar com o combate à desinformação nas eleições municipais. Apesar de iniciativas semelhantes já terem sido feitas anteriormente, a de agora é específica para o período eleitoral deste ano. 

Conforme os coordenadores do projeto, que tem como lema “Jornalismo é confiável, fala nossa língua, protege da desinformação e fortalece a democracia”, a campanha usa linguagem regional para engajar os eleitores. O lançamento será marcado pela divulgação de dois playbooks, desenvolvidos pela Aner e pelo Tribunal, com informações sobre o processo eleitoral. Um deles tem como público-alvo os eleitores, o outro é destinado aos jornalistas.

Jornalismo sério

“Não há democracia forte sem Judiciário independente e sem imprensa livre. A liberdade humana constrói-se na modernidade, com a cidadania presente em eleições nas quais é escolhido aquele que representa cada e todos os cidadãos em processo lícito, transparente e seguro. Para garantir a liberdade, há juízes assegurando a licitude e a lisura do pleito eleitoral e o direito dos eleitores e dos candidatos. E há jornalistas responsabilizando-se pela veracidade de fatos e atos sobre os quais incidem as escolhas cívicas”, afirmou a ministra Cármen Lúcia.

Checagem

“O jornalismo profissional, que se vale do princípio do contraditório, que ouve as partes envolvidas e checa as informações, é o único remédio para combater a mentira”, destacou também a diretora-executiva da Aner, Regina Bucco. “Para a Aner, participar desse movimento é um momento histórico, necessário e urgente, por conta das eleições que estão chegando”, acrescentou ela.

*Repórter de O Poder

Chegando a um ano e oito meses à frente do Planalto pela terceira vez, o presidente Lula (PT) registra uma avaliação semelhante à de seu antecessor e principal rival, Jair Bolsonaro (PL), à mesma altura do mandato. O petista é aprovado por 35%, reprovado por 33% e considerado regular por 30%.

É o que aponta nova pesquisa do Datafolha, que ouviu 2.040 pessoas com 16 anos ou mais em 146 municípios brasileiros, de 29 a 31 de julho. A margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou menos.

O resultado reflete em grande parte o cenário vivido pelo ex-presidente ao longo de seu mandato, de extrema polarização no eleitorado —restando às pessoas no meio do caminho, os que avaliam os governos como regular, serem os fiéis da balança em cálculos políticos e eleitorais.

Num ponto semelhante de seus quatro anos na Presidência, Bolsonaro registrava 37% de ótimo e bom, 34% de ruim e péssimo, e 27%, de regular. Considerando a margem de erro, a cisão em três do país dos anos do capitão reformando se espelha agora.

A comparação com o segundo mandato de Lula no poder, iniciado em 2007 e encerrado no fim de 2010, traz diferenças marcantes. O mandatário ostentava aprovação de 64%, enquanto apenas 8% o consideravam ruim ou péssimo. Já a coluna do meio, do regular, tinha patamar semelhante ao atual: 28%.

O cenário é de estabilidade para Lula ante a mais recente aferição do Datafolha, de 4 a 13 de junho. Ali, o petista marcava 36% de ótimo e bom, ante 31% de ruim e péssimo e 31%, de regular.

Como se vê, há uma oscilação na margem desfavorável ao presidente, que na rodada anterior havia visto a curva em seu favor, mas convém esperar mais uma rodada para tirar conclusões de tendência.

No período entre os dois levantamentos, houve um relativo hiato em termos de notícias políticas. O principal tropeço de Lula, em relação à crise na Venezuela, ocorreu quando os pesquisadores já estavam na rua, então a percepção pode ter sido afetada. Ademais, política externa não é exatamente um tema que dê ou tire apoio a presidente brasileiro no grosso da população.

A piora da situação econômica, com a disparada do dólar, ainda não se fez sentir porque o impacto inflacionário não é imediato. Assim, há estabilidade quando o Datafolha questiona os entrevistados acerca do tema, em relação à rodada anterior.

Acreditam que a economia piorou 42%, mas apenas 24% têm a mesma avaliação sobre sua situação pessoal. Na mesma linha, 29% veem o cenário geral igual, ante 46% que acham isso de sua vida financeira. Por fim, creem que as coisas estão melhores para o país 26%, número semelhante daqueles que acham isso de forma particular (29%).

Em relação às expectativas, creem que o Brasil viverá um cenário econômico melhor 41%, ante 28% que acham que ele será negativo e 25%, igual ao atual. No campo pessoal, os dados são diferentes: 58% esperam uma vida melhor, 29%, semelhante, e 11%, pior no futuro.

Quando é feita uma análise estratificada dos números, há uma grande semelhança no quadro geral com o que se observa no Brasil desde que Lula voltou ao poder, em janeiro de 2023.

Ele tem melhor aprovação entre os nordestinos (49% de ótimo/bom), os menos escolarizados (47%), quem tem de 45 a 59 anos (42%) e os mais pobres, que ganham menos de dois salários mínimos por mês (42%).

Seus números são piores entre grupos já usualmente associados à rejeição do petista e simpáticos ao bolsonarismo. Seu ruim/péssimo chega a 47% na classe média ao estilo brasileiro que ganha de 5 a 10 mínimos, 46% entre quem leva para casa todo mês 10 mínimos, 43% no grupo com diploma superior, 41% nos mais bolsonaristas evangélicos, 40% no Centro-Oeste e 39%, no populoso Sudeste.

No geral, acreditam que a vida está melhor depois da posse de Lula, que derrotou Bolsonaro em 2022, 26% das pessoas ouvidas. Veem o cenário pior um contingente semelhante, 23%, enquanto a acomodação do “está igual” impera com 51% das menções.

Da Folha de São Paulo.

O Partido Progressistas (PP) confirmou hoje a candidatura do Advogado Márcio Botelho à Prefeitura de Olinda. Ele terá como vice-prefeita Priscila Agra, também do PP. A definição foi formalizada durante uma convenção realizada no Manny Deck, no bairro do Carmo.

O deputado federal e presidente estadual do PP, Eduardo da Fonte, e o deputado federal Lula da Fonte discursaram em apoio à Botelho e o convidaram para assinar um termo de compromisso com as crianças autistas. “Ao assinar esse termo de compromisso, a partir do dia 1º de janeiro, Olinda terá um olhar diferente para as famílias de crianças autistas. Abrindo centros de saúde com especialidades para o tratamento”, destacou Eduardo da Fonte.

Formado em Direito, Márcio Botelho já foi vice-prefeito de Olinda por duas vezes. Em 2023, ele rompeu com a atual gestão por não compactuar com as condutas. “Eu não podia seguir um caminho que tivesse deixado de estar alinhado com os valores que carrego comigo desde a minha infância. Rompi porque não posso compactuar com práticas que traem a confiança do povo olindense. Eu acredito em uma gestão ética, transparente e comprometida com o progresso social”, completou ele.

VENEZUELA, choramos por ela. Domingo brilharam, nas telas, os Jogos Olímpicos. Em Paris, depois do Recife, talvez, a mais bela cidade do mundo. Que só é o que é, bom lembrar, graças às relações entre um visionário ‒ o Barão Haussmann, prefeito do Sena, que redesenhou a cidade; com o apoio de Napoleão III (sobrinho do Bonaparte), eleito presidente em 1848 e depois ditador (em 1850) até 1870 ‒ quando foi para o exílio, em Chiselhurst, para morrer em 1873. Um estranho casamento entre o sonho e as baionetas.

Com a dupla, nasceram os grandes bosques (de Boulogne, de Vincennes), as Tuileries, o Palais Royal, as Gares (estações) de Trem (Lyon, du Nord), a Ópera Garnier, o Ettoile, hoje Place Charles de Gaulle (para onde convergem 12 avenidas). Houssmann desenhou ainda jardins e grandes avenidas, feitas pela demolição de quarteirões inteiros, de um lado a outro da cidade. Sem pagar nada. Segundo se conta, sitiando o Museu do Louvre, havia 22 mil mocambos, derrubados e queimados em um único dia. Difícil fazer isso tudo numa Democracia, pois é…

Pena que, na transmissão, o pessoal da televisão tenha perdido a chance de nos informar direito. “Enfants de la Patrie”, senhores, como está no hino da França, não é “juventude da pátria”, mas “meninos de rua”. “Ça irá” (isso vai), faltou dizer, era o hino dos revolucionários franceses, depois substituído pela Marselhesa. “Flutua, não afunda” (Fluctuat nec Mergitur) é o lema de Paris. “Bel Ami”, nome do barco do Brasil, também poderiam ter dito, é título do talvez mais famoso romance de Guy de Maupassant; com o personagem central, Georges Durox, um pobre sub-oficial da cavalaria nas colônias da França na África, subindo na vida por meios escusos – o que, para o ministro Marcelo Navarro (STJ), poderia ser inspiração para homens públicos e ditadores no mundo inteiro.

E já que de ditador falamos, afinal, chegamos na Venezuela. Que sobrevive, importante lembrar, apenas graças ao apoio financeiro dos Estados Unidos. Que, depois da guerra da Ucrânia, deixou de comprar petróleo à Rússia, e passou a ser cliente do país sul-americano (5,5 milhões de barris, só ano passado). São esses dólares de Biden que dão sobrevida a Maduro, o que torna falsa a indignação do presidente americano.

Domingo, como vimos, foi também dia de eleição na Venezuela. Razão pela qual me arrisco a falar de outros personagens de nossa vida pública. Como aquele em Brasília, conhecido como Cego (Celso) Amorim que, representando o governo brasileiro, disse “a Democracia (da Venezuela) está consolidada”. O estômago embrulha, perdão.

Também dói ver “Nota Oficial” da Executiva Nacional do PT exaltando “o processo eleitoral que foi democrático e pacífico”. Ainda, “Maduro dialoga com a oposição”. É demais. Pensando bem, trata-se de algo até natural para um partido que não votou em Tancredo (e até expulsou dois de seus membros que o fizeram – a atriz Beth Mendes e o amigo Airton Soares), votou contra a Constituição de 1988, votou contra o Plano Real, votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, por aí vai. Antes que me esqueça, o MST também já manifestou seu apoio a Maduro.

Ainda é ruim ver nossa primeira-dama fazer turismo, à custa dos impostos que pagamos, junto à enorme comitiva. Não nos faz bem. Fosse pouco, em evento na “Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, ainda teve a coragem de dizer que seu marido, neste governo, já tirou “24 milhões de brasileiros da pobreza absoluta”. Como, senhora? De onde veio isso? Onde?

Por fim, e também, ver nosso presidente posar de oráculo, infalível, como se estivesse acima do bem e do mal; ou como se seus depoimentos, nesse campo, fossem algo decente. É constrangedor. “Não há nada de grave, de anormal, na eleição da Venezuela. É um processo normal e tranquilo”, diz com pompa infantil ‒ esquecendo que, só até terça, já tivemos 11 mortos e quase 800 presos políticos, entre eles, lideranças da oposição. E sugere, singelamente, “apresentar a ata. Se (a oposição) tiver dúvida, entra com recurso e espera na Justiça andar o processo”. É uma piada. Só pode ser. Em palavras de José Nêumanne Pinto, “Lula apodrece junto com Maduro”.

José Paulo Cavalcanti Filho
jp@jpc.com.br FILHO
Membro da Academia Brasileira de Letras