FMO - Seu futuro em boas mãos

PT Caruaru vai pautar pedido de expulsão do presidente do partido

Do Blog Cenário

A executiva municipal do Partido dos Trabalhadores em Caruaru marcou para o próximo domingo (22) uma reunião do diretório que vai pautar o pedido de expulsão contra o presidente da legenda, Leo Bulhões.

Segundo um ex-candidato a vereador pelo partido, o escritório contratado para cuidar das contas partidárias teria cometido um erro que resultou na rejeição das contas dos ex-candidatos, que receberam multa, entre outras penalidades impostas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco.

O filiado formalizou o pedido de expulsão de Leo no PT estadual, que determinou a apuração dos fatos e o encaminhamento da ação por meio do diretório municipal. O presidente já apresentou defesa e nessa nova fase, o PT Caruaru vai reunir toda a direção municipal para ouvir ambas as partes e definir o resultado final. Conforme informou uma fonte que integra a legenda, por esta mesma questão das contas de 2020, filiados entraram com ações na Justiça contra Leo e o advogado responsável pelo escritório.

O pedido de expulsão não deve prosperar, já que a maioria do grupo político de Bulhões compõe o diretório do PT Caruaru, mas de uma forma ou de outra, o fato causa um desgaste ao líder partidário que busca viabilizar seu nome para as eleições do próximo ano.

Jaboatão dos Guararapes - Novembro Azul

A advogada brasiliense Margarida Marinalva de Jesus Brito teve a sua prisão revogada nesta sexta-feira (20), pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ela foi presa no dia 27 de agosto, após se entregar na sede da Polícia Federal, em Brasília. Ela é alvo da 17ª fase da Operação Lesa Pátria, que apura os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

47 advogados foram responsáveis por subscrever o pedido de libertação da Dra. Nalva, como é conhecida. O advogado Alexandre Carvalho, primeiro a subscrever a peça, agradeceu o empenho do Conselho Federal da OAB (CFOAB) e da Seccional do Distrito Federal, mas deixou claro que foi o trabalho dele e de mais 46 advogados que resultou na liberdade de Marinalva.

No entanto, Alexandre externou que “o empenho da OAB federal e da OAB seccional foi de extrema importancia”. Os advogados trabalham desde a prisão de Marinalva para provar que a doutora atuou, desde o dia 9 de janeiro, dentro do exercício profissional e observando as prerrogativas da advocacia no apoio a pessoas que foram presas, acusadas de participarem dos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Investigação

A advogada era investigada na operação por suspeita de recolhimento de aparelhos celulares de pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos, na Praça dos Três Poderes. De acordo com a investigação da PF, ela teria se oferecido para advogar para os presos, ainda em 9 de janeiro, e recebeu os aparelhos celulares que, após isso, teriam tido informações apagadas.

Para os investigadores, essa foi a maneira encontrada pela Dra. Nalva para prejudicar a apuração. A advogada teve o mandado de prisão expedido por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Celebração

O advogado Everardo Gueiros, que está entre os que lutaram pela liberdade da Dra. Nalva, comemorou o resultado. “Com alegria, comunico a libertação da Dra. Marinalva.  Expresso minha sincera gratidão a todos os colegas advogados que contribuíram com suas assinaturas na petição e nos inúmeros abaixo-assinados.  Este acontecimento é motivo de comemoração e reflete a força da advocacia quando unida em ação conjunta”, celebrou.

Confira o vídeo publicado por Everardo:

Jaboatão dos Guararapes - Dengue e Zika

Jonnata Henrique, renomado escritor do Brejo da Madre de Deus, está prestes a representar a riqueza da cultura pernambucana em um grande evento literário em Goiás. Com um impressionante currículo que inclui mais de 200 obras coletivas publicadas, milhares de poemas, mais de 100 títulos de Literatura de Cordel e 10 livros solo, Jonnata Henrique está prestes a lançar seu décimo primeiro livro.

Este novo trabalho será lançado em Matrinchã, Goiás, no Espaço João Alves Moreira, no dia 28 de outubro, às 19h30. Neste evento, também acontecerá o lançamento de outros quatro livros de membros da Confraria Internacional de Literatura e Artes (CILA), da qual Jonnata Henrique é membro.

Os títulos que serão apresentados incluem “Sentimentos da Alma”, da professora e escritora Coracy Gina, “Explosão de Pensamentos”, do professor e escritor Luís Manoel, “Múltipla Companhia”, da professora e escritora Ogina Paula, e “Lá Pro Sertão de Goyaz”, do escritor, poeta e ativista cultural Matheus Nunes.

Neste evento, Jonnata Henrique também levará a Literatura de Cordel para as escolas de Matrinchã, onde hasteará a bandeira da Academia Caruaruense de Literatura de Cordel (ACLC), uma honra da qual se orgulha. A programação incluirá uma exposição de artes plásticas, apresentações musicais, teatro e a presença de líderes políticos e academias de letras locais e regionais.

Jonnata Henrique agradeceu a Deus pelo dom da poesia, aos amigos, familiares, e a todos os que apreciam seu trabalho. Ele ainda expressou sua gratidão à comunidade de Matrinchã, Goiás, e a todos aqueles que contribuem para enriquecer a cultura de Brejo da Madre de Deus. “Viva a poesia, viva a literatura, viva a cultura. Jonnata Henrique, um orgulhoso poeta e escritor do Brejo da Madre de Deus, levará o encanto da cultura de Pernambuco para Goiás”, afirmou.

Por Rosa Costa* 

Um livro comovente sobre um homem íntegro, sensível – de quem até mesmo os poucos desafetos políticos tinham o que criticar. É o que o jornalista e escritor Magno Martins mostra nas páginas de “O Estilo Marco Maciel”. 

Em pouco mais de 200 páginas, Magno consegue ser imparcial ao falar de Marco Maciel e seus 80 anos de vida. Fica explícito o quanto ele gostava de Maciel, mas é duro ao lembrar os ataques de que foi alvo por não ter reagido ao fechamento do Congresso Nacional quando presidia a Câmara dos Deputados, em 1977.  Seguido do famigerado AI 5, quando o então presidente Ernesto Geisel impôs uma série de medidas draconianas.

O jornalista tampouco tenta  diluir o sofrimento da família Maciel nos 10 anos de enfrentamento do Alzheimer. Marco Maciel “encerrou sua missão na terra”, como diz o autor, na madrugada de 12 de junho de 2021.

O livro traz um adendo aos que enfrentam o mesmo drama, no relato de Anna Maria, sua mulher, com quem conviveu por 54 anos. Sem pieguice, com o tom acertado, Anna fala das dúvidas no início da doença e do desejo de dar a Marco Antônio, como o chamava, o melhor tratamento e o afeto necessário para enfrentá-la. 

Exemplo de capacidade na articulação política, Marco Maciel foi deputado estadual, deputado federal por dois mandatos, governador, senador por três mandatos, e vice-presidente da República nas duas gestões de Fernando Henrique Cardoso. No livro, FHC afirma: “Não conheço registro na história brasileira de um político tão correto, honesto, leal e firme. Está fazendo muita falta ao Brasil neste momento tão degradante no qual não se usa o diálogo, como Maciel, para quebrar as tensões”. 

*Rosa Costa, jornalista política em Brasília, passou por várias redações, entre as quais a do Correio Braziliense e do Estadão.

Hplus

Por Marcelo Tognozzi*

Quando a guerra terminou havia nada menos que 580 mil judeus mortos. Foi o maior massacre daqueles tempos.  A Judeia riscada do mapa e rebatizada de Palestina. O grande vencedor era um imperador de 58 anos vestido, como ele mesmo dizia, de couro e ferro. Adriano era seu nome e sua guerra começara no ano 130 da era cristã, quase 19 séculos atrás.

A guerra da Judeia foi o fim da territorialidade dos judeus. Vencidos, humilhados, destruídos como nação, acabaram expulsos daquela que um dia foi a terra prometida de Moisés. As tribos, que unidas se tornaram nação, agora eram novamente atomizadas, despatriadas.

Ser judeu deixou a condição cidadã para se tornar uma condição étnica, cultural e religiosa. Assim, a tribo dos asquenazi radicou-se na Europa Central, a dos sefarditas na Península Ibérica, os romaniotes na Grécia e em dezenas de países como o Irã, Egito, Índia e Etiópia comunidades judias foram se formando.

A guerra de Adriano contra os judeus foi de extermínio. Não só físico, mas cultural. Judeus se consideravam uma civilização, resistiam ser absorvidos pela cultura romana como ocorreu na Gália, Bretanha e Hispânia.

O imperador mandou vir 2 legiões: a 12ª Fulminante e a 6ª, conhecida como Legião de Ferro. Mais tarde chegou o general Julio Severo, vindo da Bretanha com um grupo de especialistas em combater guerrilha. Não demorou 1 ano para Bar-Koshba e suas tropas serem derrotados. A cabeça do líder hebreu foi entregue ao imperador por um centurião e exibida como um troféu.

A violência imposta pelos romanos nessa guerra tinha como principal objetivo sufocar a rebelião de uma população que se negava a ser dominada. “Não podíamos impedir aquela raça de nos dizer não”, reconhecia o imperador conforme registro de Marguerite Yourcenar no seu clássico “Memórias de Adriano”.

Aquela faixa de terra árida, quase um deserto entre o Mediterrâneo e o Mar Vermelho, há 2 milênios cumpre seu triste destino de ser uma eterna zona de conflito. Por ali passaram gregos, persas, sírios, árabes que tomaram a Europa por 800 anos, cruzados, turcos otomanos, os Exércitos de Napoleão, britânicos, norte-americanos, franceses e africanos. A guerra deste século 21 transmitida nas telas dos celulares, redes sociais e portais de notícias é diferente só na tecnologia: o ódio a movê-la é o mesmo.

De 135 a 1948, exatos 1.813 anos, aquela terra se chamou Palestina por obra e graça de Adriano. No século 19, o austríaco Theodor Herzl fundou o movimento sionista – o nome vem do monte Sião ou Sion. Os sionistas queriam de volta a terra tomada por Adriano e dada aos palestinos. Meio século depois de fundado o movimento, conseguiram sua terra de volta com a ajuda fundamental do brasileiro Oswaldo Aranha, então secretário-geral da ONU e um dos principais negociadores da criação do Estado de Israel.

Os judeus ganharam o direito de voltar a existir como nação depois da matança promovida por Hitler. Recuperaram a cidadania. Mas os árabes, donos daquelas terras há quase 2.000 anos, não concordaram em devolver aos judeus aquilo que os romanos tiraram. E a guerra recomeçou. Quem segue o corão e é devoto de Alá sabe do mandamento de se unir contra o inimigo comum. Esta é a cultura do Islã. Uma questão de sobrevivência.

O que está ocorrendo desde o dia 7 de outubro é mais um episódio deste conflito milenar, quase eterno. Lá na distante guerra entre romanos e judeus, o imperador Adriano faz um balanço daquele conflito sangrento que dizimou 580 mil homens, mulheres, crianças, anciãos; levou 4.000 legionários para o inferno; destruiu 50 fortalezas; e aniquilou 950 vilas. Muitos judeus fugiram, enquanto outros eram leiloados como escravos nos mercados.

“Não nego”, diz Adriano nas suas memórias escritas por Yourcenar:

“A guerra da Judeia foi um dos meus fracassos. (…) Nosso Exército sofria quase tanto como os rebeldes. Estes, ao retirarem-se, haviam queimado os pomares, devastado os campos, degolado o rebanho, poluído os poços, atirando neles nossos mortos. Esses métodos de selvageria eram horríveis, aplicados naquela terra naturalmente árida, corroída até os ossos por longos séculos de loucuras e furores.”

E conclui:

“Naquele ano 887 da Era Romana, minha missão consistia em sufocar a rebelião na Judeia e reconduzir do Oriente, sem perdas demasiadas, um exército doente”.

Adriano morreria 4 anos depois, aos 62 anos, doente e solitário, carente de Antínoo, seu grande amor, o jovem de olhos azuis afogado nas águas do Nilo a quem transformou em deus mandando construir templos em sua homenagem.

Olhando da perspectiva do século 21, a doença não é só dos exércitos que insistem em combater ali. Ela está impregnada numa sociedade doente, intolerante, incapaz de encontrar a convivência pacífica, duas populações tão sofridas, uma herança cada vez mais pesada.

A guerra dos bombardeios, a guerra do protagonismo pela paz, a guerra de versões e narrativas se propaga e contamina o resto do mundo como uma epidemia de ódio. A guerra como entretenimento nas redes sociais, a banalização do ódio, um ódio que não é meu, nem seu, um ódio crônico de 2.000 anos atrás, insistente, incapaz de ir embora e, agora, capaz de ganhar novas fronteiras. A maldição se repetirá e, como das outras vezes, não existirá vencedor nem vencido. Todos, como Adriano, serão derrotados, engolidos por esta tempestade de loucuras.

*Jornalista

Petrolina - Primeiro Hospital Municipal

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

A Polícia Federal deflagrou, na manhã de ontem, a operação “Última Milha” para investigar o uso indevido de sistema de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e teve início em março como parte do inquérito das fake news.

Ao todo, foram cumpridos pela PF 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Goiás, e no Distrito Federal. Segundo os investigadores, há indícios de que houve uso do sistema no governo Bolsonaro para monitorar ilegalmente servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e até mesmo juízes e integrantes do STF.

De acordo com a apuração da Polícia Federal, o filho do general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro do governo Bolsonaro, Caio Cesar dos Santos Cruz, é um dos alvos na operação “Última Milha”. Ele teria participado da intermediação da venda do programa FirstMile, da empresa israelense Cognyte, com o governo brasileiro, no final do governo do ex-presidente Michel Temer.

Em nota após a operação, a Abin informou que instaurou um procedimento para apurar a questão, que todas as solicitações da PF e do STF foram atendidas integralmente, e que colaborou com as investigações desde o início.

“A Agência reitera que a ferramenta deixou de ser utilizada em maio de 2021. A atual gestão e os servidores da ABIN reafirmam o compromisso com a legalidade e o Estado Democrático de Direito”, diz trecho da nota enviada à imprensa.

Ao Blog da jornalista Andréia Sadi, investigadores da Polícia Federal avaliaram que a apuração do caso Abin é mais uma peça dentro da investigação dos atos antidemocráticos. Como parte da tentativa de efetivação do golpe, eles citam uma série de eventos como bloqueios em rodovias, acampamentos nos quartéis, financiamentos às manifestações, a bomba no aeroporto na véspera do Natal, tentativa de invasão da sede da PF em 12 de dezembro de 2022 e o monitoramento de autoridades.

Esses elementos, embora aparentemente investigados de forma separada, estão ligados e deverão aparecer costurados ao final dos trabalhos de investigação, que deverá ser concluído no primeiro semestre do ano que vem, quando a PF deverá apontar quem foram os supostos mentores da tentativa de ruptura democrática.

Prefeitura de Paulista - Refis 2023

Por José Adalberto Ribeiro

Em Vila Bela, Sertão de Pernambuco, lá onde o Rio Pajeú, afluente do São Francisco, corre nas veias dos sertanejos, no dia 21 de outubro de 1938 veio à luz o menino Inocêncio Gomes de Oliveira, filho de Vicente Ignácio de Oliveira e dona Maria do Socorro Andrada. O pai era proprietário da Fazenda Carnaúba e da mercearia Graciosa, onde vendia miudezas. Além das prendas domésticas, dona Socorro trabalhava com o marido na administração da fazenda e gerenciamento dos negócios da mercearia.

Católica fervorosa, dona Socorro era uma das organizadoras da Congregação Sagrado Coração de Jesus, responsável pelas tradicionais novenas no mês de setembro, data da padroeira Nossa Senhora da Penha.

Menino do rio, onde pescava piaba, dava flecheiros e também jogava bola com os seus amigos, Inocêncio cresceu ouvindo histórias sobre o cangaço e as crueldades do bando de Lampião, crendices e religiosidades dos devotos da Santa padroeira e o lendário político sobre a região e a distante capital Recife, distante muitas léguas em estradas de barro.

Havia um estigma em torno do bonito nome da cidade: Vila Bela, terra de Lampião. O nome só veio a mudar por decreto-lei do então poderoso interventor Agamenon Magalhães em 09/12/1938, justo o ano em que Inocêncio nasceu.

Depois da imersão nas águas do Pajeú e desasnar as primeiras letras e números, Inocêncio fez o Exame de Admissão e foi cursar o Ginásio no tradicional Colégio Cristo Rei, em Pesqueira.

Segue na mesma linha de educandários religiosos ao se transferir para Recife e estudar no Colégio Salesiano, da ordem de Dom Bosco, onde concluiu o Curso Científico rumo à Universidade.    

Foram boas amizades, bons ensinamentos de vida e bons saberes de matérias escolares em suas vivências no Colégio Cristo Rei de  Pesqueira e Colégio Salesiano de Recife. Final de uma etapa, adeus colégios, ficarão para sempre na boa memória do aluno.

Medicina

Formar o filho em Medicina sempre foi um desejo do pai, Seu Micena. Seja feita a vossa vontade, decidiu Inocêncio. Morando numa república de estudantes, começou a queimar as pestanas para ser aprovado no vestibular no ano de 1957. Foram noites e noites fazendo serão nos estudos. Ao final da jornada, foi aprovado nas duas faculdades, da Universidade Federal e de Ciências Médicas. Optou pela Federal, então chamada de Universidade do Recife.

A política nas veias

O DNA da política sempre esteve nas veias e na flor da pele de Inocêncio. O tio paterno Enock foi chefe político da UDN, oposicionista na década de 1940. Por influência dele, Seu Micena ingressou na política e foi eleito vice-prefeito de Serra Talhada em 1951.

Canudo de Medicina na mão, sonho profissional realizado aos 25 anos, o que fazer da vida? Até então não havia pensado em política, um ramo da genealogia familiar.

Decidiu voltar para fazer a vida em Serra Talhada. Vestiu o jaleco e mãos à obra. Instalou seu consultório numa vistosa casa da bem movimentada Rua 15.

O filho de Seu Micena e Dona Socorro começou a ganhar fama como bom médico nas redondezas. A clientela era variada: menino desnutrido, gestantes com enjoos, gente com perna quebrada, pressão alta, desmaios. Quando o paciente não tinha dinheiro, o doutor Inocêncio recebia de presente uma galinha gorda, cachos de banana, macaxeira – era um povo pobre e generoso.

Espírito empreendedor, o doutor Inocêncio começou a poupar dinheiro com os ganhos recebidos da clientela. Vendeu cinco casas que havia comprado de um familiar e começou a construir o Hospital e Maternidade São Vicente. Também adquiriu equipamentos de raio X e uma mamografia. Instalou uma UTI dotada de gerador próprio para ser acionada no caso de interrupção do fornecimento de energia da rede pública. Esta foi a sementeira do futuro polo médico do município e em torno do qual foram atraídos outros empreendimentos.

Em outro terreno adquirido da sua tia Benona, construiu uma clínica psiquiátrica que veio a se tornar pioneira e referência na região.

Primeiro mandato

Corria o ano de 1974. A semente do primeiro mandato de Inocêncio Oliveira como deputado federal foi lançada durante visita do governador Eraldo Gueiros a Serra Talhada para inaugurar uma estação do Terminal Rodoviário. “Termos aqui a liderança promissora de um jovem médico que poderá ser lançado candidato a deputado federal”. Inocêncio pegou na palavra. Havia um vazio de federais na região.  Eraldo recomendou o nome de Inocêncio para ser votado no município. 

Para encurtar a história, o doutor Inocêncio foi eleito com 31,879 votos, sem pertencer a grupo econômico e estreante na política. Aos 36 anos, trocou o jaleco de médico e vestiu terno e gravata para assumir o mandato em Brasília.

A partir daí foi uma sucessão de vitórias, sempre com votação ascendente. O governador Marco Maciel, que governou o Estado de 1979-1982, disse a Inocêncio que gostaria de tê-lo como sucessor no Palácio das Princesas. Mas, o governo do Estado não estava no radar de Inocêncio. Seu plano de voo era galgar os degraus na Mesa da Câmara dos Deputados. E assim aconteceu. Foram 10 mandatos consecutivos concluídos na sua  despedida em 2014. 

Cargos na Mesa: presidente, 1993-1994; 1º vice-presidente, 1989-1990, 2003-2005; 1º secretário 1991-1992, 2005-2007; 2º vice-presidente 2007-2009; 2º secretário 2007-2009; 2º secretário 2009-2010; 3º secretário 2011-2013. Este é um fato inédito na Câmara dos Deputados. Daí ter sido chamado de “deputado guardanapo”, por estar sempre presente na Mesa.

Mercê do seu desempenho, foi eleito 16 vezes consecutivas pelo DIAP como um dos mais influentes parlamentares e entre as principais cabeças pensantes do Congresso Nacional. Não é pouca coisa.

Presidente da Câmara em 1993-1994 e havendo o Impeachment do presidente da República, Fernando Collor, Inocêncio tornou-se o segundo na linha sucessória presidencial. Como tal, exerceu o cargo interino de presidente da República por 11 vezes e durante 63 dias.

Legado

Nesta data em que se celebra o transcurso de 85 voltas em torno do astro-sol, o vitorioso Inocêncio Oliveira apresenta um legado de realizações administrativas, políticas e institucionais em todas as regiões e em todos os municípios do Estado. Cumpriu a proverbial sentença: plantou árvores, escreveu um livro e teve filhos. Casado com Ana Elisa Nogueira, o casal gerou três filhos: Shely, Sheldon e Sheila.  

Correligionários e a população em geral reconhecem que Serra Talhada tem dois marcos divisórios: antes e depois de Inocêncio Oliveira, em termos de polo de saúde, educação e serviços. Interiorização do desenvolvimento, segurança hídrica e obras estruturadoras foram suas prioridades em ação administrativa.

Cabo de Santo Agostinho - Refis 2023
Serra Talhada - Saúde

Em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, as Escolas Municipais Félix Manoel dos Santos, localizada na Tapera, e a de Tempo Integral, José Fernandes Coelho, no Roçado, foram as duas unidades de ensino do município que ficaram em evidência no Prêmio Escola Destaque, promovido pelo Programa Criança Alfabetizada.  

As unidades receberam o valor de R$80 mil como premiação para impulsionar, ainda mais, o desempenho na execução do trabalho de alfabetização. Esta conquista se deve pelo município ter alcançado, em 2022, ótimos resultados na avaliação de alfabetização do Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco (Saepe).

Os profissionais envolvidos no processo de alfabetização também foram reconhecidos através da entrega de menções honrosas. Petrolina tem mais de 10 mil estudantes matriculados do 1º ao 2º ano do Ensino Fundamental, etapa recomendada pelo Plano Nacional de Educação para que o ciclo de alfabetização seja concluído. Este é um período indispensável para a progressão escolar e construção de outros saberes que só são possíveis após esta etapa. 

“Temos a convicção de que a Educação de Petrolina tem avançado bastante através de várias ações implantadas pelo prefeito Simão Durando. São vários projetos que estimulam as habilidades de pensamento, de raciocínio, memória, linguagem, capacidade, resolução de problemas e de criatividade. Soma-se a isso, o grande comprometimento dos educadores que têm contribuído diariamente para garantir ainda mais qualidade no processo educacional, além da formação continuada a eles oferecida pela Educação”, destaca a secretária de Educação, Cultura e Esportes, Rosane da Costa. 

Caruaru Refis 2023

Hoje, a partir das 19 horas, na biblioteca do Sesc, faço uma noite de autógrafos da biografia de Marco Maciel, com apoio do prefeito Wellington Maciel. Aberto ao público em geral, o evento vai se transformar numa homenagem a Marco Maciel. 

Sou cidadão de Arcoverde, cidade que minha Nayla Valença morou por muitos anos. Engajada na organização do lançamento, a primeira-dama Rejane Maciel diz que Marco Maciel foi um grande brasileiro e merece as homenagens dos arcoverdenses.

Ipojuca - Muro de Arrimo

Penúltima etapa da maratona de lançamentos que cumpri ao longo desta semana pelo Interior, Sertânia, no Sertão do Moxotó, a 320 km do Recife, foi palco, ontem, de uma noite emocionante. O plenário da Câmara de Vereadores ficou lotado. Entre os que foram prestigiar, o prefeito Ângelo Ferreira e o presidente da Casa, Antônio Henrique, o Fiapo. 

Sertânia é o berço natal da minha Nayla Valença, que recebeu os convidados ao meu lado e da sua mãe Ivete Lira e de suas primas Tayse e Kely, além de sua tia Ivone e minha comadre Taninha, e seu padrinho Roberto Pereira. 

Confira as imagens!

Qual o legado de Lucinha?

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Com a saída de Lucinha Mota da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, anunciada na última quarta, após ser considerada vereadora eleita em Petrolina com a cassação de Júnior Gás (Avante), por fraude a cota de gênero nas eleições municipais de 2020, fica a pergunta. Qual o legado deixado por ela à frente da pasta?

Há dez meses, a governadora Raquel Lyra (PSDB) nomeava Lucinha Mota como secretária de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco. A credenciou para o posto, além do perfil técnico, por sua formação em Direito, a notoriedade que conquistou diante da sua incansável busca por justiça para o cruel assassinato da sua filha, a pequena Beatriz, que foi brutalmente assassinada em 2015, com apenas 7 anos.

Mas parece que cobrar é mais fácil do que fazer. Ao menos foi o que ficou claro nesses últimos meses de Lucinha à frente da Pasta que tem sob o seu guarda-chuva nada mais problemático do que o sistema prisional de Pernambuco, considerado um dos piores do Brasil. 

Em sua defesa, ainda enquanto secretária, afirmou, durante visita do ministro de Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, na última terça (17), que estava trabalhado com afinco para mudar a realidade do sistema prisional de Pernambuco. “Temos a plena consciência de que ainda há muito a ser feito, mas comemoramos também as grandes mudanças já implementadas”, comentou, na ocasião, a então secretária Lucinha Mota.

Ela citou entre os feitos realizados, ações desenvolvidas pela Pasta neste ano, como a entrega da Unidade II, do Presídio de Itaquitinga, com a disponibilização de mais 996 vagas e a nomeação de 338 novos policiais penais, quase o dobro do previsto no concurso (200 PPs).

Chama atenção, contudo, que a unidade dois de Itaquitinga não foi feita pela atual gestão, já estava em andamento desde 2021. A atual gestão, como tem feito, pegou carona na obra que estava praticamente pronta para sair bem na foto. 

Com relação às 338 nomeações, dita como grande ato de sua gestão, embora o edital inicial do certame do Concurso da Policia Penal tenha previsto, inicialmente, a nomeação de 200 policiais, o edital foi elaborado na pandemia e num cenário onde só existiam 2000 vagas para cargos de policiais Penais. Porém, ao fim de 2022, antes da convocação para o curso de formação, esse cenário mudou.

Foi quando a Alepe alterou a lei de cargos da polícia penal de 2000 para 4000 cargos e com autorização da PGE deu início a convocação do curso de formação, no qual, foram convocados todos 1.354 aprovados.

Cenário – Atualmente, mesmo com as 338 nomeações, o sistema penitenciário pernambucano conta com um déficit de mais de 2,2 mil cargos vagos. Enquanto isso, mais de mil já estão aptos para assumir seu posto, uma vez que concluíram o curso de formação, cujo investimento do Estado foi na ordem de R$12 milhões, ainda aguardam uma nomeação que pode só chegar ao fim do Governo Raquel Lyra.

Interino – No lugar de Lucinha Mota, assumiu interinamente a Pasta o atual Secretário Executivo de Coordenação e Gestão, Flávio Oliveira, advogado e auditor fiscal da Secretaria da Fazenda de Pernambuco. Quem a governadora chamará para ocupar a Secretaria de forma definitiva, é um mistério até o momento.

Afago mútuo – Da governadora Raquel Lyra para Lucinha: “Agradeço por toda a sua dedicação ao serviço público e tenho certeza que ela seguirá defendendo a pauta da Justiça, dos Direitos Humanos e outros temas de interesse de sua região e de Pernambuco em sua nova etapa de vida pública”, disse a tucana. Enquanto para Lucinha, o período à frente da Secretaria foi “de muito aprendizado e muito trabalho em defesa da justiça e da garantia de direitos humanos”.

Sexta baixa – Com a saída de Lucinha, Raquel contabiliza a sexta baixa em seu secretariado técnico montado ao apagar das luzes do fim de 2022. Porém, é a única onde sua saída não se deu com turbulência ou qualquer motivo técnico, a exemplo dos que saíram por imposição da tucana ou dos que não aguentaram a pressão da mandatária.

Recuperado – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou o final de seu discurso na cerimônia de comemoração dos 20 anos do Bolsa Família, ontem, para dizer que está recuperado da cirurgia no quadril e que voltará a trabalhar do Palácio do Planalto na semana que vem. Ele participou da solenidade por videoconferência, de dentro do Palácio da Alvorada.

CURTAS

INVESTIGAÇÃO – O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai acompanhar as investigações do assassinato do juiz de Direito na 21ª Vara Cível da Comarca do Recife, Paulo Torres Pereira da Silva. O magistrado, de 69 anos, foi morto a tiros dentro do seu carro, na noite da última quinta-feira (19), em Jaboatão dos Guararapes.

EMBALAGENS – Tramita na Alepe um projeto de lei de autoria da deputada Socorro Pimentel (UB) que propõe proibir a cobrança de embalagem em serviços de delivery em Pernambuco. De acordo com a parlamentar, essa prática constitui em venda casada, o que é considerado abusivo pelo Código de Defesa do Consumidor.

Perguntar não ofende: Qual será a próxima baixa no Governo Raquel?

Belo Jardim - Nova Creche - Vovó Maria

O governo federal demitiu, hoje, dois servidores da Agência Brasileira de Inteligência que foram presos em operação da Polícia Federal que investiga o de uso de sistemas de GPS para rastrear celulares sem autorização judicial.

As demissões de Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Izycki foram publicadas em edição extra do “Diário Oficial da União” e foram assinadas pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.

Eles ocupavam o cargo de oficial de inteligência da Abin e, segundo a publicação no “Diário Oficial da União”, foram demitidos por participarem de gerência ou administração de sociedade privada, exercerem o comércio e por improbidade administrativa.

Nesta sexta-feira, mais cedo, a Polícia Federal cumpriu 25 mandados de busca e apreensão, além dos dois de prisão preventiva, para apurar supostas irregularidades na conduta de servidores da Abin.

A operação deflagrada pela PF investiga um suposto esquema de rastreamento ilegal de celulares. Segundo a TV Globo e a GloboNews apuraram, Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Yzycky foram presos porque tinham conhecimento do suposto esquema e coagiram colegas para evitar uma possível demissão. Em nota, a agência informou que instaurou um procedimento para apurar a questão.

Vitória Reconstrução da Praça

A 308 quilômetros do Recife, a cidade de Sertânia, no Sertão do Moxotó, foi o palco para o lançamento do livro ‘O Estilo Marco Maciel’, na noite de hoje. Com a presença do prefeito, Ângelo Ferreira, e do presidente da Câmara dos Vereadores, Antônio Henrique, conhecido como Fiapo, a Casa ficou lotada de admiradores para ouvir sobre o biografado e adquirir exemplares da obra.

Além de fãs do “Marco de Pernambuco”, como ficou conhecido o ex-vice-presidente da República, o evento foi prestigiado por vereadores, secretários municipais, lideranças políticas locais, empresários e o mundo jurídico.

Pousada Carcará

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou, hoje, trecho de um projeto de lei que estabelecia a data da promulgação da Constituição, em outubro de 1988, como marco temporal para a demarcação de terras indígenas.

Lula, no entanto, sancionou outros pontos da proposta, aprovada pelo Congresso Nacional em setembro, que definem regras das demarcações. Entre os trechos que Lula sancionou, estão:

  • a previsão de que o processo de demarcação será público e com atos “amplamente divulgados” e divulgados para consulta online;
  • a previsão de que qualquer cidadão pode ter acesso às informações relativas a demarcações de terras indígenas, inclusive estudos, laudos, conclusões e argumentações;
  • o que diz que informações orais citadas no processo de demarcação terão efeito de prova quando apresentadas em audiências públicas ou registradas em áudio e vídeo, com a devida transcrição;
  • o que estabelece direito das partes interessadas no processo de receber tradução oral ou escrito da língua indígena para o português e vice e versa, por tradutor nomeado pela Funai;

Já entre os trechos vetados estão os que previam a possibilidade de cultivo de produtos transgênicos e de atividade garimpeira em terras indígenas. Também foi vetado, segundo o governo, um ponto que possibilitaria a construção de rodovias em áreas indígenas.

O presidente anunciou que vetou trechos da proposta em uma rede social. “Vetei hoje vários artigos do Projeto de Lei 2903/2023, ao lado da ministra Sônia Guajajara e dos ministros Alexandre Padilha e Jorge Messias, de acordo com a decisão do Supremo sobre o tema. Vamos dialogar e seguir trabalhando para que tenhamos, como temos hoje, segurança jurídica e também para termos respeito aos direitos dos povos originários”, disse o presidente.

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O deputado estadual e presidente do PT em Pernambuco, Doriel Barros, destacou a intenção de manter o protagonismo do partido em todas as negociações para o pleito de 2024. A possibilidade de o PT assumir o cargo de vice na chapa com o PSB na capital pernambucana foi levantada como uma forma do partido exercer esse papel de protagonismo. As informações são do Blog da Folha.

“Diante da conjuntura que nós estamos trabalhando, há uma construção de uma aliança política com o prefeito João Campos e essa aliança política evidentemente passa pela presença do PT na vice e isso para mim é exercer um papel de protagonismo”, esclareceu Barros, enfatizando que a sigla está buscando uma participação ativa na chapa e nas decisões políticas.

Em meio a um cenário de intensas discussões, o Partido dos Trabalhadores em Pernambuco vem se preparando para as eleições de 2024, com uma série de plenárias e debates em diversos municípios do Estado. Enquanto as discussões continuam, o partido também está concentrando esforços em consolidar sua presença nas eleições de 2024, com o objetivo de fortalecer sua base e eleger representantes em várias prefeituras e câmaras municipais.

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