Sebrae - Silvana

Governo de PE realiza Festival Pernambuco Meu País em SP para atrair turistas

Neste domingo (16), São Paulo foi agraciada pelo Festival Pernambuco Meu País, que trouxe a alegria do Carnaval pernambucano à Avenida Paulista e ao Parque Burle Marx. O evento teve como objetivo divulgar a festa estadual e atrair turistas para Pernambuco. Com uma programação repleta de música e manifestações culturais, o festival destacou as tradições carnavalescas do estado. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), esteve presente para prestigiar a ação.

A programação contou com apresentações de manifestações culturais como o Maracatu Estrela Brilhante de Nazaré da Mata, os Caiporas de Pesqueira e o bloco Galo da Madrugada, representado por um boneco inflável de 15 metros. Entre os shows musicais, destaque para Alceu Valença, Duda Beat, Gerlane Lops, Romero Ferro e Nego Thor, além do projeto Som na Rural, de Roger de Renor.

O presidente da Empetur, Eduardo Loyo, ressaltou que São Paulo é o maior emissor de turistas para Pernambuco e que a iniciativa busca incentivar ainda mais esse fluxo. “O setor de turismo engloba cerca de 50 atividades econômicas, áreas pujantes na geração de emprego”, destaca. A secretária estadual de Cultura, Cacau de Paula, reforçou a importância do intercâmbio cultural: “É uma oportunidade de trazer  a nossa cultura popular e as nossas raízes aqui para São Paulo, que tem uma comunidade nordestina pernambucana enorme”.

Além das apresentações, o evento trouxe uma oficina de cabeças de La Ursa com o Mestre Julião das Máscaras, de Olinda. Para pernambucanos que vivem em São Paulo, a iniciativa foi uma chance de relembrar as raízes, enquanto para os paulistas, uma oportunidade de conhecer de perto uma das festas mais emblemáticas do Brasil.

Jaboatão dos Guararapes - UBS Pet Massangana

Do UOL

Um homem morreu durante um voo da companhia aérea Jet2 na noite de sexta-feira (14), forçando a aeronave a realizar um pouso de emergência na Espanha.

O que aconteceu

O passageiro, na faixa dos 70 anos, passou pela emergência médica a bordo do voo L676. O avião em que ele estava, um Boeing 737-8MG. partiu de Tenerife — a maior ilha do arquipélago das Canárias — com destino ao Aeroporto de East Midlands, no Reino Unido. As informações são do jornal britânico Metro.

Diante da situação, a aeronave precisou aterrissar no Aeroporto de Santiago de Compostela. “A tripulação relatou que havia um passageiro com sérios problemas médicos a bordo e que era necessário um pouso urgente no aeroporto de Compostela”, informou o jornal espanhol Diario de Avisos.

De acordo com o site Flightradar24, a aeronave decolou do Aeroporto de Tenerife Sul às 15h06min (horário local). No entanto, uma emergência foi informada pela tripulação do voo, levando a tripulação a desviar a rota para o aeroporto no noroeste da Espanha. A natureza da emergência não foi divulgada.

Apesar dos esforços da equipe médica, o passageiro faleceu assim que a aeronave pousou na pista de Santiago. Uma ambulância do Serviço de Emergências de Saúde da Galícia foi enviada ao terminal. No local, a equipe médica confirmou a morte do homem. Não foram divulgadas as causas da morte e a Jet2 não se pronunciou sobre o caso.

Conheça Petrolina

Do Blog Dantas Barreto

Termina, nesta segunda-feira (17), o prazo para inscrições das chapas para a eleição da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). O registro poderá ser feito das 8h às 17h, com 38 nomes, podendo ser atuais prefeitos e ex-gestores. A escolha da nova diretoria está marcada para 27 de janeiro e poderá ser presencial, na sede da Amupe, ou online.

Até o momento, o atual presidente e ex-prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia (Podemos), se coloca como candidato à reeleição e já tem a chapa completa. O ex-presidente e ex-prefeito de Escada, Jandelson Gouveia (PL), tenta até amanhã garantir apoios suficientes para também entrar na disputa.

Até a semana passada, o gestor de Aliança, Pedro Freitas (PP), e Márcia Conrado (PT), de Serra Talhada, também eram pré-candidatos à presidência, mas decidiram compor com Marcelo Gouveia, numa articulação que envolveu a governadora Raquel Lyra (PSDB), o prefeito do Recife, João Campos (PSB), o presidente do PP, deputado Eduardo da Fonte, e outros prefeitos, em Brasília. Pedro será candidato a vice-presidente e Márcia à Secretaria da Mulher.

Ao Blog Dantas Barreto, Marcelo Gouveia disse, neste domingo, que houve um importante movimento envolvendo as principais lideranças políticas de Pernambuco. Por isso está confiante de que haverá unidade na Amupe.

Jandelson Gouveia contou que ainda está articulando apoios para garantir a formação da sua chapa. Porém admitiu que alguns prefeitos que defendiam o bate-chapa migraram para a candidatura de Marcelo. O ex-prefeito de Escada reconhece que o tempo é curto, e se outro nome for colocado para encabeçar a chapa alternativa, poderá apoiá-lo.

“Defendo que a Amupe seja independente. Sabemos que todos os prefeitos têm as suas filiações, mas não se pode montar uma chapa por questões partidárias. Até amanhã vou tentar montar a chapa, mas vou defender sempre a independência da Associação”, disse Jandelson também ao blog.

Presidente da Comissão Eleitoral, o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (SD), contou que passará a segunda-feira na Amupe, acompanhando os registros das candidaturas. Segundo ele, o processo de composição entre os pré-candidatos é importante para fortalecer a Amupe.

Dulino Sistema de ensino

Do Estadão Conteúdo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou no dia 10 um decreto que suspendeu por 180 dias a aplicação de uma política anticorrupção em empresas chamada Foreign Corrupt Practices Act (FCPA). A suspensão ocorrerá enquanto o procurador-geral revisa as diretrizes para aplicação da norma, o que pode impactar executivos brasileiros.

Das dez maiores sanções impostas a companhias por conta do FCPA, duas foram dirigidas a empresas brasileiras (Odebrecht e Petrobras). E o Brasil ocupa a segunda colocação na lista de locais onde mais ocorreu pagamento de propinas entre 2015 e 2024, segundo dados da Universidade de Stanford.

Isso ocorre porque, desde 1977, é o FCPA que tem guiado as investigações e a punição de empresas americanas que pagam propina no exterior. Mas o Departamento de Justiça (DoJ) estadunidense tem uma interpretação expansionista e costuma submeter ao FCPA qualquer companhia que tenha ações em bolsas americanas, american depositary receipts (ADRs), subsidiárias ou outras operações no país.

“O FCPA foi o grande motor que rodou a Lava-Jato aqui no Brasil e influenciou até a lei anticorrupção brasileira, que é em boa parte uma adaptação do FCPA”, disse Paulo Sérgio Suzart, sócio da Suzart Consultoria e professor de Compliance. A Odebrecht não só aparece entre as empresas que receberam as maiores sanções da história do FCPA como figura no topo da lista, com uma multa de US$ 3,5 bilhões. A Petrobras é a quarta e foi penalizada com US$ 1,78 bilhão.

As investigações atuais e futuras devem ser as mais afetadas pelo decreto de Trump, mas advogados avaliam que casos antigos não estão isentos. Os efeitos podem ser desde a revisão de multas, nos casos passados, como a própria paralisação das investigações em curso.

“Os casos antigos também podem ser afetados pelo Decreto presidencial. Na seção 2, letra d, a norma estipula que o procurador-geral tomará as medidas cabíveis em relação a casos presentes e pretéritos. Portanto, não há certeza se casos antigos serão ou não afetados, já que isso dependerá da análise a ser feita pelo procurador-geral, mas há expressa referência a essa possibilidade no texto”, afirmou José Alexandre Buaiz Neto, sócio do escritório Pinheiro Neto Advogados.

Raphael Soré, sócio da área de Compliance, Investigações e Governança Corporativa do Machado Meyer Advogados, analisa que a alteração de casos já pactuados é mais complexa, mas que tudo depende de como será feita a revisão da aplicação da norma pela procuradoria-geral.

E apesar da sinalização negativa para a governança corporativa, Soré acredita, porém, que mesmo uma revogação do FCPA não seria suficiente para isentar companhias americanas de sanções. “É difícil afirmar que empresas americanas teriam licença para pagar propina no exterior, porque na década de 1990 outros países implementaram regras duras no mesmo sentido, e as multinacionais devem ter operações em outros lugares para além dos Estados Unidos”, aponta.

Suzart destaca também que a suspensão do FCPA vem em um contexto em que o governo dos Estados Unidos parece direcionar os esforços do DoJ para o combate ao crime organizado transnacional “O Trump quer combater cartéis mexicanos, colombianos, a máfia italiana”, diz.

Ele lembra que cinco dias antes da publicação da norma suspendendo o FCPA, um memorando da própria procuradoria-geral determinou que a Unidade de Divisão Criminal do FCPA deveria priorizar “investigações relacionadas a suborno estrangeiro que facilite as operações criminosas de Cartéis e crimes organizados transnacionais, desviando o foco de investigações e casos que não envolvam tal conexão”.

Ipojuca No Grau

O projeto de lei do deputado Bibo Nunes (PL-RS) que reduz o prazo da inelegibilidade de oito para dois anos beneficiaria não só o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas também outros políticos que hoje, tecnicamente, não poderiam disputar eleições.

A deputada Carla Zambelli (PL-SP), o ex-deputado Valdevan Noventa (PL-SE), o ex-deputado estadual do Paraná Fernando Francischini e o governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), são alguns desses nomes.

A mudança proposta na Câmara é em um trecho do artigo 22 da Lei de Inelegibilidade que trata especificamente do período que um político fica inelegível por causa de uma condenação por abuso de poder político ou econômico na Justiça Eleitoral.

Bolsonaro está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em dois processos.

O TSE considerou que ele cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em dois episódios em 2022: ao se reunir com embaixadores para atacar o processo eleitoral brasileiro e ao usar as comemorações oficiais do 7 de Setembro como palanque eleitoral.

Na Lei de Inelegibilidade, de 1990, existem muitas hipóteses para um político ficar inelegível, além da condenação na Justiça Eleitoral por abuso de poder. São exemplos:

  • inelegibilidade por contas rejeitadas perante os tribunais de contas;
  • inelegibilidade por condenação criminal;
  • inelegibilidade por condenação por improbidade administrativa.

Em 2010, após uma ampla mobilização popular, veio a Lei da Ficha Limpa, que fez duas grandes alterações na Lei de Inelegibilidade:

  1. Fixou linearmente o prazo de oito anos de inelegibilidade para todas as hipóteses (antes, esse prazo era de três anos);
  2. Acabou com a necessidade de que o político fosse condenado em última instância para ficar inelegível. Basta uma condenação por um órgão colegiado (formado por um grupo de juízes, como na segunda instância) para ser ficha-suja.

Essa regra vale para qualquer tipo de condenação: criminal, por improbidade ou por abuso de poder político nas eleições, explica o jurista Márlon Reis, “pai” da Lei Ficha Limpa.

O projeto de Bibo Nunes não diminui o prazo em todas as hipóteses de inelegibilidade. Ele reduz o prazo para dois anos somente nos casos de condenação por abuso de poder político ou econômico na Justiça Eleitoral — como é o de Bolsonaro.

“Aí que está o casuísmo. São muitas as hipóteses de inelegibilidade. Ele só está mexendo com aquela que afetou o Bolsonaro. Cirurgicamente”, critica Reis. “E está mexendo em casos graves, que envolvem corrupção das eleições, corrupção do processo eleitoral.”

Beneficiários

Se o projeto de Bibo Nunes for aprovado no Congresso e entrar em vigor, a deputada Carla Zambelli (PL-SP), que está inelegível por decisão colegiada do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), já poderia concorrer na próxima eleição, em 2026.

O TRE-SP cassou em janeiro o mandato de Zambelli por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Também a declarou inelegível por oito anos, contados a partir da eleição de 2022. Ela permanece no cargo enquanto houver recursos, mas tecnicamente está inelegível.

Segundo o TRE-SP, Zambelli espalhou notícias falsas sobre o processo eleitoral e se beneficiou disso. A inelegibilidade dela vai até 2030, mas, se o prazo cair para dois anos, já estará superada.

Situação semelhante é a do governador de Roraima. Antonio Denarium foi cassado e tornado inelegível por decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR), após distribuir cestas básicas no período eleitoral. Cabem recursos e, por isso, ele continua no cargo.

A inelegibilidade de Denarium vai até 2030, a menos que a lei seja alterada.

Já o ex-deputado estadual do Paraná Fernando Francischini perdeu o mandato e ficou inelegível por oito anos por decisão do TSE, de 2021. Ele disseminou notícias falsas sobre as urnas eletrônicas no pleito de 2018.

Logo, sua inelegibilidade vai até outubro de 2026 — ano em que, em tese, também não poderá disputar, porque estará inelegível no momento do registro da candidatura, que ocorre meses antes do dia da eleição. Francischini também poderia se beneficiar de uma mudança na lei.

O mesmo vale para o ex-deputado Valdevan Noventa, que teve o mandato cassado pelo TSE em março de 2022 por abuso do poder econômico durante a campanha eleitoral de 2018.

Direita e esquerda

Na semana passada, Bolsonaro usou as redes sociais para criticar a Lei da Ficha Limpa, que alterou a Lei de Inelegibilidade, agora na mira dos deputados do PL. O ex-presidente disse que a legislação tem sido usada para “perseguir políticos de direita”.

Em 2018, no entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pôde disputar a eleição porque estava inelegível com base na Lei da Ficha Limpa. Naquele momento, ele estava condenado criminalmente, em segunda instância, na Operação Lava Jato.

Em relação à eleição mais recente, 11 políticos de diferentes partidos foram cassados recentemente após terem sido condenados na Justiça Eleitoral por abuso de poder político nas eleições municipais de 2024, segundo dados do portal do TSE.

Caruaru - IPTU 2025

Por Josué Medeiros

Da Carta Capital

A mais recente pesquisa Datafolha sobre a popularidade de Lula caiu como uma granada no colo da esquerda. Entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, a aprovação ao governo despencou de 35% para 24% — o menor patamar de Lula em três mandatos. Já a reprovação subiu de 34% para 41%, enquanto a avaliação regular passou de 29% para 32%.

O choque é maior quando se constata que a queda atinge justamente os setores mais pobres e o Nordeste, redutos tradicionais de apoio a Lula desde 2006. Entre quem ganha até dois salários-mínimos, a aprovação recuou de 44% para 29%. Na região Nordeste, redutos tradicionais de apoio a Lula desde 2006. Entre quem ganha até dois salários-mínimos, a aprovação recuou de 44% para 29%. Na região Nordeste, despencou de 49% para 33%.

Trata-se de uma tendência já mostrada por outros institutos, como Quaest e Atlas, mas agora em proporções inéditas. Mesmo que haja alguma margem de erro no recuo de 11 pontos, o recado é cristalino: há um abacaxi político de grandes proporções a ser descascado por Lula e pelos segmentos populares e democráticos que sustentam o governo.

O primeiro passo é entender o que está acontecendo. Esses números surpreendem ainda mais porque a economia tem dado sinais positivos. A inflação, embora alta, é menor do que a do período Bolsonaro. A geração de empregos bate recordes e a renda do trabalho cresce. O consumo das famílias segue aquecido. Então, por que a popularidade está tão baixa?

Talvez seja hora de superar a antiga máxima “é a economia, estúpido” como mantra absoluto. Estamos diante de uma conjuntura marcada pela consolidação de uma extrema-direita capaz de mobilizar os sentimentos populares contra a esquerda e contra as instituições — fundindo tudo num só “sistema” que supostamente oprime o cidadão comum.

Desde que reassumiu a Presidência, Lula governa seguindo a fórmula de seus dois primeiros mandatos: reposicionou o Estado como indutor do crescimento, reestruturou políticas públicas e restituiu a “normalidade” das instituições. Os indicadores macroeconômicos, de fato, melhoraram — mas as pessoas seguem insatisfeitas.

Parte disso deriva de uma década de turbulências. A vida piorou, em maior ou menor grau, nos governos Dilma, Temer e Bolsonaro. Mesmo que Lula III esteja entregando resultados, paira a insegurança sobre a perenidade dessas conquistas. E a inflação é o principal fantasma de que o empobrecimento que pode voltar a assombrar o bolso.

Além disso, a realidade é outra em 2025. A crise climática é mais intensa e constante do que no início dos anos 2000, gerando uma sensação de mal-estar permanente que a extrema-direita explora, culpando o governo por qualquer desajuste — independente de o problema ter sido ou não causado pela ação humana.

A insegurança em geral também se amplifica nas redes sociais, onde abundam relatos e vídeos sobre assaltos e violências diversas. A extrema-direita se alimenta desse bombardeio contínuo, emendando o velho argumento de que o “Estado protege bandidos”.

Se você está infeliz, culpa da esquerda; se sua vida piorou, culpa do governo que “pega seu dinheiro e entrega tudo para os políticos”. Se você quer melhorar de vida, é preciso romper com o Estado e prosperar pelo seu suor. A extrema-direita martela mensagens desse tipo, a partir de um ecossistema robusto nas redes, com apoio de grandes estruturas de financiamento — e o pior, sem qualquer contraponto na mesma moeda.

O episódio da chamada “crise do Pix” é emblemático. As pessoas se revoltaram não por terem perdido dinheiro, mas como resultado de uma indignação política que juntou a desconfiança no Estado, o temor de mais impostos e a sensação de que “o governo só atrapalha”. Uma revolta eminentemente política contra o governo que ‘só atrapalha meu negócio’, ‘quer me taxar mais’ ou ‘quer mais dinheiro para os políticos’, e por aí vai.

Para enfrentar essa maré, Lula iniciou 2025 tentando se comunicar com mais força. A mudança na Secom foi o primeiro passo de uma estratégia para bater de frente com a narrativa de que “está tudo pior” sob sua gestão. Esta será uma batalha perdida, contudo, se for feita sob as mesmas táticas do século XX — as mesmas que fizeram de Lula a maior liderança política do Brasil. É urgente travar uma disputa de narrativas no ecossistema das redes e nos territórios, usando estratégias do século XXI.

Camaragibe Cidade do Trabalho

Do Poder360

Para reduzir a influência das variações do dólar e dos preços internacionais, um projeto prevê o ajuste dos preços mínimos de arroz, feijão e mandioca de acordo com uma combinação de fatores domésticos (como custos de produção) e globais.

O PL 123/2025, do senador Beto Faro (PT-PA), visa proteger os produtores locais de instabilidades do mercado, sem prejudicar o equilíbrio das exportações brasileiras. Eis a íntegra do documento.

O projeto inclui os novos critérios no decreto que institui normas para a fixação de preços mínimos. Conforme o texto, os preços deverão ser calculados com base nos custos de produção, com ajustes determinados pela variação dos preços internacionais, e pela flutuação do dólar em relação ao real.

No caso de variação negativa dos preços internacionais ou do câmbio, a proposta estabelece que os preços mínimos adotem, como piso, os custos de produção, garantindo uma rentabilidade mínima aos produtores. O texto também prevê que os planos safra anuais incluam estimativas dos volumes de produtos que o governo pretende adquirir ou equalizar os preços ao produtor.

Na justificativa, o senador afirma a perda expressiva de áreas plantadas com essas culturas nos últimos anos. “É necessário buscar um meio institucional de sanar esses efeitos erosivos sobre a base produtora desses alimentos nucleares sob pena do agravamento dos riscos para segurança alimentar no Brasil”, declarou Beto Faro.

O congressista afirma que em 1995, as culturas de arroz, feijão e mandioca representavam 26% da área total de lavouras temporárias, enquanto em 2023 o índice caiu para 5,9%.

O projeto busca evitar maiores desequilíbrios no mercado interno, sem criar obstáculos para o setor exportador. Beto Faro defende que a proposta é fiscalmente sustentável, pois está limitada a três produtos, e contribui para a formação de estoques públicos em um cenário de eventos climáticos extremos e frequentes.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025

A Prefeitura de Serra Talhada e o 14º Batalhão da Polícia Militar de Pernambuco discutiram estratégias de segurança para o Carnaval 2025 em reunião com representantes de blocos carnavalescos. No encontro, foram abordadas medidas para organização dos eventos e reforço policial durante a festa.

O 14º Batalhão da PM orientou os organizadores sobre horários, duração dos eventos, percursos e solicitação de apoio policial. Também foi destacada a necessidade de regularização junto ao GT Carnaval, processo que deve ser feito pelo site da Secretaria de Defesa Social (SDS-PE), com prazo final em 1º de março. As vistorias do Corpo de Bombeiros também são exigidas para garantir a segurança das estruturas e estão disponíveis no site da instituição.

A gestão municipal afirmou que a parceria com a PM busca garantir um Carnaval mais seguro e organizado. As forças de segurança e os organizadores devem seguir os prazos e protocolos estabelecidos para evitar problemas durante a folia.

Toritama - Prefeitura que faz

Por Roberto Brant*

O isolamento geográfico sempre nos deu a falsa sensação de que o que ocorre no mundo não afeta decisivamente a nossa vida. Isso pode ter sido verdade no passado, mas há muito deixou de ser. Hoje, tanto na economia como na política, atingimos uma dimensão que forçosamente nos interconecta com tudo de relevante que ocorre no mundo.

Em grande parte do século XX tanto o Brasil como toda a América Latina viveram sob estrita dependência dos Estados Unidos, dependência que várias vezes assumiu a forma de pura submissão e de relativização das nossas próprias soberanias. Com o fim da Guerra Fria e com o nosso amadurecimento econômico e político já não se pode dizer que fazemos parte da esfera de influência americana, como costumava ser no passado. O Brasil é hoje um país plenamente soberano, age com total autonomia política e tem relações econômicas diversificadas. Nosso principal parceiro comercial é a China e não mais os Estados Unidos e nada indica que isto possa mudar.

Apesar disso, a sucessão presidencial americana, que ocorreu com a posse de Donald Trump, poderá ter mais influência em nossa vida do que qualquer outra na história. Agora, não porque somos um país subdesenvolvido da América Latina, mas porque somos uma nação relevante no mundo. Se o Presidente Trump confirmar mesmo uma pequena parte do que tem prometido, a ordem mundial, na economia e na política, será completamente alterada — e certamente não para melhor.

Desde o fim da Segunda Guerra as alternâncias de poder político nos Estados Unidos transcorreram sem grandes surpresas ou ansiedades, porque não modificavam certos consensos fundamentais na política econômica e na política externa. Desta vez será diferente, pois as eleições deram o poder a um movimento anti-institucional, expressão de uma sociedade posta em situação defensiva e temerosa do futuro, diferente da América cheia de autoconfiança e de orgulho com que havíamos nos acostumados a lidar.

O novo governo recebeu um amplo mandato para tentar interromper o ritmo da evolução histórica que tem relativizado o poder político e econômico dos Estados Unidos e que encaminha o mundo para uma ordem global multipolarizada. Para esse fim, o novo governo está dispensado de obedecer a regras no plano internacional, mesmo que essas regras tenham sido constituídas sob a forte liderança da América e tenham servido até agora aos seus interesses. E está também liberado para desafiar internamente as próprias instituições do Estado de Direito, contando para isso com uma maioria parlamentar domesticada e uma Suprema Corte maleável e claramente politizada.

O que um povo decide livremente fazer com o seu país é um problema seu. No entanto, dado o peso e a força dos Estados Unidos, com seu exército, suas empresas, suas universidades, sua moeda, tudo que lá ocorre transborda para o mundo. No plano da geopolítica, a desmontagem das instituições internacionais pode transformar o mundo em um campo selvagem. Se os Estados Unidos podem invadir o Panamá e ocupar o canal, a Rússia tem todo o direito de invadir a Ucrânia e seguir adiante para defender seus interesses. Ocupar a Groelândia pela força será o fim da OTAN e da proteção da Europa diante das autocracias que a rodeiam. Tudo o que resultou da vitória da Segunda Guerra estará sepultado, e a paz de 1945 a 2025 parecerá um dia apenas; uma pausa na eterna tragédia da história humana.

Na economia a imposição unilateral de tarifas para ressuscitar a indústria americana vai desencadear respostas retaliatórias e tornar o comércio internacional um campo de batalha, retrocedendo a um ambiente que no século passado gerou recessões e guerra. O comércio deixará de ser uma relação econômica entre empresas e consumidores para se transformar em uma questão de Estado e de hegemonia política.

A ordem internacional em que vivemos tem muitos defeitos e a muitos parece injusta. Mas basta imaginar um mundo sem a ONU, sem a Organização Mundial da Saúde, sem a Organização Mundial do Comércio, para se ter a certeza de que algum dia teremos saudade deste mundo que estamos em vias de perder.

*Advogado, ex-deputado federal e ex-ministro da Previdência Social

Palmares - Outlet

A Prefeitura de Paulista está promovendo reformas emergenciais em unidades de saúde, com a meta de entregar melhorias concretas nos primeiros 100 dias da gestão do prefeito Severino Ramos (PSDB). As obras ocorrem inclusive nos fins de semana e, nesta fase, contemplam as Unidades de Saúde da Família (USF) Aurora, Mirueira e Nossa Prata. Também estão em fase de conclusão as reformas das USFs Jurandir Freire I e II.

A unidade do bairro Aurora, que está desativada, passará por uma reforma geral antes de retomar o atendimento à população. Em Mirueira, as intervenções incluem a manutenção do teto, medida voltada à segurança de pacientes e profissionais. Segundo o gerente de Territórios da Secretaria de Saúde, Wellington Silva, as intervenções “fazem parte de um planejamento maior, que visa ampliar e qualificar cada vez mais a rede de saúde municipal”.

O superintendente de Manutenção da Secretaria de Saúde, Marcelo Dias, afirmou que a equipe trabalha para agilizar as requalificações e devolver as unidades à população dentro do prazo previsto. A gestão municipal não detalhou o valor investido nem o tempo exato de conclusão das reformas.

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

O Partido Progressistas (PP), aliado da governadora Raquel Lyra (PSDB), tentou intermediar a situação entre a gestora e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no episódio da eleição dos presidentes das comissões temáticas da Casa.

O Diretório Estadual da legenda enviou um documento ao presidente em exercício da Alepe, deputado Rodrigo Farias (PSB), na última sexta-feira (14). No texto, o PP fez quatro pedidos a Farias. (veja em anexo abaixo)

O primeiro foi a revogação dos atos 122/2025 e 123/2025, assinados pelo presidente em exercício. O segundo foi a distribuição das Comissões da Alepe entre os partidos e blocos parlamentares de acordo com as indicações realizadas até as 18h do dia 13/02/2025.

O partido solicitou ainda o cancelamento da sessão extraordinária convocada para a manhã deste sábado (15), na qual foram eleitos os novos presidentes das comissões temáticas. Por fim, o PP pediu que houvesse a garantia de que o processo de escolha das comissões ocorresse “em estrita observância às normas regimentais”.

Alerta de erro jurídico

De acordo com o presidente estadual do PP, o deputado federal Eduardo da Fonte, o documento enviado a Rodrigo Farias teve o objetivo de alertar à Casa para a possibilidade de um erro jurídico, algo já feito anteriormente.

“Do mesmo jeito que o PP disse que a Assembleia não deveria ter realizado a eleição antecipada da Mesa Diretora, porque estava errado e poderia ser anulada, como aconteceu, o PP também disse, desta vez, que a Assembleia não agisse da forma como agiu para eleger os presidentes das comissões”, destacou Eduardo da Fonte.

Argumentos enviados a Rodrigo Farias

O PP argumentou que o ato 119/2025, assinado pelo deputado Rodrigo Farias na última quarta-feira (12), determinava que o prazo final para indicação dos representantes das bancadas e blocos para compor as comissões encerrava-se na quinta-feira (13), às 18h, horário no qual o expediente na Casa é finalizado.

No entanto, o presidente em exercício acatou um ofício sem numeração, assinado eletronicamente às 19h10 do mesmo dia 13. O Partido Progressistas refere-se ao ofício do União Brasil que tornou o deputado Antônio Coelho (UB) novamente líder de bancada e fez com que o União Brasil continuasse fora do blocão governista.

“Especificamente, sem amparo regimental, o vice-presidente (Farias) acatou um ofício sem numeração, assinado eletronicamente às 19h10 do dia 13/02/2025, ou seja, o ato do vice-presidente atesta um contrassenso e está alicerçado em um documento regimentalmente INTEMPESTIVO, em consequência alterando-se a formação fora do prazo estabelecido no Ofício Circular 119/2025”, afirma o texto enviado pelo PP a Rodrigo Farias.

“Só há derrotados”, enfatizou Eduardo da Fonte

O deputado Eduardo da Fonte acredita que Pernambuco será prejudicado se a oposição boicotar o Governo Raquel Lyra, a partir de hoje, nas comissões, colocando em votação “pautas-bomba”, por exemplo. A instabilidade política pode afastar investidores do Estado. Para o deputado federal, não houve vitória de ninguém nesse episódio.

“Não tem vencedores no dia de hoje, só derrotados. Estão sendo derrotados a economia e o desenvolvimento do Estado de Pernambuco. À história, caberá responsabilizar os culpados. Essas comissões não têm legitimidade para deliberar, na minha opinião. Precisa que o presidente (Álvaro Porto) volte, chame o feito à ordem e reorganize, porque essas decisões foram tomadas pelo interino. Imagino eu que o presidente Álvaro Porto (PSDB) não tem conhecimento disso”, afirmou Eduardo da Fonte. Ainda segundo ele, o setor jurídico do PP está analisando a questão.

Da Folha de S.Paulo

A disparada no preço dos ovos, que tem registrado alta diária no atacado nas regiões produtoras, preocupa supermercados, feirantes e consumidores. A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) diz que a valorização se intensificou desde a segunda quinzena de janeiro.

Uma combinação de fatores contribui para o aumento. Muitos consumidores têm recorrido aos ovos de galinha para driblar as carnes mais caras, segundo a associação. Além disso, o período da Quaresma, que neste ano ocorre entre 5 de março e 17 de abril, tradicionalmente tem uma demanda maior, já que algumas famílias evitam o consumo de carne vermelha.

Custos altos com ração também contribuem.

“As empresas iniciaram a programação de abastecimento das lojas para atender à demanda sazonal da Quaresma, mas a restrição na oferta e os aumentos sucessivos de preços preocupam os supermercados. Além disso, os consumidores também têm recorrido mais aos ovos de galinha devido à alta dos preços das demais proteínas”, afirmou, em nota, o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

O preço dos ovos no atacado, divulgado nesta sexta-feira (14) pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da USP, atingiu o maior patamar diário em termos nominais da série histórica iniciada em maio de 2013.

Na cidade capixaba de Santa Maria de Jetibá, a maior produtora de ovos do Brasil, o valor médio alcançou o maior nível da série em termos reais, considerando a inflação.

O preço de uma caixa com 30 dúzias de ovos brancos chegou a R$ 233,55, um aumento de 37,9% em relação aos R$ 169,33 registrados em fevereiro de 2024. Já a caixa de ovos vermelhos passou a custar R$ 264,21, um acréscimo de 40,8% em comparação ao mesmo período do ano passado, que era de R$ 187,57.

Na Grande São Paulo, o ovo branco subiu 18% de fevereiro de 2024 até agora, de R$ 172,49 para R$ 203,57. Já o vermelho foi 14,7%, de R$ 200,25 para R$ 229,78.

Na Grande Belo Horizonte, o aumento foi de R$ 173,91 para R$ 212,07 no caso do ovo branco (21,9%) e de R$ 199,81 para R$ 232,21 (16,2%) para o vermelho.

A forte alta dos preços no atacado ainda não aparece nos números do varejo que calculam os preços em 12 meses até dezembro. De acordo com o relatório da Abras, nesse período o preço do ovo em supermercados teve uma queda de 4,53% em 12 meses, enquanto outras proteínas registraram aumentos expressivos, como cortes traseiros de carne (20,05%), dianteiros (25,25%) e pernil (20,05%).

Entretanto, a forte alta em janeiro superou os maiores valores nominais até então registrados, que haviam sido alcançados em maio de 2023.

De acordo com a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), a baixa oferta de ovos no mercado atacadista é um fenômeno sazonal, com séries históricas indicando retração entre dezembro e fevereiro, seguida por recuperação em março.

A expectativa é que os preços continuem pressionados até o período da Quaresma. A Ceagesp apontou um leve aumento, de 0,66% para ovos brancos e 0,38% para ovos vermelhos no entreposto de São Paulo.

Outro desafio enfrentado pelos consumidores é a mudança nas categorias de peso dos ovos. Segundo a Abras, a portaria nº 1.179 do do Ministério da Agricultura publicada em setembro reduziu o peso médio dos ovos em aproximadamente 10 gramas por unidade.

Pelos critérios atuais, um ovo médio pesa entre 38 g e 47 g, enquanto, na regra anterior, deveria ultrapassar 50 g. De acordo com a associação supermercadista, a mudança impacta o custo-benefício do alimento. Procurado, o ministério não respondeu até a publicação deste texto.

A portaria também estabeleceu que ovos devem vir com a data de validade carimbada na casca a partir do dia 4 de março.

A alta no preço dos ovos não é um problema exclusivo do Brasil. Nos Estados Unidos, o produto enfrenta uma crise, com aumento de 15% em um mês e prateleiras vazias e o temor com novos casos de gripe aviária. A escalada ao longo de 2024 foi um dos principais argumentos do então candidato Donald Trump para criticar a inflação e a condução econômica do governo Joe Biden. No entanto, desde que assumiu a presidência em 20 de janeiro, o republicano ainda não conseguiu conter o avanço.

Da Carta Capital

A cidade do Rio de Janeiro foi oficialmente confirmada como sede da Cúpula dos Líderes do Brics em 2025. O anúncio ocorreu no sábado (15), após reunião no Palácio da Cidade entre o prefeito Eduardo Paes, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e representantes do governo.

Marcada para os dias 6 e 7 de julho, a reunião do Brics tem como mote o fortalecimento das relações entre os países do bloco, atualmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã. São aguardados chefes de Estado, ministros e representantes de governos locais, além de líderes da sociedade civil dos países-membros.

Para coordenar as atividades, a Prefeitura do Rio criou o Comitê Rio Brics, responsável pela elaboração do Calendário Brics Rio, que reunirá eventos e iniciativas até o final de 2025. O comitê também participará de fóruns e comissões nacionais e internacionais sobre temas da cúpula.

O presidente estadual do PL em Pernambuco, Anderson Ferreira, avaliou hoje que a rejeição a Lula e seu governo deve mexer no quadro político e eleitoral para 2026. “Raquel Lyra e João Campos têm mostrado o mesmo interesse, o de ter o apoio do presidente em 2026. A questão é que as pesquisas de opinião mostram uma rápida degradação na imagem de Lula e do governo, e isso poderá vir a ser um problema para todos. O presidente vai mal e o governo, pior ainda, perdido. Quero ver, em 2026, quem realmente vai ter coragem de encarar essa realidade”, alfinetou.

Para Anderson, há um longo caminho até as eleições. “O PL Nacional trabalha para construir, também com partidos de centro, uma ampla frente para trazer de volta a esperança ao país. O povo nunca sofreu tanto, e a economia agoniza. Quem acha que não estamos atentos e preparados para mudar esse cenário mais uma vez está enganado”, afirmou.

Sobre Pernambuco, Anderson voltou a reforçar que o PL acompanha atento o cenário e trabalha para crescer, mas prega cautela diante das movimentações políticas. “É cedo para afobação. Tem muita gente com legítimas ambições, mas tudo tem sua hora. O apressado pode comer cru”, concluiu.

Do jornal O Globo

O governo argentino anunciou uma “investigação urgente” sobre o lançamento de uma criptomoeda promovida pelo presidente Javier Milei na sexta-feira (14). O ativo teve aumento exponencial em seu preço, mas despencou de valor horas depois de uma publicação nas redes sociais do ultraliberal em meio a acusações de fraude e pedidos de um “julgamento político”.

Segundo imagens reproduzidas pela imprensa local, Milei teria postado uma mensagem no X, fixada em seu perfil por mais de cinco horas, com um link para uma iniciativa chamada “Projeto Viva La Libertad”, que emulava seu slogan “Viva a liberdade, caral**”.

“O mundo quer investir na Argentina. $LIBRA”, dizia a mensagem do presidente publicada na sexta-feira, com o nome do token, uma unidade de valor digital baseada na tecnologia blockchain que não é lastreada por dinheiro real.

A criptomoeda $LIBRA era “um projeto privado” que seria dedicado a “incentivar o crescimento da economia argentina, financiando pequenos negócios e startups argentinos”.

Mas economistas e especialistas em criptomoedas na Argentina, bem como representantes do espectro político da oposição, rapidamente criticaram Milei e apontaram que esse ativo digital poderia ser um golpe ou esquema de pirâmide.

Horas depois, o presidente apagou a mensagem promovendo a criptomoeda.

“Eu não estava ciente dos detalhes do projeto e depois de tomar conhecimento dele decidi não continuar a divulgá-lo”, explicou Milei no sábado, no X.

À medida que as críticas aumentavam, a Presidência argentina anunciou na noite de sábado que, “à luz dos acontecimentos”, Milei “decidiu encaminhar imediatamente o assunto ao Escritório Anticorrupção (OA) para determinar se houve conduta imprópria por parte de qualquer membro do governo nacional, incluindo o próprio presidente”.

Ele também anunciou a criação de uma “Força-Tarefa Investigativa” na órbita do presidente, encarregada de “iniciar uma investigação urgente sobre o lançamento da criptomoeda $LIBRA e todas as empresas ou pessoas envolvidas nesta operação”, acrescentou a Presidência em um comunicado no X.

Roubo de US$ 107 milhões?

De acordo com a revista The Kobeissi Letter, especializada no mercado de capitais, quase 80% do ativo $LIBRA estava nas mãos de poucos detentores antes do apoio de Milei.

Seguindo a mensagem do presidente, seu valor cresceu exponencialmente, de décimos para um pico de US$ 4.978 — os detentores originais começaram a vender com lucro de milhões, mas o valor do ativo despencou.

— O que aconteceu é o que no mundo dos títulos negociáveis ​​é chamado de ‘tapete puxado’ — disse à AFP Javier Smaldone, especialista em informática e renomado influenciador digital dedicado a expor esquemas de pirâmide. — Uma criptomoeda é criada, o que também pode ser feito com ações, é dada liquidez inicial para que o que foi criado valha alguma coisa e então uma campanha publicitária de algum tipo é iniciada para atrair pessoas — explicou, sobre o papel que a promoção de Milei poderia ter desempenhado.

O especialista detalhou que, à medida que “as pessoas vão comprando, o valor daquele ativo vai subindo (…) até que chega um momento em que aqueles que administram a liquidez retiram o dinheiro, e a coisa entra em colapso”.

Segundo Smaldone, toda a operação durou “cerca de duas horas” e envolveu um volume de aproximadamente US$ 4,4 bilhões.

— O que foi descoberto até agora é que o dinheiro que eles roubaram em torno de 107 milhões de dólares — disse ele sobre o valor que foi fraudado, acrescentando: — Provavelmente é mais.

Também no sábado, o bloco União pela Pátria, liderado pelo peronismo na Câmara dos Deputados do Congresso Nacional, anunciou que na segunda-feira apresentará “um pedido de impeachment contra o Presidente da Nação” em razão do ocorrido.

Figuras da oposição denunciaram a medida, incluindo a ex-presidente (2007-2015) e líder do peronismo Cristina Kirchner, que em sua conta no X chamou Milei de “golpista de criptomoedas” e disse que ele operava “como um gancho para um golpe digital”.

Em 2021, o então deputado e agora presidente promoveu a plataforma CoinX, que oferecia lucros de 8% ao mês em dólares e agora também está sendo investigada por suposta fraude.

Para o deputado da Coalizão Cívica Maximiliano Ferraro, o que aconteceu com a $LIBRA “foi uma manobra especulativa que poderia ser alavancada no poder político do Presidente e no uso de informações privilegiadas”.

Por Heron Cid

Do Portal MaisPB

Com a câmera ligada, e alguns questionamentos já gravados, mirei o microfone e perguntei no alvo: “Quem é Vital Farias”? Da boca do filho de Taperóa, a resposta embargada: “Um matuto da roça”! Como chuva no Cariri, dos olhos do trovador desaguaram rios de emoção e nostalgia, transbordando um coração encharcado.

Guardo na viva memória essa cena do meu primeiro encontro com o cantor e compositor de “Veja (Margarida)”. O que, sem avisar, partiu para a “cidade garantida” da eternidade.

Era uma entrevista para o Pingo Quente, um quadro político que apresentava no Jornal da Correio, da TV Correio, em 2010, ano em que o cantador trocou por alguns meses a viola e desafiou as regras prontas do jogo da política e foi rimar seus versos como candidato ao Senado.

Movido pelo instinto de rebeldia cidadã, foi às urnas e obteve delas 58 mil votos pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB). Por óbvio, não ganhou a eleição. Afinal, já estava eleito, há muito tempo, como mestre do cancioneiro popular do país, com suas “Ai que Saudade de Ocê”, “Saga da Amazônia”, “Caso Você Case”…

A lembrança pessoal sobre a flagrante sensibilidade humana, poética e campesina de Vital foi apenas uma amostra entre tantas. Um homem marcado pela rudeza das lidas da vida, mas profundamente tocado pela beleza das coisas simples. Coisas que cantou e imortalizou em suas letras de protestos, de amor e convites à reflexão.

Com Rolando Boldrin, Vital também não teve vergonha de sangrar os olhos diante de um ‘Senhor Brasil’ inteiro ligado na TV Cultura. Também foi às lágrimas, cantando com a filha Giovana. Numa de suas últimas aparições, no programa de Jessier Quirino, também caiu no choro cantando ao lados dos dois filhos mais novos.

Foi essa humanidade à flor da pele que o transportou do solo árido para o reconhecimento nacional, sem nunca perder a raiz. E, portanto, se mantendo casto, inteiro, interiorano. Ganhou o mundo, sem se perder da sua aldeia.

Em vida, soube ser um cantador do seu tempo, tendo a coragem caririzeira de nadas contra as correntezas do mercado de sucessos fáceis. Na morte, ficou gravado entre nós com canções tão plangentes, quanto seu pranto que nenhuma barragem conseguiu represar. Foi e continua Vital. Mesmo que o arco-íris mude de cor.

Do Correio Braziliense

O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, comentou neste sábado (15) sua demissão da pasta e as acusações de assédio sexual que sofreu, incluindo as feitas pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Em publicação nas redes sociais, Silvio Almeida afirmou que “tentaram o matar” com uma campanha de difamação, mas que “se o morto levanta, acabou o velório”. O ex-ministro disse ainda que vai retomar as publicações em seu canal no Youtube, voltar a escrever livros e a advogar.

“Tentaram me matar. Mas não deu certo. Tal como se faz no gurufim, minha família, meus amigos, minhas alunas e alunos, meus parceiros de trabalho, tiveram que cantar neste velório que armaram para mim. E, se o morto levanta, acabou o velório”, escreveu o advogado.

Acusações de assédio o tiraram do governo

Ele foi acusado de assédio sexual pela ministra Anielle Franco e por pelo menos outras cinco mulheres, incluindo ex-alunas da época em que era professor universitário. O caso levou à sua exoneração do ministério, e a uma investigação pela Polícia Federal, ainda em andamento. O ex-ministro nega as acusações.

Silvio Almeida argumentou, na postagem, que foi alvo de uma campanha para transformá-lo em um “monstro” e um “abusador de mulheres”, e apagar seus 30 anos de carreira no direito e no movimento negro. Atribuiu ainda a campanha a disputas políticas e citou o envolvimento de “ONGs suspeitíssimas” – as denúncias foram divulgadas pela ONG Me Too Brasil.

O advogado disse que vai voltar a exercer a função, além de retomar os vídeos que faz para o Youtube e ao menos quatro novos livros. “Eu estou vivo, continuo indignado e não quero compaixão nem ‘segunda chance’. Eu quero justiça”, afirmou.