FMO - Seu futuro em boas mãos

Em Sampa, de volta a velha polarização

Por Rudolfo Lago*

A cidade de São Paulo viveu uma segunda-feira de caos com as greves do metrô, dos trens urbanos e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Para muito além da defesa dos interesses corporativos das categorias envolvidas nas greves, justas ou não, por trás das paralisações há a disputa eleitoral para a prefeitura da cidade no ano que vem. E, com essa disputa, de volta a velha polarização política que não parece mais nos largar. Enquanto o povo penava sem transporte, transpareciam os conceitos políticos dos principais nomes que dominam a cena eleitoral paulistana.

O mote da greve é o empenho do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de promover privatizações das estatais do estado. Nada que devesse espantar. A defesa das privatizações é parte importante da sua plataforma de campanha, da sua visão de mundo e do discurso conservador que ele encampa. O estado mínimo é parte desse conjunto de ideias. Espantoso seria se ele recuasse do seu programa de desestatização. Tarcísio de Freitas deve apoiar, também com o provável apoio do PL, a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Os sindicatos dos metroviários que fizeram a paralisação na segunda-feira são dominados pelo Psol. Também, no caso, nada que deva produzir espanto. Além da defesa dos empregos e das posições dos trabalhadores que possam se sentir ameaçados por um processo de privatização, a defesa da estatização, de um Estado forte, definidor de políticas e indutor da economia é parte do conjunto de ideias de esquerda que o Psol defende. O deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) lidera hoje as pesquisas de intenção de voto para a prefeitura de São Paulo, com o apoio do PT. Quem aparece em segundo é Ricardo Nunes.

No fundo, durante todo o dia de segunda-feira, o risco da radicalização dos discursos em torno das greves andou preocupando os dois polos da disputa.

Na prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes faz alguns malabarismos para tentar não marcar seu perfil à extrema-direita. Mais de uma vez, fez declarações onde busca se posicionar como alguém de centro. Mas, ao mesmo tempo, ele espera contar com o apoio do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro e do Republicanos de Tarcísio. Apoios que ainda não estão completamente fechados. Há alguns dias, Tarcísio fez uma sinalização mais forte. Chegou a dizer que Ricardo Nunes era “um presente” que ele recebeu. O PL, no que parece ser parte do estilo Bolsonaro, ainda hesita. Então, ao mesmo tempo que tenta se ampliar para além do extremo, Nunes acena para ele de olho nos apoios.

Já Boulos, naturalmente, defende a manutenção do caráter estatal do transporte urbano e do saneamento. Mas ontem temia pelo caos. O prejuízo na vida do cidadão que penou para conseguir se deslocar de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Trabalhou para que a greve servisse como aviso, mas que também não se estendesse demais. Vinte e quatro horas e pronto.

E, por outro lado, Boulos talvez tenha tido seu quinhão de sorte. Se a parcela estatizada do transporte urbano parou pela greve, a parcela privatizada também não funcionou. A Linha 9 do metrô, privatizada, teve problemas. Na verdade, vem tendo problemas. Também há pesquisas que mostram que o paulistano não deseja a privatização da Sabesp.

No fundo, por 24 horas, durante as greves na segunda-feira, o cidadão de São Paulo sentiu na pele a disputa de conceitos que estarão em jogo na briga eleitoral do ano que vem. E avaliará se deseja seguir no jogo polarizado que já há algum tempo vem marcando a sua vida.

De longe, houve quem certamente acompanhou o desenrolar da última segunda-feira paulistana, de olho nas suas consequências. Uma dessas pessoas deve ter sido a deputada Tábata Amaral (PDT), que tenta se colocar ali como uma terceira via…

*Ex-diretor do Congresso em Foco Análise, é chefe da sucursal do Correio da Manhã em Brasília.

Jaboatão dos Guararapes - Novembro Azul

A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho tem transformado a educação pública municipal num ambiente mais inclusivo. Os investimentos da Secretaria Municipal de Educação vão desde a capacitação de professores para o ensino a crianças com algum tipo de deficiência, a criação de salas específicas para as práticas pedagógicas e profissionais especializados em psicopedagogia, garantindo assim, o melhor desenvolvimento no processo de aprendizagem.

A rede municipal de ensino atende, atualmente, 604 alunos com algum tipo de deficiência, auxiliados por 234 profissionais de Desenvolvimento Educacional Especial (ADEE) e estagiários. Novos profissionais estão em processo de contratação.

Duzentos e quarenta e sete alunos são atendidos com o uso do Aplicativo Livox nas salas de recurso multifuncional e 89 participam do Projeto Braçada Inclusiva, na Escola Antônio Benedito da Rocha, em Garapu. A ferramenta consiste em facilitar a comunicação de pessoas que possuem alguma deficiência na fala, como paralisia cerebral, autismo e outras limitações.

Recentemente, a Secretaria de Educação inaugurou uma sala de referência para alunos com deficiência visual e baixa visão, na escola Ariosto Nunes Martins, no Centro. Além disso, 52 profissionais foram capacitados pela gestão municipal para lecionar a esse público, em parceria com a Fundação Dorina, especializada em inclusão de pessoas cegas e com baixa visão. A educação do Cabo também conta com um psicopedagogo em cada regional, para atendimento aos alunos que precisam do serviço.

Jaboatão dos Guararapes - Dengue e Zika

A MP (Medida Provisória) que criou o programa de desconto na compra de veículos novos perdeu a validade na terça 3ª feira (3.out) e, com isso, os tributos federais que incidiam sobre o óleo diesel voltam a ficar zerados, o que pode baratear o valor do combustível na bomba.

Em janeiro, o governo federal decidiu manter zerada, até dezembro, a tributação pelo PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) sobre o diesel e o gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha. No entanto, essa desoneração total foi parcialmente revertida, especificamente sobre o diesel, para compensar a perda de arrecadação com o programa para baratear carros populares, ônibus e caminhões, lançado em junho. As informações são do Poder360.

Quando foi editada, a MP 1.175, que criou o programa de incentivo, voltou a tributar o diesel em R$ 0,11 por litro para bancar o desconto de R$ 1,5 bilhão em impostos sobre veículos novos, entre caminhões, vans e carros.

Ainda no fim de junho, uma nova medida elevou essa reoneração em R$ 0,03, para o total de R$ 0,14 por litro, para custear mais R$ 300 milhões em descontos extras nos carros populares, cuja demanda havia sido superada nas primeiras semanas do programa de desconto. Essa elevação no tributo do diesel ocorreria a partir de outubro e arrecadaria R$ 200 milhões extras (os R$ 100 milhões restantes já haviam sido bancados pelo aumento de R$ 0,11 sobre o litro do diesel).

Em nota, a Receita Federal confirmou os efeitos do fim da validade da MP 1.175, que faz com que a MP 1.178 também perdesse seu objeto.

“Em princípio, se não houver outra alteração legal, volta a se aplicar o disposto no art. 3º. da Lei 14.592, de 2023, que previa a desoneração do diesel e do biodiesel até 31 de dezembro de 2023. Se não houver mudanças legais até lá, a partir de 1 de janeiro de 2024 as alíquotas do diesel e do biodiesel voltam aos seus valores normais, a saber: R$0,35/litro para o diesel; e R$0,14/litro para o biodiesel”, informou o órgão.

PROGRAMA

O programa de incentivo à compra de veículos foi encerrado no início de julho, com a liberação de todos os recursos disponíveis para carros leves. De acordo com o balanço do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), 125 mil carros foram comercializados com descontos entre R$ 2.000 e R$ 8.000, ou 1,7% e 11,7%.

Já para caminhões, vans e ônibus, o programa seguia em vigor, com prazo de vigência até novembro ou até os créditos tributários se esgotarem. Estava prevista a utilização de R$ 700 milhões para a venda de caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus, sendo que, até o meio do ano, haviam sido utilizados R$ 100 milhões e R$ 140 milhões, respectivamente. O governo não informou os valores atualizados sobre a utilização dos descontos.

O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), liberou para julgamento três ações que investigam o ex-presidente Jair Bolsonaro por abuso de poder político nas eleições de 2022. Cabe agora ao presidente do TSE, Alexandre de Moraes, definir a data de julgamento.

Gonçalves, que é relator das ações por ser o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, sugeriu que os processos sejam julgados em conjunto. Eles tratam da utilização do Palácio do Planalto e do Palácio da Alvorada para fins eleitorais, como a gravação de transmissões ao vivo e a realização de eventos de campanha. As informações são do O Globo.

Nesta semana, o procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, defendeu a rejeição dessas três ações. Os processos foram abertos a partir de representações do PDT e da coligação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Bolsonaro já foi declarado inelegível por oito anos pelo TSE em outro processo, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, por ter feito ataques infundados ao sistema eleitoral em uma reunião com embaixadores. O ex-presidente, no entanto, ainda é alvo de outras 15 ações na Corte Eleitoral.

Hoteleads

O ministro da Justiça e Segurança, Flávio Dino, sugeriu hoje cedo, que a execução de três médicos ortopedistas no Rio de Janeiro, ontem à noite, tem relação com a atuação dos deputados Sâmia Bomfim e Glauber Braga, ambos do Psol. Os dois são casados, e um dos médicos assassinado é irmão da deputada Sâmia, de São Paulo.

O ministro postou uma mensagem no “X” (antigo Twitter) em que comenta que “em face da hipótese de relação com a atuação de dois parlamentares federais, determinei à Polícia Federal que acompanhe as investigações sobre a execução de médicos no Rio. Após essas providências iniciais imediatas, analisaremos juridicamente o caso”. As informações são do Misto Brasília.

Em outra postagem, Flávio Dino disse que conversou com o governador do Rio, Cláudio Castro. “A Polícia Civil já realizando diligências investigatórias. Polícia Federal também. Secretário Executivo do MJ, Ricardo Cappelli, irá ao Rio e reunirá com a direção da PF e com o governo do Estado. Eu estou indo para a Bahia, reforçar ações lá. Reitero a minha solidariedade aos familiares de todas as vítimas”.

Petrolina - Primeiro Hospital Municipal

A crise de abastecimento no Sertão de Itaparica teve repercussão imediata na Assembleia Legislativa, ontem, após manifestantes fecharem o Trevo do Ibó cobrando uma solução para crise hídrica nos Projetos Irrigados do Sistema Itaparica.

Além de usar a tribuna da Alepe para cobrar um posicionamento do Governo Federal sobre essa crise, o deputado Coronel Alberto Feitosa fez um requerimento ao ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e ao superintendente da Codevasf, Edilázio Wnaderley. Ele quer informações sobre a suspensão do abastecimento de água das agrovilas da região.

“Recebi inúmeras ligações dos representantes dos assentamentos do Sertão de Itaparica que estão há três dias sem água. Produtores rurais das agrovilas que estão perdendo suas plantações e seus animais por falta de água. Esse é o governo que ia dar uma atenção maior aos menos favorecidos?! “, questionou Feitosa.

A iniciativa do deputado ganhou o apoio do presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto, e do deputado estadual Kaio Maniçoba, que assinaram o requerimento junto com Feitosa.

Até o último dia 21 de setembro, a CODEVASF era encarregada da manutenção do sistema. Contudo, uma resolução foi emitida, transferindo tais responsabilidades para a CHESF, referentes aos projetos de Itaparica. A CHESF, por sua vez, alega ainda não ter assumido oficialmente tais atribuições, o que levou à falta de providências para a resolução do problema. “Durante os quatro anos do Governo Bolsonaro, essas pessoas não tiveram essa falta de atenção, esse desrespeito que estão tendo pelo atual Governo Lula “, reforçou o Coronel Alberto Feitosa.

Prefeitura de Paulista - Refis 2023

Por Gilson Machado*

Vice-Prefeito de Petrolândia, Rogério Novaes, que votou e trabalhou para Lula, agora está liderando protestos de fechamento de rodovias no Sertão pernambucano pela falta de energia, água e assistência aos pequenos agricultores. Isto porque a CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento Econômico do Vale do São Francisco) do Governo Lula, cortou a energia elétrica para mais de 10.000 famílias de pequenos agricultores e pecuaristas que vivem na região.

Fui na inauguração de vários trechos da transposição com o Presidente Bolsonaro. Lamentável o que começa a acontecer com a transposição do São Francisco. Quando ministro, acompanhei a esperança do Nordeste com a transposição. Até balneários turísticos se planejavam fazer em vários pontos dos reservatórios. Água chegava no Nordeste. Em tão pouco tempo essa já é a triste e crua realidade.

Agora já vemos várias autoridades estrangeiras em busca do dinheiro do pagador de impostos Brasileiro com dinheiro do BNDES. Argentina, Cuba, Venezuela estão na fila para pegar o dinheiro do brasileiro. As mesmas empreiteiras que no passado se tornaram notícia nas páginas policiais, já se preparam.

O Carro Pipa volta à cena do descaso, apesar da maior enchente do São Francisco dos últimos anos. Essa culpa eu não carrego. Essa tragédia eu avisei em todas as minhas palavras.

*Ministro de Estado do Turismo no governo Bolsonaro.

Cabo de Santo Agostinho - Refis 2023

Deus chamou hoje, por volta das três horas da madrugada, o jornalista Nivaldo Araújo, aos 85 anos. Amigo de velhas jornadas, Nivaldo foi meu braço direito no blog desde a sua fundação, há 17 anos. Por problemas de saúde, afastou-se do dia a dia da redação, deixando uma enorme lacuna.

Nivaldo Araújo foi casado com minha amiga Sônia e com ela teve dois filhos, entre eles Rafael, também jornalista, que substituiu o pai nos plantões de fim de semana no blog. Além dos filhos com Sônia, Nivaldo teve mais dois filhos, Nivaldo Araújo França e Rosângela Araújo. Texto irretocável, o Coronel Nivaldo, como assim o tratava, atuou por muitos anos no Diário de Pernambuco. Foi também da Cepe, a Companhia Editora de Pernambuco, e correspondente do Correio Braziliense em Pernambuco.

Nivaldo era tão amigo que, nas suas férias do Correio Braziliense, me recrutava para ficar no seu lugar, isso antes de me decidir em fixar residência em Brasília. Aliás, quando desembarquei no DF, já havia uma indicação de Nivaldo para o jornalista Renato Riella, chefe de redação do CB, me contratar.

Que Deus console Sônia e filhos. O legado do amigo Nivaldo é o da integridade como ser humano, profissional decente e competente. Fica a saudade e a certeza de que Deus o receberá com uma emocionante e calorosa acolhida.

Serra Talhada - Saúde

Do O Antagonista

Três médicos foram assassinados na madrugada desta quinta-feira (5) em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, em frente ao Windsor Hotel, área nobre da cidade. Entre as vítimas, está Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP). Um quarto médico foi baleado e levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, também na Barra.

Os médicos estavam na capital fluminense para participar de um congresso internacional de ortopedia. Além de Diego Bomfim, morreram no ataque Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida. A Polícia Civil do Rio de Janeiro apura o caso. A hipótese dos investigadores é de execução, já que nenhum pertence foi levado. Pelo menos 20 tiros foram disparados por três homens, todos de preto, em menos de um minuto. Até o momento, ninguém foi preso.

Caruaru Refis 2023

Por Dimitre Bezerra*

Desde o início do plano real no governo FHC pudemos observar com mais tecnicismo econômico as medidas de controle da inflação. O Brasil vinha de alguns planos econômicos (Cruzado, Bresser, Collor I e II) que de uma forma ou de outra não conseguiram controlar a inflação e melhorar a economia do país.

Uma das medidas adotada pelos governos desde então é a elevação da taxa de juros (Selic), como forma de frear o consumo, e, como consequência, impor um freio na inflação pela via da desaceleração da economia. É uma saída, inclusive, academicamente amplamente debatida e defendida. Mas, esta é uma medida paliativa ou uma solução a longo prazo?

O fato é que na quebra de braços entre o Ministério da Economia e o Banco Central do Brasil, a atual taxa Selic está fixada em 12,75% ao ano (COPOM, setembro/2023), impondo uma espécie de âncora na economia, repita-se, fundamentalmente na redução do consumo.

Ocorre que, na esteira dos sistemas tributários dos países do mundo inteiro, sobretudo nas economias ocidentais, a arrecadação nacional elegeu como fatos geradores: a renda, o consumo, a produção, os serviços, a propriedade, entre outros.

Tal paradigma nos leva a crer que a manutenção da arrecadação tributária para custeio da máquina estatal e dos investimentos públicos reclamam uma crescente evolução nos indicadores destes fatos geradores, lastreada no crescimento econômico.

Contudo, se analisado sob outro prisma, o que acontece quando se impõe um freio na economia com vistas ao controle da inflação?

O noticiário nacional estampou dias atrás, que seguindo uma tendência, a arrecadação federal caiu 4,14% (descontando a inflação), no período ago/2022 a ago/2023. Tal fato já seria um problema para a União Federal, mas nas entrelinhas as consequências atingem drasticamente aos municípios, sobretudo os menores.

Dados da Confederação Nacional dos Municípios demonstram que dos 5.570 municípios do Brasil, 22% tem menos de 5.000 habitantes, sendo que na sua imensa maioria a arrecadação tributária própria (IPTU, ISS, ITBI, COSIP, além de taxas e tarifas) não chega a 10% dos orçamentos locais.

Não vamos adentrar na eficiência da gestão tributária dos municípios de pequeno porte, que tem características próprias que vão desde a ausência de corpo técnico capacitado para a cobrança de tributos, passando pela insignificância dos valores reais a serem cobrados, até a capacidade de pagamento dos contribuintes.

A realidade do atual pacto federativo, é que de parte da arrecadação federal é retirado um percentual do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, e, do imposto sobre produtos industrializados, que é dividida com Estados e Municípios à razão de 22,5% para cada grupo, formando o Fundo de Participação dos Estados e o Fundo de Participação dos Municípios, chamados de transferências obrigatórias (Art. 159, I, CF/88).

Na esfera estadual, os estados membros repassam aos municípios 25% da arrecadação do imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços – ICMS (art. 158, IV, da CF/88).

No cenário onde a taxa Selic é utilizada para conter a inflação mediante a desaceleração econômica, é fato que fatos geradores de tributos ligados ao consumo são impactados, reduzindo – por exemplo – vendas, produção, e geração de empregos, tendo por consequência, redução da arrecadação tributária.

Voltando ao problema dos municípios, resta a impressão de que as transferências obrigatórias são fiadoras das políticas públicas necessárias a garantia do estado de bem-estar social (Welfare State), envolvidas lato sensu em educação, saúde, previdência e assistência social, além de segurança.

Nestas breves linhas não vamos adentrar sobre outra consequência nefasta da manutenção de uma taxa Selic alta, que impacta o custo de rolagem da dívida pública federal mediante a precificação dos títulos emitidos pelo tesouro nacional para se relacionar com o mercado financeiro. Isso é matéria para outra conversa.

Mas a reflexão suscitada, feita no intróito deste artigo permanece. A utilização da taxa Selic à longo prazo para esfriar a economia é benéfica? Por vários fatores aqui apresentados, nos indica que dita medida não traz vantagem para o Estado, para a economia e para a sociedade.

Fica a reflexão.

*O autor é graduado em direito, especialista em prática do processo, mestre em gestão pública, Procurador Geral do Município de Caruaru-PE e líder MLG

Ipojuca - Muro de Arrimo

Democrata, estadista, unanimidade 

Gustavo Krause, um dos políticos mais fiéis da chamada escola macielista, disse certa vez que Marco Maciel se revelou um dos seres humanos menos imperfeitos que conheceu em vida. O ‘Marco de Pernambuco’, como assim ficou conhecido, também pecou, mas criou uma escola política diferenciada. Para ele, o exercício da vida pública era sacerdócio.

Dedicou 50 anos da sua passagem pela terra à vida pública e morreu, em 2021, revelando-se quase uma unanimidade, respeitado entre a direita e a esquerda, reverenciado por dogmáticos, cristãos e seguidores de qualquer credo. Na homenagem que recebeu, ontem, no Senado, com uma sala batizada com o seu nome, foi classificado como grande brasileiro, estadista, um homem acima do bem e do mal.

Paulo Paim, senador petista pelo Rio Grande do Sul, saiu de uma agenda que cumpria numa comissão ao lado, adentrou no recinto sem pedir licença nem permissão para falar, e, de braços levantados, em direção à plateia, beijou a mão de Anna Maria, num gesto de reverência, e disse: “Marco Maciel foi um dos maiores homens públicos que conheci. Um democrata, que me mandava até cartãozinho de aniversário. Viva Marco Maciel”, afirmou, sob os olhares de espanto dos curiosos.

Autor da proposição, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) tratou Marco Maciel de estadista e fez uma revelação que surpreendeu a todos. Citou a presença no ato de um prefeito do seu Estado e informou que foi no município dele que foi alicerçado o maior plano de assentamento do País por decisão de Marco Maciel quando vice-presidente. “Maciel serviu ao Brasil sem se servir dos tantos cargos que ocupou”, completou.

“Eternizamos agora esse nome aqui nesta sala, reservada principalmente às CPIs, que têm o objetivo de esclarecer a população. Que esse ambiente seja também marcado pelo entendimento e pela busca na convergência nos debates dos grandes temas de interesse nacional”, disse o autor da proposta de homenagem. Outro discurso entusiasmado foi o do senador e ex-governador do Mato Grosso, Jayme Campos (UB). Relator da matéria, contou episódios que vivenciou de perto ao lado do homenageado e afirmou que escola macielista foi a da decência, da honra e da pacificação política.

O que importava era o bem – O senador Fernando Dueire (MDB-PE), um dos pais da ideia, afirmou que o grande público na inauguração é um reflexo de quem Marco Maciel foi: um político que agregava, nas palavras do parlamentar. “Hoje é dia de saudade, dia de homenagear a vida que serviu a outras vidas e que se dedicou, de coração e alma, a Pernambuco, ao Nordeste e ao Brasil. Entre passagens e permanências, conto 16 senadores prestigiando o evento. Isso é Marco Maciel, esse homem que entendia que nós tínhamos visões de mundo diferentes, caminhos diferentes, mas o que importava era o bem, o espírito público em favor do País e da política”, afirmou.

Maior referência – Vice-governadora de Pernambuco, egressa como o pai, o ex-governador Gustavo Krause, da escola macielista, Priscila Krause (Cidadania) se emocionou bastante ao final da sua fala. Depois de afirmar ser cria do macielismo e de se orgulhar disso, afirmou que Marco Maciel continua sendo a maior referência em sua vida pública. “Era um homem de elevado espírito público, devotado às grandes causas do País e do nosso Pernambuco”, afirmou.   

Urgência para compensação – A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, ontem, o projeto que garante a compensação de R$ 27 bilhões da União para estados e o Distrito Federal em razão da perda de receita provocada pelo corte de ICMS incidente sobre combustíveis, ocorrido entre junho e dezembro de 2022. A matéria, enviada ao Congresso pelo Executivo e relatada com parecer favorável pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), deveria ser encaminhada à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), mas o senador Otto Alencar (PSD-BA) apresentou requerimento de urgência para análise em Plenário, após obter anuência do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Recurso ao TCU – O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, entregou ao presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, os estudos feitos pela entidade que mostram os impactos do excesso de obrigações repassadas aos Municípios ao longo dos anos e que agravaram a crise financeira nas prefeituras. Pediu o apoio do órgão de controle para que analise os dados levantados pelo movimento municipalista que mostram a situação insustentável evidenciada na Mobilização Municipalista e recebeu do presidente do TCU a sinalização de que a demanda terá encaminhamento.

Janja e as cadelas – A primeira-dama Janja da Silva levou as cadelas Paris e Resistência ao Santuário São Francisco de Assis, em Brasília, ontem, para receber bênçãos do santo que é considerado o protetor dos animais pelos católicos. As cadelas foram abençoadas por dois freis franciscanos. Janja compartilhou o momento nas redes sociais junto a uma oração do santo na legenda. “Aproveito para deixar um trecho da oração de São Francisco: ‘Senhor, fazei-me um instrumento de Vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor.’ Que São Francisco de Assis e sua compaixão sigam inspirando a todos nós”.

CURTAS

RECADO AO STF – O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse, ontem, ser “importante” que os Poderes públicos se contenham dentro de seus limites constitucionais. De sua parte, afirmou que a Câmara “cultiva e respeita” suas funções delimitadas na Carta Magna. Deu a declaração em evento sobre os 35 anos da Constituição de 1988 realizado na Casa.

TUPARETAMA PRESENTE – O lançamento do livro ‘O Estilo Marco Maciel’ em Afogados da Ingazeira, marcado para o próximo dia 19, vai se transformar num evento regional, agregando prefeitos de vários municípios. O primeiro a confirmar foi Sávio Torres, de Tuparetama.

Perguntar não ofende: Com a adesão do MDB ao Governo Raquel, João Campos vai manter o secretário Murilo Cavalcanti, indicado pelo partido?

A Suíça oficializou, hoje, apoio ao Fundo Amazônia por meio de um acordo assinado nesta tarde entre os dois países. A primeira contribuição do governo suíço será de R$ 30 milhões, repassados ao Brasil de forma imediata, como prevê o acordo. A cerimônia ocorreu no Espaço Oscar Niemeyer, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e reuniu autoridades dos dois países.

A assinatura do acordo marca um compromisso da Suíça anunciado em julho deste ano pelo conselheiro federal da Confederação Suíça, Guy Parmelin, durante visita oficial ao Brasil. O Fundo Amazônia é uma das principais fontes de financiamento de ações de proteção ao meio ambiente na região. Alemanha e Noruega são os principais doadores, atualmente.

“O Fundo Amazônia é hoje, continua sendo ao longo desses quinze anos, o maior fundo do mundo. Para nós, é muito importante ações como essa, que a gente está assinando hoje, que mostram e sinalizam a importância de continuarmos executando e exercendo essa ação super importante [de preservação da Amazônia]”, afirmou a diretora do BNDES, Tereza Campello.

Na ocasião, foi inaugurada a exposição “O Legado Suíço-brasileiro na Amazônia: Arte, Ciência e Sustentabilidade”, sobre a parceria histórica do país com a região amazônica. O evento contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, do embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri, e da diretora socioambiental do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Tereza Campello.

Belo Jardim - Nova Creche - Vovó Maria

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), sancionou, em seu gabinete, na tarde de hoje, o projeto de lei que regulamenta o piso salarial de enfermeiros e técnicos de enfermagem. A Prefeitura do Recife repassou, na última sexta-feira (29), aos profissionais de enfermagem da rede própria de saúde e de organizações sociais contratadas pelo município, o pagamento que garantiu o piso da categoria, conforme a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 42/2022. Com o repasse de  R$ 4.437.334,35 pelo Governo Federal, o repasse para as categorias de auxiliares e técnicos de enfermagem foi implantado no contracheque dos servidores, regularizando o período de maio a agosto de 2023.

“Acabei de sancionar o projeto de lei de autoria do Executivo para fazer a regulamentação do pagamento do piso para enfermagem e técnico de enfermagem. A matéria foi apreciada pela Câmara e agora o município está devidamente autorizado para poder fazer a regularização dos pagamentos devidos. Quero agradecer a toda a nossa equipe e nossos parceiros que nos ajudaram tanto na interlocução, quanto na condução dessa pauta que agora é a mais nova lei do Recife e com isso a cidade vai conseguir seguir com os pagamentos”, afirmou João Campos. 

No momento da sanção, também estavam presentes a secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque, o presidente da Câmara de Vereadores do Recife, Romerinho Jatobá, a enfermeira da Rede Municipal, Priscila Ferraz, e o técnico de enfermagem da Rede Municipal, Benjamim da Saúde.

“Hoje é um dia importante. A gente sai daqui do gabinete do prefeito com a aprovação do piso salarial da enfermagem. Esse projeto chegou na Câmara e, em menos de uma semana, a gente conseguiu a aprovação para essa classe tão importante para a nossa cidade. A gente poder implantar o piso aqui na cidade é uma grande vitória. Parabéns ao prefeito e a todos os que fazem a saúde do nosso município”, disse o presidente da Câmara Municipal do Recife, Romerinho Jatobá, na ocasião.

De acordo com a enfermeira da rede municipal, Priscila Ferraz, trata-se de um dia histórico. “Nós que lutamos tanto durante a pandemia e salvamos tantas vidas, hoje conquistamos mais esse direito e mais essa valorização. Agradecemos ao prefeito João Campos, a toda a sua equipe de saúde, à Câmara Municipal do Recife e ao presidente Romerinho Jatobá. Nossa conquista está começando e a nossa luta vai continuar”, disse.

Vitória Reconstrução da Praça

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

O Instituto de Recursos Humanos (IRH) decidiu por não renovar o contrato de prestação de serviço com o Centro Especializado Terapia de Olinda (Cetol), deixando, desta forma, mais de cem pacientes do Sassepe que eram atendidos no local sem assistência. 

Em comunicado emitido aos responsáveis e pacientes do local, o aviso foi que o atendimento aos pacientes assistidos, em sua maioria crianças autistas e com outros transtornos do desenvolvimento, foi encerrado no último dia 30. No texto, a direção do Cetol lamentou a decisão do IRH e informou que embora tivesse tentado renovar o contrato, a decisão do IRH pela não prorrogação foi enviada, via e-mail, no dia 13 de setembro.

“A partir desta data, o Cetol solicitou uma prorrogação desse prazo, enviando ofício de manifesto de interesse de continuidade contratual, mas não obtivemos respostas até o presente momento”, afirma o comunicado, emitido na última sexta-feira (29). 

Desta forma, desde o sábado (30), os pacientes do Sassepe atendidos no local estão sem ter como realizar a continuidade do tratamento. É o caso do servidor Ricardo Melo, que tem uma filha com diagnóstico de paralisia cerebral e há dez anos faz fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicologia clínica no Cetol. “No domingo, recebemos a notícia que o Sassepe havia cancelado o contrato”, lamenta Ricardo.

Segundo ele, o fato não está restrito ao Cetol, mas a outras instituições que atendem crianças com necessidades especiais. “Quando as famílias buscam informações junto ao IRH, eles alegam que as clínicas é que solicitaram descredenciamento, fato que não condiz com a realidade. O Blog procurou a Assessoria de Comunicação do IRH, mas, lamentavelmente, não obteve uma resposta até a publicação deste material.

Pousada Carcará
Hotel Encanto do Sertão

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Não apenas os agricultores que interditam, desde as primeiras horas desta madrugada, as quatro saídas do Trevo do Ibó, estão em protestos no dia de hoje. Um grupo de reassentados do Sistema Itaparica que residem em Petrolândia também querem chamar a atenção do Governo Federal sobre a situação crítica de abastecimento de água nos perímetros irrigados da região. 

Há três dias, uma interrupção dos serviços prestados por empresas terceirizadas à Codevasf deixou os moradores que vivem nos perímetros irrigados sem água. A interrupção, de acordo com nota enviada ao Blog pela Codevasf, se deu em razão do órgão ter remetido à Chesf, real proprietária dos Projetos Públicos de Irrigação do Sistema Itaparica.

“A responsabilidade pelas despesas de operação, manutenção e energia elétrica dos projetos, de modo a garantir o adequado funcionamento das infraestruturas de uso comum do Sistema”, afirmou o documento. Até uma resolução definitiva, os protestos devem continuar

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, comentou, hoje, recentes movimentos de congressistas sobre o funcionamento da Suprema Corte do país. Em entrevista, o magistrado disse não ver “razão” para mudanças na composição e nas regras do Supremo. Ele acrescentou, no entanto, que, na democracia, “nenhum tema é tabu”.

Nas últimas semanas, ganhou força, no Congresso, a ideia de instituir um mandato com prazo fixo para o cargo de ministro do STF. Barroso disse não ver essa proposta “com simpatia”. O movimento se intensificou depois de o Supremo analisar temas de forte impacto social, como o julgamento sobre a demarcação de terras indígenas.

Mais cedo, nesta quarta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera, entre outros pontos, as regras para pedido de vista (prazo extra) e para decisões individuais de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A análise da proposta na sessão da comissão durou somente 40 segundos.

Além disso, também nesta quarta, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu em evento que cada poder previsto na Constituição atue dentro dos seus limites. “[A Constituição] delimita claramente as atribuições de cada poder. Quais são os limites constitucionais, quais são as atribuições, quais são os deveres, quais são os direitos”, disse.

“Eu penso sempre que o equilíbrio entre os poderes é a melhor maneira de viver em harmonia, que é o que se prega: independência com harmonia. Posso falar pela Câmara, não pelos outros poderes. Com a Câmara, eu posso afirmar que ela sempre se conteve dentro dos seus limites constitucionais e assim permanecerá”, continuou.

Coluna do Blog

Programa Frente a Frente

TV Blog do Magno

Prefeitura de Paulista - Refis 2023
O estilo Marco Maciel
Jaboatão dos Guararapes - Dengue e Zika
Garanhuns Mais Trabalho, Mais Desenvolvimento
Jaboatão dos Guararapes - Novembro Azul

Opinião

Parceiros

Categorias

30 dias GRÁTIS do Amazon Music Unlimited