Jaboatão dos Guararapes - IPTU 2025

Lula lidera para 2026 mesmo com Bolsonaro, diz Datafolha

Do Poder360

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera os cenários para as eleições presidenciais de 2026 quando testado contra os principais nomes da direita, diz pesquisa Datafolha realizada de 1º a 3 de abril e divulgada neste sábado (5).

Em simulação estimulada com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o petista teria 36%, contra 30% de seu antecessor – que está inelegível por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A diferença está acima da margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Ciro Gomes (PDT), com 12%, Pablo Marçal (PRTB), com 7%, e Eduardo Leite (PSDB), com 5%, vêm na sequência.

Eis os números da primeira simulação apresentada pelo Datafolha:

• Lula (PT): 36%

• Jair Bolsonaro (PL): 30%

• Ciro Gomes (PDT): 12%

• Pablo Marçal (PRTB): 7%

• Eduardo Leite (PSDB): 5%

branco/nulo/nenhum: 9%

não souberam: 2%

A empresa do jornal Folha de S.Paulo ouviu 3.056 pessoas em 172 municípios de 1º a 3 de abril de 2025. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Outros cenários

Sem Bolsonaro, Lula amplia a margem que há entre ele e o segundo colocado. Numa segunda simulação, o petista teria 35% contra 15% do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Eis os números:

• Lula (PT): 35%

• Tarcísio de Freitas (Republicanos): 15%

• Ciro Gomes (PDT): 11%

• Pablo Marçal (PRTB): 11%

• Ratinho Junior (PSD): 5%

• Eduardo Leite (PSDB): 3%

• Romeu Zema (Novo): 3%

• Ronaldo Caiado (União Brasil): 2%

branco/nulo/nenhum: 11%

não souberam: 3%

Na terceira simulação, com Eduardo Bolsonaro (PL), o filho do ex-presidente pontua 11%, contra 35% de Lula, na liderança, e 12% de Ciro Gomes (PDT), em segundo lugar numericamente e empatado na margem com o congressista licenciado.

Eis os números:

• Lula (PT): 35%

• Ciro Gomes (PDT): 12%

Eduardo Bolsonaro (PL): 11%

Pablo Marçal (PRTB): 10%

• Ratinho Junior (PSD): 6%

• Romeu Zema (Novo): 4%

• Eduardo Leite (PSDB): 4%

• Ronaldo Caiado (União Brasil): 3%

branco/nulo/nenhum: 12%

não sabem: 3%

Já em um cenário com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), o cenário é o seguinte:

Lula (PT): 35%

Michelle Bolsonaro (PL): 15%

Ciro Gomes (PDT): 12%

Pablo Marçal (PRTB): 10%

Ratinho Junior (PSD): 5%

Romeu Zema (Novo): 4%

Eduardo Leite (PSDB): 3%

Ronaldo Caiado (União Brasil): 3%

branco/nulo/nenhum: 10%

não sabem: 2%

Num teste mais restrito, o Datafolha testou Lula, Tarcísio e Marçal. O resultado mostra que os dois nomes da direita, juntos, pontuam 39%, contra 43% do petista. Eis os números:

• Lula (PT): 43%

Tarcísio de Freitas (Republicanos): 24%

• Pablo Marçal (PRTB): 15%

branco/nulo/nenhum: 16%

não sabem: 2%

Dulino Sistema de ensino

Durante a Peregrinação Interdiocesana da Campanha da Fraternidade realizada, neste sábado (5), na cidade de Orocó, o trabalho do deputado federal Fernando Monteiro (Republicanos) foi reconhecido por reassentados do Sistema Itaparica, que exibiram faixas de agradecimento pelo seu compromisso com a causa dos agricultores. O evento, promovido por seis dioceses de Pernambuco e Bahia, reuniu centenas de fiéis e autoridades em defesa da vida, do meio ambiente e da dignidade das famílias que dependem dos perímetros irrigados para sobreviver.

A mobilização interdiocesana teve como foco a preservação do rio São Francisco e a solidariedade aos cerca de 50 mil atingidos pela barragem de Itaparica, que há mais de 30 anos aguardam soluções definitivas para problemas estruturais dos reassentamentos. Fernando Monteiro é autor do Projeto de Lei 2113/24, que prevê a utilização otimizada, pelos projetos irrigados, do montante energético anual não consumido pelo Projeto de Integração do São Francisco (PISF).

“Os projetos de irrigação do Sistema Itaparica participam muito fortemente da nossa economia, contribuindo com a geração de emprego e renda e impactando nas vidas de mais de 50 mil pessoas”, ressaltou o deputado.

Ao lado de representantes das comunidades, Fernando Monteiro também destacou que acaba de assegurar, por meio de emenda ao Orçamento da União, o montante de R$ 50 milhões destinados a melhorias nos perímetros irrigados do sistema. A iniciativa foi apresentada em parceria com o deputado baiano Mário Negromonte Júnior.

Petrolina - O melhor São João do Brasil

O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto, afirmou hoje, durante o XVI Congresso Estadual do PSB, que o PSDB estadual promoverá encontros em todas as regiões do estado para escutar a população e discutir os rumos da legenda para 2026. No comando do partido desde a última quarta-feira (2), o parlamentar declarou que, sob sua presidência, a sigla adota uma postura de independência em relação ao governo estadual. “Tenho certeza que a união que vai tirar Pernambuco do atraso vai começar hoje aqui. Não sou dono do PSDB. Vamos sentar na mesa, dialogar e tomar decisões em conjunto”, disse.

Conhecido por adotar posições firmes, Porto reforçou que não ficará “em cima do muro” e que o PSDB está disposto a apoiar o nome mais preparado para enfrentar os desafios do estado. “Independentemente de sigla partidária, a gente vai trabalhar o melhor nome para tirar Pernambuco do atraso que está hoje”, afirmou. Para ele, o momento exige articulação entre diferentes forças políticas. “Temos um longo caminho pela frente, mas o sentimento que observamos em cada canto de Pernambuco é favorável a uma nova mudança.”

O deputado fez críticas à atual gestão estadual, citando problemas na saúde, segurança e educação. Ele mencionou especificamente a situação de estudantes do programa Ganhe o Mundo que ainda vivem em hotéis no Chile por falta de regularização. “O pior exemplo disso são estudantes que estão no Chile e ainda estão morando em hotéis porque não estão regularizados no programa Ganhe o Mundo, criado pelo ex-governador Eduardo Campos”, pontuou.

Álvaro Porto também elogiou figuras da política pernambucana durante o congresso, como o deputado estadual Sileno Guedes, reconduzido à presidência do PSB, e o prefeito do Recife, João Campos. “Tem gente que veio pra ficar na política. Este é o caso de João Campos”, afirmou. Ao final de sua fala, ele destacou a homenagem ao ex-deputado José Patriota, falecido em 2024, ressaltando o legado do político para o fortalecimento do municipalismo em Pernambuco. Disse que mesmo convivendo pouco tempo com Patriota, que também foi prefeito de Afogados da Ingazeira, aprendeu muito com o político.

Ipojuca - IPTU 2025 - Vencimento 30 Abril

Do g1

Um avião monomotor precisou realizar um pouso forçado na BR-101 em Garuva, no Norte de Santa Catarina, neste sábado (5). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), havia duas pessoas a bordo, o piloto e o proprietário do avião, e ninguém se feriu.

Vídeo feito por ocupantes de um veículo mostra o avião de pequeno porte pousando em meio a carros e caminhões (assista abaixo). Ele não colidiu com nenhum veículo.

O incidente ocorreu por volta das 11h50 no quilômetro 15 da rodovia, sentido Porto Alegre (RS), segundo a PRF.

A polícia informou que os ocupantes do avião saíram do aeroclube de Guaramirim, também no Norte catarinense, com destino ao mesmo local, mas uma pane no motor obrigou o piloto a fazer um pouso de emergência na rodovia.

A aeronave Pelican 500 BR parou no acostamento e, às 12h40, já havia sido empurrada e colocada para fora da pista, de acordo com a Arteris Litoral Sul, concessionária responsável pelo trecho. As faixas estão liberadas.

Mecânicos foram chamados para avaliar as condições da aeronave, que possui certificado de aeronavegabilidade em situação normal, segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), e retiraram as asas para que o avião seja levado por terra ao seu destino. Às 16h10, eles aguardavam o caminhão para fazer o deslocamento.

O g1 questionou a Força Aérea Brasileira (FAB) se o incidente será investigado, mas não teve retorno até a última atualização da reportagem.

Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foram acionados para apurar as circunstâncias da ocorrência.

Caruaru - São João na Roça

Durante dois dias, ontem e hoje, lideranças políticas de todo o País participaram, em Brasília, da Reunião Nacional do Avante. O encontro, que contou com a presença do presidente do partido em Pernambuco, Sebastião Oliveira, debateu pautas importantes do atual cenário político brasileiro e discutiu as diretrizes que guiarão a legenda.

“O fortalecimento e o crescimento do Avante em todo o Brasil, sobretudo, em Pernambuco, é fruto de muito planejamento e trabalho. Esse encontro foi muito importante para alinharmos ideias e trocarmos experiências exitosas. O foco do nosso time sempre será trabalhar em prol de quem mais precisa e pelo desenvolvimento do País”, destacou Oliveira.

Em relação à relevância do Estado para o partido, Sebastião destacou: “Waldemar Oliveira tem desempenhado um papel de muita relevância na Câmara dos Deputados, como vice-líder do governo e presidente e membro de importantes comissões. O resultado do seu esforço tem mudado a realidade de milhares de famílias espalhadas por todas as regiões pernambucanas. O modelo de gestão dos nossos prefeitos é aprovado pelo povo e replicado. Estamos trabalhando a todo vapor na busca de reforçar a nossa representatividade nos cenários nacional e estadual. O caminho do fortalecimento e do crescimento do Avante passa obrigatoriamente por Pernambuco”, explicou o presidente do Avante Pernambuco.

Camaragibe - Cidade trabalho 100 dias

Representante da Enfermagem na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Gilmar Júnior (PV) esteve, ontem, no Hospital da Restauração (HR), no Recife, para conversar com os profissionais da área. No local, o parlamentar recebeu diversas denúncias da categoria, como irregularidades no pagamento dos plantões extras.

O deputado vem expondo que o Governo Raquel Lyra (PSD) não repassou para os profissionais os recursos do Piso Nacional da Enfermagem. Segundo o parlamentar, Pernambuco tem R$ 14,7 milhões enviados pelo Governo Federal para serem pagos à categoria, mas o Poder Executivo não liberou os valores. A informação está disponível no portal Investsus.

O parlamentar explicou como funcionam os plantões extras. Segundo ele, é uma modalidade de trabalho, onde o trabalhador presta o seu serviço ao Estado, sem vínculo trabalhista (nem é contratado, nem é concursado) ou até pode ser, mas entrega plantões a mais, pois falta pessoal (dimensionamento inadequado) e deve receber por ele até o quinto dia útil do mês seguinte. No entanto, mesmo com os recursos garantidos pelo Governo Federal, a Enfermagem sofre para receber.

“A realidade é que os profissionais estão dando os plantões extras e não recebem, ou recebem de forma incorreta. Existem casos de profissionais que trabalharam seis plantões extras em janeiro e só receberam dois! Como pode isso? Trabalhar sem receber nada? O Governo do Estado diz que está em dia. Mas falta com a verdade! Fomos no HR e nos deparamos com essa realidade terrível. Um Poder Executivo que invisibiliza profissionais de Enfermagem e tratam eles como escravos”, denunciou Gilmar Júnior.

Alerta

Gilmar Júnior ainda enfatizou a importância dos profissionais e cobrou atenção do Estado. “Sem a Enfermagem, as coisas não funcionam e um hospital como a Restauração para — e quem sofre é a população. Se for procurar, a população está nas filas, no chão. O discurso da governadora Raquel Lyra, com todo o respeito, é de que o governo dela é para as mulheres. Mas, 85% da Enfermagem é feminina e ela não cuida dessa profissão, que é feminina”, questionou o parlamentar.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

A Prefeitura de Camaragibe anunciou, neste sábado (5), a pavimentação da Rua Santa Mônica, no bairro homônimo. A obra terá investimento de R$ 826 mil e integra o pacote de ações de infraestrutura urbana da gestão do prefeito Diego Cabral. Com essa nova ordem de serviço, sobe para oito o número de ruas contempladas com pavimentação nos primeiros três meses de gestão, totalizando quase R$ 11 milhões investidos.

A assinatura da ordem de serviço aconteceu durante uma edição especial do programa “Segundou com trabalho”, que, excepcionalmente neste fim de semana, virou “Sabadou com trabalho” por conta de compromissos do prefeito em Brasília. A intervenção na Rua Santa Mônica inclui piso intertravado de concreto, contenção de encosta, drenagem, passeio com acessibilidade e sinalização vertical e horizontal. A obra será executada pela Construtora Ingazeira, com prazo de conclusão de até quatro meses, contemplando uma área de 1.690 metros quadrados.

A solenidade contou com a presença da vice-prefeita Comandante Débora, vereadores, secretários, representantes da Guarda Municipal e lideranças comunitárias. A ação atende a uma demanda antiga da população de Santa Mônica e se soma a outras iniciativas da gestão municipal, que já contemplaram bairros como Celeiro, Novo do Carmelo, Viana, Timbi, Bairro dos Estados e o loteamento São João e São Paulo. Algumas dessas vias serão entregues oficialmente à população no dia 10 de abril.

Toritama - FJT 2025

Do portal Metrópoles

Basta fazer uma rápida compra no mercado, seja em grandes capitais ou em pequenas e médias cidades do país, para entender por que o preço dos alimentos está entre as maiores preocupações do cidadão comum e virou um desafio permanente para o governo Lula, afetando negativamente a avaliação do presidente.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, ficou em 0,64% em março, desacelerando em relação à taxa de fevereiro (1,23%). Apesar de perder força, o indicador foi alavancado pela resiliência da inflação do grupo de alimentos e bebidas, que avançou 1,09% e respondeu por 0,24 ponto percentual do IPCA-15 no mês passado.

Em fevereiro deste ano, ainda segundo o IBGE, a inflação dos alimentos havia sido de 0,61%. No acumulado de 12 meses até março, a alta é de 7,42% – bem acima dos 5,26% registrados pelo IPCA-15 no mesmo período.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação no Brasil para este ano é de 3%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ela será cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%.

Fenômenos climáticos

De acordo com especialistas ouvidos pelo Metrópoles, uma combinação de fatores explica o aumento nos preços dos alimentos no Brasil, em um fenômeno que já não é tão recente e se agravou nos últimos anos. Eventos climáticos extremos, com períodos de chuvas mais intensas ou de secas prolongadas, acabaram influenciando diretamente a oferta e o volume da produção. Além disso, a demanda por produtos do agro brasileiro ficou mais aquecida tanto no mercado interno quanto no externo.

“À medida que a inflação de alimentos se sustenta acima da inflação média, isso significa que colocar alimento na mesa está pesando mais para as famílias. Se os salários são corrigidos pelo IPCA médio e os alimentos sobem mais do que esse índice, essa remuneração não acompanha a inflação de alimentos. Você tem de gastar mais para consumir a mesma quantidade de comida”, explica o economista André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre.

“De 2020 para cá, tivemos a pandemia, que criou graves problemas nas cadeias produtivas globais. O custo para que os alimentos chegassem à mesa das famílias aumentou muito. Depois tivemos eventos climáticos sérios, como a crise hídrica de 2021, que elevou o preço dos alimentos por causa da pouca chuva”, observa Braz. “Em 2022, tivemos a guerra entre Rússia e Ucrânia, que também elevou os preços de algumas commodities, encarecendo as carnes em geral. Em 2023, houve até uma queda no preço dos alimentos, mas muito pequena frente ao aumento acumulado. E, finalmente, em 2024, tivemos o El Niño, que resultou em fortes chuvas, e o La Niña, que secou algumas áreas do país, levando à quebra da safra de café.”

O fenômeno El Niño, por exemplo, provoca o aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, causando profundas alterações nos padrões climáticos globais – o que afeta diretamente a agricultura. No Brasil, regiões como o Norte e o Nordeste ficaram mais secas, enquanto o Sul do país sofreu com o excesso de chuvas, como ocorreu entre abril e maio do ano passado na tragédia climática do Rio Grande do Sul.

Economia aquecida e demanda maior

Outro fator que ajuda a explicar a inflação persistente dos alimentos no Brasil é o aumento da demanda interna, provocado pelo aquecimento da economia. Segundo dados divulgados pelo IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 3,4% em 2024, depois de já ter avançado 3,2% no ano anterior. A taxa de desemprego no país, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), ficou em 6,8% em fevereiro – o menor nível para o mês desde 2014.

“Nos últimos anos, a economia brasileira vive uma fase bastante aquecida, com índices fortes de crescimento. Quando olhamos para o desemprego atual, é uma taxa baixa para os padrões brasileiros”, afirma André Diz, professor de MBA do FGV Agro. “Tudo isso sinaliza uma economia aquecida, com o mercado de trabalho crescendo no número de ocupados e no salário médio. Uma parte disso [inflação dos alimentos] é por causa do crescimento da economia brasileira. Esse crescimento da renda acaba se materializando na forma de demanda por alimentação”, explica.

No ano passado, o mercado aquecido foi um dos responsáveis pelo aumento no preço da carne. A procura interna pela proteína foi grande, ao mesmo tempo em que diversos fornecedores do exterior – como os Estados Unidos e a Austrália – recorreram ao Brasil para suprir problemas de suas produções.

Dólar e incerteza fiscal

Outra explicação apontada pelos analistas é a valorização do dólar frente ao real observada no fim do ano passado. A alta da moeda norte-americana em relação à brasileira é considerada determinante para o aumento do preço doméstico dos alimentos, que está ligado aos valores praticados no mercado internacional (determinados em dólar).

Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o dólar fechou o ano passado cotado a R$ 6,10, uma alta de 24% em relação ao valor do início de 2024 (R$ 4,91). Essa trajetória se acentuou a partir de novembro, quando o governo federal apresentou um pacote fiscal que projetava uma economia de R$ 70 bilhões em dois anos. O valor foi considerado insatisfatório pelo mercado, cuja percepção negativa aumentou ainda mais com o anúncio, em paralelo, da proposta de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil.

“O que fica na conta do governo é a questão cambial. As razões que justificam a desvalorização cambial têm a ver com os riscos que a nossa economia impõe aos investidores. O risco do momento é o fiscal”, aponta André Braz, do FGV Ibre.

“Há uma dívida pública crescente e não se tem certeza de como ela será reduzida no médio ou longo prazo. Essa falta de uma política fiscal mais austera é o que sustenta a nossa taxa de câmbio em um patamar de forte desvalorização”, analisa. “E já esteve muito pior, chegando a R$ 6,30 no início deste ano. A taxa de câmbio já se recuperou um pouco, mas ainda segue muito desvalorizada. Poderíamos ter uma moeda mais fortalecida, o que nos ajudaria muito a diminuir a inflação de alimentos.”

Medidas do governo vão funcionar?

Em meio à queda na aprovação do governo federal e na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Executivo anunciou, no começo de março, uma série de medidas para tentar conter a escalada dos preços da comida, como a isenção do imposto de importação de um grupo de alimentos: carnes desossadas de bovinos, café torrado, café em grão, milho em grão, azeite de oliva extravirgem, açúcares de cana, massas, bolachas, biscoitos e óleo de girassol.

“Esses alimentos que o governo colocou na lista, de fato, começaram a apresentar uma inflação cada vez mais baixa desde o início de março. Mas não creio que isso seja responsabilidade da tarifa zero, pelo menos por enquanto. Já estavam em curso efeitos para desacelerar o preço desses alimentos. Ele começou a subir menos porque já tinha chegado ao seu limite”, explica André Braz. “O café, por exemplo, subiu tanto que agora não tem mais razão para subir mais, vai equilibrar. Estamos vendo uma desaceleração da inflação desses alimentos justamente pela falta de espaço para aumentos maiores. Eles continuam subindo de preço, mas em patamar cada vez menor”, afirma.

No caso do café, por exemplo, a escalada dos preços observada nos últimos tempos é decorrente da falta de chuvas durante os períodos de desenvolvimento das lavouras. Não foram poucos os produtores que tiveram de aumentar seus gastos com a produção, em busca de novas técnicas para a manutenção das lavouras. Além disso, houve aumento das exportações em 2024, com o recorde de 50,4 milhões de sacas de 60 quilos. Com o aumento da procura, o preço subiu. “Tivemos uma exportação recorde, o que gera um desafio para a inflação de alimentos. Exportando muito, falta alimento aqui”, diz Braz.

De fato, depois de engatarem altas durante quatro meses, renovando sucessivos recordes, os preços do café fecharam o mês de março em baixa no Brasil, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP). No mês passado, a média de preço do café arábica, variedade mais consumida no Brasil, ficou em R$ 2.547,71 por saca de 60 quilos. O resultado representou uma queda de 3,16% (ou cerca de R$ 80 por saca) em relação a fevereiro.

O que esperar

Para André Braz, a expectativa é a de que a inflação dos alimentos desacelere até o fim do ano, mas dificilmente haverá uma queda dos preços no curto ou médio prazo. “Pode ser que os preços subam menos do que se estimava. No começo do ano, se esperava uma alta de 10% a 11% para alimentos em 2025. Pode ser que fique entre 6,5% e 7%. Mesmo assim, é muita inflação para alimentos em um ano só, considerando que a nossa meta de inflação é de 3%”, diz.

“Mesmo que o preço de alguns alimentos caia um pouco, isso não compensa tudo o que o consumidor pagou de reajuste nos últimos anos. Essa eventual queda não é percebida no dia a dia”, prossegue. “Vamos continuar com uma pressão expressiva de alimentação na inflação de 2025. E a solução do problema só virá quando tivermos um clima mais ameno, mais favorável às nossas culturas, e com o encaminhamento de políticas que façam nossa agricultura ganhar em produtividade.”

Palmares - Pavimentação Zona Rural

O PSB reelegeu, neste sábado (5), o deputado Sileno Guedes como presidente do partido em Pernambuco. A recondução ocorreu durante o XVI Congresso Estadual da sigla, realizado no Auditório da Unibra, no Recife, e contou com a participação do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e do prefeito do Recife, João Campos, que deve ser alçado à direção nacional da legenda no fim de maio. O evento também rendeu homenagens ao deputado José Patriota, falecido em 2024.

“Agradeço às nossas lideranças e à nossa militância pela confiança no nosso trabalho. Terei a missão de presidir o partido em um período decisivo da nossa história, momento em que o PSB se preparará para oferecer a Pernambuco uma alternativa que recoloque nosso estado nos trilhos. Assim como trabalhamos para fazer com que o PSB saísse como a maior força política das eleições de 2024, mesmo estando na oposição, vamos fazer o mesmo em 2026, com a força do povo e da nossa militância”, declarou o dirigente, que preside o PSB em Pernambuco desde 2011.

Além de Sileno, outros membros do diretório e da comissão executiva estadual do PSB foram eleitos no XVI Congresso Estadual do partido em Pernambuco. A militância também escolheu as comissões executivas dos sete segmentos organizados da legenda – Mulher, Juventude, Negritude, LGBT, Pessoa com Deficiência, Movimento Popular e Movimento Sindical. Por fim, foram eleitos os delegados e as delegadas que representarão Pernambuco no Congresso Nacional do PSB, que ocorrerá nos dias 30 e 31 de maio e 1º de junho, em Brasília.

Comissão Executiva do PSB de Pernambuco

Presidente: Sileno Guedes
1º vice-presidente: Pedro Campos
2º vice-presidente: Tadeu Alencar
3º vice-presidente: Felipe Carreras
4ª vice-presidente: Ana Célia Farias
Secretário-geral: Tarcísio Ribeiro
1º secretário: Adilson Gomes Filho
2º secretário: Rodrigo Molina
1ª secretária de Finanças: Maria Isabel Suassuna
2º secretário de Finanças: Doglas Bezerra
Secretário de Comunicação Social e Propaganda: Gilberto Prazeres
Secretária de Direitos Humanos: Ana Rita Suassuna
Secretária de Formação Política e Coordenação dos Segmentos: Dora Pires
Secretário de Ação Parlamentar: Lucas Ramos
Secretário de Articulação: Diogo Moraes
Secretário de Organização Partidária: Rodrigo Farias
Secretária de Meio Ambiente e Política Agrária: Maria Oliveira

Segmentos do partido

Secretária estadual de Mulheres: Camila Barros
Secretário estadual de Juventude: Vinícius Pequeno
Secretário estadual do Movimento Sindical: Evaldo Costa
Secretário estadual do Movimento Popular: Luciberto Xavier
Secretária estadual da Negritude: Mãe Lúcia de Oyá
Secretário estadual do Movimento LGBT: Poliny Aguiar
Secretário estadual da Pessoa com Deficiência: Paulo Fernando

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), foi aclamado neste sábado (5) como a maior liderança do partido durante o XVI Congresso Estadual do PSB, realizado na capital pernambucana. Pré-candidato à presidência nacional da sigla, Campos afirmou que pretende levar o partido a “dar passos ainda mais largos” e defendeu que o PSB se torne “o maior partido da centro-esquerda brasileira”. O evento contou com a presença do atual presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, além de prefeitos, parlamentares e lideranças políticas de todo o estado.

“Vamos chegar fortalecidos para ter um partido unido, que vai crescer. A gente vai dar passos ainda mais largos e o PSB se consagrará nas urnas, em 2026, como o maior partido da centro-esquerda brasileira”, afirmou o prefeito. Campos também reforçou o apoio ao presidente Lula (PT) e ao vice Geraldo Alckmin (PSB): “Estaremos juntos em um projeto nacional com o presidente Lula e com o vice Alckmin. O PSB vai estar ao lado da luta legítima, da luta decente, vai ter lado e posição político-eleitoral”.

Durante o congresso, Carlos Siqueira foi homenageado com o título de cidadão recifense, entregue por João Campos, pelo presidente da Câmara Municipal, Romerinho Jatobá, e outros vereadores. Emocionado, o dirigente afirmou que encerra seu mandato com a sensação de dever cumprido.

“Da mesma forma que foi uma surpresa receber este título de cidadão aqui hoje, também não esperava ser alçado à condição de presidente nacional do partido em 2014, depois daquele momento duro para todos nós, que foi o falecimento do ex-governador e nosso presidente nacional, Eduardo Campos. Estou praticamente encerrando meu mandato no lugar certo, no meu país Pernambuco. Estou encerrando no momento certo, porque tem alguém que vai orgulhar todos nós para continuar essa luta, para transformar o nosso partido em um grande instrumento de luta política em nosso país”, declarou.

O deputado Sileno Guedes foi reconduzido à presidência estadual do PSB por mais três anos. “Terei a missão de presidir o partido em um período decisivo da nossa história, momento em que o PSB se preparará para oferecer a Pernambuco uma alternativa que recoloque nosso estado nos trilhos”, disse. Também foram eleitos os membros do diretório estadual, da comissão executiva e das comissões dos segmentos organizados.

O congresso também definiu os cerca de 70 delegados que representarão Pernambuco no Congresso Nacional do PSB, que acontece nos dias 30 e 31 de maio e 1º de junho, em Brasília. É nesse evento que João Campos deverá ser oficializado como novo presidente nacional do partido, dando início a uma nova fase na história do PSB.

O encontro foi marcado ainda por homenagens ao ex-prefeito e ex-deputado José Patriota, falecido em 2024, que deu nome ao congresso. Um vídeo destacou sua trajetória política e ligação com os ex-governadores Miguel Arraes e Eduardo Campos. A viúva, Madalena Leite, participou da cerimônia ao lado de familiares. Também estiveram presentes representantes de outros partidos, como a senadora Teresa Leitão (PT), o vice-prefeito do Recife, Victor Marques (PCdoB), e os presidentes estaduais do PSDB e Republicanos, Álvaro Porto e Samuel Andrade.

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) gosta de pegar na enxada para arar o mato que cresce na sua fazenda em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, onde começou na vida pública como vereador. Confira neste trecho do meu podcast de estreia Direto de Brasília em parceria com a Folha de Pernambuco.

Na noite de ontem, a Câmara de Vereadores de Arcoverde realizou a edição do projeto Sexta-feira Cultural, que marcou o retorno de uma iniciativa criada em 2011, durante a primeira gestão do vereador Luciano Pacheco como presidente da Casa Legislativa. Com nova roupagem e um olhar ainda mais atento à valorização da cultura local, o evento aconteceu no Centro de Gastronomia e Artes (CGA), reunindo um público expressivo. O projeto será realizado mensalmente, sempre com foco em diferentes manifestações culturais

A noite foi dedicada à classe musical de Arcoverde, com homenagens a grandes nomes que contribuem e já contribuíram para o cenário artístico da cidade. Entre os homenageados, o destaque foi para o empresário Beto da Oara, reconhecido pelo incentivo à música e por sua trajetória de apoio aos artistas locais.

O prefeito de Goiana, Eduardo Batista (Avante), esquentou o clima da disputa suplementar no município ao desafiar seu adversário para um debate em praça pública, transmitido ao vivo, sobre os rumos da cidade. A provocação foi feita ontem, durante a inauguração do comitê de campanha, diante de uma multidão estimada em mais de 10 mil pessoas. “Mas venha sem padrinhos. Vamos debater frente a frente, com transparência e propostas”, alfinetou o gestor. As eleições suplementares em Goiana acontecem no dia 4 de maio.

Batista quer transformar o debate em palco para defender sua principal bandeira: o Acelera Goiana, programa que promete investir R$ 800 milhões em obras estruturadoras. O pacote inclui reurbanização das praias de Ponta de Pedras e Carne de Vaca, pavimentação de 400 ruas, construção de um hospital infantil e de uma central de hemodiálise, além de mutirões de consultas e exames.

Localizado na PE-75, ao lado do Arreio de Prata, o comitê inaugurado é mais que um ponto de campanha. A proposta é que o espaço funcione como centro de escuta e participação popular. “Aqui não tem gabinete fechado. Tem povo opinando, participando e ajudando a construir o futuro de Goiana”, afirmou Eduardo.

Após a baixa adesão registrada no ato realizado em Copacabana, no Rio de Janeiro, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) avaliam que a manifestação marcada para amanhã, na Avenida Paulista, em São Paulo, será um verdadeiro termômetro para medir a capacidade de mobilização da direita bolsonarista. O evento tem como foco a defesa da anistia aos presos pelos ataques de 8 de Janeiro. As informações são do portal Metrópoles.

O ato também será observado como um teste para avaliar se Bolsonaro ainda consegue levar multidões às ruas, mesmo após virar réu no Supremo Tribunal Federal (STF), junto com outros sete aliados, por tentativa de golpe de Estado. A leitura entre seus apoiadores é de que uma manifestação esvaziada poderia reforçar a percepção de enfraquecimento político do ex-presidente, em meio ao avanço das investigações sobre a trama golpista.

Lideranças bolsonaristas ouvidas pelo portal Metrópoles afirmam que o eventual sucesso do evento em São Paulo daria fôlego para novas mobilizações em outras regiões do país. Por outro lado, um novo fracasso de público seria visto como arriscado, com potencial de expor ainda mais a perda de apoio popular sofrida por Bolsonaro desde que deixou o Palácio do Planalto.

No Rio de Janeiro, a manifestação organizada em março foi marcada pela baixa adesão. Segundo levantamento do Monitor do Debate Político, do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), cerca de 18 mil pessoas estiveram em Copacabana. Já a Polícia Militar do estado chegou a divulgar uma estimativa de 400 mil pessoas, número amplamente contestado por pesquisadores. Um dos principais defensores do ato, o pastor Silas Malafaia, atribuiu o baixo comparecimento à coincidência com a final do Campeonato Carioca, que envolveu Flamengo e Fluminense.

Apesar do revés, o pesquisador da USP e integrante do Cebrap, Pablo Ortellado, pondera que não é possível, por ora, cravar uma tendência de desmobilização do bolsonarismo. Segundo ele, atos públicos têm oscilações e a falta de coordenação pode ter impactado o evento do Rio. “Acredito que Bolsonaro quer corrigir os erros da manifestação anterior e mostrar que ainda tem força para mobilizar uma grande quantidade de pessoas”, afirmou.

Após o ato na Paulista, o ex-presidente tem viagem marcada para o Rio Grande do Norte no dia 10 de abril. Acompanhado por aliados como o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, Bolsonaro deve desembarcar em Natal e seguir até Pau dos Ferros, no interior do estado, para participar de agendas políticas em apoio à pré-candidatura de Rogério Marinho (PL) ao governo potiguar.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, recebeu, neste sábado (5), o Título de Cidadão do Recife. A honraria foi proposta pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Romerinho Jatobá (PSB), e entregue no XVI Congresso Estadual do PSB, que aconteceu no auditório da Unibra. O evento reuniu lideranças e militantes do partido.

“Ao lado de figuras históricas, como Miguel Arraes, Siqueira ajudou a reconstruir o partido logo após o fim da ditadura. Aqui no Recife, sua presença sempre foi constante, não apenas fisicamente, mas politicamente. Ele nunca se afastou das lutas da nossa cidade”, disse o vereador em seu discurso.

Carlos Siqueira, que é de Bom Conselho, Agreste do Estado, recebeu o título com profunda emoção e destacou a sua intensa conexão com Recife, cidade que considera fundamental em sua trajetória política. “É uma honra imensa receber essa homenagem. O Recife foi sempre uma cidade acolhedora e decisiva em minha caminhada. Agradeço por essa homenagem, que reforça a minha gratidão e o meu compromisso com a cidade e seus cidadãos”, afirmou Siqueira.

Um dos momentos mais descontraídos do meu podcast de estreia “Direto de Brasília”, com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), quinta-feira passada, foi quando o presenteei com a biografia de Marco Maciel, de minha autoria. O podcast é uma parceria do meu blog com a Folha de Pernambuco.

Confira!

Da Folha de S.Paulo

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), comprou uma mansão de R$ 10 milhões em Brasília em 31 de janeiro, na véspera de deixar o comando da casa. A informação foi revelada pelo site Metrópoles e confirmada pela Folha.

De acordo com o registro da propriedade, o deputado pagou uma entrada de R$ 3 milhões e financiou os outros R$ 7 milhões com o BRB (Banco de Brasília).

Lira informou possuir um total de R$ 5,965 milhões em bens sua última declaração à Justiça Eleitoral, nas eleições de 2022.

Questionado, o parlamentar afirmou que a transação é compatível com sua renda.

“O montante da transação é absolutamente compatível com os rendimentos de mais de 30 anos de atividade rural amplamente reconhecida. Trata-se de operação de compra e venda absolutamente legítima, transparente e devidamente registrada em cartório, sendo certo que qualquer mínima insinuação de irregularidade será objeto das medidas judiciais cabíveis”, diz ele, em nota.

Também afirmou: “A casa onde presentemente vivo com toda minha família estava colocada em mercado e foi por mim adquirida no início desse ano. Grande parte do valor foi objeto de financiamento bancário regular e as parcelas mensais respectivas são debitadas diretamente em minha conta corrente”.

Em simulações de operações semelhantes, e considerando um prazo de 300 meses para pagamento (25 anos), a parcela mensal seria superior a R$ 100 mil, o que exige uma renda mínima de cerca de R$ 270 mil.

O salário de um deputado federal é de R$ 46 mil brutos. Além dos ganhos como parlamentar, o deputado afirma que tem outras fontes de recursos. Entre seus bens estão duas empresas e quatro propriedades rurais.

O BRB, também procurado, afirmou que “não discute casos de clientes específicos em função do sigilo bancário”.

“Todas as operações de crédito imobiliário no Banco são submetidas a avaliação e consideram renda individual ou composição de renda, seguindo práticas do mercado bancário brasileiro”, acrescentou.

De acordo com o documento, o terreno total é de 833 metros quadrados. O imóvel fica no Lago Sul, bairro nobre da capital federal, e conta com piscina.

A casa foi adquirida do empresário Leonardo Nogueira Valverde de Morais, dono de empresas de publicidade e segurança, entre outras. Ele era o dono do imóvel desde 2011, quando o comprou por R$ 3,6 milhões.

Valverde tem diversas conexões políticas. Uma delas é a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), que é próxima de Lira. Leão afirmou não ter nada a declarar sobre a negociação do imóvel. A reportagem não conseguiu contato com Valverde.

O BRB é controlado pelo governo do Distrito Federal. Foi nele que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) financiou, em 2022, uma mansão de R$ 6 milhões em Brasília. Na ocasião, ele fez um financiamento de R$ 3,1 milhões, pagos em três anos.

Para justificar a renda necessária para arcar com as parcelas do empréstimo, o senador apontou renda extra como advogado e empresário.