Na contramão do cenário nacional, as vendas no comércio varejista da Paraíba aumentaram 2,4% no mês de junho na comparação com maio. Esse foi o maior crescimento do país, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada ontem pelo IBGE.
A Paraíba também tem o melhor desempenho do país quando avaliada a Variação Interanual do Volume de Vendas do Comércio Varejista Ampliado por Estado, com 12,5%. O recorte leva em consideração o período de junho de 2023 a junho de 2024.
Conforme a pesquisa, 20 unidades da federação obtiveram desempenho negativo, com destaque para Amapá (-8,7%), Bahia (-2,8%) e Tocantins (-2,7%). Dentre as sete estados com taxas positivas, Paraíba (2,4%), Rio Grande do Sul (1,8%) e Rondônia (1,0%) se destacaram.
No comércio varejista ampliado, houve resultados positivos em 15 das 27 unidades da federação, valendo mencionar Rio Grande do Sul (13,8%), Mato Grosso do Sul (4,8%) e Paraíba (4,5%), com a terceira maior alta. Amapá (-9,4%), Tocantins (-4,1%) e Acre (-2,7%), porém, chamaram atenção pelo lado negativo. Já Sergipe (0,0%) apresentou estabilidade, segundo o IBGE.
As vendas no país caíram 1,0% na comparação com o mês anterior, quando cresceram 0,9%. No primeiro semestre de 2024, o varejo acumula alta de 5,2% em relação ao mesmo período de 2023, abaixo do acumulado até maio (5,5%).
Quanto às atividades, houve equilíbrio entre resultados negativos e positivos. Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,8%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,9%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,3%) tiveram desempenho negativo. Por outro lado, Combustíveis e lubrificantes (0,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,2%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,8%) e Móveis e eletrodomésticos (2,6%) cresceram de maio para junho.
“A queda de 1,0% no comércio varejista em junho acontece após cinco meses seguidos em alta, período que culminou com o recorde da série histórica em maio. O efeito rebote, ou seja, uma retração natural do volume de vendas depois de forte crescimento, além de reduções expressivas verificadas nas atividades de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, e de Outros artigos de uso pessoal e doméstico são os dois principais fatores que explicam o recuo das vendas no varejo em junho”, explica Cristiano Santos, gerente da pesquisa.
As cem escolas públicas do país com melhor desempenho educacional nos anos iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano) são todas do Nordeste. O Ceará concentra o maior número de unidades que lideram o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), principal indicador de qualidade da educação do Brasil.
Das 100 escolas com melhores resultados, 68 são escolas públicas do Ceará, 31 são de Alagoas e uma de Pernambuco. A média dessas unidades é muito superior à dos colégios particulares do país, que foi de 7,2.
No Ideb 2023, 21 escolas municipais atingiram a nota máxima do indicador, que varia de 0 a 10. A cidade de Sobral (CE) reúne cinco das unidades com média 10 no Ideb.
Mucambo, Pires Ferreira e Cruz, também no Ceará, têm duas unidades com nota máxima. Coruripe (AL) tem duas escolas com média 10.
A média do Brasil nos anos inicias chegou a 6 no Ideb de 2023, alcançando a meta que era prevista para 2021. Entre as escolas da rede pública, a média foi de 5,7 — ligeiramente abaixo do projetado, que era de 5,8.
Os três estados com melhor resultado nessa etapa de ensino seguem uma política semelhante: um sistema organizado de colaboração, entre estado e municípios, a inspiração e adaptação de experiências exitosas e a reação pedagógica diante dos resultados de índices educacionais.
O sistema de colaboração usado por esses estados surgiu com o Paic (Programa de Alfabetização na Idade Certa) a partir de 2007. O plano é apontado como um dos responsáveis pelos resultados positivos a que chegaram as escolas do Ceará e que depois foi replicado em outras redes.
Outro ponto central da política do Ceará foi a criação do ICMS Educacional, que inspirou mudanças na lei do Novo Fundeb. A regra estabelece a distribuição de ao menos 10% da cota municipal do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de acordo com indicadores de melhoria na aprendizagem e na equidade do sistema educacional.
Para os anos finais do ensino fundamental, etapa que engloba do 6º ao 9º ano, os dados do Ideb 2023 mostram um cenário desafiador. Mais da metade dos municípios conseguiu melhorar seus indicadores, mas somente um quarto bateu no ano passado as metas estipuladas para 2021.
No ano passado, o país tinha nos anos finais do ensino fundamental 11,6 milhões de alunos, sendo 5,1 milhões matriculados em escolas de redes ligadas às prefeituras (44% do total). É a maior participação, uma vez 39,5% estão em escolas estaduais e o restante, em privadas.
Das 3.195 redes municipais que oferecem anos finais e tiveram o Ideb calculado, somente 24% conseguiram chegar em 2024 a um indicador que atinge as suas próprias metas estipuladas para 2021. Esse percentual representa 762 escolas —por outro lado, 2.433 escolas (76%) ficaram abaixo do nível esperado.
Essa análise leva em conta a meta prevista para cada escola, estipulada pelo governo a partir da sua própria realidade. Especialistas indicam que esse tipo de leitura é importante por acompanhar a melhoria da unidade com relação a ela mesma.
O número de escolas que tiveram alta no Ideb em 2023 é maior. Chega a 1.641 unidades municipais de anos finais, o que representa 56% das escolas analisadas (que tiveram Ideb divulgado em 2023 e em 2019).
A reportagem não comparou com os dados de 2021 por causa de distorções no indicador na época (durante a pandemia, redes de ensino não reprovaram alunos, o que impacta no cálculo).
O município com melhor desempenho do Ideb nos anos finais foi Santana de Mundaú (AL), com média de 9,3 no Ideb. Na sequência, aparece Pires Ferreira (CE), com média de 9,2 nos anos finais. O Ceará tem 12 municípios entre os 20 melhores do país no Ideb dos anos finais, considerando apenas redes municipais.
Na média, os anos finais de toda rede pública do país ficou com um Ideb de 4,7, também abaixo da meta de 2021, que era de 5,2.
A situação é mais vantajosa nos anos iniciais. Dos 5.241 municípios com Ideb divulgado em 2023 para essa etapa, 48% conseguiram bater a meta de 2021. Isso representa 2.532 escolas. Ainda assim, mais da metade (52%) não bateu a meta. São 2.709 escolas nessa situação.
Das 5.409 escolas municipais com Ideb calculado em 2019 e 2023, 52% subiram entre os dois anos. São 2.620 escolas com esse comportamento.
Embora apareça entre os três Estados que conseguiram manter a meta, Pernambuco, sob o comando da governadora Raquel Lyra (PSDB), não lidera mais o ranking nacional do Ideb – o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Na era Eduardo Campos, o Estado foi campeão na modalidade entre as 27 unidades da federação.
Esta performance não foi mantida na gestão de Paulo Câmara, mas no Ideb de 2022, último do governo do socialista, Pernambuco ocupava a terceira posição no ranking. E agora, julgado o primeiro ano de Raquel, o de 2023, caiu mais uma posição, recuando para a quarta colocação. Mas, incrivelmente, a governadora comemorou pelas redes sociais como um grande feito.
As metas do MEC foram criadas em 2005 para o período de 2007 a 2021. Por conta da pandemia, o objetivo estabelecido para 2021 foi postergado sem ter sido revisto pelo Ministério da Educação (MEC). A pasta, agora, discute mudanças do Ideb para os próximos anos, como a fórmula do cálculo e o estabelecimento de novas metas. Estados como Espírito Santo, Paraná, Ceará e Pará têm notas até maiores do que as do Piauí.
No entanto, não bateram a meta de 2021, estabelecida em 2007 para eles. Entre 2020 e 2021, o País viveu boa parte do ano escolar com colégios fechados por conta da pandemia de Covid-19. Especialistas em educação apontam que esse evento pode ter prejudicado a trajetória de alguns estados para alcançar a meta.
Longe de todas as metas – Pelo ranking nacional do Ideb, Goiás é o Estado líder com a nota subindo de 4,7 para 4,8. Na sequência, o Espírito Santo, que embora tenha perdido dois pontos em relação ao levantamento de 2021, aparece com a nota 4,7. O Paraná, com a nota 4,5, vem em seguida e Pernambuco, em quarto lugar, se manteve com a mesma nota anterior de 4,5%. Os números nacionais do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica mostram que, em 2023, houve melhoras pontuais no indicador que mede a qualidade da educação no País, mas os patamares não foram suficientes para colocar todas as etapas do ensino do Brasil nas metas estabelecidas pelo Ministério da Educação.
A visão do ministro – Na avaliação do ministro da Educação, Camilo Santana, foi possível alcançar as metas no Brasil nos anos iniciais do ensino fundamental. “Precisamos comemorar “, disse o ministro. No último ano, o Ideb não conseguiu ultrapassar os resultados do índice no ano pré-pandemia em nenhuma das etapas avaliadas em português e matemática. “Não chegamos aos patamares de 2019, mas houve uma curva e um esforço que nós vamos continuar. O resultado importante, primeiro, é que o esforço dos anos iniciais, não só crescemos como atingimos a meta”, acrescentou.
Mato sem cachorro – Em Água Preta, na Zona da Mata, o grupo do deputado federal Clodoaldo Magalhães, presidente estadual do PV, está no mato sem cachorro, ou seja, sem candidato para disputar a Prefeitura. Tudo porque o PSB tirou o partido do controle da família do parlamentar e o vice-prefeito Neto Cavalcanti, que foi para o PSDB, até o momento não tem o aval da governadora para entrar na disputa.
Vingança após gravação – O cenário confuso de Água Preta tem tudo a ver com a debandada de Clodoaldo Magalhães. E sua família perdeu também o controle do PSB por um fato inusitado: a cúpula socialista teria tido uma conversa gravada, sem saber, por uma das lideranças da família Magalhães. Diante disso, quem passou a cantar de galo no PSB do município foi o ex-deputado federal João Fernando Coutinho, adversário figadal dos Magalhães.
Reação da oposição – Presidente da Comissão de Educação e Cultura da Alepe, o deputado Waldemar Borges (PSB) lamentou a posição sofrível do Estado no Ideb. “Pernambuco vem há anos apresentando melhora nos índices do Ideb no ensino médio. A grande preocupação no passado era com o ensino fundamental, que também é ofertado pelos municípios. Pela primeira vez, o ensino fundamental avançou e o ensino médio, que é de responsabilidade do Estado, caiu. Isso expõe um retrocesso na qualidade de uma política pública que foi construída desde o Governo Eduardo Campos com muita competência e compromisso com a educação”, afirmou.
CURTAS
IMPEACHMENT – A oposição ao governo do presidente Lula no Congresso pretende iniciar uma “campanha nacional” para abrir um processo de impeachment contra Alexandre de Moraes, ministro do STF, depois de mensagens mostrarem que o magistrado teria usado o TSE de forma extraoficial para embasar inquéritos de sua relatoria na Suprema Corte.
REAÇÃO – Alexandre de Moraes afirmou, ontem, ao comentar pela primeira vez sobre as mensagens que mostram que teria usado o TSE de forma extra-oficial para embasar inquéritos de sua relatoria na Suprema Corte, que seria “esquizofrênico” se “auto oficiar”. O magistrado afirmou que, enquanto presidente da Corte Eleitoral à época, “no exercício de poder de polícia” e poderia, “pela lei, determinar a feitura dos relatórios”.
FICTÍCIA – O presidente do STF, Roberto Barroso, defendeu Alexandre de Moraes, ontem, na abertura da sessão do plenário da Corte. A divulgação de mensagens de auxiliares de Moraes indicaria que o magistrado teria pedido de forma não oficial que a Justiça Eleitoral elaborasse relatórios para embasar suas decisões no inquérito das fake news contra bolsonaristas em 2022. Segundo Barroso, o debate que se travou sobre o caso não passa de uma “tempestade fictícia”.
Perguntar não ofende: Beira a zero as chances de Barroso abrir o impeachment de Alexandre de Moraes?
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e o ministro Gilmar Mendes defenderam nesta quarta-feira (14) a atuação do ministro Alexandre de Moraes na Corte. As declarações foram feitas durante a abertura da sessão desta tarde.
Nesta terça-feira (13), o jornal Folha de S.Paulo publicou uma reportagem na qual acusa Moraes de usar “formas não oficiais” para determinar a produção de informações para investigar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2022, período em que o ministro foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dados foram utilizados em inquéritos que investigam a disseminação de fake news e a atuação de milícias digitais durante o governo do ex-presidente.
Barroso classificou a situação como “tempestade fictícia” e disse que os dados solicitados por Alexandre de Moraes eram públicos, estavam nas redes sociais, e se referiam a pessoas que são investigadas pela Corte.
“Não houve investigação de natureza policial. Era acompanhamento de postagens em redes sociais para verificar se havia uma conduta a ser investigada no âmbito dos inquéritos do STF”, afirmou.
O presidente do Supremo também garantiu que não houve pedido de direcionamento a qualquer pessoa e que as solicitações de dados eram oficializadas no momento processual próprio.
“A alegada informalidade é porque ninguém oficia para si próprio. As informações não eram formalizadas no momento da solicitação. Mas, quando as informações chegavam, eram imediatamente formalizadas, inseridas no processo e dada vista ao Ministério Público”, completou.
Gilmar Mendes
O ministro Gilmar Mendes também defendeu a atuação de Moraes e disse que o ministro é alvo de “críticas infundadas” sobre sua atuação na Corte. Segundo o ministro, os ataques direcionados a Moraes buscam fragilizar a democracia.
“A condução das investigações por parte do ministro tem sido pautada pela legalidade, pelo respeito aos direitos e garantias e pelo compromisso inegociável com a verdade”, afirmou.
PGR
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também defendeu as medidas adotadas por Moraes.
“Eu pude pessoalmente verificar as marcas de coragem, diligência, assertividade e retidão nas manifestações, nas decisões e no modo de conduzir os processos do ministro Alexandre de Moraes”, afirmou Gonet.
Gabinete
Após a divulgação da reportagem, o gabinete de Alexandre de Moraes afirmou que os procedimentos foram oficiais para requisição das informações ao TSE.
“Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria Geral da República”, diz a nota.
Após a repercussão de que o ministro Alexandre de Moraes teria usado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de forma extraoficial, para embasar inquéritos de sua relatoria no Supremo Tribunal Federal (STF) que investigam aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, a Ordem dos Advogados do Brasil publicou uma nota afirmando que solicitará acesso imediato aos autos de inquéritos que tramitam na Suprema Corte.
Mesmo não citando nominalmente Moraes, o comunicado publicado nesta quarta-feira (14) pela OAB se refere ao magistrado.
O Conselho Federal, a Diretoria Nacional e o Colégio de Presidentes das Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) consideram necessário esclarecer, com urgência, se houve ou não a atuação de servidores ou de gabinetes do STF para produzir provas ilegais para sustentar decisões judiciais desfavoráveis a pessoas específicas, como foi amplamente noticiado pela imprensa, ou se a atuação se restringiu aos limites do exercício do poder de polícia da Justiça Eleitoral.
A Justiça deve ser imparcial e respeitar os direitos e garantias estabelecidos pela Constituição. Fora do devido processo legal não há atuação legítima do Judiciário. Para avaliar as medidas cabíveis a serem adotadas, a OAB solicitará imediato acesso aos autos dos inquéritos que tramitam no STF, inclusive com a finalidade de garantir transparência às investigações, preservando-se o sigilo dos dados referentes à intimidade dos investigados.
Um vídeo enviado ao blog por um leitor mostra que a criminalidade em Pernambuco – literalmente -, perdeu o medo do perigo. Um homem, ainda não identificado, foi flagrado pelos populares cortando a fiação, em plena luz do dia, com trânsito intenso – aparentemente sem medo de ser pego pela polícia. O fato aconteceu na Avenida Visconde de Albuquerque, no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife.
Em um flagrante desrespeito às normas de transparência e ética, a esposa do vice-prefeito de Taquaritinga do Norte, Gena Lins, foi descoberta recebendo auxílio emergencial de forma indevida. A fraude envolve uma possível falsificação de uma declaração de pobreza, que pode ter sido utilizada por Marilene Queiroz Dias Lins para driblar os critérios de elegibilidade do benefício destinado aos mais vulneráveis durante a pandemia da COVID-19.
O escândalo levanta sérias questões sobre a integridade dos agentes públicos locais e a aplicação justa dos recursos destinados à população em necessidade. As autoridades já estão investigando o caso, que pode resultar em graves repercussões legais para o vice-prefeito e sua esposa.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (14) o Projeto de Lei 3148/24, do deputado Felipe Carreras (PSB), que inscreve o nome do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, no Livro dos Heróis da Pátria. A matéria será enviada ao Senado.
A matéria foi relatada pelo deputado Pedro Campos, filho do homenageado, que ressaltou a unanimidade das lideranças partidárias em apoiar a homenagem. “Herói é aquele que cuida de nós, como nossos pais desde o nosso nascimento. Mas Eduardo é mais que isso. A inscrição no livro é um movimento desta Câmara em reconhecimento ao cidadão que o vê como um herói em defesa do povo brasileiro”, afirmou.
Carreras ressaltou que Eduardo Campos foi um “notório homem público que trouxe esperança a milhões de brasileiros, orientando a construção de valores em defesa do povo brasileiro”.
Nesta quarta-feira (14), em texto enviado ao blog, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) afirma ter constatado, junto aos profissionais, que o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) está descumprindo o prazo legal para o tratamento da doença na unidade.
Além disso, também foi relatado que problemas com equipamentos e insumos de baixa qualidade tem provocado a demora no diagnóstico e nos procedimentos, comprometendo o serviço disponibilizado à população.
Em resposta às alegações apresentadas pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco (SIMEPE) neste 14/08, referente aos serviços prestados pelo Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), esclarecemos o que segue:
1.A compra de materiais pelo HCP-Hospital de Câncer de Pernambuco conta com o debate, avaliação e concordância dos membros da Comissão de OPME e MMH do HCP (orteses, próteses e materiais especiais, e material médico hospitalar), sendo certo que tal grupo gestor tem a participação de médicos de nosso corpo clínico, os quais trazem sua responsabilidade técnica a essas aquisições.
2.Em nosso departamento de qualidade, do qual faz parte o SIMEPE, consta apenas um registro de não conformidade de material (cuja compra foi aprovada pelo quadro médico do HCP), registrada 9 dias atrás. Essa não conformidade está sendo apurada com acompanhamento de nosso quadro clínico, respeitando-se os corretos canais de apuração.
3.Quanto aos atrasos de exames e atendimentos, já solicitamos desde o dia 17 de julho, esclarecimentos ao SIMEPE, sem que tenham sido obtidas as informações básicas para a apuração das alegadas irregularidades.
4.As questões salariais abordadas estarão sendo tratadas pelo SINDHOSPE / FEHOSPE, representantes classistas aos quais o HCP é vinculado.
A gestão do HCP reforça seu compromisso com a melhoria contínua de seu atendimento benemerente à população pernambucana, e enfatiza a necessidade de uma postura contributiva de todos os envolvidos nas mais diversas áreas e funções abarcadas pela complexidade e desafios de nosso SUS – Sistema Único de Saúde.
O deputado federal Lula da Fonte (PP) foi designado relator da Medida Provisória 1.248, que aloca R$ 1,4 bilhão para enfrentar o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul. A MP destina recursos para restaurar a infraestrutura e apoiar as comunidades afetadas pelos desastres naturais. A decisão, anunciada pela Comissão Mista de Orçamento, sublinha a urgência das ações necessárias para a recuperação do estado.
Lula da Fonte enfatizou a importância da MP para garantir a continuidade das atividades essenciais e promover a recuperação econômica e social no Rio Grande do Sul. “É um desafio importante para ajudar o estado a superar as consequências dos eventos climáticos extremos. Nosso objetivo é assegurar que os recursos sejam bem utilizados e que todas as áreas necessitadas recebam o apoio adequado”, afirmou o deputado.
Os recursos serão distribuídos conforme as necessidades específicas de cada setor. O Ministério da Educação, por exemplo, receberá uma parte significativa dos fundos para reparar e reconstruir infraestruturas educacionais, incluindo telhados, calhas, pisos e pintura em Universidades Federais e Institutos Federais. Além disso, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação será apoiado para reconstruir escolas e creches, além de adquirir ônibus escolares e materiais didáticos.
O prefeito Simão Durando e o candidato a vice, Ricardo Coelho, decidiram realizar seu primeiro grande ato de largada da campanha à reeleição no bairro mais populoso de Petrolina, o José e Maria. Os candidatos do União Brasil pretendem puxar uma caminhada com centenas de apoiadores a partir das 16h44, na próxima sexta-feira (16). Além de Simão e Ricardo, a “caminhada azul” terá a participação do ex-prefeito Miguel Coelho, dos deputados Fernando Filho, Antonio Coelho, o ex-senador Fernando Bezerra e diversos candidatos a vereadores da coligação “Petrolina Seguindo em Frente”.
Antes desse evento, o prefeito inaugura oficialmente a agenda de campanha na Zona Oeste. Simão fará, a partir das 10h30, uma visita ao longo do comércio da Avenida dos Tropeiros, no bairro Pedro Raimundo.
Segundo o prefeito, a escolha para iniciar a campanha pelo José e Maria e a avenida dos Tropeiros foi simbólica e representa sua ligação com as comunidades petrolinenses. “Quem me acompanha sabe que eu gosto é de estar na rua, de ouvir o povo. Então, não poderíamos começar diferente – será caminhando perto de nossa gente. Nosso grupo político tem uma relação muito forte com o José e Maria, que vai ganhar o maior parque público de Petrolina. E a Avenida dos Tropeiros representa toda aquela região do Pedro Raimundo, Jardim Amazonas e tantos outros bairros, onde nos últimos oito anos trabalhamos muito. Nossa campanha será olho no olho, com propostas e perto da população, mostrando a grande transformação que a cidade experimenta e vem apresentando os novos projetos para Petrolina seguir em frente”, destacou Simão Durando.
O presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Waldemar Borges, demonstrou apreensão com os números apresentados pelo Governo do Estado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb) 2023, divulgado nesta quarta-feira (14), pelo Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
De acordo com o indicador, Pernambuco registrou 4,5 pontos no ensino médio, ficando abaixo da meta do Ideb projetada para o estado. Nos anos iniciais do ensino fundamental, de responsabilidade principalmente dos municípios (1º ao 5º), o estado alcançou 5,7 pontos. O resultado representa um avanço de 0,2 pontos a mais do que a meta estabelecida para o estado no primeiro ciclo do Ideb (2007-2021). Nos anos finais (6º ao 9º) do ensino fundamental, de responsabilidade dos municípios e do estado, Pernambuco também atingiu a meta, com 5,0 pontos.
“Nosso estado há anos vem apresentando melhora nos índices do Ideb no ensino médio. A grande preocupação no passado era com o ensino fundamental, que também é ofertado pelos municípios. Pela primeira vez o ensino fundamental avançou e o ensino médio, que é de responsabilidade do Estado, caiu. Isso expõe um retrocesso na qualidade de uma política pública que foi construída desde o Governo Eduardo Campos com muita competência e compromisso com a educação em Pernambuco”, declarou o deputado.
O parlamentar disse ainda que vemos em Pernambuco um retrocesso na segurança pública, revelado através de números dramáticos, um desmantelamento no sistema de saúde e agora a educação aponta para uma queda no ensino. “É lamentável e muito preocupante que as políticas públicas que apresentaram um avanço no passado estejam sendo desmanteladas”, ressaltou.
O ministro de Portos e Aeroportos e deputado federal licenciado, Silvio Costa Filho, voltou à tribuna da Câmara, nesta quarta-feira (14), para a sessão solene em homenagem ao ex-governador Eduardo Campos, cujo falecimento completou dez anos ontem.
“Tive o privilégio de servir ao meu estado como secretário do governador Eduardo Campos ainda muito jovem. Eduardo era uma grande referência para todos nós pela sua capacidade de trabalho, pela sua capacidade de unir, de poder traduzir o Brasil nas ideias, nos desejos e nos anseios. Sem dúvida nenhuma, um dos melhores quadros do nosso País. Um homem que traduz a boa política. Eduardo Campos está no coração de todos os brasileiros”, destacou Silvio Costa Filho.
Em seguida, o ministro fez uma justa homenagem à viúva de Eduardo, a ex-primeira-dama Renata Campos, de quem ele pontuou o espírito público e a resiliência. “A coragem de Eduardo não veio apenas de Arraes e do seu pai, Maximiano Campos. Mas, sobretudo, de dona Renata Campos, uma mulher de muito valor, que merece o reconhecimento de todos nós por ter passado por todas as dificuldades que a vida impôs. Mesmo com toda dificuldade, teve a coragem de se manter firme e correr atrás dos seus sonhos”, afirmou.
O Recife será palco do III Congresso Brasileiro de Direito Previdenciário, que acontece nos dias 15, 16 e 17 de agosto. Coordenado por Renato Hayashi, Tallyta Bione e Conceição Trajano, o evento contará com a participação dos principais nomes do direito previdenciário do país e reunirá cerca de 450 inscritos.
Deputados e senadores da oposição reafirmaram durante coletiva de imprensa realizada há pouco no Congresso brasileiro que irá protocolar um novo pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O senador Eduardo Girão (Novo) afirmou que o Brasil vive atualmente uma “crise moral”.
No último fim de semana, o Festival Pernambuco Meu País teve a sua edição realizada em Caruaru, Agreste Pernambucano, terra da governadora Raquel Lyra (PSDB), que comandou o município por cinco anos e trabalha para manter o seu aliado, Rodrigo Pinheiro (PSDB), no poder.
Segundo divulgado pela Fundação do Patrimônio Artístico de Pernambuco (Fundarpe), no Diário Oficial desta quarta-feira (14), para a realização do evento – apenas na Capital do Agreste -, foram gastos com logística e infraestrutura um total de R$ 2.024.402,10.
De todos os contratos, o mais caro foi pago para a Duporto Agência de Publicidade LTDA, que levou sozinha R$ 804.901,30. Em seguida, aparece José Renato Andrade Machado LTDA, que ofereceu serviço de buffet, sem locação de espaço. Para este contrato, o governo desembolsou R$ 257.258,32.
Segundo o Blog Cenário, em Gravatá, município gerido pelo Padre Joselito (Avante), que faz oposição ao governo Raquel, o mesmo Pernambuco Meu País teve um custo de R$ 1.408.832,30 em estrutura. R$ 500 mil mais barato do que o desembolsado em Caruaru.
Em Gravatá, as mesmas empresas de publicidade e buffet, que também atuaram em Caruaru, cobraram mais barato para oferecer os mesmos serviços.
Os serviços da Duporto realizados em Gravatá custaram R$ 640.017,49, enquanto o pagamento pelo buffet (sem locação de espaço) foi R$ 65.256,02 – este último foi quase quatro vezes menor que o serviço prestado em Caruaru.
Confira abaixo a lista dos serviços e valores pagos para a infraestrutura do festival em Caruaru.
Nesta terça-feira (13), o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), se reuniu com os médicos que atuam no Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), para apurar as denúncias e demandas enfrentadas pelos profissionais que atuam na unidade hospitalar.
Durante o encontro que aconteceu de forma online, através de videoconferência e contou com a participação de mais de 80 médicos, foi relatado que o que preconiza a lei federal n°12.732/12, estabelecendo um período de 60 dias para início de tratamento após diagnóstico para pacientes oncológicos, não vem sendo cumprindo pelo HCP. Além disso, também foi relatado que problemas com equipamentos e insumos de baixa qualidade, tem provocado a demora no diagnóstico e nos procedimentos, comprometendo o serviço disponibilizado à população.
De acordo com a vice-presidente do Simepe, Ana Carolina Tabosa, as denúncias apresentadas são graves e precisam de soluções imediatas. “Nesta AGE tomamos conhecimento de falhas graves enfrentadas pelos colegas durante suas jornadas de trabalho no Hospital de Câncer. O não cumprimento do prazo de 60 dias para o início do tratamento e o agendamento para procedimentos e cirurgias postergados para janeiro de 2025, são denúncias graves que precisam ser solucionadas. Além disso, foram apresentadas as queixas quanto a precariedade dos insumos disponibilizados para os procedimentos realizados no hospital, comprometendo e ampliando o período cirúrgico e anestésico dos pacientes. Nós seguiremos atentos às demandas e cobraremos da gestão do HCP as soluções imediatas”, destacou Tabosa.
Além das condições de trabalho, também estiveram na pauta da assembleia a construção de uma proposta de reajuste salarial. Os médicos do HCP estão há dez anos sem reajustes e recomposições da inflação, o que gera uma grande insatisfação na categoria.
Para o presidente do Simepe, Walber Steffano, a categoria que atua no equipamento de saúde, mesmo em meio às adversidades apontadas durante a assembleia, precisa ser valorizada e reconhecida por sua resiliência em meio a manutenção do atendimento.
“É grave o que foi denunciado pelos profissionais presentes na AGE. De acordo com as falas, as condições são inadequadas, faltam insumos e equipamentos, além dos salários que são aviltantes. O Simepe se solidariza com a categoria neste momento e seguirá buscando uma mesa de negociação para o enfrentamento dos problemas. Na próxima AGE que iremos realizar com os colegas, colocaremos em pauta a entrada em estado de greve”, afirmou o presidente do Simepe.
Uma nova Assembleia Geral Extraordinária está agendada para o dia 27/08, quando os médicos deverão definir se será iniciada a greve, paralisando os serviços não emergenciais da unidade.