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Programa Recentro do Recife vira modelo no Rio de Janeiro

A Prefeitura do Recife, que vem colecionando bons exemplos de gestão em diversas áreas, agora se destaca também com o Programa Recentro, de revitalização do Centro da cidade. As boas práticas e ações concretas na capital pernambucana foram apresentadas na Universidade Federal do Rio de Janeiro, nos dias 21 a 24 de outubro, e será vista, no dia 5 de novembro, dessa vez na cidade carioca Campo dos Goytacazes.

A pauta de revitalização do Centro do Recife tem sido um compromisso da Prefeitura do Recife tanto no cuidado e na manutenção dos prédios históricos como no desenvolvimento econômico, cultural e artístico, possibilitando a concessão de incentivos fiscais para empresários que cumprem os requisitos de restauração, pintura e manutenção e têm seus projetos de negócios aprovados. O secretário executivo do Gabinete do Centro do Recife, João Paulo da Silva, teve oportunidade de apresentar um pouco do trabalho que vem sendo realizado na capital pernambucana.

No 8º Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) pela Universidade Federal Fluminense, o Programa Recentro foi apresentado em um dos simpósios temáticos. Entre as discussões que sempre permeiam o ambiente de pesquisa urbanística e suas modificações, estão o fato da lógica do comércio, que antigamente era pulsante nos centros urbanos, mas que foi perdendo espaço com a consolidação dos shoppings centers com o conforto e comodidade que eles oferecem de climatização e estacionamento. E também a visão de que a gestão pública aliada a grandes parceiros da iniciativa privada são capazes de revitalizar e devolver vida aos centros das cidades.

“Algumas questões podem ser superadas e estamos fazendo isto no Recife, quando buscamos oferecer à população além de um simples momento de compras no comércio, uma oportunidade de contemplação de ruas e prédio históricos bem cuidados, com artistas locais fazendo suas apresentações, uso de tecnologia para promover interação e uma série de serviços em pontos históricos da nossa cidade”, comentou João Paulo.

A convite da CDL do Rio de Janeiro, a chefe do Gabinete do Centro do Recife, Ana Paula Vilaça, também vai ter oportunidade de falar sobre o Programa Recentro que lidera na Prefeitura do Recife. Ela vai palestrar sobre as práticas e desafios do programa Recentro, no próximo dia 5 de novembro, na cidade de Campo dos Goytacazes. “A governança do Recentro tem sido bem sucedida porque investimos no diálogo permanente com os atores estratégicos, temos de forma permanente articulação com os lojistas e, valorizamos demais a escuta, afinal temos o mesmo objetivo: a revitalização do Centro”, afirmou.

Entre as práticas que serão apresentados em Campos dos Goytacazes, Ana Paula Vilaça vai tratar sobre a ação do prefeito João Campos de fomentar legislações específicas que beneficiam quem quer empreender no local; o Atende Recentro, ação realizada há uns dias que visou desburocratizar os documentos oficiais dos proprietários de imóveis e investidores junto a diversos órgãos como o  Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Bombeiros e Cartório de Notas, por exemplo; e, ainda, a importância de se fazer chamamento público para envolver empresas nesta reconstrução, como aconteceu com a Boticário que, através de artistas locais, criaram um grande mural de arte na intitulada Rua dos Amores.

Petrolina - Testemunhal

Por Letícia Lins*

Há quem diga que criou-se uma indústria de ações judiciais contra os planos privados de saúde. Com certeza, motivo, as pessoas têm de sobra, para tentar reparar injustiças por eles cometidas. Porque ninguém vai perder tempo, ter dor de cabeça, e gastar dinheiro com advogado se estiver satisfeito com o cumprimento de seus direitos. Paga-se caro, mas em boa parte deles, há uma grande dificuldade na hora em que o segurado precisa de atendimento médico, hospitalar, cirurgias.

A reclamação mais recente vem de Genival Paparazzi, fotógrafo autônomo, que há uma semana  pena no Recife em busca de atendimento para sua mãe de criação, Maria Tereza Vieira, que encontra-se com uma série de problemas de saúde, que terminaram com o desconforto de uma “acentuada ascite”, segundo atesta o resultado de ressonância magnética da pelve. 

A ascite é caracterizada por líquido no abdômen decorrente de doenças que vão de insuficiência renal ou hepática ao câncer. Segundo a paciente, ela vem peregrinando em busca de atendimento há uns três meses, mas a procura se intensificou a partir do último sábado, quando seu estado de saúde piorou. Com 74 anos, perdeu muito peso com a doença, mas está cansada de rodar. Conforme o filho, ela paga R$ 1.200 mensais ao plano de saúde com muito sacrifício. Porém na hora que precisa de médico é mais difícil  conseguir um do que se fosse no SUS. Ele  relatou que nesta semana houve dia que chegou às 16h no HapVida, mas saiu meia noite, sem atendimento.

Disse, ainda, que precisou pegar um táxi para peregrinar por outras unidades do Hapvida, porque não havia ambulância disponível para o transporte da paciente. “Foram momentos sofridos. Ela está magrinha, a barriga imensa, precisando de cirurgia para tirar dois miomas e vai ter que esperar até o dia 6 de novembro para ser atendida”, reclama Paparazzi, que contou o calvário enfrentado nesta semana para minorar o sofrimento da mãe. “Os miomas podem até esperar, mas… e o líquido na barriga, que é uma situação de urgência?”

“Ela está atrás de médico do HapVida há três meses. Como o estado de saúde se agravou, procuramos internamento, para tirar a água da barriga desde o último sábado. Até agora nada. Passamos por três endereços: Rua do Paissandu, Avenida Caxangá, Rua da Baixa Verde, para fazer o procedimento. Não havia uma ambulância para o transporte nem cirurgião segundo fomos informados”, desabafou o fotógrafo. “Coitada, pagar tão caro e na hora que precisa de atendimento, vive um calvário de um canto para outro, tudo em vão, quando deveria estar em repouso”.

O Oxe Recife não conseguiu ouvir a posição da empresa. Caso chegue alguma resposta, ela será publicada nesse espaço. Mas… sinceramente, deixar uma pessoa idosa,  com líquido no abdômen por tanto tempo sem atendimento é um motivo para o paciente procurar mesmo seus direitos na justiça. Em caso contrário, para que se cobrar uma mensalidade de R$ 1.200 sem que o segurado tenha a atenção médica a que tem direito no momento que mais precisa? Depois, os planos de saúde ainda se queixam da “indústria de ações judiciais”. Eu mesma já acionei o meu, que não é o HapVida.

Uma de minhas filhas também já o fez com o dela. No meu caso, mensalidades extorsivas. Já venci duas etapas. Esperando o veredicto. No de minha filha, o plano negou-se a pagar parte das despesas de internação de um parente próximo, que inclusive foi a óbito. E o absurdo era tão flagrante, nesse caso, que a empresa nem contestou. Indenizou logo os gastos havidos com hospital. Não sou médica, mas é sabido que a ascite é um risco para o paciente. Que tão logo aparece é preciso retirar a água por punção ou medicamentos. Imediatamente. E que deixar a barriga cheia de líquido por vários dias pode implicar até em risco de vida para o paciente.

*Jornalista do Oxe Recife

Conheça Petrolina

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou nesta sexta-feira (1º) portaria que autoriza a Neoenergia a ampliar a geração renovável de Fernando de Noronha por meio de energia fotovoltaica e armazenamento por baterias. O objetivo do projeto Noronha Verde é alcançar até 85% de descarbonização no arquipélago que, hoje, é majoritariamente abastecido a diesel e que irá se tornar a primeira ilha habitada na América Latina a alcançar essa marca. A iniciativa é uma importante contribuição no campo da transição energética, por meio da substituição do consumo de combustíveis fósseis, mais poluentes, por energia limpa.

Além disso, é um projeto que trará impactos positivos para todos os brasileiros à medida que contribuirá para redução de encargos e subsídios na conta de energia, pagos hoje pelo conjunto de consumidores de todo o país por meio da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), que subsidia a energia gerada pelo diesel na ilha.

A estimativa é que o Noronha Verde entre em operação no início de 2027. Os investimentos previstos são da ordem de R$ 300 milhões. A iniciativa, que envolve o Governo Federal, por meio do MME, e o Governo do Estado de Pernambuco, será licenciada pela Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH), mediante anuência do ICMBio. A partir da publicação da portaria, a Neoenergia terá 30 dias para apresentar um plano de investimento para o projeto.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou a relevância do projeto. “Fernando de Noronha será ainda mais verde e hoje estamos dando um passo importante para isso: impulsionando a transição energética neste patrimônio ecológico natural no nosso país. Autorizamos um dos grandes projetos de geração de energia renovável centralizada, visando a descarbonização da ilha e o fortalecimento das fontes renováveis no país”.

O CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, destacou os benefícios da iniciativa tanto regional quanto nacionalmente. “Este projeto representa um grande avanço para a Ilha e para o setor elétrico nacional, na medida em que viabiliza a produção de energia renovável num sistema isolado como o de Fernando de Noronha, Patrimônio Natural Mundial pela UNESCO. A iniciativa reforça o compromisso da Neoenergia com a sustentabilidade e a inovação em busca de uma transição energética para todos. Além de reduzir emissões, o aumento da geração renovável permite reduzir o peso de encargos e subsídios conferidos à energia gerada por combustível fóssil e que são pagos por todos os consumidores do país”, afirmou Capelastegui.

Geração de energia

A iniciativa prevê a instalação de uma planta híbrida solar fotovoltaica combinada a um banco de baterias. Estão previstas ainda ações de eficiência energética para conscientização da população com foco no consumo eficiente da energia elétrica na ilha, visando a sustentabilidade e a qualidade do fornecimento neste sistema isolado.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que a bandeira tarifária para o mês de novembro será amarela. Conforme a Agência, que regula o setor elétrico nacional, a adoção dessa bandeira ocorre em razão da melhora das condições de geração de energia no País. 

Em outubro, a bandeira foi vermelha, patamar 2, mas com o aumento do volume de chuvas e a consequente redução do preço para gerar energia, foi possível acionar a bandeira amarela para novembro. Dessa forma, a cobrança passa dos R$ 7,877 cobrados na bandeira vermelha, patamar 2, a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, para R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. A medida vale para todos os consumidores de energia conectados ao Sistema Interligado Nacional.

O Supremo Tribunal Federal (STF) irá decidir se o salário-base de profissionais da educação pública de estados e municípios deve ser revisto com base nos parâmetros definidos pelo Ministério da Educação (MEC) para reajuste do piso nacional da educação pública. A decisão a ser tomada, em data ainda não definida, deverá ser aplicada a todos os demais processos que tratem do mesmo tema.

O recurso foi apresentado pelo município de Riolândia (SP) contra decisão da Justiça estadual que reconheceu o direito de revisão de salário-base de uma professora municipal com base no índice de atualização definido pelo MEC. Segundo esse entendimento, o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) – Lei 11.738/2008 – foi validado pelo STF no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4167.

Porém, o município alega que o reajuste por portaria é inconstitucional, uma vez que a alteração de remuneração de servidores públicos pressupõe lei específica. Além disso, cita a Súmula Vinculante 42 do STF, que veda a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária.

Existência de repercussão

Para o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, relator do recurso, os direitos envolvidos ultrapassam os interesses das partes do processo. Ele observou que há interpretações diversas sobre violações à SV 42 e à Constituição Federal, o que demonstra a necessidade de o STF uniformizar a orientação sobre o tema. Somente no STF, o ministro identificou 112 recursos extraordinários sobre o mesmo tema.

Para Barroso, a questão é importante, pois os reajustes automáticos representam, de um lado, a perspectiva de concretização da proteção aos profissionais da educação e a necessidade de valorização do magistério público em todos os níveis federativos e, por outro, um desafio à autonomia de estados e municípios, entre outros pontos.

O candidato a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE), Almir Reis, reuniu mais de 120 advogados durante sua passagem pelo município de Serra Talhada, no Sertão pernambucano, na última quinta-feira (31). O encontro já pode ser considerado o maior evento da história da advocacia local. 

Na ocasião, foram apresentadas as propostas da chapa Renova OAB Serra Talhada. Nidreyjeane Magalhães e Serapião 226 são os representantes do grupo na cidade. Além disso, foi uma oportunidade para os serratalhadenses ouvirem as palavras do candidato Almir e sua vice Fernanda Resende.

Uma das reivindicações mais presentes nas pautas discutidas foi a descentralização da OAB local com um olhar especial para os advogados das demais cidades da subsecional, contra a politização partidária da OAB Serra Talhada, além do sentimento de renovação. Os advogados alegam que o atual grupo está no poder há mais de 15 anos. E nos últimos três anos, não houve sequer uma reunião dos Conselheiros Subseccionais, como se o conselho fosse meramente  figurativo.

“Muito precisa ser mudado hoje na nossa OAB e começa pelos quadros da nossa Instituição. Quando você ganha uma eleição e ocupa um cargo honorífico, via de regra, é casa de passagem e não morada eterna. Mas infelizmente algumas pessoas que compõem hoje a situação estão lá há mais de 15 anos. E a gente acredita que essa renovação, essa alternância é salutar para qualquer regime democrático e não é diferente da nossa Ordem dos Advogados do Brasil. Essa fadiga, esse cansaço decorrente de práticas, que nem sempre estão conectadas com os anseios da advocacia militante, faz surgir esse sentimento de renovação”, argumentou Almir.

Terminados os dois turnos das Eleições Municipais 2024, a Justiça Eleitoral se prepara para a diplomação das eleitas e eleitos nos cargos de vereador, prefeito e vice-prefeito. Em Pernambuco, as cerimônias de diplomação ocorrerão entre os dias 26 de novembro e 19 de dezembro em todo o estado.

A diplomação é o ato pelo qual a Justiça Eleitoral chancela que o candidato ou a candidata foi efetivamente eleito ou eleita e, por isso, está apto ou apta a tomar posse no cargo. Nessa ocasião, ocorre a entrega dos diplomas, assinados pelos juízes eleitorais de cada cidade.

Este ano, o TRE Pernambuco promoverá um evento conjunto para os diplomados do Recife, Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guararapes. Será no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, no dia 16 de dezembro, a partir das 16h, onde receberão seus diplomas mais de 100 candidatos e candidatas eleitos nos quatro municípios. 

O evento será aberto ao público, com 600 lugares à disposição no interior do Teatro Guararapes, além de um telão montado do lado externo para garantir que todos que compareçam possam acompanhar a cerimônia. As demais vagas do teatro serão ocupadas pelos diplomados, seus convidados e autoridades. 

Nos demais municípios, a cerimônia é organizada pela respectiva Zona Eleitoral. As datas, horários e locais já estão disponíveis e podem ser consultados no site do TRE-PE.

A concessão da gestão dos cemitérios municipais à iniciativa privada, repassada às administradoras em março do ano passado, elevou os preços dos enterros e cremações na cidade de São Paulo. Levantamento do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) mostrou que os valores de pacotes para realização do funeral mais que triplicaram em cemitérios da cidade após a concessão.

Quatro empresas assumiram a administração do serviço funerário na capital paulista. Ao todo, são 22 cemitérios públicos e um crematório. Os contratos preveem que as concessionárias são responsáveis pela operação dos serviços, gestão, manutenção, exploração, revitalização e expansão das unidades. A vigência do contrato de concessão é de 25 anos.

“A principal questão é o valor do serviço que aumentou muito. Essa é a principal denúncia que existe, os preços são exorbitantes. E é facilmente comprovado pela tabela que eles próprios [empresas] divulgam”, disse o secretário de assuntos jurídicos do Sindsep, João Batista Gomes. Ele avalia que a alta nos preços está diretamente ligada à concessão das unidades. O levantamento contempla as duas empresas que disponibilizam os valores no site, cujas concessões abrangem 11 cemitérios.

Ele relatou que a privatização prejudicou também o encaminhamento de denúncias, já que todos os servidores municipais foram deslocados e substituídos por funcionários das empresas. “Esses trabalhadores até tem sindicato, mas é muito frágil a relação [de trabalho] deles. Então o pessoal tem medo de denunciar”, disse Gomes.

O vereador Hélio Rodrigues afirma que, desde o início da concessão, recebeu inúmeras denúncias sobre os cemitérios e as cobranças indevidas realizadas pelas concessionárias. Ele reiterou a relação entre a privatização e o encarecimento do serviço. “Sem dúvida, esses reajustes são consequência da concessão. Também existem muitos relatos de cobranças de valores diferentes do que consta nas tabelas oficiais e falta de transparência em relação aos valores praticados”, relatou.

“Também tivemos muitas denúncias dos trabalhadores, como é o caso dos jardineiros e empreiteiros autônomos que prestam serviços nos cemitérios e estão regulamentados por uma portaria do município, mas sofrem assédio frequente das concessionárias que dificultam seu acesso aos locais, abordagem a famílias e a realização de seus trabalhos. Nosso mandato conseguiu a renovação da autorização de trabalho até dezembro de 2024”, acrescentou.

Os encaminhamentos do parlamentar incluem ofício para a Secretaria Nacional dos Direitos do Consumidor noticiando a cobrança indevida de diversos serviços, como a tanatopraxia (um tipo de limpeza do corpo) em duplicidade, e representações ao Tribunal de Contas do Município (TCM) sobre auditoria nos cemitérios.

O TCM reconheceu a falta de informações divulgadas pelas empresas acerca da gratuidade e dos preços dos funerais aos munícipes. O tribunal reconheceu também o descumprimento de uma comunicação visível e de fácil acesso aos munícipes informando que não são obrigados a contratar o serviço de jardinagem e manutenção dos jazigos diretamente com a concessionária, e que eles têm a livre escolha de contratação de profissionais autônomos.

Até janeiro deste ano, as concessionárias atuaram com acompanhamento do Serviço Funerário do Município de São Paulo, como parte da fase de implementação. A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Município de São Paulo (SP Regula) é responsável pela fiscalização e gestão contratual das concessões.

Prefeitura

A prefeitura de São Paulo informou, em nota, que a qualidade dos serviços e o cumprimento de todas as cláusulas contratuais da concessão são monitoradas periodicamente pela SP Regula. “É fundamental que os munícipes formalizem as reclamações ou sugestões por meio da Ouvidoria Geral do Município, do site da SP Regula ou pelos canais de atendimento SP156. Todos os casos são rigorosamente apurados”, diz a nota.

“O funeral social (pacote mais barato comercializado hoje) custa R$ 566,04, ou seja, 25% mais barato do que o pacote ‘Jasmim’, que era o mais barato antes da concessão (R$ 754,73). Os demais pacotes mantiveram os preços de 2019, com apenas a correção prevista no primeiro ano de contrato”, acrescentou a prefeitura.

A nota diz ainda que “desde o início da concessão, houve avanços na qualidade dos serviços, com a implementação de padrões mínimos para urnas funerárias e cinerárias, definição do tempo de velório e monitoramento do corpo”.

Celso Vitor Souza, de 61 anos, disse que a concessionária do cemitério Vila Nova Cachoeirinha não presta informações que esclareçam sobre as antigas concessões de uso de jazigo, feitas antes da concessão dos cemitérios à iniciativa privada. Este é o caso de sua família, que está sendo cobrada em R$ 20 mil para renovação da concessão de uso. No local, foram enterrados os pais e irmão de Celso.

“Em julho deste ano, a família foi realizar a exumação [do meu irmão] e foram impedidos. Os agentes funerários alegaram que a concessão venceu e era necessário o pagamento de R$ 20 mil. Procurei a Defensoria Pública, que exigiu as informações por escrito. Só então foi permitida a exumação. No entanto, até o momento continuo sem saber quais são os meus direitos com relação ao túmulo da família”, relatou Celso.

Da Agência Brasil

Neste sábado (2), os cemitérios municipais da sede e interior de Petrolina estão abertos para as homenagens do Dia de Finados. Nas últimas semanas, a gestão municipal, através da Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), realizou uma série de ações com o objetivo de deixar os espaços organizados para receber os milhares de visitantes na véspera e durante o feriado católico.

Horário de funcionamento – Atualmente, existem quatro cemitérios administrados pela prefeitura, são eles: Campo das Flores, no Centro; Campo da Paz, no bairro Henrique Leite; Campo da Esperança, no bairro João de Deus e o cemitério de Rajada. Os locais ficam abertos para visitação das 6h às 18h, todos os dias da semana.

Por Houldini Nascimento*

A cotação do dólar está acima de R$ 5 há 219 dias. No fechamento da sexta-feira (1º), a moeda norte-americana ficou em R$ 5,87, o que representa uma alta de 2,9% na semana. É o 2º maior patamar nominal da história, atrás somente de 13 de maio de 2020, aos R$ 5,90.

Sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o dólar comercial passou a estar no nível superior a R$ 5 em 28 de março de 2024, quando atingiu R$ 5,015.

Especialistas consultados pelo Poder360 avaliam que há risco de o dólar bater os R$ 6, se o pacote de corte de gastos a ser anunciado pelo governo Lula não tiver robustez necessária para o equilíbrio das contas públicas. Não há data para que haja a apresentação dessas medidas ao Congresso, segundo o ministro Fernando Haddad (Fazenda).

O chefe da equipe econômica de Lula ficará fora do Brasil na próxima semana e o pacote de revisão de gastos estará em 2º plano. O titular da Fazenda viajará à Europa na segunda-feira (4) e voltará na sexta-feira (8), com aterrissagem em São Paulo no sábado (9).

Na prática, o pacote não deve ser apresentado até, pelo menos, 11 de novembro de 2024. Havia expectativa dos investidores de que o conjunto de medidas fosse anunciado logo depois das eleições municipais que foram realizadas em 27 de outubro.

Incerteza fiscal pesa

Gabriel Leal de Barros, economista-chefe da ARX Investimentos, afirma que o nível elevado do dólar se dá pela política fiscal. “A deterioração continuada do câmbio é uma resposta direta ao fiscal, que não tem ‘delivery’ concreto, apenas promessas de ‘ajuste’”, declara.

O economista também avalia que a moeda atinge os R$ 6, se o anúncio do pacote fiscal “frustrar as expectativas de mercado”. Ecio Costa, economista e professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), tem entendimento semelhante sobre esse risco.

“Se você olha a trajetória ao longo desse ano, o dólar vem sofrendo bastante, principalmente com questões internas, que são muito relacionadas à política que vem sendo adotada aqui no Brasil. A gente vê uma expansão de gastos muito elevada, com um deficit que não consegue ser tratado. Não há medidas concretas para redução”, diz.

Em abril de 2024, o governo Lula decidiu mudar a meta fiscal para 2025 de superavit de 0,5% para 0% do PIB (Produto Interno Bruto). Há ainda um intervalo de tolerância que permitirá deficit de até 0,25%.

A flexibilização no marco fiscal é um dos itens que pesam, na visão de Ecio Costa. “Isso deixou o mercado muito frustrado com essa mudança já no meio do ano de que não iriam tentar atingir essa meta”, afirma.

Pesquisador da FGV (Fundação Getulio Vargas) Agro, o economista Felippe Serigati afirma que há “claramente” uma resistência do governo em cortar gastos.

“É um governo que tem dificuldade de fazer uma política fiscal mais responsável. Houve a PEC [Proposta de Emenda à Constituição] da transição, com uma situação forte de gastos, e divulga um arcabouço fiscal que não parava de pé desde o início. Como você vai acreditar numa política que o próprio governo joga fora?”, pergunta.

Pressão sobre inflação

O câmbio em patamar elevado pressiona a inflação. A variação do dólar tem o poder de impactar os preços domésticos. O fenômeno é conhecido como pass-through.

Serigati afirma que produtos importados sofrem pressões pela variação cambial. “O dólar ficou mais caro, tudo que é precificado em dólar acaba subindo. São peças, insumos de produção, combustíveis”, declara.

O especialista diz ainda que há influência sobre outros itens. “Commodities agropecuárias também ficam caras, como grãos, açúcar, café, suco de laranja. Mesmo o preço estando baratinho em Chicago, sobe a taxa de câmbio, a soja, o milho, o trigo e o algodão ficam mais caros no Brasil. Tudo isso, não na mesma intensidade, acaba chegando de alguma forma até o consumidor final”, diz.

Ecio Costa afirma que a política fiscal brasileira é, por si, inflacionária. “Você está gastando mais, e para gastar mais, o governo se endivida mais ou emite moeda. Joga mais dinheiro na economia e em um ritmo maior do que a economia consegue aumentar sua produção. Isso já é inflacionário”, diz.

Considerando-se a prévia da inflação, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) atingiu 0,54% em outubro. Já a taxa acumulada em 12 meses avançou de 4,12% para 4,47%.

Na segunda-feira (28), analistas do mercado financeiro projetaram estimativa de inflação de 4,55%, acima do teto para 2024 (4,50%). Os números foram publicados no Boletim Focus. 

O centro da meta para este ano é de 3%, mas há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do Brasil acelerou de 4,24% para 4,42% no acumulado dos 12 meses encerrados em setembro. A divulgação dos dados da inflação em outubro será feita na sexta-feira (8).

Balança comercial

O economista e professor da UFPE também menciona a estimativa menor para o saldo da balança comercial em 2024, de superavit de US$ 70,4 bilhões, como um fator que influencia na inflação brasileira. No ano passado, o saldo positivo foi de US$ 98,9 bilhões.

“O saldo positivo da balança comercial ajuda a segurar a pressão sobre o câmbio, já que são mais dólares entrando na economia. Como são menos dólares entrando na economia, isso talvez tenha um efeito”, avalia.

Eleição nos EUA

O especialista também diz que a eleição presidencial dos Estados Unidos, disputada entre a vice-presidente Kamala Harris (Partido Democrata) e o ex-presidente Donald Trump (Partido Republicano), também tem potencial de impactar a moeda brasileira.

“As medidas anunciadas por Donald Trump, muito protecionistas, podem trazer um impacto nas moedas internacionais, fazendo com que elas se desvalorizem em relação à moeda americana, mas é algo que ainda não se efetivou. Existe algum efeito antecipado? Acho pouco provável”, declara.

*Repórter do Poder360

A partir da próxima segunda-feira, o Frente a Frente, programa político que ancoro pela Rede Nordeste de Rádio, transmitido para 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia – em Caruaru sai da rádio Cultura e passa para a Rádio Cidade 99,7 FM -, do grupo Adolfo da Modinha. Diante disto, demos a largada hoje a uma campanha de outdoors, com a marca Stampa, do meu amigo Durval Costa. Já estão sendo espalhados em vários locais de visibilidade da cidade, inclusive no corredor da BR-232.

Você, caro ouvinte em Caruaru e região, se ligue nessa!

Considerada uma das maiores ações de segurança na região Agreste do Estado, a Operação Têxtil foi deflagrada pela Secretaria de Defesa Social (SDS), nesta sexta-feira (1º), para intensificar o policiamento nas feiras de Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. A iniciativa, que integra o Programa Juntos pela Segurança, prevê ações de prevenção e combate à criminalidade em todo o Polo de Confecções e entornos, incluindo vias de acesso e rodovias, em função do aquecimento do comércio e do aumento expressivo na circulação de moradores e turistas para as tradicionais compras de final de ano.

A Operação Têxtil 2024, que segue até o dia 27 de dezembro, conta com investimento de mais de R$ 644 mil em jornadas extras, um incremento de 43% em relação ao ano anterior. O valor foi destinado à criação de 3.580 postos de trabalho, dos quais 2.680 para a Polícia Militar, 429 para a Polícia Civil, 256 para o Corpo de Bombeiros e 32 para a Gerência Geral de Polícia Científica, como também para o Grupamento Tático Aéreo (GTA) e demais setores da SDS.

A secretária-executiva da SDS, Dominique de Castro Oliveira, destaca que a prestação de serviços públicos na região está sendo realizada de forma integrada e coordenada nas três cidades abrangidas, com objetivo de proporcionar tranquilidade aos consumidores, comerciantes e empresários que frequentam o Polo de Confecções do Agreste. “A Operação envolve não apenas a segurança pública, como também faz a integração com a segurança viária, o ordenamento urbano e a segurança privada, concentrando todos os esforços numa única operação, de forma a otimizar os recursos e aumentar a capacidade de resposta às demandas da segurança da população”, declarou a secretária.

A SDS e suas operativas estão contando com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), das secretarias de segurança municipais, das guardas e órgãos de trânsito municipais, defesas civis municipais, além de órgãos de ordenamento e controle urbano.

Em Garanhuns já é Natal. O evento Encantos do Natal foi aberto oficialmente na noite dessa sexta-feira, dia 1º, pelo Prefeito Reeleito Sivaldo Albino (PSB). Até o próximo dia 12 de janeiro de 2025, o Município estima receber 1,5 milhão de visitantes, que devem movimentar a economia da Cidade.  

Neste ano, o Encantos do Natal ganhou um novo polo: a Praça Tiradentes, localizada ao lado do Centro Cultural, que recebe a Praça Nevada. O Evento ainda conta com outros 19 pontos que estarão decorados, destaque para a Praça Tavares Correia, onde fica o Relógio de Flores; a Praça Souto Filho, conhecida pela Fonte Luminosa; a Praça da Bíblia; a Praça Dom Moura e a sede da Prefeitura, o Palácio Celso Galvão.  

Chegada do Papai Noel

Neste sábado (2), Papai Noel chegará de helicóptero na Praça Mestre Dominguinhos, e amanhã (3), acontecerá o primeiro Desfile Natalino na avenida Rui Barbosa, a partir das 19h. Já aos sábados, os desfiles seguem sendo realizados na Avenida Santo Antônio.     

A programação do Encantos do Natal ainda contará com a Vila Gastronômica Natalina na Praça Mestre Dominguinhos, cantatas ao vivo do Pai Nosso e Ave Maria na sacada da Prefeitura; apresentações musicais, contação de história e diversas outras atrações. Já a partir do próximo dia 23 de novembro, o evento recebe o Armazém das Artes do Sebrae ao lado do Centro Cultural.  

O Encantos do Natal é uma realização da Prefeitura de Garanhuns, através da Secretaria de Cultura, em parceria com a Casa do Artesão. Assim como em 2023, serão investidos R$ 6 milhões de reais, em recursos do Município, além de recursos captados através da comercialização de cotas de patrocínio.

Confira:

Do Blog do Carlos Eugênio

A diretoria da TV Cultura avaliou, em reunião ontem, em São Paulo, a decisão da TV Pernambuco de não retransmitir o Roda Vida da última segunda-feira, que teve como entrevistado o prefeito do Recife, João Campos (PSB). Os diretores foram unânimes pelo fim do contrato, segundo soube, há pouco. A decisão será comunicada ao Governo de Pernambuco, controlador da emissora, na próxima segunda-feira.

Por Marcelo Tognozzi*

É preciso parar com a hipocrisia e chamar as coisas pelo nome correto. O que está acontecendo no Rio é terrorismo. Não existe outra definição.

Quantas vezes a cidade parou por capricho dos barões do tráfico ou por causa das suas guerras? Quantas vezes nos últimos 10, 15, 20 anos, comerciantes de Ipanema foram obrigados pela bandidagem a fechar as portas, a mesma que tiraniza a comunidade Pavão-Pavãozinho? Quantas vezes isso aconteceu na Penha por obra e graça dos mandatários da Vila Cruzeiro? Quantas vezes a guerra entrou na casa das pessoas no Rio?

Os assassinos de Marielle Franco foram condenados por homicídio. É pouco. Deveriam ser condenados por terrorismo. Um crime praticado por quem aprendeu há muito tempo que o verdadeiro poder é o poder das armas e do dinheiro. O resto é perfumaria. Vejam o exemplo de Rogério Andrade, bicheiro preso acusado de matar um rival.

O Rio é uma cidade oprimida. Há décadas, o carioca, seja rico ou seja pobre, tem medo de andar nas ruas, do arrastão nas praias, assaltos, tiroteios e sequestros. São milhões governados pelo medo, pela hipocrisia dos políticos pactuados com o regime de terror imposto por diversas facções, cada uma no seu território, seja Rocinha, Alemão, Jacarezinho, São Carlos, Rato Molhado, Prazeres, Adeus, Boréu, Mangueira, Vigário Geral, Salgueiro, Maré, Vila do João, Vila Vintém, Vidigal, Pau da Bandeira, Chapéu Mangueira e tantos outros. 

Não existe favela livre no Rio. São milhões comandados pelo medo. Pobres, ricos, remediados, todos misturados, de São Conrado a Santa Cruz. O mesmo terror que matou meu amigo Tim Lopes com requintes de crueldade numa sessão de tortura encerrada com seu esquartejamento e os restos incinerados no tal micro-ondas. 

O escritor espanhol Fernando Aramburu expôs as entranhas do grupo terrorista ETA no seu best-seller “Pátria”. Durante décadas, o Norte da Espanha, conhecido como país Basco, uma das regiões mais ricas da Europa, foi dominada pelo terror. Comunidades inteiras eram tiranizadas, execuções eram feitas a qualquer hora com tiros, bombas e, principalmente, a arrogância e a soberba dos que têm certeza da impunidade. 

Mesmo presos, seus líderes eram exaltados, exatamente como é percebido com os “heróis bandidos” deste lado do Equador. São tratados como mito pela imprensa e reverenciados pelos jovens, ensinados que poder é opressão e violência, não importa se vem da polícia ou da cocaína. E isso não acontece só aqui. Pablo Escobar ainda é reverenciado na Colômbia, assim como El Chapo no México. 

O mais incrível é que as vítimas desses assassinos, que todos os dias sofrem com os tiroteios e os piores transtornos, ainda são capazes de reconhecer neles qualidades incríveis. É como bater palma para Kim Jong-un ou os talibãs. A diferença é que estes últimos chegaram ao poder pela política ou pela guerra e os outros pelo pó.

A liberdade faz a diferença. A tirania é igual para todos: o sofrimento é o mesmo, o medo é o mesmo, assim como a sensação de impotência, a insegurança, o nojo de ser obrigado a se submeter a um poder movido unicamente pela violência e pela brutalidade. Os tiranos são iguais, sejam eles do ETA, do Comando Vermelho, do PCC, das milícias, das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), dos Amigos dos Amigos, da Família do Norte, dos nazistas, dos talibãs, do Hamas, do Hezbollah ou do Boko Haram. 

Na promulgação da Constituição de 1988, Ulysses Guimarães lembrou que “a sociedade é Rubens Paiva, não os facínoras que o mataram”, numa homenagem ao deputado executado pelos terroristas da ditadura militar. Em 2024, a sociedade é Marielle, não os covardes planejadores e executores da sua morte. É esse o recado.

Há que resistir e reagir. E isso quer dizer uma polícia mais eficiente e preparada, tratada com respeito, salários compatíveis, aposentadoria e seguro para garantir a educação dos filhos e a dignidade da família. E um Ministério Público menos apegado aos holofotes.

Não interessa se para alguns Marielle era defensora dos direitos humanos e, para outros, defensora de bandidos. Nem se era jovem, de esquerda ou negra. Antes de tudo, era representante de um povo dominado e oprimido por traficantes e milicianos, eleita legitimamente, consciente do seu papel e merecedora de todo respeito. 

Foi executada em plena jornada de trabalho, tratada como lixo pelos terroristas. É num momento como este que o verdadeiro Estado Democrático de Direito tem de reagir, usar toda sua força e legitimidade para defender a sociedade e a democracia. Não pode transigir. Não basta condenar Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz a 78 e 59 anos de cadeia, respectivamente, quando o Código Penal diz que ninguém pode ficar preso por mais de 30 anos. É preciso dar respostas para prevenir, não para remediar.

O ministro Ricardo Lewandowski deveria fazer um esforço e reconhecer que o tal estado paralelo é na realidade um estado de terror, capaz de se impor pela força das armas pesadas e da cumplicidade dos demagogos, corruptos e usurpadores; uma elite podre, leniente com a bandidagem e com enorme desprezo pelos pagadores de impostos que financiam toda esta impostura. 

A cada eleição fizeram desta sociedade sem escola, sem saúde e sem segurança, cúmplice e refém. Permitiram a ampliação dos domínios do terror na medida que o verdadeiro Rio ia descendo a ladeira. Mesmo sendo o maior produtor de petróleo, sua Bolsa de Valores minguou, a indústria encolheu, a academia virou sucata, o dinheiro rareou, seus governantes foram parar na cadeia e a decadência mostrou sua cara desbotada no abandono de uma das mais lindas capitais do mundo.

É preciso acabar com o terror, não apenas em nome da liberdade de expressão, de votos, de palavras, de escolhas, mas porque isso representa dar um basta à tirania e à opressão, à condenação de milhões de pessoas à miséria.

Nossos verdadeiros heróis foram Mauá, João Cândido, Milton Santos, Carolina Maria de Jesus, os milhões de negros, mulatos, indígenas, caboclos, imigrantes da Europa, África, Oriente e Ásia que com sua multiplicidade de talentos, energias e culturas ergueram o Brasil que herdamos e o transformaram numa das 10 maiores economias do mundo. Os barões do pó e das milícias não foram e nunca serão heróis. Merecem apenas repúdio e nojo.

*Jornalista

A corridinha diária de 8 km, hoje, foi na praia. Na areia, exige mais condicionamento e fiz o percurso em 55 minutos. Ao final, um banho de mar para restaurar o corpo e alma, sentindo cheiro de sargaço.

A Comissão do processo eleitoral da OAB/PE acolheu pedido de reconsideração da Chapa Renovação Experiente e negou direito de resposta ao candidato oposicionista Almir Reis, que acusava, injustamente, a candidata Ingrid Zanella de espalhar fake news.

Na decisão, o julgador disse que “Sob esse aspecto, mantenho a fundamentação, ressalvando que não havia deferido a tutela, de forma alguma, por existência de notícias falsas (ou ‘fake News’) já que não vislumbrei nos trechos apresentados e documentos juntados, qualquer afirmação neste sentido. Não houve fake news”.

O julgador prossegue e informa que “com o intuito de sanar o vício procedimental, reconsidero a decisão anterior, para determinar a notificação da parte representada, a fim de que apresente sua manifestação sobre o pedido de resposta no prazo legal de 24 horas, e defesa no prazo legal, após o qual proceder-se-á com a reanálise do pedido de direito de resposta e do mérito da presente representação, com a devida observância do contraditório e da ampla defesa”.

A defesa de Zanella argumentou que “a liberdade de expressão é um direito fundamental e que as críticas, ainda que contundentes, fazem parte do debate democrático e devem ser preservadas. Alega, ainda, que as palavras da candidata não constituem ofensa pessoal, entendendo que não se qualificam como afirmações inverídicas e ofensivas a ponto de justificar a concessão de direito de resposta”.