O prefeito de Surubim, Cleber Chaparral (UB), esteve, ontem, reunido com o presidente do PP no Estado, o deputado federal Eduardo da Fonte. Na ocasião, o gestor, acompanhado de lideranças do município de Cumaru, da ex-candidata a prefeita e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Nadjane Peixoto, e dos vereadores Gustavo Pereira e João Arruda, conversou sobre as conjunturas políticas estadual e nacional e aproveitou para entregar o convite para a festa de São João do município.
Diante da situação constrangedora diante do Congresso, agravada pelo fato de não conseguir emplacar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recuou e anunciou, ontem, ter um plano alternativo, que passa por reformas estruturais e a revisão de supersalários de servidores públicos.
Segundo ele, serão corrigidas outras distorções do sistema financeiro para abrir espaço para calibragem do decreto do IOF. O ministro disse que o ajuste será uma expansão da correção dos desequilíbrios existentes hoje, dos tributos que dizem respeito às finanças, mas não quis adiantar o que será feito.
Na semana passada, Hugo Motta estabeleceu o prazo de dez dias para que o governo apresentasse alternativas ao decreto. Haddad disse, no entanto, que já havia dito que não precisava de todo esse prazo e que tinha ficado acordado de se fechar uma solução até amanhã, antes da viagem do presidente Lula. Haddad disse ainda que todo o ano é preciso fazer ajustes pontuais para preparar a peça orçamentária do ano seguinte.
Ressaltou que conversou com Lula e o presidente das duas Casas sobre duas alternativas: a primeira, com uma medida regulatória, resolver um problema de forma paliativa para cumprir as metas do ano. A segunda, que interessa mais a Fazenda, voltar para as reformas estruturais o que, afirma, ajuda com a nota com as agências de risco, o ganho de prestígio e a volta dos investimentos.
“O decreto é para resolver um problema pontual, distorções pontuais, mas se nós ficarmos de decreto em decreto, não vamos fazer o que o país precisa para apontar um horizonte de médio e longo prazo de sustentabilidade. Os três presidentes, portanto, da República, da Câmara e do Senado concluíram que vale a pena esta semana, antes da viagem do presidente à França, se debruçar sobre essas questões e tomar uma decisão. Então, para nós, o fato de o presidente embarcar amanhã à noite significa que nós temos hoje e amanhã, em sintonia com as Casas, porque nós já sabemos exatamente o que está na mesa, é definir qual vai ser o recorte que vai ser feito dessas medidas e apresentar para os três presidentes”, afirmou.
SOLUÇÃO PARA JÁ – O ministro da Fazenda disse acreditar que esta semana possa resolver e melhorar tanto a regulação do IOF, quanto questões estruturais. “Quer dizer, não dá para dissociar mais uma coisa da outra. Você quer alterar o curto prazo? Altera o longo prazo junto. Porque aí você faz uma combinação que dá para o investidor, para o cidadão, para o trabalhador um horizonte das regras do jogo daqui para frente. Com previsibilidade, com transparência e com discussão sobre a justiça das medidas – afirmou.
O senador da saúde – Os comerciais do PP que começaram a ser veiculados, ontem, no horário da propaganda partidária, têm tudo para turbinar a pré-candidatura do presidente do diretório estadual, Eduardo da Fonte, ao Senado, nas eleições do próximo ano. O foco é a saúde, área que o parlamentar tem se dedicado, remanejando emendas para compras de equipamentos altamente sofisticados doados a hospitais públicos e filantrópicos. Eduardo da Fonte enveredou por um caminho voltado para os mais altos interesses das classes menos favorecidas. Está carimbado como o político que cuida da saúde do povo.
Baita prejuízo – Os Correios registraram prejuízo de R$ 1,7 bilhão no 1º trimestre deste ano. Em 2024, a empresa informou um déficit de R$ 801 milhões de janeiro a março. O valor de 2025 é mais do que o dobro do anterior: houve um aumento de R$ 925 milhões, ou aproximadamente 115%, no prejuízo registrado. Entre os fatores que justificam o aumento no prejuízo da estatal, estão a diminuição em sua receita líquida e serviços, de R$ 4,5 bilhões para R$ 3,9 bilhões e o aumento de custo dos serviços prestados, que passou de R$ 3,8 bilhões para R$ 4 bilhões.
Pobreza franciscana– Em 2024, Pernambuco contabilizou 40,3% habitantes em situação de pobreza e 6,3% na extrema pobreza. Os dados fazem parte da série histórica da Pnad Contínua sobre Rendimento, iniciada em 2012 e divulgada, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números mostram que, no ano passado, 698 mil pernambucanos saíram da pobreza e 288 mil da extrema pobreza. Além disso, foi divulgado que desde 2023, 972 mil pessoas superaram a condição de pobreza, representando uma redução percentual de 20,6% em relação a 2022.
Interrogatório de Bolsonaro dia 9 – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os outros sete réus do núcleo 1 da ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado em 2022 serão interrogados no Supremo Tribunal Federal no próximo dia 9. Os depoimentos começarão às 14h e terminarão às 20h e serão realizados presencialmente na 1ª Turma da Corte. Se não houver tempo hábil para ouvir todos, os interrogatórios se prolongarão nos dias seguintes. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, será o primeiro a ser ouvido por ser o réu delator. Os demais seguirão ordem alfabética. O ex-vice de Bolsonaro na chapa de 2022, general Walter Braga Netto, será ouvido por videoconferência.
CURTAS
NA BOLÍVIA – O advogado paraibano Walber Agra, conhecido por atuar em processos relevantes no Brasil, como a ação que resultou na inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, movida pelo PDT, foi contratado para defender o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, após decisão do Tribunal Constitucional Plurinacional que o impede de disputar as eleições por já ter exercido três mandatos.
DEMOCRACIA – Em defesa de Evo Morales, Agra fez uma palestra na Câmara dos Deputados da Bolívia para apresentar seus argumentos. Com atuação também na Corte Interamericana de Direitos Humanos, o jurista reforçou que sua postura transcende espectros ideológicos. “Meu compromisso é com a democracia e com os direitos humanos”, afirmou.
BIA KICIS – Meu podcast, hoje, Direto de Brasília, em parceria com a Folha de Pernambuco, é com a deputada federal Bia Kicis, do PL do Distrito Federal. Bolsonarista, vai falar sobre anistia, interrogatório do ex-presidente, marcado para o próximo dia 9, e o Governo Lula, a quem combate no Congresso Nacional.
Perguntar não ofende: No discurso na convenção do PSB, Lula sacramentou a permanência de Geraldo Alckmin na vice?
A prefeita de Camutanga, Talita Cardozo Fonseca (MDB), conhecida como Talita de Doda, responde a uma ação civil pública movida pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que aponta a nomeação de ao menos 16 parentes de vereadores para cargos na administração municipal durante seu atual mandato. A ação, que tramita no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) desde o ano passado, acusa a gestora de manter servidores comissionados ou contratados temporariamente sem seleção pública, prática que o MPPE classifica como nepotismo cruzado. Em sua defesa, Talita nega irregularidades.
Em agosto de 2024, a 1ª Vara da Comarca de Timbaúba atendeu a um pedido do MPPE e concedeu liminar determinando a exoneração dos servidores. O juiz Danilo Felix Azevedo considerou que as nomeações ferem os princípios da administração pública, citando a manutenção dos cargos mesmo após recomendação do MPPE como indício de prática irregular. No entanto, a decisão foi revertida em março de 2025 por instância superior do TJPE, permitindo que os servidores permaneçam nos cargos até nova decisão judicial.
Entre os nomes citados pelo MPPE estão quatro parentes do vereador Jessé de Pontes (PV), sete do vereador José Fernando Nascimento (PV), dois do vereador Antônio da Venda (PV), uma cunhada do vereador Karlos Marone (PV), uma filha da vereadora Lúcia Aparecida (PV) e um sobrinho da secretária de Saúde. Todos os parlamentares mencionados foram reeleitos nas eleições de 2024. O caso segue em tramitação no Judiciário. Com informações do Bueno Notícias.
A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) deu início a uma obra emergencial no sistema de esgotamento sanitário da Avenida Domingos Ferreira, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. A intervenção, iniciada na noite da última sexta-feira (30), foi motivada pelo abatimento da via identificado em ação preventiva. A obra, realizada próximo ao número 2343, em frente à Tapeçaria Adroaldo, será conduzida até o dia 15 de junho com o objetivo de reparar a rede coletora de esgoto da região.
Executados pela BRK, parceira da Compesa no Programa Cidade Saneada, os trabalhos envolvem a substituição de seis metros de tubulação a três metros de profundidade no canteiro central da avenida. Para evitar extravasamentos e minimizar impactos no trânsito, os serviços estão sendo feitos em regime ininterrupto. Durante a execução, duas faixas da pista oeste e uma da pista leste estarão interditadas em um trecho de 40 metros, com sinalização e orientação ao tráfego em 120 metros do entorno.
A deputada federal Maria Arraes (SD) participou, nesta segunda-feira (2), de um ato público em apoio ao deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que enfrenta um processo de cassação na Câmara dos Deputados. Realizado em frente à Faculdade de Direito da UFPE, no centro do Recife, o evento reuniu lideranças políticas do campo progressista, movimentos sociais, entidades civis e militantes que classificam o processo como uma ameaça à liberdade de expressão no Parlamento.
Durante sua fala, Maria Arraes criticou o que chamou de tentativa de silenciamento de vozes combativas e relembrou o legado de seu avô, Miguel Arraes. “Pernambuco sabe bem reconhecer quem tem lado. Aqui, terra de resistência, a gente não aceita injustiça de cabeça baixa. Cassar Glauber é abrir um precedente perigoso: o de punir quem tem coragem e proteger quem vive de blindagem. Por isso, Glauber fica”, declarou.
Glauber Braga agradeceu o apoio e destacou o simbolismo de estar em Pernambuco. “Eu tô em Pernambuco, terra de lutas, terra de quem não se entrega, terra daqueles que decidiram não ficar de joelhos e lutaram por seus direitos. Eu saio daqui ainda mais firme”, disse o deputado, que está percorrendo o país com uma caravana para denunciar o processo que, segundo seus aliados, representa um ataque político à sua atuação parlamentar.
Frei Gilson protagonizou um dos maiores eventos católicos voltados à comunidade brasileira nos Estados Unidos, no último sábado (31), em Worcester, Massachusetts. Cerca de 10 mil fiéis se reuniram no DCU Center para um dia de pregações, louvor, adoração e show musical. Organizado pela Comunidade Obra de Maria, o encontro contou ainda com a participação do cantor Juninho Cassimiro, do padre Edimilson (Canção Nova) e do fundador da Obra, Gilberto Barbosa, que afirmou: “Foi espetacular. Poderia ter sido o dobro, se não fosse a questão do greencard. Muitos brasileiros têm medo de sair de casa”.
Durante o evento, Frei Gilson conduziu duas pregações centradas na conversão e no arrependimento, destacando a importância do batismo, da confissão e da escolha consciente por uma vida nova em Deus. À noite, ele subiu ao palco com a banda Som do Monte para o primeiro show do grupo nos Estados Unidos, com um repertório que incluiu sucessos como “Acalma Minha Tempestade”, “Vem Queimar o Nosso Coração” e “Fogo do Céu”, encerrando o encontro com forte emoção. “Foi um verdadeiro retiro espiritual”, declarou o frei em suas redes sociais.
O evento marcou um momento de evangelização católica entre os brasileiros no exterior. “Você não alcançou nem a metade do que Deus tem pra você”, disse Frei Gilson ao público, reforçando a mensagem de entrega e esperança. A próxima parada do frei será em Roma, nos dias 7 e 8 de junho, durante as celebrações de Pentecostes organizadas também pela Obra de Maria.
Nos últimos anos, a segurança pública em Pernambuco tem sido motivo de crescente preocupação. Embora dados oficiais indiquem uma redução nos índices de criminalidade em 2024, a sensação de insegurança persiste entre os cidadãos, especialmente no interior do estado. A proximidade das festividades juninas, que atraem milhares de turistas, intensifica a necessidade de uma análise crítica sobre as ações do governo estadual.
Estatísticas oficiais: Uma queda que não convence
De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), Pernambuco registrou uma redução de 5,4% nas Mortes Violentas Intencionais (MVIs) em 2024, totalizando 3.441 casos, comparados a 3.639 em 2023. A taxa de homicídios caiu para 36,08 por 100 mil habitantes, ainda acima da média nacional de 22,8.
Apesar da queda geral, algumas regiões apresentaram aumento nos índices de violência. No primeiro semestre de 2024, o Cabo de Santo Agostinho teve um aumento de 55% nas mortes violentas, passando de 60 para 93 casos. No Recife, o crescimento foi de 20,8%, com 353 mortes registradas.
Interior em alerta: A expansão da violência
Historicamente mais concentrada na Região Metropolitana do Recife, a criminalidade tem se espalhado para o interior do estado. No Sertão, por exemplo, houve um aumento de 3,8% nas mortes violentas no primeiro semestre de 2024, comparado ao mesmo período de 2023.
Esse cenário evidencia a necessidade de políticas públicas mais eficazes e abrangentes, que considerem as especificidades de cada região.
Efetivo policial: Um descompasso com a realidade
A defasagem no efetivo das forças de segurança é uma preocupação constante. Embora o governo estadual tenha anunciado a contratação de mais de 7 mil profissionais até 2026, a implementação dessas medidas ainda não surtiu efeito prático no cotidiano da população.
A falta de policiais nas ruas e a sobrecarga de trabalho comprometem a eficácia das ações de segurança e aumentam a vulnerabilidade dos cidadãos.
Investimentos e propaganda: Uma prioridade desalinhada
O programa “Juntos pela Segurança” prevê investimentos superiores a R$ 1 bilhão em segurança pública, incluindo a aquisição de equipamentos e tecnologia. No entanto, a percepção da população é de que essas ações têm sido mais voltadas para a propaganda institucional do que para resultados concretos na melhoria da segurança.
A proximidade das festas juninas, que movimentam a economia local e atraem turistas, exige uma atenção especial do governo para garantir a segurança dos eventos e das comunidades envolvidas.
A urgência de ações eficazes
A criminalidade em Pernambuco continua sendo um desafio complexo que requer ações imediatas e eficazes. A população, especialmente no interior, vive sob constante ameaça, e os esforços do governo precisam ser redirecionados para atender às reais necessidades de segurança.
É fundamental que as autoridades priorizem a proteção dos cidadãos, fortalecendo as forças de segurança, investindo em inteligência policial e promovendo políticas públicas que combatam as causas estruturais da violência.
A vida das pessoas deve estar acima de qualquer propaganda institucional.
Fontes: Jornal do Commercio; Diário de Pernambuco; Blog do Magno; SDS.
*Escritor, cientista político e pós-graduado em Segurança Pública
O jornalista Luís Costa Pinto iniciou uma campanha de financiamento coletivo para viabilizar a produção da segunda temporada do podcast investigativo “Trapaça”. A nova série, intitulada “Os Golpes do Bufão”, irá abordar os acontecimentos que culminaram nos ataques de 8 de janeiro de 2023, com foco nos movimentos golpistas a partir de 2021. A iniciativa é uma parceria entre a Tímpano Produções e a Plataforma Brasília.
Com estreia prevista para setembro, a produção segue os mesmos moldes da bem-sucedida série “A Guerra dos Collor”. Costa Pinto destacou que “jornalismo e democracia andam juntos e têm custo” e reforçou o apelo por apoio financeiro para garantir a continuidade do trabalho jornalístico independente. As contribuições podem ser feitas via PIX (pix@plataformabrasilia.com.br) ou pela plataforma Apoia-se (https://apoia.se/plataformabrasilia).
No programa de hoje, comentei o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a Convenção Nacional do PSB, realizado ontem (1º), em que fez elogios públicos ao vice-presidente Geraldo Alckmin e reafirmou o valor da aliança entre os dois. Lula destacou que a presença de Alckmin na Vice-Presidência e no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio representa “uma lição para a democracia deste país” e relembrou o histórico de embates eleitorais entre ambos como prova de que a política é capaz de se renovar. Alckmin, por sua vez, chamou Lula de “companheiro de trincheira” e ressaltou a importância simbólica da presença do presidente num congresso partidário que não é do seu partido.
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Um grupo de empresários pernambucanos se reuniu com deputados estaduais para promover o diálogo entre os poderes e destrancar a pauta da Assembleia Legislativa. Os representantes do setor produtivo do estado se colocaram à disposição da classe política para fazer uma interlocução e ajudar no melhor entendimento entre o Executivo e Legislativo.
O grupo ficou de agendar novas reuniões com lideranças políticas para construir um entendimento, inclusive, com a presença de representantes do governo do estado.
Estiveram presentes no encontro o presidente da Fiepe, Bruno Veloso; presidente do Grupo Atitude, Halim Nagem; presidente do conselho da Amcham em Pernambuco, Paulo Sales; e o empresário Guilherme Ferreira Costa. Entre os deputados, marcaram presença Antonio Moraes (PP), Antonio Coelho (UB), Coronel Alberto Feitosa (PL), e Waldemar Borges (PSB).
“A Assembleia Legislativa nos fez uma apresentação que não está travando nada, não está criando nenhuma dificuldade e está apenas buscando algumas informações para poder entender a destinação dos recursos (dos pedidos de empréstimos feitos pelo Governo do Estado)”, explicou o presidente da Fiepe, Bruno Veloso.
O senador Rogério Marinho (PL-RN) negou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que houvesse qualquer planejamento golpista da cúpula do governo de Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que o ex-presidente se preocupava com a “civilidade” do processo de transmissão do cargo.
“Havia uma preocupação grande de que não houvesse excessos, houvesse civilidade na transmissão do poder, do cargo. Todos nós estávamos chateados com o processo eleitoral, não esperávamos a derrota”, disse o parlamentar. As informações são da Folha de S. Paulo.
As declarações foram dadas em depoimento como testemunha do processo da trama golpista de 2022. Ele foi indicado pelas defesas de Bolsonaro e do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-companheiro de chapa de Bolsonaro.
Na Presidência, Bolsonaro acumulou uma série de declarações golpistas às claras, provocou crises entre os Poderes, colocou em xeque a realização das eleições de 2022, ameaçou não cumprir decisões do STF e estimulou com mentiras e ilações uma campanha para desacreditar o sistema eleitoral do país.
Após a derrota para Lula, incentivou a criação e a manutenção dos acampamentos golpistas que se alastraram pelo país e deram origem aos ataques do 8 de Janeiro.
Nesse mesmo período, adotou conduta que contribuiu para manter seus apoiadores esperançosos de que permaneceria no poder e, como ele mesmo admitiu publicamente, reuniu-se com militares e assessores próximos para discutir formas de intervir no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e anular as eleições.
Apesar disso, Marinho afirmou ter visto Bolsonaro “preocupado que não houvesse bloqueio de rodovias, impedimento”.
“Para que não fosse colocado sobre ele a pecha de que queria atrapalhar a economia ou a própria mudança de comando do país”, afirmou Marinho.
O senador relatou ter se encontrado com o então presidente cerca de dez vezes depois do resultado das eleições daquele ano. De acordo com ele, o tema das conversas era o futuro do partido, o PL, a avaliação das razões para o insucesso nas urnas, e os próximos passos.
“O presidente o tempo todo falava a respeito da eleição do Congresso Nacional, da importância de ele ter a presença do Senado e da importância do crescimento do PL”, disse.
O senador afirmou que, nos encontros no Palácio da Alvorada, esteve com Braga Netto em apenas duas ocasiões.
Com a audiência do parlamentar, o Supremo encerra a etapa de audiências com as testemunhas do primeiro núcleo do processo sobre a trama golpista de 2022.
Ao longo das últimas duas semanas, o STF ouviu 52 testemunhas, desde 19 de maio. Dessas, foram 5 de acusação e 47 das defesas. Duas juntaram declarações por escrito. Ainda, o relator homologou 29 desistências, sendo uma da acusação e 27 das defesas.
A Justiça Eleitoral realiza nesta terça-feira (4), em São José do Egito, uma audiência que pode resultar na cassação dos mandatos dos vereadores Luiz de Raimundo, Patrícia de Bacana e Tadeu do Hospital, todos do União Brasil. O partido é acusado de violar a cota de gênero nas eleições proporcionais de 2024. A audiência está marcada para as 9h.
Senador e presidente interino do PT, Humberto Costa disse em entrevista à coluna que o partido de Lula está preocupado com a “possibilidade concreta” de a oposição conquistar a maioria das cadeiras do Senado em 2026, ano em que serão renovados 54 dos 81 mandatos na Casa.
“Não creio que será fácil. Mas, se a extrema-direita conquistar a maioria absoluta do Senado, pode ser um desastre para a nossa democracia. Poderá ter início a abertura de processos contra ministros do STF, rejeição de nomes para o Banco Central, agências reguladoras, corpo diplomático… pode se instalar um verdadeiro pandemônio”, afirmou. As informações são do Metrópoles.
O parlamentar confirmou que será candidato à reeleição e disse que a estratégia central do PT será priorizar a disputa pelo Senado. O objetivo é formar, segundo ele, a “bancada do futuro governo Lula”, em caso de reeleição do presidente em 2026.
“No Senado, a estratégia principal será constituir uma base sólida para o governo Lula, para que não tenhamos que enfrentar as mesmas dificuldades que estamos enfrentando agora”, afirmou.
Humberto Costa também disse que o partido vai trabalhar para ampliar sua presença na Câmara. “É possível fazê-lo com uma eleição bem planejada. Bons quadros e puxadores de votos podem melhorar a nossa situação na Câmara.”
A governadora Raquel Lyra não faz concurso público no Estado e é contra que outras instituições façam. Por determinação do Palácio, o deputado governista Wanderson Florêncio pediu revisão de quórum na sessão plenária da Alepe, nesta segunda-feira (2), impedindo que os parlamentares aprovassem o Projeto de Lei 2864/2025, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que trata do assunto.
A manobra do governo faz parte da narrativa que Raquel quer emplacar, de que a Alepe está travando a pauta e comprometendo a aprovação de projetos em benefício da sociedade. Discurso que cai por terra com o movimento governista de hoje: um verdadeiro tiro no pé! Importante lembrar que foi o próprio governoquem obstruiu a pauta e impediu a apreciação em plenário de matérias fundamentais, como a aprovação do nome de Moshe Dayan para a presidência da Adagro.
O discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante o congresso nacional do PSB, surpreendeu a maioria dos políticos do Partido Socialista. Não faltaram adjetivos: enfadonho, cansativo, confuso, disperso, desordenado, bagunçado, caótico. Foram quase duas horas de uma narrativa que passeou por temas variados: Faixa de Gaza, eleição para senadores, expectativa de reeleição (ou não), ataque à direita, Supremo Tribunal Federal (STF).
Lula se distancia do político habilidoso e astuto dos primeiros dois mandatos como presidente. Cansativo em sua retórica, o petista, curiosamente, anunciou durante o encontro uma medida já divulgada aos ministros do governo: a duração máxima das explanações deverá ser de cinco minutos, segundo determinação de Lula.
Ex-primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, que era dono de uma retórica encantadora, já havia ensinado que o tempo ideal de um discurso seria de sete minutos. O Velho Buldogue rascunhava cada palavra, com textos minuciosamente elaborados, que, normalmente, alcançavam e conquistavam a maioria dos ouvintes.
Lula, pelo visto, desconhece essa máxima de Churchill. Ao contrário do petista, o prefeito do Recife, João Campos, abusou do carisma. Fez um discurso conciso e direto. Neto de Miguel Arraes e filho de Eduardo Campos, ex-governadores de Pernambuco, João foi eleito presidente nacional do PSB, empolgando a plateia socialista.
Ainda jovem, João demonstra maturidade de políticos rodados, o que o coloca como uma importante liderança do chamado campo progressista.
Gestor consolidado à frente da Prefeitura, João caminha em direção a novos rumos. Os socialistas apostam em sua eleição para o Governo de Pernambuco, concorrendo contra a governadora Raquel Lyra, que patina nas pesquisas de intenção de votos.
A depender do resultado das urnas em 2026, João se tornará um herdeiro do espólio da esquerda, que sofre para encontrar um sucessor de Lula. João tem tudo para seguir a trajetória política do pai.
Após o trágico acidente aéreo durante a campanha presidencial de 2014, que tirou a vida de Eduardo Campos, o PSB se reinventou. Nas eleições municipais, foi o partido de esquerda que elegeu o maior número de prefeitos, 301. Tem crescido e aposta em João para renovar ainda mais o campo progressista.
A deputada Débora Almeida (PSDB) vai sugerir uma audiência pública conjunta na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) com as três comissões mais importantes da Casa: Justiça, Finanças e Administração.
O objetivo é fazer com que os secretários da Fazenda, Wilson de Paula, e de Planejamento, Fabrício Marques, tirem todas as dúvidas dos parlamentares a respeito dos empréstimos do Governo do Estado.
Débora Almeida deve propor a audiência nesta terça-feira (3). “Sabemos que os colegas estão com muitas dúvidas e, para elucidar todos os pedidos de informação, achamos que seria produtivo perguntar pessoalmente”, afirmou Débora Almeida.
Membros da Mesa Diretora informaram, em reserva, que os secretários devem explicar na audiência o suposto desvio de finalidade dos recursos de um dos empréstimos (R$ 611 mil) para a compra de computadores, softwares e aparelhos de ar-condicionado.
Plenário
Em mais uma tarde sem quórum, a Alepe não aprovou nenhum projeto em plenário nesta segunda-feira (2). Havia na ordem do dia matérias do Tribunal de Contas do Estado e do Tribunal de Justiça de Pernambuco, além de outras proposições de autoria de diversos parlamentares e o projeto que valida o nome do veterinário Moshe Dayan Fernandes à frente da Adagro.
O advogado paraibano Walber Agra, conhecido por atuar em processos relevantes no Brasil — como a ação que resultou na inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, movida pelo PDT —, tem expandido sua atuação no cenário internacional.
Ele foi contratado para defender o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, após decisão do Tribunal Constitucional Plurinacional que o impede de disputar as eleições por já ter exercido três mandatos.
Segundo Agra declarou em entrevista, há pouco, ao Frente a Frente, o impedimento não encontra respaldo na Constituição boliviana. Em parecer emitido no país, ele afirma que a decisão da corte “não tem efeitos erga omnes e carece de fundamentação legal”.
Em defesa do ex-presidente, o jurista também realizou uma palestra na Câmara dos Deputados da Bolívia para apresentar seus argumentos. Com atuação também na Corte Interamericana de Direitos Humanos, Agra reforçou que sua postura transcende espectros ideológicos. “Meu compromisso é com a democracia e com os direitos humanos”, declarou.