A governadora Raquel Lyra formalizou um pedido ao prefeito João Campos para a renovação da cessão da secretária de Saúde do Estado, Zilda do Rego Cavalcanti – do quadro efetivo da Prefeitura. E o prefeito já autorizou a cessão de Zilda pelo Diário Oficial do Município. A autorização permite que a servidora, identificada pela matrícula nº 64553-1, continue desempenhando suas funções na Secretaria Estadual de Saúde, sem alterações nos valores remuneratórios que lhe são devidos, com ônus para o órgão de origem (no caso, a Prefeitura).
A decisão tem efeitos retroativos a 18 de janeiro de 2024. O pedido feito por ofício foi datado em 10 de julho deste ano e é assinado eletronicamente pela Secretária de Administração, Ana Maraiza.
Esta solicitação da governadora pode dar o que falar, já que surge em um contexto de tensão causado pelo Governo de Pernambuco com os municípios pernambucanos, já que Raquel emitiu um ofício-circular determinando que todos os servidores estaduais cedidos a prefeituras fossem devolvidos em um prazo de 30 dias.
A Prefeitura do Recife seria a maior prejudicada, pois perderia quatro secretários municipais, além de inúmeros servidores em cargos estratégicos, o que causaria um impacto negativo na administração local.
O prefeito João Campos chegou a solicitar a reversão da medida, alegando as dificuldades que causaria à gestão e, consequentemente, a todo o povo recifense. A governadora, porém, negou.
Diante disso, a Prefeitura do Recife protocolou, em janeiro deste ano, uma denúncia junto ao procurador Gustavo Massa, do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPC-PE). Ele atendeu ao pedido e solicitou uma medida cautelar ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) para suspender a devolução dos servidores.
O TCE, por sua vez, concedeu a cautelar suspendendo a devolução dos servidores até 31 de dezembro de 2024. Em contrapartida, o Governo recorreu ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) em busca de uma liminar que revertesse a cautelar.
No entanto, o desembargador Josué Antônio Fonseca de Sena negou o pedido e um novo recurso da governadora Raquel Lyra pede mais uma vez a concessão da liminar.
Perguntar não ofende: Depois de solicitar ao prefeito João Campos a manutenção da secretária de Saúde e ter o seu pedido atendido, a governadora poderia rever a sua decisão de determinar a volta dos servidores cedidos às prefeituras?
Um trabalhador que realizava a manutenção de um elevador no Hospital da Restauração (HR), na área central do Recife, faleceu na manhã desta quarta-feira após sofrer uma queda durante a realização dos procedimentos.
De acordo com o Hospital da Restauração, o homem, que tinha 55 anos, era ligado a uma empresa terceirizada e realizava um serviço em um dos equipamentos, quando sofreu uma queda.
Segundo o HR, ele recebeu atendimento médico imediato, mas, devido à gravidade dos ferimentos, não resistiu. Ainda não se sabe de qual andar o trabalhador teria despencado.
Por meio de nota, o Hospital da Restauração lamentou o acidente que resultou na morte do funcionário, informou que acionou as autoridades competentes e que irá colaborar com as investigações sobre a causa do acidente. Afirmou, ainda, que está prestando assistência à família.
Confira a nota na íntegra:
O Hospital da Restauração (HR) lamenta o acidente fatal, que ocorreu na manhã desta quarta-feira (31), resultando na morte de um funcionário que estava trabalhando na manutenção de um dos elevadores da unidade.
O homem, de 55 anos, ligado a uma empresa terceirizada, estava fazendo um serviço em um dos equipamentos, quando sofreu uma queda. Ele recebeu atendimento médico imediato, mas, devido à gravidade dos ferimentos, faleceu.
O HR acionou as autoridades competentes e irá colaborar com a investigação sobre a causa do acidente.
O Hospital da Restauração também está prestando toda assistência à família.
A Polícia Federal apreendeu um documento que indica que Alexandre Ramagem (PL) produziu para Jair Bolsonaro (PL), em março de 2020, um dossiê secreto com informações que visavam dar subsídio a ações para anular as investigações de “rachadinha” contra o senador Flávio Bolsonaro.
O arquivo digital, apreendido recentemente com Ramagem, foi criado um mês antes de o então diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), hoje pré-candidato a prefeito do Rio de Janeiro, ser escolhido por Bolsonaro para comandar a PF.
O dossiê de Ramagem, intitulado “Bom dia Presidente”, era formado, em linhas gerais, por afirmações sem provas de que Flávio foi levado para o centro do escândalo das “rachadinhas” em decorrência de acessos ilegais de seus dados fiscais por parte de funcionários da Receita Federal —foram reunidas informações de ao menos três desses servidores.
Essa tese, jamais provada, foi rechaçada oficialmente por investigação da Receita meses depois.
A escolha de Ramagem para comandar a PF acabou sendo barrada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), após Bolsonaro afirmar que pretendia usar o órgão de investigação como produtor de informações para suas tomadas de decisão.
Ramagem chefiou a segurança de Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018, tornou-se amigo da família, diretor-geral da Abin e, atualmente, é deputado federal pelo PL e conta com o apoio dos Bolsonaros para a disputa à Prefeitura do Rio de Janeiro.
No depoimento tomado no ultimo dia 17 no âmbito das apurações da existência de uma suposta “Abin paralela”, a PF apresentou a Ramagem o documento apreendido em seus dispositivos eletrônicos.
Diante do questionamento sobre qual era a motivação e a necessidade de o presidente da República ser municiado pela Abin com informações relativas às investigações contra seu filho mais velho, Ramagem ora respondeu que não se recordava do documento, ora que costumava escrever textos de fontes abertas para comunicação de fatos de possível interesse de Bolsonaro.
Isso não significava, prosseguiu, que ele tivesse transmitido ao presidente da República “a totalidade ou parte dos argumentos que foram redigidos”.
Em manifestações anteriores e no depoimento à PF, Ramagem havia negado qualquer envolvimento com ilegalidades quando comandava a Abin. Sua defesa disse à Folha que ele não vai se manifestar neste momento. A defesa de Bolsonaro também não se pronunciou.
A taxa de aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a superar numericamente a de desaprovação depois de 2 meses. Agora, a administração petista é aprovada por 47% e desaprovada por 43% dos eleitores brasileiros. Os percentuais oscilaram dentro da margem de erro, de 2 pontos percentuais, desde o último estudo, realizado há 2 meses, no final de maio. Os dados são de pesquisa PoderData realizada de 27 a 29 de julho de 2024.
O importante é observar a trajetória histórica das curvas de aprovação e desaprovação do governo. As curvas evidenciam que as oscilações têm têm sido, positivas ou negativas, sempre dentro da margem de erro. É como se o petista tenha ficado quase no mesmo lugar desde janeiro de 2023, quando assumiu o Palácio do Planalto.
Como se observa, a rigor, o governo Lula nunca mais conseguiu as taxas de aprovação janeiro de 2023, quando 52% diziam aprovar a administração petista e 39% afirmavam que desaprovavam. A distância entre esses 2 percentuais era de 13 pontos. Hoje, são só 4 pontos entre aprovação e desaprovação.
Essa inversão nas curvas se deu depois de uma ofensiva de marketing de Lula. O presidente deu 8 entrevistas para rádios de várias partes do país, uma entrevista para TV e visitou 18 cidades para inaugurar ou anunciar obras e apoiar candidatos a prefeito apoiados pela esquerda.
Além disso, no meio do período de coleta de dados da pesquisa PoderData, no domingo à noite (20h30), antes de começar o programa “Fantástico”, da TV Globo, o presidente falou por pouco mais de 7 minutos em cadeia de rádio e TV descrevendo tudo o que considera avanços de sua administração.
O resultado de todo esse esforço de Lula foi uma variação de 2 pontos percentuais na aprovação de seu governo, de 45% para 47%.
A pesquisa cujos dados são relatados neste post foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 27 a 29 de julho de 2024, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 202 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
O intervalo de confiança é de 95%. Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.
APROVAÇÃO X VOTO EM 2022
Dos eleitores que declaram ter votado em Lula no 2º turno de 2022, são 14% os que estão descontentes com a administração petista e dizem desaprovar o governo. Outros 81% aprovam. Dentre os eleitores de Bolsonaro, 11% afirmam aprovar e 84% desaprovar o comando de Lula no Planalto.
TRABALHO PESSOAL DE LULA
Os percentuais dos que consideram o trabalho pessoal de Lula “ruim/péssimo” caíram 6 pontos desde maio de 2024. Eram 37%. Agora, são 31%. A mesma taxa é registrada para aqueles que acham o trabalho do petista “bom/ótimo”. Os que consideram o desempenho do presidente “regular” são 32%. A taxa subiu 18 p.p. desde a posse e 10 p.p. desde o início de 2024. Indica cautela ao petista, pois é considerado um pit stop antes que os eleitores migrem para a taxa negativa.
O ministro das Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, foi o convidado do “Bom Dia, Ministro” desta quarta-feira. O bate-papo durou uma hora e foi transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) com a participação de jornalistas de seis Estados. Participei na condição de âncora da Rede Nordeste de Rádio.
Fiz duas perguntas ao ministro, uma sobre a nota do PT em apoio ao ditador da Venezuela e outra sobre as obras da Ferrovia Transnordestina.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse, há pouco, que o presidente Lula não interferiu em absolutamente nada na decisão do PT de reconhecer, em nota oficial, a legalidade da eleição na Venezuela. Ressaltou que o partido tem autonomia para se manifestar em assuntos de qualquer natureza, independente da posição do seu líder maior, o presidente da República.
A declaração foi dada em resposta a uma pergunta que fiz no programa Bom dia, ministro, em rede nacional pela EBC. Perguntei se o PT havia recebido aval de Lula para manifestar solidariedade ao presidente reeleito da Venezuela, Nicolás Maduro. “O PT tem liberdade e independência. Lula não tolhe o pensamento do seu partido”, afirmou.
Participei do programa, ao lado de jornalistas de seis Estados, na condição de âncora da Rede Nordeste de Rádio. Ainda como complemento à minha indagação, Padilha reiterou que Lula só irá se manifestar sobre o resultado da Venezuela após a divulgação dos boletins eleitorais.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que o país “tem o dever de buscar vingança” após a morte do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã. O ataque, atribuído pelo movimento palestino e pelo governo iraniano a Israel, foi lançado nesta quarta-feira, enquanto Haniyeh participava da posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.
“O regime sionista criminoso e terrorista martirizou nosso querido hóspede em nosso território e causou nossa dor, mas também preparou o terreno para uma punição severa”, escreveu o líder supremo iraniano na rede social X. “Após este evento amargo e trágico que ocorreu dentro das fronteiras da República Islâmica, é nosso dever nos vingar”.
Uma reunião de emergência do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã foi convocada na residência de Khamenei, logo após o ataque. O porta-voz do Conselho classificou o assassinato de Haniyeh como “um ato desprezível”. De acordo com a rede libanesa al-Mayadeen, ele também prometeu e que os perpetradores do ataque “receberão uma resposta”.
A morte de Haniyeh foi confirmada tanto pela Guarda Revolucionária do Irã quanto pelo próprio movimento palestino, que atribuíram o ataque a Israel. O Estado judeu não se manifestou sobre as acusações. Além do líder iraniano, o grupo que governa Gaza também prometeu retaliação.
“O assassinato do líder Ismail Haniyeh é um ato de covardia e não ficará impune”, afirmou Musa Abu Marzuk, um alto dirigente do Hamas, em um comunicado logo após a morte e Haniyeh.
Apesar das promessas de retaliação, há acenos de moderação dentro do próprio governo iraniano. A mídia estatal noticiou que o vice-presidente Mohammad Reza Aref afirmou que Teerã não tem nenhuma intenção de responder ao ataque de Israel contra o líder do Hamas — o que demonstraria uma divergência entre o governo reformista recém-eleito e a liderança suprema da revolução.
Israel realizou ontem um bombardeio em Beirute no qual afirma que matou o comandante do movimento libanês Hezbollah Fuad Shukr, que responsabilizou por um ataque letal recente nas Colinas de Golã.
Segundo o Ministério da Saúde libanês, o ataque matou três civis, dois deles crianças, e deixou 74 feridos.
“Os aviões de combate da força aérea de Israel eliminaram o comandante militar de mais alta patente da organização terrorista Hezbollah e chefe da sua unidade estratégica, Fuad Shukr, na zona de Beirute”, anunciou o corpo armado.
Shukr foi o responsável pelo ataque do último sábado “no qual 12 crianças morreram depois que o Hezbollah disparou um foguete iraniano diretamente contra um campo de futebol no norte de Israel”, declarou o porta-voz militar israelense, Daniel Hagari.
“Fuad Shukr era o braço direito de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, e seu conselheiro no planejamento e na direção de ataques e operações”, acrescentou Hagari, afirmando que Shukr era “um terrorista de alto nível, que tinha o sangue de israelenses e muitos outros em suas mãos”.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, denunciou o que chamou de “agressão flagrante” e “ato criminoso”, e pediu que a comunidade internacional pressione “para obrigar Israel a deter sua agressão e suas ameaças”.
O Irã, que apoia o Hezbollah, considerou o ocorrido “uma ação implacável e criminosa da gangue criminosa sionista”.
Israel e Estados Unidos responsabilizaram o Hezbollah pelo bombardeio de sábado na cidade de Majdal Shams, nas Colinas de Golã, o que o grupo libanês (aliado do movimento islamista palestino Hamas) negou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ontem não ver “nada de anormal” em relação à contestada reeleição de Nicolás Maduro na Venezuela.
Em entrevista a um canal afiliado à TV Globo na manhã desta terça, Lula descreveu a situação como “um processo” em curso. Mencionando uma nota publicada pelo seu partido na segunda, disse que o que estava ocorrendo era um conflito entre o tribunal eleitoral venezuelano e a oposição.
“Vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial. Não tem nada de anormal. Teve uma eleição, teve uma pessoa que disse que teve 51%, teve uma pessoa que disse que teve 40 e pouco. Um concorda, o outro não”, afirmou, acrescentando que quem deveria arbitrar a decisão é a Justiça.
O governo brasileiro já tinha se pronunciado sobre o resultado das eleições na Venezuela, alvo de questionamentos de líderes regionais. Por meio de nota, ele havia pedido a divulgação das atas eleitorais e se absteve de parabenizar Maduro.
Esta foi, porém, a primeira declaração de Lula sobre o tema. A entrevista, concedida à TV Centro América, de Mato Grosso, foi gravada fora da agenda oficial, e trechos dela foram divulgados pelo canal GloboNews à tarde. A transcrição integral do comentário foi divulgada pela Secom à noite.
Lula afirmou que Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais que acompanhou o pleito em Caracas, conversou com ambos Maduro e o candidato da oposição, Edmundo González. Segundo o petista, Amorim relatou que o ditador apresentaria a ata. “Só não disse quando, mas disse que vai apresentar”, disse o presidente.
Lula ainda minimizou as contestações ao resultado feitas pela oposição e referendadas por outros países. Ele comparou o caso com a contestação que Aécio Neves fez às eleições de 2014 após ser derrotado. Na época, o seu partido, o PSDB, pediu uma auditoria dos votos ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ao analisá-los, porém, não encontrou nenhum indício de irregularidade.
“Sempre que tem um resultado apertado as pessoas têm dúvidas. Aqui no Brasil você viu o que aconteceu. Mesmo quando o Aécio perdeu para a Dilma, que entrou com recurso para anular a eleição”, disse Lula.
Ainda na entrevista, o presidente disse que, se a vitória de Maduro for confirmada pelas atas de votação, tanto o seu governo quanto o de outros países seriam obrigados a reconhecer o resultado.
Ele acrescentou que Brasil, Colômbia e Chile negociam a formulação de uma declaração conjunta. As chancelarias dos três países comandados por líderes de esquerda pediram a divulgação de dados individualizados. Até a noite desta terça, o documento conjunto não tinha sido publicado.
“O presidente Maduro sabe perfeitamente bem que, quanto mais transparência houver, mais chance ele terá de ter tranquilidade para governar a Venezuela”, prosseguiu o petista.
“Eu, enquanto cidadão do planeta Terra, cidadão brasileiro, presidente, acho que é preciso acabar com a ingerência externa nos outros países”, completou. “A Venezuela tem direito de construir o seu modelo de crescimento e de desenvolvimento sem que haja um bloqueio. Cada um constrói o seu processo democrático, cada um tem o seu processo eleitoral.”
Convidado pela Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal, participo, em instantes, junto com um grupo de jornalistas de vários Estados, do “Bom dia, Ministro”, programa transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) com a participação de rádios de todo País. O entrevistado será o ministro da Articulação Política, Alexandre Padilha.
Na pauta, o fortalecimento das relações entre os poderes Executivo e Legislativo. O ministro também vai abordar a aprovação da regulamentação da reforma tributária na Câmara dos Deputados, a aprovação do arcabouço fiscal, a taxação de offshores e as discussões que o governo ainda pretende debater, como o caso da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia.
O “Bom Dia, Ministro” começa exatamente às 8 horas, com uma hora de duração, sendo transmitido ao vivo pela EBC. Pode ser acompanhado pela TV (aberta ou via satélite) e pela internet, no YouTube, Facebook, TikTok e Instagram do CanalGov. Para as rádios, o sinal de transmissão é oferecido pela Rede Nacional de Rádio (RNR), pelo mesmo canal de “A Voz do Brasil”.
Com o prazo final das convenções partidárias marcado para a próxima segunda-feira, as eleições municipais vão, naturalmente, entrar numa nova fase para os candidatos a prefeito e vereadores. A grande expectativa passa a ser a realização dos debates no rádio e na TV, especialmente para os postulantes majoritários. Será que todos vão aceitar participar?
Não é incomum que candidatos decidam não participar de algum debate. Essa decisão, geralmente, é estratégica. Normalmente, quem ocupa as primeiras posições nas intenções de votos nas pesquisas de opinião pública tende a recusar convites de presença em debates no primeiro turno.
Evitam se expor para não sofrer cobranças dos oponentes, preservando suas imagens junto ao eleitorado. Entretanto, essa é uma estratégia um tanto controversa, até porque dá a impressão de que o candidato está fugindo da disputa, ou, pior, não se mostra preparado, achando que que pode provocar vexames, refletindo nas pesquisas eleitorais.
Sendo assim, as atenções maiores de debates estarão voltadas para quatro cidades da Região Metropolitana: Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista. No interior, Caruaru e Petrolina, municípios com mais de 200 mil eleitores. No Recife, o prefeito João Campos (PSB), hoje com 75% das intenções de voto, em nenhum momento deve ir a debates no primeiro turno.
Na capital, a não ser que ocorra uma hecatombe até lá, o cenário hoje é de decisão logo no primeiro turno. Já em Jaboatão, Mano Medeiros também tende a ir a debates somente no segundo turno, para não virar alvo de bombardeio por parte de muitos adversários, raciocínio que não se aplica a Mirella Almeida (PSD). Embora seja candidata da situação, apoiada pelo prefeito Lupércio, não há pesquisas que apontem Mirella numa situação privilegiada em Olinda.
Em Caruaru, o prefeito Rodrigo Pinheiro vai para reeleição enfrentando pelo menos quatro candidatos no primeiro turno e não se sabe qual a orientação ainda da sua assessoria em relação aos debates, que Zé Queiroz, seu principal adversário, já se antecipou, informando que vai a todos.
Candidato à reeleição, o prefeito de Petrolina, Simão Durando (UB), também não deve ir aos debates no primeiro turno, se valendo da mesma estratégia. Fugir de debates tira votos? A história das últimas eleições em Pernambuco mostra que sim, porque Marília Arraes, então candidata a governadora, que estava à frente das pesquisas, evitou os confrontos, se desidratou e perdeu a batalha no segundo turno.
Um caso histórico – Nas eleições para governador em 1990, o ex-governador Joaquim Francisco, então num cenário de voo de brigadeiro, despencou nas pesquisas depois que Jarbas Vasconcelos, seu principal adversário, usou um recurso infalível: a imagem da cadeira de Joaquim vazia. Numa reação inusitada, Joaquim fez um desafio a Jarbas para um debate olho no olho no horário do guia eleitoral, cada um cedendo o seu tempo na TV. Jarbas topou, Joaquim se saiu melhor no debate e ganhou a eleição no primeiro turno.
PSB na contramão do PT – Numa posição contrária ao PT, que já reconheceu a legalidade da eleição de Maduro, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse, ontem, em nota, que o partido não vai aceitar o resultado do que chamou de “farsa eleitoral” a reeleição do presidente da Venezuela. “O PSB, há muito tempo, aprovou uma decisão unânime de condenação às violações dos direitos humanos e democráticos perpetradas pelo regime chavista. O partido considera o regime de Maduro uma ditadura. A eleição não foi transparente nem democrática”, afirmou.
Pau no PT – Integrantes da oposição brasileira criticaram o PT, ontem, por reconhecer a vitória do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela – esquerda), reeleito para um novo mandato no País. O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) escreveu que o PT publicou a nota “tratando a fraude” de Nicolás Maduro como uma vitória. “São defensores de ditadores”, escreveu em seu perfil do X (ex-Twitter).
Magoado com o PCdoB – Em entrevista, ontem, à Rádio Folha, o senador Humberto Costa, principal liderança do PT no Estado, reclamou que o PCdoB não foi correto com o PT ao longo do processo da escolha do vice de João Campos (PSB) no Recife. “O PCdoB sabia que o PT havia manifestado publicamente a aspiração de poder ter a vice. Não agiu o PCdoB com transparência. Se fosse colocada em discussão a possibilidade de filiação do Victor Marques, não haveria nenhum questionamento, mas isso deveria ter sido objeto de um debate, porque o PT aspirava ter a vice e a filiação de Victor veio com a finalidade de ele ser o vice”, afirmou.
Palanque duplo – Em Serra Talhada, a 420 km do Recife, a governadora Raquel Lyra (PSDB) deve subir em dois palanques, no da prefeita Márcia Conrado (PT), que disputa à reeleição, e no de Miguel Duque (Podemos), filho do deputado Luciano Duque, que faz parte da bancada de apoio governista na Alepe. “Essa é a impressão que eu tenho”, disse, ontem, no Frente a Frente, o deputado Valdemar de Oliveira, o Dema (Avante), irmão do ex-deputado federal Sebastião Oliveira. Dema aposta na vitória de Conrado por achar que Miguel não tem o mesmo capital político do pai para derrotar a prefeita.
CURTAS
ARCOVERDE 1 – Em entrevista, ontem, à Rádio Itapuama, o pré-candidato do Podemos à Prefeitura de Arcoverde, Zeca Cavalcanti, praticamente confirmou que o prefeito Wellington Maciel, que o derrotou na eleição passada e a quem tanto criticou por fazer uma gestão desaprovada pela população, estará no seu palanque.
ARCOVERDE 2 – Forçado a falar sobre o assunto, Zeca declarou: “Não vou rejeitar o apoio de ninguém. Como eu vou dizer que não quero o voto do prefeito Wellington?”. Quem te viu, quem te vê! A política, como disse Roberto Magalhães, é diabólica.
CADÊ OS VICES? – Na reta final para o prazo final das convenções, em Caruaru, nem o prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB), nem José Queiroz, seu principal adversário, que disputa pelo PDT, fechou a chapa. Parece que um está à espera do outro para definir uma estratégia.
Perguntar não ofende: Lula aprovou a nota do PT reconhecendo a legalidade da eleição na Venezuela?
O Banco do Nordeste (BNB) destinará o orçamento de R$ 1,9 bilhão do Plano Safra 2024/2025 para o Estado de Pernambuco. Deste total, R$ 1,25 bilhão contemplará agricultores familiares. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (29), pelo presidente da estatal, Paulo Câmara, em evento que reuniu produtores rurais e entidades representativas no auditório da Fetape, em Garanhuns.
Em toda a área de atuação do Banco (Nordeste e parte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo), o orçamento para 2024/2025 é de R$ 10,3 bilhões para a agricultura familiar, o que representa um crescimento de 22% ante o orçamento do ano anterior.
“O Banco do Nordeste já é responsável por mais de 90% do financiamento da agricultura familiar em sua área de atuação e queremos ser um parceiro cada vez melhor. Trabalhamos continuamente para sermos mais ágeis na concessão do crédito rural e ampliarmos nossa atuação na região. Onde tiver agricultura familiar, vai ter a presença do Banco do Nordeste para que a gente possa realmente fazer a diferença na vida dos produtores”, destaca Paulo Câmara.
No Plano Safra 2023/2024, foram destinados pelo banco à agricultura familiar do estado R$ 1,06 bilhão, em mais de 84 mil contratos, representando um crescimento de 102% em relação a todo valor investido no plano anterior. Já em toda a área de atuação do BNB, foram concedidos R$ 9,42 bilhões em financiamentos para agricultores familiares.
“Não estamos falando apenas de valores liberados. São recursos que fortalecem o setor rural, diminuem o desemprego e reduzem a desigualdade social. Essa é a razão de ser da instituição”, destacou o superintendente do BNB em Pernambuco, Hugo Queiroz.
Durante o evento, foram assinados 580 contratos com clientes do Agroamigo, totalizando R$ 8 milhões de recursos distribuídos já do atual Plano Safra. “Nós do BNB entendemos que o crédito tem que ser capaz de gerar produtividade, de melhorar renda e qualidade de vida. Então daremos prioridade ao financiamento de máquinas e equipamentos adequados à agricultura familiar. Iremos incentivar a geração de energia solar e o financiamento de custeio agrícola e pecuário,” disse o superintendente de Agronegócio e Microfinança Rural, Luiz Sérgio Farias Machado, também presente ao evento.
Inaugurada nova unidade de microfinanças em Águas Belas
À tarde, a comitiva do banco inaugurou uma unidade de atendimento dos programas Crediamigo e Agroamigo em Águas Belas, interior pernambucano.
A iniciativa faz parte do projeto de expansão dos programas de microcrédito orientado do BNB, que irá ampliar a rede de atendimento na sua área de atuação e melhorar as estruturas já existentes.
“Inauguramos hoje a 476ª estrutura de atendimento do Crediamigo em toda nossa área de atuação. É uma continuidade do plano de expansão, que irá chegar ao final de 2025 com mil estruturas. O objetivo disso é estar cada vez mais próximo do nosso cliente, diminuindo as distâncias e fazendo com que o crédito seja mais oportuno, mais rápido, mais ágil e atendendo a todas as suas necessidades”, disse o superintendente do Crediamigo, Helton Chagas.
Segundo a mais nova pesquisa do Observatório Febraban (Federação Brasileira de Bancos), as fake News são um dos temas que mais preocupam a população brasileira neste período eleitoral. Segundo a entidade, 88% das pessoas defendem punições severas aos candidatos que utilizam ou são favorecidos pelas informações falsas.
A punição mais defendida por 52% das pessoas é a impugnação da candidatura – 14% defendem multa em dinheiro. Outros 12% defendem a suspensão da campanha eleitoral por um período, 10% opinam pela suspensão completa da propaganda eleitoral e 3% indicam apenas repreensão pública.
Essa é a 16ª edição da pesquisa Observatório Febraban feita pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE) para a Febraban. Realizada entre os dias 4 e 10 de julho de 2024, com 3 mil pessoas nas cinco regiões do País, a pesquisa aborda o interesse do brasileiro nas eleições municipais, suas preferências e expectativas sobre os perfis dos próximos prefeitos.
O quadro político em Vitória de Santo Antão, que parecia favorável ao atual prefeito Paulo Roberto (MDB), começa a mostrar sinais preocupantes para o grupo governista. Como o prefeito ainda não anunciou quem será o seu companheiro na chapa, os apoiadores do atual vice-prefeito, Edmo Neves (PSDB), estão de orelha em pé.
Enquanto isso, caso não seja escolhido para continuar na vice pela chapa governista, existe a possibilidade de que Edmo Neves venha a disputar a eleição majoritária em faixa própria.
No outro lado, os grupos oposicionistas se movimentam. O deputado estadual Aglaílson Victor (PSB), candidato a prefeito, saiu na frente e consolidou uma aliança expressiva. Nas últimas semanas conseguiu atrair para ser sua companheira de chapa na vice, Socorrinho da Apami (União Brasil).
Quem também convergiu e declarou apoio à candidatura de Victor foi o deputado estadual Henrique Queiroz Filho e Carlos Henrique, vereador de Vitória pelo Partido Progressistas (PP). Esses dois importantes partidos UB e PP estavam, até pouco tempo, engajados no projeto do pré-candidato André Carvalho (PDT). Com isso, André Carvalho perde estrutura e passa a contar apenas com uma parcela do eleitorado mais à esquerda e somente com o apoio da Rede.
Até o final das convenções muita coisa pode mudar, mas a disputa em Vitória mostra que será uma das mais acirradas dos últimos anos.
A pré-candidata à Prefeitura de Olinda, Mirella Almeida (PSD), já escolheu o nome para compor a chapa ocupando a vice. Trata-se de Chiquinho (Solidariedade), nascido na Comunidade Beira-Mangue, localizada na periferia do município. Ele possui passagens na gestão do Professor Lupércio, atual prefeito da cidade.
Além de diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento, Chiquinho foi secretário de Esportes e assessor especial. Ex-jogador de futebol, o pré-candidato também atuou como comentarista esportivo por vários anos na TV.
“Chiquinho e eu saímos da periferia e temos coragem e atitude para fazer Olinda seguir mudando e melhorando em todas as áreas. Queremos cuidar da orla à periferia e realizar novas obras, gerar mais empregos para os olindenses e garantir que a cidade siga rumo a um futuro com mais conquistas para a população”, comentou Mirella.
Chiquinho declarou estar motivado para ajudar Mirella a cuidar da cidade de Olinda. “Vamos trabalhar dia e noite para que Olinda tenha mais conquistas, principalmente para aquelas pessoas que mais precisam”, afirmou o pré-candidato a vice.
Convenção
Mirella e Chiquinho vão ter os nomes oficializados para a disputa nesta quinta-feira (1º), durante a convenção do Partido Social Democrático (PSD). O ato será realizado às 17h, no Mercado Eufrásio Barbosa.
No próximo sábado (3), o PP realiza a convenção partidária que irá homologar o nome do atual vice-prefeito de Olinda, Márcio Botelho, na disputa pela Prefeitura nas eleições deste ano. O evento está marcado para iniciar por volta das 10h11, no Manny Deck, localizado na Rua do Sol, no bairro do Carmo.
A Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe) protocolou no Ministério Público de Contas do Estado (MPC-PE) representação contra o Governo de Pernambuco por causa da ilegalidade do pagamento de diárias na operação “Pernambuco Seguro”. A Adeppe aponta que o programa estadual busca intensificar investigações e operações policiais, mas desvaloriza a categoria ao descumprir lei orgânica e legislação estadual sobre o pagamento de horas-extras.
“Protocolamos nossa representação contra a operação ‘Pernambuco Seguro’. Já havíamos oficiado a Delegacia-Geral e a SDS sobre a ilegalidade do pagamento mediante diárias. transformou-se as campanhas de ordem pública em algo rotineiro, ordinário, o que não deveria; portanto, sem ser pagas mediante diárias, mas mediante horas extras, assim como determina a lei estadual e a nossa lei orgânica. Vislumbramos prejuízo de R$ 9 milhões aos cofres públicos”, explicou o presidente da Adeppe, o delegado Diogo Melo Victor.
A representação no MP de Contas é mais uma ação da Adeppe na busca pela valorização dos delegados de polícia de Pernambuco. A categoria, em seguintes mesas de negociação, já rejeitou a proposta apresentada pelo Estado de reajuste salarial que só cobre a variação inflacionária prevista para o período.
Em mobilização, os delegados têm trabalhado com redução de 50% das metas e não adesão às prioridades do programa Juntos Pela Segurança. Além disso, houve a entrega do Programa de Jornada Extraordinária (PJEs), o que afetou diversos plantões no início de ano e que prejudicou as metas PJS. Há ainda a possibilidade de entrega de plantões junto com os agentes e escrivães , bem como o indicativo de não trabalharem nas eleições por ser atribuição da Polícia federal.