Confira abaixo, depoimentos de políticos e instituições sobre o legado do xilogravurista J. Borges, falecido na manhã de hoje. O velório do artista ocorre neste momento, no Centro de Artesanato de Pernambuco, em Bezerros. O sepultamento está marcado para amanhã, às 15h, no Cemitério Parque dos Eucaliptos, também em Bezerros.
Raquel Lyra, Governadora de Pernambuco:
“J. Borges levou Bezerros, o Agreste e Pernambuco para o mundo. E vai deixar uma saudade imensa. Mas a sua grandiosidade permanecerá aqui pelas mãos de seus filhos, discípulos e centenas de xilogravuras que representam tão bem a nossa cultura”.
Rodrigo Pinheiro, Prefeito de Caruaru:
“Foi com profunda tristeza que recebi a notícia da partida do mestre da xilogravura, J. Borges. Sua arte faz parte do imaginário pernambucano, encantando a todos que a conhecem, ilustrou o nosso São João no ano de 2019 e tantos outros momentos especiais”.
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Álvaro Porto, presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco:
“Pernambuco e o Brasil perdem hoje um dos seus mais importantes artistas. Grande poeta, cordelista e xilogravador, J. Borges fez da sua arte instrumento para difundir e popularizar a cultura pernambucana e nordestina, retratando costumes, folguedos, o cangaço e a religiosidade de nossa gente. Nascido em Bezerros, no Agreste, teve seu trabalho reverenciado no Brasil e no mundo. Foi reconhecido como Patrimônio Vivo Imaterial de Pernambuco, recebeu a Ordem do Mérito Cultural do Brasil e ainda o prêmio Unesco, na categoria Ação Educativa/Cultural. O talento de J. Borges cruzou as fronteiras do estado e do país, enchendo os pernambucanos de admiração e orgulho e nos dando a certeza de que sua arte é eterna”.
Senadora da República Teresa Leitão:
“A arte pernambucana, nordestina, nacional, internacional, perde hoje um dos seus ícones: J Borges, o pai da xilogravura. Deixa uma saudade muito grande que só será compensada pelo rico acervo de obras que chegaram até ao Papa, ao Vaticano. J Borges manteve, até o fim, seu traço certeiro e nordestino nas obras de arte e no seu acolhimento afetuoso a todos que chegavam ao seu ateliê, em Bezerros”.
Deputado Coronel Alberto Feitosa:
“Deus recebe esta genialidade da arte pernambucana, nordestina, brasileira e o céu está certamente mais colorido com o talento de J. Borges. Eu sou um grande fã do Mestre da xilogravura. Tenho obras dele em minha casa e também no meu gabinete na Assembleia Legislativa”.
Deputado Antônio Moraes:
“J. Borges continuará sendo Patrimônio Vivo de Pernambuco, e sua arte será eternizada pelos inúmeros artistas que ajudou a formar e pelas incontáveis obras que nos deixou ao longo de mais de 60 anos de muita disposição e criatividade, retratando o cotidiano do nordestino tanto nas xilogravuras quanto nos seus escritos de cordel. O trabalho de J. Borges foi reconhecido também por vários outros grandes mestres. Entre eles, o saudoso Ariano Suassuna, que o apontava como o melhor gravador popular do país”.
Marília Arraes, Vice-presidente nacional do Solidariedade:
“Partiu J. Borges, o artista que levou Pernambuco e o Nordeste para o mundo, com seus traços que retratam tanto o dia a dia do nosso povo. Que privilégio eu tive de poder expressar pra ele meu carinho e gratidão por tanto que fez pela nossa cultura! E, claro, conhecer, além da sua arte, suas histórias e sua alegria imensa em desfrutar a vida”.
Jarbas Vasconcelos, ex-governador de Pernambuco:
“Foi com grande pesar que recebi a notícia do falecimento de J. Borges, artista pernambucano que contribuiu de forma única para a cultura popular brasileira. Suas xilografias, cordéis e poesias, que capturam a essência e a vivacidade da arte nordestina, seguirão inspirando a todos nós”.
Banco do Brasil:
“Durante a sua vida, J. Borges nos entregou o seu coração através da sua arte de diversas formas. No Coração da Poesia, ele disse que ‘o coração é um órgão que trabalha noite e dia, uma hora traz desgosto outra traz muita alegria, é quem inspira o poeta e de onde sai poesia.’ No BB, J.Borges foi reconhecido em exposições em seus Centros Culturais no Rio, Brasília, São Paulo e Belo Horizonte. Sua arte e da sua família também estão permanentemente expostas no BB, inaugurado no último mês de março no Recife Antigo. Com a obra o ‘Coração na Mão’, ele presenteou o seu coração aos nordestinos e ao mundo”.
SECULT-PE/FUNDARPE (Secretaria Estadual de Cultura e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco):
“Hoje a cultura pernambucana amanheceu de luto. Muito triste a partida de alguém que foi tão definidor para identidade cultural pernambucana como J.Borges. Perdemos hoje um dos maiores filhos do nosso Agreste, responsável por talhar visualmente o imaginário da história e cotidiano do povo nordestino e brasileiro. Encontramos conforto em seu legado, na sua grandeza e nas diversas oportunidades que tivemos de celebrá-lo ainda em vida”, declarou a secretária de Cultura de Pernambuco, Cacau de Paula.
“É impossível pensar a identidade visual da cultura nordestina sem pensar no trabalho de J.Borges. Nomes de igual brilho, como Ariano Suassuna, perceberam isso desde cedo e não tinha como ser diferente. Em Pernambuco, não se anda muito longe sem se ver a influência visual e artística desse bezerrense pelas praças, muros, ruas e lares”, completou a presidente da Fundarpe, Renata Borba.
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