Sebrae - Estamos ai

Atirador em comício de Trump foi “neutralizado”

O atirador envolvido em um incidente no comício de Donald Trump na Pensilvânia foi “neutralizado”, neste sábado (13), de acordo com várias fontes policiais.

Jornalistas que estavam no local relataram que ouviram “uma série de fortes explosões ou estrondos” antes que agentes do Serviço Secreto corressem em direção a Trump.

Ele saiu com um ferimento na orelha e estava sangrando. Também gritou de volta para a multidão e ergueu o punho.

De acordo com o porta-voz de Trump, Steven Cheung, o ex-presidente “está bem”. “O presidente Trump agradece às autoridades e aos socorristas pela sua ação rápida durante este ato hediondo. Ele está bem e está sendo examinado em um centro médico local. Mais detalhes virão”, disse Cheung em comunicado.

Posteriormente, o ex-presidente foi levado para um veículo e retirado do local.

Da CNN 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), descartou a possibilidade de a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 9/2023), que anistia partidos por infrações eleitorais, tramitar em regime de urgência na Casa, como ocorreu na Câmara, onde foi aprovada na quinta-feira. O texto perdoa multas das legendas que totalizam R$ 23 bilhões e foram aplicadas pela Justiça Eleitoral por, entre outras irregularidades, descumprimento de cotas para mulheres e negros.

“Ainda não me debrucei profundamente sobre o tema. Evidentemente, ao chegar ao Senado Federal, vamos cuidar de fazê-lo. E não há de minha parte nenhum tipo de compromisso de ir imediatamente ao plenário do Senado, com algum tipo de açodamento em relação a essa matéria”, enfatizou. “Inclusive, cuidarei de poder adotar em relação a essa PEC o que o regimento determina, que é o encaminhamento à comissão própria, que é a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para sua avaliação”, acrescentou, durante o 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji, em São Paulo. As informações são do Correio Braziliense.

Pacheco relembrou já ter se posicionado contrário à PEC da Anistia, porém disse ter sabido que muito do texto foi mudado pelos deputados. “De modo que não quero fazer aqui nenhum juízo de valor que seja preconceituoso em relação à medida ou que possa praticar algum tipo de injustiça também com a proposta”, argumentou. “Então, vou aguardar chegar, e o que posso assumir como compromisso é que não haverá nenhum tipo de açodamento. Vamos fazer um debate muito amplo em relação a isso e tomar a melhor medida possível.”

O parlamentar frisou ser um defensor das cotas. “Acho importante essa inclusão, essa forma de distribuição de fundo partidário, de tempo de televisão. Sempre fui defensor disso. Não deixarei de ser”, garantiu. “O que se argumenta é que algumas modificações foram implementadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a título de resolução, no curso já do período pré-eleitoral, e que isso gerou algumas distorções ao longo do tempo. Então, há também argumentos em relação a essa PEC, e tudo isso nós poderemos avaliar na tramitação no Senado Federal”, emendou.

Ao Correio, o senador Paulo Paim (PT-RS) classificou a PEC como “lamentável”, um “retrocesso”. Disse que a bancada negra do Congresso se reunirá na próxima terça-feira para debater a rota que os parlamentares trabalharão no Senado.

“O número de negros e negras no parlamento sempre foi muito distante da realidade do nosso país. Com a lei que existe, tivemos avanços, mas ainda pouco. Um país que tem 54% de negros e negras na população tem somente 12% de negros e negras no parlamento”, destacou. “O que eu sei é que o presidente Pacheco não deve dar essa rapidez. Estamos em cima das eleições, a dois meses das eleições municipais, e todo mundo se preparou dentro das regras do jogo, que eu espero que sejam cumpridas.”

Paim observou que o Supremo Tribunal Federal (STF) e o TSE “têm avançado para buscar equilíbrio maior”. “Somos um dos países com a maior concentração de renda do mundo e, nesse quadro atual, os negros são sub-representados no Senado e na Câmara”, declarou. “Quando você promove uma anistia como essa, está incentivando para que o fato se repita. É isso que vou levar para a bancada. Acho que o presidente Pacheco não vai dar celeridade a esse projeto. Não vai ter pressa em colocar essa matéria em votação”, reiterou.

A PEC foi aprovada na Câmara por 344 votos a favor, 89 contrários e quatro abstenções, no primeiro turno, e por 338 a 83 e quatro abstenções, no segundo. O texto recebeu o aval de siglas que vão do PT ao PL. Apenas PSol e Novo votaram contra.

Sons parecidos com os de tiros foram ouvidos no comício de Donald Trump na cidade de Butler, estado da Pensilvânia, neste sábado (13). O evento foi interrompido.

O candidato presidencial republicano levantou o punho enquanto foi escoltado até um veículo pelo Serviço Secreto dos EUA, mostraram imagens de vídeo do evento. As informações são do G1.

Um vídeo mostra o que parece ser sangue na orelha de Trump e que atiradores se posicionaram no telhado perto do palco onde Trump estava.

O presidente dos Estado Unidos e candidato à reeleição, Joe Biden, disse que ainda não foi informado sobre o incidente.

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

O presidente Lula (PT) não gostou dos 54% de aprovação da sua gestão na pesquisa Quaest, uma reação de quatro pontos percentuais, aliás, em relação ao último levantamento, na qual estava com 54%. Repercutiram de maneira considerável as declarações dele, quando tratou da sua popularidade, em cima de um messianismo atroz, quando afirmou que ele é “o povo na presidência da República”. E que não são as pesquisas que vão balizar o sentimento do povo.

O que se viu no pronunciamento de Lula foi um longo autoelogio no qual argumenta que, por sua trajetória única, pode se considerar o dirigente mundial mais capaz de conduzir sua população – talvez em todos os tempos. Para a plateia favorável, ele afirmou que vive o melhor momento de sua vida política, mesmo que não viva a fase mais popular de sua trajetória.

“Quando deixei dia 31 de dezembro o meu mandato, eu tinha 87% de bom e ótimo. Eu tinha 10% de regular e eu tinha 3% de ruim/péssimo. Nunca na história do País um presidente terminou tão bem. Agora o mundo político mudou. A coisa está mais polarizada”, lamentou.

Se Lula não gostou dos 54%, imagine o que deve dizer nos próximos dias em relação a um novo levantamento, o do Ipec (ex-Ibope), no qual seu governo tem apenas 37% de aprovação? E que foi divulgada ontem. A aprovação à gestão petista passou de 33%, em março, para 37% em julho e se descolou da reprovação, que oscilou de 32% para 31%. Outros 31% dizem considerar a administração regular e 2% não sabem ou não responderam.

A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento, feito entre os dias 4 e 8 de julho, ouviu 2.000 pessoas com 16 anos ou mais em 129 municípios.

O resultado divulgado nesta quinta-feira (11) pelo portal G1 repete tendência verificada em pesquisas recentes do Datafolha e da Quaest. No levantamento de março do Ipec, a gestão Lula havia registrado uma piora na aprovação (índices ótimo e bom), que havia passado dos 38% observados em dezembro para 33% e atingido seu nível mais baixo do mandato. A reprovação (índice ruim e péssimo), na ocasião, havia oscilado de 30% para 33%.

Os dados de julho revertem essa tendência e se aproximam dos patamares verificados no final do ano passado (quando a aprovação era de 38% e a reprovação, de 30%). O melhor cenário numérico do governo Lula 3 na série histórica do Ipec foi em março de 2023, com 41% de ótimo/bom e 24% de ruim/péssimo.

Segundo os dados do instituto, neste mês de julho os avanços mais significativos na aprovação do governo foram entre as pessoas que vivem no Nordeste (cujo índice de ótimo/bom passou de 43% para 53%) e entre os que possuem renda familiar mensal de até um salário-mínimo (de 39% para 48%).

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública contra João Vita Fragoso de Medeiros, um dos responsáveis pela edificação da Barreira Natural de Contenção no Pontal de Maracaípe, solicitando a retirada imediata da estrutura.

No entanto, o pedido de liminar foi indeferido pela Justiça Federal, garantindo que a estrutura permaneça e continue a proporcionar tranquilidade ao meio ambiente local.

A decisão judicial que manteve a Barreira Natural de Contenção foi recebida com alívio pelos defensores do meio ambiente e pela comunidade local.

A barreira, instalada para conter a erosão costeira, desempenha um papel crucial na preservação dos ecossistemas da região.

Tanto a Justiça Comum quanto a Justiça Federal, após uma avaliação criteriosa, concluíram que não havia motivos suficientes para a remoção imediata da estrutura, não encontrando evidências de qualquer prejuízo ao meio ambiente ou a quem quer que fosse.

Coerência na Decisão Judicial

A decisão de manter a barreira é fundamentada na falta de evidências que justificassem sua retirada.

Estudos técnicos apresentados no processo destacaram que a barreira não só previne a erosão, mas também favorece o acúmulo de areia, fortalecendo a formação de restingas e preservando a biodiversidade local.

Prevenindo a erosão, a barreira ajuda a manter o habitat de diversas espécies de fauna e flora, assegurando um meio ambiente equilibrado.

Além disso, a formação de restingas promove a biodiversidade e a resiliência do ecossistema frente às mudanças climáticas e à intervenção humana.

O ex-técnico da Seleção Brasileira, Dunga, e a esposa dele, Evanir Miller da Silva Verri, ficaram feridos após o carro em que estavam capotar neste sábado (13) na BR-116, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente foi registrado no km 39, perto de 12h30, após o veículo sair da rodovia. A PRF informou que os dois tiveram ferimentos leves e estavam conscientes durante o atendimento.

Ainda conforme a PRF, o casal foi levado ao Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul. Os policiais fizeram teste de bafômetro nas vítimas e o resultado foi negativo.

De acordo com o porta-voz da PRF no Paraná, André Filgueira, Dunga e a esposa tinham saído de São Paulo e seguiam para Curitiba quando o carro capotou. Chovia na hora do acidente.

“O capotamento foi nas imediações da Represa do Capivari, um trecho bastante sinuoso, com muitas curvas. O condutor (Dunga) perdeu o controle, bateu na lateral da rodovia e capotou”, disse.

O hospital informou que não pode passar informações sobre o estado de saúde das vítimas.

Do G1

Moradores de São Lourenço da Mata têm se queixado da ausência dos agentes de saúde, que fazem um trabalho de acompanhamento domiciliar das famílias. Lares, como o de uma idosa de 68 anos que tem uma filha autista e um marido também idoso acamado, estão sem as orientações sobre medicamentos e os demais cuidados disponibilizados pelos agentes. 

Não bastasse um efetivo insuficiente para cobrir todo o município, a gestão pública ainda dispensou 79 servidores da área e as nomeações dos novos concursados andam a passos lentos.

Cada Agente Comunitário de Saúde (ACS) é designado para atender até 150 famílias ou 700 pessoas da cidade onde trabalha. Por mês, o SUS exige que o agente atenda pelo menos 80% do quantitativo recebido. Para São Lourenço da Mata, município com 111 mil moradores, de acordo com o Censo 2022 do IBGE, o total de 76 vagas para ACS no edital da Seleção Pública deste ano é insuficiente com relação à exigência do SUS. 

Considerando toda a população da cidade, cada agente teria que atender 1.460 pessoas, ou seja, mais que o dobro do exigido. O sindicato da categoria aponta que houve no início deste mês um afastamento de 79 servidores. Um deles com 30 anos de serviço. Além disso, existe uma insatisfação por parte da classe, que cobra o retorno do efetivo e o chamamento de novos concursados. 

Segundo denunciado pelos profissionais, o prefeito de São Lourenço da Mata, Vinícius Labanca (PSB), não abriu 155 novas vagas para agentes de saúde e 75 para agentes de endemias na seleção pública realizada recentemente no município. 

O sindicato reforça que, atualmente, a cidade mantém 229 vagas. Desse número, 154 são de ACS e 75 de ACE – boa parte desse efetivo já está ocupada, conforme consta no portal de transparência do município. 

O outro lado

O prefeito Vinícius Labanca informou ao blog que, ao invés de ampliar o número de agentes, terminou por tentar reduzir esse efetivo, por meio de ofício, emitido pela Secretaria de Saúde, no último dia 2. Segundo ele, foi solicitado a dispensa dos 79 agentes, entre ACS e ACE que estão sub judice, o que não é o procedimento para nomear ou exonerar qualquer tipo de servidor público, seja efetivo ou contratado.

Entenda

A atual gestão de São Lourenço da Mata aponta que, em 2017, o ex-prefeito Bruno Pereira exonerou todos os contratados ACSs e ACEs do município. Eles entraram na justiça e conseguiram uma liminar para voltar aos cargos até que a Prefeitura realizasse um concurso público. Desde então, a gestão municipal ficou impossibilitada de contratar mais agentes e teve que pagar esses profissionais com recursos próprios, algo que é responsabilidade do governo federal. Isso deixou mais de 60% do território da cidade descoberto.

Segundo o prefeito, houve uma seleção pública, acompanhada pelo Ministério Público, e agora 155 novos profissionais concursados estarão entrando na rede para atender às demandas do município. “Fizemos tudo dentro da lei e reitero que todos os contratados tiveram ainda uma vantagem de 30% dos pontos da prova. Infelizmente, quem não passou foi porque não estava em condições de ocupar o cargo”, disse o prefeito.

“Existe uma senhora que está enganando essas pessoas há mais de 7 anos, com a conversa de que existe legalidade em efetivar essas contratações. Ela agora está desesperada, perdendo todos os processos nas esferas jurídicas, e inclusive há denúncias de que ela incentivou algumas dessas pessoas a não fazerem o concurso. Se isso se confirmar, ela estará em maus lençóis”, pontuou Labanca.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) publicou um vídeo em suas redes sociais convocando para um ato contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em São Paulo. A manifestação está prevista para este domingo (14), às 14 horas, com concentração em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo). É organizada pelo Movimento Liberdade.

“Um dia que vai ficar marcado na memória da busca pela democracia, pela redemocratização do nosso país. Essa democracia jovem, mas que já foi perdida algumas vezes e dessa vez parece que se não lutarmos com muita força, vai ser perdida de uma vez por todas”, declarou a congressista.

Zambelli almeja fazer um movimento semelhante às jornadas de junho de 2013, que impulsionaram o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). A deputada descreve o momento como a “maior manifestação do ocidente da história”. 

“A gente precisa fazer mais, a gente precisa sair do sofá, e a gente tem que lutar pela nossa democracia”, disse. 

Uma 2ª manifestação está prevista para ser realizada em Belo Horizonte (MG), na mesma data, às 10 horas, na Praça da Liberdade.

Jair Bolsonaro decidiu manter o apoio a Alexandre Ramagem, candidato a prefeito do Rio de Janeiro, mesmo após a revelação de que foi gravado pelo aliado quando era presidente. Em conversa com a coluna, o ex-presidente informou que estará em ato da pré-campanha de Ramagem na próxima quinta-feira (18/7), na capital fluminense.

“A candidatura do Ramagem está de pé. Estaremos juntos na semana que vem, no Rio. Seguimos juntos”, disse Bolsonaro. As informações são da coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Pessoas no entorno do ex-presidente têm afirmado que a gravação de áudio feita por Ramagem, em posse da Polícia Federal, foi realizada sem o consentimento de Bolsonaro, que teria se irritado ao descobrir a situação. Questionado sobre o assunto, ele respondeu sem entrar em detalhes.

“Em relação a esse áudio, tem gente dizendo que eu reagi de uma forma ou de outra… Muita gente tenta falar por mim e não acerta. Não vou entrar nessa questão da gravação”, afirmou.

Segundo a Polícia Federal, investigadores encontraram um áudio, supostamente gravado por Ramagem, no qual teriam sido discutidas irregularidades cometidas por auditores da Receita Federal no âmbito da investigação sobre rachadinha que mirou o senador Flávio Bolsonaro. A gravação é de 2020, quando Ramagem comandava a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Para Ramagem, a existência do áudio reforçaria a “defesa do devido processo”. Já para investigadores da PF que atuam no caso, seria a comprovação de que a estrutura da Abin teria sido usada com desvio de finalidade, para blindar Flávio.

O boneco do Aedes aegypti, que tem o rosto do presidente Lula e viralizou nas redes sociais em todo país, foi entregue pelo deputado estadual Coronel Alberto Feitosa a Nikolas Ferreira durante abertura do evento PL Jovem, no Recife. 

O deputado Coronel Alberto Feitosa apresentou o boneco Presidengue na tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco e o vídeo viralizou na internet com a #Presidengue entre as top trends nas redes sociais.

O evento reuniu centenas de pessoas no Clube Internacional do Recife. O Partido Liberal trouxe o deputado federal Nikolas Ferreira, dois jovens que são fenômenos na internet como Lucas Pavanato e Maicon Sulivan, ambos pré-candidatos a vereador pelo PL. Ainda representando  os jovens na política vieram o deputado estadual no Ceará, Caramelo Neto, o pré-candidato a vereador no Recife Gilson Machado Filho e a presença feminina da Pastora Flávia Santos e Izabel Urquiza, presidentes do PL Mulher Recife e Pernambuco, respectivamente.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mantiveram sob suspeita a atual gestão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na mais recente fase da operação que mira a chamada “Abin paralela”.

A desconfiança que recai sob “as novas gestões” fez com que Moraes negasse o compartilhamento da investigação da Polícia Federal com a corregedoria da agência para a abertura de sindicâncias internas.

No parecer enviado ao STF, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que compartilhar as informações “não parece recomendável neste momento processual” diante da “aparente resistência identificada no interior” da Abin.

Gonet afirmou que não vê urgência na abertura de eventuais procedimentos internos, como pedia a PF, e sugeriu que as provas fossem compartilhadas apenas ao final das investigações.

“Em fases anteriores desta investigação, foram identificadas ações das novas gestões da Abin indicativas da intenção de evitar a apuração aprofundada dos fatos, o que ensejou a avocação do procedimento disciplinar ali instaurado pela Controladoria-Geral da União”, afirmou o procurador-geral.

Na quinta-feira (11), a PF deflagrou a quarta fase da Operação Última Milha e prendeu dois ex-funcionários do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), diretor da Abin no governo Jair Bolsonaro (PL) e hoje pré-candidato do PL à Prefeitura do Rio de Janeiro.

Ao determinar a prisão dos suspeitos —diferentemente do que defendia Gonet—, Moraes afirmou que o procurador-geral da República “reconheceu a possibilidade de interferência” nas investigações ao se posicionar contra o envio da documentação para a Abin.

A agência foi procurada pela reportagem nesta sexta-feira (12), mas não se manifestou.

O parecer da PGR e a decisão de Moraes sobre o compartilhamento das provas levantaram a desconfiança entre servidores da Abin de que a cúpula da agência pode estar entre os alvos dos investigadores por suposta obstrução de Justiça.

A suspeita foi reforçada por um dos trechos do relatório em que a PF ressalta que Luiz Fernando Corrêa ainda não era diretor-geral da Abin quando participou da reunião em que Alessandro Moretti, então diretor-adjunto, afirmou que a investigação em curso tinha “fundo político”.

Além de se referir a Corrêa como “cidadão” no documento, a Polícia Federal afirma não ter encontrado normativo interno da Abin que autorizasse o compartilhamento de informações sigilosas com pessoas alheias à agência.

A reunião citada nas investigações ocorreu em 28 de março do ano passado, mas Corrêa só foi nomeado pelo presidente Lula (PT) cerca de dois meses depois, em 29 de maio –após ter sido sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores do Senado e aprovado pelo plenário.

“Não se identificou, por oportuno, normativo que autorizasse cidadãos alheios aos quadros da ABIN – Agência Brasileira de Inteligência– receberem, dentre outras, informações sigilosas relacionadas às diligências em andamento”, diz trecho da investigação da PF citado por Moraes.

A reunião também foi o estopim para a demissão de Moretti, ocorrida no início deste ano. Em janeiro, a PF afirmou que “a direção atual da Abin realizou ações que interferiram no bom andamento da investigação”.

Na ocasião, a PF mencionou a declaração de Moretti na reunião interna de 2023 e afirmou que houve “conluio de parte dos investigados com a atual alta gestão da Abin”, que causaram prejuízos à investigação.

Reservadamente, servidores da Abin não escondem o desconforto com Corrêa e afirmam que a agência ainda não conseguiu passar a limpo a gestão de Ramagem.

Embora a atual corregedora tenha sido escolhida em 2022, durante o governo Bolsonaro, oficiais de inteligência afirmam que a diretoria-geral poderia ter pedido a apuração de episódios suspeitos.

Lidiane Souza dos Santos foi indicada para a corregedoria-geral em 31 de agosto de 2022 pelo ex-diretor da Abin Victor Carneiro, aliado de Ramagem. O mandato dela termina em 31 de agosto e não deve ser renovado por mais dois anos.

No parecer em que recomendou que as provas não fossem compartilhadas com a Abin, a PGR também destaca que “as ações das novas gestões” levaram as suspeitas para a CGU (Controladoria-Geral da União).

Autoridades simpáticas a Corrêa afirmam, por sua vez, que o diretor-geral é alvo de críticas de parte dos servidores por ser policial federal, não oficial de inteligência.

A disputa entre o chefe da Abin e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, também costuma ser lembrada. A cúpula das duas instituições se desentendem desde o período da transição, em 2022, e travam uma disputa nos bastidores do governo.

Além de Moretti, Corrêa também escolheu Paulo Maurício Fortunato para a Secretaria de Gestão e Planejamento, terceiro cargo na hierarquia da agência. Fortunato foi exonerado do governo em outubro passado, após ter sido alvo da PF na mesma investigação.

Fortunato é servidor aposentado da Abin e ocupou cargos de chefia na agência durante a gestão de Ramagem.

Já Moretti foi número dois de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, na Secretaria de Segurança do Distrito Federal, de 2018 a 2021, e diretor de inteligência na PF no último ano do governo Bolsonaro.

A quarta fase da Operação Última Milha, deflagrada na quinta-feira, trouxe à tona mais detalhes das investigações da Polícia Federal, que indicam a realização de ações clandestinas da Abin, durante o governo Bolsonaro, contra integrantes do Judiciário e do Legislativo e também para atingir a credibilidade das eleições.

Segundo a PF, foram monitorados ministros do STF, jornalistas e parlamentares e foram discutidas ainda medidas para blindar os filhos do ex-presidente Bolsonaro em inquéritos.

Da Folha de São Paulo

Neste curto depoimento em um documentário sobre o advogado Sobral Pinto, que tirou Miguel Arraes da prisão em Fernando de Noronha, a viúva Magdalena Arraes, sepultada ontem, no jazigo da família Arraes, no cemitério de Santo Amaro, revela sua face tranquila e apaixonante de encarar os grandes desafios da vida. 

Diz, rindo, que se Arraes, o grande amor da sua vida, tivesse ficado no Brasil após conseguir se livrar da prisão imposta pelo regime em Noronha em 1964, seria novamente preso. 

Veja:

A população do bairro São Domingos manifestou sua insatisfação na manhã desta sexta-feira (12), quando uma retroescavadeira foi enviada para realizar reparos nas ruas da localidade. O descontentamento foi registrado em vídeo, onde os moradores expressaram sua revolta ao afirmar que solicitaram esses serviços desde o início da gestão da prefeita Helbinha Rodrigues, mas só agora, em ano eleitoral, a máquina foi encaminhada.

Nas imagens, é possível ver a retroescavadeira trabalhando enquanto os moradores, indignados, pedem que o equipamento seja retirado da área. Eles acreditam que a movimentação tardia da prefeitura é uma tentativa de ganhar votos, já que a gestão não atendeu às demandas da comunidade durante os anos anteriores.

“Isso é um desrespeito conosco! Estamos pedindo melhorias desde o início da gestão e só agora, perto das eleições, resolvem aparecer para fazer o trabalho? Não queremos esmolas, queremos respeito e dignidade”, declarou o morador Nego Pedreiro.

Enquanto isso, os moradores do bairro São Domingos pedem por ações efetivas e contínuas, criticando o que consideram ser uma manobra eleitoreira. O ocorrido evidencia a tensão entre a administração municipal e a comunidade, que clama por uma gestão mais presente e atuante em todas as fases do mandato.

A situação levanta uma questão importante sobre a necessidade da continuidade nas ações governamentais.

Há muito, o empresário Antônio Souza resiste aos apelos dos seus conterrâneos de Araripina para entrar na disputa eleitoral em busca do mandato de prefeito. As eleições se aproximam, ele colocou o seu nome à disposição da Rede, seu partido. 

Souza é um exemplo de que uma adversidade na vida, por maior que seja, nunca deve ser temida, mas enfrentada. Foi assim com os problemas de saúde que teve. Pode ser amanhã na política.

Por onde ele passa no País, contando sua história de vida e a volta que deu, sendo um milagre divino, arrebata corações. Segue inspirado na máxima de Euclides da Cunha, que disse: o sertanejo é, antes de tudo, um forte. 

Ele nunca deixou de sonhar em voos mais altos, porque sua vida é o que é, se não um voo de águia. “Quando alguém te disser que não vai dar certo, que isso não serve para você, ganhe impulso e persiga seus desejos de mudar, que a sua vida vai mudar, ensinou para ele o padre Júlio Lancellotti, um dos seus maiores guias da sua vida, admirador da forma como superou tantos obstáculos. 

Confira!

Por meio de um vídeo nas redes sociais, o prefeito de Vertentes, Romero Leal (PSDB), acusou o deputado estadual Diogo Moraes de fazer politicagem com o dinheiro público. Segundo ele, após destinar uma emenda parlamentar de R$ 200 mil ao município, o socialista cancelou e transferiu para outro município.,

Confira!

Por Marcelo Tognozzi*

Ortolan é um passarinhozinho, do tamanho de um canário. Iguaria típica da culinária francesa, virou coisa proibida por pressão dos ambientalistas. 

Os passarinhos são capturados, os olhos furados a alfinete e alimentados com cereal para engordar. Uma vez no ponto, os bichinhos são depenados vivos, afogados em armanhaque e grelhados. Diz a lenda que, ao comer ortolans, é preciso cobrir a cabeça com um guardanapo grande para esconder de Deus tamanha atrocidade.

Foi com ortolans que o ex-presidente François Mitterrand fechou com chave de ouro sua última ceia antes de morrer de câncer de próstata em 8 de janeiro de 1996, em Paris, aos 79 anos. 

Mitterrand, o 1º presidente socialista da França, chegou ao poder em 1981 depois de perder duas eleições. Veio para o Partido Socialista meio que empurrado pela sua oposição ao general Charles de Gaulle, fundador da 5ª República e líder da resistência francesa à ocupação alemã. Antes, flertou com a direita e o governo de Pétain, simpático ao nazismo durante a 2ª Guerra.

O francês representou uma esquerda sofisticada, embora tenha aberto o caminho para o surgimento da atual esquerda francesa liderada por Jean-Luc Mélenchon e sua Nova Frente Popular. É sempre lembrado pelo charme e pelas crises políticas enfrentadas durante os seus 14 anos como inquilino do Palácio do Eliseu. Teve 7 primeiros-ministros, dentre eles 2 de oposição: Jacques Chirac, que viria a sucedê-lo na Presidência, e Édouard Balladur.

Acima de tudo um antigaullista, seu governo investiu em programas sociais e iniciou um processo de tolerância para com muçulmanos, criando o Instituto do Mundo Árabe. Foi o início de um movimento batizado de islamoesquerdismo pelo professor Pierre-André Taguieff em seu livro “A nova judeofobia”, publicado no início dos anos 2000.

A esquerda francesa enxergou nos muçulmanos um potencial eleitoral e entendeu que quanto mais imigrantes, mais votos. A eleição de 7 de julho mostrou o quanto a esquerda de Mélenchon, reiteradamente acusado de antissemitismo, cresceu com o voto dos filhos e netos de imigrantes islamitas. Eles deram à Nova Frente Popular o 2º lugar no resultado final, com 7 milhões de votos, ficando o Reagrupamento Nacional de Marine Le Pen, de direita, em 1º, com 8,7 milhões. O centrista Juntos, do presidente Emmanuel Macron, recebeu 6,3 milhões e terminou em 3º. Já Os Republicanos, de tendência gaullista, teve 1,4 milhão de votos.

Embora a narrativa da esquerda global tenha difundido que a vitória da frente de Mélenchon foi acachapante, a realidade é muito diferente. Primeiro porque Macron foi vitorioso no seu feitiço de dividir o eleitorado, especialmente a direita, sabendo que o espantalho da esquerda surgiria logo ali, passado o 2º turno. 

Segundo, a tendência agora é que Macron se alie à direita gaullista para manter o governo do primeiro-ministro Gabriel Attal, ou seja: seguir no controle da governabilidade. Mas não será fácil, porque ele e a esquerda se detestam.

A derrota de Macron nas eleições parlamentares europeias exigiu uma decisão rápida. E ele a anunciou logo após conhecidos os resultados, convocando eleições parlamentares. Sua intenção era cortar o embalo do Reagrupamento Nacional de Le Pen e o resultado até agora foi um sucesso. O problema começará quando Macron agir para isolar os 2 extremos. Como não pode convocar novas eleições pelo prazo de 1 ano, terá de administrar um provável caos legislativo capaz de comprometer sua governabilidade.

Macron é sócio do Rothschild, um dos bancos mais tradicionais da Europa, com mais de 200 anos. Tem cabeça de banqueiro –e banqueiro, como todos nós sabemos, nunca joga para perder. Eles precisam ganhar sempre. Ele é, salvo engano, o 2º presidente ligado aos Rothschild. O 1º foi Georges Pompidou, parceiro de Charles de Gaulle. Ambos governaram por mais de uma década e Pompidou soube manobrar os políticos e o eleitorado, garantindo o poder a De Gaulle, se tornando seu sucessor e morrendo na Presidência em 1974.

A diferença entre Mitterrand, Pompidou e Macron é o quanto cada um fez a França prosperar. Como um dos principais líderes do gaullismo, o mesmo que embala hoje o partido de Le Pen e Os Republicanos de Éric Ciotti e Annie Genevard, Pompidou seguiu no embalo de De Gaulle e transformou a França numa grande potência econômica e industrial. Em 1973, sob Pompidou, a França cresceu 6,3%. Em 2022, governada por Macron, cresceu apenas 2,6%. E, neste ano, deverá crescer 0,8%. Não é por acaso que Paris virou um grande acampamento dos sem-teto.

Os números mostram o tamanho da confusão que pode vir por aí. Um país com dificuldades econômicas terá uma pressão gigante de uma esquerda comprometida com o aumento do gasto público, seja para benefícios sociais, seja para acomodar uma política de mais imigração –o que no fundo não passa da importação de eleitores simpáticos à esquerda, mas que não compartilham dos seus ideais contidos nas pautas de costumes. Os muçulmanos são conservadores, porque são guiados pelas leis do Islã.

A França, assim como boa parte do mundo ocidental, está carente de estadistas. Esse vácuo se repete na Inglaterra, Espanha, Alemanha e nos Estados Unidos. A luta não é mais entre direita ou esquerda, mas entre os defensores da prosperidade, os fazedores, e aqueles cuja fonte primária de poder é a escassez e a pobreza.

O risco que os franceses correm diante das tensões políticas previstas para os próximos meses é o de acabar como um bando de ortolans. Cegos, depenados e prontos para serem devorados, seja pela esperteza de Macron ou pela onda migratória imparável. Difícil será esconder de Deus tamanha atrocidade.

*Jornalista

A família Arraes viveu um momento de muita emoção, ontem, no enterro da Dama da História, no cemitério de Santo Amaro. Antes de o caixão descer à sepultura, filhos, netos e bisnetos cantaram a música preferida de Magdalena Arraes: La Vie em rose, da cantora e compositora Edith Piaf. A expressão, em tradução para o português, significa ‘A vida em cor-de-rosa’. É usada para representar a visão da pessoa apaixonada pela vida, como era Mada: tudo fica mais colorido – ou cor de rosa. Então, La Vie En Rose é definitivamente uma canção de amor.