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Prefeito entrega fardamento escolar e livros didáticos em João Alfredo

O município de João Alfredo, no Agreste, retomou, hoje, as atividades escolares da Rede Municipal de Ensino. Na ocasião, o prefeito da cidade, Zé Martins (PSB), entregou o fardamento escolar e os livros didáticos para todas crianças e jovens de João Alfredo.

Em evento na Escola Miguel Arraes, no centro da cidade, o prefeito comentou entusiasmado sobre esse retorno das aulas, “Receber o carinho desses jovens estudantes nos enche de animação para enfrentar qualquer desafio. Vamos lutar diariamente para proporcionar a melhor educação possível para nossos alunos. Que seja um ano letivo abençoado e repleto de aprendizado, afinal, esses estudantes são o futuro de João Alfredo”, afirmou.

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No entorno de Lula, há a expectativa de que, na semana que vem, ocorra, enfim, mais uma troca de ministro com a ida de Gleisi Hoffmann para o Governo. As informações são do blog do Lauro Jardim.

O anúncio oficial seria feito pelo próprio Lula no encerramento do evento de aniversário dos 45 anos do PT, que ocorrerá no sábado, no Rio de Janeiro. Por esse script, Lula agradeceria Gleisi pelo que fez na presidência do partido e a anunciaria como futura ministra.

Embora, tudo caminhe para que ela vá para a Secretaria-Geral, as especulações sobre o cargo que ocupará incluem também o Ministério das Relações Institucionais, ocupado por Alexandre Padilha, que deve ser transferido para a Saúde. O próprio Lula, seja por vontade de despistar ou porque ainda não tem toda a dança das cadeiras fechada em sua cabeça, andou cogitando a possibilidade em conversas com interlocutores.

E o resto da reforma ministerial? Não tem prazo de conclusão.

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A Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) aprovou, ontem, um requerimento que solicita à Procuradoria Geral do Estado (PGE) e ao Interpi (Instituto de Terras do Piauí) a abertura de um estudo para analisar a viabilidade de desmembrar a comunidade de Vila Serrânia, atualmente distrito de Araripina, e integrá-la ao município de Marcolândia, no Piauí.

A proposta foi apresentada pelo deputado Tiago Vasconcelos (MDB) e aprovada por unanimidade. De acordo com o parlamentar, os moradores de Vila Serrânia já são atendidos pela prefeitura de Marcolândia em diversos serviços públicos. O estudo visa resolver questões relacionadas a limites territoriais, prevenir conflitos sociais e melhorar a distribuição de serviços públicos e cargas tributárias.

“Para fins de extinção de problemas de limites, prevenção de conflitos sociais, distribuição de serviços públicos de melhor qualidade e de cargas tributárias de maneira mais justa e objetiva, somado à manutenção de uma cartografia de estrutura territorial sempre atualizada e moderna”, explicou Tiago Vasconcelos.

Vila Serrânia é um distrito de Araripina, município pernambucano na divisa com Marcolândia, no Piauí. A comunidade já utiliza serviços públicos da cidade piauiense, como saúde, educação e até oportunidades de trabalho, sendo, muitas vezes, apenas local de moradia para seus habitantes. Segundo o parlamentar, quase 80% da população residente em Vila Serrânia é piauiense.

Diante desse cenário, um estudo está em andamento para avaliar a viabilidade de integrar Vila Serrânia ao território do Piauí. A proposta busca solucionar questões relacionadas à gestão pública e melhorar a qualidade de vida dos moradores. Os prefeitos Dr. Corinto Matos (MDB), de Marcolândia–PI, e Evilásio Mateus (PDT), de Araripina, já discutiram o assunto e sinalizaram de forma positiva para a viabilidade da mudança.

Ipojuca No Grau

Blog do Lauro Jardim

A pesquisa Datafolha de sexta-feira levou alguns líderes do Centrão, com cargos no governo Lula, inclusive ministérios, a discutirem a possibilidade de devolver as pastas que têm na Esplanada.

Numa palavra, debate-se a ideia de uma saída do governo já neste início de ano para cair na oposição mais pesada, sem as amarras de estarem atrelados à situação.

Ir da discussão para a prática não é exatamente simples, dado que o Centrão não costuma dispensar cargo algum em qualquer governo, seja ele qual for. Mas o mero exame do tema já diz muito sobre a deterioração da governabilidade do Lula 3.

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O prefeito de Petrolândia, Fabiano Marques (Republicanos), que já está na estrada, faz um tempo, apresentando o seu filho Bruno Marques para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa, começou o ano pisando forte no acelerador. As informações são do blog do Carlos Britto.

Animado com a excelente votação nas últimas eleições, o gestor acaba de anunciar que as obras de reforma do prédio alugado para a instalação da Agência da Caixa Econômica Federal já foram iniciadas.

Atualmente, a agência funciona provisoriamente na sede da Prefeitura Municipal, atrapalhando a vida administrativa da gestão. “A agência garante praticidade para aqueles que precisam receber seus benefícios sociais, além de moradores de Inajá, Jatobá, Tacaratu, Floresta, toda essa região vizinha. É um sonho de 30 anos que já funciona na prefeitura e agora vai ter sua agência definitiva”, comemorou Fabiano, que vai dividindo seu tempo em administrar a cidade e correr pelos municípios próximos, somando apoios para o seu candidato.

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A Procuradoria-Geral da República decidiu encaminhar, ontem, ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia “fatiada” contra os citados no inquérito do golpe.

As condutas descritas nessa primeira fase descrevem uma tentativa de ruptura para evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e garantir uma intervenção militar que mantivesse Bolsonaro no poder. As informações são do blog do Valdo Cruz.

Outras investigações, como da venda das joias e da falsificação do cartão de vacina, ficaram para outra etapa. A avaliação da equipe do procurador-geral Paulo Gonet é de que as provas de uma tentativa de golpe no país eram as mais robustas para garantir uma denúncia sólida.

Nos demais casos, há até a possibilidade de arquivamento de investigações em relação a algumas pessoas citadas nas investigações da Polícia Federal. A denúncia coloca Bolsonaro e Braga Netto como líderes da organização criminosa.

No documento, a PGR aponta o ex-presidente como responsável por desenvolver uma trama golpista durante seu mandato desde junho de 2021.

A trama envolveria a construção de um discurso e de ações para desacreditar as instituições democráticas e as urnas eletrônicas, com tentativas de criar artificialmente fraudes no sistema eleitoral para tentar anular as eleições.

Fracassada essa etapa, o grupo ligado a Bolsonaro decidiu arquitetar um plano que poderia inclusive levar ao assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Segundo a denúncia, por sinal, Bolsonaro tinha ciência deste plano.

Em sua denúncia, a PGR destaca que o desejo de Bolsonaro desde o início foi tentar anular as eleições caso ele perdesse a disputa.

Tanto que, depois de informado pelo então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, de que sua equipe não havia encontrado nenhuma fraude nas eleições, o ex-presidente mandou o auxiliar alterar o relatório que seria enviado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para dizer que não havia condições de apontar que não havia ocorrido uma fraude.

Além disso, o documento encaminhado ao STF relata que a reunião de Kids pretos na casa do general Braga Netto tinha o objetivo de criar um caos social para justificar uma intervenção militar, a anulação das eleições e prender ministros do tribunal eleitoral.

A cena é relatada na delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, cujo teor pode ser divulgado assim que a denúncia for aceita.

A expectativa é que em março a primeira turma do STF decida se acata ou não a denúncia. Antes, o relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, abrirá um prazo de quinze para a defesa contestar a denúncia do procurador-geral.

O Supremo quer encerrar esse julgamento ainda neste ano, para evitar que ele adentre 2026, ano da eleição presidencial.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) promoveram ataques coordenados às urnas eletrônicas e aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo a denúncia do inquérito do golpe. O procurador-geral da República Paulo Gonet afirma no documento que houve uma atuação conjunta de Bolsonaro e da “Abin Paralela” e que essa cooperação era parte do plano golpista.

“Especificamente em relação ao sistema eletrônico de votação e aos ministros do Supremo Tribunal Federal/Tribunal Superior Eleitoral, as ações da célula de contrainteligência intensificaram-se a partir da radicalização dos discursos públicos de Jair Bolsonaro, em meados de 2021, caracterizando o início coordenado da execução do plano maior de ruptura com a ordem democrática”, diz um trecho da denúncia. As informações são do portal Estadão.

O procurador-geral destaca que havia uma “consonância” entre os ataques de Bolsonaro e os alvos escolhidos pela Abin Paralela, o que segundo Gonet confirma a “ação coesa da organização criminosa”.

“As ações ilícitas realizadas pela denominada ‘Abin Paralela’, de forma indubitável, consistem em atos executórios relevantes do plano de crimes contra as instituições democráticas, por potencializarem a animosidade social contra as instituições, enfraquecendo-as e restringindo-lhes o exercício”, afirma o procurador-geral.

A denúncia aponta que relatórios de contrainteligência produzidos pelos aliados de Bolsonaro eram repassados a perfis falsos ou “cooptados” para espalhar fake news. “Os verdadeiros beneficiários políticos da desinformação eram, assim, distanciados dos ilícitos.”

A instrumentalização do aparato de inteligência para fins políticos começou logo no início do governo do ex-presidente, em 2019, segundo a denúncia. Os sistemas foram usados não apenas para espalhar fake news como também para monitorar autoridades “alvos de ações programadas com mais violência”.

O general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na época, tinha “tinha pleno domínio sobre as ações clandestinas realizadas pela célula”, afirma Gonet. A Abin faz parte da estrutura administrativa do GSI.

Toritama - Prefeitura que faz

Abacaxi doméstico para Lula descascar

Se já não bastassem as pesquisas mostrando o seu governo derretendo, conflitos na relação com o Congresso e uma reforma ministerial que está lhe roubando o sono, o presidente Lula (PT) deu murros na mesa, ontem, ao tomar conhecimento, de que a justiça federal acatou uma ação popular contra a primeira-dama Janja da Silva.

Segundo o jornal O Globo, o ministro Paulo Sérgio Domingues, do Superior Tribunal de Justiça, decidiu que a ação movida pelo vereador Guilherme Kilter (Novo), de Curitiba, vai ficar com a Justiça Federal do Distrito Federal. A iniciativa do parlamentar provocou um impasse na Justiça Federal, com jogo de empurra entre juízes de Curitiba e do DF sobre onde o processo deveria ser analisado, com os magistrados querendo jogar o caso no colo do outro.

Na ação, o vereador alega que a primeira-dama violou os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da publicidade ao manter uma estrutura de ao menos 12 assessores que já gastou R$ 1,2 milhão em viagens desde o início do governo Lula. A primeira-dama, segundo reportagem do Estado de São Paulo, possui um gabinete no terceiro andar do Palácio do Planalto, a poucos metros de distância do de Lula, onde mantém uma intensa agenda de despachos.

“Considerando que o presente conflito de competência é originário de ação popular em que se objetiva a proteção de dinheiro público que supostamente estaria sendo utilizado de forma ilegal e indevida pela primeira-dama da Presidência da República ao manter um ‘gabinete informal’ no Palácio do Planalto, é competente o foro do local dos fatos”, concluiu o ministro Domingues, ao decidir que é a Justiça Federal do DF que vai analisar a ação. 

Na decisão, o ministro do STJ aponta que “há casos em que o local em que se passam os fatos que serão analisados e eventualmente colhidas provas permitirá que se possa alcançar melhor resultado na avaliação da existência ou não do alegado dano que o autor popular pretende impedir ou mitigar”.

Logo após a reportagem do Estadão, o vereador acionou a Justiça Federal de Curitiba pedindo a imediata exoneração dos servidores que trabalham para Janja, assim como a desocupação do gabinete ocupado pela primeira-dama no terceiro andar do Palácio do Planalto, a poucos metros do de Lula, onde ela despacha.

AMEAÇA DE DESPEJO Na prática, se os pedidos forem aceitos, Janja não só perderá a estrutura que lhe presta assessoria diariamente, como seria desalojada do Palácio do Planalto. Kilter também quer o ressarcimento aos cofres públicos das despesas custeadas pelos cofres públicos com a equipe de Janja, incluindo passagens, diárias e remuneração de servidores. “Os servidores em questão, embora formalmente lotados na presidência da República, têm atuado a serviço exclusivo da primeira-dama, que não possui cargo ou função pública, uma vez que seu vínculo matrimonial com o presidente não lhe confere qualquer atribuição oficial”, afirma o vereador na ação.

Moraes não deu nome aos bois – Um dos primeiros parlamentares da base governista na Assembleia Legislativa a reconhecer a fragilidade do núcleo político do Governo na ponte com a Casa, o deputado Antônio Moraes (PP) tocou numa ferida que parece difícil de cicatrização, sobretudo depois que os partidos de oposição assumiram o controle das principais comissões temáticas. “Raquel precisa melhorar a articulação”, disse Moraes, numa entrevista à rádio JC. Em dia: quem faz a ponte do Governo com a Alepe é o secretário da Casa Civil, Túlio Villaça, preservado no desabafo feito pelo deputado.

Raquel lamenta chacina – A chacina em Abreu e Lima, resultado na morte de seis pessoas na mesma família, foi notícia nacional em todos os telejornais de ontem e levou a governadora Raquel Lyra (PSDB) a se pronunciar. Em entrevista à TV Globo, horas depois do crime, ela prestou solidariedade aos parentes das vítimas e informou que a Polícia Científica, o Instituto de Criminalística e a Polícia Civil recolheram todos os elementos de prova e estão com as linhas de investigação postas a partir dos fatos que foram narrados e das provas que foram identificadas no local.

O bicho vai pegar – O ministro Flávio Dino, do STF, azedou ainda mais a relação do Judiciário com o Legislativo. Pediu, ontem, que a Controladoria Geral da União faça uma nova auditoria de R$ 469 milhões em emendas referentes a 2024. O foco da análise serão as emendas de congressistas cujos recursos não têm um plano de trabalho cadastrado. Dino deu 60 dias (até 19 de abril) para a controladoria apresentar os resultados. Segundo o magistrado, há 644 emendas sem detalhamento na plataforma Transfere.gov. O sistema é usado para registrar a movimentação de transferências do Orçamento da União.

Fusão irreversível – As principais lideranças políticas do Estado ligadas ao PSDB e ao Podemos informam que avançaram muito as tratativas para fusão ou incorporação da legenda tucana ao Podemos. Dizem que o anúncio formal deve ser feito ainda este mês pelos presidentes nacionais dos partidos. O maior entrave já foi superado: a má-vontade do deputado mineiro Aécio Neves, que ainda exerce forte influência na executiva nacional do PSDB. Já teria se entendido com o presidente Marconi Perillo, após perder a batalha pela fusão ao MDB.

CURTAS

CARNAVAL – A partir de amanhã, Arcoverde vive seu carnaval de rua antecipado. Reeditando a festa mais popular, o prefeito Zeca Cavalcanti (Podemos) leva ao município grandes atrações do frevo pernambucano, como André Rio, Almir Rouche e Marrom Brasileiro. E como plus, o rei do forró Alcymar Monteiro, principal atração do sábado.

APOLOGIA – Presidente da Comissão de Justiça na Alepe, o deputado Alberto Feitosa (PL) votou contra o projeto que cria o Dia Estadual da Cannabis Medicinal. “Não sou contra o uso medicinal, mas criar uma data seria a mesma coisa que fazer apologia do nome cannabis”, disse, adiantando que como presidente não era obrigado a votar, mas quis marcar a sua posição.

BREJINHO – O prefeito de Brejinho, no Sertão do Pajeú, Gilson Bento (Republicanos), abriu no Recife uma nova casa de apoio para os pacientes do município que viajam ao Recife em busca de tratamento de saúde. “O ambiente tem mais estrutura e é muito mais acolhedor”, diz Bento.

Perguntar não ofende: Afinal, os 184 ônibus escolares que a governadora distribuiu com cada município foram comprados com recursos do tesouro estadual ou uma parceria com o Governo Federal?

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta terça-feira (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por envolvimento numa trama golpista apontada pela Polícia Federal. Bolsonaro é acusado pelos seguintes crimes:

  • Organização criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

Esta é a primeira vez que Bolsonaro é denunciado criminalmente perante o Supremo Tribunal Federal (STF) desde que se tornou presidente. Assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, a denúncia foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes. As informações são da Agência Brasil.

A acusação representa a etapa mais avançada de uma investigação contra o ex-presidente no STF. Ao longo dos últimos anos, a Polícia Federal concluiu que o político cometeu crimes em ao menos cinco investigações que tramitam no tribunal. Em três delas, Bolsonaro foi indiciado.

A PF concluiu que ex-presidente cometeu crimes e o indiciou na investigação que apura fraude em seu cartão de vacinação, na apuração que mira a venda de joias sauditas presenteadas ao governo e, posteriormente, negociadas nos Estados Unidos, e nesta sobre a trama golpista.

A denúncia contra o ex-presidente será analisada pela Primeira Turma do STF. O colegiado é presidido pelo ministro Cristiano Zanin, a quem cabe marcar a pauta de julgamentos.

A expectativa é a de que a denúncia seja recebida pelo colegiado e que o ex-presidente se torne réu ainda neste primeiro semestre. Compõem a Primeira Turma os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux Ministro e Flávio Dino.

A CNN procurou o ex-presidente, mas ainda não recebeu retorno.

A Direção do Hospital Regional Emília Câmara, em Afogados da Ingazeira, informou que não há justificativa para a aglomeração de pessoas em frente à unidade de saúde. O tumulto ocorre em razão da comoção popular após a morte do pequeno Arthur Ramos do Nascimento.

Antonio Lopes Severo, um dos envolvidos no crime, foi morto por populares. Já Giselda da Silva Andrade, apontada como coautora, não será encaminhada para atendimento no hospital. “Estão prejudicando o atendimento a outras pessoas internadas na unidade”, alertou a Direção.

Diante do cenário de aglomeração e possíveis riscos à segurança, a Polícia Militar foi acionada para dispersar os curiosos que permanecem no local.

Com informações do Blog do Nill Júnior.

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Educação (Seduc), cancelou a licitação que previa a formação de Ata de Registro de Preços para a aquisição de kits de material escolar destinados aos estudantes da rede pública estadual em 2025. O processo, avaliado em R$ 58,2 milhões, havia sido inicialmente marcado para o dia 17 de março, mas já havia sido adiado sem nova data definida antes da decisão de cancelamento.

A informação foi registrada oficialmente no sistema de licitações do governo estadual, o PE Integrado, nesta terça-feira (18), com a justificativa de que o cancelamento ocorreu por solicitação do pregoeiro responsável pelo certame. Uma fonte afirmou ao blog que a decisão será formalmente publicada no Diário Oficial do Estado de amanhã (19).

A licitação cancelada visava a compra de kits escolares para alunos da educação básica da rede estadual. Até o momento, o governo não divulgou detalhes sobre os motivos do cancelamento nem se há previsão para um novo processo de aquisição do material.

Por Marina de Mattos
Do Jornal O Globo

Apresentadora do “Estúdio i”, da GloboNews, Andréia Sadi mostrou no Instagram, na manhã de ontem (16), as transformações em seu corpo ao longo dos últimos quatro anos.

A jornalista falou sobre ser uma inspiração para quem busca essa mudança após a maternidade. “Falo muito aqui que acho muito incrível como nós, mulheres, temos a capacidade de nos inspirar, trocar e incentivar. E fico especialmente tocada quando me param, me escrevem que, de alguma forma, se sentem incentivadas a voltar a se cuidarem, se olharem e se mexerem após a maternidade. Somos as últimas para quem perguntam: ‘Precisa de algo? Está tudo bem?’. Só quem passa sabe o trampo dos primeiros anos. É tipo dar as mãos”, escreveu ela, que é mãe dos gêmeos João e Pedro, de 3 anos.

Ela deixou claro que o processo de mudança é longo que vai continuar. “Esse meu processo está rolando de 2021 a 2025 e contando. Não é do dia para a noite. No meu caso, são quatro anos. Quatro anos. Não semanas, não meses. E, se ajudar, lembro sempre que cada um tem seu tempo, sua realidade, sua rotina, sua dificuldade. Sua história. Não fica comparando! No meu caso, meus filhos me salvaram, esse foi meu estalo”.

Em seguida, a jornalista afirmou que traça pequenas metas. “Falava assim: ‘Vou andar uma semana 30 minutos e vou subir a escada do prédio'”. Depois, vai mudando e descobrindo o que gosta e o que dá dentro da rotina e da realidade. Peçam ajuda, procurem especialistas, professores e troquem experiências com outras mulheres. Todo mundo está passando por alguma coisa e todo mundo tem algo a acrescentar. Se ouçam: não é porque todo mundo corre que você precisa gostar de correr. Vai testando! Uma hora rola a combinação de algo que você gosta real. Não adianta forçar. Corpo em movimento, cabeça centrada. Já contei aqui que foi isso que me tirou de várias barras na gravidez gemelar pandêmica e adotei para a vida. Sou outra depois que organizo os pensamentos com exercícios. Precisa ser um pouco como a vida. Não pensa muito, só vai. Se joga. Na hora, odeio, mas depois dá bom”, finalizou ela.

Por Luis Felipe Azevedo
Do Jornal O Globo

Um dos vice-presidentes nacionais do PT e prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá afirmou que irá denunciar a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ao Conselho de Ética do partido nesta semana. O dirigente diz ter encontrado indícios de que a correligionária foi responsável pela indicação de um suposto funcionário fantasma no município durante a gestão passada. Anielle, por sua vez, nega qualquer irregularidade.

O episódio representa um novo capítulo no embate entre os dois petistas. Em janeiro, Anielle também afirmou que denunciaria Quaquá à mesma Comissão de Ética do partido por declarações do prefeito a respeito do assassinato de sua irmã, a vereadora Marielle Franco.

Quaquá relata, agora, ter sido avisado sobre a contratação de um funcionário fantasma a pedido de Anielle. Segundo ele, ao investigar o caso, descobriu que o indicado agia como um “consultor” de um projeto do ministério enquanto era nomeado em Maricá.

— Na esquerda e na direita essa gente virou santo de bordel. Isso tem tirado a credibilidade da política. Vou entrar com pedido na Comissão de Ética nesta semana e mostrar ao PT todos os indícios que já tenho — disse Quaquá ao GLOBO.

O funcionário citado por Quaquá é Alex da Mata Barros, lotado na autarquia Serviços de Obras de Maricá (Somar). Ele foi admitido no cargo no município em 1/6/2021 e deixou a posição de assessor especial no primeiro dia de 2025. O GLOBO não conseguiu localizar Barros para comentar a denúncia.

O vice-presidente do PT afirma que o servidor também prestou serviços para o Ministério da Igualdade Racial no período em que atuava na secretaria municipal. Ele foi contratado como consultor do Projeto Gente Negra “Reconstrução e Desenvolvimento” em maio de 2024.

Procurada pelo GLOBO, a pasta pontuou que a vaga de consultor foi oferecida pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (Banco CAF). “Esclarecemos que a ministra Anielle Franco não realizou indicações nem para a prefeitura, nem para a vaga de consultor oferecida pelo CAF”, destaca a nota.

Ainda de acordo com o ministério, “o edital de seleção foi elaborado seguindo os critérios e padrões internacionais informados pelo banco”. “O edital foi devidamente divulgado pelo site do Ministério da Igualdade Racial para conhecimento público e foram analisados currículos e propostas de candidatos que se inscreveram”, prossegue o texto, acrescentando que “os selecionados têm experiência e capacidade técnica compatíveis com o cargo e prestam serviços conforme suas expertise e currículos”.

‘Surfar na onda da irmã assassinada’
Em janeiro, Anielle disse que acionaria o Conselho de Ética do PT contra Quaquá após uma postagem do prefeito ao lado de familiares de Domingos e Chiquinho Brazão. Os dois políticos foram presos no ano passado acusados como mandantes da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Na ocasião, também nas redes sociais, a ministra da Igualdade Racial havia pedido para Quaquá “tirar o nome” da irmã “da boca”. Anielle ainda classificou como “inacreditável” ver pessoas “se aproveitarem e usarem” o caso Marielle “sem qualquer responsabilidade”.

Nesta segunda-feira, Quaquá voltou a tratar do tema. Ele disse que defende “não apenas a inocência dos irmãos Brazão”, mas que acredita que o “processo é absurdo e sem provas”.

— Para surfar na onda da irmã assassinada, como sempre fez, ela quis me denunciar, pedindo absurdamente uma Comissão de Ética por crime de opinião — disparou Quaquá.

Por Rodrigo Fernandes
Do JC

As eleições dos novos presidentes das principais comissões da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), que resultaram na escolha de nomes de oposição ao governo Raquel Lyra (PSDB), jogaram luz a um problema de articulação do Executivo estadual junto à Casa de Joaquim Nabuco.

Em entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, nesta segunda-feira (17), o deputado governista Antônio Moraes (PP), que presidia a comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) e foi sucedido por Alberto Feitosa (PL), concordou que o governo precisa melhorar as tratativas junto ao Legislativo.

Na visão do deputado, o principal erro da governadora foi não ter se aproximado do Legislativo no início do governo. Em 2023, primeiro ano da gestão Raquel, Executivo e Legislativo travaram fortes embates que estremeceram a relação entre os Poderes. Em 2024, a relação se apaziguou, ainda que sem fortes laços.

“Talvez tenha sido o grande erro da governadora lá atrás, quando ela não se aproximou mais no início do governo e não teve uma preocupação com a casa na questão das eleições”, afirmou Antônio Moraes.

O parlamentar lembrou que, duas legislaturas atrás, o governo tinha seis parlamentares na CCLJ e três oposicionistas, mas esse número foi caindo nos período seguintes até a oposição conseguir reverter o quadro no mandato atual e se tornar maioria no grupo.

Na nova composição, o governo terá quatro deputados estaduais e a oposição, cinco, tanto na CCLJ como na comissão de Finanças, Orçamento e Tributação. No colegiado de Administração, mais uma derrota: agora são quatro nomes de oposição contra três governistas.

“Agora mesmo na renovação do atual presidente, onde houve inclusive mudanças na primeira secretaria, o governo mais uma vez também se ausentou desse processo. Talvez aí haja essa confusão toda que a gente tá vivendo”, disse Moraes.

“A gente tem colocado com muita clareza que é preciso que o governo melhore essa articulação”, completou.

“Governadora tem conversado”
Antônio Moraes, contudo, ponderou que a governadora tem buscado dialogar com todos os parlamentares da Alepe, sejam eles de situação ou oposição.

“A governadora tem recebido todos os deputados, conversado bastante, não entendo essa coisa tão acirrada. Se a governadora vai inaugurar uma obra no interior, todos os deputados, seja de governo ou oposição, são convidados e podem usar da palavra. Não há uma animosidade do governo com o parlamentar”, declarou.

“O que parece é uma pirraça aí, uma briga de alguns parlamentares com a governadora, que até hoje não aceitaram talvez a eleição dela”, concluiu Antônio Moraes.

Eleições polêmicas na Alepe
Moraes reforçou as críticas à convocação das sessões de instalação das comissões e da realização das eleições dos novos presidentes. Segundo ele, os presidentes dos colegiados seriam os responsáveis por convocar os parlamentares, e não o presidente da Casa.

“Eu era o presidente da comissão de Justiça, então, pelo regimento, caberia a mim, depois de ser determinado quem seriam os membros da comissão… eu teria um prazo de cinco dias úteis para marcar a reunião. Com 27 anos na casa, nunca vi atropelar o regimento como foi feito agora”, disparou o deputado.

“Acharam pouco e ainda marcaram uma reunião para o sábado, um dia em que não tem expediente na Assembleia. A gente sabia que a gente tinha quatro votos e eles [a oposição] tinham cinco, que eles fariam a presidência dessas comissões. Agora, o problema foi a forma arbitrária como isso foi feito”, completou.

O deputado lembrou que os governistas entraram com recurso na Alepe contra a convocação das comissões.

“Cabe ao pleno da Assembleia Legislativa acatar ou não os argumentos que nós colocamos para que fosse anulada. O que a gente quer é que a lei seja cumprida. A questão de quem vai ganhar a gente lamenta profundamente, mas o que a gente quer é que o regimento seja cumprido”, disse.

Por Adelmo Lucena
Do Diario de Pernambuco


O casal suspeito de torturar e matar o menino Arthur Ramos Nascimento, de 2 anos, foi preso na tarde desta terça-feira (18) na zona rural de Carnaíba, no Sertão de Pernambuco. Ao chegar na Delegacia de Tabira, Antonio Lopes Sever foi linchado por populares e morreu enquanto era levado para um hospital.

Já Giselda da Silva Andrade conseguiu escapar das agressões. O casal foi detido por policiais do 23º Batalhão da Polícia Militar (BPM) e do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (BEPI).

Eles estavam sendo rastreados pelo Setor de Inteligência da polícia, que monitorava o celular de Antonio Lopes, mais conhecido como “Frajola”. Os dois são os principais suspeitos pela morte da criança, que foi encontrada com marcas de agressões físicas e sexuais, segundo a mãe.

Antonio Lopes precisou ser levado para o Hospital Municipal Dr. Luiz José da Silva Neto e morreu a caminho do Regional de Afogados da Ingazeira.

Entenda o crime

O crime aconteceu na cidade de Tabira, também no Sertão, no domingo (16). Arthur Ramos estava sob os cuidados do casal desde dezembro do ano passado.

O menino foi encontrado por uma vizinha, que estranhou o fato de ele não ter se levantado da cama. Ao entrar na casa, percebeu marcas de cortes pelo corpo da vítima e acionou a Polícia Militar.

Arthur foi encaminhado para um hospital local com lesões em várias partes do corpo, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na unidade de saúde. O caso foi registrado como homicídio por violência doméstica/familiar e que um inquérito foi instaurado para investigar o crime.

De acordo com a delegada de Tabira, Joedna Soares, o menino já sofria uma série de agressões há um tempo e que o caso de domingo foi o ápice.

Por Renata Agostini
Do Jornal O Globo

O perfil centralizador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ritmo mais vagaroso adotado por ele para tomar decisões frente a mandatos anteriores vêm impondo dificuldades ao governo, que convive com a demora no avanço de alguns temas. Exemplo mais recente, a indefinição sobre a reforma ministerial se arrasta há meses, deixando aliados e ministros sobressaltados sem que as tratativas ganhem corpo.

Na contramão de outros tempos, o presidente não escalou auxiliares para negociar diretamente com o Centrão, tampouco chamou líderes do bloco até o momento para conversas. Não há reforma possível que não os inclua, já que o objetivo de se mexer na Esplanada dos Ministérios é melhorar a governabilidade nos próximos dois anos e pavimentar caminho para alianças em 2026.

A letargia de Lula para tratar o tema faz com que ministros tentem o tempo inteiro “ler” os sinais do chefe para saber se seguirão na Esplanada ou não. O fato de ele não ter mencionado troca na pasta durante uma reunião ou ter feito pedidos para ações mais à frente são interpretados como sinalizações de que permanecerão à frente de seus ministérios.

Lula não abre com clareza os planos nos bastidores, fazendo com que até os aliados mais próximos façam “contas” sobre o que deve acontecer e projetem os mais variados cenários. Publicamente, o presidente também tem sido econômico nos sinais, limitando-se a dizer quem não sairá do governo, caso do gesto feito ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, dias atrás.

Um integrante do primeiro escalão diz que o petista está com o “xadrez na cabeça”. O problema é que está “somente na dele”, resume esse auxiliar. Procurada, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República não quis comentar.

‘Emissários’ atuavam em governos anteriores
Ainda que Lula sempre tenha gostado de centralizar decisões e seja natural que o presidente decida pessoalmente sobre mexidas em sua equipe, ministros lembram que, em outros tempos, ele usava emissários de confiança para encaminhar assuntos mais delicados e, assim, agilizar as deliberações do governo.

Em seu primeiro mandato, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu encarregava-se da costura com partidos para encorpar a base aliada. Ainda que Lula, por vezes, mudasse de ideia e barrasse deliberações, como no episódio em que Dirceu negociou aproximação com o MDB, mas o presidente não quis fechar a aliança na largada do primeiro mandato. A palavra final sempre era de Lula, mas muitos encaminhamentos eram feitos por pessoas de confiança em diversas áreas.

No caso do Judiciário, o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, liderava as tratativas. Isso facilitava a seleção e negociação de nomeações para os tribunais, diz um auxiliar. Atualmente, para avaliar os candidatos às Cortes, Lula instituiu uma espécie de “junta”, na definição de um integrante do governo. Participam do grupo os ministros Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Ricardo Lewandowski (Justiça), Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e o secretário especial para Assuntos Jurídicos, Marcos Rogério de Souza.

O processo torna-se, assim, mais moroso na largada. Soma-se a isso, o fato de que Lula tem adotado postura de maior cautela na escolha para esses cargos, diz um ministro. Segundo ele, o presidente entende que “maturar melhor” o levará a fazer melhores escolhas.

Tudo isso tem resultado em lentidão para a escolha dos novos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Desde outubro do ano passado, as listas tríplices estão na mesa do presidente sem que ele chegue a uma conclusão.

A hesitação também marcou o processo de escolha do novo procurador-geral da República, em 2023. Entre a saída de Augusto Aras e a indicação de Paulo Gonet, foram dois meses com comando interino do órgão — o maior período de vacância desde o governo de Prudente de Morais, em 1898.

Interrupções variadas
O modo centralizador de Lula tem peso importante na velocidade com que temas são digeridos pela máquina estatal. O presidente demanda participação ativa na discussão sobre diversos assuntos. Um auxiliar lembra que, nos quatro dias que antecederam o anúncio do acordo para a reparação dos danos causados pela tragédia de Mariana, anunciado em outubro do ano passado, Lula agendou reuniões para discutir sobre o tema em três deles. Para que o pacote de contenção de gastos saísse, o presidente teve ao menos cinco extensas reuniões com sua equipe para deliberar sobre os caminhos possíveis.

É comum que despachos com ele sejam constantemente interrompidos por demandas de todo tipo, diz um ministro. No ano passado, uma reunião convocada pelo presidente com assessores internacionais e jurídicos para discutir o clima de tensão no Equador foi pausada ao menos três vezes para que Lula pudesse anuir a temas dos mais variados matizes, entre eles o posicionamento do governo sobre o seguro DPVAT.

Ao ritmo decisório mais lento de Lula, juntam-se dificuldades do governo nas negociações. Em dezembro do ano passado, o presidente enviou ao Senado indicações para agências reguladoras, após meses em conflito com a Casa sobre os nomes. Quando enfim enviou a lista, havia 17 vagas em nove agências diferentes a preencher, algumas em vacância há mais de um ano.

Ministros dizem que a forma como o Palácio do Planalto está estruturado hoje também contribui para que haja demora em definições. Empoderado por Lula, Rui Costa já teve embates com colegas de Esplanada. Três ministros dizem sob reserva que, por vezes, preferem esperar até conseguirem uma audiência com o próprio presidente para decidir sobre algum tema do que ter de debater com o chefe da Casa Civil previamente.

O problema é que os auxiliares esbarram em limitações para se comunicar com Lula, outro fator a complicar a agilidade nas decisões do governo. A agenda do presidente está sempre apertada, ele tem barrado ligações e despachos no Palácio da Alvorada tarde da noite e não usa celular e aplicativos de mensagens. Para falar com o petista quando ele não está no Planalto, é preciso telefonar para seu ajudante de ordens, lembra um ministro.

A crise que se abateu recentemente sobre o governo, com pesquisas indicando uma queda acentuada na taxa de aprovação do presidente, fez com que Lula abrisse exceção à regra criada por ele mesmo de preservar os fins de semana para descanso. No último domingo, o presidente reuniu na Granja do Torto alguns ministros de seu núcleo duro para debater o mau momento vivido por sua gestão. A informação foi antecipada pelo portal g1.

Foram convocados Rui Costa, Padilha, Silveira e Sidônio Palmeira (Comunicação Social), além da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que é cotada para assumir um ministério. O encontro serviu para que o grupo pudesse discutir o motivo de Lula ter alcançado o patamar mais baixo de aprovação em seus três mandatos, de acordo duas fontes a par do encontro.

A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) deram início à revisão dos Planos Estaduais de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAEs). A partir deste mês, equipes técnicas visitarão os estados da área de atuação da Sudene para levantar dados e definir metodologias de atualização dos planos. Pernambuco, Paraíba e Ceará serão os primeiros a receber as visitas, seguidos por Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas, Piauí e Maranhão, em março. Também estão previstas visitas a Minas Gerais e Espírito Santo, ainda sem data definida.

As visitas serão realizadas por representantes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), instituição executora do projeto, que coletarão informações para a construção de um diagnóstico atualizado sobre a desertificação na região. A partir de março, terão início 25 seminários estaduais e consultas públicas para envolver a sociedade civil, governos municipais, setor privado e órgãos estaduais. Oficinas já foram promovidas em Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) para troca de experiências sobre os desafios do combate à desertificação.

Os dados obtidos subsidiarão a revisão dos planos, que ocorrerá entre abril e outubro deste ano. O resultado será apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém (PA), em novembro. A Sudene está investindo R$ 1,5 milhão no projeto, enquanto o MMA destinará R$ 2,5 milhões. Os planos deverão contemplar ações de conservação ambiental, fortalecimento da governança local e criação de mecanismos de financiamento para projetos sustentáveis.

Além da parceria com o MMA e a Univasf, a Sudene está trabalhando com Tribunais de Contas Estaduais para monitorar a implementação de políticas públicas de combate à desertificação. A autarquia também integra o 2º Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAB). O superintendente Danilo Cabral defende que “o combate à desertificação seja uma agenda de estado, desdobrando-a em ações efetivas”.