A engenheira civil e ex-secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos de Pernambuco, Fernandha Batista, recebe daqui a pouco, em Brasília, o Prêmio Lúcio Costa de Mobilidade, Saneamento e Habitação de 2024. A distinção será concedida pela Comissão de Desenvolvimento Urbano, em conjunto com a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.
O Prêmio, de nível nacional, chega à sua 9ª edição e é um reconhecimento a personalidades que desenvolvem trabalhos de impacto e que contribuem para melhorar a vida dos cidadãos nas áreas de mobilidade, saneamento e habitação no Brasil.
Briga para o Senado promete
Na sequência da divulgação da primeira pesquisa do Instituto Opinião antecipando os cenários das eleições de 2026 em Pernambuco, com exclusividade para este blog, os números para a corrida ao Senado, entre os nomes postos para avaliação dos dois mil eleitores entrevistados em 80 municípios do Estado, não são muito distantes um do outro.
Em 2026, estarão em jogo duas vagas de senador. A pesquisa traz a totalidade das intenções de cada provável postulante, tanto como escolha para a primeira vaga quanto opção para a segunda. Com exceção do senador Fernando Dueire (MDB), que ocupa a vaga de Jarbas Vasconcelos e aparece em último lugar, com apenas 1,7% das intenções de voto, sendo 0,5% como opção da primeira vaga e 1,2% para a segunda, a briga promete.
Leia maisPor estar no exercício do mandato, Humberto Costa (PT) está na dianteira, com uma soma de 25,5% como primeiro e segundo votos. Ex-senador e candidato a governador derrotado em duas eleições, Armando Monteiro Neto é o segundo, com 17,8%, situação quase de empate técnico com Humberto. É seguido de perto pelo ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (UB), com 15,9% e Eduardo da Fonte (PP), que também aparece bem, totalizando 12,8% como primeiro ou segundo voto entre os entrevistados.
Respondendo pelo Ministério dos Portos e Aeroportos, alternativa para a chapa de João Campos, caso o prefeito reeleito do Recife venha disputar o Governo do Estado, Sílvio Costa Filho (Republicanos) também pontuou bem – 10,1%, acima do ex-ministro Gilson Machado Neto (PL), que aparece com 9,1%. O também ministro, André de Paula (Pesca), pontuou 8,6%, percentual também muito bom.
A eleição de senador, entretanto, está condicionada à força de quem lidera a chapa majoritária, no caso o candidato a governador. Se vier mesmo a entrar no páreo, João tem três alternativas muito boas – Humberto, candidato natural à reeleição, Silvio Costa Filho e Miguel Coelho. Já Raquel, conta com Armando Neto e Eduardo da Fonte como os nomes mais competitivos, seguidos bem de perto por André de Paula.
INDECISOS ASSUSTAM – O que espanta, ainda em relação aos números para o Senado, é a altíssima taxa de indecisos. Pelo levantamento do Opinião, 61% dos entrevistados não sabem em quem votar, enquanto a soma dos brancos e nulos chega a 25,2%. Isso, no entanto, se explica por dois fatores: primeiro, a distância que separa o eleitor da urna, ainda de dois anos. E segundo, historicamente, o eleitor só decide o voto para senador em sintonia com o candidato que escolhe para governador.
Só um lembrete – Aos que se assustaram pelo massacre eleitoral imposto pelo prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB), ante a governadora Raquel Lyra (PSDB), de 60 pontos de dianteira na primeira pesquisa majoritária no Estado (76,2% a 15,8%): o Instituto Opinião, parceiro deste blog há 16 anos, tem um histórico de 98% de acerto nos seus levantamentos, atuando na Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte. Foi o único que previu, no segundo turno, a vitória de Mirella, prefeita eleita de Olinda – exatamente 1 ponto percentual de diferença.
Intenção de voto para presidente – Na sequência, este blog traz, amanhã, os números do Opinião para presidente da República em Pernambuco e na quarta a avaliação da gestão Lula no Estado. Por fim, na quinta-feira, será encerrada a fase de revelação dos números do levantamento com a avaliação do Governo Raquel Lyra – a soma dos percentuais de ótimo e bom e ruim e péssimo, além dos números aprova e desaprova.
Pesquisa roubou a cena – Coincidentemente, o resultado da primeira pesquisa para governador de Pernambuco chegou ao conhecimento da população, ontem, no mesmo dia em que foi aberto o congresso dos prefeitos eleitos e reeleitos, em Gravatá, promoção da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). A propósito, não se falou em outra coisa nos bastidores do evento. É claro que os aliados de João apareceram com sorriso largo, enquanto os prefeitos mais próximos da governadora não conseguiam esconder tamanha desapontamento pela ampla distância de João para Raquel – 60 pontos.
Bombou meu Instagram – Ainda sobre a primeira parte da pesquisa do Opinião, com os números para governador, as redes sociais foram bombardeadas. Ocupou espaço, ainda, com destaque, em todos os blogs e portais do Interior, destacada também nos mais diversos programas de TV e rádio. A repercussão foi de tal magnitude que só pelo Instagram do blog a pesquisa foi vista por quase 160 mil leitores. Como diria o filósofo Luiz Inácio Lula da Silva, nunca dantes na história deste Estado.
CURTAS
SEM PALMAS – A governadora aproveitou o encontro com os prefeitos, ontem, em Gravatá, para mostrar o que fez nos primeiros dois anos do seu mandato. Fez um datashow extremamente prolongado, mas os aplausos por parte da plateia, quase não foram ouvidos, prevalecendo um silêncio sepulcral.
HORA DO RELAX – Ao final do primeiro dia do encontro dos prefeitos, ontem, em Gravatá, extremamente concorrido, o advogado Bruno Monteiro ofereceu um jantar aos gestores em sua bela casa na Suiça pernambucana, com um serviço irrepreensível. Teve de tudo, até prefeito revelando seus dotes musicais.
REPÚBLICA DE CARUARU – Na mesa redonda que participou, ontem, no Frente a Frente, na condição de prefeito representante do Agreste, Gilvandro Estrela (UB) afirmou, categoricamente, ao avaliar a pesquisa do Opinião: “Chegou a hora de Raquel reformar seu secretariado e acabar com a República de Caruaru”.
Perguntar não ofende: A governadora vai rever sua estratégia para 2026 depois do susto que tomou com a pesquisa do Opinião?
Leia menosNa corrida para as duas vagas que estarão em disputa para o Senado nas eleições de 2026, o senador Humberto Costa (PT), cotado para disputar a reeleição na provável chapa do candidato a governador pelo PSB, João Campos, aparece na dianteira na pesquisa do Instituto Opinião, tanto como a primeira opção do eleitor, onde pontua 16,1% quanto na segunda alternativa – 9,4%. Na soma total, sendo o primeiro ou o segundo voto, o petista é o que mais se destaca– 25,5%.
Em seguida vem o ex-senador Armando Monteiro Neto (PSDB), uma das alternativas para a chapa da governadora Raquel Lyra (PSDB). Como opção de primeiro voto do eleitor, aparece com 9,6% e como segunda, 8,2%, totalizando 17,8%. Mesmo em segundo, Armando está num cenário de empate técnico com o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (UB), nome também cotado para a chapa de João.
Leia maisMiguel é a opção de 10% do eleitor do primeiro voto de senador e 5,9% da segunda, totalizando 15,9%. Logo a seguir, vem Eduardo da Fonte (PP), aliado de Raquel. Para 6,9% dos entrevistados, ele seria uma alternativa para o primeiro voto e 5,9% para o segundo, resultando num total de 12,8%. A seguir, aparece o ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), que totaliza 12,3%, sendo 7,4% como opção do primeiro senador e 4,9% do segundo senador.
Na sequência, vem o ministro dos Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho (Republicanos), lembrado para a chapa de João, com uma totalidade de 10,1% das intenções de voto, sendo 4,3% para o primeiro voto e 5,8% para o segundo voto. Logo em seguida, desponta o ex-ministro Gilson Machado Neto (PL), com um total de 9,1%, sendo 5,6% da opção do primeiro voto e 3,5% da opção do eleitor para o segundo voto nas duas vagas para o Senado.
O ministro da Pesca, André de Paula (PSD), alternativa para a chapa de Raquel, aparece com um total de 8,5%, sendo 3,3% como opção para a primeira vaga e 5,3% para a segunda vaga. Por fim, o atual senador Fernando Dueire (MDB), que sucede a Jarbas no Senado, somou apenas 1,7% na totalidade, sendo 0,5% como opção para o primeiro voto e 1,2% como escolha para o segundo voto.
Pelo cruzamento dos dois votos, o percentual total é de 200%, dos quais 25,2% representam brancos e nulos, e indecisos 61%. No quesito rejeição, a liderança é do senador Humberto Costa. Entre os entrevistados, 11,1% disseram que não votariam nele de jeito nenhum, seguido de Gilson Machado, com 10% dos entrevistados que disseram que não votariam nele de jeito nenhum.
Na sequência, aparecem André de Paula, com 6%, Anderson com 4,6%, Silvio Filho com 4%, Eduardo da Fonte com 3,5%, Armando com 3,4%, Miguel com 2,5% e Dueire com 2,1%.
A pesquisa foi a campo entre os dias 5, 6, 7 e 8 deste mês, sendo aplicados dois mil questionários em 80 municípios de todas as regiões do Estado. O intervalo de confiança estimado é de 95,5% e a margem de erro máxima estimada é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.
A modalidade da pesquisa adotada envolveu a técnica de Survey, que consiste na aplicação de questionários estruturados e padronizados a uma amostra representativa do universo da investigação. As entrevistas foram pessoais (face a face) e domiciliares.
VEJA AMANHÃ
Os números para presidente em Pernambuco
Leia menosDaqui a pouco, exatamente à meia-noite, será publicada a primeira pesquisa do Instituto Opinião, em parceria com este blog, para senador de Pernambuco, antecipando o ambiente eleitoral das eleições de 2026. A pesquisa foi a campo entre os dias 5, 6, 7 e 8 deste mês, sendo aplicados dois mil questionários em 80 municípios de todas as regiões do Estado. Vale a pena dormir um pouco mais tarde hoje.
O Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Recife, engajado na luta do incentivo a uma maior participação feminina na vida pública, anuncia apoio à Ingrid Zanella que disputa a presidência da OAB-PE pela chapa “Renovação Experiente”, tendo a também advogada e professora Schamkypou Bezerra como vice-presidente, no pleito do dia 18 de novembro.
O Mulheres do Brasil existe desde 2013, sob o comando nacional da empresária Luiza Trajano e tem entre os seus propósitos estimular a participação feminina na vida pública. No Recife, sua atuação já completa cinco anos, com a participação de lideranças como Camila Barbalho, Luciana Pimentel, Roseana Faneco , Valéria Lucena, entre outras colaboradoras ativas. O projeto, de âmbito nacional, busca promover a representatividade das mulheres, fortalecendo candidaturas femininas no âmbito político e na vida pública.
Leia mais“Tenho orgulho em colaborar com o Grupo Mulheres do Brasil-Recife como voluntária desde 2020. Sinto-me honrada pelo apoio anunciado e por fazer parte dessa história diferenciada, dessa preocupação permanente. No nosso país, a participação das mulheres na política tem crescido, mas ainda está longe de ser igualitária. Estamos chegando lá. Essa busca por espaços não é uma luta feminista como muitos pregam, mas sobretudo em defesa dos nossos direitos. Luiza Trajano, como grande líder, com sabedoria nos lembra uma definição simples e real: “feminismo nada mais é que a igualdade entre homens e mulheres”. O Núcleo Recife do Grupo Mulheres Brasil vem demonstrando cada vez mais influência e poder de luta. Sigamos juntas”, agradeceu Zanella.
“O Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Recife tem a alegria de manifestar seu apoio à querida Ingrid Zanella em sua candidatura à presidência da OAB Pernambuco. Ingrid, além de advogada dedicada, professora e voluntária ativa do nosso grupo, é uma voz poderosa na luta por uma advocacia mais representativa. Sua liderança é inspiradora”, diz o texto do documento de apoio.
Leia menosO leitor que não conseguiu acompanhar a live que fiz, há pouco, pelo Instagram do blog com o publicitário Edson Barbosa e o estrategista em campanhas eleitorais, Cesar Rocha, especialistas em análises de pesquisas, não se preocupe, o vídeo pode ser conferido no link abaixo.
Em pauta tivemos o primeiro levantamento do instituto Opinião, em parceria com este blog, sobre a tendência do eleitor para governador de Pernambuco nas eleições de 2026.
No próximo dia 13 de novembro, às 19h, Almir Reis realizará o evento final de sua campanha para a presidência da OAB Pernambuco, marcando o encerramento de uma jornada que mobilizou advogados e advogadas de todas as regiões do Estado. O encontro, que ocorrerá no Comitê da chapa Renova OAB, no bairro do Pina, promete ser um momento de celebração, diálogo e união entre profissionais da classe.
Para Reis, o encontro final simboliza não apenas um encerramento, mas um marco de renovação e esperança para a classe: “Esse momento é de todos nós. A advocacia pernambucana merece ser ouvida e respeitada, e cada proposta nossa reflete essa vontade de mudança,” afirmou o candidato.
Leia maisFernanda Resende, vice na chapa e uma das lideranças que compartilha dessa visão, também estará presente, reafirmando o compromisso com uma gestão que represente e valorize toda a diversidade e as necessidades da advocacia em Pernambuco. A dupla tem enfatizado a importância de um OAB-PE que esteja verdadeiramente conectada com os desafios da profissão e preparada para defender as prerrogativas de cada advogado e advogada.
A chapa Renova OAB de Almir e Fernanda chega ao seu último evento com uma energia que reflete o desejo por dias melhores e uma advocacia mais forte e unida. “Convido todos os colegas para estarem conosco no dia 13. Vamos juntos reafirmar nosso compromisso com uma OAB que realmente faça a diferença. Esse é o momento de união, de acreditar que podemos conquistar um futuro melhor para a nossa advocacia,” declarou Almir.
Leia menosA Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realizou, nesta segunda-feira (11), uma reunião extraordinária para a apresentação do Relatório Anual de Indicadores 2023 pelo secretário de Educação e Esportes do Governo do Estado, Alexandre Schneider. A apresentação do relatório é uma obrigação legal.
A taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais, o total de matrículas por rede de ensino, a taxa de abandono escolar, o total de vagas ociosas por etapa de ensino, o número de docentes por tipo de vínculo, a remuneração média dos professores e a situação das escolas da rede pública foram alguns dos temas abordados pelo secretário, ao longo da apresentação do relatório. Alexandre Schneider mencionou ainda a mudança do currículo do Ensino Médio com a redução dos itinerários e mais aulas de Matemática, Português, Sociologia, dentre outras.
Leia mais“Pernambuco saltou de 59% para 100% de candidatos no Enem deste ano”, revelou. O secretário ainda fez questão de ressaltar que Pernambuco saiu de um número em que havia mais docentes contratados para uma realidade em que o maior número de docentes é proveniente de concurso público. “Ainda serão chamados 4.600 profissionais concursados este ano”, completou.
O presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputado Waldemar Borges (PSB), por sua vez, chamou atenção para alguns números, comparando os anos de 2022 e 2023. Ele citou o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), destacando que houve uma queda, pois Pernambuco ocupava o terceiro lugar e, este ano, caiu para o quarto lugar.
“A queda no Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (Idepe) e um aumento das vagas ociosas no Ensino Médio de 20.508 para 31.911 também é um retrocesso expressivo” considerou.
Waldemar Borges citou ainda a diminuição de matrículas no Ensino Profissionalizante Técnico Subsequente de 16.419, em 2022, para 12.764, este ano. Ele disse também que Pernambuco continuou com o mesmo número de escolas técnicas (58), sem que houvesse avanço de um ano para o outro. Em relação aos dados da alfabetização, o presidente da Comissão de Educação e Cultura considerou ainda que o relatório foi superficial. “É preciso fazer reuniões específicas sobre as várias questões que envolvem a Educação”, disse, citando a reforma do Ensino Básico como um debate que precisa ser feito.
A Lei de Responsabilidade Educacional determina que todos os anos, até o décimo quinto dia do mês de novembro, a Secretaria de Educação e Esportes apresente à Comissão de Educação e Cultura da Alepe o relatório, com a participação de representantes do Sintepe, Conselho Estadual de Educação, Fórum Estadual de Educação, União Nacional dos Dirigentes de Educação (Undime), União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (Uespe) e Ministério Público de Pernambuco.
Todos os representantes da sociedade civil se pronunciaram, questionando o secretário a respeito de temas como a merenda escolar, a formação dos docentes, o chamamento de analistas e assistentes aprovados em concurso público e a infraestrutura das escolas.
Os deputados Renato Antunes (PL), João Paulo (PT), Diogo Moraes (PSB) e Dani Portela (PSOL) também participaram da reunião. O presidente da Comissão de Educação e Cultura avaliou que a reunião cumpriu seu papel na medida em que o secretário de Educação apresentou o relatório anual e ouviu todas as grandes questões que afligem representantes da Educação em Pernambuco.
Leia menosPor Larissa Rodrigues
Repórter do blog
Deputados estaduais aliados da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), reagiram à pesquisa do Instituto Opinião, de Campina Grande, em parceria com este blog, para as eleições de 2026, quando a gestora deve disputar o cargo com o prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB).
Os números apontam que o prefeito estaria com larga vantagem se as eleições fossem hoje. O socialista teria 76,2% dos votos e a governadora Raquel Lyra (PSDB) 15,8%, uma diferença para João de 60,4%. Brancos e nulos somam 3,9% e indecisos 4,1%.
Leia maisLíder da bancada do Governo na Assembleia Legislativa (Alepe), o deputado Izaías Régis (PSDB) afirmou que “os dados refletem um momento específico e não capturam a totalidade dos avanços e entregas realizadas pela gestão”.
O parlamentar reforçou que a administração de Raquel Lyra tem focado em ações com impacto direto e positivo na vida da população pernambucana, trazendo resultados concretos em áreas prioritárias. Ele destacou que novos investimentos estão sendo licitados e serão executados em breve, ampliando ainda mais o alcance das melhorias implementadas.
O deputado ressaltou “a competência da governadora e da sua equipe e a responsabilidade fiscal que tem sido mantida, o que já colocou Pernambuco em equilíbrio financeiro no segundo ano de governo”.
“Tenho plena convicção de que a governadora Raquel Lyra seguirá fortalecida para 2026, graças à sua liderança e ao trabalho comprometido que vem transformando o Estado para melhor”, complementou Régis.
Renato Antunes e João Paulo
Já o deputado Renato Antunes (PL), aliado da governadora e um dos poucos da bancada do Partido Liberal na Alepe que defendem a gestão tucana, considerou que é cedo para o debate de 2026. “A pesquisa reflete a realidade do momento, aquela fotografia do momento, mas essa antecipação não sei a quem interessa, o Governo está preocupado em entregar e continuar fazendo o trabalho que ele está focado em fazer”, considerou Antunes.
Na mesma linha, o deputado João Paulo (PT), que também é aliado da governadora Raquel Lyra, comentou: “acredito ser muito cedo para falar em disputa para governador, mas acredito que o Governo Raquel vai terminar como um governo de muito sucesso, com entregas e muito apoio do governo do presidente Lula (PT)”.
Leia menosConfira ao vivo o Frente a Frente especial de hoje, diretamente de Gravatá, onde está sendo realizado o primeiro encontro dos prefeitos eleitos do Estado, uma promoção da Amupe, a Associação Municipalista de Pernambuco, no hotel Canarius.
Convidamos para um debate sobre os desafios dos novos prefeitos, os gestores Lula Cabral (SD), do Cabo, Gilvandro Estrela (UB), de Belo Jardim, e Evilásio Mateus (PDT), de Araripina.
O Partido dos Trabalhadores (PT) e dezenas de entidades de movimentos sociais e sindicais lançaram um manifesto contra a pressão pelo corte de gastos. O documento, que é alvo de divergência entre parlamentares da legenda, critica a “pressão exercida pelo capital financeiro e seus porta-vozes na mídia” na cobrança sobre o pacote, que prevê a revisão de despesas obrigatórias.
Além do PT, legendas como PDT, PSol, PCdoB também assinam o documento. Todas fazem parte da base histórica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O poder financeiro, os mercados e seus porta-vozes na mídia agitam o fantasma de uma inexistente crise fiscal, quando o que estamos vivendo é a retomada dos fundamentos econômicos, destruídos pelo governo anterior”, diz o texto, que se opõe à redução de recursos orçamentários para programas sociais.
Leia mais“Querem cortar na carne da maioria do povo, avançando seu facão sobre conquistas históricas como o reajuste real do salário-mínimo e sua vinculação às aposentadorias e ao BPC, o salário-desemprego, os direitos do trabalhador sobre o FGTS, os pisos constitucionais da Saúde e da Educação”, argumenta.
O texto diz que é “hipocrisia e chantagem” cortar recursos de quem precisa do Estado e dos investimentos públicos. “Só vai levar o país de volta a um passado de exclusão e injustiça que os movimentos sociais e o povo lutam há tempos.”
Oposição ao governo
O deputado estadual pelo estado de São Paulo, Emídio de Souza, que tem grande proximidade com Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou a postura do partido. “O PT não pode ser oposição do governo”, escreveu em publicação nas redes sociais.
Ele afirmou que o documento expõe a legítima posição dos movimentos sociais, mas era esperada outra postura do partido. “Do PT, partido do presidente Lula e principal condutor da Frente que também assina a nota, esperava-se outra postura. Nós não estamos no governo, nós somos o próprio governo. Não somos um movimento social, somos o partido político que dirige o país”, afirmou.
Emídio disse ainda que a legenda “não pode fazer de conta que não é governo e nem desconhecer os claros limites do orçamento público”. “Não é razoável que nossos dirigentes propaguem que as medidas que ora são debatidas no governo, são desnecessárias ou que seriam apenas caprichos do mercado”, defendeu.
Cautela
Ontem, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, já havia se manifestado publicamente sobre o assunto nas redes sociais, respondendo a editoriais publicados por grandes jornais sobre os cortes. “Eles (os jornais) esperam impor ao governo e ao país o sacrifício dos aposentados, dos trabalhadores, da saúde e da educação, que podem até combinar com o neoliberalismo frenético do governo passado, mas não com o governo que foi eleito para reconstruir o país”, escreveu.
“Invertem a equação da economia real, que pede mais crédito e investimentos para continuar crescendo, e ameaçam com mais juros e mais especulação com o câmbio, como se isso fosse trazer o tal equilíbrio fiscal e reduzir a inflação”, disse a presidente do partido, que afirmou que Lula “age muito bem, com cautela e muita responsabilidade, resistindo às pressões descabidas dos mercados e de seus porta-vozes na mídia”.
Do Correio Braziliense
Leia menosNesta segunda-feira (11), em Gravatá, a Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE) promoveu o seminário “Gestão que Transforma: Seminário de Novos Gestores”, voltado para prefeitos reeleitos e eleitos. O evento reuniu mais de 150 gestores municipais e contou com a presença da governadora Raquel Lyra (PSDB).
Lula Cabral (Solidariedade), deputado estadual e prefeito eleito do Cabo de Santo Agostinho, teve papel de destaque no encontro. Representando o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), Álvaro Porto, Cabral também discursou como prefeito eleito.
Leia maisDurante sua fala, Lula Cabral reforçou a necessidade de uma parceria sólida entre os municípios e o governo estadual para garantir melhorias à população. “O trabalho em conjunto entre prefeitos e o Governo do Estado é essencial. Estamos ansiosos para ouvir a governadora e entender quais apoios chegarão às cidades”, afirmou.
O seminário foi aberto pelo prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, presidente da AMUPE. A programação abordou estratégias de gestão pública e formas de potencializar o desenvolvimento regional com o suporte do governo estadual.
Ainda nesta segunda-feira (11), Lula Cabral concederá uma entrevista ao programa Frente a Frente, transmitido para mais de 48 emissoras de rádio. A conversa também contará com os prefeitos Gilvandro Estrela (UB), de Belo Jardim, e Evilásio Mateus (PDT), de Araripina, representando as regiões Metropolitana, Agreste e Sertão.
Leia menosA governadora Raquel Lyra abriu, nesta segunda-feira (11), o Seminário Novos Gestores 2025, realizado pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). O evento, que está sendo realizado no município de Gravatá, no Agreste, reuniu 175 prefeitos eleitos nas últimas eleições municipais. Na ocasião, a gestora realizou um balanço das ações que o Governo do Estado tem realizado em benefício dos municípios pernambucanos. O encontro segue até esta terça-feira (12).
“Estamos aqui para reafirmar o nosso compromisso com os municípios pernambucanos. Sou municipalista, fui prefeita e sei o quanto é difícil o gestor conseguir tocar a vida do município, onde tem mais responsabilidades e menos recursos garantidos. Nesses quase dois anos de gestão, conseguimos construir parcerias em diversas áreas e é sobre isso que falamos no seminário. Sei da importância em estarmos juntos construindo uma estratégia única para que Pernambuco, de fato, possa crescer de maneira sustentável, em cada um dos seus municípios. No final de tudo, queremos o nosso povo mais feliz onde quer que ele viva”, enfatizou a governadora Raquel Lyra acompanhada de diversos secretários estaduais.
Leia maisDe acordo com o presidente da Amupe e prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, o objetivo do evento é preparar os novos gestores para a realização de uma administração pública eficaz e que priorize o desenvolvimento socioeconômico dos municípios pernambucanos nos próximos quatro anos. “Vamos falar de diversos temas, desde a captação de recursos até a eficiência da gestão para que possamos ajudar esses prefeitos a dar uma vida melhor ao povo pernambucano em suas respectivas cidades”, explicou.
O assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais, representando o ministro Alexandre Padilha, Mozart Sales, destacou a importância da parceria entre municípios e governo federal. “Nós estamos de portas abertas o tempo inteiro, o presidente Lula determinou que se mantenha um diálogo frequente e profícuo, com o conjunto das prefeitas e dos prefeitos de todo o Brasil”, disse.
O Governo de Pernambuco tem realizado diversas parcerias com os municípios. Cumprindo com o compromisso de transformar a educação de Pernambuco. Pela primeira vez na história, o Estado toma a frente do processo de construção de unidades educacionais para a Primeira Infância. Neste primeiro bloco, 51 creches serão construídas em todas as regiões do Estado. Ainda na área da Educação, foram entregues 601 ônibus escolares a municípios pernambucanos.
No âmbito da Assistência Social, a gestão estadual pactuou, em 2024, mais de R$ 80 milhões junto aos municípios para fortalecer os serviços de assistência social e segurança alimentar e nutricional. Para implantação, restauração e conservação das rodovias, estão sendo aportados R$ 5,1 bilhões no PE na Estrada, maior programa de infraestrutura viária da história de Pernambuco. Já no programa Águas de Pernambuco, R$ 6,1 bilhões serão investidos nos próximos anos, sendo o maior aporte feito pelo Executivo Estadual para esta finalidade na história do Estado. Do montante, R$ 3,9 bilhões são para ações voltadas à água e R$ 2,2 bilhões para esgoto.
REUNIÃO — O Governo de Pernambuco promove, no próximo dia 22 de novembro, reunião com os futuros gestores municipais para debater as ações e projetos implantados pelo Governo do Estado nas 184 cidades.
Leia menosEm discurso no seminário da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), realizado nesta segunda-feira (11), o ministro Silvio Costa Filho assegurou muito trabalho por parte do Governo Lula em prol das cidades pernambucanas. O titular da pasta de Portos e Aeroportos participou do evento, em Gravatá, junto à governadora Raquel Lyra, deputados estaduais, federais, prefeitos de mandato, secretários e os novos gestores que tomarão posse em 1º de janeiro de 2025.
“Trago aqui um abraço do presidente Lula, que vai continuar trabalhando muito ao longo desses dois anos para fortalecer a pauta municipalista. O futuro do Brasil não está apenas em Brasília, mas, sobretudo, nos nossos municípios, onde nós temos os maiores problemas de ordem social. É a falta de creche, de um posto de saúde, de um saneamento, de asfalto. Eu sou um municipalista convicto! Se tem uma categoria no Brasil que merece todo apoio da sociedade, são os nossos prefeitos e as nossas prefeitas. Por isso, governadora, que a gente precisa cada vez mais trabalhar conjuntamente para ajudar Pernambuco. É hora de unidade para ajudar nossos prefeitos”, destacou Silvio Costa Filho.
Leia maisO ministro de Lula se comprometeu a levar uma comissão da Amupe para reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar da implementação da PEC que autoriza o reparcelamento das dívidas previdenciárias dos municípios. “Porque isso dará um fôlego aos municípios. Na Câmara Federal, eu fui o relator dessa matéria. E ela foi muito benéfica para que a gente pudesse avançar nessa pauta”, pontuou Silvio.
Em seguida, o ministro elencou as parcerias entre o os governos federal e estadual em prol dos municípios. “É a duplicação da 423, que será fundamental para o desenvolvimento do agreste, a conclusão da 104, o início do projeto de duplicação da 232. São obras estratégicas na área de infraestrutura, os mais de 15 mil
Habitacionais do Minha Casa, Minha Vida. Quero que a gente possa trabalhar para ir ao ministro Camilo Santana, da Educação, para que a gente possa trazer mais centros de formação para duas regiões importantes, a Mata Norte e o Sertão de Itaparica”, ressaltou Costa Filho, que seguiu enaltecendo as parcerias, a exemplo do novo Aeroporto de Caruaru.
“O Aeroporto de Caruaru será fundamental para o desenvolvimento do agreste. Essa obra vai mudar significativamente o turismo dessa região. A gente tem feito isso em parceria com o Governo do Estado. Essa obra já está no PAC – serão R$ 75 milhões do Estado e R$ 75 milhões do Governo Federal. Essa obra será licitada pela governadora Raquel Lyra para que a gente possa fazer essa entrega ao povo de Pernambuco e possa sonhar com voos saindo de Caruaru para São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília; de várias regiões do estado”, salientou Silvio Costa Filho.
Leia menosPor Roberta Soares
Do JC
A praticamente certa transferência da operação do Metrô do Recife para a iniciativa privada ganhou mais um capítulo nesses dias. Está para ser assinado amanhã (12), em Brasília, o Acordo Coletivo Especial (ACE) com os metroviários da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que segue no Programa Nacional de Desestatização (PND) do governo federal.
O ACE, que vem sendo negociado pelos funcionários da CBTU há pelo menos mais de um ano , seria a garantia de manutenção dos empregos caso a Companhia venha a ser privatizada – como tudo caminha para acontecer. A cerimônia de assinatura do acordo, inclusive, já teria até hora marcada: às 09h30, inclusive com a previsão de contar com presença de ministros, representantes sindicais e parlamentares que estavam ajudando os metroviários.
Leia maisA confirmação da assinatura teria sido dada pela Secretaria Geral da Presidência da República (SGPR ) e foi divulgada pelos Sindicatos dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias do Estado de Alagoas (Sinfeal) e dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE).
A assinatura do ACE é mais uma confirmação de que, de fato, o governo federal caminha para a concessão dos sistemas metroferroviários ainda sob gestão da CBTU: metrôs do Recife, Maceió (AL), João Pessoa (PB) e Natal (RN). A CBTU já tinha perdido, no fim de 2022, o Metrô de Belo Horizonte (MG), que foi privatizado. No dia 22 de março de 2023, o Grupo Comporte formalizou a aquisição da totalidade das ações da VDMG e CBTU-MG, tornando-se proprietário e detentor do direito de operação da concessão do serviço de transporte metroviário nas cidades de Belo Horizonte e Contagem, na Região Metropolitana de BH.
“Após uma longa jornada de negociações e articulações, o Sindmetro-PE anuncia que está cada vez mais próximo de um marco histórico para os trabalhadores e trabalhadoras da CBTU. A assinatura do Acordo Coletivo Especial (ACE) já tem data marcada. A cerimônia ocorrerá na próxima terça-feira (12), às 09h30, em Brasília, e contará com a presença de importantes autoridades, incluindo ministros, representantes sindicais, e parlamentares comprometidos com a causa dos metroviários”, afirmou o Sindmetro-PE.
Mais cedo, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias do Estado de Alagoas (Sinfeal), também tinha confirmado a assinatura do ACE. “A Secretaria-Geral da Presidência da República confirmou, por e-mail, a data para a cerimônia de assinatura do Acordo Coletivo Especial para a garantia de empregos da CBTU neste próximo dia 12 de novembro, ao tempo que convida os Sindicatos para se fazerem presentes ao evento”, disse a entidade nas redes sociais.
A reportagem aguarda um retorno oficial da Secretaria-Geral da Presidência da República, o que ainda não aconteceu. O acordo coletivo, entretanto, segundo informações extraoficiais, teria validade de apenas dois anos.
CASA CIVIL JÁ TINHA CONFIRMADO A OPERAÇÃO PRIVADA DO METRÔ DO RECIFE
O Metrô do Recife será, de fato, concedido à iniciativa privada. Logo e por 30 anos. Essa é a intenção, sim, do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo federal confirmou que a intenção da gestão é a concessão pública do sistema de transporte sobre trilhos da Região Metropolitana do Recife, que sofre sem recursos mínimos para operação há quase dez anos e, principalmente, nos últimos seis. A assinatura do Acordo Coletivo Especial com os metroviários só valida o processo.
A confirmação foi feita em outubro pela Casa Civil da Presidência da República, que explicou as metas do projeto de privatização do Metrô do Recife em resposta oficial encaminhada à Coluna Mobilidade. “O projeto do sistema de metrô da Região Metropolitana de Recife/PE tem por principal objetivo a concessão à iniciativa privada da prestação dos serviços de trens de passageiros. Seu escopo abarca a reforma, atualização e modernização da estrutura e equipamentos instalados, assim como a operação dos serviços, em um contrato de parceria de 30 anos”, afirmou a Casa Civil.
O discurso argumentativo do governo federal, inclusive, é que a intenção do projeto de concessão pública é qualificar a infraestrutura para que o serviço prestado aos passageiros melhore. Atualmente, o Metrô do Recife tem intervalos de 20 minutos, inclusive nos horários de pico, quando é comum passar dos 10 minutos. O sistema está perigoso, os trens estão velhos, sucateados e a refrigeração não dá mais conta. Ou seja, o usuário do metrô só sofre e ainda paga caro: R$ 4,25, valor maior do que o dos ônibus, de R$ 4,10.
O governo federal também garante que o projeto de concessão pretende manter o valor da passagem. “O objetivo é que os 335 mil pessoas (essa quantia foi informada pela União, mas seriam 200 mil, segundo a CBTU-Recife) que utilizam o sistema de transporte tenham mais qualidade de vida e menos tempo gasto nos seus deslocamentos, com maior segurança e regularidade e manutenção da mesma estrutura tarifária vigente”.
ARRUMADA NO METRÔ DO RECIFE ANTES DA PRIVATIZAÇÃO
Também de acordo com a Casa Civil, o Metrô do Recife sofrerá melhorias em sua infraestrutura antes de ter a operação privatizada. A Casa Civil não falou, entretanto, em valores, mas confirmou que investimentos serão feitos.
“As intervenções previstas na concessão envolvem investimentos para melhorias e maior eficiência operacional, por meio de reforma de estações, compra de trens novos e diversas atualizações tecnológicas, resultando em melhoria da qualidade do serviço prestado à população, mais conforto, acessibilidade, segurança e maior regularidade nas viagens”, explicou.
E seguiu informando que os estudos da futura concessão pública do Metrô do Recife continuam em andamento e que tudo será submetido à consulta pública quando a decisão administrativa for tomada. “Os estudos encontram-se em curso e todos os seus documentos, bem como aqueles necessários para a realização do leilão serão submetidos à consulta pública, momento em que os interessados poderão enviar sugestões ao processo. Portanto, novas diretrizes para a modelagem dos estudos da CBTU serão divulgadas tão logo ocorra uma deliberação formal das instâncias governamentais competentes”.
ESTUDO DE CONCESSÃO ESTÁ SENDO REFEITO, MAS COM A MESMA LÓGICA DO ANTERIOR
É pouco provável que o cenário de levar o Metrô do Recife à operação privada mude. Um estudo de concessão pública do Metrô do Recife já tinha sido feito entre 2019 e 2022, inclusive com participação e validação do governo de Pernambuco, que tinha o PSB à frente da gestão.
E agora está sendo refeito também pelo BNDES com recursos do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) – R$ 4 milhões. Os novos estudos começaram em agosto de 2023 e estão perto da conclusão. A execução é do BNDES, responsável por todo o processo técnico.
Os estudos, inclusive, teriam novas premissas diferentes da orientação dada na primeira análise realizada também sob coordenação do BNDES, a partir de 2019, ainda na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Há informações extra-oficiais, inclusive, de que uma subsidiária da CBTU já teria sido criada pelo governo federal.
ENTENDA O PROCESSO DE OPERAÇÃO PRIVADA DO METRÔ DO RECIFE
O processo de estadualização e concessão pública do Metrô do Recife seria iniciado ainda em maio de 2022. A modelagem e os valores foram apresentados ao Ministério da Economia no fim de 2021 e já tinham sido validados pela equipe técnica que está à frente dos estudos.
O governo de Pernambuco seria o gestor do futuro contrato de concessão pública do Metrô do Recife, no valor de R$ 8,4 bilhões e com validade de 30 anos. Desse total, R$ 3,8 bilhões seriam aportes públicos para reerguer o sistema e cobrir a diferença entre receita tarifária e despesa de operação.
Sendo, R$ 3,1 bilhões mobilizados pelo governo federal e R$ 700 milhões pelo governo de Pernambuco. E, dos R$ 3,1 bilhões bancados pela União (Ministério da Economia), R$ 1,4 bilhão seriam recursos que ficariam guardados para serem utilizados pelo Estado ao longo do contrato de concessão pública.
O R$ 1,4 bilhão seria a reserva para garantir o equilíbrio econômico financeiro do contrato, já que os estudos realizados em dois anos já apontaram que a receita gerada pela demanda de passageiros do Metrô do Recife não seria suficiente para cobrir o custo de operação.
O modelo a ser adotado pelo governo do Estado seria de concessão pública simples, sem contrapartida financeira ao longo do contrato. Mas tudo foi engavetado pelo então governador de Pernambuco (PSB), Paulo Câmara, às vésperas das eleições estaduais e a pedido dos metroviários.
Por Catia Seabra e Victoria Azevedo
Da Folha de S. Paulo
A regulação das redes sociais é uma nova fonte de desgaste na aliança em torno de Hugo Motta (Republicanos-PB) para sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara.
O debate sobre as plataformas deverá marcar a próxima gestão na presidência da Casa. Aliados de Hugo reconhecem que o tema é sensível e pode gerar ruídos com o PT de Lula e o PL de Jair Bolsonaro, que apoiam o deputado. Ainda assim, há entendimento de que isso não inviabiliza a candidatura.
A eleição ocorrerá no começo de fevereiro. Além de ter a chancela do próprio Lira, o líder do Republicanos conseguiu reunir apoio formal de um leque de partidos que têm cerca de 75% dos 513 deputados da Câmara.
Leia maisO apoio do PL e do PT foi selado após Lira resolver, ao menos por ora, impasse em torno do projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro.
O presidente da Câmara retirou a proposta da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), onde seria votado, e criou uma comissão especial para tratar do tema. Até o momento, no entanto, o parlamentar não oficializou o colegiado.
Agora, adversários de Hugo dizem que a regulação das redes pode ser um novo ponto de embate entre as legendas que apoiam o parlamentar.
O PT incluiu o tema como uma das pautas prioritárias apresentadas ao candidato em reunião com a bancada do partido. Alguns participantes do encontro saíram convencidos da existência de um compromisso de Hugo pela regulação. Mas essa impressão não é compartilhada por toda bancada.
Os petistas também pediram a Hugo o restabelecimento do rito de tramitação das medidas provisórias, garantia da governabilidade e do respeito à proporcionalidade partidária nos espaços da Câmara e, ainda, que a pauta do plenário seja articulada em conjunto.
Um grupo de deputados do PL e da oposição, por sua vez, entregou uma lista de pautas prioritárias a Hugo com o pedido que o chamado PL das Fake News, que trata da regulação das redes, não seja levado ao plenário. O grupo apelidou a proposta de “projeto de lei da censura”.
Ela prevê, entre outros pontos, a responsabilização de plataformas por conteúdos ilegais publicados por usuários. Aprovada no Senado, teve a tramitação travada na Câmara no primeiro semestre de 2023, após a oposição ganhar terreno no debate.
Hugo tem afirmado a interlocutores que não se comprometeu com nenhum dos dois partidos sobre isso. De acordo com relatos, ele reconhece que o tema é sensível e qualquer posicionamento incisivo poderia afastar uma ou outra sigla de sua candidatura.
Aliados lembram que esse tema desgastou a imagem do presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), quando ele ainda se colocava como candidato à sucessão de Lira.
Em um evento nos Estados Unidos, Pereira defendeu o andamento de matérias relacionadas ao combate às fake news e à regulação da inteligência artificial. Por isso, foi criticado por aliados de Bolsonaro.
O líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), afirma que o partido tem “posição clara” sobre o assunto, mas nega ter existido alguma conversa nesse sentido com Hugo. “Seremos sempre contra qualquer projeto que minimamente seja contra a liberdade de expressão.”
Ao receber o apoio do PC do B, no fim de outubro, Hugo foi questionado sobre o PL das Fake News. O deputado Orlando Silva (SP), integrante da bancada, foi o relator da matéria na Câmara e esteve presente no anúncio de seu partido.
Em sua fala, Hugo ressaltou “o grande trabalho” de Orlando, mas disse que “o ambiente dentro da Casa” não permitiu que o projeto avançasse.
“Infelizmente, uma narrativa foi criada, rotularam o projeto de uma forma que acabou inviabilizando o ambiente político aqui e a sua votação. Acredito que, chegando à presidência da Casa, nós vamos ter que chamar os partidos para discutir esse assunto”, disse Hugo.
“Existe, sim, uma cobrança, principalmente os partidos mais à esquerda, de que esse tema é uma prioridade. E nós vamos, ouvindo a todos, tomar a decisão no momento correto”, afirmou.
O PL saiu do radar de votações na Câmara após Lira anunciar, em abril, a criação de um grupo de trabalho para formular uma nova proposta sobre o tema. Mas o colegiado não saiu do papel.
Na avaliação de congressistas, Hugo postergou o problema, mas ele virá à tona na Câmara sob sua presidência, caso seja eleito.
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