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De bigu com a modernidade

O mundo e o desejo por carros elétricos 

Uma pesquisa global da Accenture divulgada pelo Motor1 mostra que quase 60% dos motoristas planejam adquirir um carro elétrico (EV) nos próximos 10 anos. O estudo analisou as preferências de 6 mil motoristas em países como Estados Unidos, Alemanha, Itália, França, China e Japão. O levantamento constatou que apenas 10% disseram que nunca comprariam um carro elétrico. Nos Estados Unidos, o percentual de consumidores de olho nos elétricos é de 54%, indicando um crescimento semelhante ao observado em outros países. 

A China lidera o interesse, com 65% dos entrevistados afirmando que acreditam no futuro dos carros elétricos e 44% dos que ainda não possuem um planejando adquirir nos próximos cinco anos. Na Europa, o cenário é mais diversificado. Bélgica e Holanda apresentaram crescimento nas vendas de EVs. Na Alemanha e na França o entusiasmo é mais contido, com apenas 37% e 36% dos motoristas, respectivamente, afirmando que consideram o futuro dominado por veículos elétricos. 

A JAC e as baterias recuperadas – As empresas que fabricam e vendem carros elétricos já começam a pensar no pós-venda desses carros e comerciais leves e pesados, em especial do componente que reúne a maior parte das atenções, preocupações e desenvolvimentos em anos recentes: as baterias. A destinação final ou extensão da vida útil das baterias, além de maior autonomia e custos menores, estão entre os principais desafios dos fabricantes. Se o Brasil ainda não produz o componente para utilização em larga escala, já começa a se movimentar para que seja recuperado em alguma medida. O Grupo SHC, que representa aqui a chinesa JAC e negocia modelos elétricos importados, acaba de inaugurar, em  São Paulo, um centro de recuperação que substitui apenas as células que perderam a eficiência ou apresentam outros defeitos. O serviço reduzirá sensivelmente o desembolso do cliente, já que elimina a necessidade da troca de todo o conjunto de bateria, que muitas vezes pode representar até mais da metade do preço do automóvel. “É um avanço que coloca a sustentabilidade no centro do setor”, prefere destacar Sérgio Habib, presidente do grupo e que afirma ter investido mais de US$ 1 milhão em equipamentos de diagnóstico para alta tensão e estrutura.

Capacitação – A empresa também deslocou equipe de engenheiros para a China, onde, durante um mês, os profissionais passaram por capacitação em técnicas e práticas de manutenção em alta voltagem. Com auxílio dos equipamentos, eles agora conseguem mapear as células individualmente e identificar qual ou quais podem ser reparadas ou mesmo substituídas. Para isso, um multímetro de alta precisão mede e indica os núcleos com baixa voltagem, que são retirados e substituídos por novos, se for o caso. Para a retirada do núcleo, a célula é aberta e posteriormente novamente selada com solda a laser. Ela receberá a mesma carga das demais células em perfeitas condições e será reconectada ao módulo. A empresa calcula que o processo demanda, em média, três dias por módulo. O centro de recuperação é também um passo importante para o estabelecimento de processo estruturado de reciclagem de baterias e que evitará o descarte de matérias-primas. “Em um ano, vamos evitar o descarte de mais de 15 mil kWh de baterias”, calcula Nicolas Habib, chefe de operação do grupo.

SUV X da Zeekr por R$ 230 mil – A marca chinesa de carros premium do Grupo Geely, o mesmo do Volvo, lançou o segundo modelo de seu portfólio aqui no Brasil. O SUV elétrico, que chega em duas versões, com preços de R$ 272 mil (Premium) e R$ 298 mil (Flagship) na pré-venda (segundo a empresa, os preços são promocionais).  Ele divide a plataforma modular SEA com o E30, além da arquitetura elétrica de 800 volts, e traz motor (versão Premium) de 272cv de potência e 35kgfm de torque – e aceleração de 0 a 100 km/h em 5,6 segundos. A Flagship conta com dois motores, um em cada eixo, para render 428cv e 55kgfm – com 0 zero a 100 km/h em 3,8 segundos. Ambas as versões trazem com capacidade para 66 kWh e autonomia, segundo o Inmetro, de 332 km. A Zeek já tem por aqui a a perua 001, também elétrica, que custa  de R$ 428 mil a R$ 475 mil.

Q6 e-tron por R$ 530 mil – A Audi do Brasil anunciou o lançamento oficial do inédito Audi Q6 e-tron, modelo 100% elétrico da marca das quatro argolas. O modelo estará disponível na rede de 42 concessionárias da marca em todo o país nas próximas semanas, com preço inicial de R$ 529.990, na modalidade venda direta durante a pré-venda. São duas versões disponíveis Q6 e-tron Performance quattro (R$ 529.990) e Q6 e-tron Performance Black quattro (569.990). O modelo adota a nova linguagem visual de design da marca. O Audi Q6 e-tron apresenta arquitetura de 800 volts, permitindo carregamento rápido de até 270 kW DC. Com uma autonomia de até 411km (segundo o Inmetro), o SUV é equipado com um conjunto de baterias de íon-lítio de 100 kWh, que, em combinação com o motor elétrico, entrega 387 cavalos de potência e um torque de 53,5kgfm. Essa motorização permite uma aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 5,9 segundos, com velocidade máxima limitada a 210 km/h.

Mustang, 50 vitórias – O ano de 2024 está sendo especial para o Ford Mustang. Além de comemorar o 60º aniversário, ele acaba de conquistar outro marco impressionante: 50 vitórias em corridas de diferentes categorias em três continentes, ampliando o seu legado no automobilismo mundial. O que diferencia a temporada de 2024 do Mustang não é apenas o volume de vitórias, mas a variedade de arenas que ele dominou: das icônicas séries NASCAR Cup e Xfinity à Fórmula Drift, NHRA, Supercars da Austrália e várias GT4. Nenhum outro carro no planeta ostenta um leque tão amplo de conquistas. Só em 2024, o Mustang percorreu mais de 12.500 km em diferentes tipos de pista: de sprints curtos e intensos nas provas de arrancada da NHRA a batalhas de resistência como Daytona.

Linha 2025 da Yamaha – A tradicional marca japonesa anunciou pequenas mudanças em dois de seus modelos, a R15 ABS (esportiva de entrada) e a Crosser ABS (aventureira compacta). A primeira ganha nova cor, com detalhes que refletem a luz de maneira especial. O motor de 155 cm³ tem o Sistema de Atuação de Válvula Variável (VVA) como chamariz: são 18,8 cv de potência e 1,5 kgfm de torque. O modelo tem embreagem deslizante, câmbio de seis marchas e ABS nas duas rodas.O painel é digital com indicador de marcha, consumo e Shift Light, ideal para quem busca eficiência e esportividade. O preço? R$ 21.790 (+ frete). A Yamaha Crosser ABS, de uso misto asfalto/terra, mantém o motor 150 cm³ BlueFlex, que entrega até 11,7 cv (com etanol) e 1,3 kgfm de torque. O modelo vem equipado com farol de LED, painel digital com indicador ECO e tomada 12V. Os preços sugeridos começam em R$ 21.290 (+ frete) na S e vão a R$ 21.490 na Z.

Caminhão só para elas – O Movimento A Voz Delas, ação social da Mercedes-Benz do Brasil criada em 2019 para promover maior participação das mulheres no transporte, acrescenta na trajetória mais uma conquista: um caminhão conceito que entrega mais conveniência e conforto para motoristas do sexo feminino que, com frequência, precisam enfrentar a precariedade da infraestrutura dos pontos de descanso ao longo das rodovias brasileiras. Para eliminar o desconforto, o Actros Estrela Delas recebe configuração especial de cabine com a inclusão de vaso sanitário, ducha higiênica, espelho, gaveta adicional, geladeira e televisão. A versão, disponível em toda linha Actros Evolution, é original de fábrica e sem precedentes no mundo. O pacote de itens foi determinado a partir de pesquisa feita pelo Movimento A Voz Delas. 

Conceito VW híbrido – A Volkswagen Caminhões e Ônibus acaba de apresentar o conceito VW Meteor Hybrid, com sistema de tração inteligente e desenvolvido em parceria com a Suspensys para estudo de uma solução voltada ao transporte rodoviário sob medida para a infraestrutura brasileira. Dotado de um motor a diesel e um eixo auxiliar elétrico, esse protótipo vem com tecnologia embarcada para gerenciar o uso de cada trem de força de forma automática, de acordo com a rota e a disponibilidade de bateria, antecipando até mesmo topografias à frente na estrada. O conjunto proporciona mais capacidade de tração já que o terceiro eixo se torna trativo, transformando o modelo em um 6×4 sempre que necessário. Isso se traduz em mais torque para aclives ou força para a partida, quando o veículo-conceito traciona um reboque carregado. Estudos preliminares indicam que essa configuração pode reduzir o tempo de viagem graças à potência adicional. Em subidas de serra, por exemplo, o modelo ganha até 20% de velocidade graças a seu adicional de 35% de força trativa nas rodas.

Venda financiada de veículos – O comércio financiado de veículos em outubro somou 670 mil unidades, entre novos e usados, de acordo com dados da B3. O número, que inclui autos leves, motos e pesados em todo o país, representa um crescimento de 25,5% na comparação com o mesmo período de 2023 e de 11,6% em relação a setembro deste ano. No segmento de autos leves, a alta foi de 26,4% ante outubro de 2023 e de 11% comparado a setembro. Já o financiamento de veículos pesados cresceu 6,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior e 9,5% em relação a setembro. Por fim, o número de financiamentos de motos no mês foi 27,1% maior do que em outubro de 2023 e 13,7% maior do que em setembro. No acumulado do ano, as vendas financiadas de veículos somaram 5,9 milhões de unidades. O número representa alta de 22,9% em relação ao mesmo período de 2023, o que equivale a cerca de 1,1 milhão de unidades a mais. Essa é a melhor marca para o acumulado desde 2011, quando foram financiadas 6,3 milhões de unidades.

Os caminhoneiros e os pneus certos – No competitivo mundo do transporte rodoviário, cada decisão conta. A escolha correta dos pneus e uma manutenção adequada dos veículos são a chave para o seu sucesso financeiro – e para a segurança nas estradas. Os pneus representam o segundo maior gasto no transporte rodoviário, logo após o combustível. Por isso, a Dunlop Pneus fez uma cartilha com orientações valiosas para que os caminhoneiros possam maximizar o desempenho destes produtos, prolongar sua durabilidade e otimizar resultados ao longo do tempo.

Tipo de carga e rota – A escolha do pneu ideal é o primeiro passo para garantir a máxima eficiência no trabalho O tipo de caminhão e sua aplicação específica (longas distâncias, distribuição urbana, construção, etc.) determinam o tipo de pneu mais adequado. As dimensões do pneu (largura, perfil e diâmetro do aro) e especificações como a capacidade de carga (índice de carga) e o símbolo de velocidade devem ser compatíveis com as recomendações do fabricante do veículo para garantir a segurança e o desempenho. Ao selecionar o pneu, é importante considerar também o tipo de estrada e o peso transportado. Para caminhoneiros que transitam por estradas de terra, por exemplo, a escolha de pneus com uma estrutura mais robusta é fundamental, enquanto, para rotas longas em rodovias, é recomendado um pneu que priorize o conforto e a eficiência no consumo de combustível. Pneus inadequados geram desgaste acelerado, reduzem a performance e aumentam os custos de manutenção.

Manutenção preventiva: isso não é um custo, é um investimento com retorno garantido. 

• Calibragem Precisa: A pressão correta não só prolonga a vida útil do pneu, mas também otimiza o consumo de combustível.

• Alinhamento e Balanceamento: Realize a cada 10.000 km para evitar desgaste prematuro e garantir uma direção suave e econômica.

• Inspeções Regulares: Identifique pequenos problemas antes que se tornem grandes despesas.

Rodízio de pneus: desgaste uniforme – Para garantir o máximo de vida útil dos pneus, realizar o rodízio entre os eixos do caminhão é fundamental. Esse processo ajuda a garantir que o desgaste ocorra de maneira uniforme, o que evita a troca prematura de pneus. Para os caminhoneiros que percorrem longas distâncias com cargas pesadas, essa prática pode representar uma economia significativa no longo prazo.

Reforma e recapagem: mais economia para o caminhoneiro autônomo – Uma estratégia econômica é a reforma e recapagem dos pneus, que permite que os caminhoneiros reutilizem os pneus de maneira segura. A Dunlop recomenda que a recapagem seja feita antes que os pneus atinjam o limite do TWI (indicador de atingimento de desgaste máximo), garantindo a integridade da carcaça e oferecendo o mesmo desempenho em termos de quilometragem.

A recapagem não é apenas uma opção econômica, é uma decisão inteligente que combina desempenho com responsabilidade ambiental, já que a carcaça pode ser reutilizada com o uso de novas bandas de rodagem. 

Descarte correto: responsabilidade com o meio ambiente – No final da vida útil dos pneus, o descarte correto é fundamental para evitar danos ao meio ambiente. O descarte correto não apenas evita multas ambientais, mas também contribui para um futuro mais sustentável. “A escolha correta dos pneus e a manutenção preventiva são fatores determinantes para a eficiência e segurança dos caminhoneiros. Com uma boa gestão, é possível reduzir significativamente os custos operacionais e prolongar a vida útil dos pneus, garantindo um desempenho otimizado nas estradas”, comenta Rodrigo Alonso, diretor de Vendas e Marketing da Dunlop Pneus.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, é especialista em jornalismo automobilístico 

Jaboatão dos Guararapes - Natal Solidário 2024

O pacote de medidas de contenção de gastos, elaborado pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda), deve ter um impacto de cerca de R$ 70 bilhões nas contas públicas nos primeiros dois anos.

A economia é estimada por integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões em 2025. Já em 2026, o alívio é calculado em R$ 40 bilhões. O anúncio das ações que compõem o pacote ocorrerá após a Cúpula do G20, que acontece no Rio de Janeiro na segunda (18) e na terça-feira (19).

Os valores foram divulgados primeiro pela revista Veja e confirmados pela Folha. Na última quarta-feira, Haddad disse que o impacto do pacote seria “expressivo”, mas não citou valores. Uma das principais medidas deve ser a limitação do ganho real do salário mínimo, com o objetivo de alinhar a política de valorização às regras do arcabouço fiscal —cujo limite de despesas tem expansão real de 0,6% a 2,5% ao ano.

Pela regra atual, o salário mínimo teria ganho real de 2,9% em 2025, conforme o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Em 2026, a alta seria acima de 3%, considerando as projeções para o crescimento neste ano.

Em ambos os casos, a valorização supera o ritmo de expansão do arcabouço, o que por si só poderia criar uma pressão por dentro da regra, levando ao achatamento de outras despesas.

Como antecipou a Folha, limitar os ganhos reais do salário mínimo pode render uma economia de R$ 11 bilhões até 2026. A conta considera um aumento de 2,5% acima da inflação no ano que vem, no limite permitido pela regra fiscal, e de 2% em 2026, em linha com a expansão prevista para o teto de despesas naquele ano.

Em um horizonte mais longo, de quatro anos, a economia com a medida pode chegar a R$ 22 bilhões, segundo cálculos internos do governo.

Parte dos aliados de Lula já vinha alertando que, sem mexer na política do salário mínimo, o pacote de contenção de despesas teria alcance limitado. Cerca de 27% do total de despesas primárias do governo federal são indexadas pelo piso, incluindo benefícios previdenciários, assistenciais, abono salarial e seguro-desemprego.

Na quarta, o ministro da Fazenda afirmou que o princípio por trás das medidas é que as despesas sigam a mesma regra do arcabouço “ou alguma coisa parecida com isso, mas que atenda ao mesmo objetivo”.

O pacote também deve incluir outras ações. O governo pretende fortalecer as ferramentas antifraude nos benefícios sociais, com foco na Previdência Social e no BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.

Já a desvinculação de benefícios sociais em relação ao salário mínimo, defendida por economistas e pelo mercado pelo impacto potente que produziria nas contas, está descartada. Segundo um integrante da equipe econômica, a desvinculação das aposentadorias nunca esteve na mesa, e a do BPC foi citada, mas rejeitada.

O governo também deve mexer no abono salarial, espécie de 14º salário pago a trabalhadores com carteira assinada e que ganham até dois salários mínimos (hoje, equivalente a R$ 2.824).

O diagnóstico é que o benefício, que custará R$ 30,7 bilhões em 2025, pode ser mais focado nos mais pobres. Sob as regras atuais, a própria política de valorização do salário mínimo tem contribuído para que um número cada vez maior de pessoas tenha direito ao repasse. Reduzir o critério de concessão é “um desenho possível”, segundo um dos participantes das conversas.

Qualquer alteração no abono, porém, não surtirá efeitos em 2025 e 2026, pois o benefício é pago dois anos após a aquisição do direito. Isso significa que os trabalhadores que preencherem as regras vigentes em 2024, antes da mudança, só receberão o benefício em 2026.

Técnicos do governo consideram que esse é um direito adquirido, que não será subtraído pelas propostas. Por isso, as alterações no abono só devem ter impacto a partir de 2027. Ainda assim, anunciá-las e implementá-las agora daria previsibilidade sobre a trajetória dessa despesa.

O governo também pode incluir mudanças nas regras do seguro-desemprego, como a equiparação dos prazos para concessão do benefício. Hoje, o período de carência (tempo mínimo de trabalho para ter direito ao seguro) cai à medida que o trabalhador reincide na solicitação.

O diagnóstico da equipe econômica é que não faz sentido cobrar mais tempo de trabalho de quem nunca precisou da proteção e menos daqueles que fazem uso mais recorrente da política. Seria recomendável igualar os prazos, pelo menos, ou torná-los progressivos.

Nos últimos dias, a equipe da Fazenda também discutiu com o Ministério da Defesa a possibilidade de incluir ações que alcancem os militares das Forças Armadas. Uma das alterações em análise envolve as pensões para familiares dos “mortos fictícios”, como são chamados os militares expulsos da força por condenação no Judiciário.

A equipe de Haddad também planeja incluir no pacote a regulamentação do teto remuneratório do funcionalismo, para barrar os supersalários na administração pública.

Se aprovadas, as mudanças envolvendo o funcionalismo e os militares não surtiriam grande impacto na redução das despesas obrigatórias, mas teriam um efeito simbólico.

Outra medida que pode entrar no pacote é a taxação dos super-ricos, vista como uma espécie de contrapartida às iniciativas que atingem benefícios sociais. Colaboradores de Lula têm insistido para que também haja ações que alcancem o chamado “andar de cima” da pirâmide de renda no Brasil.

Na quarta-feira, porém, Haddad disse que o cardápio de medidas deve se concentrar nos gastos, deixando iniciativas focadas nas receitas para um segundo momento. Ele tem resistido à inclusão da taxação dos super-ricos no pacote.

O anúncio das ações de contenção de despesas já foi adiado diversas vezes, o que contribuiu para ampliar as expectativas e a ansiedade do mercado em torno do tema.

A própria equipe econômica tem alimentado parte das expectativas ao sinalizar que a conclusão das negociações está próxima. No dia 6 de novembro, por exemplo, o próprio ministro da Fazenda afirmou que esperava ter uma decisão final de Lula após um encontro previsto para o dia seguinte. Na ocasião, Haddad disse que restavam apenas “dois detalhes” para a conclusão do pacote, até agora não anunciado.

Da Folha de S. Paulo

Conheça Petrolina

O senador Cid Ferreira Gomes (PSB) deixou a base aliada do Governo do Ceará, liderada pelo governador Elmano de Freitas (PT).

Cid e Elmano conversaram nesta sexta-feira (15). Segundo apurou a coluna de Erivaldo Carvalho, do Poder News, o senador comunicou ao governador que estava fora do projeto.

A conversa foi presencial. A Coluna não conseguiu confirmar se o assunto foi tratado no Palácio da Abolição, sede do governo estadual. O senador Camilo Santana (PT), tido como o maior líder político do Ceará em atuação, foi inteirado dos fatos. O PSB de Cid é presidido, no Ceará, pelo pai de Camilo, Eudoro Santana.

Depois da conversa com o governador e o senador, Cid alinhou a posição dele com vários deputados do PDT – federais e estaduais. Aos parlamentares, Gomes teria colocado seus argumentos para não mais fazer parte da base aliada palaciana.

O PSB de Cid elegeu a maior quantidade de prefeitos no Ceará nas eleições de 2024: 65 das 184 prefeituras do estado.

Em seguida vêm PT e PSD como os maiores vencedores nas disputas pelo executivo municipal.

Hegemonismo do PT

Segundo interlocutores, o ponto de cisão é o movimento do PT em ocupar a maioria dos espaços relevantes do Estado. Na lista estão a presidência da Assembleia Legislativa e a indicação para o Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O PT já controla o governo do Estado e, a partir de janeiro de 2025, também a Prefeitura de Fortaleza, com o prefeito eleito da Capital, Evandro Leitão (PT).

“Ele (Cid) comunicou ao Camilo e ao Elmano que está fora do projeto”, disse, à Coluna, a deputada Lia Gomes (PDT), irmã do senador. A parlamentar detalhou a conversa de Cid com os dois principais líderes petistas do Estado – Elmano e Camilo.

A deputada confirmou trechos dos fatos e das conversas que consolidaram a posição do irmão. Segundo o que a deputada relatou à Coluna, ela vinha de Sobral – seu principal colégio eleitoral -, para Fortaleza, quando fez contato com Cid.

Ao parar em um posto de combustível para abastecer o veículo, Lia conversou com o irmão.

Em chamada de vídeo, ele estaria em contato com alguns deputados. Lia relata que Cid já tinha alinhado a posição política dele com uma série de parlamentares.

No posto, onde conseguiu sinal de celular, segundo Lia, o senador do PSB estava relatando a situação aos deputados Antônio Granja e Eduardo Bismarck. A Coluna apurou que Cid teria conversado, na média, com entre 12 e 15 deputados.

“Eles (PT) não estão respeitando o Cid; a história que Cid tem dentro desse grupo”, disse Lia à Coluna. A deputada estadual diz apoiar a posição do irmão.

“Concordo com a decisão dele (Cid). Isso não é saudável para a democracia. Ele acertou na decisão”, opinou Lia Gomes.

A Coluna não conseguiu completar tentativas de entrevista com o senador Cid. Foram deixadas perguntas no WhatsApp dele.

O Palácio da Abolição também foi procurado.

Do Poder News

Camaragibe Avança 2024

O empresário dono do X (antigo Twitter) Elon Musk respondeu neste sábado (16) ao ataque da primeira-dama brasileira, Janja, com uma provocação política. “Eles vão perder a próxima eleição”, escreveu no X, com emojis de risada. 

A declaração foi feita em resposta à publicação de um vídeo legendado em inglês da fala de Janja. Mais cedo, a primeira-dama disse não ter medo de Musk, e utilizou uma expressão em inglês para atacá-lo.

“Fuck you, Elon Musk”, disse Janja, com termos equivalentes a “vá se foder”, para se referir ao empresário que assumirá um cargo no governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Musk é próximo ao bolsonarismo no Brasil e tem um histórico de enfrentamento com o STF (Supremo Tribunal Federal), com xingamentos ao ministro Alexandre de Moraes. A plataforma chegou a ser suspensa diante do descumprimento de decisões judiciais.

A declaração foi dada durante o Cria G20, painel do G20 Social, organizado pelo governo Lula (PT) para fazer uma ponte entre temas tratados pelo grupo e a sociedade civil.

O painel em que a primeira-dama deu a declaração tinha a presença do influenciador Felipe Neto. Em seu discurso, que foi de improviso (ela estava na plateia), Janja disse que o painel era um dos mais relevantes do encontro internacional.

“A gente falou da regulamentação das redes sociais, das plataformas. Sempre tenho falado que não é uma questão local, se a gente não fizer essa discussão de uma forma global, a gente não vai conseguir vencer. Não adianta ter leis no Brasil —e está difícil de acontecer, a gente sabe todos os empecilhos—, se a gente não discutir essa questão de forma global”, disse.

“Discute nas Nações Unidas, mas a gente sabe que a nova governança global também precisa olhar para isso. Porque não adianta nada fazer isso, e os Estados Unidos chegarem e [dizerem] ‘não vamos fazer’. (…) Não é mais possível a gente viver nesse mundo digital de desinformação”, afirmou.

Os Estados Unidos, agora sob o comando de Trump, terão Musk no cargo de chefe do novo Departamento de Eficiência Governamental, junto com Vivek Ramaswamy, ex-adversário de Trump nas primárias do Partido Republicano. O anúncio foi feito na última terça-feira (12).

O Departamento de Eficiência Governamental é um órgão que será criado por Trump e terá a sigla DOGE, em provável referência à criptomoeda Dogecoin, apoiada por Musk em diversas ocasiões.

Não está claro qual será o papel do novo departamento dentro do governo americano —se ele terá poder de fato, ou se existirá apenas para analisar e propor a outros departamentos os cortes anunciados por Trump. No comunicado, o presidente eleito sugeriu que o departamento funcionará “do lado de fora do governo”, mas não entrou em detalhes.

Da Folha de S. Paulo

O governo argentino anunciou nesta sexta-feira (15) o superávit primário de 746,921 bilhões de pesos argentinos (US$ 753,7 milhões) em outubro, alcançando, assim, o décimo resultado positivo mensal consecutivo. Segundo o jornal “Clarín”, um dos principais do país, o superávit fiscal do governo (setor público), dentro do valor total, foi de 523,398 bilhões de pesos, acumulando 2,965 trilhões de pesos nos primeiros dez meses de 2024, equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Isso representa uma melhoria que a publicação define como “significativa” em relação ao déficit financeiro de 454 milhões de pesos no mesmo mês do ano passado.

Segundo a publicação, o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, atribuiu esse resultado ao ajuste fiscal de 5 pontos do PIB e ao fim da emissão monetária do Banco Central para financiar o Tesouro Nacional. Além disso, o governo de Javier Milei reduziu os gastos em prestações sociais, como aposentadorias e pensões, que caíram 11,3% em setembro.

“Esses números demonstram o esforço do governo para equilibrar as contas públicas e controlar a inflação. No entanto, é importante notar que a redução dos gastos em prestações sociais pode ter um impacto nos mais vulneráveis”, descreveu o Clarín ao noticiar o superávit.

O governo de Javier Milei anunciou na quinta-feira (14) que irá cancelar a aposentadoria da ex-presidente e a pensão de viúva recebidas por Cristina Kirchner. O anúncio foi feito um dia após a Justiça argentina ratificar, em segunda instância, a sentença de 6 anos de prisão da líder peronista por corrupção.

Do O Tempo

A primeira-dama Janja Lula da Silva disse neste sábado (16) que não tem medo do dono do X (ex-Twitter), o bilionário sul-africano Elon Musk, e mandou ele “se foder”, em inglês. A fala se deu durante evento do G20 Social, que é realizado no Rio de Janeiro.

“Eu não tenho medo de você. Inclusive, fuck you, Elon Musk”, declarou. Na sequência, Janja é aplaudida e pode-se ouvir gritos na plateia. Ela falava sobre regulamentação de redes sociais e combate à desinformação.

Confira o vídeo:

A fala da primeira-dama foi improvisada. Ela estava na plateia enquanto painelistas, dentre eles o influenciador Felipe Neto, discutiam o tema. Segundo ela, esse era uma dos painéis mais importantes do evento. Janja também defendeu a regulamentação das redes sociais.

“Se não fizermos essa discussão de forma global, nós não vamos conseguir vencer. Não adianta a gente ter leis no Brasil –e que tá difícil de acontecer, a gente sabe dos empecilhos –se a gente não discutir essa questão de forma global. […] Não adianta nada fazer isso e os EUA chegar e ‘não vamos fazer’”, afirmou.

Logo depois dessa fala, houve um ruído no som e Janja brincou com o nome do empresário. “É o Elon Musk”, disse, e continuou dizendo que não tinha medo dele.

O bilionário foi escolhido recentemente para compor o governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano). Ele irá chefiar o novo “Departamento de Eficiência do Governo”, conhecido pela sigla “DOG”. Musk trabalhará ao lado do empresário Vivek Ramaswamy. O departamento deve funcionar até 4 de julho de 2026, de acordo com o presidente eleito.

Segundo Trump, eles “abrirão o caminho” para que seu governo “desmantele a burocracia do governo, reduza os excessos de regulamentação, corte gastos desnecessários e reestruture as agências federais”.

Em sua fala, a primeira-dama também elogiou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, a quem Janja chamou de “grande parceiro na questão das fake news”.

O magistrado, há poucos meses, protagonizou um embate com o dono do X, o que levou ao bloqueio da plataforma no país. A rede social ficou fora do ar por quase 40 dias.

Do Poder360

Um dos maiores navios de cruzeiro do mundo, com capacidade para transportar cerca de 3.800 passageiros em 1.504 cabines, o Costa Pacífica, chega ao Porto do Recife neste domingo (17), com mais de 2.600 turistas.

O navio é o segundo da Temporada de Cruzeiros 2024/2025 e vem da Ilha Tenerife, a maior da região das Canárias espanholas, próximo à Costa da África Ocidental. 

Dos passageiros, 485 vão desembarcar e permanecer em Pernambuco e os demais irão realizar passeios pela capital até o final da tarde. O navio cruzeiro deve partir da cidade às 18h, com mais 581 pessoas que vão embarcar no Recife. 

Para receber os visitantes, está sendo realizado um trabalho conjunto do Porto do Recife com a Secretaria de Turismo e Lazer do Estado (Setur-PE), Secretaria de Defesa Social, Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), Secretaria de Turismo da Prefeitura do Recife, Companhia Independente de Apoio ao Turista (CIATur), Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) e Guarda Municipal. 

Da Folha de Pernambuco

A candidata à presidência da OAB/PE, Ingrid Zanella anunciou neste sábado (15) duas propostas que terão  grande impacto na advocacia do Estado: “Vamos conceder 40% de desconto na anuidade dos advogados autônomos”, destaca Zanella. Ela adianta que também  implementará  o “Programa Anuidade Solidária”, no qual os grandes e consolidados escritórios ficarão responsabilizados pelo pagamento da anuidade dos associados e colaboradores.

“São duas propostas incríveis, possíveis, nas quais trabalhamos muito para viabilizar. Juntas com a anuidade zerada por cinco anos para a jovem advocacia e o endereço fiscal gratuito, a nossa chapa, sem dúvida, tem o melhor conjunto de propostas já oferecidas pela história da OAB em Pernambuco, em toda sua trajetória de 93 anos,” afirma a candidata.

“Com o desconto de 40% que será implantado pela minha gestão (se eleita), a partir de janeiro de 2025, os advogados autônomos pagarão apenas R$ 480, tomando como base os valores atuais. É sem dúvida uma mudança que muito ajudará a tantos e principalmente aos que estão começando na profissão”, reforça Zanella.

Para a candidata, o Programa Anuidade Solidária “vai garantir grandes avanços e economia no bolso de advogadas e advogados, permitindo que os colaboradores e associados sejam beneficiados com a redução dos gastos”.

“Essas propostas foram pensadas, discutidas, analisadas com muito empenho e muita responsabilidade. Não fazemos como muitos que andam ‘vendendo terreno na lua’. Apresentamos sempre propostas viáveis de serem executadas e  proporcionar melhores condições de trabalho para  nossa advocacia. Neste caso, desonerando os custos para o exercício da profissão”, pontua Zanella.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, neste sábado (16), que o G20 (grupo que reúne as 20 maiores economias globais) precisa “discutir uma série de medidas para reduzir o custo de vida e promover jornadas de trabalho mais equilibradas”.

“O G20 precisa discutir uma série de medidas para reduzir o custo de vida e promover jornadas de trabalho mais equilibradas”, cobrou o presidente durante fala no encerramento do G20 Social, evento que antecede a 19ª cúpula do G20, prevista para esta segunda-feira (18) e terça-feira (19), no Rio de Janeiro.

A declaração de Lula ocorre em meio à discussão sobre o fim da jornada de trabalho 6×1. O debate ganhou força após a deputada federal Erika Hilton (PSol-SP) apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz essa escala de trabalho. A matéria já tem o número de assinaturas necessárias para poder tramitar na Câmara dos Deputados.

“Escutar a juventude”

No G20 Social, Lula disse, ainda, que “para chegar ao coração dos cidadãos comuns, os governos precisam romper com a dissonância cada vez maior entre a voz dos mercados e a voz das ruas”. Para o presidente, “o neoliberalismo agravou a desigualdade econômica e política que hoje assola as democracias”.

Segundo Lula, o G20 “precisa ouvir a juventude que enfrentará as consequências das tarefas que deixarmos inacabadas”. O chefe do Planalto também afirmou ser necessário preservar o espaço público para que “o extremismo não gere retrocessos nem ameace direitos”.

Ainda durante a Cúpula Social, o presidente recebeu um documento com uma série de demandas da sociedade civil. A Declaração Final do Encontro do G20 Social será analisada pelos líderes das maiores economias do mundo.

Mais cedo, Lula se encontrou com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres. Esta foi a primeira reunião bilateral do petista durante a cúpula. Eles falaram sobre o G20 e as negociações da COP29, em Baku, Azerbaijão.

Do Metrópoles

A atriz Fernanda Montenegro, 95, entrou para o Guinness Book, o Livro dos Recordes, após ter batido o recorde de maior público em uma leitura filosófica no mundo. O certificado foi concedido pela leitura de “A Cerimônia do Adeus”, de Simone de Beauvoir, para uma plateia de mais de 15 mil pessoas no Parque Ibirapuera em agosto.

Ao aceitar o prêmio, a atriz se emocionou e agradeceu ao público: “Divido em agradecimento, este prêmio, com todo o público que esteve presente neste grande encontro entre arte e educação”, escreveu ela na legenda.

“Na minha vida, esse momento não vai se repetir. Então, por mais que eu agradeça, existe, sem dúvida nenhuma, a pontuação realizada de uma vocação“, complementou a atriz.

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Da CNN

O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Pernambuco (OAB-PE), Júlio Oliveira, declarou seu apoio a Ingrid Zanella, na disputa pela presidência da OAB-PE. Ele destacou a ousadia e o protagonismo feminino na advocacia. Além disso, ele convoca todas as advogadas e advogados pernambucanos a se unirem nesse momento histórico.

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O resultado das Eleições Municipais de 2024 apresenta um rejuvenescimento e mais diversidade das pessoas escolhidas para ocupar as funções de prefeito, vice-prefeito e vereador. Segundo informações obtidas no Portal de Dados Abertos do Tribunal Superior Eleitoral (PDA/TSE), a faixa etária abaixo dos 39 anos foi a que mais cresceu entre os eleitos. O número de mulheres que venceram também aumentou em todos os cargos em disputa se comparado ao último pleito municipal, realizado em 2020. 

Alterações por faixa etária 

Observa-se uma diversificação etária entre os eleitos:  

  • No cargo de prefeito, o grupo até 29 anos mais que triplicou — de 36 eleitos nessa faixa etária em 2020 para 119 no pleito deste ano.  
  • As prefeituras registraram quedas significativas entre as faixas mais avançadas. Neste ano, foram 851 eleitos entre 60 e 69 anos (-29%) e 249 eleitos acima dos 70 (-38%). 
  • Para vice-prefeito, o cenário é semelhante, com um número três vezes maior entre os mais jovens com até 29 anos e quedas substanciais nas faixas de 50 a 59 e acima dos 70 anos.  
  • Mesmo movimento dos eleitos para vereança, onde candidatos mais jovens — com até 39 anos — conquistaram mais espaço. As faixas de 60 a 69 e de 70 a 79 anos tiveram diminuições acentuadas. 

Em 2024, a idade mediana dos eleitos (prefeito, vice e vereador) está em 46 anos. Há mais de uma década, em 2012, o “ponto do meio” foi de 56 anos. A mediana (ou ponto do meio) é utilizada para separar o conjunto de idades sem refletir valores muito pequenos ou muito grandes que podem estar nas pontas. 

A presença feminina cresceu em todos os cargos analisados:  

  • Para o cargo de prefeito, houve um aumento de 7% no número de mulheres eleitas em relação a 2020, totalizando 728 eleitas.  
  • No cargo de vice-prefeito, o crescimento foi ainda mais expressivo, de 15% — 1.066 vices eleitas.  
  • Para as vereadoras, o crescimento foi de 12% (10.537), embora o número de homens eleitos continue superior (47.189). 

Diversidade étnica 

A representatividade por cor e raça autodeclaradas segue um padrão de ligeira diminuição para candidatos brancos em todos os cargos: 

  • Entre os prefeitos eleitos, houve uma queda de 3% (3.634) entre os autodeclarados brancos, enquanto o número de indígenas cresceu levemente, 12% (9), e os pretos aumentaram 14% (128).  
  • Entre os vice-prefeitos, os eleitos de cor preta também apresentaram um crescimento expressivo de 38% (250), o maior aumento em comparação a outros grupos étnicos.  
  • Entre vereadores, eleitos de cor preta e indígenas registraram os maiores crescimentos, com 11% (3.984) e 31% (240), respectivamente. 

Grau de instrução 

Em relação ao nível educacional, a maioria eleita em 2024 tem ensino superior completo para os cargos de prefeito (59%) e vice-prefeito (47%), isto é, 3.285 e 2.617, respectivamente. Para vereadores, o ensino médio completo é o nível predominante, com 21.952 (38%) eleitos, seguido pelo superior completo.  

Eleitorado jovem aumentou 

O número de jovens de 16 e 17 anos aptos a votar em outubro alcançou 1.836.081. Na comparação com o pleito de 2020, o aumento nessa faixa etária atingiu 78%.  

Na outra ponta, o eleitorado acima de 70 anos também cresceu: subiu 12%, de 13.508.088, em 2020, para 15.208.667, em 2024. O número corresponde a 9% das pessoas que estavam aptas a votar no dia 6 de outubro. Nessa parcela do eleitorado, estão 4.826.663 eleitoras e eleitores com mais de 79 anos. 

Consulta pública 

O perfil das eleitas e dos eleitos pode ser consultado na página de estatísticas eleitorais do TSE. Basta filtrar as informações por unidade da Federação e município. Os registros são do cadastro eleitoral e do banco de dados centralizado das eleições, com atualização constante. 

O Instituto Mãos que Fazem, em parceria com a Associação ComunicArte, a Produções RSA encerraram na última quarta-feira, dia 13 de novembro, o curso de Doces em Compota. A ação aconteceu com o apoio do Senar e da Casa Santa Dulce dos Pobres e beneficiou mulheres de baixa renda. O curso faz parte do Projeto Entre Fios, Arte e Afetos, desenvolvido com o objetivo de promover a qualificação profissional de mulheres para que elas conquistem a própria independência financeira. As alunas aprenderam a produzir compotas, doce pastoso, frutas cristalizadas e geleias, com os mais variados tipos de frutas.

“Esse projeto nasceu em 2023, e de lá pra cá já beneficiou muitas mulheres que aprenderam na produção artesanal de doces, bolos, tortas, alimentos, artesanato, formas de empreender e de ter independência financeira. E temos depoimentos muito fortes das mudanças na vida das pessoas depois desses cursos”, destacou Amannda Oliveira, vice-presidente do instituto.

A postura do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, de negar a crise climática e defender a expansão do uso dos combustíveis fósseis – responsáveis pelo aquecimento da terra – deve isolar o novo mandatário da Casa Branca do resto do mundo, avaliou o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta.

“O mundo hoje está muito multilateral. Nós temos o Sul Global, temos outros países com força, como a Índia, como a própria China, que não tinha essa força há algumas décadas. O Brics passa a ser outro vetor importante desta geopolítica internacional. Então, se os Estados Unidos acabar, em função do Trump, para essas pautas específicas, fugindo desse esforço internacional, se a Argentina eventualmente optar por também seguir esse caminho, eu tendo a achar que eles ficarão numa posição de isolamento”, explicou Pimenta, que avalia que a Argentina pode seguir a posição dos EUA.

O combate à crise climática é uma das prioridades do Brasil no plano internacional e foi selecionado pelo governo como um dos grandes temas do debate da cúpula do G20, que começa nesta segunda-feira (18), no Rio de Janeiro (RJ). O ministro Pimenta comentou o tema em entrevista ao programa Giro Social, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com participação da Agência Brasil.

Pimenta citou alguns desastres climáticos recentes, como o do Rio Grande do Sul (RS), o de Valência, na Espanha, e da chuva atípica no deserto do Saara, na África, o que torna difícil até para Trump negar a crise climática.

“O aumento da temperatura global, o aumento da temperatura dos oceanos, não é mais um tema de natureza acadêmica. Não é mais uma hipótese futura. Ela é uma realidade presente que diz respeito à vida de todas as pessoas”, comentou, acrescentando que o mercado vem exigindo adaptações para enfrentar as mudanças climáticas.

“Independentemente do Trump, você acha que os grandes grupos econômicos americanos vão ignorar essas exigências do mercado para garantir que seus produtos possam ser vendidos na Europa ou em outras regiões do planeta? Evidente que não”, disse. 

Para o ministro, mesmo que Trump não participe presencialmente desses debates e fóruns internacionais sobre clima, “o mundo vai caminhar e não vai ficar refém dos Estados Unidos ou de condutas negacionistas de ninguém. E o Brasil cada vez mais tem um papel, um protagonismo, uma importância nesse cenário”.

Financiamento climático

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem cobrado os países ricos para que financiem a adaptação e mitigação das mudanças climáticas nos países mais pobres, uma vez que os países desenvolvidos, ao liderarem Revolução Industrial, foram os que mais emitiram gases do efeito estufa.

No Acordo de Paris, em 2015, foi prometida a criação de um fundo com o aporte de US$ 100 bilhões por ano, que seria financiado pelas principais potências para financiar a transição energética e a adaptação à mudança climática. Porém, esse financiamento nunca ocorreu.  

Para o ministro Pimenta, um acordo para financiar a transição energética e a adaptação e mitigação das mudanças climáticas pode ser um dos legados do G20 no Brasil.  

“Ao longo dos últimos meses, foram inúmeras agendas realizadas com esse objetivo. E eu não vejo outra forma de financiar políticas públicas de combate à fome, à desigualdade no mundo e também com relação à questão das mudanças climáticas, sem que aqueles que mais ganharam com isso, sem que os países mais ricos possam, de alguma forma, pagar a maior parte dessa conta”, finalizou o ministro.

Da Agência Brasil

A Polícia Federal continua a colher depoimentos neste sábado (16) no inquérito aberto para apurar o atentado com explosivos na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite de quarta-feira (13).

Ao longo do dia, serão ouvidas testemunhas do crime:

  • dois seguranças do Supremo Tribunal Federal (STF);
  • o policial militar que atendeu inicialmente a ocorrência;
  • uma quarta pessoa, cuja relação com o caso não foi informada.

Na sexta, a PF ouviu pessoas que tiveram contato com Francisco Wanderley Luiz antes do dia do atentado: o dono da loja onde o homem comprou os explosivos, a dona do imóvel em que ele morava em Ceilândia (DF) e um morador de rua.

A Polícia Federal investiga as explosões de quarta como um ato terrorista. Por isso, o inquérito é comandado pela Divisão de Enfrentamento ao Terrorismo da Diretoria de Inteligência Policial.

Do g1

O Estado de Pernambuco recebeu uma avaliação fiscal positiva da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), obtendo a nota B+ na Capacidade de Pagamento (Capag), referente ao exercício de 2023. Esse avanço reflete o compromisso do governo estadual com o equilíbrio das contas públicas, permitindo ao Estado uma maior flexibilidade financeira para realizar investimentos estratégicos.

“Estamos colhendo os frutos de uma das primeiras medidas tomadas, ainda na primeira semana de Governo, que foi a elaboração de um Plano de Qualidade de Gasto, com o objetivo de arrumar as contas do Estado. Com esse plano, conseguimos reduzir gastos e reverter o déficit. Uma vez que recuperamos a credibilidade fiscal, poderemos ampliar os investimentos no Estado e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida da população”, comemorou a governadora Raquel Lyra.

Há pouco mais de um ano, na análise fiscal das contas de 2022, a STN havia rebaixado a Capag de Pernambuco para a nota C. Esse rebaixamento limitava as operações de crédito do Estado com garantias da União, o que restringia a capacidade de financiamento para novos projetos de infraestrutura, saúde, educação e desenvolvimento econômico. Desde então, a gestão da governadora Raquel Lyra priorizou uma série de medidas para recuperação das contas públicas, buscando fortalecer a saúde fiscal do Estado.

A elevação para B+ pelo Tesouro Nacional foi obtida por meio da avaliação de três variáveis que representam a execução fiscal do Estado: poupança corrente, índice de liquidez e o endividamento, onde Pernambuco obteve as notas B,B e A, respectivamente. O “mais” atribuído ao B é um adicional dado aos estados que perfazem, pelo menos, 95% de cumprimento dos requisitos da Excelência Contábil.

“É com orgulho que Pernambuco conquista a nota B+ na Capacidade de Pagamento (Capag) pela Secretaria do Tesouro Nacional. Esse resultado reflete o compromisso do Estado com a responsabilidade fiscal e social e a gestão eficiente dos recursos públicos, garantindo equilíbrio e mais investimentos para o futuro de todos os pernambucanos”, diz o secretário da Fazenda, Wilson José de Paula.

Com uma classificação elevada, Pernambuco volta a ter a possibilidade de captar recursos com melhores condições, incluindo juros mais baixos e prazos mais longos, além de ampliar o acesso a parcerias e financiamentos de organismos nacionais e internacionais. Esse cenário favorece a execução de projetos que contribuem para o crescimento sustentável, a geração de empregos e a melhoria da qualidade de vida para a população pernambucana.

Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram contra uma ação que questiona a presença de símbolos religiosos em órgãos públicos. O tema é classificado como de repercussão geral. Com isso, a deliberação será aplicada em processos semelhantes em instâncias inferiores da Justiça.

O julgamento começou na sexta-feira (15). Está sendo realizado por meio de votação eletrônica, ou seja, os ministros registram seus votos no chamado “plenário virtual” do Supremo. O prazo para que todos votem vai até 26 de novembro. Contudo, há possibilidade da deliberação ser suspensa em caso de pedido de vista –quando um ministro solicita mais tempo para análise– ou de destaque, que leva o caso ao plenário físico.

A disputa jurídica abrange direitos e princípios descritos na Constituição, como o direito à liberdade religiosa e o princípio de laicidade –a posição de neutralidade do Estado na esfera religiosa.

Zanin é o relator da ação. Em seu voto, o ministro da Corte declarou que crucifixos ou outros itens cristãos não são apenas representações de religiões, mas são culturais.

Segundo ele, “o cristianismo esteve presente na formação da sociedade brasileira, registrando a presença jesuítica desde o episódio do descobrimento e, a partir daí, atuando na formação educacional e moral do povo que surgia”. 

O magistrado disse que “não há como desconsiderar as dezenas de dias consagrados – diversos deles com decretação de feriado –, a nomenclatura de ruas, praças, avenidas e outros logradouros públicos, escolas públicas, estados brasileiros, que revelam a força de uma tradição que, antes de segregar, compõe a rica história brasileira”.

Lê-se no voto: “Entendo que a presença de símbolos religiosos nos espaços públicos, ao contrário do que sustenta o recorrente, não deslegitima a ação do administrador ou a convicção imparcial do julgador”.

A presença dos símbolos religiosos, declarou Zanin, também “não constrange o crente a renunciar à sua fé; não retira a sua faculdade de autodeterminação e percepção mítico-simbólica; nem fere a sua liberdade de ter, não ter ou deixar de ter uma religião”.

O ministro do STF propôs a seguinte tese de repercussão geral: “A presença de símbolos religiosos em prédios públicos, pertencentes a qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, desde que tenha o objetivo de manifestar a tradição cultural da sociedade brasileira, não viola os princípios da não discriminação, da laicidade estatal e da impessoalidade”. 

Dino seguiu o relator. Em seu voto, o ministro do Supremo citou que diversos Estados e municípios homenageiam figuras da Igreja Católica. “Da mesma forma, a manutenção de símbolos e celebrações de diversas tradições religiosas, como o Círio de Nazaré e a Festa de Iemanjá, reforça a riqueza de nossa diversidade cultural e espiritual”, escreveu. 

“O descanso semanal remunerado, prática consolidada na legislação trabalhista e na rotina dos brasileiros, é mais uma herança da tradição judaico-cristã que foi incorporada à nossa cultura e que beneficia a organização da vida social, sem impor ou discriminar qualquer religião”, declarou. 

“Neste contexto, símbolos religiosos do cristianismo, como os crucifixos, transcendem o aspecto puramente religioso e assumem um valor cultural e de identidade coletiva, reconhecível por toda a sociedade, independentemente da fé de cada indivíduo. O crucifixo, assim, possui um duplo significado: representa a fé para os crentes e a cultura para os que compartilham da comunidade”, disse. 

De acordo com Dino, “proibir a exposição de crucifixos em repartições públicas seria instituir um Estado que não apenas ignora, mas se opõe a suas próprias raízes culturais e à liberdade de crença, transformando o princípio de laicidade em um instrumento de repressão religiosa, em desacordo com os valores constitucionais brasileiros”.

HISTÓRICO

O caso teve inicio com uma ação movida pelo MPF (Ministério Público Federal), que solicitava a retirada de símbolos religiosos em repartições públicas da União em São Paulo. O argumento principal era de que a exposição pode constranger aqueles que não compartilham a mesma fé.

Na ocasião, a Justiça Federal rejeitou o pedido na 1ª instância, sob a justificativa de que a laicidade do Estado não impede a presença de símbolos religiosos, inclusive em locais públicos, visto que representam a história nacional ou regional. A decisão foi referendada na 2ª instância pelo TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região).

Após novo recurso, o caso chegou ao STF, com relatoria do então ministro Ricardo Lewandowski.

“Com efeito, a causa extrapola os interesses das partes envolvidas, haja vista que a questão central dos autos (permanência de símbolos religiosos em órgãos públicos federais e laicidade do Estado) alcança todos os órgãos e entidades da Administração Pública da União, Estados e Municípios.

Presente, ainda, a relevância da causa do ponto de vista jurídico, uma vez que seu deslinde permitirá definir a exata extensão dos dispositivos constitucionais tidos por violados. Do mesmo modo, há evidente repercussão geral do tema sob a ótica social, considerados os aspectos religiosos e socioculturais envoltos no debate”, avaliou Lewandowski.

Do Poder360