A Prefeitura de Serra Talhada anunciou o pagamento do 13º salário para servidores efetivos e comissionados da STTRANS, Secretaria de Cultura, Secretaria de Assistência Social e do Fundo Geral. A medida cumpre o cronograma de antecipação divulgado pela gestão municipal, garantindo o repasse do benefício aos trabalhadores.
“Garantir o pagamento do 13º em dia foi uma prioridade, fruto de planejamento e controle”, declarou a secretária de Finanças, Cibele Alves. Entre as áreas contempladas, estão a Assistência Social, liderada por Myrella Gomes; a Fundação Cultural, dirigida por Josenildo Barbosa; e a STTRANS, sob a presidência de Célio Antunes.
Responda rapidinho. O que têm em comum as empresas Pernambuco Tramways, Great Western of Brazil Railway Company Ltda, The Western Telegrafh Company e a Companhia Beberibe? Todas marcaram presença em Pernambuco nos séculos 19 e começo do século 20 e eram gerenciadas por ingleses. Das damas inglesas – esposas desses executivos – Gilberto Freyre falava muito na presença delas no bairro de Apipucos onde, ainda hoje, sobrevivem casarões que foram habitados por estrangeiros.
Há fotos dessa época, que documentam inclusive os encontros de final de tarde às margens do Rio Capibaribe. No sábado (14/12), o historiador e escritor Josemir Camilo nos brindou com uma parte dessa história. É que ele lançou o livro “Uma família de engenheiros ingleses no Brasil – de Mornay Brothers”. O local do lançamento foi a sede do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP) que fica na Rua do Hospício, no bairro da Boa Vista. O livro integra uma tetralogia sobre estudos ferroviários em Pernambuco.
O título está em sua segunda edição . E resgata a hegemonia dos engenheiros ferroviários ingleses em Pernambuco e Alagoas. “Meu interesse em rastrear a família De Mornay surgiu da leitura do livro ‘Ingleses no Brasil’, de Gilberto Freyre (1948), onde ele relata a presença de uns engenheiros ingleses chamados De Mornay, pioneiros da estrada de ferro do Recife a São Francisco”, diz o historiador. O interesse levou o autor a transformar o tema em objeto de pesquisa que se materializou em uma tese de doutorado.
A tese foi defendida pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e contou com pesquisas em arquivos e endereços ingleses. A história dos irmãos ingleses que contribuíram significativamente para o primeiro período de construção de ferrovias em Pernambuco, especialmente a Estrada de Ferro Recife ao São Francisco (EFRSF) ou Recife and São Francisco Railway Company, é retratada na publicação.
O deputado Coronel Alberto Feitosa (PL) se manifestou nas redes sociais sobre a prisão do general Braga Netto, ocorrida neste sábado (14). Em um vídeo, Feitosa questiona a razoabilidade e a proporcionalidade da medida. O parlamentar destacou que princípios constitucionais, como a proporcionalidade e a razoabilidade, devem ser observados para evitar abusos do poder público, levantando dúvidas sobre a condução do processo e os impactos à democracia. Assista:
A prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto foi mantida pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na tarde deste sábado (14), após realização da audiência de custódia.
A audiência foi realizada por videoconferência e conduzida por Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, juiz do Tribunal de Justiça de São Paul e auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes —que, por sua vez, manteve a prisão. A lei prevê esse procedimento para que se verifique a regularidade da prisão e o tratamento dado ao detido.
O ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) e também candidato a vice na chapa derrotada de 2022 foi preso na manhã de sábado sob o argumento de que houve obstrução às investigações sobre uma trama golpista que visava impedir a posse do presidente Lula (PT). Endereços ligados ao general também foram alvo de buscas e apreensões.
Braga Netto estava em sua casa no Rio de Janeiro quando foi preso pela Polícia Federal. Ele ficará detido no quartel da 1ª Divisão de Exército, também no Rio —a organização é subordinada ao Comando Militar do Leste, órgão que foi chefiado pelo próprio Braga Netto de 2016 a 2019. A prisão preventiva não tem prazo para acabar.
A operação foi pedida pela PF e autorizada por Moraes, com aval da PGR (Procuradoria-Geral da República).
Segundo o chefe da PGR, Paulo Gonet, a representação da Polícia Federal traz “provas suficientes de autoria e materialidade dos crimes graves cometidos pelos requeridos”. Ele diz ainda que a prisão preventiva de Braga Netto seria necessária para mitigar riscos à ordem pública e à aplicação da lei penal.
A defesa do general da reserva negou, em nota divulgada na tarde deste sábado, que ele tenha obstruído as investigações e disse que isso será provado. Em manifestação anterior, ele afirmou que “nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém”.
A Polícia Federal ainda fez buscas contra o coronel da reserva Flávio Peregrino, principal auxiliar de Braga Netto desde o governo Bolsonaro. Ele foi alvo de uma cautelar diversa de prisão e está proibido de falar com os outros investigados.
As suspeitas relacionadas à tentativa de interferir nas investigações vêm sendo acumuladas desde setembro de 2023, quando o tenente-coronel Mauro Cid teve homologado seu acordo de colaboração premiada no STF.
O próprio Cid relatou, em depoimento, que Braga Netto procurou diretamente seu pai, o general Mauro Lourena Cid, para pedir detalhes do que ele havia falado na colaboração premiada.
“Isso aconteceu logo depois da minha soltura [em setembro de 2023], quanto eu fiz a colaboração naquele período, onde não só ele como outros intermediários tentaram saber o que eu tinha falado”, disse Cid em depoimento à PF.
“Fazia um contato com o meu pai, tentavam ver o que eu tinha, se realmente eu tinha colaborado, porque a imprensa estava falando muita coisa, ele não era oficial, e tentando entender o que eu tinha falado. Tanto que o meu pai na resposta, que é aquele de terceiro, disse ‘não, o Cid falou que não era’”.
A Polícia Federal ainda apreendeu na sede do PL em fevereiro, em mesa usada pelo coronel Peregrino, um documento com perguntas e respostas sobre a delação. Segundo os investigadores, esses elementos indicam uma tentativa de Braga Netto e Peregrino de conseguirem detalhes sigilosos sobre o acordo de colaboração de Mauro Cid.
A PF também diz que Braga Netto foi quem “obteve e entregou os recursos necessários” para um plano para matar, em 2022, o então presidente eleito, Lula (PT), o vice, Geraldo Alckmin (PSB), e Moraes. Esse plano teria sido discutido na casa do general da reserva em Brasília.
A afirmação foi feita após Mauro Cid detalhar, em depoimento, que o general entregou dinheiro em espécie, guardado em uma sacola de vinho, para o tenente-coronel Rafael de Oliveira —indiciado por ser um dos executores do plano Punhal Verde e Amarelo, do general Mario Fernandes, que foi colocado em ação em 15 de dezembro de 2022 para matar ou prender Alexandre de Moraes.
O plano acabou abortado, com os militares já posicionados, por orientação de um dos chefes do grupo. A PF ainda tenta confirmar a identidade de 5 dos 6 integrantes da trama.
A operação contra o general estava prevista para ocorrer na quinta-feira (12). Braga Netto, porém, estava com a família em viagem de férias a Alagoas, com retorno previsto para o fim da tarde. A PF decidiu prender o general da reserva no sábado, quando ele já estava de volta à casa que mantém em Copacabana.
Em nota, o Exército afirmou que acompanha as diligências realizadas por determinação da Justiça e colabora com as investigações em curso. “A Força não se manifesta sobre processos conduzidos por outros órgãos, procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército brasileiro com as demais instituições da República”, completa o texto.
Braga Netto foi ministro da Casa Civil e da Defesa na gestão Bolsonaro e só deixou o governo para se filiar ao PL e compor, como vice, a chapa presidencial na campanha pela reeleição.
Ele fazia parte do círculo mais íntimo de Bolsonaro e, segundo a PF, atuou em dois núcleos do grupo suspeito da trama golpista.
De acordo com as investigações, ele teria participado do “Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado” e do “Núcleo de Oficiais de Alta Patente com Influência e Apoio a Outros Núcleos”.
Ao ser preso na manhã deste sábado (14) em operação da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, o general Walter Braga Netto torna-se o oitavo militar a ser detido por suspeita de envolvimento na tentativa de golpe de Estado que sucedeu as eleições presidenciais de 2022. Ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), Braga Netto é o primeiro general de quatro estrelas, a mais alta patente militar, a ser preso desde a redemocratização do Brasil. A investigação já indiciou 27 militares, muitos vinculados a um grupo de elite do Exército conhecido como “kids preto”.
A operação que levou à prisão de Braga Netto é parte de uma série de investigações que, desde maio de 2023, têm como foco o suposto envolvimento de militares em articulações golpistas. O primeiro a ser preso foi Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que, após firmar acordo de delação premiada, teve momentos alternados de liberdade e reclusão devido a supostas violações das condições do acordo. Outros nomes de destaque, como os coronéis Bernardo Romão Corrêa Neto e Marcelo Câmara, foram apontados como peças-chave na trama e atualmente cumprem prisão domiciliar.
Bernardo Corrêa Neto, além de ser acusado de articular o golpe, teria feito vista-grossa durante os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, supostamente orientando militares das Forças Especiais a não intervirem. Essa ação teria facilitado a depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília. Já Marcelo Câmara, apontado como informante de Bolsonaro, foi envolvido em reuniões e estratégias ligadas ao ex-presidente. Ambos seguem sob monitoramento judicial.
Em novembro deste ano, uma operação prendeu quatro militares de diferentes patentes no mesmo dia, incluindo o general reformado Mario Fernandes, ligado ao deputado Eduardo Pazuello, e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, ex-integrante do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Mario Fernandes é investigado por ter trocado mensagens com Mauro Cid sobre o golpe, enquanto Ferreira Lima e outros presos foram afastados de funções estratégicas dentro do Exército devido às suspeitas.
Além das detenções relacionadas diretamente à tentativa de golpe, outros militares foram indiciados em investigações paralelas. Entre eles, o capitão Ailton Gonçalves Barros, preso por suspeita de intermediar a fraude do cartão de vacinação que teria sido usado por Bolsonaro em sua entrada nos Estados Unidos. Outro nome de destaque é o subtenente Giancarlo Gomes Rodrigues, acusado de envolvimento em operações ilegais na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). As investigações seguem em curso, ampliando o escopo da apuração sobre o papel de militares nos episódios que abalaram a democracia brasileira.
Acabei de fazer uma incursão, ao lado de João Pedro, meu ponta de rama, de 11 anos, ao mundo fantástico de Ariano Suassuna, exposição com a temática “O Auto de Ariano, o Realista Esperançoso, no Riomar. Está dividida em cinco atos imersivos, além da introdução. Ato I: Amor pela poesia; Ato II: Amor pela sua aldeia; Ato III: Amor da vida; Ato IV: Amor que contagia e Ato V: Amor imorrível.
Co-criada em participação com o neto mais velho de Ariano, João Suassuna, a exposição faz a sua primeira parada na capital pernambucana após a estreia de sucesso no espaço Luzzco, na Paraíba. “A exposição é linda e consegue preservar a coerência de Ariano, levando adiante a sua chama imortal, que tanto nos inspira”, diz meu amigo João Suassuna, neto de Ariano Suassuna.
De fato, encantadora. São 13 salas, que somam 1.200 metros quadrados. Com tecnologia de ponta, nelas, o visitante poderá conhecer obras ainda não vistas pelo público, como manuscritos, fotos raras, trechos de peças teatrais e vídeos.
Os visitantes também terão a oportunidade de ver e conhecer o Ariano ser humano, através de pílulas físicas da vida dele, como o traje que ele usava e a cadeira que gostava de sentar para ler e contar as suas histórias.
“Estamos muito felizes em receber a megaexposição “O Auto de Ariano – Um realista esperançoso” no RioMar. Acreditamos no entretenimento cultural como uma forma inclusiva e democrática de proporcionar ao público interações e experiências memoráveis”, diz Denielly Halinski, gerente de Marketing do RioMar.
SERVIÇO
Exposição “O Auto de Ariano, o Realista Esperançoso”
Onde: Espaço de Eventos – Piso L3 (mesmo nível da Praça de Alimentação) do RioMar Recife (Av. República do Líbano, 251, Pina)
Período: Em cartaz até 30 de janeiro
Visitação: Segunda a sábado, das 9h às 22h | Domingos e feriados, das 12h às 21h.
Valor: R$ 70, R$ 35 (meia) e R$ 175 combo família (quatro ingressos) de segunda a quinta; e R$ 80, R$ 40 (meia) e R$ 200 combo família (quatro ingressos) de sexta a domingo
Golfista e empresária, Carolina Sultanum foi eleita, há pouco, a primeira presidente do Caxangá Golf & Country Club, quebrando um tabu de 96 anos de história do clube tendo homens sob o seu comando. Sócia há 12 anos, atual diretora social, Carolina tem projetos ousados, entre eles ampliar os investimentos na área esportiva, com foco na melhoria de equipamentos para as modalidades olímpicas já oferecidas pelo clube e na expansão de projetos sociais que beneficiem crianças da rede pública de ensino.
Ousada, iniciou sua trajetória no clube jogando tênis e, ao longo dos anos, se apaixonou pelo golfe, esporte que pratica ao lado do marido e do filho. “Eu e meu marido viajamos participando de torneios amadores em alguns estados do país, mas de maneira bem informal. Todo lugar que viajo, procuro jogar em campos diferentes”, relata.
Carolina é administradora e proprietária da Premier Pack, uma distribuidora de embalagens de vidro para perfumaria, alimentos e bebidas. Ser a primeira mulher na presidência do clube é, segundo ela, honra e desafio. “É um clube muito tradicional que sempre foi composto por homens. Fui a primeira mulher diretora do clube e trouxe uma vice-presidente mulher, a advogada Gabriela Borba. Isso nos fortalece para implementarmos as mudanças que queremos. No Nordeste, isso quase não aconteceu em clubes centenários”, destacou.
Os projetos sociais do clube também serão ampliados, incluindo iniciativas que incentivam crianças da rede pública a praticarem golfe, hipismo e tênis. As ações, realizadas em parceria com a Prefeitura, a Lei Pelé e a organização internacional R&A, visam não apenas ensinar esportes, mas também formar futuros atletas olímpicos. “Nosso objetivo é dar a essas crianças a oportunidade de aprenderem e crescerem no esporte, contribuindo para um futuro mais promissor”, afirmou Carolina.
De acordo com a nova presidente, nos últimos quatro anos o clube trouxe 50% de novos sócios e realizou melhorias significativas, como a construção de restaurantes, salas de reunião e outros espaços, refletindo o compromisso de alinhar tradição e inovação.
A Prefeitura de Belo Jardim inaugurou, ontem (13), a Creche Mocinha Moura – Tipo I, localizada no bairro Bom Conselho. A unidade presta uma homenagem a Josefa Augusta de Lima, a “Mocinha Moura”, matriarca da família Moura, reconhecida por suas contribuições ao desenvolvimento de Belo Jardim. A entrega contou com a presença do prefeito Gilvandro Estrela, do deputado federal Mendonça Filho, vereadores, da secretária de Educação, Esportes e Tecnologia, Carmen Peixoto, Padre Alan; outros secretários municipais; servidores e moradores do bairro do Bom Conselho.
Com uma área construída de 1.317,99 m², a Creche Mocinha Moura conta com 10 salas de aula, lactário, fraldário, cozinha, refeitório, playground, brinquedoteca e uma área para cultivo de hortaliças. O investimento, superior a R$ 3 milhões, foi realizado com recursos próprios, e é fruto de uma parceria com o Instituto Conceição Moura. A nova creche terá capacidade para atender cerca de 350 crianças, oferecendo um ambiente seguro, moderno e acolhedor para as famílias da região.
“Como professora dessa creche, estou muito feliz. Após 12 anos, voltamos ao mesmo local em que funcionava a antiga creche, mas agora com uma estrutura totalmente renovada. É algo de outro mundo. Estamos muito felizes com esse grande avanço,” disse a professora Martha Verônica.
Em análise publicada em seu canal no YouTube, o jornalista José Nêumanne Pinto, editorialista e articulista do jornal O Estado de S. Paulo, comentou sobre a prisão do general Braga Netto e a falta de informações sobre o estado de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o jornalista, a ampla repercussão do caso Braga Netto teria servido como um desvio de foco da situação médica do chefe do Executivo.
“O sábado amanheceu sob a égide da prisão do general Braga, apontado pela PF como chefão do golpe de Estado que não impediu a posse do presidente. O assunto levou até produtora de canal de notícias a abusar do tempo condicional para noticiar o passo a passo policial para a prisão dos golpistas”, declarou Nêumanne.
Ele também criticou o que classificou como ausência de apuração jornalística sobre o estado de saúde de Lula, destacando a falta de repórteres em busca de informações no hospital onde o presidente está internado. “Enquanto isso, notícias necessárias sobre o estado de saúde do chefe do Executivo foram evitadas sem repórteres para pesquisar nem comentários. Não há um repórter na porta do hospital”, afirmou. Assista:
O governo de Pernambuco homologou o processo licitatório de contratação das empresas que farão a construção de 51 creches em 42 municípios do estado. O resultado da licitação foi publicado no Diário Oficial do estado deste sábado (14).
O conjunto de creches foi dividido em nove lotes. Um consórcio formado pelas empresas Telesil Engenharia LTDA e Arquitec Arquitetura, Engenharia e Construção ficará responsável por sete deles, enquanto os outros dois serão de responsabilidade da BWS Construções.
As empresas contratadas ficarão encarregadas de fazer a elaboração e o desenvolvimento dos projetos básicos e a execução das obras. O prazo de construção é de 12 meses após o início.
A construção dessas unidades custará R$ 282 milhões. Segundo o governo estadual, o plano é construir 250 creches até 2026. O Executivo aponta que o investimento final será de R$ 1,3 bilhão.
Em julho deste ano, o processo licitatório passou por uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) antes de ser autorizado.
“Convidei o novo secretário de Educação e Esportes ao meu gabinete, doutor Alexandre Schneider, para que, junto com a equipe técnica, apresentássemos o relatório preliminar de auditoria, no qual concluímos pelo prosseguimento do processo licitatório, mesmo com três inconsistências que serão corrigidas conjuntamente”, afirmou o conselheiro Ranilson Ramos, na época.
17 mil vagas Esse primeiro lote irá contemplar 17 mil vagas para alunos de 0 a 5 anos, por meio de convênios entre o Governo do Estado e os municípios.
As novas creches serão equipadas com materiais e equipamentos permanentes, seguindo padrões de qualidade estabelecidos pelo governo federal.
Elas serão construídos em terrenos de domínio dos municípios ou do Estado cujas dimensões mínimas sejam de 60m x 40m. O prazo de execução das obras é de 12 meses.
A construção de novas creches e de Centros de Educação Infantil faz parte do Programa Estadual de Incentivo a Novas Turmas de Educação Infantil, instituído pela Lei 18.326/2023, em outubro do ano passado.
A iniciativa consiste em auxiliar financeiramente os municípios contemplados com novos estabelecimentos destinados à ampliação da rede pública de educação infantil.
As cidades que receberão as creches neste primeiro lote são: Araçoiaba, Arcoverde, Belém de Maria, Belo Jardim, Bezerros, Bom Jardim, Brejo da Madre de Deus, Cabo de Santo Agostinho, Cabrobó, Calçado, Camaragibe (2), Camutanga, Caruaru (4), Catende, Custódia, Garanhuns (2), Granito, Ibimirim, Igarassu (2), Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Itaíba, Jaboatão dos Guararapes (3), Jataúba, Lagoa Grande, Mirandiba, Moreno, Olinda, Ouricuri, Paranatama, Pedra, Recife, São Bento do Una, São Joaquim do Monte, São José da Coroa Grande, Serra Talhada (2), Taquaritinga do Norte, Timbaúba,Triunfo, Tuparetama, Vertentes e Vicência.
Na última sexta-feira (13), em entrevista à Rádio Jornal, a governadora Raquel Lyra (PSDB) havia afirmado que os contratos desse primeiro pacote de creches seria assinado ainda em 2024.
“Até março vamos soltar editais de licitação para 250 creches, sendo pelo menos uma em cada município. Eu entrego a creche mobiliada e vou pagar o funcionamento dela por um ano, até que venha dinheiro do governo federal”, garantiu a governadora.
“Compromisso da gestão” Pelas redes sociais, o secretário estadual de Educação, Alexandre Schneider, afirmou que o projeto faz “reflete o compromisso da gestão Raquel com a primeira infância”.
“Foi um longo percurso: mais de um ano para licitar, meses no Tribunal de Contas. Quando cheguei, há 5 meses, ainda estava no tribunal. Logo o contrato será assinado e as obras iniciarão. Que venham as demais licitações e possamos ver em breve nossas crianças seguras em creches de boa qualidade”, escreveu o secretário neste sábado.
A cidade de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), tomou a dianteira no combate às armas de gel com a sanção de uma lei que proíbe a fabricação, distribuição e comercialização desses artefatos. O projeto, de autoria do vereador Eudes Farias, foi aprovado por unanimidade na Câmara Municipal e sancionado pelo prefeito Yves Ribeiro no último dia 10, sendo publicado no Diário Oficial no dia seguinte. A nova legislação prevê sanções para estabelecimentos que descumprirem a proibição, como suspensão do alvará de funcionamento, multas e até o fechamento definitivo.
A decisão foi seguida pela Prefeitura de Olinda, que proibiu o uso e a comercialização das armas por meio de decreto assinado pelo prefeito Professor Lupércio. O decreto, publicado no mesmo dia, reforça medidas preventivas envolvendo as secretarias de Segurança Cidadã, Educação e Saúde, além da Guarda Municipal.
Uma reportagem exibida pela TV Globo destacou os riscos à saúde e à segurança trazidos pelas armas de gel. O conteúdo abordou os mais de 100 registros de queixas na segurança pública envolvendo esses brinquedos, os impactos sociais das batalhas e as possíveis consequências legais para pais e responsáveis. Enquanto a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) promete discutir a proibição estadual em 2025, especialistas ouvidos pela emissora reforçaram a importância do controle e da conscientização. Para assistir à matéria completa, clique aqui!
O relatório da Polícia Federal (PF) encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes aponta que o general Braga Netto, preso na manhã deste sábado (14/12), procurou o general Mauro César Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid, para obter detalhes sobre a delação premiada firmada por ele com a PF.
De acordo com o documento, o candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, nas eleições de 2022, tentou acessar informações contidas no acordo de colaboração. Para sustentar essa conclusão, a PF mencionou que, durante buscas e apreensões realizadas contra investigados, foram encontradas mensagens trocadas entre o general Mário Fernandes e o coronel Jorge Luiz Kormann.
Nos diálogos, os pais de Cid tranquilizavam Braga Netto e o general Augusto Heleno, afirmando que a homologação do acordo de delação de Mauro Cid com a PF era “tudo mentira”. As conversas ocorreram três dias após a homologação, em setembro do ano passado.
Na avaliação da PF, o contato entre as partes, que chegou ao conhecimento de Mário Fernandes, indica que Braga Netto buscava informações sigilosas sobre o conteúdo da delação.
A prisão do general também foi embasada em informações prestadas por Mauro Cid ao ministro Alexandre de Moraes, em novembro, segundo as quais Braga Netto teria entregue dinheiro em espécie aos chamados Kids Pretos do Exército, utilizando caixas de vinho, para financiar um plano golpista. As declarações de Mauro Cid reforçaram a continuidade de seu acordo de delação premiada, à época ameaçado, e sustentaram o pedido de prisão preventiva de Braga Netto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, e fará apenas exames de sangue neste sábado (14), quinto dia depois da cirurgia que realizou para conter sangramento interno na cabeça.
De acordo com boletim médico divulgado ao meio-dia, o presidente não fará, ao menos por ora, novos exames de imagem.
“Segue lúcido e orientado, alimentando-se e caminhando”, diz a nota.
Desde ontem, o presidente está sob cuidados semi-intensivos, sem o aparato de UTI. Significa que o monitoramento é feito em intervalos, e não de forma permanente. Ele continua no mesmo quarto desde que chegou ao hospital, na madrugada de segunda para terça-feira.
A previsão é que ele receba alta no início da próxima semana, segundo o cardiologista Roberto Kalil Filho, médico de Lula. Jornalistas aguardam em frente ao hospital para uma nova entrevista de Kalil. Ele e os demais integrantes do corpo clínico já foram vistos circulando pelo local durante a manhã.
Ainda ontem, assessores publicaram um vídeo de Lula caminhando em um corredor do hospital ao lado do neurocirurgião Marcos Stavale. Aparece de bom-humor e conversando normalmente, com um curativo na cabeça.
Anteriormente, a equipe médica relatou que o presidente está “neurologicamente perfeito” e, portanto, apto a despachar do hospital, ainda que o repouso seja aconselhado neste momento.
A decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes que autorizou a prisão do general Walter Braga Netto relata que ele “obteve e entregou os recursos necessários” para a organização e execução do plano de matar o presidente Lula (PT), seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e o próprio Moraes.
O ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) foi preso na manhã deste sábado (14) pela PF (Polícia Federal) sob a suspeita de interferir nas investigações sobre a trama golpista de 2022. General de quatro estrelas do Exército, ele também foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro na eleição daquele ano.
A decisão afirma que o depoimento de 21 de novembro do tenente-coronel Mauro Cid a Moraes e documentos obtidos na investigação indicam que “foi Walter Braga Netto quem obteve e entregou os recursos necessários para a organização e execução da operação ‘Punhal Verde e Amarelo’ —evento ‘Copa 2022′”.
O Plano Punhal Verde Amarelo previa matar as autoridades. O evento Copa 2022 era a operação, abortada de última hora, para sequestrar Moraes no dia 15 de dezembro de 2022, segundo investigações da PF.
A defesa do general foi procurada, mas não se manifestou até o momento. Quando o plano veio à tona, Cid disse que não tinha conhecimento dele. Depois, o tenente-coronel prestou novo depoimento no âmbito de sua colaboração, diretamente a Moraes.
No relatório final do caso, divulgado em novembro, a PF havia listado uma série de atividades e mensagens de teor golpista que tiveram início a partir de uma reunião em 12 de novembro de 2022 na casa de Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro.
Cid apresentou, segundo a decisão de Moraes divulgada neste sábado, novos elementos sobre as circunstâncias desse encontro.
Em uma versão anterior apresentada à PF, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro disse que o encontro de militares das Forças Especiais com Braga Netto em novembro de 2022 ocorreu porque os militares queriam tirar fotos e cumprimentar o general.
No local, segundo Cid, eles teriam discutido sobre a “conjuntura nacional do país, a importância das manifestações, o pedido de intervenção militares […], se as manifestações podiam estar lá [em frente aos quartéis]”.
Já o termo de audiência do depoimento de Cid ao Supremo, em 21 de novembro, diz que o tenente-coronel levou os militares ao apartamento de Braga Netto para falar sobre a “indignação com a situação do país e a necessidade de ações concretas”.
O documento do Supremo diz ainda que o tenente-coronel Rafael de Oliveira se encontrou com Braga Netto dias depois da reunião de 12 de novembro de 2022. Na ocasião, o general entregou a Oliveira dinheiro em espécie, guardado em uma “sacola de vinho”, para a “realização da operação”.
Os valores, segundo a delação de Cid, teriam sido obtidos com o “pessoal do agronegócio”.
O trecho do termo de depoimento de Cid no STF não deixa claro se o dinheiro havia sido repassado com o objetivo de financiar o plano de assassinar autoridades. Em trechos anteriores da delação, Mauro Cid disse que o tenente-coronel Rafael de Oliveira pediu R$ 100 mil para levar bolsonaristas de outras regiões do país ao acampamento golpista montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.
As conclusões da Polícia Federal e de Alexandre de Moraes, porém, são de que os valores foram utilizados para viabilizar o plano de executar autoridades.
Moraes ressalta na decisão que há “fortes indícios e substanciais provas” de que Braga Netto “contribuiu, em grau mais efetivo e de elevada importância do que se sabia anteriormente” para o planejamento e financiamento de um golpe de Estado cuja consumação incluía o plano de detenção e possível execução do próprio Moraes, além de Lula e Alckmin.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, concordou com a operação. Ele disse que a representação da Polícia Federal traz “provas suficientes de autoria e materialidade dos crimes graves cometidos pelos requeridos”.
Para Gonet, somente a prisão de Braga Netto seria suficiente para mitigar “riscos à ordem pública e à aplicação da lei penal”.
A Polícia Federal prendeu Braga Netto na manhã deste sábado (14) em sua casa no Rio de Janeiro. Endereços ligados ao general também são alvo de buscas e apreensões. O general já foi indiciado pela trama golpista.
A Polícia Federal ainda faz buscas contra o coronel da reserva Flávio Peregrino, principal auxiliar de Braga Netto desde o governo Bolsonaro. Ele foi alvo de uma cautelar diversa de prisão.
Vice deveria ser uma figura descartada da vida pública. Uma PEC saneadora poderia simplesmente extinguir a figura do vice-presidente. Se algum congressista decidir enveredar por este caminho, indico a leitura da Constituição de 1934, promulgada há 90 anos, a qual baniu o vice. A atual Constituição manteve o vice, mas não é clara e cristalina quando especifica as condições em que ele deve assumir, embora seja eleito na mesma chapa do presidente.
Vices eleitos deveriam ser os substitutos naturais dos presidentes. Não faz o menor sentido que Geraldo Alckmin deixe de assumir a Presidência, especialmente num momento delicado, quando o presidente Lula convalesce de uma operação no cérebro….
Não é uma questão qualquer. Lula não pode e não deve comandar o país de um leito de UTI. Esta história de que o presidente sancionou lei de dentro da UTI não faz o menor sentido. Por que um vice saudável não poderia sancionar uma lei?
Ou será que alguém acredita na lorota de que o presidente estava lúcido, consciente, conversando alegremente com médicos e familiares logo depois da cirurgia? Lula deveria ser poupado em nome da sua saúde e do respeito à população brasileira por ele governada.
A doença de Lula não tem sido tratada com transparência neste episódio. Melhor; as doenças. Só soubemos que ele correu risco de morte quando o Poder360 publicou a versão do empresário José Seripieri Filho, que tomou a iniciativa de alertar o médico Roberto Kalil. Levaram Lula para São Paulo no avião da Presidência, num voo de 1h30, o que também foi arriscado. O próprio Kalil reconheceu que o procedimento poderia ter sido feito no Sírio de Brasília, mas ele preferiu São Paulo.
A saúde de Lula a partir de agora será assunto eternamente recorrente. Até a manhã de ontem (13), não havia fotos ou vídeos para comprovar verdadeiras as afirmações dos médicos. Somente na tarde desta mesma 6ª feira o presidente apareceu em um vídeo caminhando pelo hospital ao lado do cirurgião que o operou.
Neste aspecto, Bolsonaro foi mais transparente, publicando nas redes sociais fotos e vídeos nas vezes em que esteve internado. Só a dona Janja, os médicos e os filhos viam o presidente. Me lembro muito bem quando o presidente Tancredo Neves foi internado e ninguém contou a verdade ao país até que a morte o levasse. Até as fotos eram fake. Recentemente, vimos a senilidade do presidente Joe Biden ser varrida para debaixo do tapete, mas, como mentira tem perna curta, ela resplandeceu no 1º debate com Donald Trump.
Há um grande trauma entre os brasileiros sobre a saúde de governantes e temos o direito de saber exatamente o que se passa. Um presidente numa UTI ou num quarto de hospital tem o dever de entrar de licença em respeito à sua saúde e ao país. É preciso garantir o repouso num momento delicado como este. O vice Geraldo Alckmin assumir a Presidência não é nada mais do que a democracia funcionando.
Ou será que alguém imagina que Alckmin seria capaz de tomar o poder na mão grande depois de tudo o que o país passou desde o 8 de Janeiro? Ou que ele será um novo Manoel Vitorino, o vice de Prudente de Morais, que sentou na cadeira quando o presidente se recuperava de um atentado a faca e mudou todo o governo? Vice no Brasil virou sinônimo de traidor, especialmente para a esquerda.
Alckmin tem se mostrado excessivamente cuidadoso, para dizer o mínimo, sobre suas prerrogativas constitucionais. Já foi escanteado inúmeras vezes, engoliu sapos e grosserias de todo tipo. Mesmo assim, tem sido leal e impecável na sua conduta. O problema do vice-presidente é a falta de coragem para se impor. Acha que vai empurrando com a barriga, como se seu dever fosse não incomodar. Se finge de morto e com isso torna irrelevante sua função de vice. E aí, voltamos 90 anos, até 1934: para que ter vice?
Itamar Franco, jamais admitiria questionamentos sobre sua autoridade. Brigou com Collor, com Fernando Henrique, ACM e sempre se impôs. Quando Collor caiu, Ulysses disse a Itamar que ele deveria assumir o mais rápido possível. Itamar veio com uma conversa para deixar para o dia seguinte e Ulysses reagiu irritado: “Não existe vazio de poder! Assuma Itamar!”.
Marco Maciel, considerado vice modelo, também foi cioso das suas prerrogativas e da sua missão constitucional. José de Alencar mostrou sua personalidade quando criticou inúmeras vezes a política econômica de Lula 1 e Lula 2. E ninguém jamais cogitou impedir que ele assumisse o governo dentro das suas prerrogativas legais.
Michel Temer foi corretíssimo, também aguentou grosserias e descasos, até que o caldo desandou e veio o impeachment de Dilma. Sarney assumiu em meio a uma crise sem precedentes. Pouco antes da eleição de Tancredo, ele mostrou que não estava para brincadeira quando botou um revólver na cintura e foi à reunião do PDS que acabou escolhendo Paulo Maluf candidato.
O Brasil está sem presidente da República em atividade desde 10 de dezembro. Existem pelo menos mais 6 leis esperando sanção presidencial com prazo para a próxima terça-feira (17). Lula vai continuar sancionando digitalmente leis no Sírio? Vai despachar com os ministros no hospital ou será a primeira-dama Janja da Silva quem irá despachar com eles?
O Brasil vive um vácuo de poder e isso é combustível para crises de todo tipo. Seria mais simples se a democracia funcionasse naturalmente. A Constituição de 1934 não previa a figura do vice. O artigo 51 dava ao presidente e só a ele o Poder Executivo. No caso de impedimento do presidente por qualquer motivo, inclusive de saúde, o 1º na linha sucessória seria o presidente da Câmara, no caso o mineiro Antônio Carlos. Ele chegou a assumir a Presidência uma única vez de 17 de maio a 8 de julho de 1935, quando Getúlio viajou ao Uruguai.
Em 1937, o golpe do Estado Novo implantou sua Constituição dando poderes absolutos a Vargas. Passados 9 anos, a Constituição de 1946 instituiu a figura do vice-presidente, eleito separadamente do candidato a presidente. Assim, naquele ano o Brasil elegeu o general Eurico Gaspar Dutra presidente da República com Nereu Ramos de vice. Quando Getúlio Vargas foi eleito em 1950 seu vice era Café Filho, do Rio Grande do Norte, em quem o presidente não confiava.
Juscelino Kubitschek tinha João Goulart, o Jango, como vice, que também acabou vice de Jânio Quadros. Jânio renunciou ainda no 1º ano de governo. Jango assumiu e acabou derrubado por um golpe de Estado em 1964. Castelo Branco inaugurou a era dos generais presidentes com vice mineiro e civil, o velho José Maria Alkmin de guerra. Um vice, diga-se, super decorativo, sem gabinete ou residência oficial. Nunca assumiu a Presidência. Vigorava a Constituição militar de 1967, que matou a de 1946.
Depois de Castelo veio Costa e Silva, com outro vice civil, decorativo e igualmente mineiro: Pedro Aleixo. No dia 13 de dezembro de 1968, Costa e Silva endurece o regime com o AI-5, fecha o Congresso, cassa mandatos e manda os adversários para a cadeia, o exílio e o cemitério. Em 27 de agosto de 1969, Costa e Silva perde momentaneamente a fala. O Brasil não é informado sobre a real situação, que piora rapidamente. Os médicos diagnosticam um derrame e ele perde as condições para governar.
Uma junta militar formada por general Lira Tavares, almirante Augusto Rademaker e brigadeiro Márcio de Sousa Melo, batizados 3 patetas pelo deputado Ulysses Guimarães, editam o Ato Institucional número 12 e impedem a posse de Pedro Aleixo, rasgando a Constituição que os próprios militares impuseram goela abaixo dos brasileiros.
Costa e Silva morre em dezembro de 1969. Emílio Garrastazu Médici assume com Rademaker de vice. Ernesto Geisel, seu sucessor, escolheu o general Adalberto Pereira dos Santos para vice. O Brasil só voltaria a ter um vice civil (e mineiro) com a chegada do general João Figueiredo ao poder.
Aureliano Chaves, sempre visto com desconfiança pelos militares, jamais deixou de cumprir seu papel à risca, assumindo a Presidência em momentos difíceis, como quando Figueiredo teve de fazer uma cirurgia cardíaca nos Estados Unidos.
Não é normal o que está acontecendo com Lula e Geraldo Alckmin. Há uma Constituição em vigor e um presidente de 79 anos, doente necessitando de cuidados e que deveria estar focado na sua saúde em vez de trabalhar na UTI do Sírio Libanês. Ninguém em sã consciência acredita que um homem de 79 anos, com o histórico clínico de Lula, esteja lúcido, consciente, falante e flamejante depois de uma cirurgia no cérebro.
Ou voltamos à normalidade democrática ou podemos escolher o caminho percorrido em 1934, dar uma marcha à ré de 90 anos e acabar de vez com este incômodo chamado vice.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) silenciou, até o fim da manhã deste sábado (14), sobre a prisão do general Walter Braga Netto, que foi ministro de seu governo e companheiro de chapa na eleição de 2022.
No fim da manhã, após a prisão do general, Bolsonaro fez publicação nas redes sociais, mas não tratou do assunto. O texto publicado no X (ex-Twitter) fala de ações de seu governo. A Folha procurou a defesa do ex-presidente e não teve resposta.
Já o ex-vice-presidente de Bolsonaro, o também general Hamilton Mourão (Republicanos-RS), escreveu neste sábado que a prisão de Braga Netto é um “atropelo das normas legais” no Brasil.
Mourão, que é senador pelo Rio Grande do Sul e general da reserva do Exército, também afirmou que Braga Netto “não representa nenhum risco para a ordem pública”.
Desde que foram divulgadas as investigações da PF sobre a trama golpista de 2022, o ex-vice-presidente tem se manifestado para tentar minimizar o ocorrido.
Em novembro, depois do indiciamento de Bolsonaro e mais de 30 pessoas na trama golpista, Mourão se pronunciou rechaçando que o país tenha sofrido uma tentativa de golpe.
Braga Netto foi preso neste sábado por obstrução à justiça em ação envolvendo o inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado de 2022 para impedir a posse do presidente Lula (PT).
Segundo a Polícia Federal, a operação teve como objetivo cumprir mandados ligados a pessoas que “estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal”, a fim de impedir a repetição da conduta ilícita.
A instituição anunciou cumprir mandados judiciais expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal) determinando, além da prisão preventiva do general, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra essas pessoas.
Braga Netto foi ministro da Defesa e vice na chapa de Bolsonaro em 2022. Segundo a Polícia Federal, ele participou de dois núcleos que planejaram o golpe de Estado que envolvia, inclusive, um plano para matar em 2022 o então presidente eleito, Lula (PT), o vice, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
A PF também afirma que o plano para matar o presidente foi discutido na casa de Braga Netto. O Exército definiu que o general da reserva ficará detido no quartel da 1ª Divisão de Exército, no Rio de Janeiro. A defesa do militar ainda não se manifestou sobre o ocorrido.
Foi inaugurado ontem, em Vertentes, no agreste de Pernambuco, a Unidade de Saúde da Família do bairro Gravatazinho. A ação é a última do prefeito Romero Leal (PSDB), que chega ao final de seu último mandato à frente da gestão municipal. A inauguração da unidade contou com a presença de secretários, vereadores, servidores públicos e lideranças comunitárias, além do prefeito e da primeira dama Dra. Rejane Leal.
A nova USF trabalhará em conjunto com as demais unidades nos bairros e distritos do município visando desafogar os atendimentos no Hospital Municipal Evaristo Ferreira Filho, ofertando serviços voltados aos cuidados e à atenção básica de saúde. O novo empreendimento atenderá aos moradores dos bairros Gravatazinho I, II e III, além de bairros e comunidades ao redor.
Além da distribuição de medicamentos, marcação de consultas, acompanhamento familiar, pré-natal, imunização e uma gama de serviços e exames, a USF do bairro Gravatazinho terá atendimento odontológico três vezes por semana. A unidade, que leva o nome do agente comunitário Cosme Bezerra Serra Seca em forma de homenagem, conta com 327 metros quadrados e demandou recursos da ordem de mais de R$ 500 mil reais.
Em tom de agradecimento, o prefeito Romero Leal disse: “Estamos fazendo a entrega de uma ferramenta muito importante para a comunidade. No fim desse mandato, seguimos fazendo entregas e tornando a população cada vez mais bem atendida”.