Sobre o tom jocoso usado pela Tv Meio Norte a para noticiar a decisão da justiça eleitoral, que anulou a eleição em Goiana, o deputado Antônio Moraes, da bancada do PP na Alepe, enviou a nota abaixo.
Caro Magno,
É muito lamentável que uma Tv Meio Norte, de São Paulo, se passe a transmitir uma matéria desse nível. Nada dessa trama tem fundo de verdade. Com certeza, isso foi plantado por nossos adversários que serão novamente batidos nas urnas. No momento oportuno, nosso grupo vai divulgar quem será o sucessor de Eduardo. É preciso, porém, esperar decisão final do TSE.
A resolução política aprovada na tarde deste sábado pelo diretório nacional do PT contém um alerta para o risco de corte no Benefício de Prestação Continuada (BCP) com a aprovação do pacote de ajustes do governo. O BPC prevê o pagamento de um salário mínimo por mês a idosos de baixa renda e portadores de deficiência.
As discussões sobre corte de direitos dominaram boa parte da reunião do partido neste sábado. Pelas primeiras manifestações após o anúncio do pacote no dia 27, havia uma expectativa de que o PT apoiaria sem ressalvas as medidas do governo. A legenda ainda definiu que a eleição do seu novo presidente ocorrerá em 6 de julho. O prefeito de Araraquara, Edinho Silva, tem a preferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir Gleisi Hoffmann no posto.
Durante o encontro do comando petista, uma resolução bastante dura em relação ao pacote do governo foi rejeitada, mas recebeu 38 votos de membros do diretório. O documento aprovado, elaborado pela corrente majoritária CNB, teve 42 votos. Um outro texto do grupo Resistência Socialista recebeu sete votos.
A resolução rejeitada com voto de quase metade da direção dizia: “Ao passo que o governo acerta na isenção do IR, a parte que impacta no BPC e no aumento real do salário mínimo é um grave equívoco, um prejuízo para os mais pobres em um momento que é fundamental não sangrar ainda mais a nossa base social. Desde de o arcabouço fiscal seguimos afirmando que essa agenda econômica não possibilitará que nosso governo atenda os anseios que nos levaram a derrotar o bolsonarismo nas urnas em 2022. Não será possível uma solução que agrade ao mercado e a nossa base.”
O texto aprovado, proposto pela CNB, tem um tom bem mais ameno. A versão original não continha nem o alerta sobre o BPC, mas por pressão de outras correntes uma emenda sobre o tema foi incluída. “Ainda sobre as medidas de contenção do crescimento da despesa, o PT recomenda a nossas bancadas que avaliem com profundidade e debatam com o governo os impactos da proposta que envolve o BPC, de forma que ela venha a incidir sobre eventuais desvios e fraudes ao sistema, preservando integralmente os direitos estabelecidos na constituição”, afirma a emenda incluída por sugestão de Gleisi.
Indagada se o pacote do governo trazia riscos de corte de direitos, a presidente do PT respondeu:
— Há preocupações, sim, principalmente em relação ao BPC. Várias pessoas colocaram a preocupação. É importante que as medidas em relação ao BPC sejam medidas para corrigir fraudes, desvios, mas não para retiradas de direitos previstos na Constituição.
Na segunda-feira, técnicos do Ministério da Fazenda vão se reunir com a bancada do PT na Câmara para explicar os detalhes do pacote de gastos que tramita na Casa.
O governo incluiu no projeto que procura reequilibrar as contas públicas trechos que alteram os cálculos de renda pessoal e familiar, que definem se determinado candidato tem ou não direito ao BPC.
Para ter direito ao BPC, é preciso que a família tenha uma renda per capita de no máximo 25% do salário mínimo (hoje o equivalente a R$ 353 por mês).
Em uma das alterações, o projeto diz que se a família já tiver outro beneficiário do BPC ou aposentadoria, o valor recebido por ele passa a entrar na conta para apuração da renda familiar per capita.
Hoje, de acordo com a lei aprovada em 2020, o benefício de prestação continuada ou o benefício previdenciário não é computado, para fins de concessão do benefício, no cálculo da renda. O projeto atual do governo, porém, revoga essa autorização, incluindo novamente outros benefícios recebidos no cálculo geral da renda familiar.
Reviravolta na lista sêxtupla para escolha do desembargador pelo Quinto Constitucional: liminar da justiça federal obriga que a Ordem dos Advogados de Pernambuco (OAB) inclua o nome da procuradora Taciana de Castro na relação a ser encaminhada ao Tribunal de Justiça do Estado para votação interna, entre os desembargadores, dos três nomes que serão encaminhados à governadora Raquel Lyra (PSDB), a quem caberá a escolha entre os nomes da lista tríplice.
Terceira mais votada para a lista tríplice, Taciana foi excluída por uma manobra envolvendo cota de gênero, sem sustentação jurídica. Com a liminar, a lista passa a contar com os seguintes nomes: Adriana Caribé, Carlos Gil, Diana Câmara (cota racial), Taciana de Castro, Alexandre Bartilotti e Paulo Arthur (cota racial).
Andando pela Estrada do Morro da Conceição às vésperas da celebração do Dia de Nossa Senhora da Conceição (8), é difícil não se deparar com cartazes dedicados à governadora Raquel Lyra (PSDB) e ao prefeito do Recife, João Campos (PSB), pendurados em varandas e muros ao longo do trajeto das procissões.
A prática não é incomum. Justamente por ser uma das mais tradicionais festas religiosas da capital pernambucana, realizada na interseção de uma diversidade de bairros populosos, se tornou um palanque fácil para vereadores e lideranças locais conquistarem eleitores devotos.
O diferencial deste ano foi o desabamento do teto do Santuário em agosto. Para o cientista político Hely Ferreira, a tragédia pode se tornar mais um palco do cabo de guerra eleitoral entre Lyra e Campos, mirando na disputa pelo Governo do Estado em 2026.
“Todos os políticos, principalmente os de viés católico, fazem questão de visitar a festa, acreditando que a presença surtirá efeito eleitoral. Com o desabamento no Santuário, a briga se trava justamente em torno de quem teve o maior cabedal para ajudar na recuperação”, analisou.
A gestora tucana prometeu reconstruir o templo antes da realização da 120ª edição da Festa da Imaculada Conceição do Morro – e cumpriu – enquanto o socialista investiu R$ 400 mil em estrutura, logística e atrações culturais.
Com suas contribuições atestadas e as declarações de agradecimento postas competitivamente na Estrada, ambos os gestores devem marcar presença na festa.
Participação
Católico declarado, João Campos sobe o Morro desde criança – antes, acompanhado de seu pai, o ex-governador Eduardo Campos. Sua primeira ação de campanha eleitoral neste ano, ainda na madrugada do primeiro dia da disputa, foi fazer a peregrinação. De acordo com a assessoria do prefeito, ele participa das atividades da festa no domingo (8).
Apesar de não ter divulgado sua agenda, a governadora certamente deve prestigiar o evento no domingo. Também católica, Lyra passou a se familiarizar mais com o Morro depois que assumiu o executivo.
Estado laico
Por mais que o envolvimento do Estado e da Prefeitura tenha beneficiado a população e uma manifestação religiosa e cultural do município, o cientista político Hely Ferreira analisa que o clima de ‘guerra fria’ entre os gestores criado no Morro da Conceição pode acabar ferindo a laicidade do Estado.
“Na hora que o poder público ajuda financeiramente, qualquer entidade religiosa quando tiver algum problema vai querer também receber apoio público. Já que o estado é laico, não se pode beneficiar nenhum credo religioso. Nesse aspecto, a disputa eleitoral em Pernambuco já vem sendo antecipada há bastante tempo. E, lamentavelmente, a religião também tem tido essa participação”, avaliou.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, se reuniu, neste sábado (7), com o diretor executivo do Comitê Permanente para Organização de Conferências (PCOC) do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Mubarak Al Kuwari.
O objetivo do encontro foi tratar da Cúpula Mundial Sobre Desenvolvimento Social da ONU, prevista para ocorrer de 4 a 6 de novembro de 2025, no Catar, e acertar, junto a esse evento, a realização da primeira Cúpula da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
“A Aliança Global retoma o foco nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e faz com que cada país, de forma soberana, aplique políticas públicas de combate à fome. É por meio dela que os países mais desenvolvidos também podem ajudar os mais pobres, tanto com conhecimento quanto com ajuda financeira”, explicou Wellington Dias.
Durante a reunião, o titular do MDS propôs que, junto à Cúpula Social, seja realizada a primeira Cúpula da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. “Ela vai acontecer exatamente um ano após a criação da Aliança e tem poder para atrair líderes de todos os países, assim como a Aliança também envolve várias nações interessadas neste tema. Será um momento de grande importância para o mundo”, afirmou.
O diretor executivo Mubarak Al Kuwari lembrou que o Catar é um país conhecido por organizar grandes eventos e por promover uma política de mediação de conflitos e problemas. “Sobre a Aliança Global, entendemos que esse tipo de iniciativa é muito importante, fazemos questão de participar. Queremos trabalhar junto com o Brasil para discutir vários assuntos, especialmente a fome e a pobreza. Ficamos impressionados com a dedicação do Brasil nesse tema. Vamos trabalhar conjuntamente e fazer a primeira Cúpula da Aliança Global, juntos, aqui em Doha”, adiantou.
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A proposta Cúpula Mundial Sobre Desenvolvimento Social da ONU surge no contexto do relatório ” Our Common Agenda “. O objetivo é atualizar e expandir os compromissos da Declaração de Copenhague (1995), que foi emitida durante a última Cúpula sobre Desenvolvimento Social, que completará 30 anos.
O Brasil priorizou o combate à fome, à pobreza e à desigualdade durante sua presidência no G20, culminando na criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, cuja governança prevê a realização de uma Cúpula contra a Fome e a Pobreza, preferivelmente à margem de outros grandes eventos internacionais.
Fórum de Doha 2024
O ministro Wellington Dias cumpre agenda oficial no Catar neste fim de semana para participar da 22ª edição do Fórum de Doha. Com o tema The Innovation Imperative, o evento destaca a importância da inovação como elemento central para enfrentar os desafios globais, incluindo segurança, mudanças climáticas, economia e o próprio ordenamento mundial.
Estabelecido em 2000, o Fórum de Doha é uma plataforma global de diálogo que reúne líderes políticos, formuladores de políticas, representantes do setor privado, organizações da sociedade civil e ONGs. Sob o lema “Diplomacia, Diálogo, Diversidade”, o evento promove a troca de ideias e práticas voltadas para a formulação de políticas inovadoras e soluções orientadas à ação.
Meu amigo forrozeiro Novinho da Paraíba, ainda primo de segundo grau pelo tronco dos Martins, da paraibana Monteiro, acabou de sair dos estúdios. Gravou um novo álbum cantando o rei Roberto Carlos. Está uma maravilha! Ele me enviou este vídeo.
Na próxima terça-feira (10), a Câmara de Vereadores do Recife, por proposição de Samuel Salazar (MDB), aprovada por unanimidade, concede o título de cidadão honorário do Recife ao empresário cearense Vicente Jorge, do Grupo Asa Branca, da TV Asa Branca, de Caruru, e CBN no Recife e Caruaru.
O Partido dos Trabalhadores (PT) questiona no Supremo Tribunal Federal (STF) a retotalização dos votos da eleição de 2022 do Estado de São Paulo que alterou a composição da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e resultou na retirada do mandato do deputado petista Simão Pedro. Na Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1199, o PT pede à Corte que impeça candidatos eleitos que não se beneficiaram de fraude de perderem o mandato em razão da chamada retotalização de votos.
A legenda informa que a retotalização na Alesp ocorreu após a anulação dos votos obtidos pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e pelo Partido Republicano da Ordem Social (PROS). Os dois partidos tiveram sua chapa cassada por fraude na cota de gênero com o uso de candidaturas fictícias.
Embora não tenha havido recontagem de votos, o novo cálculo modificou a distribuição de cadeiras na Alesp. A medida implicou a perda do mandato de Simão Pedro, que foi recolocado na primeira suplência.
Assim, o PT argumenta que o efeito da retotalização contra o Simão Pedro é injusta, pois ocorre dois anos após a eleição e prejudica o parlamentar, que não teve envolvimento na fraude que levou à anulação dos votos.
Os efeitos da retotalização na Alesp estão suspensos e aguardam julgamento pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). A ADPF foi distribuída ao ministro Dias Toffoli.
Na última quinta-feira (5), o Tribunal Superior Eleitoral anulou a eleição de Goiana e tornou sem efeito a candidatura vitoriosa do prefeito Eduardo Honório (União Brasil) que, mesmo estando proibido de disputar novamente a liderança da Prefeitura de Goiana, bancou o seu nome e acabou sendo o mais votado, com 78,16% dos votos válidos.
No entanto, vídeos encaminhados ao blog já confirmavam que Eduardo já sabia que não poderia ser empossado como prefeito e orquestrou todo o movimento para deixar o comando do município nas mãos de sua amante.
Eduardo Honório foi eleito vice-prefeito em 2016, na chapa de Oswaldo Rabêlo. Em 2017, o titular afastou-se do cargo para tratamento de saúde e Honório passou a administrar o município. Nas eleições de 2020, foi candidato a prefeito e saiu vitorioso das urnas.
Ali, a eleição e seus personagens – um prefeito reeleito tentando desafiar a justiça eleitoral, uma amante dele eleita vereadora e a mulher oficial elegendo o vereador mais votado – virou uma comédia dantesca, mais para o humor de Dias Gomes, autor da novela O Bem Amado.
É claro que tudo isso chamou a atenção da mídia nacional e virou programa humorístico, como este da Tv Meio Norte, de São Paulo, que compartilho com meus leitores.
Lindouro Modesto Gomes (PT) e Renzo Vasconcelos (PSD) têm muito em comum, embora vivam a 350 km de distância um do outro. O petista Lindouro foi eleito prefeito de Alvinópolis (MG) e Renzo ganhou a eleição em Colatina (ES).
Ambos vão receber de herança dos seus antecessores contratos com o escritório de advocacia britânico Pogust Goodhead que, pelo entendimento do ministro Flávio Dino do STF, não poderiam ter sido assinados sem licitação.
Alvinópolis, fundada em 1891, fica a 162 km de Belo Horizonte. Ali, vivem 15.000 almas, e a cidade tem uma receita bruta de R$ 69,5 milhões, de acordo com o IBGE. Mas as despesas de R$ 71,5 milhões superam a receita e criam um deficit de R$ 3 milhões. Ou seja: Lindouro assumirá uma cidade que gasta mais do que arrecada.
Colatina, fundada em 1921, tem uma população de 120 mil habitantes e uma arrecadação de R$ 775,1 milhões e despesas de R$ 756,7 milhões. Sobram R$ 18,4 milhões em caixa. Neste aspecto, Renzo teve mais sorte que Lindouro.
Ambas as cidades estão entre os municípios atingidos pelo desastre da barragem de Fundão, em Mariana (MG). No início de novembro, o STF referendou por unanimidade um acordo de indenização que determina o pagamento de R$ 132 bilhões em indenizações.
Com a decisão do STF, começam a ser divulgados os termos dos contratos assinados por administrações municipais anteriores, como nos casos de Alvinópolis e Colatina, nos quais existem cláusulas obrigando o município contratante a não se comunicar com a empresa BHP em relação a acordo, nem aceitar qualquer proposta de acordo sem o consentimento do escritório britânico. Os contratos também determinam que se os municípios rescindirem o acordo serão obrigados a pagar pelo menos os honorários advocatícios, fixados em 20% do valor da indenização, e despesas bancadas pelo Pogust Goodhead até aquele momento (cláusulas 6.12 e 9.1 do contrato de Alvinópolis).
Pelos contratos questionados pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), se os municípios rescindirem com o Pogust Goodhead terão de pagar 20% de honorários. Mas o escritório britânico pode desistir sem qualquer sanção se julgar que os municípios entraram em um acordo com a BHP sem o envolvimento do PG, se os municípios “frustraram” o litígio ou se o litígio se tornou “antieconômico”.
Colatina e Alvinópolis podem aderir ao acordo referendado pelo Supremo até maio de 2025. Essa será uma decisão dos novos prefeitos, que escolherão entre receber indenizações num prazo menor ou esperar até 2028, prazo estimado para a decisão do tribunal londrino.
Os contratos feitos pelos britânicos são muito bem amarrados, deixando os municípios numa situação difícil, tipo se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Mas, como mostra a assessoria jurídica do Ibram, a saída é a lei.
Nesta semana, os advogados dos escritórios Warde Advogados e Xavier Gagliardi Inglez Verona Shafer, representantes do Ibram, encaminharam petição ao ministro Flávio Dino informando que o Pogust Goodhead fez adiantamentos aos municípios. O Ibram entende que os adiantamentos provam terem os municípios firmado contratos com cláusula de sucesso, ferindo regras do direito administrativo brasileiro e do TCU (Tribunal de Contas da União). O Pogust alega não ter feito nada errado.
Os britânicos entraram na briga pelas indenizações no caso da barragem de Fundão certos de que venceriam em Londres, muito antes de a Justiça brasileira decidir qualquer coisa. Já tiveram muitas vitórias em outros casos e ainda brigam para condenar a Braskem pelo desastre da mina de sal-gema em Maceió e a brasileira Cutrale, maior produtora de suco de laranja do mundo. Mas a ação do STF e as decisões do ministro Flávio Dino jogaram um véu de incerteza sobre as perspectivas do Pogust Goodhead.
Tanto que em 28 de novembro o site Businessmayornoticiou a demissão de 150 funcionários do escritório britânico, o qual tem sido financiado pelo fundo abutre Gramercy. As demissões por cortes de gastos atingem tanto funcionários da Inglaterra quanto do Brasil.
Pagar ou não pagar? Receber ou não receber? Eis a questão. A vida como ela é está num episódio da história de Colatina. Em 1975, a prefeitura encomendou uma estátua do Cristo Redentor com 35 metros de altura, obra do artista capixaba Antônio Francisco Moreira. A estátua foi inaugurada com toda pompa e nada de sair o pagamento do artista. Passados 3 anos, ele ameaçou explodir a estátua se não recebesse. Pressionado, o prefeito Devacir Zachê negociou com a Câmara dos Vereadores e acertaram pagar em 2 parcelas. A 1ª saiu na hora, mas a 2ª demorou 3 anos e acabou sendo paga pelo sucessor de Zachê.
Fim de semana no Sertão, corri meus 8 km diários hoje no Parque Verde, em Arcoverde, cidade que me adotou e também minha Nayla. Por aqui, com calorzão beirando os 40 graus, o chão lembra o cenário de Vidas Secas, do mestre Graciliano Ramos.
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta sexta-feira (6) maioria de votos para confirmar a constitucionalidade do contrato de trabalho intermitente, inserido na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) pela reforma trabalhista de 2017. Pelo placar de 6 votos a 2, os ministros mantiveram as mudanças na legislação trabalhista para inserir o modelo de contratação.
O caso voltou a ser julgado no plenário virtual da Corte após ser interrompido em setembro deste ano por um pedido de vista do ministro Cristiano Zanin, que votou nesta sexta-feira pela constitucionalidade da tese.
Além de Zanin, os ministros Nunes Marques, Alexandre de Moraes, André Mendonça, Luiz Fux e Gilmar Mendes se manifestaram a favor da legalidade das alterações na CLT. O relator, Edson Fachin, e a ministra Rosa Weber, que se manifestou antes da aposentadoria, consideraram o trabalho intermitente inconstitucional.
Faltam os votos de quatro ministros. A votação virtual prossegue até o dia 13 de dezembro. As ações no STF que contestam o trabalho intermitente foram protocoladas por sindicatos que atuam na defesa de frentistas, operadores de telemarketing e dos trabalhadores da indústria.
Para as entidades, o modelo favorece a precarização da relação de emprego e o pagamento de remunerações abaixo do salário mínimo, além de impedir a organização coletiva dos trabalhadores.
Conforme definido na reforma trabalhista, o trabalhador intermitente recebe por horas ou dias trabalhados, e tem férias, FGTS e décimo terceiro salário de forma proporcional ao período trabalhado. No contrato, é definido o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao salário mínimo por hora ou à remuneração dos demais empregados que exerçam a mesma função.
O empregado deve ser convocado com, no mínimo, três dias corridos de antecedência. No período de inatividade, pode prestar serviços a outras empresas.
Na mesma semana em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que os números da pobreza e da extrema pobreza caíram no Brasil para os menores índices desde 2012, outro levantamento também trouxe dados expressivos: a reprovação do Governo Lula (PT) entre agentes financeiros é de 90%, segundo a pesquisa Genial/Quaest.
Para 96% dos profissionais do mercado ouvidos, a política econômica do país está indo na direção errada. Somente 4% dos entrevistados disseram que o governo está no caminho certo, segundo a Quaest. A pesquisa com os agentes foi divulgada no último dia 4, mesma data em que o IBGE apresentou os números, indicando que, em 2023, o Brasil alcançou os menores níveis de pobreza e de extrema pobreza na série histórica, iniciada em 2012.
Significa que 8,7 milhões de pessoas saíram da pobreza no país, entre 2022 e 2023. O Banco Mundial considera que estão nessa fatia da população todos e todas que recebem menos de R$ 665 por mês. Outros 3,1 milhões de brasileiros e brasileiras saíram da extrema pobreza. Nesse grupo, estão os que ganham até R$ 209 por mês.
A população pobre recuou de 67,7 milhões de pessoas para 59 milhões (31,6% para 27,4%). Já a população extremamente pobre era de 12,6 milhões de pessoas e foi reduzida para 9,5 milhões (5,9% para 4,4%). O IBGE atribui os resultados a dois fatores: os programas sociais do governo, como o Bolsa Família, e o recuo do desemprego.
No final de novembro, o Instituto de Geografia divulgou que a taxa de desemprego do Brasil atingiu 6,2% no trimestre encerrado em outubro deste ano (agosto, setembro e outubro). Trata-se do menor nível de desocupação também desde 2012. No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 7,6%. Segundo o IBGE, o Brasil registrou 103,6 milhões de pessoas empregadas até o final de outubro de 2024, número recorde.
Em um país como o Brasil, onde o principal problema (e que gera todos os outros) é a desigualdade social, pobreza e desemprego caindo deveriam ser fatores de influência na imagem do governo. Mas não são. Pelo menos não para os agentes financeiros ouvidos pela pesquisa Genial/Quaest, já que quase a totalidade dos entrevistados considera o governo ruim.
O MERCADO É UMA BOLHA – A Quaest entrevistou 105 gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro em fundos de investimento, de 29 de novembro a 3 de dezembro deste ano, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Os números revelam uma profunda desconexão desse grupo com o Brasil real. Na verdade, é quase um desprezo mesmo. Insatisfeitos com o pacote de corte de gastos apresentado pelo governo, no qual consta a isenção de imposto de renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil, o mercado reagiu avaliando negativamente a gestão.
Problema teu, te vira – Para o mercado, não importa se milhões de pessoas saíram da miséria, o que na maioria das vezes significa ter o mínimo de dignidade para um ser humano, uma refeição ao dia. Não importa se finalmente milhões de pessoas conseguiram uma carteira assinada e entrarão em 2025 com mais esperança. Assim como não vale de nada tirar um pouco a corda do pescoço do contribuinte que faz ginástica com o salário todo mês, liberando ele do IR.
Tarcísio de Freitas – Esse mesmo mercado financeiro, totalmente desconectado com a população verdadeira do Brasil, é o que defende o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para as eleições presidenciais em 2026. Segundo a pesquisa Quaest, num eventual cenário de segundo turno entre Lula e Tarcísio, 93% dos entrevistados dizem preferir o governador, contra 5% que declaram voto no petista.
Violência policial contra pobres – O governador mais querido pelo mercado financeiro, aquele mesmo mercado que desconhece a realidade da vida da imensa maioria da população brasileira, esteve nos holofotes a semana passada inteira com a sua polícia militar envolvida em casos de violência contra, vejam só, pessoas pobres. Entre os incidentes de maior repercussão, estão o episódio no qual os PMs de São Paulo jogaram um entregador de 25 anos de cima de uma ponte e o caso da idosa de 63 anos, moradora de uma periferia, que foi agredida na testa por policiais na frente de casa. As imagens da senhora sangrando pelo rosto e chorando ganharam a internet e são estarrecedoras.
Olhar além do próprio umbigo – O que falta para os agentes do mercado financeiro, que torcem o nariz para o Governo Lula, é descobrir que o Brasil não é a Faria Lima, a famosa avenida de São Paulo, entre os bairros de Pinheiros e Itaim Bibi, que concentra sedes de grandes empresas. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP), 75% da população brasileira pertencem às classes C, D e E. Pelos dados do IBGE, o país ainda tem 68,5 milhões de pessoas pobres e extremamente pobres, embora os esforços do governo que a Faria Lima rejeita tenham diminuído um pouco essa realidade. É essa massa majoritária de menor renda que precisa ser prioridade do governo. É para essa fatia que a política econômica precisa trabalhar.
CURTAS
Fala do ministro – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou a redução da pobreza e da extrema pobreza, no dia em que o IBGE divulgou os números. “O IBGE acaba de dizer que estamos no menor índice de miséria da série histórica, e conseguir fazer isso em menos de dois anos é uma coisa muito importante. Um país sem miséria e sem fome é a primeira providência que qualquer Estado deveria almejar”, declarou Haddad.
Choque de realidade – Depois de enfrentar um início de gestão com relacionamento difícil com a Alepe, a governadora Raquel Lyra (PSDB) viu que não havia condições de governar um Estado de forma autoritária e unilateral, como se fosse dona de Pernambuco. Isolada e acuada com a força do Poder Legislativo, recuou. Viu que não tinha a menor chance de se meter na eleição da nova mesa diretora da Casa.
Governistas à deriva – Na narrativa governista, o gesto foi vendido como respeito pela Assembleia. Mas a verdade é que Raquel foi estratégica e não se envolveu para não ter um presidente de personalidade forte como Álvaro Porto (PSDB), popular entre os colegas, chateado e trabalhando contra o governo nos seus dois últimos anos de gestão. O problema é que com essa atitude, Raquel acabou deixando a bancada governista da Casa à deriva. O próprio Gustavo Gouveia (SD), aliado de Raquel, ficou sem ajuda do Palácio e acabou perdendo a primeira-secretaria.
Perguntar não ofende – O grupo dos Gouveia vai permanecer ao lado da governadora Raquel Lyra em 2026?
Os servidores da Secretaria de Saúde de Paulista anunciaram que entrarão em estado de greve na próxima segunda-feira (9), em protesto contra o atraso no pagamento de salários. Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais do Paulista (Sinsempa), a gestão do prefeito Yves Ribeiro não efetuou o repasse salarial até esta sexta-feira (6), descumprindo a legislação que estabelece o quinto dia útil como prazo final para o pagamento.
A presidente do Sinsempa, Jucineide Lira, criticou duramente a administração municipal. “Aguardamos até o final do prazo, mas o salário dos servidores da saúde não foi pago. A Prefeitura do Paulista está mais uma vez descumprindo a legislação. Isso é um total desrespeito dessa desastrosa gestão para com o servidor. Exigimos uma resposta do prefeito Yves Ribeiro”, afirmou.
Além da greve, os trabalhadores prometem realizar um ato na segunda-feira, às 9h, em frente à sede da Secretaria Municipal de Finanças.
O acordo de livre comércio fechado nesta sexta-feira (06) entre os líderes do Mercosul e da União Europeia traz uma grande notícia para os fruticultores brasileiros: as taxas de exportação de uva serão zeradas. A medida trará reflexos positivos para a economia do Vale do São Francisco, maior exportador da fruta no país.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Exportadores de Frutas (Abrafurtas), Guilherme Coelho, o modelo de tarifação atual prejudica os exportadores brasileiros. “Alguns países como África do Sul e Peru não pagam o chamado Imposto Duty para exportar suas frutas, o que prejudica seriamente o Brasil”, explicou.
“Dediquei o meu mandato de deputado federal, integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e membro permanente da Comissão de Agricultura da Câmara, para colaborar com o governo brasileiro nas negociações desse acordo e de outras medidas para diminuir as desigualdades competitivas enfrentadas pelos nossos exportadores” completou Guilherme Coelho
Com o acordo, as tarifas para exportação de frutas serão zeradas gradualmente, mas para a uva será imediato. “O imposto sobre a uva será zerado. O setor vai aumentar suas vendas, consequentemente, irá gerar mais emprego e renda”, destacou o presidente da Abrafrutas.
Redução das tarifas
O acordo prevê a isenção gradativa ou total das tarifas. Veja alguns exemplos: Maçã – tarifa atual 10% – decrescendo a 0% em 10 anos Melancia e melão – tarifa atual 9% – decrescendo a 0% em sete anos Uvas – tarifa atual de 11% – chegará a 0% imediatamente que o acordo entrar em vigor (previsão 2025)
A Secretária de Finanças de Garanhuns, Vera Sarmento, deixará a equipe do prefeito Sivaldo Albino (PSB) a partir de 2025. Ela aceitou um convite do prefeito eleito de Ipojuca, Carlos Santana (Republicanos), para integrar sua gestão, em uma decisão motivada pela oportunidade de ficar mais próxima de seus familiares.
O anúncio foi feito pelo próprio Sivaldo, que destacou o excelente trabalho realizado por Vera durante os últimos quatro anos em Garanhuns.
Populares que residem na região de Sousa, no Sertão do estado, registraram uma cheia em um rio que corta uma das passagens molhadas do município de Aparecida. No vídeo, é possível ver bastante água na via.
“Olha aí como é que tá o lajão. Cheio de água”, diz o popular no conteúdo, que segundo apurou a reportagem foi gravado no assentamento Acauã, na Zona Rural do município sertanejo.