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Goiana sedia encontro de turismo religioso

Entre os dias 27 e 29 de novembro, Goiana será palco do 3º Encontro da Associação das Secretarias de Turismo de Pernambuco (ASTUR-PE), reunindo gestores e dirigentes do setor para debater o turismo religioso. O município, conhecido por seu rico patrimônio histórico e cultural, contará com uma programação no Hotel Go Inn, onde serão discutidas estratégias para fomentar o segmento.

“Temos a honra de sediar esse encontro para troca de experiências com diversos municípios pernambucanos. A temática é de grande interesse para nós, pois Goiana é uma cidade de tradições históricas que precisamos fomentar ainda mais por meio do turismo”, destacou Roberto Pereira, secretário municipal de Turismo e Desenvolvimento Cultural.

O evento será aberto no dia 27, às 15h, com a presença do prefeito Eduardo Honório e apresentações culturais do artista local Rodriguinho do Acordeon. Entre os destaques da programação estão palestras sobre turismo religioso, captação de recursos e uma mostra gastronômica e de artesanato. O segundo dia contará com apresentações culturais dos Índios Tabajaras e debates sobre o fortalecimento do setor, com participação de especialistas como Daniela Amorim, da Câmara Temática de Turismo Religioso do CONTUR-PE.

O encontro se encerra com uma visita técnica ao sítio histórico de Goiana, que inclui igrejas seculares e o Conjunto Carmelita de 1666, reforçando o apelo religioso e cultural do município. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a ASTUR-PE e a Prefeitura de Goiana.

Jaboatão dos Guararapes - Natal Solidário 2024

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reagiu com indignação à decisão do Carrefour na França sobre a paralisação de compra da carne brasileira e afirmou que, além de os produtores paralisarem a venda de carne na rede nacional do grupo francês, produtores de frango também estão seguindo o mesmo caminho.

Em entrevista à Folha de São Paulo, Fávaro disse que a decisão tem o apoio integral do ministério e da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), que reúne 43 empresas do setor no país, responsáveis por 98% da carne negociada para mercados internacionais.

Ao se referir à decisão do presidente mundial do Carrefour, Alexandre Bompard, que, na semana passada, anunciou a suspensão da compra de carne de países do Mercosul, incluindo o Brasil, por suposta motivação sanitária e ambiental, o ministro classificou o ato como um “absurdo” e um pretexto protecionista.

“Isso é um absurdo. Se ele não quer comprar os produtos brasileiros, é simples, não compra. Se não quer comprar, diz que não quer. Agora, dizer que não tem qualidade sanitária? Faz 40 anos que a França compra carne do Brasil. E faz isso agora? Isso nós não vamos admitir, porque o que nós temos de mais precioso é a qualidade sanitária da nossa carne. É isso que nos abriu tantos mercados no mundo”, disse Fávaro.

A França tem uma participação de apenas 0,5% da venda internacional da carne brasileira. A União Europeia soma entre 3,5% a 5%.

Grandes frigoríficos, como JBS e Masterboi, já anunciaram a paralisação de venda de carne para o Carrefour no Brasil, mas, segundo o ministro, o posicionamento tem o apoio de todo o setor. “A reação dos frigoríficos tem nosso apoio. Se o Brasil não serve para colocar a carne brasileira colocar na gôndola do Carrefour na França, não serve para colocar na gôndola do Carrefour no Brasil”, comentou.

Na semana passada, o Carrefour Brasil informou que “nada muda nas operações do país” e que a rede continuava comprando carne de produtores locais.

O ministro Carlos Fávaro disse à Folha que várias indústrias de frango decidiram que também não vão vender para o Carrefour na França, enquanto não houver uma retratação global da empresa.

“Eles tocaram em algo que é sagrado, que é a qualidade sanitária de nossas carnes. Isso nós não admitimos, porque é o que temos de mais precioso. Não é pelo que eles vão comprar. Repito. Se não quiserem comprar, não comprem. Nós vendemos para 170 países. Temos a garantia do que entregamos”, afirmou Fávaro.

“Quando a França começa a falar e duvidar da nossa carne, querendo fazer embargo econômico através de pretextos sanitários e ambientais, nós vamos ter a altivez de responder. Não vamos admitir que questionem a qualidade da nossa carne.”

Segundo o ministro, a França é o único país que está trazendo dificuldades para a retomada do acordo entre Mercosul e União Europeia, o qual criaria a maior zona de livre comércio do mundo. A estimativa é de que esse acordo criaria um mercado comum de 780 milhões de pessoas e um fluxo de comércio de até R$ 274 bilhões em produtos manufaturados e agrícolas.

“Eu estou te falando. Não quer comprar, não compre, não tem nenhum problema. A França representa 0,5% da nossa venda internacional. Agora, não venha arrumar pretexto e, em hipótese alguma, falar da qualidade sanitária e ambiental de nossas carnes”, disse o ministro.

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O Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) fez sugestões ao Governo do Estado com relação às compras de medicamentos e ao controle dos estoques nas unidades públicas de saúde. O objetivo, segundo o conselheiro Carlos Neves, não é aplicar punições, mas apontar melhorias que auxiliem a gestão.

Para a Secretaria de Saúde de Pernambuco, foi recomendado padronizar procedimentos para evitar perdas de medicamentos e vencimentos dos materiais, além de centralizar as compras em um único processo. Para a Secretaria de Administração, o TCE também fez proposições de padronização dos processos de aquisição de medicamentos e insumos para os hospitais e unidades de saúde.

Ainda foi realizada uma análise específica no Hospital Barão de Lucena. Para a unidade, foi recomendada a adoção de prontuário eletrônico; o monitoramento em tempo real dos estoques de medicamentos e materiais, indicando os itens com nível crítico ou estoque zerado; e o detalhamento da situação das compras e contratações em andamento.

Agora, deve ser encaminhado ao TCE um plano de ações com cronograma e o detalhamento de quem ficará responsável pela implementação das medidas que foram determinadas.

Da CBN Recife.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu R$ 118,2 milhões em crédito extraordinário para medidas de apoio à reconstrução no Rio Grande do Sul, atingido por enchentes no início do ano.

A decisão, por medida provisória (MP), foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (25/11).

A maior parte desse valor, R$ 107 milhões, será direcionada para o Ministério do Desenvolvimento Regional, para financiar estudos de contenção de encostas e prevenção de enchentes.

Outros R$ 7,4 milhões serão enviados para o Ministério do Planejamento e Orçamento, e também incluem a realização de estudos estatísticos e geocientíficos no estado. Já R$ 3,7 milhões irão para a Defensoria-Pública da União (DPU).

Do Correio Braziliense.

Na manhã desta segunda-feira (25), Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, o Marco Zero, no Recife Antigo, recebeu um ato de sensibilização pela data.

O “Varal da luta” é promovido pelo Instituto Banco Vermelho, uma organização sem fins lucrativos que luta pelo fim do feminicídio no Brasil. O ato marca, também, o primeiro ano de atividade do instituto.

Na ação, foram montados varais com camisas brancas com textos de conscientização, prevenção e outras informações importantes sobre o tema.

A divulgação definiu o ato como “um chamado à sociedade civil e ao poder público para a urgência de ações eficientes de prevenção e engajamento na luta pelo feminicídio zero”.

Por Laís Nascimento
Do JC

O templo católico que é símbolo de esperança em dias melhores e reabilitação no Morro da Conceição, Zona Norte do Recife, será entregue à comunidade e aos devotos até o fim da manhã desta segunda-feira (25).

No dia 30 de agosto, o Santuário do Morro da Conceição foi cenário de uma tragédia, quando o teto desabou e deixou 25 pessoas feridas e duas mortas: Maria da Conceição da França Pinto, de 62 anos, e Antônio José dos Santos, de 58.

Desde então, foram 87 dias de atividades para recuperar o santuário, com profissionais de várias frentes vinculadas ao Governo de Pernambuco. As intervenções iniciais devem garantir o acolhimento e a segurança dos fiéis para a realização da 120ª edição da Festa da Imaculada Conceição do Morro, que começa nesta quinta-feira (28).

Nesta primeira etapa de obras, todo o teto foi fixado, incluindo as treliças, terças, telhados e foro especial.

Para colaborar com a liberação do espaço, cerca de 40 voluntários vão realizar um mutirão de limpeza para a organização da Igreja.

Além disso, integrantes do Movimento do Terço dos Homens da Mãe Rainha vão se reunir às 19h em ação de graças pela conclusão dos trabalhos de restauro. A oração vai acontecer aos pés do monumento de Nossa Senhora da Conceição do Morro.

Recuperação após a Festa
Após a programação da Festa do Morro, que encerra na data dedicada ao dogma da Imaculada Conceição, 8 de dezembro, o Santuário vai entrar em uma segunda fase de recuperação.

Iniciando em 13 de dezembro e com previsão de conclusão em 60 dias, serão realizados os acabamentos finais, com substituição das portas de vidro e do piso que foram danificados, além das partes elétrica e de refrigeração, iluminação e pintura.

A área do templo religioso será isolada durante o período e as Santas Missas e as demais celebrações serão realizadas na parte posterior da Igreja, próximo a imagem da Imaculada Conceição, em um espaço adaptado com cadeiras de plástico e altar.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve encaminhar ainda nesta semana o relatório da Polícia Federal do inquérito que apura a trama golpista para evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que indiciou 37 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro do Supremo, que é o relator da investigação, afirmou a interlocutores que analisaria o documento com mais de 800 páginas antes de encaminhar para a Procuradoria. A expectativa entre integrantes do STF é que, diante do perfil rigoroso e minucioso de Moraes, esse envio à PGR ocorra entre segunda e terça-feira.

Somente após o caso ser enviado ao Ministério Público Federal (MPF) é que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, passará a analisar o material para elaborar a sua manifestação sobre uma eventual denúncia contra os investigados, arquivamento do caso ou pedido de novas diligências.

Se a PGR optar por seguir em frente com a acusação, o caso será remetido ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo. Auxiliares da Procuradoria avaliam que é possível que a denúncia apresentada seja conjunta contra o ex-presidente – envolvendo também outras investigações em curso, como a das joias sauditas e da fraude no cartão de vacina.

A expectativa é que, assim que a denúncia chegar à Corte, Moraes leve o recebimento da acusação para o julgamento da Primeira Turma do STF. O colegiado é presidido por Zanin e além de Moraes é integrado pelos ministros Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux. Dino e Zanin foram indicados pelo presidente Lula em seu terceiro mandato.

Caso os ministros decidam pelo recebimento da denúncia oferecida pela PGR, Bolsonaro e os demais indiciados viram réus. A partir daí, iniciaram o andamento do processo. Nesse estágio, tanto Bolsonaro quanto os demais réus poderão apresentar as suas defesas ao Supremo e indicar testemunhas.

Bolsonaro e outras 36 pessoas, a maioria militares, foram indiciados pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa.

Segundo investigação da PF, o plano de tomar o poder e manter Bolsonaro na presidência envolvia matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes no final de 2022.

O documento com o planejamento dos assassinatos, batizado de “Punhal verde amarelo”, foi impresso no Palácio do Planalto pelo então número 2 da Secretaria-Geral da Presidência, general Mário Fernandes, que foi preso e indiciado. A investigação aponta que, em 16 de dezembro de 2023, o militar fez seis cópias do arquivo, o que, para os investigadores, indica que seriam distribuídas em uma reunião.

A defesa do ex-presidente tem dito que Bolsonaro “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”. Na primeira manifestação após o indiciamento, Bolsonaro criticou Moraes em declaração ao portal Metrópoles. Em entrevista ao GLOBO há duas semanas, ele disse que houve debates sobre a decretação de um estado de sítio no país, mas afirmou que “não é crime discutir a Constituição”.

Do Jornal O Globo.

Nesta segunda-feira (25), o deputado estadual e prefeito eleito de Surubim, Cléber Chaparral (União), natural de Umbuzeiro, na Paraíba, será agraciado com o título de cidadão pernambucano. A reunião solene acontecerá às 18h no Auditório Sérgio Guerra, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), reunindo amigos, parceiros políticos e admiradores de sua trajetória.

O título, concedido em reconhecimento à sua atuação em prol do Estado, celebra o trabalho e a parceria do parlamentar com o povo pernambucano. Chaparral destacou a importância do momento, atribuindo a honraria ao esforço coletivo ao longo de sua caminhada política e social. “Será uma honra contar com a presença de todos para compartilhar essa conquista tão significativa”, declarou o deputado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne na manhã desta segunda-feira (25) com a equipe econômica em meio à expectativa do anúncio do pacote de cortes de gastos, aguardado para esta semana.

Lula convocou para a reunião os ministérios que integram a Junta de Execução Orçamentária (JEO), órgão que orienta o presidente nas decisões de política fiscal:

  • Rui Costa, ministro da Casa Civil;
  • Fernando Haddad, ministro da Fazenda;
  • Esther Dweck, ministra da Gestão;
  • Gustavo José de Guimarães e Souza, secretário-executivo do Ministério do Planejamento.

O governo discute há semanas o conjunto medidas que visa assegurar a viabilidade nos próximos anos do arcabouço fiscal, regra que limita o crescimento das despesas. Parte do pacote exigirá a aprovação do Congresso Nacional.

Entre as ideias em discussão está limitar o aumento do salário mínimo, mudar as regras de aposentadoria de militares e alterar o seguro-desemprego.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as minutas das propostas seriam apresentadas a Lula nesta segunda a fim de permitir o anúncio das medidas.

Além da reunião com a equipe econômica, Lula marcou um segundo encontro com ministros à tarde, que terá a presença dos chefes de outras pastas como Saúde, Educação e Defesa.

Do g1.

Após ser indiciado pela Polícia Federal sob suspeita de tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), filhos e correligionários classificaram o inquérito como uma forma de perseguição política.

Nos últimos dias, Bolsonaro contou com antigos aliados para minimizar a solidez das investigações — tanto a que provocou o indiciamento quanto a que levou à prisão de militares suspeitos de planejar a morte de Lula (PT) em 2022.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por exemplo, tem compartilhado vídeos insinuando atuação de Lula por trás das investigações.

Em um deles, visto mais de 100 mil vezes no X (antigo Twitter), publicou trechos de entrevista na qual o atual presidente diz que o adversário “não tem nenhuma chance de voltar à Presidência da República”.

Eduardo e Carlos Bolsonaro também questionaram os inquéritos, assim como o ex-ministro Walter Braga Netto, também indiciado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-vice presidente e hoje senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e o líder da oposição no Senado e secretário-geral do PL, Rogério Marinho (RN).

Veja o que foi dito por Bolsonaro e seus apoiadores até aqui:

‘PF de Moraes’
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes foi alvo da primeira declaração pública de Bolsonaro após o indiciamento na quinta-feira (21). O ex-presidente acusou o magistrado de fazer “tudo o que não diz a lei”. “É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse.

No sábado (23), o ex-presidente disse que a prisão preventiva dos quatro oficiais suspeitos de tramar a morte de autoridades não tinha respaldo legal e que as acusações de golpe de Estado pela Polícia Federal são absurdas, se referindo a Moraes como ditador.

“É uma coisa absurda essa história do golpe. Vai dar golpe com um general da reserva e quatro oficiais superiores? Pelo amor de Deus. Quem estava coordenando isso? Cadê a tropa? Cadê as Forças Armadas? Poxa, pelo amor de Deus. Não fique botando chifre em cabeça de cavalo.”

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em rede social, se referiu à polícia como “PF de Moraes”.

‘Tese fantasiosa’
Ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro, general Braga Netto compartilhou um comunicado de seus advogados em um post em rede social dizendo haver uma ilação e suposição fora do contexto do inquérito legal.

“Nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém. Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de ‘golpe dentro do golpe’. Haja criatividade…”, escreveu no sábado (23).

As menções a “criatividade” são uma referência a diálogo entre assessores de Moraes publicado pela Folha em agosto.

Reportagem naquele mês mostrou que o juiz instrutor Airton Vieira falou para Eduardo Tagliaferro, subordinado de Moraes no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), usar “a sua criatividade” para elaborar um relatório sobre publicações da revista Oeste, em 2022.

Perseguição política
Eduardo, Carlos e Flávio Bolsonaro publicaram diversos posts rebatendo notícias sobre o inquérito. Em vídeo, Eduardo associa Bolsonaro a Donald Trump, dizendo que, assim como o ex-presidente dos EUA foi eleito neste ano, seu pai, que está inelegível até 2030, voltará ao poder em 2026.

“Como o Bolsonaro é muito forte eles têm que derrotar o Bolsonaro nos tribunais para não permitir que ele politicamente venha a se candidatar em 2026”, escreveu.

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) chamou o inquérito de maluquice.

“Até agora, não entendi como se espera um golpe assinando uma proposta que depende de fundamento legal, aprovação de conselho e apreciação do Congresso, que, até onde todos sabem, não mostraram nem sua elaboração”, disse.

Em um artigo publicado na rede, Flávio Bolsonaro disse haver perseguição contra o pai, que seria o único capaz de derrotar Lula.

Narrativa sem provas
O governador Tarcísio de Freitas afirmou que Bolsonaro é alvo de uma narrativa que “carece de provas”, sem deixar claro se a responsabilidade seria da Polícia Federal ou do STF.

Ele disse que é “preciso ser muito responsável sobre acusações graves como essa”, mas não indicou onde estariam as supostas falhas da investigação. O governador disse ainda que Bolsonaro “respeitou o resultado da eleição”, o que não aconteceu.

‘Meras ilações’
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho, afirmou em nome do partido que o indiciamento de Bolsonaro e do presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, já era “esperado”, diante da “incessante perseguição política”.

Marinho disse esperar que a PGR “possa cumprir com serenidade, independência e imparcialidade sua missão institucional”, observando provas concretas e não “meras ilações”.

“Confiamos que o restabelecimento da verdade encerrará a longa sequência de narrativas políticas desprovidas de suporte fático, com o restabelecimento da normalidade institucional e o fortalecimento de nossa democracia.”

‘Sem pé nem cabeça’
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice de Bolsonaro, chamou o plano para matar autoridades revelado pela PF de “sem pé nem cabeça” e “fanfarronada”. Para ele, só com ampla adesão das Forças Armadas haveria tentativa de golpe.

“Nós temos um grupo de militares, pequeno, a maioria militares da reserva, que em tese montaram um plano sem pé nem cabeça. Não consigo nem imaginar como uma tentativa de golpe. É importante que as pessoas compreendam que tentativa de golpe tem que ter o apoio expressivo das Forças Armadas”, disse.

Em 2018, Eduardo Bolsonaro disse que bastaria um soldado e um cabo para fechar STF. “Cara, se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Você não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo. Não é querer desmerecer o soldado e o cabo, não”, disse na ocasião.

Da Folha de São Paulo.

Minha corridinha diária de 8 km, hoje, foi em Arcoverde, terra que abraçou minha Nayla e eu, onde temos uma choupana, verdadeiro refúgio, na qual, ouvindo o canto do Sabiá e beijando a lua cheia, encontro paz e tranquilidade, para aliviar um pouco minha rotina maluca do dia a dia.

Apoiado pelo ex-presidente José “Pepe” Mujica, o candidato de esquerda Yamandú Orsi venceu o oponente Álvaro Delgado no segundo turno das eleições no Uruguai. Os resultados saíram na noite do domingo (24). As 22h27 da noite, com 94.44% dar urnas apuradas — em um total de 2.296.491 de eleitores — Orsi tinha 49.66% dos votos.

Álvaro Delgado, candidato do partido no governo, de centro-direita, reconheceu a vitória de Orsi e fez um pronunciamento saudando o oponente.

“Hoje os uruguaios definiram quem exercerá a Presidência da República. E quero enviar aqui, com todos esses atores da coalizão, um grande abraço e saudações a Yamandú Orsi”, disse Delgado, cercado pelos parceiros da aliança governante que o apoiou no segundo turno.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou Orsi na rede X. “Essa é uma vitória de toda a América Latina e do Caribe. Brasil e Uruguai seguirão trabalhando juntos no Mercosul e em outros fóruns pelo desenvolvimento justo e sustentável, pela paz e em prol da integração regional”, afirmou.

Com Orsi, a Frente Ampla retorna ao governo que perdeu em 2020 após três mandatos consecutivos, um deles sob Mujica (2010-2015).

Do Correio Braziliense.

O prefeito de Carnaíba, Anchieta Patriota, está internado em Recife para a realização de exames médicos após um desmaio ocorrido na madrugada do domingo. A informação foi divulgada por sua esposa, Cecília Patriota, que também é secretária de Educação do município, em uma nota publicada em suas redes sociais.

“Viemos para alguns exames médicos de rotina, mas, na madrugada de sábado para domingo, Anchieta teve um desmaio em casa e procuramos atendimento médico”, informou Cecília.

De acordo com a nota, os médicos decidiram pela internação do prefeito para uma investigação mais detalhada e a realização de exames complementares. Cecília destacou que Anchieta já passou por uma avaliação neurológica e que “está tudo bem”.

“Hoje fará outros exames, mas encontra-se bem, apenas aguardando os resultados e a liberação da equipe médica. Estamos confiantes e estaremos brevemente em casa, com as bênçãos de Deus e Nossa Senhora”, concluiu a primeira-dama.

Com informações do Blog do Nill Júnior.

Por José Adalberto Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – A Chapeuzinho Vermelho levou uma descompostura do Véio do Pastoril Encarnado por ter esculachado o argonauta Elon Musk. Ele disse, com aquela delicadeza que lhe é peculiar: “Não devemos xingar ninguém”. Ela, tão inocente, murchou as orelhas. Poderia ter dito: “Meu amo e senhor, aprendi a xingar com você, Sinhozinho. Antes eu era a inocente Chapeuzinho Vermelho. Lembro quando você me falou que Bolsonaro era um cabra safado, fascista e genocida”.

“Tu sempre me dizia que o galegão Donald Trump era a cara do novo fascismo e do nazismo, além de trambiqueiro e raparigueiro. Logo vosmecê, a alma mais honesta de Pindorama! Você falou que a cidade de Pelotas (RS) era um polo exportador de veados”.

Depois que fraturou o gogó, o Véio parece que tá meio esquecido. “Vou levá-lo no veterinário”, disse a Sinhazinha.

O Véio do Pastoril Encarnado só ficou nervoso quando o argonauta Elon Musk disse: “Eles vão perder as próximas eleições presidenciais”. Este é o X do problema. Ou seja, este é o Twitter do problema.

Ela poderia ter dito: “Você falou que só ficaria feliz quando “to fuck” o ex-juiz Sérgio Moro, o herói nacional no combate à corrupção. O argonauta Elon Musk é um novo Tio Patinhas. Na campanha do titio dele, Donald Trump, ele adotou o slogan de Silvio Santos: “Quem quer dinheiro?!”. Distribuiu um milhão de dólares por dia para os sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luizinho e todos os afilhados da Patolândia. Depois foi tomar banho numa piscina de dinheiro para festejar a vitória do titio na choupana dele em Mar-a-Lago.

O titio Musk construiu um teco-teco que dá marcha à ré para viajar até Marte, o planeta vermelho. A viagem inaugural irá durar 6 meses e o Véio do Pastoril Encarnado será convidado de honra. A paisagem do espaço sideral é deslumbrante. Musk disse que a Sinhazinha poderá acompanhá-lo. A viagem é de cortesia. É pegar ou largar.

Eles vão pousar na cratera de um vulcão. Quantas emoções! No planeta vermelho todos os marcianos são comunistas e petistas. O Véio do Pastoril Encarnado vai adorar.

Depois de seis meses, Musk enviará um novo teco-teco para resgatar os sobreviventes. A previsão é que o pouso de retorno será tranquilo numa ilha deserta do Triângulo das Bermudas. O local é infestado de tubarões mansinhos e os bichos costumam tomar banho de sol no local para conversar com os visitantes.

O resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos foi muito além da decantada margem de erro. Diziam que seria uma disputa acirrada. Ou as pesquisas foram manipuladas ou os institutos foram incompetentes, ou as duas coisas. A mídia globalista trabalhou ostensivamente em favor da candidata democrata Kamala Harris. Donald Trump foi apresentado como o cavaleiro do Apocalipse e no final derrotou a catrevagem toda. A esquerda globalista vai continuar jogando sujo contra o governo de Trump. Faz parte da natureza do escorpião. Hasta la vista, galera!

*Periodista, escritor e quase poeta

Meu amigo Aristeu Plácido Júnior, chefe de gabinete do senador Fernando Dueire, a quem batizei de embaixador de Pernambuco em Brasília, recebeu uma dupla bela e justa homenagem do Senado: a Medalha Palácio Conde dos Arcos e o Certificado de Honra ao Mérito. As honrarias foram entregues pela diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, como parte das comemorações pelos 200 anos do Senado.

Com isso, a Casa Alta do Congresso ratifica o que toda bancada federal do Estado e a colônia pernambucana em Brasília também assinam embaixo: os relevantes serviços prestados por Aristeu e a excelência no desempenho de suas funções ao longo de sua trajetória profissional no Congresso Nacional.

Emocionado, nosso embaixador fez um rápido discurso no qual pontuou sua trajetória no Congresso Nacional, com ênfase para seus 13 anos de dedicação ao Senado. Correto com os que lhes estenderam a mão e abriram portas, agradeceu aos senadores Jarbas Vasconcelos e Fernando Dueire. “Sem eles, eu não teria chegado aqui, minha luz não brilharia, minha seria mais difícil repor as pedras da minha estrada”, afirmou.

Além de justa e oportuna, a homenagem deve ser entendida também como reconhecimento aos relevantes serviços que Aristeu prestou no início da sua vida pública em Brasília, atuando em diversos gabinetes na Câmara dos Deputados.

O irreal tem a mesma substância dos sonhos

A cada dia, postando nas suas redes o que mais aprecia – vender doces ilusões – fico convencido de que a governadora Raquel Lyra (PSDB) não leva a inteligência dos pernambucanos a sério. Sua mais recente provocação: incutir a ideia de que a extensão da duplicação da BR-232, de São Caetano, até Serra Talhada, e não Arcoverde, projeto original, já é uma realidade palpável, quando, na verdade, é uma sombra imperfeita do que seria realidade.

Estou convencido ainda de que o modo dela de governar não procura o real, persegue o irreal. Do irreal, só resulta a impotência, porque o que não é possível conceber não se pode dominar. Raquel, meus caros leitores, não está duplicando a 232 até Serra, até porque a estrada não lhe pertence. É federal. E o Governo Lula está em fase do exercício implacável da tesoura. A ordem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é cortar.

Até o social não escapa, conforme protestou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, provocando a ira no seio do núcleo duro do Governo. Se não há dinheiro para programas sociais, de onde vai aparecer grana para a duplicação de um projeto em Pernambuco que não está entre as prioridades de Lula? O ex-governador Jarbas Vasconcelos fez a duplicação do Recife a São Caetano com dinheiro azul e branco, do tesouro estadual, resultado da privatização da Celpe.

Um erro grosseiro, diga-se de passagem, porque Jarbas se apoderou de uma concessão federal e até hoje o Estado não consegue resolver um imbróglio em Brasília por conta do desvio de finalidade. Mas era uma promessa de campanha e ele botou na cabeça que tinha que cumprir de todo jeito, mesmo a União, dona da estrada, não ter colocado um centavo na obra.

A governadora não está iniciando a duplicação de São Caetano a Serra Talhada. Apenas autorizou a contratação de um estudo de viabilidade técnica, que se não me falha a memória, já existe, iniciativa do governo passado. Se já existe, por que então gastar rios de dinheiro para fazer um novo estudo? Grande parte do que vejo de propaganda deste governo é irreal. E o irreal é feito da mesma substância de que são feitos os sonhos.

RESTAURAÇÃO SONRISAL – Seria cômico se não fosse trágico sair do Recife pela BR-232 e se deparar com outdoors, pagos pelos impostos dos contribuintes, passando a informação de que a duplicação até o Sertão já é realidade. Raquel espalha fake news. Devia compreender que está gerando uma grande esperança. Esperança gera expectativas reais quando tudo parece irreal. Aliás, as obras de restauração que começaram na mesma estrada federal são iguais a Sonrisal: em muitos trechos, a buraqueira já é vista do mesmo jeito, para infelicidade dos que transitam pela via mais movimentada do Estado.

Um ano para se chegar ao projeto! – A governadora diz que vai investir R$ 5,1 bilhões no chamado Programa PE na Estrada, no qual o projeto de viabilidade técnica para duplicação da BR-232 até Serra Talhada está incluído. O primeiro lote do projeto, segundo o Governo, vai de São Caetano e Arcoverde, extensão de 108,9 quilômetros. Já o segundo lote atende ao trecho entre Arcoverde e Serra Talhada, com 156 quilômetros de extensão. A previsão é de que os projetos sejam concluídos em dez meses e que as obras sejam iniciadas no primeiro semestre de 2026. Ou seja, só o projeto vai consumir quase um ano para sair do papel, mas a governadora vende gato por lebre, a ideia de que a duplicação é cristalina na realidade. Coitados de nós, pobres mortais pernambucanos!

Custo dos estudos é R$ 40 milhões – Os editais de licitação para elaboração do projeto de duplicação da BR-232, entre as cidades de São Caetano, no Agreste, e Serra Talhada, no Sertão, já estão no Diário Oficial. De acordo com as publicações, as empresas contratadas serão responsáveis por elaborar estudos e relatórios de impacto ambiental e o projeto básico e executivo de engenharia para a duplicação, adequação e restauração da pista da rodovia. Para essa fase inicial de elaboração dos projetos, os contratos terão valor total de R$ 37,2 milhões.

Ainda vão à caça do dinheiro – O próprio secretário de Infraestrutura do Governo do Estado, Diogo Bezerra, admite que a governadora não tem dinheiro para duplicação da estrada. “Com o projeto em mãos, iremos buscar recursos e fazer essa grande entrega para a população”, diz ele. O secretário, entretanto, vai encontrar as portas federais fechadas em Brasília. O Ministério da Fazenda está anunciando um bloqueio da ordem de R$ 5 bilhões no orçamento do ano que vem, sob os protestos de vários ministros, inclusive de Renan Filho, dos Transportes, única porta que estaria aberta para o secretário.

Cortes podem ter impacto de R$ 70 bilhões – O governo Lula engajou em um discurso sobre os cortes de gastos para equilibrar as contas públicas, mas ainda não houve anúncio oficial. É a quarta semana que o tema toma conta da equipe econômica. O governo se comprometeu a acabar com o rombo nas contas públicas em 2024. O objetivo é que os gastos sejam iguais às receitas e espera-se um déficit zero. Na prática, é necessário aumentar a arrecadação e diminuir despesas. Entretanto, pouco foi feito pelo lado da segunda opção. Por isso, a cobrança do mercado financeiro pelo anúncio das medidas. O Congresso sinalizou que o impacto total do pacote deve ser de R$ 70 bilhões.

CURTAS

PLANOS – O governo federal espera mexer com uma série de despesas no pacote que visa reduzir os gastos públicos. Os planos incluem mudanças nas regras do salário-mínimo, no abono salarial e na pensão dos militares.

MILITARES – Segundo o ministro Fernando Haddad, o corte dos gastos com militares deve trazer uma economia anual de R$ 2 bilhões aos cofres públicos. As medidas incluem a determinação de uma idade mínima para aposentadoria e o fim da pensão a familiares de militares expulsos do Exército.

BLOQUEIO – O ministro descartou a possibilidade de contingenciamento, mecanismo usado quando as receitas do governo vêm abaixo do esperado. O que se enxerga é o contrário, a arrecadação com impostos tem batido recordes. “Talvez seja um pouquinho mais, mas é na casa dos R$ 5 bilhões. É bloqueio porque a receita está correspondendo às expectativas”, disse.

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Por Luiz Carlos Azevedo*

Duas semanas antes de terminar o seu mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro compareceu a um jantar na casa do ex-ministro das Comunicações Fábio Faria, para o qual também foram convidados o então ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, presidente do PP, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli. O encontro antecedeu a exoneração de Faria da pasta, a pedido, o que viria ocorrer em 21 de dezembro, uma quarta-feira.

O vazamento do encontro ocorreu duas semanas após a conversa. Na primeira versão, “oficial”, Bolsonaro estaria abatido com a derrota eleitoral e pretendia tirar um “período sabático” nos Estados Unidos, não comparecendo à posse de Lula. Nogueira, Faria e Toffoli tentaram convencer Bolsonaro a reconhecer a vitória do petista, para esvaziar os acampamentos bolsonaristas à porta dos quartéis, que defendiam uma intervenção militar e não reconheciam o resultado das urnas.

Bolsonaro teria se eximido de responsabilidade — “não mobilizou nada, então não vai desmobilizar nada” — e prometeu aos presentes que não faria “nenhuma aventura”. Mais tarde, novos vazamentos deram mais detalhes: o ex-chefe do Planalto teve duas crises de choro, disse que não queria ser preso, que temia uma perseguição aos seus filhos e que não apoiava a realização de “atos terroristas”. Na ocasião, teria sido convencido a não assinar a tal “minuta do golpe”, o decreto de intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encontrado em poder do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

O encontro causou grande constrangimento para Toffoli, criticado por participar do jantar, num momento de muita tensão política entre Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes. Quando presidente do Supremo, Toffoli foi o responsável por autorizar a abertura do inquérito das fake news, cujo relator é Moraes e que agora resultou no indiciamento do ex-presidente e seus aliados. Nos bastidores da Corte, porém, sabia-se mais.

Havia uma batalha entre a ala política do governo, que reconhecia o resultado da eleição, e o grupo de generais e policiais que cercava Bolsonaro, que pretendia mesmo impedir a posse de Lula, custasse o que custasse, sabe-se agora, inclusive, o assassinato do presidente eleito, seu vice Geraldo Alckmin e do próprio ministro Moraes, cujo sequestro ou assassinato teria sido preparado e abortado de última hora, em 15 de dezembro. Na ala política, os mais influentes eram Nogueira, Faria e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Jorge Oliveira, advogado e policial militar, que fora secretário-geral da Presidência. O grupo militar era liderado por Braga Netto, o vice de Bolsonaro, mas não contou com apoio do Alto Comando do Exército.

Sustentação política

Destoava do grupo o almirante de esquadra Flávio Rocha, ministro da secretaria de Assuntos Estratégicos, apesar de o então comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, ter oferecido a Bolsonaro o emprego de seus fuzileiros navais para dar o golpe, “bastava uma ordem”. O almirante Moura Neto, ex-comandante da Marinha, ao lado do general Enzo Peri, ex-comandante do Exército, atuaram nos bastidores da transição para que as respectivas forças não aderissem ao golpe. Apesar de supostamente “bolsonarista”, o então comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, não aderiu aos golpistas.

Também faltou articulação internacional em apoio ao golpe. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reconheceu de pronto a vitória de Lula. Depois, um diplomata lotado no Supremo foi despachado aos Estados Unidos para relatar ao Departamento de Estado, informalmente, o que estava se passando na transição de governo. Os militares norte-americanos mantêm estreita relação de cooperação com seus colegas brasileiros, principalmente do Exército, desde a II Guerra Mundial.

Havia base social para que o golpe fosse bem-sucedido, devido à estreita margem de vitória de Lula e à intensa mobilização dos militantes bolsonaristas. Também havia apoio de corporações que se identificam com Bolsonaro, como a maioria dos integrantes do Exército. Mesmo assim, prevaleceram a hierarquia e a disciplina, apesar dos esforços dos generais golpistas para desmoralizar o Alto Comando do Exército. O fator decisivo para frustrar o golpe, porém, foi a falta de apoio político e institucional, no Judiciário, inclusive na Justiça Militar, e no Congresso Nacional.

A vitória de Lula já havia sido reconhecida por todos os partidos, com exceção do PL de Bolsonaro, cujo presidente, Valdemar Costa Neto, entrou com uma ação que questionava o resultado das urnas. Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), apoiavam a ala política do governo que trabalhava para neutralizar os golpistas. Nas conversas, todos se remetiam ao que ocorreu com os políticos que apoiaram o golpe militar de 1964 e acabaram tendo os direitos políticos cassados pelos militares, como Carlos Lacerda (UDN) e Juscelino Kubitschek (PSD).

*Repórter especial do Correio Braziliense