Sebrae - Compre Pequeno
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O amor é lindo e dura para sempre! 

Primogênito da família, meu irmão Tarso Martins festeja, hoje, 51 anos de casamento com a sua eterna e musa inspiradora Marilene Oliveira, a Leninha, como a tratamos carinhosamente. Da união, resultaram quatro filhos, que deram a eles oito netos. 

Tarso foi o braço direito de papai Gastão no comércio, no ramo de miudezas em geral. Hoje, é servidor público municipal. Político e servidor público federal da ECT, papai viveu fases brilhantes, chegou a ser um dos mais prósperos comerciantes de Afogados da Ingazeira.

Como a política e os Correios preenchiam muito a sua agenda, coube a Tarso assumir a loja, batizada de Casa Gastão. Vendia de tudo, de botão a enfeites de Papai Noel. Papai ganhava rios de dinheiro e aplicava tudo na poupança. 

O Plano Collor confiscou a poupança de todos os brasileiros e levou meu pai às ruínas. Quebrou, literalmente. Era o fim de uma história bem-sucedida de um matuto que entrou no comércio vendendo banana na feira.

Jaboatão dos Guararapes - Natal Solidário 2024

Por Letícia Lins*

Depois de grupo do Mediotec Senac – que já venceu várias etapas do concurso ” Nasa Space  Apps Challenge 2024″ – agora é a vez de um colégio particular, o GGE, mostrar a que veio em um outro desafio lançado pela agência norte-americana: o Nasa Young Leaders. É que uma equipe do estabelecimento, formada por 18 estudantes, esteve no renomado projeto de imersão em laboratórios e instalações da Agência, em Houston. Detalhe: o grupo voltou do intercâmbio com medalhas de ouro, prata e bronze, em várias atividades que foram propostas pelos engenheiros do Johnson Space Center. Entre eles, desafios de robótica e até lançamentos de foguetes. Ou seja, a garotada está “virada no mói de coentro”, como diz a gíria.

Os estudantes são de unidades do GGE no Recife (capital), Caruaru (Agreste) e Petrolina (Sertão). Segundo o diretor do GGE em Petrolina, Ricardo Diniz, foi a primeira vez que um colégio brasileiro participou do programa Nasa Young Leaders. Diniz idealizou e organizou a participação dos estudantes na ação. “Foi, de fato, um grande momento de interação entre vários estudantes de países diferentes, com muita cooperação em grupo. E nosso resultado mostra que temos uma carga horária e uma proposta de ensino em nível internacional, com educação de excelência”, completa o diretor, referindo-se aos métodos do colégio, com aulas de robótica, cultura maker e vivência constante em laboratórios.

Além das competições, durante quatro dias, os jovens do Ouro Nasa tiveram oportunidade de conversar com engenheiros, astronautas e demais profissionais que atuam no centro de treinamento e tirar dúvidas sobre questões técnicas e sobre o dia a dia de descobertas e inovações. Todos receberam certificados de participação da semana de intercâmbio no Johnson Space Center. Nas unidades no Grande Recife viajaram três estudantes.

Entre os alunos vencedores estava José Elton Marinho Da Luz, de 17 anos, do GGE Aldeia, participante do grupo medalha de ouro na final do intercâmbio. “ Chegamos lá sem conhecer quase ninguém, mas fomos nos enturmando e nos tornamos muito próximos uns dos outros. Quando começaram as competições, levamos tudo muito a sério, como deveria ser. Conseguimos levar ouro nas competições de construção e lançamento de foguete e de cápsula criogênica. Ficamos com duas fitas de primeiro lugar e, consequentemente, a medalha de ouro geral da Nasa”, afirma.

“Essa vitória foi muito importante para conseguir o respeito de todos os grupos de outros países, que no início tiravam onda com a gente, dizendo que não iríamos ganhar nada”, completa. No início do mês, o GGE tinha aparecido com outra façanha. Seu aluno Heitor, de apenas oito anos, foi o único pernambucano selecionado para integrar um programa de visita ao Instituto de Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e o Polo Aeroespacial Brasileiro, em São José dos Campos -SP.

Além dos alunos do GGE, uma outra equipe pernambucana – Mediotec Senac Recife – vem fazendo bonito em outro desafio lançado pela Nasa para jovens estudantes, o Nasa Space Apps Challenge 2024  Eles formaram a equipe “Flor de Mandacaru”, que apresentou o Projeto Florescer, uma plataforma educativa voltada para alunos e professores sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). A competição ainda não terminou, e a garotada já garantiu participação na etapa final, quando concorrem com 946 ideias vindas de todo o mundo.

*Jornalista do Oxe Recife

Conheça Petrolina

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, disse que o homem-bomba Francisco Wanderley Luiz, que fez um ataque na Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi um “bestão” que acabou se matando com fogos de artifício.

A fala aconteceu neste sábado (16), durante o Cria G20, no Rio de Janeiro, em um painel sobre a regulação das plataformas digitais. Um dos convidados seria o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que acabou não indo para o evento por questão de segurança, segundo Janja.

“A gente convidou o ministro Alexandre de Moraes que tem sido um grande parceiro nessa questão das fake news, por mais que seja difícil, ele está enfrentando. E por conta do que aconteceu em Brasília, inacreditavelmente essa semana, e o ‘bestão’ lá acabou se matando com fogos de artifício, mas enfim. Incrível”, afirmou Janja.

“A gente ri, mas é sério. Olha só o que faz as redes sociais na mente das pessoas”, prosseguiu.

Em depoimento à Polícia Federal (PF) sobre o caso, a ex-mulher de Wanderley afirmou que seu intuito seria matar Moraes.

De acordo com a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), o homem-bomba tentou invadir a sede do STF. Ao não conseguir, ele acabou morrendo com as explosões na porta da Suprema Corte.

Houve ainda uma primeira explosão, do carro de Wanderley, que estava estacionado próximo ao anexo 4 da Câmara dos Deputados.

Da CNN

Camaragibe Avança 2024

Durante um dos eventos ligados ao G20, no Rio de Janeiro, a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, se incomodou com a resposta de uma mulher da plateia que chamou o festival de música que ela ajudou a promover de “Janjapalooza”. Após o comentário, Janja corrigiu a participante e disse que a iniciativa se chama Aliança Global Festival Contra a Fome e a Pobreza.

“Não, filha, é Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Vamos ver se consegue entender a mensagem, tá?”, respondeu a primeira-dama à mulher. O episódio aconteceu na sexta-feira (15), durante o lançamento da Plataforma de Igualdade Étnico Racial na conferência, que reúne as maiores economias do mundo e países emergentes. Na ocasião, Janja havia perguntado às pessoas presentes quem havia ido no primeiro dia do festival, que começou na quinta-feira (14).

O termo “Janjapalooza” repercutiu nas redes sociais após a primeira-dama anunciar que estava ajudando a promover as atrações musicais. O apelido foi dado em referência ao festival de rock independente Lollapalooza.

Algumas pessoas fizeram até vídeos, como o que você pode conferir abaixo:

A Aliança é a principal aposta da presidência brasileira do G20, que pela primeira vez acontece no Brasil. A iniciativa pretende reunir recursos e conhecimento para implementar políticas públicas e ações que já se mostraram eficazes na redução da fome e da pobreza no planeta.

Do O GLOBO

Oito das mais importantes lideranças da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Pernambuco (OAB-PE),  sete ex-dirigentes  e o atual presidente declararam apoio a Ingrid Zanella para presidir a Ordem em Pernambuco pelos próximos três anos. 

“Que honra contar com esse reconhecimento vindo de homens que admiro e respeito e que  sacrificam tempo e o convívio familiar, o lazer em prol da advocacia. Lideranças tão representativas que veem em mim um passo certo para o futuro”, declarou Ingrid.

Zanella também destacou que o apoio transcende uma mera disputa eleitoral. “É emocionante perceber que este projeto é de todos – deles e delas. É inspirador ver essas lideranças unidas para contribuir com suas experiências e forças, permitindo que, pela primeira vez em quase 93 anos de história, uma mulher assuma a presidência da nossa Ordem. Este apoio é um reconhecimento, e também um ato de generosidade. Sou grata e honrada.”

O expressivo grupo de apoiadores é formado pelos ex-presidentes Jorge da Costa Neves (1989-1995), Aluísio José de Vasconcelos Xavier (1995-2000), Ademar Regueira Neto (2001-2003), Júlio de Oliveira Neto (2004-2006), Henrique Neves Mariano (2010-2012), Ronnie Duarte (2016-2018), Bruno de Albuquerque Baptista (2019-2021) e Fernando Ribeiro Lins (2022-2024), gestão na qual Ingrid Zanella atua como vice-presidente.

A candidata ressalta que sua chapa já está fazendo história ao ter duas mulheres como principais concorrentes à presidência da OAB-PE – ela e a advogada e professora Schamkypou Bezerra. “Não basta apenas pregar renovação. Ela precisa vir acompanhada de experiência. E esse apoio expressivo reforça nosso propósito: reunir conhecimento para propor soluções concretas em benefício da advocacia”, afirmou Ingrid confiante  sobre a vitória das eleições do próximo dia 18”, pontua.

A pedido do deputado  Coronel Alberto Feitosa, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vai realizar, amanhã (18), uma Audiência Pública para avaliar e propor melhorias no Sistema de Saúde dos policiais militares de Pernambuco.

O pedido atende uma reivindicação das famílias militares e bombeiros militares que denunciam a falta de médicos e de estrutura adequada. O parlamentar, que serviu 27 anos a PMPE,  reforça que é um representante dos militares no legislativo e destaca que, em julho deste ano, esteve visitando o Hospital da Polícia Militar, denunciando as condições precárias de estrutura e falta de medicamentos. 

Feitosa afirma que já falou com o presidente da Comissão de Saúde da Alepe, deputado Adalto Santos , e com o presidente da Comissão de Segurança Pública, Fabrizio Ferraz. “Todos os policiais militares e bombeiros militares estão convidados a participar dessa audiência pública”, pontuou Feitosa.

A gestão do prefeito Gilvandro Estrela entregou, na última quinta-feira (14), a primeira ambulância-UTI do município, fruto de uma parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). 

O evento, que aconteceu em frente à sede da Prefeitura de Belo Jardim, contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o prefeito. o deputado federal Mendonça Filho, o vice-diretor da Universidade Federal Rural, Luciano Galvão; a secretária de Saúde, Aline Cordeiro; além de outros secretários municipais, vereadores e servidores.

Esta é a primeira ambulância-UTI entregue na cidade. A Prefeitura destaca que, desde o início do governo de Gilvandro Estrela, já foram entregues quatro ambulâncias semi-UTI para ajudar em procedimentos de alta complexidade.

“Estamos recebendo uma ambulância para servir ao nosso povo e já entregamos quatro semi-UTI. Vamos continuar trabalhando e servindo ao povo de Belo Jardim,” disse o prefeito Gilvandro Estrela.

Esse tipo de ambulância é indicado quando o paciente apresenta alto risco de morte, devido à necessidade de transporte com suporte avançado de vida. “Hoje estamos entregando mais um veículo, em parceria com a universidade, e não poderia deixar de agradecer ao professor Luciano por ter feito de tudo para conseguirmos essa ambulância,” finalizou a secretária de Saúde, Aline Cordeiro.

Por José Luis Costa e Houldine Nascimento*

Os Estados Unidos perderam o protagonismo histórico na América Latina, no século 21. De lá para cá, a China conseguiu aumentar sua relevância na economia dos países da região.

Em 2000, o principal parceiro de fora da região no comércio com as nações latino-americanas eram os norte-americanos. Em 2023, o cenário mudou e os chineses dominaram a pauta exportadora do Brasil e em quase todos os Estados hispânicos. Equador, Colômbia e a Guiana são exceções da América do Sul.

O Poder360 preparou um infográfico que mostra um comparativo quanto aos principais parceiros comerciais extrarregionais de cada país latino-americano em 2000 e em 2023.

Confira:

A balança comercial reflete a importância dos chineses aos países da região, uma vez que a China consolidou a liderança como destino das exportações da América Latina. Os Estados Unidos têm um superavit de US$ 125 bilhões com as nações da América Latina.

Os chineses, um deficit de US$ 124 bilhões, o que é positivo para os países latino-americanos, que vendem mais ao país asiático do que compram. A China foi responsável em 2023 por importar US$ 104,3 bilhões do Brasil. O resultado também representou o maior saldo positivo da história para os brasileiros (US$ 51,1 bilhões). O valor representou 30,6% do total das exportações brasileiras para todo o mundo (US$ 339 bilhões).

Em 2000, as exportações do Brasil para a China totalizaram apenas US$ 1,1 bilhão. Para comparação, os Estados Unidos importaram US$ 37,1 bilhões do Brasil em 2023 e, em 2000, US$ 13,4 bilhões.

A Argentina tinha o Brasil como principal destino de suas exportações em 2000: totalizou US$ 7 bilhões em produtos. Os EUA ocuparam a 2ª posição, com US$ 3,1 bilhões.

Os norte-americanos eram, portanto, os principais parceiros no comércio com a Argentina de fora da América Latina. Para a China, os argentinos haviam exportado US$ 824,2 milhões, de acordo com dados do Banco Mundial.

Em 2023, o Brasil também foi o principal destino das mercadorias da Argentina, com US$ 11,9 bilhões em exportações. A corrente comercial totalizou US$ 29,2 bilhões no ano passado. O número diz respeito à soma das exportações e importações.

A China ocupou o posto de principal parceiro extrarregional argentino, com a corrente atingindo US$ 19,2 bilhões em 2023. Deste valor, US$ 5,3 bilhões foram de produtos exportados ao país asiático. As importações e exportações entre EUA e Argentina totalizaram US$ 14,2 bilhões em 2023.

Estratégia

O crescimento na relação comercial da China com os Estados da América Latina é uma forma de isolar Taiwan do resto do mundo. Dentre os 11 países com relações diplomáticas com a ilha, 7 são latino-americanos. Outras 5 nações da região cortaram laços políticos com os taiwaneses para firmarem acordos com os chineses no século 21. 

Os investimentos em infraestrutura no continente fazem crescer a importância do país asiático aos países latino-americanos, tornando-os mais dependentes de Pequim. Peru, México, Venezuela, Colômbia e Equador são algumas das nações beneficiadas pelos investimentos diretos da China. 

Essa estratégia política internacional da China é reconhecida mundialmente e aplicada em outros lugares, como na África, onde os chineses são acusados de promoverem uma nova colonização. Com esse método, Pequim busca aumentar a sua influência na geopolítica e ter acesso facilitado a matérias-primas para a sua indústria e o consumo interno. 

A política externa da China se diferencia drasticamente da norte-americana. A partir de 2000, os Estados Unidos focaram os seus esforços na “Guerra ao Terror”, resolução dos problemas causados pela crise econômica de 2008 e nas relações com os países europeus. Isso os diferencia dos chineses.

A atitude fez com que os EUA deixassem em 2º plano a relação com a América Latina, que se aproximou ideologicamente dos chineses ao atuar pelo fortalecimento do Sul Global. O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o venezuelano, Nicolás Maduro (Partido Socialista Unificado da Venezuela, esquerda), constantemente utilizam-se da ideia como meio para mudar a ordem global vigente e resolver problemas econômicos das nações subdesenvolvidas.

Por outro lado, os Estados Unidos atuaram no século 21 pela manutenção do status quo. Com a 1ª eleição do republicano Donald Trump à Casa Branca, em 2016, o país se voltou para as questões internas. O relacionamento do então presidente dos EUA com a América Latina foi focado na resolução da imigração ilegal e no combate ao narcotráfico.

Durante o governo Trump, os chineses firmaram acordos comerciais com os países latino-americanos e reforçaram a interação Sul-Sul. Sob a presidência do democrata Joe Biden, o movimento se manteve e os EUA não protagonizaram a política da região como no século 20, quando os norte-americanos eram os principais parceiros comerciais e políticos dos regimes instalados na América Latina no período.  

Para amenizar a situação, a administração Biden anunciou, em julho de 2024, o investimento de US$ 30 milhões para a extração de minérios. O valor, porém, é de baixo impacto aos países da região e não irá reduzir a influência da China na América Latina, que tende a continuar em crescimento. 

A eleição de Donald Trump para um 2º mandato presidencial coloca novamente os problemas internos dos Estados Unidos como o foco do republicano, com a influência na América Latina não sendo de tão alta importância como para os chineses. 

*Jornalistas do Poder360

Um imóvel que pertence a Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiu França”, pegou fogo, na manhã deste domingo (17), em Rio do Sul (SC). Ele morreu na noite de quarta-feira (13), após atirar explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com informações apuradas com a Polícia Militar, a ex-esposa de Francisco é suspeita de atear fogo no local. Daiane Dias ficou ferida na ocorrência e chegou a ser resgatada por um vizinho, que relatou à CNN que a mulher apresentava queimaduras pelo corpo quando foi retirada da casa. Ela foi levada a um hospital nas proximidades, com queimaduras de terceiro grau pelo corpo. As chamas já foram controladas pelos Bombeiros.

A Polícia Civil foi acionada para periciar o imóvel. Técnicos utilizam drones para captar imagens que serão utilizadas na investigação da ocorrência. A Polícia Federal também atua no caso.

Sobre o homem-bomba

Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiu França”, de 59 anos, morreu durante as explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na última quarta-feira (13). Sua identidade foi confirmada pela Polícia Federal por meio de reconhecimento visual.

França foi candidato a vereador pelo PL em 2020 na cidade do Rio do Sul, no interior de Santa Catarina, a 200 quilômetros de Florianópolis. Na ocasião, ele recebeu 98 votos e não conseguiu uma vaga na Câmara Municipal.

Segundo declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele teria R$ 263 mil em bens. Os valores eram divididos entre motocicletas, três carros e um prédio residencial. Ele estava morando em Ceilândia, cidade satélite de Brasília. No imóvel, policiais acharam sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Ex-mulher foi ouvida pela PF

A ex-mulher do autor do ataque à bomba na Praça dos Três Poderes prestou depoimento à Polícia Federal (PF) na manhã da última quinta-feira (14) e disse que o intuito de Francisco Wanderley Luiz era matar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Queria matar o ministro Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto na hora do atentado”, disse a testemunha a agentes do setor de inteligência da Polícia Federal. Segundo o depoimento, o ataque foi planejado e teve pesquisas no Google em relação ao ministro.

Da CNN

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) alcançou o selo Diamante em transparência pública segundo o Programa Nacional de Transparência Pública (PNTP), iniciativa do Sistema dos Tribunais de Contas, que teve os resultados finais de 2024 divulgados em Foz do Iguaçu, na quarta-feira (13).

O programa avaliou 7,3 mil portais públicos a partir de diretrizes estabelecidas na cartilha “Acesso à Informação na Prática: orientações para cidadãos, gestores públicos e Tribunais de Contas”. Os resultados de todas as edições podem ser acessados no Radar da Transparência Pública por meio do site (clique aqui).

O índice alcançado pelo MPPE foi de 98,09% de exigências atendidas pelo ENTC, onde atingiu 100% dos itens considerados essenciais. Nos três anos em que houve avaliação, a instituição sempre foi Diamante no Radar da Transparência.

De 2023 para 2024, o PNTC resultou em 58,4% dos portais participantes aprimorados. Foram sete mil pessoas envolvidas no trabalho ao longo do ano, com a participação de 32 tribunais de contas do País. Este ano, somente o Rio Grande do Sul não participou do projeto, por conta da calamidade das enchentes que o estado sofreu em abril.

O índice geral de transparência de 2024 foi de 63,94%, um crescimento de 10% em relação ao índice do ano passado. Em 2024, o índice medido pelo PNTP teve 64,91% de participação geral. De 11.354 unidades gestoras do País, 7.370 portais foram avaliados e 1.831 portais certificados, um incremento de 38,92% em relação a 2023. Destes, 579 portais receberam o “Selo Diamante”, 694 o “Selo Ouro” e 558 o “Selo Prata”.

Em Pernambuco, considerando até municípios, o MPPE ficou entre os 21 que receberam o selo Diamante.

O PNTP é coordenado pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), em parceria com os 33 Tribunais de Contas do país. O objetivo do programa é padronizar, orientar, estimular, induzir e fiscalizar a transparência da Administração Pública em todos os poderes e órgãos públicos do Brasil.

Na véspera da abertura da Cúpula de Líderes do G20 (grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá um dia intenso, com reuniões bilaterais com 11 chefes de Estado e de Governo neste domingo (17). Os encontros ocorreram no Forte de Copacabana, mesmo lugar em que o presidente se encontrou neste sábado (16) com o secretário-geral da ONU, António Guterres.

Após participar da sessão de abertura do Urban 20, grupo de cidades dos países membros do G20, Lula iniciou a maratona de encontros bilaterais às 10h30, com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa. A África do Sul será o próximo país a presidir o G20, recebendo o comando do grupo na terça-feira (19).

Em seguida, às 11h20, Lula se reunirá com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim. Às 12h10, o presidente se encontrará com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni. Essa será a terceira reunião entre os dois. Em junho do ano passado, o presidente se encontrou com a primeira-ministra em visita à Itália. Em junho deste ano, Lula se reuniu novamente com Meloni na reunião do G7 (grupo das sete maiores economias do planeta), realizada no país europeu.

Após uma pausa para o almoço, Lula se encontrará com o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Sheikh Khaled bin Mohamed bin Zayed Al Nahyan, às 14h15. Às 15h, terá reunião com a presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

A série de encontros bilaterais continua às 15h, com o presidente do Vietnã, Pham Minh Chinh, e às 16h40, com o presidente de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço.

Às 17h30, Lula se reunirá com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan. Os dois devem conversar sobre o pedido da Turquia de integrar o Brics, bloco de economias emergentes fundado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Segundo o governo turco, o Brics ofereceu recentemente à Turquia status de país sócio. Às 18h20, o presidente brasileiro se encontrará com o presidente egípcio, Abdel Fattah El-Sisi.

A maratona de encontros bilaterais termina às 19h30, com uma reunião com o presidente francês, Emmanuel Macron. Às 20h20, Lula encerrará o dia com um encontro com o presidente da Bolívia, Luis Arce.

Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participará da maioria das reuniões. Ele acompanhará Lula nos encontros com os presidentes da África do Sul e da França, com o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, com a presidenta da Comissão Europeia e com os primeiros-ministros da Malásia e da Itália.

Haddad terá uma reunião bilateral às 17h40 com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, no Hotel Fairmont, que hospeda boa parte das comitivas oficiais da reunião do G20. Esse encontro não terá a participação de Lula.

Da Agência Brasil

Por Letícia Lins*

Sinceramente, com o preço dos alimentos na altura do gogó, nada como iniciativas que possam combater a fome. Em Pernambuco, já somam 165 as cozinhas comunitárias que estão em funcionamento, 110 das quais implantadas na gestão da Governadora Raquel Lyra. Destas, 71 foram entregues em 2024. Juntas, elas fornecem 726 mil refeições por mês.

A mais recente, foi entregue na quinta-feira, véspera do feriado. É a Cozinha Comunitária Bartolomeu Teotônio de Macedo, no município de Dormentes,  a 751 quilômetros do Recife. Dormentes é um antigo distrito de Petrolina, e fica no Sertão do São Francisco. “O combate à fome sempre será uma prioridade do nosso governo, não só no discurso, mas também na prática. Já entregamos 110 cozinhas  ao mesmo tempo em que triplicamos o volume de recursos repassados aos municípios para assistência social”, afirma a governadora Raquel Lyra.

O espaço servirá 200 almoços diários, de segunda a sexta-feira. São beneficiadas pessoas em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar, cadastradas pelos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) e Centros de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) locais.

Com a inauguração, passam a ser entregues 726 mil refeições mensais através das cozinhas. As cozinhas comunitárias integram o Programa Bom Prato, administrado pela Secretaria de Assistência Social, Combate à Fome e Políticas sobre Drogas (SAS), por meio de sua Secretaria Executiva de Combate à Fome (SECOF). A implementação de cada unidade é realizada em parceria com os municípios, que recebem R$ 50 mil de investimento estadual para a implantação e R$ 20 mil mensais para manutenção. O Estado garante, ainda, monitoramento e apoio técnico constante para assegurar a qualidade das refeições.

*Jornalista do Oxe Recife

Só agora, em meio a corridinha de 8 km na Jaqueira, me veio à lembrança outro terrível vexame que passei como “foca” (jornalista em início de carreira), tema da crônica domingueira de hoje. Num fim de tarde, já de saída para a faculdade (eu estagiava no Diario de Pernambuco), o chefe de reportagem, Selênio Homem de Siqueira, me escalou para cobrir a chegada do então ministro do Interior, Mário Andreazza, na Base Aérea do Recife. 

Não havia nenhum repórter do quadro do jornal disponível. Selênio olhou em minha direção e disse: “Vá correndo pra Base Aérea entrevistar Mário Andreazza. Na pauta, escreveu algumas sugestões de perguntas. Chamou o fotógrafo Edvaldo Rodrigues para me acompanhar. 

Deu aquele frio na barriga. Eu entrevistar ministro? Passei a tremer feito vara verde. Na Base Aérea, onde pousavam os aviões do poder, os carros de reportagem tinham livre acesso. Entramos sem a menor cerimônia, mas nem isso me acalmou. 

Quando o jatinho do ministro pousou, eu era o único jornalista a esperá-lo. Que falta de sorte, pensei. Nenhum colega aqui para fazer a primeira pergunta! Ai, foi que tremi sem parar. Estava tão nervoso que o gravador tremia nas minhas mãos. 

Simpático e sorridente, Mário Andreazza se aproximou de mim, joguei o gravador na cara dele e cadê a pergunta sair?. Me engasguei, fiquei tão gago que o ministro não entendeu patavinas. 

Vendo que eu engatinhava na profissão, Andreazza me segurou pela mão direita e disse: “Fique calmo! Vou dizer aqui no seu gravador a razão da minha presença aqui. E fez uma longa gravação sem eu interromper de tão nervoso que fiquei. 

Andreazza me salvou de voltar à redação sem uma linha sobre a presença dele em Pernambuco.

A comissão temporária externa do Senado que acompanha as ações de enfrentamento às enchentes no Rio Grande do Sul reuniu-se, na última quinta-feira (14), na Assembleia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, para apresentar uma série de propostas e recomendações elaboradas pelo colegiado. 

O encontro foi presidido pelo senador Paulo Paim (PT-RS). Coube ao senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), relator da comissão, expor os principais pontos que resumiram o trabalho. Ele listou várias sugestões para os Poderes Executivo e Legislativo em âmbito nacional, regional e municipal. 

“A reconstrução do estado exigirá uma mobilização coletiva, diante da devastação causada pelas enchentes. Será preciso implementar políticas de governança, avaliação de riscos e planejamento estratégico. Além disso, é essencial que se crie um fundo de reconstrução para apoiar esses esforços, sendo que o compromisso com a recuperação a longo prazo deve orientar todas as ações”, resumiu Mourão. 

Entre as recomendações dos senadores ao governo federal, estão:

  • desenvolver um plano abrangente de resposta a desastres;
  • ampliar o monitoramento climático e hidrológico;
  • investir em inovação tecnológica;
  • criar um plano nacional de resiliência urbana;
  • contribuir para a criação de novas moradias para deslocados;
  • implementar protocolos de atendimento a populações vulneráveis. 

O colegiado também aponta caminhos para os governos do estado e dos municípios gaúchos. Na esfera estadual, sugere o desenvolvimento de projetos estruturantes para eventos climáticos extremos e a priorização da reconstrução de unidades de saúde. Já para os governos locais, propõe a revisão dos planos diretores, com a proibição de ocupação em áreas de risco de inundação, bem como a priorização da manutenção de obras de infraestrutura. 

Ao Poder Legislativo, é sugerida a aprovação de legislações para práticas agrícolas sustentáveis, além de:

  • discussão e aprovação, pelo Congresso Nacional, dos projetos e propostas específicas que foram apresentadas para a reconstrução do estado; 
  • criação de mecanismos legais para construção em áreas seguras;
  • estabelecimento de normas para a transição justa para a economia de baixo carbono; 
  • monitoramento e fiscalização dos recursos das emendas parlamentares destinadas para o estado em função das enchentes; 
  • proposição de alterações regulatórias para investimentos em infraestrutura resiliente. 

O senador Esperidião Amin (PP-SC), membro da comissão, falou sobre a proximidade de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul e relembrou tragédias climáticas semelhantes que enfrentou no estado quando foi governador de SC. 

“Estive aqui no final de maio, quando chovia muito. Vivenciei cenas e circunstâncias que me relembraram dos nossos momentos em que não faltou a solidariedade dos nossos vizinhos e de todos os brasileiros, o que no mínimo nos dá a energia de saber que não estamos sozinhos. As próximas turbulências climáticas serão ainda mais graves, temos que aumentar nossa resiliência e a capacidade de resposta, preventiva e seguinte aos fatos”, declarou. 

Também integrante do colegiado, o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) deixou um recado para a população gaúcha, especialmente para os habitantes do Vale do Taquari, área que abrange 40 municípios da região central do estado que foram atingidos pelas chuvas. 

“Tem sido feito um trabalho pelo governo federal voltado para as regiões mais afetadas por essas enchentes. É um estudo sobre o Vale do Taquari, a mais atingida, e infelizmente não havia nada anteriormente. Agora tem se desenhado esse trabalho para dizer qual a solução também para essa região. Não iremos descansar até que as obras sejam executadas”, ressaltou.

Segundo Paulo Paim, a leitura do relatório final será feita no dia 5 de dezembro, a partir das 9h, no Senado, com sessão para votação do texto apresentado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu neste sábado (16) que, até o fim do mandato, nenhum brasileiro vai passar fome no País. A declaração foi feita no último dia do Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na região central do Rio de Janeiro.

“Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa”, disse o presidente. “O que falta não é produção de alimentos. O mundo tem tecnologia e genética para produzir alimentos suficientes. Falta responsabilidade para colocar o pobre no orçamento público e garantir comida. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome até agora. E em 2026, não teremos nenhum brasileiro passando fome”.

O evento encerrou a programação do G20 Social, que reuniu durante três dias representantes do governo federal, movimentos sociais e instituições não governamentais. Na segunda (18) e terça-feira (19), acontece a Cúpula do G20, com os líderes dos principais países do mundo. A discussão de iniciativas contra a fome e a pobreza são bandeiras da presidência brasileira do G20.

“Quando colocamos fome para discutir no G20, era para transformar em questão política. Ela é tratada como uma questão social, apenas um número estatístico para período de eleição e depois é esquecida. Quem tem fome é tratado como invisível no país”, disse o presidente. “Fome não é questão da natureza. Não é questão alheia ao ser humano. Ela é tratada como se não existisse. Mas é responsabilidade de todos nós governantes do planeta”.

Da Agência Brasil

Por Cláudio Soares*

A primeira-dama Janja, durante um evento internacional, gerou controvérsia ao direcionar uma expressão de descontentamento ao empresário Elon Musk.                                                                                                          

O incidente levanta questões sobre a postura e o papel da primeira-dama em assuntos políticos e sociais, especialmente em um cenário global onde a diplomacia e a imagem do Brasil estão em jogo.

Críticos afirmam que a atitude de Janja pode prejudicar a reputação do País, refletindo falta de profissionalismo e comprometendo a seriedade das interações diplomáticas.                                                                          

A primeira-dama, tradicionalmente vista como uma representante das causas sociais e culturais, deve agir com responsabilidade e respeito, considerando o impacto de suas palavras em um cenário internacional.

Esse episódio destaca a importância de uma comunicação cuidadosa por parte de figuras públicas e a necessidade de uma postura que promova o diálogo construtivo, essencial para a construção de relações sólidas no exterior.  

A expectativa é que futuras interações sejam pautadas por uma abordagem mais diplomática, a fim de preservar a imagem do Brasil no cenário global.

A repercussão de ações como essa pode ter efeitos duradouros na relação do Brasil com outros países e, principalmente, com os Estados Unidos em sua diplomacia. A construção de uma imagem nacional positiva depende do comportamento e da postura de seus representantes. 

A Janja era uma figura desconhecida no cenário político brasileiro até conhecer o Lula na prisão. Ela costuma aparecer em frente das câmeras em tom de deboche e sempre sem compostura. Ela faz questão de ostentar um poder paralelo no governo do marido e demonstra ser ligada ao segmento da cultura, mas sem cultural. 

Alguém precisa alertar o governo de que a Janja não tem mérito nenhum para representar o Brasil. Além disso, a primeira-dama pode servir como um modelo a não ser seguido, porque sua postura pode influenciar a maneira como as pessoas percebem o papel de mulheres em posições de poder e influência. 

*Advogado e jornalista

Foca é um mamífero nadador dos mares gelados, mas para nós, jornalistas, se contextualiza como iniciante na carreira. Quando dei meus primeiros passos na profissão, correspondente do Diário de Pernambuco em Afogados da Ingazeira, minha terra natal, passei por grandes vexames. Garoto imberbe, li, não sei aonde, que havia ouro na serra da Matinha, na própria Afogados. 

Fiz a cabeça de amigos para me acompanharem na caçada ao ouro. Todos achavam que sairiam no jornal e ainda ficariam ricos. Foi uma odisseia na escalada da serra. Num calor de 40 graus, nem preá encontramos. Foi um dos momentos mais ridículos que vivi, e o pior: fazendo meus amigos, e não eram poucos, de coadjuvantes de uma verdadeira palhaçada. 

Meu chefe no DP, Gildson Oliveira, um dos textos mais primorosos que conheci na largada da carreira, fez um meme dessa história na redação. Achou que eu era o menino maluquinho. Fiquei conhecido como o repórter do ouro. Mais tarde, Gildson achou ser mais uma invenção minha quando enviei uma matéria sobre o consumo de cobra por pinguços em Sertânia. 

Só acreditou depois que viu as fotos de um grupo de cachaceiros exibindo a carne do réptil. Manchete no dia seguinte: “População de Sertânia inclui filé de cobra no cardápio”. Vibrei, foi a minha primeira matéria de capa, que teve um preço: ganhei a inimizade do então prefeito, o gentil Professor Arlindo. E por pouco, não fui linchado pela população. 

Penei nas mãos de Gildson. Às vezes, ele perdia a paciência com meus narizes de ceras (informações sem importância e com arrodeios no início das matérias). Aos berros, dizia: “Sabe para que página vai a sua matéria? Para a sexta página, a cesta do lixo”. 

Eu chorava por dentro, mas com o tempo entendi que jornalismo só se aprende na pauleira. Certa vez, estava em Salgueiro fazendo um levantamento para o DP sobre a seca e soube que Luiz Gonzaga iria chegar ao hotel reservado para um show na cidade. Fiquei de plantão a espera do Rei do Baião. 

Ele era carrancudo e muito abusado. Quando desceu do carro e pôs os pés no chão, deu de cara com um pedido meu: “O senhor pode me conceder uma entrevista para o Diário de Pernambuco? Ele olhou pra mim, com o nariz enviesado, e sapecou: “Diga ao jornalista que estou cansado”. Retruquei: o jornalista sou eu. “Fedendo a mijo? Mas como você é um jovem repórter bem atrevido, volte aqui de 20 horas”. 

E lá estava eu, no horário marcado. Gonzagão chegou vestido a caráter, de gibão e a sanfona nas mãos. Joguei o gravador na cara dele e arranquei uma brilhante entrevista na qual ele anunciou que iria construir a paz entre as famílias Alencar, Sampaio e Peixoto. No DP, teve uma bela chamada de capa e ocupou uma página inteira na editoria de política. Era o foca fazendo seu primeiro gol de placa. 

Mais tarde, já atuando em Brasília, me deparei com chefes igualmente grosseiros, que rasgavam a matéria na minha cara. Mas com o tempo, histórias de foca viram piadas e nos divertem. 

Esta se passou no Jornal de Brasília. Havia caído uma tromba d’água na capital federal. Gualter Loyola, de texto refinado e premiado, um dos jornalistas mais vibrantes que convivi, escalou um foca, que não fui eu, para dar um giro na cidade com a seguinte orientação: passe a matéria do primeiro orelhão (telefone público da época) que encontrar. 

Duas horas depois, toca o telefone e Loyla atende. Era o foca com os números da tragédia. Ao final da ligação, depois de queimar a orelha no aparelho telefônico por 30 minutos, o editor pergunta para o repórter iniciante: Onde você está? Ele responde: na recepção do jornal. E não esperou levar o esporro para justificar: “O senhor não mandou eu usar o primeiro orelhão que eu achasse?” 

Até hoje, dou gargalhadas contando essa história.