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Dino defende que STF discuta valor total de emendas parlamentares

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino afirmou que, a partir do próximo ano, vai propor que a Corte discuta o valor total das emendas parlamentares. Hoje, o Congresso tem R$ 49,2 bilhões do orçamento para ser distribuído a critério de deputados e senadores, dividido em três modalidades principais: individual, de comissão e de bancada estadual. Há cerca de R$ 17,5 bilhões bloqueados pela decisão do ministro.

“O Supremo não está discutindo o montante ainda, o fará, eu vou propor em 2025”, disse Dino durante evento do IDP (Instituto de Direito Público), sobre direito constitucional e orçamento público, com a participação do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), no mesmo painel.

Segundo Dino, o crescimento do valor das emendas parlamentares em relação ao restante do orçamento da União, é uma preocupação do Supremo.

“No mês de agosto, quando houve uma reunião convidada pelo presidente Luiz Roberto Barroso, essa questão consta do terceiro item do documento que foi ali divulgado. Ou seja, na ocasião, o decano do Supremo, ministro Gilmar Mendes, o próprio presidente Barroso, apontaram esta preocupação quanto a evolução exponencial do montante de emendas, uma vez que há uma circunstância até o presente momento em que as emendas crescem proporcionalmente mais do que as despesas discricionárias do executivo”, disse.

Há uma semana da reunião entre os presidentes do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e ministros do STF, o impasse sobre as emendas parlamentares segue sem solução oficial e ainda não há prazo para o desbloqueio das verbas parlamentares, congeladas desde 14 de agosto.

“Nosso papel fazer o controle sobre a rastreabilidade. Isso é um caso concreto, o nosso dever é segurar o cumprimento desses parâmetros. E nós estamos, portanto, na expectativa de que isso ocorra, porque não é desejo do Supremo manter o congelamento”, disse Dino.

O projeto apresentado pelo relator do Orçamento, Ângelo Coronel (PSD-BA), como uma possível solução, na sexta-feira, 28, ainda não foi endossado oficialmente por Lira ou Pacheco e não teve qualquer encaminhamento na sua tramitação, desde que foi protocolado. Pacheco está em Londres neste começo de semana e, com isso, não deve haver novidade na tramitação do projeto nos próximos dias. Também não há ainda qualquer manifestação do Supremo sobre o projeto do senador.

“Em relação ao projeto de lei, o nosso papel é mais de aguardar, uma vez que cabe ao Congresso, à Câmara, ao Senado debater. O nosso papel é dizer quais são os parâmetros constitucionais e isso já foi reafirmado pelo Plenário do Supremo. Nós estamos esperando essas novas regras para, eventualmente, submeter novamente ao Plenário a controvérsia visando a continuidade ou não da execução das emendas nesse ano. Eu soube que foi protocolado um projeto, acho que no Senado, do senador Ângelo Coronel. Parece que há outras versões na Câmara. Nós estamos aguardando”, afirmou Dino.

Segundo Randolfe, outro texto, com origem na Câmara, está sendo estudado como um veículo possível para ser apresentado ao STF. O projeto de Coronel não seria o suficiente para atender as exigências. Uma nota técnica do Senado divulgada hoje também conclui que o projeto do senador não é o suficiente para resolver o problema.

O texto de Coronel prevê regras mais rígidas de transparência para as chamadas emendas Pix, usadas por parlamentares para transferir verba diretamente ao caixa de estados e prefeituras e atrela o reajuste anual de todas as modalidades de emendas à variação de gastos do governo. Pelo texto, a correção anual do montante de emendas estará de acordo com o arcabouço fiscal, ou seja, a correção pela inflação mais uma variação entre 0,6% e 2,5%.

Atualmente, essas verbas são calculadas com base em um percentual da Receita Corrente Líquida (RCL): 2% nas individuais e 1% nas de bancada. Já para o montante das de comissão, herdeiras do antigo “orçamento secreto”, não há regra definida.

A liberação de valores bloqueados ainda depende também da apresentação de novos dados ao STF e ao ministro Flávio Dino, relator de processo sobre a transparência das emendas. Os ministros da Corte aguardam informações das áreas técnicas de Câmara, Senado e governo sobre o investimento desses recursos.

Do Estadão.

Jaboatão dos Guararapes - Matriculas 2025

Por Blog da Folha

O Instituto Marielle Franco em parceria com outros movimentos sociais e apoio da deputada estadual Dani Portela (PSOL) realizou o ato simbólico “Amanhecer por Marielle e Anderson” nas escadarias da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na manhã desta quarta-feira (30).

A atividade teve o objetivo de exigir das autoridades uma punição para o crime do assassinato da então vereadora e do seu motorista, ocorrido em 2018 no Rio de Janeiro. Os acusados de terem cometido o delito vão a júri popular hoje (30) no Tribunal do Júri da capital fluminense.

“Depois de 6 anos de muita espera, chegamos neste momento crucial. Marielle sempre estará presente guiando a nossa luta diária pela transformação social. Amanheceremos por Marielle e Anderson para, além de homenageá-los, bradar por justiça e fazer reverberar esse legado tão potente em nosso estado”, frisou a deputada Dani Portela em seu discurso.

Petrolina - Testemunhal

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou, por unanimidade, o projeto de lei que isenta estudantes da rede estadual de ensino das taxas do Sistema Seriado de Avaliação (SSA), vestibular da Universidade de Pernambuco (UPE).

A matéria, proposta pelo deputado estadual Jarbas Filho (MDB), foi discutida ontem (29) em primeiro turno, e aprovada por unanimidade pelos parlamentares.

De acordo com Jarbas Filho (MDB), a proposição tem o objetivo de democratizar o acesso ao SSA. “Atualmente, só tem isenção da taxa pessoas que comprovem ser de baixa renda. E o meu projeto é para ampliar esse universo”, apontou.

O texto prevê que, a partir dos próximos editais, a Universidade de Pernambuco deixe clara a possibilidade de isenção. Contudo, ela só será concedida por solicitação do candidato.

Da CBN Recife.

Conheça Petrolina

Por Magno Martins
Especial para a Folha de Pernambuco


Em entrevista à Folha, o ministro da Pesca, André de Paula, reconhece que o PSD, seu partido, em nível nacional presidido por Gilberto Kassab, saiu extremamente fortalecido das eleições municipais, mas não acredita que isso pode ter reflexo na reforma ministerial que está por vir, passando o partido a ter mais um ou dois ministérios no Governo Lula.

Falando sobre 2026 em Pernambuco, afirmou que a governadora Raquel Lyra (PSDB) parte extremamente fortalecida para a reeleição. “Não há político imbatível, mas Raquel chegará muito forte em 2026, quando disputará a reeleição”, afirmou.

O PSD saiu muito fortalecido nas disputas municipais deste ano. Gilberto Kassab, presidente do partido, pode ser vice de Lula em 2026? É o que tenho ouvido em Brasília.

Isso está no campo da especulação, e é decorrente de um resultado que, inquestionavelmente, foi muito positivo, sobre todos os aspectos. Não apenas pelo maior número de prefeitos eleitos, mas o PSD ter avançado nos grandes colégios eleitorais. O partido, de fato, foi o primeiro no ranking dos prefeitos eleitos e segundo lugar, muito próximo do PL, no número de votos dado à legenda. Foram mais de 14,5 milhões de votos ao 55 na eleição de prefeitos.

Quantos prefeitos eleitos em Pernambuco?

Elegemos 20 prefeitos, tínhamos feito 14 na última eleição. Mas gosto sempre de destacar que Pernambuco é um Estado muito politizado e, nas últimas eleições, o que se viu foi uma disputa muito intensa, diferentemente das outras vezes, entre lideranças expressivas que presidem partidos no estado. Diferente também da polarização que existia entre o partido do governador e o partido da oposição.

Como assim?

Desta vez, tínhamos o Republicamos, liderado por Silvio Costa Filho, tinha o Partido Progressista, do deputado Eduardo da Fonte, o Podemos, com Marcelo Gouveia e Armando Monteiro, o PSDB, com a governadora, o PSB com João Campos e o PT, que faz história, além do PL. Portanto, tínhamos entre 10 e 12 grandes legendas disputando prefeituras. Com isso, o resultado passa a ter maior expressão em função dessa disputa.

Depois de eleger 32 prefeitos, o senhor acha que a governadora Raquel Lyra ainda sai do PSDB? Kassab sonha em tê-la no PSD.

Esta é uma decisão pessoal da governadora, que a gente vai respeitar qualquer que seja seu caminho, seja por permanecer no seu partido, ou encontrar outro rumo. Eu sempre falo que qualquer partido gostaria de ter um quadro como a governadora, uma liderança de expressão nacional, jovem, preparada e uma gestora que todos admiram. Qualquer partido gostaria de ter Raquel Lyra nos seus quadros, e o PSD não é diferente.

Kassab já a convidou para o PSD?

Nós celebraríamos muito no País inteiro o ingresso eventual de Raquel Lyra. Mas eu repito: tem coisas na vida que são muito pessoais. Eu digo que político tem duas decisões que ele pode ouvir todo mundo, mas só duas deve tomar sozinho: a mulher com quem vai casar e o partido ao qual vai se filiar.

O senhor acha que teremos uma disputa entre João Campos e Raquel Lyra em 2026, ou acredita que João não deve ser candidato após o fortalecimento da governadora nas eleições municipais?

Isso é uma decisão de João. Ele é quem vai decidir, no momento oportuno, e eu tenho certeza de que fará com maturidade, ouvindo o conjunto de forças políticas. Mas quero dizer que, qualquer que seja o adversário, a governadora Raquel Lyra mostrou nessas eleições que é muito forte. Não existe ninguém imbatível na eleição, mas ela é muito forte. Eu gosto sempre de dizer que quem me estimulou a entrar na vida pública foi Marco Maciel, e ele era reconhecidamente um presidencialista convicto. Ele dizia algo que nessas eleições ficou mais evidenciado: no presidencialismo americano, aquele que nos inspira, o mandato não é de quatro anos, mas de 8 anos.

Esta foi a eleição da reeleição?

Só não se reelege quem faz um governo muito bisonho, de poucas entregas. Veja o histórico em Pernambuco com Jarbas, com Eduardo – no Brasil com Lula, Dilma, Fernando Henrique. Bolsonaro quebrou a regra para comprovar que a regra existe. Estar sentado na cadeira, fazendo o trabalho competente que Raquel vem fazendo, dá a ela o favoritismo e a visão que todos temos de que ela é uma candidata fortíssima nas próximas eleições.

Vem uma reforma ministerial por aí?

Eu sempre entendi, com a minha experiência, que as urnas falam e ganham aqueles que compreendem melhor o recado. Qualquer que seja esse recado, ele sempre exige um reposicionamento do governo estadual e do governo federal, porque estamos agora no horizonte de dois anos para o processo eleitoral. Depois de um processo como as eleições municipais, se reavalia pesos de parceiros e as circunstâncias. Eu não tenho dúvida que a governadora Raquel e que todos os governadores vão fazer as suas reformas. Também não tenho dúvida de que o presidente Lula vai repensar a construção política do seu governo. Acho apenas que os governadores vão fazer isso antes do final do ano.

Mas Lula faz logo ou espera o resultado da eleição na Câmara e no Senado?

No caso do presidente, acho prudente e venho dizendo que vai acontecer, ele não fará essa reconstrução sem levar em conta o fortalecimento que naturalmente decorre das posições que vão ocupar o Congresso Nacional como o presidente da Câmara e o presidente do Senado. O que se diz em Brasília, e o que a experiência mostra, é que essa arrumação será feita imediatamente após termos clareza de quem presidirá a Câmara, o Senado e a nova correlação de forças.

O senhor acredita que o PSD pode ganhar mais um ministério?

Esta não é uma discussão que vai acontecer agora, porque não se pode fazer isso isoladamente, sob o prisma de tal partido ter se saído melhor ou pior. Não acho que seja assim, até porque é preciso levar em conta vários atores. Claro que a gente trabalhou muito para que esse fortalecimento acontecesse, porque o fortalecimento traz com ele espaços no governo federal, projetos que se viabilizam para frente. Eu disse, no final do primeiro turno, que o critério da reforma não se dará porque o PSD ou o MDB fizeram o maior número de prefeitos.

Quais os critérios então?

Outros, mas não o de ter elegido mais prefeitos. Está aí Fernando Collor que chegou à presidência da República sem nenhum prefeito, Bolsonaro, Fernando Henrique que tinha poucos prefeitos. Mas uma coisa é certa: no próximo Congresso Nacional, o PSD vai ter peso porque os prefeitos ajudam nas eleições de deputados e senadores. Um partido que tem a capilaridade que o PSD tem no País inteiro é evidente que é um ator que qualquer um quer ter ao seu lado numa campanha de reeleição.

EXCLUSIVO

A TV Cultura de São Paulo deverá encerrar o contrato com a TV Pernambuco, após a emissora estatal cortar o principal programa da TV paulista desta semana, o Roda Vida.

Na última segunda-feira, o Roda Viva entrevistou o prefeito do Recife, João Campos (PSB), crítico e adversário da governadora Raquel Lyra.

Fontes relataram ao blog que a TV paulista passou a receber um grande número de reclamações do público em Pernambuco sobre a emissora. Entre as queixas, está o não compromisso em respeitar o horário de exibição de programas considerados importantes na grade da TV Cultura de São Paulo. Na segunda-feira, a não exibição do Roda Viva foi o estopim.

O 4º Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) julga a partir desta quarta-feira (30) os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acusados de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.

Durante a sessão, serão ouvidas nove testemunhas, sendo sete indicadas pelo Ministério Público estadual e duas pela defesa de Ronnie Lessa. A defesa de Élcio Queiroz desistiu de ouvir as testemunhas que havia requerido anteriormente.

Os dois acusados participarão do júri popular por videoconferência diretamente das unidades onde estão presos. Ronnie Lessa está na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. Já Élcio está no Centro de Inclusão e Reabilitação, em Brasília. Algumas testemunhas também poderão participar de forma virtual da sessão do júri.

O Juízo solicitou às partes envolvidas no processo que apenas compareçam em plenário as pessoas que efetivamente participarão do júri. A medida visa evitar aglomeração e tumulto, em razão da grande repercussão pública do caso.

Marielle Franco tinha pouco mais de um ano de mandato como vereadora quando foi assassinada, no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro. Ela voltava de um encontro de mulheres negras na Lapa, quando seu carro foi alvejado, atingindo fatalmente também o motorista dela, Anderson Gomes. A assessora da parlamentar, que estava ao lado de Marielle, foi ferida por estilhaços. “Os 13 tiros disparados naquela noite cruzaram os limites da cidade, e a atenção internacional voltou-se para o Rio de Janeiro. A morte de uma representante eleita pelo povo foi entendida por setores da sociedade como um ataque à democracia”, diz o TJRJ.

Da Agência Brasil.

O senador Fernando Dueire (MDB) comanda nesta quarta-feira (30) uma audiência pública na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informática (CCT) do Senado Federal. O tema do encontro serão os resultados parciais e desafios da implantação do Programa Conecta e Capacita, iniciativa do Governo Federal que busca ampliar a abrangência, qualidade e a segurança da conectividade para educação e pesquisa no País.

Um dos principais objetivos do Conecta e Capacita é formar mão-de-obra e acelerar o ingresso de jovens no mercado de T.I. “Esse mercado carece de profissionais. Possui boa remuneração e perspectiva de carreira, porém, não encontra mão de obra qualificada no País. Há uma estimativa de mais de 600 mil vagas abertas no País. O programa vem pra destravar esses gargalos. Queremos com a audiência entender o andamento das ações e como podemos acelerar seus resultados” avaliou o senador, que é o relator das políticas públicas do setor na comissão.

Irão participar do debate representantes dos ministérios da Educação, Ciência e Tecnologia, Senai, do Conselho Nacional de Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, além da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

Por Daniel Camargos
Da Carta Capital

Roque Santeiro, Tieta, Senhora do Destino… novelas de Aguinaldo Silva que capturam a complexidade e idiossincrasias do Brasil. Contudo, um capítulo essencial – e bastante atual – parece ter escapado da caneta de Silva nas eleições deste ano.

Em 2021, Silva foi co-autor do livro O inconformista (Cia das Letras, 184 páginas), cujo subtítulo é “A trajetória e as reflexões do empresário que fez da Cosan um dos maiores sucessos corporativos do mundo”. O protagonista não é fictício: é Rubens Ometto, que também assina o livro.

Nas urnas de 2024, o “inconformista” foi o grande vencedor. Com 18,6 milhões de reais, Ometto patrocinou 72 candidatos a prefeito e 115 vereadores. Fez também 26 doações para diretórios municipais e nacionais de 10 partidos políticos.

A estratégia rendeu: 36 prefeitos e 40 vereadores eleitos, uma taxa de sucesso de 41% – índice que faz o incensado Gilberto Kassab (PSD) parecer um principiante.

Mas, inveja Kassab não sente. O PSD foi o maior destinatário das doações de Ometto: metade dos 18,6 milhões de reais – 9,3 milhões de reais – foi para candidatos e diretórios do partido.

Com fortuna estimada em 9 bilhões de reais, segundo a Forbes, Ometto doou o equivalente a 0,21% de sua riqueza pessoal. Como comparação, seria como um brasileiro de classe média com uma poupança de 100 mil reais doar 210 reais para um amigo candidato a vereador. Uma quantia simbólica para o doador, mas uma afirmação de ‘estamos juntos’ para quem recebe.

A lei permite que pessoas físicas doem até 10% da renda anual bruta declarada à Receita. Mas Ometto, é certo, tem mais negócios que amigos. Transformou a Cosan, fundada nos anos 80 como um grupo de usinas de açúcar e etanol, em um conglomerado com interesses em combustíveis, logística e gás natural, entre outros setores.

Ometto firmou sociedade com a gigante Shell para a formação da Raízen, hoje uma das maiores distribuidoras de combustíveis do país. No setor energético, lidera a Compass Gás e Energia, que atua na distribuição e comercialização de gás natural e biometano, por meio de empresas como a Comgás e a Edge. Também fincou bandeira no mercado global de lubrificantes, com a Moove, e na exportação de álcool e açúcar, pelo Terminal Exportador de Álcool de Santos. Além disso, investe em propriedades rurais através da Radar Propriedades Agrícolas e detém uma robusta carteira de investimentos imobiliários.

Ao financiar candidatos em diferentes regiões e níveis de poder, Ometto parece buscar não só aliados, mas também um clima favorável aos seus negócios, que abrangem setores altamente regulados. A pulverização de suas doações sugere sugere uma estratégia que pode ser capaz de influenciar o cenário político e garantir decisões alinhadas aos interesses de suas empresas.

Um exemplo digno das obras do biógrafo de Ometto, o novelista Aguinaldo Silva, se dá em Igreja Nova, cidade de 21 mil habitantes em Alagoas. Por lá, Ometto apoiou 7 dos 11 vereadores eleitos e foi o único financiador do prefeito Tiago Mateus (MDB). A realidade política da cidade faria personagens como Sinhozinho Malta e Viúva Porcina parecerem amadores.

A lista de beneficiários de Ometto inclui Fuad Noman (PSD), que derrotou o bolsonarista Bruno Engler (PL). Além dos 2 milhões de reais de Ometto, ele recebeu um empurrãozinho extra de 500 mil reais do bilionário Rubens Menin, magnata da MRV e dono do canal CNN Brasil e rádio Itatiaia.

Fuad – apoiado com entusiasmo pelos militantes e dirigentes do PT e PSOL – recebeu ainda 500 mil reais da esposa de Menin, 300 mil reais de um sobrinho, e 350 mil reais de Ricardo Guimarães, do banco BMG e sócio de Menin no Atlético-MG.

As doações de Ometto em 2024 quebraram seu próprio recorde de anos anteriores, consolidando-o como o maior doador individual em um cenário que evidenciou a força do Centrão – com a direita fragmentada e uma esquerda que ainda pena em se reconectar com a base para além da polarização. O PT, por exemplo, conquistou uma capital – Fortaleza, muito aquém do que seria esperado de um partido que comanda a Presidência.

A Câmara Municipal do Recife será palco, hoje (30), às 17h, de uma Reunião Solene em homenagem aos 49 anos da banda pernambucana Som da Terra. A celebração é uma iniciativa do vereador Almir Fernando, autor do Requerimento nº 8.100/2024. O evento acontecerá no Plenário da Casa José Mariano, localizada na Rua Princesa Isabel, 410, Boa Vista.

Com uma trajetória de quase cinco décadas, a Som da Terra é um ícone da música pernambucana, conhecida por sua mistura singular de ritmos regionais e energia contagiante. Formada em 1975 por um grupo de amigos do bairro de Casa Amarela, a banda lançou 287 trabalhos gravados, entre eles 3 LPs, 6 DVDs e 19 CDs. Entre suas canções mais emblemáticas está “Na Terra de Lampião”, que integrou a trilha sonora da série “O Bem Amado”, derivada da novela homônima exibida nos anos 1980 pela TV Globo.

Além de seu legado fonográfico, a Som da Terra é a única banda a desfilar no Galo da Madrugada há 44 carnavais, reforçando sua conexão com a maior manifestação cultural de rua de Pernambuco.

O prefeito de Petrolândia, no Sertão de Itaparica, Fabiano Marques (Republicanos), realizou ontem (29) ao lado do Gerente da VI Geres (Gerência Regional de Saúde), Dayvison Amaral, e da Secretária Municipal de Saúde, Patrícia Marques, doze (12) novas câmaras frias que foram distribuídas na Unidades Básicas de Saúde do município.

“Hoje foi um dia de conquista para a saúde de Petrolândia! A entrega de 12 câmaras de conservação de vacinas, substituindo as antigas geladeiras nas Unidades Básicas de Saúde, representa um avanço significativo para nossa comunidade. Esse é mais um passo para garantir um atendimento de qualidade e proteger a saúde da nossa população”, afirmou Fabiano.

Segundo a secretária Patrícia Marques “as câmaras frias são essenciais para garantir a eficácia das vacinas e a conservação correta de medicamentos que necessitam de refrigeração. Com a conquista desses novos equipamentos pelo prefeito Fabiano, as UBS vão poder ampliar o alcance das campanhas de vacinação, incorporando tecnologia imprescindível para assegurar a qualidade na conservação das vacinas na rede pública do município”.

A Câmara fria é um equipamento importante para conservar vacinas e soros em Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) e Unidades Básicas de Saúde (UBS). Elas são projetadas para manter uma temperatura constante entre +2°C e +8°C, que é ideal para armazenar vacinas. A manutenção da qualidade das vacinas é garantida pela Rede de Frio, que atua em três instâncias: nacional, estadual e municipal.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em decisão ontem, reformou o acórdão do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) e deferiu o registro de candidatura de Lula Cabral (SD) para o cargo de prefeito de Cabo de Santo Agostinho. A decisão, proferida pelo ministro Nunes Marques, considerou que a rejeição das contas do candidato pela Câmara Municipal se baseou em irregularidades que não foram previamente analisadas pelo Tribunal de Contas, violando o devido processo legal.

O ministro destacou que a emissão de parecer prévio pelo Tribunal de Contas é condição essencial para o julgamento das contas de gestores municipais pelo Legislativo. Na ausência de análise específica pelo órgão técnico sobre as irregularidades apontadas, a inelegibilidade do candidato foi afastada, prevalecendo o direito à elegibilidade e respeitando a manifestação da vontade popular.

Essa decisão reforça o entendimento de que, para configurar inelegibilidade, irregularidades devem estar claramente evidenciadas no parecer do Tribunal de Contas, respeitando as garantias da ampla defesa e do contraditório.

O novo estilo João Campos

Assisti, atentamente, a entrevista do prefeito do Recife, João Campos (PSB), ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na última segunda-feira (28). Fiquei impressionado com a capacidade que ele adquiriu, aos 30 anos, de driblar com facilidade as perguntas mais complicadas, para não derrapar em casca de banana.

Foi o caso, por exemplo, quando provocado pela competente colunista Betânia Santana, da Folha de Pernambuco, sobre a disposição dele de entrar na disputa pelo Governo do Estado nas eleições de 2026. No estilo Marco Maciel, saiu pela tangente, certamente com receio de uma manchete comprometedora.

Mas quando foi para contestar avaliações de que a governadora Raquel Lyra (PSDB), a quem deve enfrentar em 2026, teria saído fortalecida das eleições municipais, foi para cima com gosto, falando português claro: “A gente obteve a maior vitória de uma oposição na história do estado de Pernambuco”, disse, para acrescentar: “Em média, dos governos de 2000 para cá, os governadores elegeram 120 prefeitos pelo menos”.

E completou: “Quando se observa o arco de alianças formais (nas eleições de 2024) dá menos de 90 prefeitos na base do governo e 91 na oposição. Isso é um resultado nunca alcançado por nenhum governador lá atrás. Dos 10 maiores colégios eleitorais do Estado, seis prefeitos ligados ao nosso conjunto foram eleitos, enquanto três estão na base dela”.

João foi mais incisivo ainda: “Raquel obteve o pior desempenho da história das eleições municipais em Pernambuco”. Perguntado se a governadora estava viva, politicamente, João recorreu ao estilo de fugir das casas de banana: “Não existe ninguém morto na política”.

NA SUA VISÃO, RAQUEL SE FRAGILIZOU – Mas para não deixar os jornalistas que participaram do Roda Viva sem um molho adicional, completou: “Há uma premissa fundamental na política, que é a de respeitar todos os adversários. A política é uma arte que tem a capacidade de deixar a pessoa permanentemente viva. Então, não existe ninguém morto, enquanto está dentro da política, isso tem que ser sempre respeitado”. E insistiu na tese de que a governadora Raquel Lyra saiu derrotada das eleições municipais pelo conjunto da oposição, fazendo comparações com outros Estados do Nordeste, como o Ceará.

Lira sai do muro – Dois dias após o resultado das eleições municipais de segundo turno, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), formalizou, ontem, seu apoio ao líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), como candidato à sucessão no comando da Casa. A eleição será em fevereiro de 2025. Lira fez o anúncio na Residência Oficial da Câmara, ao lado de Motta e de outros líderes partidários. O presidente da Câmara já havia confirmado seu apoio ao líder do Republicanos durante almoço com lideranças de partidos, em 11 de setembro.

Motta é favorito – O paraibano Hugo Motta virou favorito na disputa depois que o presidente do Republicanos e vice-presidente da Casa, deputado Marcos Pereira (SP), desistiu de concorrer. Até então, o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), era o favorito de Lira, mas foi preterido. A decisão do presidente da Câmara dividiu o Centrão, que segue com três candidatos principais: Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato de Lira; Elmar Nascimento (União Brasil-BA), preterido pelo alagoano; e Antonio Brito (PSD-BA).

Enfrentamento a Lira – Quando anunciou a líderes seu apoio a Motta, o presidente da Câmara, Arthur Lira, provocou uma revolta em Elmar, que considerou a atitude dele como uma “traição”. Desde então, Lira passou a se defender, dizendo que “nunca” disse nem fez promessas de que o deputado baiano seria seu candidato. O líder do União Brasil resolveu se aliar a Brito na disputa. O combinado entre os dois segue firme, e ambos pretendem levar as suas candidaturas até o fim, como forma de fazer oposição ao candidato de Lira.

PSD não emplaca ministérios – Em entrevista, ontem, ao Frente a Frente, direto de Brasília, o ministro da Pesca, André de Paula, presidente estadual do PSD, disse que o fato de o seu partido, em nível nacional presidido pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, ter emplacado o maior número de prefeitos nas eleições municipais, em nada influencia na reforma ministerial que o presidente Lula deve fazer em breve. “O critério não será esse (maior ou menor número de prefeitos), mas o de rearrumação da base do Governo no Congresso”, afirmou.

CURTAS

SEM O PÉ NA COVA – Também em entrevista ao Frente a Frente, o prefeito eleito de Paulista, Severino Ramos (PSDB), afirmou que está bem de saúde, que se submeteu a um processo cirúrgico bem-sucedido, e culpou seus opositores de espalharem que estaria com o pé na cova. “A maldade não tem limites, mas estou muito bem”, afirmou.

TORITAMA – O prefeito eleito de Toritama, Sérgio Colin (MDB), passa a semana em Brasília fazendo articulações para garantir recursos aos projetos que pretende tocar logo nos primeiros meses de sua gestão, a partir de janeiro. Está na companhia do atual prefeito Edilson Tavares (MDB), que saiu fortalecido das eleições e pode disputar um mandato de deputado estadual em 2026.

HAJA ENCONTROS! – Os prefeitos eleitos de Pernambuco têm três encontros agendados em novembro. Nos dias 11 e 12 participam de um congresso da Amupe em Gravatá. Já nos dias 18 e 19, estarão em Brasília para um treinamento na Confederação Nacional dos Municípios. O último, dia 22, será com a governadora, que ainda não escolheu o local.

Perguntar não ofende: Qual será o tamanho da reforma do secretariado de João Campos?

O prefeito eleito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), disse que os governadores de direita do País, em conjunto com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), vão construir um apoio contra a candidatura do PT à presidência em 2026.

A fala aconteceu nesta segunda-feira (28) em entrevista ao CNN Prime Time.

Pimentel citou os governadores:

  • Ratinho Júnior (PSD), do Paraná;
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo;
  • Ronaldo Caiado (União), de Goiás;
  • e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais.

“Acho que será construída essa composição”, disse, citando Ratinho Jr. em seguida. “Como ele mesmo diz, na composição com o presidente Bolsonaro, com os governadores Tarcísio, Caiado, Zema, que são governadores que têm a referência nacional, vão construir em conjunto um apoio contra a candidatura do PT”.

“Eu acredito que o encaminhamento será feito no tempo certo. E o governador do Paraná sempre fala que é meu aliado, que é meu parceiro, que trabalho com muita parceria e me ajudou muito na eleição de prefeito”, completou. “Ele [Ratinho] quer ser um dos que vão construir esse apoio, essa candidatura. Acho que ainda não dá para falar em um nome concreto, que agora começa a discussão a partir dos próximos meses”, reforça Pimentel.

Apoio de Bolsonaro

Pimentel foi eleito no último domingo (27) ao derrotar Cristina Graeml (PMB). Ele recebeu 33,51% dos votos válidos (313.347 votos) contra 31,17% de Graeml (291.523 votos).

O vice de Pimentel é Paulo Martins (PL). Entretanto, mesmo com o partido de Bolsonaro em sua coligação, o prefeito eleito não recebeu seu apoio. O ex-presidente, por sua vez, esteve ao lado de Graeml.

Para o futuro prefeito curitibano, “o segundo turno compara as duas candidaturas, independente do apoio que cada um tem”. “No segundo [turno], independe o apoio que cada um tinha. Valeram as entrevistas, as sabatinas e os debates”, afirmou Pimentel.

Da CNN

O candidato à presidência da OAB-PE, Fernando Santos Junior, apresentou nesta terça-feira (29), na sabatina da Rádio Jornal, uma série de propostas inovadoras que buscam aproximar e fortalecer a Ordem em todas as regiões de Pernambuco, tanto no interior quanto na capital. Com uma visão que abrange as especificidades de cada área, Fernando se compromete a ampliar os serviços, oferecer mais autonomia para as subseções do interior e promover um apoio significativo para os novos advogados que iniciam suas carreiras.

Um dos principais pontos de sua proposta é o aumento do duodécimo para garantir mais recursos às subseções, especialmente no interior. Com isso, Fernando defende que cada região tenha condições de atuar com autonomia, desenvolvendo soluções rápidas para atender às demandas locais. “As subseções são a base da OAB em Pernambuco, e é fundamental que elas tenham o poder e o orçamento necessários para resolver problemas específicos de suas comunidades”, ressalta o candidato, comprometendo-se com uma gestão que descentralize a atuação da Ordem.

Para a capital, onde o volume de demandas processuais e de advogados é mais alto, Fernando propõe um diálogo direto e contínuo com o Judiciário. Ele quer enfrentar a morosidade processual e garantir um fluxo de informações mais eficiente e transparente para todos os profissionais, de modo a assegurar melhorias nas condições de trabalho e no acesso à justiça. “Queremos uma OAB-PE que lute ao lado dos advogados e que tenha voz ativa na busca por melhorias no sistema de justiça,” destaca.

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (29), o Projeto de Lei nº 1203/2024, de autoria do deputado federal André Ferreira (PL/PE), que inclui no rol de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) exames laboratoriais e de imagem para diagnóstico e acompanhamento de pessoas com doenças raras de causa genética.

“Sabemos que o tratamento precoce salva vidas e isso é potencializado nos casos de doenças raras. Vemos rotineiramente pessoas fazendo vaquinhas online e fazendo verdadeiras peregrinações para conseguir um diagnóstico. É dever do poder público via SUS atender todos os brasileiros com dignidade e celeridade”, justifica André Ferreira.

A proposta foi aprovada em conjunto com outros 30 projetos de lei que tratam dos direitos da pessoa com doença rara, aquelas com incidência igual ou menor a 65 casos confirmados em cada 100.000 indivíduos. O substitutivo ainda será votado em comissões e no plenário da Câmara.

Caso seja aprovado em definitivo, o SUS deverá realizar os exames em até 30 dias, se o exame for realizado em território nacional, e em até 90 dias, caso o exame não esteja disponível no Brasil. Se o prazo for descumprido, o poder público será obrigado a ressarcir o paciente pelos custos de sua realização, incluindo transporte, alimentação e acomodações para o paciente e um acompanhante.

Um dia após apresentar o Roda Viva, que teve como convidado o prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB), a jornalista Vera Magalhães compartilhou um texto em sua conta no Instagram tecendo elogios ao socialista e fazendo comparações ao seu pai, o ex-governador Eduardo Campos.

Confira o texto:

No Roda Viva de ontem passou um filme na minha cabeça. Por muito tempo, Eduardo Campos foi uma das minhas fontes mais próximas. Era ótimo de análise, excelente de bastidores e muito bom de entrevista, um combo raro num político (há quem seja bom de um ou mais desses requisitos, mas dos três é uma raridade). Sobretudo era um político muito interessante, com um futuro pela frente. 

Quando ele morreu eu estava num período sabático na Folha, mas, dada minha proximidade com ele, fui chamada para escrever uma página de perfil, texto que fui resgatar hoje, depois de entrevistar seu filho, João Campos, no Roda. As semelhanças físicas, inclusive nos trejeitos e maneiras de falar, raciocínio e visão política dos dois são muito impressionantes. Mas o jovem prefeito reeleito do Recife também chama a atenção por atributos próprios, que explicam sua rápida ascensão. 

Acho que o programa de ontem apresentou ao Brasil um político que em breve terá projeção além das fronteiras de Pernambuco. Quem não viu, deveria. Obrigada ao prefeito pela ótima entrevista e à bancada que a conduziu comigo. 

*Jornalista apresentadora do Roda Viva

O vereador eleito pelo PL, Jadilson Bombeiro, poderá perder o mandato por infidelidade partidária, após contrariar as diretrizes da executiva nacional, estadual e municipal do seu partido – declarando apoio ao candidato do PT à Prefeitura de Olinda, Vinicius Castello.

Vinicius perdeu a disputa no segundo turno contra Mirella Almeida (PSD). 

Segundo informações da Rede Observatório, Jadilson começou a ser monitorado por grupos do PL após o primeiro turno, quando demonstrou a intenção de apoiar o candidato petista.